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Livro Eletrônico

Aula 00

Conhecimentos Bancários e Atualidades do Mercado Financeiro p/ Banco do Brasil


(Escriturário)

Professor: Vicente Camillo

00000000000 - DEMO
CONHECIMENTOS BANCçRIOS E ATUALIDADES P/ BANCO DO BRASIL
TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS
AULA 00 Ð PROF. VICENTE CAMILLO

Aula 00
APRESENTA‚ÌO DO CURSO
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
INSTITUI‚ÍES NORMATIVAS

Sum‡rio
Sum‡rio ................................................................................................................................ 1
Apresenta•‹o do Curso .................................................................................................... 2
Conteœdo e Estrutura do Curso ..................................................................................... 3
Metodologia .................................................................................................................... 4
A Metodologia Funciona? ............................................................................................. 5
Cronograma e Avisos ..................................................................................................... 5
Sistema Financeiro Nacional ............................................................................................. 8
Institui•›es Normativas..................................................................................................... 16
Conselho Monet‡rio Nacional .................................................................................... 16
Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) ...................................................... 21
Conselho Nacional de Previd•ncia Complementar (CNPC) .................................. 23
Institui•›es Supervisoras ................................................................................................... 24
Banco Central do Brasil (Bacen) ................................................................................. 24
Comit• de Pol’tica Monet‡ria (Copom) .................................................................... 32
Comiss‹o de Valores Mobili‡rios (CVM) .................................................................... 36
Conselho De Recursos Do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN) ........................... 53
Superintend•ncia de Seguros Privados (Susep) ........................................................ 58
Superintend•ncia Nacional de Previd•ncia Complementar (Previc).................... 59
Quest›es Propostas .......................................................................................................... 62
Gabaritos ....................................................................................................................... 77
Quest›es Comentadas .................................................................................................... 78
Considera•›es Finais...................................................................................................... 107
Anexo: Lei 4.595/64 Comentada .................................................................................. 108

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APRESENTA‚ÌO DO CURSO
Estimado aluno (a), tudo bem?

Fico muito satisfeito em ministrar o presente curso de CONHECIMENTOS BANCçRIOS


E ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO PARA O CARGO DE ESCRITURçRIO DO
BANCO DO BRASIL.

O curso est‡ sendo lan•ado com base no edital publicado pela CESGRANRIO1. (ƒ
importante citar que o presente curso contempla 100% do conteœdo
exigido pelo edital).

Bom, meu nome Ž Vicente Camillo, sou Economista formado pela Universidade
Estadual Paulista (UNESP), com especializa•›es em Regula•‹o do Mercado de
Capitais (Columbia Law School), Contabilidade e Auditoria (FIPECAFI/USP) e
Carreiras Pœblicas (Anhanguera/Uniderp).

Atualmente trabalho na Comiss‹o de Valores Mobili‡rios, cuja sede (meu local de


trabalho) Ž no Rio de Janeiro/RJ. L‡ trabalho com a regula•‹o das companhias
abertas, alŽm de representar a autarquia em f—runs nacionais e internacionais sobre
governan•a corporativa e desenvolvimento.

Ministro aulas de Economia, Conhecimentos Banc‡rios, Estrutura e Funcionamento


do Sistema Financeiro e Direito Societ‡rio, em n’vel de gradua•‹o, em cursos livres
preparat—rios para concursos pœblicos e certifica•›es. Sou professor do EstratŽgia
Concursos desde 2013!

AlŽm do meu e-mail vdalvocamillo@gmail.com e do F—rum de Dœvidas dispon’vel


na ‡rea restrita aos alunos matriculados no curso, voc• pode me encontrar em
minha p‡gina pessoal do Facebook, onde posto, rotineiramente, materiais, dicas,
exerc’cios resolvidos e assuntos relacionados. ƒ s— acessar em:
https://www.facebook.com/profvicentecamillo.

1http://www.cesgranrio.org.br/concursos/evento.aspx?id=bb0118

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Conteœdo e Estrutura do Curso


Nosso curso ser‡ dividido em 09 aulas e ir‡ abordar TODOS os t—picos solicitados no
Edital. Os pontos abordados s‹o os seguintes:

Estrutura do Sistema Financeiro Nacional: Conselho Monet‡rio Nacional; COPOM


Ð Comit• de Pol’tica Monet‡ria. Banco Central do Brasil; Comiss‹o de Valores
Mobili‡rios.

Produtos Banc‡rios: No•›es de cart›es de crŽdito e dŽbito, crŽdito direto ao


consumidor, crŽdito rural, caderneta de poupan•a, capitaliza•‹o, previd•ncia,
investimentos e seguros.

No•›es de Mercado de capitais. No•›es de Mercado C‰mbio: Institui•›es


autorizadas a operar e opera•›es b‡sicas.

Garantias do Sistema Financeiro Nacional: aval; fian•a; penhor mercantil;


aliena•‹o fiduci‡ria; hipoteca; fian•as banc‡rias.

Crime de lavagem de dinheiro: conceito e etapas.

Preven•‹o e combate ao crime de lavagem de dinheiro: Lei n¼ 9.613/98 e suas


altera•›es, Circular Bacen 3.461/2009 e suas altera•›es e Carta-Circular Bacen
3.542/12.

Autorregula•‹o Banc‡ria.

Em todas aulas adotaremos a mesma metodologia: apresenta•‹o te—rica e


resolu•‹o de (muitos!) exerc’cios, dando prioridade ˆs resolu•›es de quest›es
cobradas em concursos realizados pela CESGRANRIO.

O curso tambŽm ir‡ tambŽm contemplar v’deo aulas para todos os t—picos. Caso
voc• n‹o as tenha visualizado, Ž porque est‹o sendo gravadas e em processo de
edi•‹o.

O aluno interessado na aprova•‹o neste certame necessita cumprir com dois


objetivos: compreender a matŽria e saber resolver as quest›es. Nada adianta saber

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tudo sobre mercado de valores mobili‡rios, mas n‹o ter a pr‡tica (a manha) na
resolu•‹o de quest›es. Afinal, o que importa Ž pontuar o m‡ximo poss’vel na prova!

Por isto que me comprometo na oferta destes dois pressupostos necess‡rios para
sua aprova•‹o. A apresenta•‹o da teoria ser‡ feita de modo a facilitar a
compreens‹o e memoriza•‹o da mesma. A resolu•‹o de quest›es permite colocar
em pr‡tica o esfor•o da compreens‹o.

Assim, as aulas ter‹o a seguinte estrutura:

Teoria esquematizada e adequada ˆ linguagem da banca

Quest›es resolvidas da banca organizadora

Videoaulas

F—rum de dœvidas e atendimento individualizado ao aluno

Metodologia
Os assuntos ser‹o tratados ponto a ponto, com LINGUAGEM OBJETIVA, CLARA,
ATUALIZADA e de FçCIL ABSORÇÌO. Teremos, ainda, videoaulas da matŽria
para que voc•̂ possa complementar o estudo. Tudo para facilitar o
aprendizado.

A resolu•‹o de quest›es Ž uma das tŽcnicas mais eficazes para a absor•‹o do


conhecimento e uma importante ferramenta para sua prepara•‹o, pois alŽm
de aprender a parte te—rica, voc•̂ aprende a fazer a prova. Quanto mais
quest›es forem feitas, melhor tende a ser o ’ndice de acertos. O motivo Ž muito
simples: quando falamos em provas de concurso, todo aluno deve ter em mente
que o seu objetivo Ž aprender a resolver quest›es da forma como elas s‹o
elaboradas e cobradas pelas bancas.

O foco no EstratŽgia Concursos s‹o os materiais em pdf. As aulas em v’deo visam


COMPLEMENTAR o estudo e compreendem a PARTE TEîRICA DOS PRINCIPAIS
PONTOS DA DISCIPLINA. O objetivo Ž facilitar o aprendizado e a absor•‹o do
conteœdo daqueles que ter‹o um primeiro contato com a disciplina.

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Nosso estudo n‹o se limita apenas ˆ apresenta•‹o das aulas ao longo do curso.
ƒ natural surgirem dœvidas. Por isso, estarei sempre ˆ disposi•‹o para responder
aos seus questionamentos por meio do f—rum de dœvidas.

A Metodologia Funciona?
Acreditamos que a nossa metodologia seja o ideal para o nosso objetivo: Fazer voc•̂
acertar as quest›es de prova. Temos certeza que estamos no caminho certo
quando recebemos avalia•›es atravŽs do nosso sistema em rela•‹o aos cursos
ministrados, como as apresentadas abaixo:

E, Ž claro, voc• pode tambŽm conferir os resultados dos nossos alunos no seguinte
endere•o: https://www.estrategiaconcursos.com.br/resultados

Cronograma e Avisos
Segue um aviso e o cronograma de aulas para sua organiza•‹o e conhecimento.
J‡ aproveito para te desejar bons estudos, persist•ncia e sucesso nessa caminhada.
Afinal, este Ž o lema do EstratŽgia Concursos:

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“O SEGREDO DO SUCESSO É A
CONSTÂNCIA NO OBJETIVO”

Este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos


da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre
direitos autorais e dá outras providências. Grupos de rateio e
pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores
que elaboram os cursos.

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SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL


O Sistema Financeiro Nacional (SFN) Ž nosso ponto de partida, pois reœne
institui•›es, pœblicas e privadas, que permitem a realiza•‹o dos fluxos de renda
entre os agentes superavit‡rios e os agentes deficit‡rios da economia.

Como assim?

Na economia h‡ dois tipos de pessoas: aquelas que poupam, consumindo menos


do que ganham e aquelas que n‹o poupam, ou seja, gastam mais do que seus
rendimentos.

Imagine qu‹o dif’cil (e desorganizado) seria o ÒencontroÓ entre estas pessoas. As


que gastam mais do que a renda, seja para consumir ou investir, necessitam de
recursos extras para cumprir com suas obriga•›es.

Os indiv’duos que poupam gostariam de aplicar seus recursos, obtendo


remunera•‹o extra em alguma aplica•‹o financeira.

Para resolver este problema foi criado o SFN: reunir as institui•›es que realizam a
intermedia•‹o entre agentes credores (superavit‡rios) e agentes devedores
(deficit‡rios).

Como veremos adiante, estas institui•›es, alŽm de intermediar o fluxo de recursos


entre poupadores e devedores, realizam diversas outras fun•›es, como a regula•‹o
do pr—prio sistema, e o aux’lio para que a intermedia•‹o ocorra da forma mais
eficiente poss’vel.

Esta Ž a fun•‹o principal.

Mas, como tudo na vida, h‡ outras fun•›es pelas quais o SFN existe.

H‡, inclusive, uma fun•‹o estabelecida pela pr—pria Constitui•‹o Federal de 1988
(CF/88).

No artigo 192, a CF/88 disp›e que o SFN Ž estruturado de forma a promover o


desenvolvimento equilibrado do Pa’s e servir aos interesses da coletividade.

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Nada mais natural. Afinal, o desenvolvimento equilibrado do Pa’s depende de
eficiente intermedia•‹o financeira, efetuada pelas institui•›es que comp›em o
SFN.

ƒ s— pensar no seguinte: as empresas interessadas em investir no Pa’s, promovendo


emprego e crescimento econ™mico, n‹o disp›em de todo o capital necess‡rio
para tanto. Desta maneira, necessitam recorrer ˆs institui•›es financeiras para
captar recursos para seus investimentos. Quanto mais eficiente esse processo
(intermedia•‹o financeira), mais barato pode custar estes recursos, incentivando
mais investimentos, mais gera•‹o de empregos e assim por diante.

Desta forma, o SFN tambŽm atende ˆ fun•‹o de promover desenvolvimento


equilibrado.

Outra fun•‹o importante Ž a fiscaliza•‹o do funcionamento do pr—prio sistema.


Afinal, nada adianta promover a intera•‹o entre poupadores e devedores e n‹o
fiscalizar.

Desta maneira, o SFN serve tambŽm para fiscalizar o Sistema Financeiro Nacional,
atravŽs de institui•›es (que veremos adiante) que servem para isto.

Por fim, a œltima fun•‹o Ž a diversifica•‹o de riscos.

N‹o se assuste com o nome!

Diversificar riscos serve para reduzir riscos de calote no sistema financeiro.

Vamos citar um exemplo.

O professor precisa de recursos para adquirir uma empresa. O aluno, poupador e


prudente, possui este recurso, mas considera o professor ÒcaloteiroÓ e, desta
maneira, n‹o ir‡ emprestar recursos ao professor.

Estar’amos em uma situa•‹o complicada, pois os investimentos pretendidos pelo


professor podem apresentar bons resultados no futuro, contribuindo no
desenvolvimento. Mas, como n‹o possui recursos para tanto, n‹o os realiza.

Mas, se o aluno (assim como outras pessoas) decide depositar seus recursos em
entidades do SFN (como um banco comercial, por exemplo), esta pode intermediar

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a capta•‹o de recursos e a concess‹o de financiamento para os investimentos do
professor.

Naturalmente, caso o professor n‹o pague as parcelas do emprŽstimo (cumprindo


a profecia de ÒcaloteiroÓ), o banco n‹o iria se ver em situa•‹o dif’cil, pois Ž uma
grande institui•‹o.

Desta forma, houve diversifica•‹o de risco atravŽs do SFN. O aluno n‹o ir‡ ficar
prejudicado, pois suas economias continuar‹o l‡ mesmo com o ÒcaloteÓ do
professor. Os demais poupadores, assim como a institui•‹o financeira, tambŽm se
sentir‹o na mesma situa•‹o confort‡vel, visto a diversifica•‹o de risco realizada.

Portanto, podemos resumir as fun•›es do SFN antes de continuar com a aula:

¥ Intermedia•‹o de recursos entre poupadores e devedores

¥ Promover o desenvolvimento equilibrado

¥ Fiscaliza•‹o das institui•›es participantes

¥ Diversifica•‹o de riscos.

Bom, j‡ conhecemos as fun•›es do SFN.

Mas, quais as institui•›es que dele fazem parte?

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Esta Ž a divis‹o do SFN proposta pelo Banco Central e apresentada no s’tio


eletr™nico da pr—pria entidade. Resumidamente, as entidades pertencentes ao SFN
est‹o divididas entre —rg‹os normativos, entidades supervisoras e operadores:

ü îrg‹os Normativos Ð Constitu’dos por institui•›es que estabelecem as


diretrizes e normativas gerais do SFN. A principal entidade Ž o Conselho Monet‡rio
Nacional.

ü Entidades Supervisoras Ð Enquanto os —rg‹os normativos estabelecem as


diretrizes, as entidades supervisoras regulam e fiscalizam as atividades das entidades
que pretende regular. Podem, inclusive, aplicar multas e demais san•›es ˆs
entidades que n‹o atendem aos determinantes regulamentares.

ƒ importante frisar que mesmo que chamadas de ÒsupervisorasÓ, estas entidades


tambŽm elaboram normas (regulamentam) nos mercados que supervisionam. Por

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exemplo: a CVM Ž entidade supervisora do ponto de vista do SFN, mas, por
regulamentar o mercado de capitais, tambŽm pode ser entendida como entidade
normativa em rela•‹o ao mercado de capitais.

O modo como s‹o classificadas depende do referencial (se do ponto de vista do


SFN, ou do ponto de vista do mercado em que atuam), ou da vis‹o do autor.

ü Operadores Ð Todas as demais entidades que fazem parte do SFN e


participam da intermedia•‹o financeira. Nesta aula, elas est‹o divididas em
Institui•›es Financeiras Banc‡rias, Institui•›es Financeiras N‹o Banc‡rias e
Institui•›es Financeiras Auxiliares.

