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Aula 16, documento 1

TEXTOS BREVES, TERMOS, DEFINIÇÕES

1) Há entes de razão de primeira intenção, de segunda intenção (os que


são sujeito da Lógica), ou simplesmente falsos: animal, gênero, quimera, por
exemplo.

2) Os entes de razão de primeira e de segunda intenção só podem ser


negação ou relação:

a1) negação absoluta: não vidência (da pedra, por exemplo);

a2) negação como privação: a cegueira (no homem, por exemplo).

Logo, os entes de razão de segunda intenção – os sujeitos da Lógica – são


relações; e relações de razão.

3) Toda relação implica um sujeito, um termo e um fundamento: na


relação de filiação, por exemplo, o filho, o pai e a geração.

4) Se o sujeito ou o termo ou o fundamento não são reais, então se trata de


relação de razão: por exemplo, a direita e a esquerda de colunas.

5) Não se devem confundir relações da razão (próprias do filósofo) com


relações de razão (próprias do lógico). As relações lógicas de segunda
intenção são relações de razão.

6) A propriedade comum, primeira e principal de todos os produtos da razão


é a universalidade, que resulta da abstração.

7) Não se confunda universalidade metafísica com universalidade


lógica: na primeira, homem ou animal racional se predicam de João, de Pedro
e de José; na segunda, homem se define como predicável de muitos
indivíduos. Gênero, espécie, indivíduo são sujeitos e termos das relações de
universalidade lógica.

8) A Lógica é uma qualidade do intelecto, um hábito operativo.

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9) Os hábitos intelectuais se dividem em especulativos (ciências) e em
práticos (artes). A Lógica é tanto arte como ciência.

10) O sujeito especifica a ciência como a forma determina a matéria, razão


por que a ciência se define pela forma de seu sujeito. Mas o sujeito especifica a
arte como o fim ao agente, razão por que a arte se define pelo fim e pela matéria.

11) Definição da Lógica como arte (pelo fim e pela matéria): “A arte diretiva
do próprio ato da razão, pela qual o homem proceda neste mesmo ato com
ordem, com facilidade e sem erro” (cf. Tomás de Aquino, In Post. Anal., lect. 1,
n. 1).

12) Definição da Lógica como arte (pelo fim, pela matéria e pelo sujeito): “A
arte diretiva do próprio ato da razão segundo as regras da universalidade, para
que o homem alcance a ciência ordenadamente, facilmente e sem erro” (Pe.
Álvaro Calderón, Umbrales de la Filosofía, p. 146).

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