Esta Ž a defini•‹o estabelecida pelo pr—prio Banco Central. No entanto, alguns


autores ensinam outras formas de se classificar as institui•›es pertencentes ao
sistema financeiro.

Abaixo segue a forma mais conhecida. No entanto, aten•‹o: o quadro abaixo


difere da classifica•‹o apresentada pelo Banco Central, que Ž a qual iremos focar
nestas aulas.

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Nota-se, por exemplo, que na classifica•‹o anterior o Banco do Brasil Ž apresentado
como uma institui•‹o normativa. No entanto, na classifica•‹o proposta pelo Banco
Central, o Banco do Brasil Ž uma institui•‹o financeira operadora.

Por isso que, mais uma vez, fa•o esta ressalva: utilizaremos a classifica•‹o do Banco
Central. A outra est‡ contida nesta aula a t’tulo de curiosidade e cautela.

Ainda, segue outra forma Òamig‡velÓ de visualizarmos as mesmas institui•›es,


adicionando mais categoriza•›es. Segue abaixo2:

2Segundo Faccini, Leonardo Ð Mercado de Valores Mobili‡rios: teoria e quest›es Ð Rio de Janeiro:
Eduitora GEN, 2015
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ƒ evidente que todas as representa•›es acima citadas significam o mesmo


conceito. Diferem, apenas, na classifica•‹o das institui•›es. Desta forma, Ž

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importante a apresenta•‹o de todas elas, para evitar alguma ÒsurpresaÓ em sua
prova.

Todas as institui•›es solicitadas pelo Edital ser‹o contempladas a partir de agora.


Iniciamos com o Conselho Monet‡rio Nacional.

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INSTITUI‚ÍES NORMATIVAS
Como o pr—prio nome sugere, as institui•›es normativas s‹o as respons‡veis por
estabelecer as normas gerais do SFN e de seus mercados. A institui•‹o normativa
por excel•ncia Ž o CMN (normatiza os mercados de c‰mbio, capitais, crŽdito e
monet‡rio). Ele Ž o cobrado pelo nosso edital; no entanto, o CNSP Ž tambŽm
apresentado.

Antes de iniciarmos o estudo das institui•›es, fa•o uma importante ressalva: todo o
conteœdo apresentado est‡ baseado nas Leis 4.595/64 (Lei do Sistema Financeiro
Nacional) e 9.069/95 (Lei do Plano Real). Ocorre que a Lei 4.595/64 foi atualizada
desde que publicada, mas muitas das suas atualiza•›es n‹o est‹o refletidas em seu
texto legal.

Isto significa que as bancas, ao cobrarem a letra da lei, solicitam dispositivos que
n‹o est‹o mais em vigor. Para lidar com este problema resolvi apresentar o
conteœdo legal no decorrer da aula, exatamente como as Leis apresentam em seus
textos legais. Ao final da aula est‡ apresentada a LEI 4.595 COMENTADA, anexo em
que s‹o discutidas estas altera•›es normativas supervenientes e como funciona
atualmente nosso Sistema Financeiro Nacional. Pe•o que n‹o perca isto de vista e
estude das duas formas: pela aula (lei seca) e pelo anexo (SFN na pr‡tica).

Bom, vamos iniciar.

Conselho Monet‡rio Nacional


O Conselho Monet‡rio Nacional (CMN) foi criado pela Lei 4.595 de 1964.

ƒ composto pelo Ministro da Fazenda (que Ž o Presidente do CMN), pelo Ministro do


Planejamento, Or•amento e Gest‹o (MPOG) e pelo Presidente do Banco Central
do Brasil.

Portanto, que fique memorizada a composi•‹o do CMN:

¥ Ministro da Fazenda Ð ƒ o Presidente do CMN

¥ Ministro do MPOG

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¥ Presidente do BACEN

As reuni›es do CMN s‹o realizadas, ordinariamente, 1 vez por m•s. O Presidente do


CMN pode convocar reuni›es extraordin‡rias quando lhe for conveniente.

As delibera•›es do CMN s‹o realizadas mediante resolu•›es, por maioria de votos,


cabendo ao Presidente a prerrogativa de deliberar, nos casos de urg•ncia e
relevante interesse, ad referendum dos demais membros.

Mas o que seria esse tal de ad referendum?

Quando a matŽria Ž urgente e de interesse relevante (guarde esta hip—tese, pois


apenas nela pode haver este tipo de delibera•‹o), o Presidente decide a matŽria
e depois submete o assunto, na reuni‹o seguinte do Conselho, ao referendo dos
demais membros (Ministro do MPOG e Presidente do BACEN). Ou seja, Ž necess‡rio
que os demais membros ratifiquem a decis‹o tomada pelo Presidente do CMN.

O Conselho possui fun•‹o exclusivamente normativa, ou seja, atua na fixa•‹o e


estabelecimento de diretrizes, regulamenta•‹o, regula•‹o e disciplina do SFN.

ƒ interessante recordar estas express›es grafadas acima, pois elas podem fazer
diferen•a no momento da prova. Afinal, como o CMN n‹o possui atividade
executiva, qualquer quest‹o que apresente, entre suas fun•›es, termos como
ÒexecutarÓ, ÒfiscalizarÓ, ÒsupervisionarÓ, ÒefetuarÓ, ÒreceberÓ, ÒfazerÓ, entre outras
afins, Ž suspeita.

Continuando, devemos compreender que a fun•‹o primeira do CMN Ž formular a


pol’tica da moeda e do crŽdito. Moeda e crŽdito s‹o as formas principais em que
os recursos s‹o transferidos entre os agentes superavit‡rios e deficit‡rios na
economia.

Ou seja, esta fun•‹o prim‡ria deve permitir que a pol’tica de moeda e crŽdito
atenda ao progresso econ™mico e social do Pa’s, assim como seja administrada de
maneira eficiente, a fim de manter a estabilidade do SFN e, em œltima an‡lise, do
pr—prio Pa’s.

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No entanto, formular a pol’tica de moeda e crŽdito Ž algo muito amplo e abstrato.
O CMN tambŽm atua de forma mais pr‡tica, atendendo a diversas fun•›es que
objetivam a formula•‹o da pol’tica de moeda e crŽdito.

Vejamos as principais com os devidos coment‡rios. Ressalta-se que as fun•›es aqui


citadas da mesma maneira que na Lei, pois Ž como geralmente a banca solicita na
prova

¥ Regular o valor interno da moeda - Serve tanto para prevenir, como corrigir os
surtos inflacion‡rios ou deflacion‡rios de origem interna ou externa, as depress›es
econ™micas e outros desequil’brios oriundos de fen™menos conjunturais. Ligada a
esta fun•‹o, est‹o tambŽm as medidas adotadas pelo CMN para adaptar o volume
dos meios de pagamento ˆs reais necessidades da economia nacional e seu
processo de desenvolvimento. Neste sentido, a Lei que instituiu o Plano Real
estabelece que cabe ao CMN estabelecer o conceito ampliado de moeda, alŽm
de autorizar o Banco Central a exceder em atŽ 20% (vinte por cento) as emiss›es
de reais autorizadas, em situa•›es extraordin‡rias.

¥ Regular o valor externo da moeda e o equil’brio no balan•o de pagamento


do Pa’s, tendo em vista a melhor utiliza•‹o dos recursos em moeda estrangeira Ð O
CMN pode editar diretrizes com o objetivo de regular o valor da moeda nacional
em rela•‹o ao valor das moedas internacionais, principalmente o d—lar. Nas
transa•›es que o Brasil estabelece como os demais pa’ses h‡ troca de moedas. Ou
seja, quando o Pa’s efetua vendas ao exterior, ele recebe l‡ fora provavelmente em
d—lares e necessita converter estes d—lares em reais. Neste tipo de transa•‹o se
estabelece o valor externo da moeda. Se o Brasil apresenta saldo positivo, h‡
aumento das reservas internacionais e tend•ncia de valoriza•‹o cambial; se
negativo, redu•‹o com tend•ncia de valoriza•‹o d amoeda. Na pr‡tica, o CMN
normatiza os instrumentos e formas de administra•‹o das divisas externas, com o
objetivo de manter o equil’brio no balan•o de pagamentos. TambŽm cabe ao CMN
definir a forma como o Banco Central do Brasil administrar‡ as reservas
internacionais.

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¥ Estabelecer as metas de infla•‹o Ð As metas de infla•‹o e os respectivos
intervalos de toler‰ncia s‹o estabelecidos anualmente pelo CMN e consistem na
varia•‹o anual de ’ndice de pre•os de ampla divulga•‹o. Atualmente o ’ndice
utilizado Ž o IPCA. Considera-se que a meta foi cumprida quando a varia•‹o
acumulada da infla•‹o - medida pelo IPCA, relativa ao per’odo de janeiro a
dezembro de cada ano calend‡rio - situar-se na faixa do seu respectivo intervalo
de toler‰ncia.

¥ Orientar a aplica•‹o dos recursos das institui•›es financeiras, quer pœblicas,


quer privadas Ð Esta disposi•‹o significa que compete ao CMN estabelecer quais
institui•›es financeiras podem exercer0atividades nos segmentos dos mercados
financeiros. Por exemplo, os bancos comerciais operam no mercado de crŽdito pois
foram orientados pelo CMN a aplicar dos seus recursos neste sentido.

¥ Propiciar o aperfei•oamento das institui•›es e dos instrumentos financeiros,


com vistas ˆ maior efici•ncia do sistema de pagamentos e de mobiliza•‹o de
recursos Ð Trata-se de uma importante fun•‹o com vistas a melhorar a atividade
principal do SFN: a intermedia•‹o financeira. Desta maneira, o CMN pode
estabelecer diretrizes com o objetivo de trazer efici•ncia ˆ intermedia•‹o de
recursos entre poupadores e devedores.

¥ Zelar pela liquidez e solv•ncia das institui•›es financeiras Ð As institui•›es


financeiras, participantes do SFN, possuem importantes fun•›es na economia.
Imagine que os dep—sitos de todos os brasileiros sejam efetuados no Banco do Brasil.
O que acontece com a economia brasileira se o BB quebrar? Provavelmente algo
muito tr‡gico. Desta maneira, o CMN tem como fun•‹o criar diretrizes para zelar
pela liquidez (necessidade de recursos para cumprimento de obriga•›es a curto
prazo) e solv•ncia (garantia de cumprimento de todas as obriga•›es) das
institui•›es financeiras participantes do SFN.

¥ Coordenar as pol’ticas monet‡ria, credit’cia, or•ament‡ria, fiscal e da d’vida


pœblica, interna e externa Ð O Governo tem diversas fun•›es a cumprir. Dentre elas
est‡ a pol’tica monet‡ria e credit’cia (oferta de moeda, liquidez e recursos para
investimentos na economia) e a pol’tica fiscal (compreende os gastos do governo

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com consumo investimento, que s‹o evidenciados no or•amento pœblico). A fim de
prevenir abusos e irregularidades no gerenciamento destas pol’ticas, sobretudo em
rela•‹o ao crescimento da d’vida pœblica, interna e externa, o CMN coordena as
diretrizes destas atividades. Do ponto de vista pr‡tico, talvez o melhor exemplo de
cumprimento desta fun•‹o est‡ na defini•‹o dos membros do CMN: Ministro da
Fazenda (respons‡vel pela pol’tica fiscal e d’vida pœblica), Presidente do Bacen
(respons‡vel pela pol’tica monet‡ria) e Ministro do Planejamento (respons‡vel pelo
or•amento).

¥ Autorizar as emiss›es de papel-moeda Ð Veremos adiante que as emiss›es


de papel-moeda est‹o a cargo do Banco Central. No entanto, o CMN autoriza as
emiss›es. A pr—pria Lei fornece um exemplo desta fun•‹o. Quando necess‡rio
atender as exig•ncias das atividades produtivas e da circula•‹o da riqueza do Pa’s,
o CMN pode autorizar o Banco Central emitir, anualmente, atŽ o limite de 10% dos
meios de pagamento existentes atŽ 31 de dezembro do ano anterior, desde que
autorizado pelo Poder Legislativo para tanto.

Desta fun•‹o do CMN derivam outras, como:

(i) Estabelecer condi•›es para que o Banco Central da Repœblica do Brasil emita
moeda-papel;

(ii) Aprovar os or•amentos monet‡rios, preparados pelo Banco Central da


Repœblica do Brasil, por meio dos quais se estimar‹o as necessidades globais de
moeda e crŽdito; e

(iii) Determinar as caracter’sticas gerais das cŽdulas e das moedas

Todas elas s‹o referentes ˆ autoriza•‹o concedida ao Banco Central para a


emiss‹o de papel-moeda.

¥ Fixar as diretrizes e normas da pol’tica cambial Ð Como j‡ mencionado, cabe


ao CMN regular o valor da moeda. Uma das maneiras de se fazer isto Ž atravŽs da
fixa•‹o de diretrizes e normas que a pol’tica cambial deve seguir.

¥ Disciplinar o crŽdito em todas as suas modalidades e as opera•›es credit’cias


em todas as suas formas, inclusive aceites, avais e presta•›es de quaisquer

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garantias por parte das institui•›es financeiras Ð Certas institui•›es financeiras
realizam opera•›es de crŽdito, ou seja, emprestam recursos aos indiv’duos que
solicitarem. Ao CMN cabe regular e disciplinar as maneiras que estas atividades
ser‹o feitas.

¥ Regular a constitui•‹o, funcionamento e fiscaliza•‹o dos que exercerem


atividades subordinadas ao SFN, bem como a aplica•‹o das penalidades previstas
Ð Basicamente, cabe ao CMN regular e disciplinar a atua•‹o de todas as institui•›es
pertencentes ao SFN.

¥ Limitar, sempre que necess‡rio, as taxas de juros, descontos comiss›es e


qualquer outra forma de remunera•‹o de opera•›es e servi•os banc‡rios ou
financeiros, inclusive os prestados pelo Banco Central da Repœblica do Brasil Ð O
CMN, sempre que entender necess‡rio, pode limitar as taxas de juros, bem como
outras remunera•›es usufru’das pela presta•‹o de servi•os banc‡rios e financeiros.
Esta fun•‹o j‡ foi utilizada em demasia no per’odo que o Brasil apresentou alta
infla•‹o.

¥ Disciplinar as atividades das Bolsas de Valores e dos corretores de fundos


pœblicos (atualmente chamadas de sociedades corretoras de t’tulos e valores
mobili‡rios) Ð As Bolsas de Valores e as Sociedades Corretores de T’tulos e Valores
Mobili‡rios s‹o entidades participantes do SFN (veremos adiante suas
caracter’sticas), que seguem diretrizes gerais estabelecidas pelo CMN.

¥ Expedir normas gerais de contabilidade e estat’stica a serem observadas


pelas institui•›es financeiras Ð Normas cont‡beis e de estat’stica s‹o fundamentais
para o exerc’cio das atividades do SFN. Desta maneira, cabe ao CMN expedi-las.

Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP)


O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) formula as diretrizes e normas para
o setor do Sistema Financeiro Nacional respons‡vel pelos seguros privados.

Mas, o que s‹o seguros privados?

S‹o contratos firmados entre uma sociedade seguradora e um interessado em se


proteger contra eventuais riscos e conting•ncias predeterminados.

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S‹o seguros privados os seguros de coisas, pessoas, bens, responsabilidades,
obriga•›es, direitos e garantias, ou seja, n‹o Ž s— o seguro de coisas (carro, por ex.),
mas tambŽm seguro de vida etc.

As principais fun•›es do CNSP s‹o as seguintes:

¥ Fixar as diretrizes e normas da pol’tica de seguros privados;

¥ Regular a constitui•‹o, organiza•‹o, funcionamento e fiscaliza•‹o dos que


exercerem atividades de seguros privados, bem como a aplica•‹o das
penalidades previstas;

¥ Estipular ’ndices e demais condi•›es tŽcnicas sobre tarifas, investimentos e


outras rela•›es patrimoniais a serem observadas pelas Sociedades Seguradoras;

¥ Fixar as caracter’sticas gerais dos contratos de seguros;

¥ Fixar normas gerais de contabilidade e estat’stica a serem observadas pelas


Sociedades Seguradoras;

¥ Estabelecer as diretrizes gerais das opera•›es de resseguro (as quais veremos


adiante);

¥ Disciplinar as opera•›es de cosseguro (quando o valor assegurado Ž muito


grande Ð imagine o valor que uma seguradora deveria pagar para um shopping
que pegasse fogo por completo Ð Ž comum duas seguradoras prestarem juntas o
servi•o de seguro);

¥ Disciplinar a corretagem de seguros e a profiss‹o de corretor;

¥ Regular o exerc’cio do poder disciplinar das entidades autorreguladoras do


mercado de corretagem sobre seus membros, inclusive do poder de impor
penalidades e de excluir membros;

¥ Disciplinar a administra•‹o das entidades autorreguladoras do mercado de


corretagem e a fixa•‹o de emolumentos, comiss›es e quaisquer outras despesas
cobradas por tais entidades, quando for o caso.

ƒ interessante fazer uma compara•‹o entre o CNSP e o CMN.

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Vimos que este fixa as diretrizes e normas para as institui•›es financeiras, bolsas,
bancos de c‰mbio, outros intermedi‡rios financeiros e administradores de recursos
de terceiros.

O CNSP faz algo parecido, s— que aplicado ao mercado de seguros privados.

Conselho Nacional de Previd•ncia Complementar (CNPC)


O Conselho Nacional de Previd•ncia Complementar exerce a fun•‹o de —rg‹o
regulador do regime de previd•ncia complementar operado pelas entidades
fechadas de previd•ncia complementar.

Ele Ž o CMN deste importante setor, cujas entidades operadoras s‹o os fundos de
pens‹o (entidades fechadas de previd•ncia complementar).

Atualmente o CNPC Ž um —rg‹o dentro da estrutura do MinistŽrio da Fazenda, pois


este incorporou o MinistŽrio da Previd•ncia Social, ao qual o —rg‹o estava ligado
anteriormente. E, deste modo, o Ministro da Fazenda Ž atualmente o Presidente do
CNPC.

O Conselho Nacional de Previd•ncia Complementar contar‡ com 8 (oito)


integrantes, com direito a voto e mandato de 2 (dois) anos, permitida uma
recondu•‹o, sendo:

I. 5 (cinco) representantes do poder pœblico; e


II. 3 (tr•s) indicados, respectivamente:
a) pelas entidades fechadas de previd•ncia complementar;
b) pelos patrocinadores e instituidores; e
c) pelos participantes e assistidos.
Em fun•‹o das modifica•›es que est‹o sendo realizadas neste —rg‹o,
considera•›es adicionais ser‹o atualizadas neste t—pico quando oficialmente
publicadas.

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INSTITUI‚ÍES SUPERVISORAS
A seguir, seguem as institui•›es supervisoras e correlatas mais importantes: BACEN,
COPOM, CVM, CRSFN, COAF e SUSEP.

Banco Central do Brasil (Bacen)


Na tabela com as institui•›es pertencentes ao SFN, o Banco Central do Brasil
(Bacen) figura como entidade supervisora, segue as diretrizes do Conselho
Monet‡rio Nacional e supervisiona as entidades financeiras captadoras (ou n‹o) de
dep—sitos ˆ vista, bancos de c‰mbio e demais institui•›es financeiras intermedi‡rias.

Evidentemente, Ž bastante coisa!

Antes de detalhar suas fun•›es, podemos resumi-las para facilitar a memoriza•‹o:

i. Emiss‹o de Moeda e execu•‹o dos servi•os de meio circulante.

ii. Formula•‹o, execu•‹o, e acompanhamento das pol’ticas cambial,


monet‡ria e credit’cia.

iii. Formula•‹o, execu•‹o e acompanhamento da pol’tica de rela•›es


financeiras com o exterior.

iv. Recebimento de dep—sitos compuls—rios e volunt‡rios dos bancos comerciais


e concess‹o de crŽdito a eles.

v. Deposit‡rio das reservas internacionais do Pa’s.

¥ EMISSOR DE MOEDA

Esta Ž a primeira e, talvez, mais conhecida fun•‹o do Bacen.

O Banco Central detŽm o monop—lio das emiss›es de papel-moeda e moeda


met‡lica. O CMN estabelece os limite e diretrizes para a emiss‹o, mas quem emite
os ÒReaisÓ Ž o Banco Central.

A moeda Ž algo necess‡rio e sua import‰ncia, intuitiva. Todas as transa•›es


econ™micas realizadas no Pa’s s‹o liquidadas em moeda. Quando compramos ou
vendemos bens e servi•os, utilizamos moeda para pagar/receber estes bens.

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Seria muito estranho se fosse de outra maneira. Imagine que este curso fosse
vendido mediante a entrega de alimentos ao EstratŽgia Concursos. Os alunos
interessados a aprova•‹o do Concurso trariam alimentos atŽ a sede do EstratŽgia,
que forneceria as aulas. Seria algo extremamente custoso e ineficiente.

No entanto, o excesso de moeda tambŽm Ž algo prejudicial. Quantidade de


moeda superior ˆ necessidade dos indiv’duos geralmente provoca infla•‹o.

Vamos a um exemplo.

No Brasil existe apenas 1 produto a venda (pipoca), vendido pelo pr—prio governo.
Os habitantes do Pa’s, tendo ao todo R$ 1.000,00, compram 1 mil unidades de
pipoca ao pre•o de R$ 1,00.

Portanto, 1mil unidades de pipoca s‹o vendidas por m•s.

Agora, o Brasil eleva a quantidade de moeda em 100%, ou seja, h‡ dispon’veis R$ 2


mil em circula•‹o.

Mas, a quantidade de pipoca produzida permanece a mesma. Afinal, demora


certo tempo para mais milho ser produzido, mais panelas fabricadas e assim por
diante.

O que acontece com o pre•o da pipoca?

Bom, as mesmas 1 mil unidades de pipoca passam a ser vendidas por R$ 2,00. Toda
a moeda na economia s— pode comprar pipoca, pois este Ž o œnico produto
vendido. Evidentemente ninguŽm ir‡ ÒrasgarÓ dinheiro.

Portanto, mais moeda na economia provocou aumento no pre•o da pipoca.

O exemplo Ž simples, mas serve para demonstrar o efeito do aumento da


quantidade de moeda em circula•‹o na economia.

Mais moeda = pre•os mais altos = mais infla•‹o.

AlŽm da emiss‹o de moeda propriamente dita, o Bacen pode controlar a


quantidade de moeda em circula•‹o na economia de outras formas, efetuando,
assim, a pol’tica monet‡ria.

Abaixo, seguem as maneiras poss’veis:

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i. Emiss‹o de moeda Ð Exemplo j‡ citado, mas que est‡ repetido devido a sua
import‰ncia. De acordo com os limites autorizados pelo CMN, o Bacen emite papel-
moeda e moeda met‡lica.

ii. Executar os Servi•os de Meio Circulante Ð Substituir as moedas com defeito,


ou rasgadas, ou atŽ mesmo que desaparecem de circula•‹o. Desta maneira, o
Bacen atende ˆ demanda por moeda.

iii. Exercer o controle do crŽdito sob todas as suas formas Ð Ao controlar o crŽdito
em circula•‹o na economia, o Bacen controla a quantidade de moeda.

iv. Receber os recolhimentos compuls—rios e os dep—sitos volunt‡rios ˆ vista das


institui•›es financeiras Ð Os Bancos Comercias que recebem dep—sitos ˆ vista
podem criar dinheiro. Quando depositamos certa quantia em nossa conta corrente
permanecemos com o saldo pronto para ser sacado.

No entanto, o Banco utiliza estes valores para realizar suas opera•›es financeiras.
Ele pode emprestar a outros correntistas ou aplicar o dinheiro de diversas outras
formas. Deste modo, o saldo que aparece em nossa conta corrente Ž apenas
virtual. Ele n‹o est‡ l‡ fisicamente, pois foi alocado em outras aplica•›es.

Estas opera•›es, ao elevar a quantidade de moeda em circula•‹o, promovem


tambŽm aumento de pre•os e da infla•‹o. Nesta perspectiva, o Banco Central
recolhe compulsoriamente certo percentual dos dep—sitos ˆ vista e a prazo alocado
nos Bancos Comerciais. Esta opera•‹o, conhecida popularmente como
Òcompuls—rioÓ permite ao Bacen controlar a quantidade de moeda em circula•‹o
na economia

Da mesma maneira, o Bacen pode recolher os dep—sitos volunt‡rios dos Bancos


Comerciais, ou seja, servir de ÒBanco dos BancosÓ.

v. Efetuar, como instrumento de pol’tica monet‡ria, opera•›es de compra e


venda de t’tulos pœblicos federais Ð O Governo Federal pode apresentar dŽficit em
suas opera•›es financeiras. Simplesmente, se tiver mais despesas que receitas em
determinado per’odo, o Governo est‡ com a conta Òno negativoÓ.

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Mas, existem algumas formas de financiar este dŽficit. Umas delas Ž a emiss‹o de
t’tulos pœblicos. O Governo, atravŽs da Secretaria do Tesouro Nacional, vende estes
t’tulos ao setor privado, que compra os papeis na expectativa de auferir
rendimentos.

O Banco Central pode realizar opera•›es de compra e venda destes t’tulos junto
ao setor privado.

Aten•‹o! O Banco Central n‹o pode comprar t’tulos diretamente do Governo


Federal. Isto Ž proibido pela CF/88. O que ele faz Ž comprar os t’tulos que est‹o em
posse do setor privado, a fim de realizar pol’tica monet‡ria.

ƒ simples. Comprando os t’tulos do setor privado, o BACEN paga em dinheiro e eleva


a quantidade de moeda em circula•‹o na economia. Do mesmo modo, caso
queira vender t’tulos ao setor privado, este paga com dinheiro. Como resultado,
menos dinheiro permanece em circula•‹o na economia.

Resumindo:

VENDA DE TêTULO AO SETOR PRIVADO è DIMINUI A CIRCULA‚ÌO DE MOEDA

COMPRA DE TêTULOS DO SETOR PROVADO è AUMENTA A CIRCULA‚ÌO DE MOEDA.

Desta maneira, caso o Banco Central pretenda realizar uma pol’tica monet‡ria
expansionista (aumentar a quantidade de moeda na economia) ele compra t’tulos
do setor privado. Do contr‡rio, caso queira praticar pol’tica monet‡ria
contracionista, vende t’tulos ao setor privado.

Este tipo de opera•‹o Ž chamado de opera•‹o de mercado aberto (open market)


e ser‡ vista com maiores detalhes na Aula que tratar do tema mercado monet‡rio.

¥ BANCO DOS BANCOS

J‡ foi mencionada umas das opera•›es em que o BACEN serve como banco dos
bancos. Ao receber dep—sitos volunt‡rios das institui•›es financeiras, cumpre esta
fun•‹o.

Mas, h‡ algumas outras que se enquadram neste quesito.

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Basicamente, o BACEN funciona como banco dos bancos quando presta servi•os
eminentemente financeiros aos Bancos Comerciais. Quando um banco comercial
precisa de financiamento e o BACEN concede, ele age como banco dos bancos.
Do mesmo modo, como j‡ citado, quando os bancos comerciais procuram um
ÒrepousoÓ para seus recursos, o Banco Central atende e os deposita em seus cofres.

Esta fun•‹o j‡ foi detalhada. Vamos compreender como o Banco Central concede
emprŽstimos aos Bancos Comerciais.

O Banco Central realiza opera•›es de redesconto e emprŽstimos ˆs institui•›es


financeiras banc‡rias. Bom, vamos por partes.

Primeiramente, cabe definir o que s‹o institui•›es financeiras bancarias. S‹o


aquelas que exercem as atividades de Bancos Comerciais, ou seja, que recebem
dep—sitos ˆ vista. Desta maneira, um Banco de Investimentos, mesmo que fa•a
parte do SFN, n‹o pode receber do Banco Central emprŽstimos e redescontos,
tendo em vista que n‹o recebem dep—sitos ˆ vista (mais adiante este tema ser‡
tratado com mais detalhes).

Os redescontos s‹o crŽditos concedidos pelo Banco Central ˆs institui•›es


financeiras banc‡rias que sofram de problemas de liquidez no curto prazo, ou seja,
que apresentam dŽbitos mais elevados que crŽditos e n‹o tenham como cumprir
com suas obriga•›es no curto prazo. Um bom exemplo Ž o Banco Comercial que
n‹o consegue cumprir com os saques di‡rios de seus correntistas.

Nesta hip—tese, o Banco Central concede recursos a estas institui•›es, que


garantem a opera•‹o depositando t’tulos pœblicos federais nos cofres do Bacen. A
opera•‹o Ž chamada de redesconto pois este Ž o nome da taxa de juros cobrada,
o redesconto.

Nestes casos o BACEN funciona como emprestador de œltima inst‰ncia. Isto Ž, como
os bancos n‹o conseguem tomar emprŽstimos no mercado com outras institui•›es
financeiras, pois est‹o geralmente em situa•‹o de dificuldade, eles recorrem ao
BACEN.

Bom, estes conceitos s‹o mais do que suficientes para a compreens‹o da fun•‹o
de Banco dos Bancos exercida pelo BACEN, e s‹o resumidos como:
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i. Receber dep—sitos volunt‡rios

ii. Conceder emprŽstimos e redescontos

¥ BANCO DO GOVERNO

O Banco Central Ž o respons‡vel pelo dep—sito das reservas internacionais que o


Pa’s possui.

Nas transa•›es econ™micas que o Brasil efetua com outras na•›es, o Pa’s pode
apresentar saldos positivos, ou negativos.

Por exemplo, nas transa•›es feitas com a Argentina, o Brasil pode exportar R$ 1 mil
e importar R$ 10 mil. Neste cen‡rio apresenta um dŽficit de R$ 9 mil.

Mas, pode tambŽm apresentar super‡vits. Neste caso, o Brasil recebe mais recursos
do que precisa para pagar suas opera•›es com o resto do mundo e, portanto,
acumula reservas internacionais.

O que fazer com estas reservas? Ora, depositar no Bacen!

A Lei 4.595/64 define que o Bacen deve ser o deposit‡rio das reservas oficiais de
ouro e moeda estrangeira e de Direitos Especiais de Saque (DES).

ƒ exatamente o que acabamos de explicar. As reservas se dividem em 3 maneiras:


moeda estrangeira (comumente em d—lar dos Estados Unidos) ouro e DES.

Os Direitos Especiais de Saque nada mais s‹o que uma moeda criada pelo Fundo
Monet‡rio Internacional (FMI), que serve para ser trocada entre os Bancos Centrais
dos pa’ses.

Neste t—pico, ainda Ž necess‡rio fazer um alerta.

As transa•›es entre o Banco Central e o Governo Federal s‹o limitadas e devem


seguir diversos regulamentos.

Em suma, precisamos saber que:

i.O Banco Central n‹o pode conceder emprŽstimos e financiamentos ao Governo


Central. Isto j‡ foi explicado quando citamos a proibi•‹o do Banco Central em
comprar t’tulos emitidos pelo Tesouro Nacional.

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ii.As disponibilidades de caixa do Governo Federal ser‹o depositadas no Banco
Central. Ou seja, os valores em caixa que pertencem ˆ Uni‹o, reservados para
cumprir com suas obriga•›es ou para simples reserva, devem ser depositados no
BACEN.

¥ SUPERVISÌO DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

Vimos que o BACEN Ž parte das Institui•›es Supervisoras do SFN.

Evidentemente, deve supervisionar alguŽm, ou algo. As institui•›es sob supervis‹o


do BACEN s‹o:

i. Institui•›es que captam dep—sitos ˆ vista. Os Bancos Comerciais s‹o o melhor


exemplo.
ii. Institui•›es financeiras que n‹o captam dep—sitos ˆ vista. Os Bancos de
Investimento servem de exemplo: eles atuam captando dep—sitos a prazo e
aplicando-os em t’tulos das mais diversas espŽcies.
iii. Bancos de C‰mbio
iv. Outras entidades financeiras que intermediam recursos.

O Bacen exerce a atividade de supervis‹o de diversas maneiras. ƒ necess‡rio


compreender as seguintes:

¥ Exercer a fiscaliza•‹o das institui•›es financeiras e aplicar as penalidades


previstas

¥ Conceder autoriza•‹o ˆs institui•›es financeiras, a fim de que possam:

a) funcionar no Pa’s;

b) instalar ou transferir suas sedes, ou depend•ncias, inclusive no exterior;

c) ser transformadas, fundidas, incorporadas ou encampadas;

d) praticar opera•›es de c‰mbio, crŽdito real e venda habitual de t’tulos da d’vida


pœblica federal, estadual ou municipal, a•›es, deb•ntures, letras hipotec‡rias e
outros t’tulos de crŽdito ou mobili‡rios;

e) ter prorrogados os prazos concedidos para funcionamento;

f) alterar seus estatutos;

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g) alienar ou, por qualquer outra forma, transferir o seu controle acion‡rio.

¥ Determinar que as matrizes das institui•›es financeiras registrem os cadastros


das firmas que operam com suas ag•ncias h‡ mais de um ano

¥ Autorizar institui•›es financeiras estrangeiras a operar no Brasil. Esta


autoriza•‹o Ž valida apenas mediante Decreto do Poder Executivo. Desta forma,
conclui-se que, para uma institui•‹o financeira estrangeira funcionar, faz-se
necess‡ria AUTORIZA‚AO DO BACEN E DECRETO DO PODER EXECUTIVO.

¥ Estabelecer condi•›es para a posse e para o exerc’cio de quaisquer cargos


de administra•‹o de institui•›es financeiras privadas, assim como para o exerc’cio
de quaisquer fun•›es em —rg‹os consultivos, fiscais e semelhantes.

¥ Regular a execu•‹o dos servi•os de compensa•‹o de cheques e outros


papŽis

¥ Exercer permanente vigil‰ncia nos mercados financeiros e de capitais sobre


empresas que, direta ou indiretamente, interfiram nesses mercados e em rela•‹o ˆs
modalidades ou processos operacionais que utilizem

Todas as fun•›es acima s‹o autoexplicativas e, como j‡ sabemos, cabem ao


Bacen.

Bom, finalizamos as fun•›es exercidas pelo BACEN.

Para auxiliar, que tal um esquema para memorizar o t—pico?

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•Emissão de Moeda
Emissor de Moeda •Execução dos serviços de meio circulante

Banco dos Bancos •Redesconto


•Cofre dos bancos comerciais

•Depositário das reservas internacionais


Banco do Governo •Depositário do caixa do Governo Federal

•Autorização e fiscalização das instituições financeiras, que recebem


Supervisão depósitos a vista ou nao, assim como bancos de câmbio e demais
instituições intermediárias

•Formulação, execução, e acompanhamento das políticas cambial,


Outras monetária e creditícia

Comit• de Pol’tica Monet‡ria (Copom)


O Conselho de Pol’tica Monet‡ria (COPOM) foi institu’do em 20 de junho de 1996,
com o objetivo de implementar a pol’tica monet‡ria, definir a meta da Taxa Selic e
analisar o Relat—rio de Infla•‹o.

As fun•›es do COPOM est‹o quase que diariamente na m’dia comum e


especializada.

Afinal, todos j‡ nos deparamos com a legenda Selic. Mas, afinal, qual o seu
significado.

A SELIC Ž a taxa de juros mŽdia apurada diariamente pelo Sistema Especial de


Liquida•‹o e Cust—dia (Selic). Portanto, antes de saber seu significado, j‡ sabemos
que a taxa tem este nome devido ao sistema em que Ž apurado. Ok?

A taxa SELIC Ž determinada nas opera•›es de financiamento, lastreadas por t’tulos


pœblicos federais, realizadas diariamente no mercado.

Vamos entender por meio de um exemplo.

Os Bancos Comerciais emprestam recursos a outros Bancos Comerciais diariamente,


pois todos eles devem fechar o dia com entradas e sa’das de recursos equilibradas.
Isto Ž, caso, por exemplo, o Banco do Brasil (BB) encerre o dia com retiradas maiores

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que dep—sitos, ele precisa captar recursos no mercado para equilibrar o saldo
destas opera•›es.

Ent‹o, o BB recorre a outros Bancos Comerciais, que emprestam estes recursos,


cobrando, evidentemente, uma taxa de juros para realizar esta opera•‹o.

Digamos que a taxa de juros mŽdia cobrada neste tipo de opera•‹o Ž igual a 20%
a.a. Ou seja, a Taxa Selic Ž de 20% a.a.

O COPOM entende que esta taxa Ž muito alta e, em suas reuni›es, estabelece que
o objetivo da Taxa Selic Ž de 10% a.a.

O Banco Central, cumprindo sua fun•‹o de respons‡vel pela pol’tica monet‡ria,


come•a a conceder crŽdito aos bancos no mercado com esta taxa de juros (10%
a.a.). Pela lei da oferta e da procura, esta taxa inferior ocasiona maior demanda
por recursos conferidos pelo BACEN, ao invŽs dos recursos concedidos pelos Bancos
Comerciais.

O que acontece com a Taxa Selic?

Os Bancos Comerciais, interessados nestes financiamentos, passam a reduzir a taxa


de juros cobrada em suas opera•›es. Como a Taxa SELIC Ž uma mŽdia
estabelecida nas opera•›es de mercado, ela passa a ter o valor reduzido, atŽ a
meta definida pelo COPOM.

Portanto, a defini•‹o da Taxa Selic pelo COPOM influ•ncia em seu valor real, que Ž
determinado pelo mercado.

Desta forma que fique gravado: o COPOM estabelece a meta da Taxa Selic; o valor
real Ž determinado nas opera•›es de mercado, nas quais o Bacen intervŽm.

Bom, agora que j‡ sabemos o que Ž a Taxa Selic, podemos prosseguir com o que
nos interessa: composi•‹o e fun•›es do COPOM.

O COPOM Ž composto pelo Presidente mais os Diretores do Banco Central do Brasil.

As reuni›es ordin‡rias do COPOM s‹o realizadas a cada 45 dias, somando, portanto,


8 reuni›es ordin‡rias por ano. O Presidente do Banco Central pode convocar

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reuni›es extraordin‡rias, desde que, presentes, no m’nimo, o Presidente (ou seu
substituto) e metade do nœmero de Diretores.

As delibera•›es s‹o feitas por maioria simples dos votos, cabendo ao Presidente o
voto de qualidade. Ou seja, caso aconte•a empate, o Presidente pode
desempatar a vota•‹o.

A defini•‹o da Taxa Selic, e seu eventual viŽs, s‹o feitas nas reuni›es do COPOM,
mediante vota•‹o.

J‡ explicamos a Taxa Selic. Mas, o que seria seu viŽs?

O viŽs Ž a tend•ncia da Taxa Selic. Ou seja, qual provavelmente ser‡ a defini•‹o


da Taxa Selic na pr—xima reuni‹o. Esta sinaliza•‹o Ž importante, pois passa ˆ
economia qual o objetivo de pol’tica monet‡ria pretendido pelo Banco Central.

Um viŽs de alta para a Taxa Selic significa que o COPOM entende que a meta da
Taxa Selic deve aumentar no futuro pr—ximo, assim como as demais taxas de juros
cobradas nas opera•›es financiamento. Provavelmente o Banco Central entende
necess‡ria a pr‡tica de pol’tica monet‡ria mais r’gida, que encare•a o custo do
dinheiro (atravŽs da eleva•‹o da taxa de juros), reduzindo o valor das opera•›es
de financiamento.

A l—gica Ž simples. A taxa de juros representa o custo dos emprŽstimos. A capta•‹o


de financiamentos deve ser amortizada com o acrŽscimo de juros. Quanto mais alta
esta taxa, mais caro o financiamento e, consequentemente, menos atrativo aos
tomadores.

E a redu•‹o de financiamentos resulta em efeitos recessivos na economia. E estes


efeitos recessivos geram varia•›es no comportamento da infla•‹o.

Como foi citado acima, cabe ao COPOM analisar o Relat—rio de Infla•‹o. Caso
entenda que a infla•‹o segue acima da meta, ou do intervalo da meta, pode
apertar ainda mais a pol’tica monet‡ria atravŽs do aumento da meta (ou eleva•‹o
do viŽs) da Taxa Selic. Novamente, taxa Selic mais elevada resulta em retra•‹o de
emprŽstimos e efeitos recessivos na economia, conduzindo a infla•‹o ao centro da
meta, ou dentro do intervalo permitido.

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E qual seria, atualmente, a meta de infla•‹o?

Resposta: 4,5% a.a., podendo variar em 2% para cima e 2% para baixo. Portanto a
infla•‹o pode se situar no intervalor 2,5% - 6,5% a.a.

Destaca-se que, a partir de 201, o intervalo da meta de infla•‹o ser‡ de 1,5%. Ou


seja, a partir do exerc’cio de 2017 a infla•‹o poder‡ se situar no intervalor 3% - 6%
a.a.

Como vimos no t—pico destinado ao CMN, a meta de infla•‹o Ž definida pelo


Conselho Monet‡rio Nacional. Cumpre ao Banco Central, atravŽs do COPOM,
executar as pol’ticas necess‡rias para cumprimento da meta fixada.

Caso a meta n‹o seja cumprida, o Presidente do Banco Central do Brasil divulgar‡
publicamente as raz›es do descumprimento, por meio de carta aberta ao Ministro
de Estado da Fazenda, contendo:

i. Descri•‹o detalhada das causas do descumprimento;

ii. Provid•ncias para assegurar o retorno da infla•‹o aos limites estabelecidos; e

iii. O prazo no qual se espera que as provid•ncias produzam efeito.

Pelo visto, descumprir a meta de infla•‹o Ž coisa sŽria.

Desta maneira, Ž poss’vel compreender a relev‰ncia na determina•‹o da Taxa Selic


e na atua•‹o do COPOM.

Portanto, vamos resumir as fun•›es e composi•‹o do COPOM:

¥ Composto pelo Presidente e demais Diretores do Banco Central do Brasil

¥ 8 reuni›es ordin‡rias por ano (Reuni‹o a cada 45 dias)

¥ Implementar a pol’tica monet‡ria, definir a meta da Taxa Selic e analisar o


Relat—rio de Infla•‹o.

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Comiss‹o de Valores Mobili‡rios (CVM)


A Comiss‹o de Valores Mobili‡rios Ž a institui•‹o supervisora do mercado de valores
mobili‡rios. Como j‡ citado em diversos momentos, possui fun•‹o normativa,
supervisora, fiscalizadora e sancionat—ria. Todas elas ser‹o exploradas no decorrer
deste t—pico.

Antes de iniciarmos, um aviso importante: o assunto ÒCVMÓ ser‡ praticamente


esgotado nesta aula. N‹o obstante, em outros t—picos tambŽm s‹o apresentadas
fun•›es da CVM com mais detalhes. Por exemplo, nesta aula apresentaremos,
dentre outras compet•ncias, a administra•‹o dos registros previstos da Lei 6.385/76
pela CVM, mas o detalhamento dos registros em si, apenas na aula espec’fica.

Continuando, o esquema os t—picos abaixo elencam o mandato legal da CVM,


alinhados da mesma forma que a Autarquia faz em suas apresenta•›es
institucionais3:

ü Desenvolvimento do mercado

Estimular a forma•‹o de poupan•a e a sua aplica•‹o em valores mobili‡rios;


promover a expans‹o e o funcionamento eficiente e regular do mercado de a•›es;
e estimular as aplica•›es permanentes em a•›es do capital social de companhias
abertas sob controle de capitais privados nacionais (Lei 6.385/76, art. 4¼, incisos I e
II).

ü Efici•ncia e funcionamento do mercado

Assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados da bolsa e de balc‹o;


assegurar a observ‰ncia de pr‡ticas comerciais equitativas no mercado de valores
mobili‡rios; e assegurar a observ‰ncia, no mercado, das condi•›es de utiliza•‹o de
crŽdito fixadas pelo Conselho Monet‡rio Nacional (Lei 6.385/76, art. 4¼, incisos III, VII
e VIII).

ü Prote•‹o dos investidores

3Retirado de:
http://www.cvm.gov.br/menu/acesso_informacao/institucional/sobre/mandatolegal.html
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Proteger os titulares de valores mobili‡rios e os investidores do mercado contra
emiss›es irregulares de valores mobili‡rios; atos ilegais de administradores e
acionistas controladores das companhias abertas, ou de administradores de
carteira de valores mobili‡rios; e o uso de informa•‹o relevante n‹o divulgada no
mercado de valores mobili‡rios. Evitar ou coibir modalidades de fraude ou
manipula•‹o destinadas a criar condi•›es artificiais de demanda, oferta ou pre•o
dos valores mobili‡rios negociados no mercado (Lei 6.385/76, art. 4¼, incisos IV e V).

ü Acesso ˆ informa•‹o adequada

Assegurar o acesso do pœblico a informa•›es sobre os valores mobili‡rios


negociados e as companhias que os tenham emitido, regulamentando a Lei e
administrando o sistema de registro de emissores, de distribui•‹o e de agentes
regulados (Lei 6.385/76, art. 4¼, inciso VI, e art. 8¼, incisos I e II).

ü Fiscaliza•‹o e puni•‹o

Fiscalizar permanentemente as atividades e os servi•os do mercado de valores


mobili‡rios, bem como a veicula•‹o de informa•›es relativas ao mercado, ˆs
pessoas que dele participam e aos valores nele negociados, e impor penalidades
aos infratores das Leis 6.404/76 e 6.385/76, das normas da pr—pria CVM ou de leis
especiais cujo cumprimento lhe incumba fiscalizar (Lei 6.385/76, art. 8¼, incisos III e V,
e art. 11).

ƒ muito importante notar que o mandato legal da CVM se trata dos objetivos que a
Autarquia e o CMN possuem conjuntamente no exerc’cio de suas compet•ncias.
Guarde isto, pois, como j‡ vimos, trata-se das imposi•›es legais que norteiam todo
o trabalho da CVM (e do seu, caso aprovado)!

CONSTITUI‚ÌO E ORGANIZA‚ÌO

A CVM Ž uma entidade aut‡rquica em regime especial, vinculada ao MinistŽrio da


Fazenda, com personalidade jur’dica e patrim™nio pr—prios, dotada de autoridade
administrativa independente, aus•ncia de subordina•‹o hier‡rquica, mandato fixo
e estabilidade de seus dirigentes, e autonomia financeira e or•ament‡ria.

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Nos termos do Decreto-Lei n. 200/67, a autarquia Ž definida como o servi•o
aut™nomo, criado por lei, com personalidade jur’dica, patrim™nio e receita pr—prios
para executar atividades t’picas da Administra•‹o Pœblica, que requeiram, para seu
melhor funcionamento, gest‹o administrativa e financeira descentralizada (art. 5¼,
I).

Ou seja, a autarquia exerce suas atividades, consideradas como t’picas da


administra•‹o pœblica, de maneira descentralizada, com personalidade jur’dica
pr—pria (CNPJ pr—prio), o que a titula como capaz de exercer direitos e suportar
deveres com autonomia financeira, administrativa e patrimonial.

Na li•‹o de Hely Lopes Meirelles, "A autarquia n‹o age por delega•‹o, age por
direito pr—prio e com autoridade pœblica, na medida do jus imperii que lhe foi
outorgado pela lei que a criou. Como pessoa jur’dica de Direito Pœblico interno, a
autarquia traz ’nsita, para a consecu•‹o de seus fins, uma parcela do poder estatal
que lhe deu vida. Sendo um ente aut™nomo, n‹o h‡ subordina•‹o hier‡rquica da
autarquia para com a entidade estatal a que pertence, porque, se isto ocorresse,
anularia seu car‡ter aut‡rquico. H‡ mera vincula•‹o ˆ entidade matriz que, por
isso, passa a exercer um controle legal, expresso no poder de corre•‹o final’stica do
servi•o aut‡rquico."4

No entanto, a CVM n‹o Ž apenas uma autarquia, mas uma autarquia em regime
especial. Isto quer dizer que a lei (mais precisamente a Lei 6.385/76) confere ˆ CVM
mais privilŽgios, com o objetivo de conferir a ela maior autonomia na consecu•‹o
do seu mandato legal e compet•ncias.

N‹o cabe aqui afirmar quais compet•ncias caracterizam a CVM como autarquia
e quais a caracteriza como autarquia especial. Todas vistas no decorrer desta aula
atendem ˆ sua caracteriza•‹o como autarquia especial, como preceitua a Lei
citada.

Continuando, a CVM Ž administrada por um Presidente e quatro Diretores,


nomeados pelo Presidente da Repœblica, depois de aprovados pelo Senado

4MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 23. ed. atualizada por Eurico de Andrade Azevedo
e outros. São Paulo: Malheiros, 1998. p. 298.
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Federal, dentre pessoas de ilibada reputa•‹o e reconhecida compet•ncia em
matŽria de mercado de capitais. Os seguintes dispostos s‹o a eles aplic‡veis:

ü Mandato de 5 anos, vedada a recondu•‹o ao mesmo cargo. Isso significa, por


exemplo, que um Diretor pode ser nomeado Diretor Presidente, mas um Diretor
n‹o pode ser reconduzido como Diretor ap—s o final do seu mandato.
ü A cada ano Ž renovado 1/5 dos membros da Diretoria Colegiada. O significado
desta disposi•‹o Ž simples: a cada ano Ž encerrado o mandato de um Diretor.
Outra consequ•ncia Ž derivada desta norma: se um dos Diretores encerrar seu
mandato antes dos 5 anos previstos, seu substituto ir‡ exercer o cargo atŽ o
tŽrmino do mandato do Diretor ÒoriginalÓ. Por exemplo, se o Diretor A foi
nomeado, mas renunciar ao mandato no final de primeiro ano, seu substituto, o
Diretor B, ter‡ 4 anos de mandato, e n‹o 5.
ü Os Diretores somente perder‹o o mandato em virtude de (i) renœncia, (ii) de
condena•‹o judicial transitada em julgado ou de processo administrativo
disciplinar e/ou de (iii) inobserv‰ncia, dos deveres e das proibi•›es inerentes ao
cargo. Esta Ž uma das mais importantes disposi•›es em rela•‹o ˆ autonomia
operacional da CVM, tendo em vista que os Diretores possuem mandato fixo,
n‹o podendo ser retirados do cargo por conveni•ncia pol’tica, por exemplo.
ü Cabe ao Ministro de Estado da Fazenda instaurar o processo administrativo
disciplinar, que ser‡ conduzido por comiss‹o especial, competindo ao
Presidente da Repœblica determinar o afastamento preventivo, quando for o
caso, e proferir o julgamento. Como o Presidente da Repœblica nomeia, ele
tambŽm pode proferir o julgamento do processo administrativo disciplinar que
pode resultar na perda do mandato dos Diretores.
ü No caso de renœncia, morte ou perda de mandato do Presidente da Comiss‹o
de Valores Mobili‡rios, assumir‡ o Diretor mais antigo ou o mais idoso, nessa
ordem, atŽ nova nomea•‹o, sem preju’zo de suas atribui•›es. A presente
disposi•‹o aplica-se apenas ao Diretor Presidente, lembrando que a nova
nomea•‹o segue os mesmos tramites da prevista para a nomea•‹o de
Diretores (indica•‹o pelo Presidente da Repœblica, sabatina pelo Senado
Federal e nomea•‹o pelo Presidente da Repœblica).

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ü No caso de renœncia, morte ou perda de mandato de Diretor, proceder-se-‡ ˆ
nova nomea•‹o pela forma disposta, para completar o mandato do
substitu’do. Como j‡ citado, o novo nomeado completa o mandato do anterior.

Os Diretores mais o Diretor Presidente formam um —rg‹o da CVM: o Colegiado (ou


Diretoria Colegiada, se preferir). Este —rg‹o Ž muito importante, pois compete a ele
fixar a pol’tica geral da CVM e expedir os atos normativos e exercer outras
atribui•›es legais e complementares de compet•ncia da CVM. Em resumo, Ž o
Colegiado que administra a CVM.

COMPETæNCIAS

A Lei 6.385/76 elenca diversas compet•ncias da CVM atravŽs de diferentes prismas


e considera•›es. Algumas caracterizam-se como poder-dever (as quais a Autarquia
deve praticar), outras s‹o discricion‡rias, a depender da conveni•ncia e
oportunidade da situa•‹o; algumas possuem como destinat‡rios todo o mercado
de capitais, enquanto outras s‹o destinadas a participantes espec’ficos do
mercado.

Em fun•‹o desta gama de compet•ncias, elas seguem abaixo ordenadas de


acordo com a classifica•‹o proposta com a finalidade de facilitar o entendimento
da matŽria.

Gerais e N‹o Discricion‡rias

Neste item est‹o inclusas as compet•ncias n‹o discricion‡rias (poder-dever) que


possuem todo o mercado de capitais como destinat‡rio, com os coment‡rios
necess‡rios:

ü Regulamentar, com observ‰ncia da pol’tica definida pelo Conselho Monet‡rio


Nacional, as matŽrias expressamente previstas na Lei 6.385/76 (Lei que disciplina
o mercado de capitais e institui a CVM, cujos termos est‹o sendo vistos nesta
aula e em aulas posteriores) e na Lei 6.404/76 (a Lei das Sociedades An™nimas,
cujos termos relevantes ser‹o vistos na aula de Companhias Abertas);
ü Administrar os registros institu’dos pela Lei 6.404/76. A rigor, a CVM possui 3
espŽcies de registros: (i) registro dos emissores, como as companhias abertas e

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os fundos de investimento; (ii) registro da emiss‹o dos valores mobili‡rios, quando
distribu’dos publicamente (a regra geral Ž exigir emiss‹o de distribui•‹o pœblica;
as distribui•›es privadas s‹o dispensadas de registro); e (iii) registro de pessoas e
institui•›es para operarem no mercado de valores mobili‡rios, em geral
prestando servi•os no sistema de negocia•‹o, distribui•‹o e custodia de valores
mobili‡rios (como as entidades administradoras de mercados, SCTVMs, SDTVMs,
deposit‡rios centrais etc.)
ü Fiscalizar permanentemente as atividades e os servi•os do mercado de valores
mobili‡rios, bem como a veicula•‹o de informa•›es relativas ao mercado, ˆs
pessoas que dele participem, e aos valores nele negociados. Basicamente, esta
Ž fun•‹o fiscalizat—ria da CVM e compreende a fiscaliza•‹o das seguintes
pessoas/atividades:
o a emiss‹o e distribui•‹o de valores mobili‡rios no mercado;
o a negocia•‹o e intermedia•‹o no mercado de valores mobili‡rios;
o a negocia•‹o e intermedia•‹o no mercado de derivativos;
o a organiza•‹o, o funcionamento e as opera•›es das Bolsas de Valores;
o a organiza•‹o, o funcionamento e as opera•›es das Bolsas de
Mercadorias e Futuros;
o a administra•‹o de carteiras e a cust—dia de valores mobili‡rios;
o a auditoria das companhias abertas; e
o os servi•os de consultor e analista de valores mobili‡rios.
ü Propor ao Conselho Monet‡rio Nacional a eventual fixa•‹o de limites m‡ximos
de pre•o, comiss›es, emolumentos e quaisquer outras vantagens cobradas
pelos intermedi‡rios do mercado; e
ü Fiscalizar e inspecionar as companhias abertas dada prioridade ˆs que n‹o
apresentem lucro em balan•o ou ˆs que deixem de pagar o dividendo m’nimo
obrigat—rio.
Gerais e Discricion‡rias

Neste item est‹o inclusas as compet•ncias discricion‡rias, realizadas de acordo


com conveni•ncia e oportunidade pela Autarquia (ser discricion‡rio n‹o significa
que a CVM pode se omitir diante da situa•‹o, se assim desejar, mas sim atuar

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quando as situa•›es descritas abaixo se fizerem presentes), que possuem todo o
mercado de capitais como destinat‡rio, com os coment‡rios necess‡rios:

ü Publicar projeto de ato normativo para receber sugest›es de interessados;

ü Convocar, a seu ju’zo, qualquer pessoa que possa contribuir com informa•›es
ou opini›es para o aperfei•oamento das normas a serem promulgadas.

ü Examinar e extrair c—pias de registros cont‡beis, livros ou documentos, inclusive


programas eletr™nicos e arquivos magnŽticos, —pticos ou de qualquer outra
natureza, bem como papŽis de trabalho de auditores independentes, devendo
tais documentos ser mantidos em perfeita ordem e estado de conserva•‹o pelo
prazo m’nimo de cinco anos:

o as pessoas naturais e jur’dicas que integram o sistema de distribui•‹o


de valores mobili‡rios;

o das companhias abertas e demais emissoras de valores mobili‡rios e,


quando houver suspeita fundada de atos ilegais, das respectivas
sociedades controladoras, controladas, coligadas e sociedades sob
controle comum;

o dos fundos e sociedades de investimento;

o das carteiras e dep—sitos de valores mobili‡rios;

o dos auditores independentes;

o dos consultores e analistas de valores mobili‡rios; e

o de outras pessoas quaisquer, naturais ou jur’dicas, quando da


ocorr•ncia de qualquer irregularidade a ser apurada, para efeito de
verifica•‹o de ocorr•ncia de atos ilegais ou pr‡ticas n‹o equitativas.

ü Intimar as pessoas referidas acima a prestar informa•›es, ou esclarecimentos,


sob comina•‹o de multa, sem preju’zo da aplica•‹o das penalidades que ser‹o
vistas adiante;

ü requisitar informa•›es de qualquer —rg‹o pœblico, autarquia ou empresa


pœblica;

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ü determinar ˆs companhias abertas que republiquem, com corre•›es ou
aditamentos, demonstra•›es financeiras, relat—rios ou informa•›es divulgadas;

ü apurar, mediante processo administrativo, atos ilegais e pr‡ticas n‹o equitativas


de administradores, membros do conselho fiscal e acionistas de companhias
abertas, dos intermedi‡rios e dos demais participantes do mercado;

ü aplicar aos de administradores, membros do conselho fiscal e acionistas de


companhias abertas, dos intermedi‡rios e dos demais participantes do mercado
as penalidades vistas adiante (penalidades administrativas), sem preju’zo da
responsabilidade civil ou penal;

Continuando, com a finalidade de prevenir ou corrigir situa•›es anormais do


mercado, a CVM poder‡:

ü Suspender a negocia•‹o de determinado valor mobili‡rio ou decretar o recesso


de bolsa de valores;

ü Suspender ou cancelar os registros de que trata esta Lei;

ü Divulgar informa•›es ou recomenda•›es com o fim de esclarecer ou orientar os


participantes do mercado;

ü Proibir aos participantes do mercado, sob comina•‹o de multa, a pr‡tica de


atos que especificar, prejudiciais ao seu funcionamento regular.

E, por fim, a CVM tambŽm possui, dentre suas compet•ncias, discricionariedade


para:

ü Celebrar conv•nios com —rg‹os similares de outros pa’ses, ou com entidades


internacionais, para assist•ncia e coopera•‹o na condu•‹o de investiga•›es
para apurar transgress›es ˆs normas atinentes ao mercado de valores mobili‡rios
ocorridas no Pa’s e no exterior, podendo se recusar a prestar a assist•ncia referida
quando houver interesse pœblico a ser resguardado; e

ü Celebrar conv•nio com entidade que tenha por objeto o estudo e a divulga•‹o
de princ’pios, normas e padr›es de contabilidade e de auditoria, podendo, no
exerc’cio de suas atribui•›es regulamentares, adotar, no todo ou em parte, os
pronunciamentos e demais orienta•›es tŽcnicas emitidas (a entidade referida

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dever‡ ser majoritariamente composta por contadores, dela fazendo parte,
paritariamente, representantes de entidades representativas de sociedades
submetidas ao regime de elabora•‹o de demonstra•›es financeiras, de
sociedades que auditam e analisam as demonstra•›es financeiras, do —rg‹o
federal de fiscaliza•‹o do exerc’cio da profiss‹o cont‡bil e de universidade ou
instituto de pesquisa com reconhecida atua•‹o na ‡rea cont‡bil e de mercado
de capitais).

Compet•ncias em rela•‹o ao Sistema De Distribui•‹o

O sistema de distribui•‹o de valores mobili‡rios Ž composto pelas institui•›es


auxiliares do mercado de capitais. S‹o elas:

ü As institui•›es financeiras e demais sociedades que tenham por objeto distribuir


emiss‹o de valores mobili‡rios:
o como agentes da companhia emissora;
o por conta pr—pria, subscrevendo ou comprando a emiss‹o para a
colocar no mercado;
ü As sociedades que tenham por objeto a compra de valores mobili‡rios em
circula•‹o no mercado, para os revender por conta pr—pria;
ü As sociedades e os agentes aut™nomos que exer•am atividades de media•‹o
na negocia•‹o de valores mobili‡rios, em bolsas de valores ou no mercado de
balc‹o;
ü As bolsas de valores.
ü Entidades de mercado de balc‹o organizado.
ü As corretoras de mercadorias, os operadores especiais e as Bolsas de
Mercadorias e Futuros; e
ü As entidades de compensa•‹o e liquida•‹o de opera•›es com valores
mobili‡rios.

Em rela•‹o a estas entidades, e ao sistema que elas formam, compete ˆ CVM


definir quais institui•›es financeiras podem exercer as atividades e servi•os no
mercado de valores mobili‡rios, bem como autorizar estas institui•›es a exercer
suas atividades no mercado em quest‹o.

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Compet•ncias em rela•‹o ˆs Companhias Abertas

Em rela•‹o ˆs companhias abertas, compete ˆ CVM expedir normas aplic‡veis ˆs


seguintes tem‡ticas:

ü A natureza das informa•›es que devam divulgar e a periodicidade da


divulga•‹o à Neste sentido, a CVM editou a Instru•‹o CVM n 358/02.
ü Relat—rio da administra•‹o e demonstra•›es financeiras à Neste sentido, h‡
disposi•›es na Lei 6.404/76.
ü A compra de a•›es emitidas pela pr—pria companhia e a aliena•‹o das a•›es
em tesouraria à à Neste sentido, a CVM editou a Instru•‹o CVM n 10/80.
ü Padr›es de contabilidade, relat—rios e pareceres de auditores independentes à
Neste sentido, h‡ disposi•›es na Lei 6.404/76, em conv•nios assinados pela CVM,
normas do Comit• de Pronunciamentos Cont‡beis etc.
ü Informa•›es que devam ser prestadas por administradores, membros do
conselho fiscal, acionistas controladores e minorit‡rios, relativas ˆ compra,
permuta ou venda de valores mobili‡rios emitidas pela companhia e por
sociedades controladas ou controladoras à à Neste sentido, a CVM editou a
Instru•‹o CVM n 358/02 (arts. 11 e 12).
ü A divulga•‹o de delibera•›es da assembleia geral e dos —rg‹os de
administra•‹o da companhia, ou de fatos relevantes ocorridos nos seus
neg—cios, que possam influir, de modo ponder‡vel, na decis‹o dos investidores
do mercado, de vender ou comprar valores mobili‡rios emitidos pela
companhia à Neste sentido, a CVM editou a Instru•‹o CVM n 358/02 e a
Instru•‹o CVM n 480/09.
ü A realiza•‹o, pelas companhias abertas com a•›es admitidas ˆ negocia•‹o
em bolsa ou no mercado de balc‹o organizado, de reuni›es anuais com seus
acionistas e agentes do mercado de valores mobili‡rios, no local de maior
negocia•‹o dos t’tulos da companhia no ano anterior, para a divulga•‹o de
informa•›es quanto ˆ respectiva situa•‹o econ™mico-financeira, proje•›es de
resultados e resposta aos esclarecimentos que lhes forem solicitados à Neste
sentido, a CVM editou a Instru•‹o CVM n 480/09, alŽm de existir disposi•›es na
Lei 6.404/76; e

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ü As demais matŽrias previstas na Leis 6.404/76.

Compet•ncias em rela•‹o aos Auditores Independentes

Em rela•‹o aos auditores independentes, a CVM estabelecer‡ as condi•›es para


o registro e o seu procedimento, e definir‡ os casos em que poder‡ ser recusado,
suspenso ou cancelado.

Tal fun•‹o possui grande relev‰ncia no mercado de capitais, pois somente as


empresas de auditoria cont‡bil ou auditores cont‡beis independentes, registrados
na Comiss‹o de Valores Mobili‡rios poder‹o auditar as demonstra•›es financeiras
de companhias abertas e das institui•›es, sociedades ou empresas que integram o
sistema de distribui•‹o e intermedia•‹o de valores mobili‡rios.

Ufa! Assim terminamos as fun•›es da CVM. Como disse anteriormente, existem


ainda outras a serem detalhadas em momento oportuno. Mas, certamente, estas
s‹o as fun•›es principais.

PENALIDADES

AtravŽs da aplica•‹o de penalidades, a CVM exerce sua fun•‹o sancionat—ria.

A ideia Ž intuitiva e n‹o exige maiores detalhamentos: os participantes que


infringiram normas do mercado de capitais podem ser punidos pela CVM na esfera
administrativa.

Imagine o seguinte exemplo. O administrador de companhia aberta infringe alguns


dos deveres a ele colocado pela Lei 6.404/76 (elencados nos arts. 153 ao 160 da Lei
6.404/76). Determinado acionista, ao se sentir prejudica, protocola uma reclama•‹o
na CVM para an‡lise. A ‡rea tŽcnica respons‡vel conclui pela infra•‹o, mediante
instru•‹o de processo administrativo sancionador, que Ž remetido ao Colegiado
para julgamento. O Colegiado, a seu turno, tambŽm conclui pela infra•‹o (ele
pode discordar da ‡rea tŽcnica, se assim concluir) e aplica a penalidade ao
administrador.

Bom, esta penalidade aplicada Ž administrativa. Aten•‹o neste detalhe: as


penalidades aplicadas pela CVM s‹o apenas administrativas, mas n‹o c’veis ou
penais. Isto significa que a CVM n‹o pode aplicar pena de repara•‹o por danos

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morais ou materiais (esfera c’vel) e nem solicitar a pris‹o do infrator (esfera pena).
Estas penas devem ser aplicadas pelo poder judici‡rio.

Bom, e quais seriam estas penas?

As seguintes:

ü Advert•ncia

ü Multa

Detalhado adiante

ü Inabilita•‹o

A inabilita•‹o, sempre tempor‡ria e por atŽ 20 anos, constitui-se na proibi•‹o do


apenado em exercer os seguintes cargos: administrador ou de conselheiro fiscal de
(i) companhia aberta, (ii) entidade do sistema de distribui•‹o, ou (iii) outras
entidades que dependam de autoriza•‹o ou registro na Comiss‹o de Valores
Mobili‡rios.

Desta forma, o administrador (conselheiro de administra•‹o ou diretor) ou


conselheiro fiscal que for inabilitado, n‹o pode exercer o cargo enquanto perdurar
a pena.

ü Suspens‹o de registro ou autoriza•‹o

A suspens‹o segue a mesma l—gica apresentada anteriormente; no entanto,


aplica-se ao registro, e n‹o aos cargos acima mencionados. Desta forma, a pena
de suspens‹o do registro ou autoriza•‹o Ž extens’vel a todas entidades/pessoas que
possuem registro ou autoriza•‹o na CVM para realizar opera•›es no mercado de
valores mobili‡rios. Aqui est‹o as SCTVMs, SDTVMs, Deposit‡rios Centrais, Agentes
Aut™nomos etc.

ü Proibi•‹o

A pena de proibi•‹o, sempre tempor‡ria, aplica-se em tr•s situa•›es:

a) atŽ o m‡ximo de vinte anos, em rela•‹o ˆ pr‡tica de determinadas atividades


ou opera•›es, para os integrantes do sistema de distribui•‹o ou de outras entidades
que dependam de autoriza•‹o ou registro na Comiss‹o de Valores Mobili‡rios;

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b) atŽ o m‡ximo de dez anos, de atuar, direta ou indiretamente, em uma ou mais
modalidades de opera•‹o no mercado de valores mobili‡rios.

c) atŽ 5 anos, de contratar com institui•›es financeiras oficiais, e de participar de


licita•‹o tendo por objeto aquisi•›es, aliena•›es, realiza•›es de obras e servi•os,
concess›es de servi•os pœblicos, na administra•‹o pœblica

Como Ž poss’vel notar, a pena de proibi•‹o citada no item ÔaÕ recai sobre certas
atividades ou opera•›es realizadas pelos regulados que possuem
registro/autoriza•‹o na CVM. Assim, estas entidades ficam proibidas, por atŽ 20
anos, de praticar as referidas opera•›es.

J‡ a proibi•‹o expressa no item ÔbÕ Ž extens’vel a qualquer pessoa. Pode recair, por
exemplo, a uma pessoa f’sica que realize alguma opera•‹o indevida no mercado
de valores mobili‡rios, como um insider trading (negocia•‹o com valores mobili‡rios
na posse de informa•‹o privilegiada).

Por fim, no item ÔcÕ est‡ prevista a pena na qual a CVM pode proibir que o apenado
contrate com institui•›es financeiras oficiais (BNDES, BB, Caixa Econ™mica etc.) e
tambŽm que participe de licita•›es e concess›es.

Em rela•‹o ˆs penas, faltou detalhar as multas. O esquema adiante resume os


valores limites poss’veis:

Sobre as multas, podemos elaborar a seguinte ordem de racioc’nio:

1. Se n‹o for poss’vel verificar valores (da opera•‹o ou da vantagem obtida ou


da perda evitada), o limite da multa Ž de R$ 50 milh›es.

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2. Se poss’vel calcular o valor da emiss‹o de valores mobili‡rios ou opera•‹o
irregular praticada, a multa pode atingir atŽ o dobro deste valor.
3. Se a pr‡tica apenada foi realizada com o intuito de obter vantagem
indevida, ou evitar determinada perda, a multa pode atingir atŽ 3 vezes o
valor da vantagem obtida ou da perda evitada. Esta multa Ž mais aplic‡vel
ˆs opera•›es realizadas com valores mobili‡rios.
4. H‡ tambŽm a possibilidade de aplicar multa correspondente ao dobro do
preju’zo causado aos investidores em decorr•ncia do il’cito.
5. Se poss’vel aplicar mais de 1 dos critŽrios acima expostos, aplica-se o maior
valor encontrado.

Se o apenado for reincidente, aplica-se a ele, alternadamente, atŽ o triplo dos


valores apresentados anteriormente, ou as penalidades de suspens‹o, inabilita•‹o,
suspens‹o/cassa•‹o de registro ou proibi•‹o.

Sobre as penas, existem algumas regras muito importantes a serem memorizadas,


como destacado adiante.

Primeiro, a CVM dever‡ dar prioridade ˆs infra•›es de natureza grave, cuja


apena•‹o proporcione maior efeito educativo e preventivo para os participantes
do mercado. Este ponto Ž de extremo interesse, visto que dois importantes objetivos
na pr‡tica sancionat—ria da CVM s‹o a educa•‹o e a preven•‹o. Este Ž um dos
fundamentos das penalidades administrativas, pois possui como objetivo o melhor
funcionamento do pr—prio mercado.

Segundo, a CVM Ž competente para apurar e punir condutas fraudulentas no


mercado de valores mobili‡rios sempre que (i) seus efeitos ocasionem danos a
pessoas residentes no territ—rio nacional, independentemente do local em que
tenham ocorrido; e (ii) os atos ou omiss›es relevantes tenham sido praticados em
territ—rio nacional. Isto Ž, em se tratando de opera•›es fraudulentas no mercado
(que possuem natureza grave), a CVM pode apurar e punir mesmo que a opera•‹o
tenha sido praticada fora do pa’s, mas ocasione preju’zos a residentes no territ—rio
nacional.

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Para finalizar, cabe comentar que estas penalidades podem ser objeto de recurso
ao Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional, como vimos em aula
anterior.

TERMO DE COMPROMISSO

Encerradas as penalidades, podemos analisar o termo de compromisso.

Segundo Julya Sotto Mayor Wellisch e Alexandre Pinheiro dos Santos5:


A Lei n¼ 9.457, de 05 de maio de 1997, introduziu, no sistema de regula•‹o e
fiscaliza•‹o do mercado de valores mobili‡rios nacional, uma forma de
solu•‹o consensual dos lit’gios administrativos, criando, assim, a figura do
termo de compromisso, o qual poder‡ ser celebrado, a critŽrio da Comiss‹o
de Valores Mobili‡rios (CVM), e desde que preenchidos os requisitos legais
adiante comentados.

Conforme citado, o termo de compromisso Ž um instrumento utilizado para cessar


a pr‡tica de lit’gios administrativos, em geral potenciais desvios praticados no
mercado de capitais, e celebrado desde que o investigado ou acusado se
comprometa a (i) cessar a pr‡tica de atividades ou atos considerados il’citos pela
Comiss‹o de Valores Mobili‡rios e (ii) corrigir as irregularidades apontadas, inclusive
indenizando os preju’zos.

J‡ que a ideia Ž n‹o punir, o cumprimento dos itens acima Ž obrigat—rio na


aceita•‹o do termo de compromisso. Inclusive, se a Autarquia verificar o
descumprimento deles, dar‡ continuidade ao procedimento administrativo
anteriormente suspenso, para a aplica•‹o das penalidades cab’veis.

Por fim, cabe comentar que a aceita•‹o do termo de compromisso pelo


investigado ou acusado n‹o importa em confiss‹o quanto ˆ matŽria de fato, nem
reconhecimento de ilicitude da conduta analisada.

Ou seja, o mesmo n‹o se reconhece como ÒculpadoÓ da eventual ilicitude por ele
praticada.

5O Termo De Compromisso No åmbito Do Mercado De Valores Mobili‡rios.


Dispon’vel em: http://www.agu.gov.br/page/download/index/id/775955
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ACORDO DE LENIæNCIA

A CVM poder celebrar acordo de leni•ncia com pessoas f’sicas ou jur’dicas que
confessarem a pr‡tica de infra•‹o ˆs normas legais ou regulamentares cujo
cumprimento lhe caiba fiscalizar, com extin•‹o de sua a•‹o punitiva ou redu•‹o
de um ter•o a dois ter•os da penalidade aplic‡vel, mediante efetiva, plena e
permanente colabora•‹o para a apura•‹o dos fatos, da qual resulte utilidade para
o processo, em especial:

¥ a identifica•‹o dos demais envolvidos na pr‡tica da infra•‹o, quando couber;


e
¥ a obten•‹o de informa•›es e de documentos que comprovem a infra•‹o
noticiada ou sob investiga•‹o.

O acordo de que trata o caput somente poder‡ ser celebrado se forem


preenchidos, cumulativamente, os seguintes requisitos:

¥ a institui•‹o for a primeira a se qualificar com respeito ˆ infra•‹o noticiada ou


sob investiga•‹o;
¥ o envolvimento na infra•‹o noticiada ou sob investiga•‹o a partir da data de
propositura do acordo cessar completamente;
¥ o Banco Central do Brasil n‹o dispuser de provas suficientes para assegurar a
condena•‹o das institui•›es ou das pessoas naturais por ocasi‹o da propositura
do acordo; e
¥ a confiss‹o de sua participa•‹o no il’cito e a coopera•‹o plena e permanente
com as investiga•›es e com o processo administrativo, e o comparecimento,
sob suas expensas, sempre que solicitada, a todos os atos processuais, atŽ o seu
encerramento.

AMICUS CURIAE

Finalmente, chegamos a œltima compet•ncia da CVM. Longe de n‹o ser


importante, a fun•‹o amicus curiae (amigo da corte) corresponde a uma relevante
compet•ncia da CVM exercida junto ao poder judici‡rio.

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A Lei 6.385/76 disp›e que nos processos judici‡rios que tenham por objetivo matŽria
inclu’da na compet•ncia da Comiss‹o de Valores Mobili‡rios, ser‡ esta sempre
intimada para, querendo, oferecer parecer ou prestar esclarecimentos, no prazo de
quinze dias a contar da intima•‹o.

Esta Ž a fun•‹o de amicus curiae exercida pela CVM. Ou seja, a Comiss‹o possui a
prerrogativa (e n‹o a obriga•‹o) para oferecer parecer ou prestar esclarecimentos
nos processos judici‡rios que tratem de matŽria relativa ao mercado de capitais.

Um exemplo pode elucidar.

Imagine que o poder judici‡rio seja provocado, na esfera civil ou penal, a tratar de
algum tema relativo ao mercado de capitais. Pode ser, por exemplo, mediante
processo impetrado por acionista de companhia aberta exigindo repara•‹o por
danos materiais em fun•‹o de infra•‹o praticada pelos administradores da
companhia.

Neste caso, o juiz respons‡vel ir‡ intimar (obrigatoriamente) a CVM para que ela se
manifeste nos autos do processo. No entanto, a CVM pode optar por se manifestar
(oferecendo parecer ou prestando esclarecimentos) ou simplesmente n‹o fazer
isso. Por isso, a decis‹o da CVM Ž tomada como uma prerrogativa que depende
da decis‹o da pr—pria Autarquia entre fazer ou n‹o fazer.

Continuando, se a Comiss‹o oferecer parecer ou prestar esclarecimentos, ser‡


intimada de todos os atos processuais subsequentes, pelo jornal oficial que publica
expedientes forense ou por carta com aviso de recebimento, nos termos do
par‡grafo anterior.

Segundo Osvaldo Hamilton Tavares6:

O juiz, pela pr—pria natureza de sua forma•‹o profissional, n‹o está em


condi•›es de resolver todos os problemas que se apresentam ˆ sua
aprecia•‹o. Depende, portanto, dos esclarecimentos que lhe s‹o fornecidos
pelos tŽcnicos da CVM. Assim, a Comiss‹o de Valores Mobili‡rios dever‡
traduzir para o juiz aquelas impress›es e conclus›es que colheram no exame

6 A CVM como ÒAmicus CuriaeÓ. Em http://www.revistajustitia.com.br/artigos/478462.pdf


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dos fatos do processo, tornando acess’vel ao conhecimento do magistrado
aquilo que normalmente ele n‹o poderia conseguir sozinho, ou somente o
conseguiria ap—s um ingente esfor•o. Embora n‹o fique o juiz adstrito ao
parecer e aos esclarecimentos da CVM, podendo dela divergir, o certo é que
a opini‹o do tŽcnico do Mercado de Capitais Ž essencial ao esclarecimento
dos fatos e forma um contingente imprescind’vel para a boa compreens‹o
das quest›es postas em debate.
A interven•‹o da CVM só́ pode ocorrer por provoca•‹o de uma das partes
ou do juiz e, assim, só́ temos a interven•‹o provocada, ou coacta, da
entidade aut‡rquica federal; que fiscaliza os servi•os do mercado de valores
mobili‡rios.

(...)

A todo tempo, depois de ser intimada, pode a CVM ingressar no processo, atŽ
que transite em julgado a senten•a, pois pode interpor recurso, quando a
parte n‹o o fizer. Intervindo na causa quando puder ou lhe parecer oportuno,
recebe-la-‡ no estado em que se encontrar. Vale dizer, n‹o terá́ direito ˆ
repeti•‹o de atos já́ praticados. O contr‡rio seria tumultuar o processo,
implantar a balbœrdia e favorecer a alicantina que, por certo, n‹o Ž
exclusividade das partes. Admitida a CVM na demanda, será́ ela intimada
para os atos do processo, quer da instru•‹o, quer do julgamento.

Conselho De Recursos Do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN)


O CRSFN Ž —rg‹o respons‡vel para julgar, em segunda e œltima inst‰ncia, os
recursos interpostos sobre a aplica•‹o de penalidades administrativas pelo Banco
Central do Brasil, pela Comiss‹o de Valores Mobili‡rios e pelo Conselho de Controle
de Atividades Financeiras.

ƒ necess‡rio comentar que o CRSFN n‹o Ž necessariamente uma institui•‹o


normativa ou supervisora. No entanto, serve de inst‰ncia recursal de decis›es
tomadas por —rg‹os supervisores do SFN e, por isto, est‡ nesta se•‹o.

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Como j‡ vimos, BACEN e CVM supervisionam diversos mercados, podendo,
inclusive, impor penalidades aos participantes que descumpram regras vigentes.

Os participantes podem recorrer destas decis›es ao CRSFN.

O Conselho Ž composto por 8 membros e respectivos suplentes, designados pelo


MinistŽrio da Fazenda com mandato de 3 (tr•s) anos. Os membros devem possuir
reconhecida compet•ncia, e conhecimentos especializados sobre os mercados
financeiros e de capitais. Observa-se a seguinte composi•‹o:

ü 2 representantes do MinistŽrio da Fazenda

ü 1 representante do Bacen

ü 1 representante da CVM

ü 4 representantes de entidades de classe, dos mercados financeiro e de


capitais.

As entidades de classe que integram o CRSFN s‹o as seguintes:

Titulares:

ü ABRASCA - Associa•‹o Brasileira das Companhias Abertas


ü ANBIMA - Associa•‹o Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de
Capitais
ü ANCORD - Associa•‹o Nacional das Corretoras e Distribuidoras de T’tulos e
Valores Mobili‡rios, C‰mbio e Mercadorias
ü FEBRABAN - Federa•‹o Brasileira das Associa•›es de Bancos

Suplentes:

ü ABAC Ð Associa•‹o Brasileira de Administradoras de Cons—rcios


ü AMEC Ð Associa•‹o de Investidores no Mercado de Capitais
ü CECO/OCB - Conselho Consultivo do Ramo CrŽdito da Organiza•‹o das
Cooperativas Brasileiras
ü IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil

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Tanto os Conselheiros Titulares, como os seus respectivos suplentes, s‹o nomeados
pelo Ministro da Fazenda, com mandato de tr•s anos, podendo ser reconduzidos
atŽ duas vezes.

Fazem ainda parte do Conselho de Recursos Procuradores da Fazenda Nacional,


designados pelo Procurador-Geral da Fazenda Nacional, com atribui•‹o de zelar
pela fiel observ‰ncia da legisla•‹o aplic‡vel, e um Secret‡rio-Executivo, nomeado
pelo Ministro de Estado da Fazenda, respons‡vel pela execu•‹o e coordena•‹o
dos trabalhos administrativos. Para tanto,o MinistŽrio da Fazenda, o Banco Central
do Brasil e a Comiss‹o de Valores Mobili‡rios proporcionam o respectivo apoio
tŽcnico e administrativo.

Um dos representantes do MinistŽrio da Fazenda Ž o presidente do Conselho e o


vice-presidente Ž o representante designado pelo MinistŽrio da Fazenda dentre os
quatro representantes das entidades de classe que integram o Conselho.

Ainda em rela•‹o ao CRSFN, Ž necess‡rio (e muito importante!) citar uma recente


modifica•‹o em sua estrutura sancionat—ria. Como vimos, o Conselho julga as
penalidades impostas por institui•›es supervisoras. Mas, imagine a situa•‹o na qual
a CVM, Bacen ou COAF n‹o colocassem penalidade no caso concreto. Mesmo
assim, era obriga•‹o destas entidades apresentar recurso de of’cio ao CRSFN, com
a finalidade de uma segunda e definitiva opini‹o sobre a matŽria.

Ocorre que esta era a praxe atŽ a publica•‹o do Decreto 8.652/2016, no qual foi
afastada a compet•ncia do CRSFN para o julgamento do recurso de of’cio. Tal
entendimento est‡ corroborado pelo novo Regimento Interno do CRSFN, aprovado
pela Portaria 68/2016 do MinistŽrio da Fazenda, que disp›e em seu art. 51 que
somente ser‹o julgados pelo CRSFN os recursos de of’cio das decis›es proferidas atŽ
27.02.2016, em uma evidente demonstra•‹o de extin•‹o do instituto.

Por fim, ficou faltando apresentar o COAF, que Ž um dos —rg‹os cujas penalidades
aplicadas s‹o julgadas pelo CRSFN.

O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) foi criado pela Lei n.


9.613, de 03 de mar•o de 1998.

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Sob o comando de seu presidente, o COAF est‡ operacionalmente estruturado em
uma Secretaria Executiva e uma Diretoria de Intelig•ncia. O quadro de profissionais
Ž composto por servidores de diversas carreiras pœblicas do ministŽrio da Fazenda e
de outros —rg‹os federais e entidades pœblicas.

O presidente do COAF Ž nomeado pelo presidente da Repœblica, por indica•‹o do


ministro da Fazenda.

Os Conselheiros do COAF devem ser servidores pœblicos de reputa•‹o ilibada e


reconhecida compet•ncia, designados em ato do ministro da Fazenda, integrantes
dos quadros de pessoal efetivos dos seguintes —rg‹os:

¥ Banco Central do Brasil

¥ Comiss‹o de Valores Mobili‡rios

¥ Superintend•ncia de Seguros Privados

¥ Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional

¥ Secretaria da Receita Federal do Brasil

¥ Ag•ncia Brasileira de Intelig•ncia

¥ Departamento de Pol’cia Federal

¥ MinistŽrio das Rela•›es Exteriores

¥ MinistŽrio da Justi•a

¥ MinistŽrio da Previd•ncia Social

¥ Controladoria-Geral da Uni‹o

O Plen‡rio do COAF Ž composto, portanto, pelo presidente e por onze conselheiros


oriundos dos —rg‹os acima relacionados (cada —rg‹o indica 1 conselheiro).

O Estatuto do COAF prev•, ainda, a participa•‹o da Advocacia-Geral da Uni‹o,


na qualidade de consultoria jur’dica do Conselho. Representantes destes —rg‹os
reœnem-se periodicamente, em sess›es ordin‡rias ou, para tratar de assuntos
espec’ficos, em sess›es extraordin‡rias convocadas pelo presidente.

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Adicionalmente, o Plen‡rio reœne-se, quando necess‡rio, para realizar sess›es de
julgamento de processos administrativos sancionadores.

O COAF regula e supervisiona setores obrigados que n‹o possuem —rg‹o supervisor
pr—prio, tais como as empresas de fomento mercantil ou factoring, loterias,
comerciantes de obras de arte e antiguidades, comerciantes de joias e metais
preciosos, entre outros previstos na Lei n. 9.613/98.

Como —rg‹o regulador, o COAF expede Resolu•›es que estabelecem as regras


para que os setores obrigados cumpram com os deveres de manter registro de
transa•›es, de conhecer o cliente, de comunicar situa•›es suspeitas de lavagem
de dinheiro ou de financiamento do terrorismo, entre outros requisitos.

No exerc’cio da fun•‹o de supervisor, o COAF conduz averigua•›es preliminares


para verificar o devido cumprimento de suas Resolu•›es. Por decis‹o do Plen‡rio,
tambŽm instaura e julga processos administrativos sancionadores. Eventuais
san•›es aplicadas a empresas de setores regulados pelo COAF poder‹o, ainda, ser
objeto de recurso ao Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN),
como œltima inst‰ncia administrativa.

Atuando eminentemente na preven•‹o, o COAF auxilia as autoridades


competentes no combate ˆ lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo.

N‹o compete ao —rg‹o realizar investiga•›es ou controlar a infinidade de


opera•›es financeiras realizadas diariamente no Brasil, nem receber ou analisar
contratos e tampouco acessar contas ou investimentos de pessoas f’sicas ou
jur’dicas.

As caracter’sticas operacionais do COAF e de seu sistema de informa•›es, o


SISCOAF, permitem grande agilidade de resposta e flexibilidade no interc‰mbio de
informa•›es com autoridades brasileiras e do exterior.

Os relat—rios produzidos, denominados Relat—rios de Intelig•ncia Financeira (RIF),


s‹o protegidos por sigilo, inclusive banc‡rio, e t•m como destinat‡rias as
autoridades competentes para investiga•‹o, em especial, a Pol’cia Federal e o
MinistŽrio Pœblico. A viola•‹o do sigilo do RIF, alŽm de constituir crime, causa
transtornos ˆs entidades obrigadas por lei a fornecer informa•›es ao COAF, ˆs
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pr—prias autoridades competentes e, em œltima inst‰ncia, ao Sistema de Preven•‹o
ˆ Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo como um todo.

Superintend•ncia de Seguros Privados (Susep)


A Susep Ž o Banco Central no mercado de seguros privados. Ou seja, exerce as
atividades de supervis‹o deste mercado, assim como a CVM as exerce no mercado
de capitais.

Compete ˆ SUSEP, na qualidade de executora da pol’tica tra•ada pelo CNSP e


como —rg‹o fiscalizador da constitui•‹o, organiza•‹o, funcionamento e opera•›es
das Sociedades Seguradoras:

¥ Processar os pedidos de autoriza•‹o, para constitui•‹o, organiza•‹o,


funcionamento, fus‹o (uni‹o de duas seguradoras), encampa•‹o (tomada de
controle, pela Susep, de entidade por ela autorizada a funcionar), grupamento,
transfer•ncia de controle acion‡rio e reforma dos Estatutos das Sociedades
Seguradoras, pinar sobre os mesmos e encaminh‡-los ao CNSP;

¥ Baixar instru•›es e expedir circulares relativas ˆ regulamenta•‹o das


opera•›es de seguro, de acordo com as diretrizes do CNSP;

¥ Fixar condi•›es de ap—lices, planos de opera•›es e tarifas a serem utilizadas


obrigatoriamente pelo mercado segurador nacional;

¥ Aprovar os limites de opera•›es das Sociedades Seguradoras, de


conformidade com o critŽrio fixado pelo CNSP;

¥ Fiscalizar a execu•‹o das normas gerais de contabilidade e estat’stica fixadas


pelo CNSP para as Sociedades Seguradoras;

¥ Fiscalizar as opera•›es das Sociedades Seguradoras, de acordo com as leis e


regulamenta•›es vigentes, e aplicar as penalidades cab’veis;

¥ Proceder ˆ liquida•‹o das Sociedades Seguradoras que tiverem cassada a


autoriza•‹o para funcionar no Pa’s.

Enquanto o CNSP estabelece as diretrizes do mercado de seguros privados, a Susep


exerce a supervis‹o deste mercado, com a fixa•‹o das normas operacionais,

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fiscaliza•‹o das entidades participantes, entre outras atividades afins descritas
acima.

Superintend•ncia Nacional de Previd•ncia Complementar


(Previc)
A Previc Ž uma autarquia de natureza especial, dotada de autonomia administrativa
e financeira e patrim™nio pr—prio, vinculada ao MinistŽrio da Fazenda, com sede e
foro no Distrito Federal e atua•‹o em todo o territ—rio nacional.

Suas atividades est‹o concentradas na fiscaliza•‹o e supervis‹o das atividades das


entidades fechadas de previd•ncia complementar e na execu•‹o das pol’ticas
para o regime de previd•ncia complementar operado pelas entidades fechadas de
previd•ncia complementar, observadas as disposi•›es constitucionais e legais
aplic‡veis.

Dentre suas compet•ncias podemos citar:

I. Proceder ˆ fiscaliza•‹o das atividades das entidades fechadas de previd•ncia


complementar e de suas opera•›es;

II. Apurar e julgar infra•›es e aplicar as penalidades cab’veis;

III. Expedir instru•›es e estabelecer procedimentos para a aplica•‹o das normas


relativas ˆ sua ‡rea de compet•ncia, de acordo com as diretrizes do Conselho
Nacional de Previd•ncia Complementar;

IV. Autorizar:

a) a constitui•‹o e o funcionamento das entidades fechadas de previd•ncia


complementar, bem como a aplica•‹o dos respectivos estatutos e
regulamentos de planos de benef’cios;

b) as opera•›es de fus‹o, de cis‹o, de incorpora•‹o ou de qualquer outra


forma de reorganiza•‹o societ‡ria, relativas ˆs entidades fechadas de
previd•ncia complementar;

c) a celebra•‹o de conv•nios e termos de ades‹o por patrocinadores e


instituidores, bem como as retiradas de patrocinadores e instituidores; e

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d) as transfer•ncias de patroc’nio, grupos de participantes e assistidos, planos de
benef’cios e reservas entre entidades fechadas de previd•ncia
complementar;

V. Harmonizar as atividades das entidades fechadas de previd•ncia


complementar com as normas e pol’ticas estabelecidas para o segmento;

VI. Decretar interven•‹o e liquida•‹o extrajudicial das entidades fechadas de


previd•ncia complementar, bem como nomear interventor ou liquidante, nos
termos da lei;

VII. Nomear administrador especial de plano de benef’cios espec’fico, podendo


atribuir-lhe poderes de interven•‹o e liquida•‹o extrajudicial, na forma da lei;

VIII. Promover a media•‹o e a concilia•‹o entre entidades fechadas de


previd•ncia complementar e entre estas e seus participantes, assistidos,
patrocinadores ou instituidores, bem como dirimir os lit’gios que lhe forem
submetidos ;

IX. Enviar relat—rio anual de suas atividades ao MinistŽrio da Fazenda e, por seu
intermŽdio, ao Presidente da Repœblica e ao Congresso Nacional; e

X. Adotar as demais provid•ncias necess‡rias ao cumprimento de seus objetivos.

No exerc’cio de suas compet•ncias administrativas, cabe ainda ˆ Previc:

I. deliberar e adotar os procedimentos necess‡rios, nos termos da lei, quanto ˆ:

a. celebra•‹o, altera•‹o ou extin•‹o de seus contratos; e

b. nomea•‹o e exonera•‹o de servidores;

II. Contratar obras ou servi•os, de acordo com a legisla•‹o aplic‡vel;

III. Adquirir, administrar e alienar seus bens;

IV. Submeter ao Ministro de Estado da Previd•ncia Social a sua proposta de


or•amento;

V. Criar unidades regionais, nos termos do regulamento; e

VI. Exercer outras atribui•›es decorrentes de lei ou de regulamento.

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A Previc Ž administrada por uma Diretoria Colegiada composta por 1 (um) Diretor-
Superintendente e 4 (quatro) Diretores, escolhidos dentre pessoas de ilibada
reputa•‹o e de not—ria compet•ncia, a serem indicados pelo Ministro de Estado da
Fazenda e nomeados pelo Presidente da Repœblica.

E, para finalizar, Ž interessante conhecermos as compet•ncias da Diretoria


Colegiada. S‹o elas:

ü Apresentar propostas e oferecer informa•›es ao MinistŽrio da Fazenda para a


formula•‹o das pol’ticas e a regula•‹o do regime de previd•ncia
complementar operado por entidades fechadas de previd•ncia
complementar;
ü Aprovar os critŽrios e as diretrizes do programa anual de fiscaliza•‹o no ‰mbito
do regime operado por entidades fechadas de previd•ncia complementar;
ü Decidir sobre a conclus‹o dos relat—rios finais dos processos administrativos,
iniciados por lavratura de auto de infra•‹o ou instaura•‹o de inquŽrito, com a
finalidade de apurar responsabilidade de pessoa f’sica ou jur’dica, e sobre a
aplica•‹o das penalidades cab’veis;
ü Apreciar e julgar, em primeiro grau, as impugna•›es referentes aos lan•amentos
tribut‡rios da Taxa de Fiscaliza•‹o e Controle da Previd•ncia Complementar -
TAFIC;
ü Elaborar e divulgar relat—rios peri—dicos de suas atividades; e
ü Revisar e encaminhar os demonstrativos cont‡beis e as presta•›es de contas da
Previc aos —rg‹os competentes.

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QUESTÍES PROPOSTAS

(CESPE Ð Banco do Brasil 2009)

O SFN atua na intermedia•‹o financeira, ou seja, no processo pelo qual os agentes


que est‹o superavit‡rios, com sobra de dinheiro, transferem esses recursos para
aqueles que estejam deficit‡rios, com falta de dinheiro.

(FCC Ð Banco do Brasil - 2011)

O Sistema Financeiro Nacional Ž integrado por:

(A) MinistŽrios da Fazenda e do Planejamento, Or•amento e Gest‹o.

(B) Secretaria do Tesouro Nacional e Conselho Monet‡rio Nacional.

(C) îrg‹os normativos, Entidades supervisoras e Operadores.

(D) Receita Federal do Brasil e Comiss‹o de Valores Mobili‡rios.

(E) Secretarias estaduais da Fazenda e MinistŽrio da Fazenda.

(CESPE - Banco do Brasil - 2009)

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econ™mico e Social Ž uma das principais


entidades supervisoras do SFN.

(CESGRANRIO Ð BANCO DO BRASIL 2012)

O Sistema Financeiro Nacional Ž formado por um conjunto de institui•›es voltadas


para a gest‹o da pol’tica monet‡ria do Governo Federal, cujo —rg‹o deliberativo
m‡ximo Ž o Conselho Monet‡rio Nacional.

As fun•›es do Conselho Monet‡rio Nacional s‹o


(A) assessorar o MinistŽrio da Fazenda na cria•‹o de pol’ticas or•ament‡rias de
longo prazo e verificar os n’veis de moedas estrangeiras em circula•‹o no pa’s.
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(B) definir a estratŽgia da Casa da Moeda, estabelecer o equil’brio das contas
pœblicas e fiscalizar as entidades pol’ticas.

(C) estabelecer as diretrizes gerais das pol’ticas monet‡ria, cambial e credit’cia;


regular as condi•›es de constitui•‹o, funcionamento e fiscaliza•‹o das institui•›es
financeiras e disciplinar os instrumentos das pol’ticas monet‡ria e cambial.

(D) fornecer crŽdito a pequenas, mŽdias e grandes empresas do pa’s, e fomentar o


crescimento da economia interna a fim de gerar um equil’brio nas contas pœblicas,
na balan•a comercial e, consequentemente, na pol’tica cambial.

(E) secretariar e assessorar o Sistema Financeiro Nacional, organizando as sess›es


==0==

deliberativas de crŽdito e mantendo seu arquivo hist—rico.

(CESGRANRIO Ð Banco do Brasil - 2010)

O Sistema Financeiro Nacional (SFN) Ž constitu’do por todas as institui•›es


financeiras pœblicas ou privadas existentes no pa’s e seu —rg‹o normativo m‡ximo
Ž o(a):

(A) Banco Central do Brasil.

(B) Banco Nacional de Desenvolvimento Econ™mico e Social.

(C) Conselho Monet‡rio Nacional.

(D) MinistŽrio da Fazenda.

(E) Caixa Econ™mica Federal.

(CESGRANRIO Ð BACEN - 2009)

O Conselho Monet‡rio Nacional Ž a entidade superior do sistema financeiro


nacional, NÌO sendo de sua compet•ncia:

(A) estabelecer a meta de infla•‹o.

(B) zelar pela liquidez e pela solv•ncia das institui•›es financeiras.

(C) regular o valor externo da moeda e o equil’brio do balan•o de pagamentos.

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(D) regular o valor interno da moeda, prevenindo e corrigindo surtos inflacion‡rios
ou deflacion‡rios.

(E) fixar o valor do super‡vit prim‡rio do or•amento pœblico.

(CESPE Ð Banco do Brasil - 2009)

A ‡rea normativa do SFN tem como —rg‹o m‡ximo o Banco Central do Brasil
(BACEN).

(CESPE - Banco do Brasil - 2009)

As fun•›es do CMN incluem: adaptar o volume dos meios de pagamento ˆs reais


necessidades da economia e regular o valor interno e externo da moeda e o
equil’brio do balan•o de pagamentos.

(CESPE Ð Procurador do Bacen Ð 2013)

O Conselho Monet‡rio Nacional

a) tem compet•ncia para emitir papel-moeda.

b) tem capacidade normativa de conjuntura, sendo suas resolu•›es normas que


vinculam as institui•›es financeiras.

c) tem por fun•‹o a fiscaliza•‹o do mercado de a•›es.

d) funciona como œltima inst‰ncia recursal das decis›es emitidas pelo Conselho de
Recursos do Sistema Financeiro Nacional.

e) Ž —rg‹o do BACEN, formulador da pol’tica econ™mica, monet‡ria, banc‡ria e


credit’cia.

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CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/çrea 1 - An‡lise e
Desenvolvimento de Sistemas/2013/

Acerca do Sistema Financeiro Nacional e do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB),


julgue o item subsecutivo.

Em conformidade com a lei que o instituiu, o Conselho Monet‡rio Nacional ser‡


presidido pelo ministro da Fazenda, e as suas delibera•›es ter‹o de ocorrer por
maioria de votos, com a presen•a de, no m’nimo, seis membros, cabendo ao
presidente o voto de qualidade.

CESPE - Procurador do Banco Central do Brasil/2013/

O Conselho Monet‡rio Nacional

a) tem compet•ncia para emitir papel-moeda.

b) tem capacidade normativa de conjuntura, sendo suas resolu•›es normas que


vinculam as institui•›es financeiras.

c) tem por fun•‹o a fiscaliza•‹o do mercado de a•›es.

d) funciona como œltima inst‰ncia recursal das decis›es emitidas pelo Conselho de
Recursos do Sistema Financeiro Nacional.

e) Ž —rg‹o do BACEN, formulador da pol’tica econ™mica, monet‡ria, banc‡ria e


credit’cia.

(FCC Ð Banco do Brasil Ð 2006)

NÌO se refere a uma compet•ncia do Banco Central do Brasil:

a) exercer a fiscaliza•‹o das institui•›es financeiras.

b) executar os servi•os do meio circulante.

c) emitir moeda-papel e moeda met‡lica.

d) receber os recolhimentos compuls—rios.

e) fixar as diretrizes e normas da pol’tica cambial.

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(CESPE Ð Banco do Brasil Ð 2009)

Realizar opera•›es de redesconto e emprŽstimo ˆs institui•›es financeiras e regular


a execu•‹o dos servi•os de compensa•‹o de cheques e outros papŽis s‹o as
atribui•›es do BACEN.

(CESPE Ð Banco do Brasil Ð 2009)

AlŽm de autorizar o funcionamento e exercer a fiscaliza•‹o das institui•›es


financeiras, emitir moeda e executar os servi•os do meio circulante, compete
tambŽm ao BACEN tra•ar as pol’ticas econ™micas, das quais o CMN Ž o principal
—rg‹o executor.

(FCC Ð Banco do Brasil Ð 2011)

O Banco Central do Brasil tem como atribui•‹o

(A) receber os recolhimentos compuls—rios dos bancos.

(B) garantir a liquidez dos t’tulos de emiss‹o do Tesouro Nacional.

(C) acompanhar as transa•›es em bolsas de valores.

(D) assegurar o resgate dos contratos de previd•ncia privada.

(E) fiscalizar os repasses de recursos pelo BNDES.

(CESPE Ð Caixa Econ™mica Federal Ð 2010)

Ao exercer as suas atribui•›es, o BACEN cumpre fun•›es de compet•ncia privativa.


A respeito dessas fun•›es, julgue os itens subsequentes.

I Ao realizar as opera•›es de redesconto ˆs institui•›es financeiras, o BACEN


cumpre a fun•‹o de banco dos bancos.

II Ao emitir meio circulante, o BACEN cumpre a fun•‹o de banco emissor.

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III Ao ser o deposit‡rio das reservas oficiais e ouro, o BACEN cumpre a fun•‹o de
banqueiro do governo.

IV Ao autorizar o funcionamento, estabelecendo a din‰mica operacional, de todas


as institui•›es financeiras, o BACEN cumpre a fun•‹o de gestor do Sistema
Financeiro Nacional.

V Ao determinar, por meio do Comit• de Pol’tica Monet‡ria (COPOM), a taxa de


juros de refer•ncia para as opera•›es de um dia (taxa SELIC), o BACEN cumpre a
fun•‹o de executor da pol’tica fiscal.

Est‹o certos apenas os itens

A I, II, III e IV.

B I, II, III e V.

C I, II, IV e V.

D I, III, IV e V.

E II, III, IV e V.

(CESGRANRIO Ð Banco Central Ð 2009)

O Banco Central do Brasil Ž o —rg‹o executivo central do sistema financeiro e suas


compet•ncias incluem

(A) aprovar o or•amento do setor pœblico brasileiro.

(B) aprovar e garantir todos os emprŽstimos do sistema banc‡rio.

(C) administrar o servi•o de compensa•‹o de cheques e de outros papŽis.

(D) organizar o funcionamento das Bolsas de Valores do pa’s.

(E) autorizar o funcionamento, estabelecendo a din‰mica operacional de todas as


institui•›es financeiras do pa’s.

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CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/çrea 3 - Pol’tica Econ™mica
e Monet‡ria/2013/

Julgue o item a seguir, relativo ˆs finan•as pœblicas e ˆ ordem econ™mica e


financeira.

Ao BACEN, integrante da administra•‹o pœblica centralizada, Ž vedado comprar


e vender t’tulos de emiss‹o do Tesouro Nacional.

CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/çrea 1 - An‡lise e


Desenvolvimento de Sistemas/2013/

Acerca do Sistema Financeiro Nacional e do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB),


julgue o item subsecutivo.

Entre as fun•›es do BACEN, o monop—lio de emiss‹o envolve o meio circulante e


destina-se a satisfazer a demanda de dinheiro necess‡ria para atender ˆ atividade
econ™mica. Nesse sentido, a emiss‹o de moeda ocorre quando a Casa da Moeda
do Brasil entrega papel-moeda para o BACEN.

CESGRANRIO - Profissional B‡sico (BNDES)/Biblioteconomia/2013/

O —rg‹o brasileiro respons‡vel pelo controle da oferta monet‡ria do pa’s, ou seja,


pelo montante total de dinheiro dispon’vel para a popula•‹o Ž o(a)

a) MinistŽrio da Fazenda

b) Banco Central do Brasil

c) Conselho de Valores Mobili‡rios (CVM)

d) Conselho Administrativo de Defesa Econ™mica (CADE)

e) Federa•‹o Brasileira de Bancos (FEBRABAN)

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(CESPE Ð Banco do Brasil Ð 2009)

O Comit• de Pol’tica Monet‡ria (COPOM) do BACEN foi institu’do em 1996, com os


objetivos de estabelecer as diretrizes da pol’tica monet‡ria e de definir a taxa de
juros. A cria•‹o desse comit• buscou proporcionar maior transpar•ncia e ritual
adequado ao processo decis—rio do BACEN. Acerca do COPOM e da taxa b‡sica
de juros, julgue os pr—ximos itens.

I O COPOM, constitu’do no ‰mbito do BACEN, tem como objetivo implementar as


pol’ticas econ™mica e tribut‡ria do governo federal..

II Desde a ado•‹o da sistem‡tica de metas para a infla•‹o como diretriz de pol’tica


monet‡ria, as decis›es do COPOM visam cumprir as metas para a infla•‹o definidas
pelo CMN. Se as metas n‹o forem atingidas, cabe ao presidente do BACEN divulgar,
em carta aberta ao ministro da Fazenda, os motivos do descumprimento, as
provid•ncias e o prazo para o retorno da taxa de infla•‹o aos limites estabelecidos.

(FCC Ð Banco do Brasil Ð 2013)

O Comit• de Pol’tica Monet‡ria (COPOM), institu’do pelo Banco Central do Brasil em


1996 e composto por membros daquela institui•‹o, toma decis›es

(A) sobre a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP).

(B) a respeito dos dep—sitos compuls—rios dos bancos comerciais.

(C) de acordo com a maioria dos participantes nas reuni›es peri—dicas de dois dias.

(D) a serem ratificadas pelo Ministro da Fazenda.

(E) conforme os votos da Diretoria Colegiada.

(FCC Ð Banco do Brasil Ð 2010)

O Comit• de Pol’tica Monet‡ria − COPOM tem como objetivo:


a) Reunir periodicamente os ministros da Fazenda e do Planejamento, Or•amento
e Gest‹o e o presidente do Banco Central do Brasil.

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b) Coletar as proje•›es das institui•›es financeiras para a taxa de infla•‹o.

c) Divulgar mensalmente as taxas de juros de curto e longo prazos praticadas no


mercado financeiro.

d) Promover debates acerca da pol’tica monet‡ria atŽ que se alcance consenso


sobre a taxa de juros de curto prazo a ser divulgada em ata.

e) Implementar a pol’tica monet‡ria e definir a meta da Taxa SELIC e seu eventual


viŽs.

CESPE - Especialista (FUNPRESP)/Investimentos/2016

Julgue o item a seguir, relativo ao Sistema Financeiro Nacional (SFN) e ao mercado


de valores mobili‡rios.

O Banco Central do Brasil e a Comiss‹o de Valores Mobili‡rios supervisionam as


corretoras e as distribuidoras de t’tulos e valores mobili‡rios, as quais prestam, entre
outros servi•os, consultoria financeira e cust—dia de t’tulos e valores mobili‡rios dos
clientes.

FGV - Analista de Desenvolvimento Econ™mico (CODEMIG)/Analista


EstratŽgico de Projetos de Investimentos/2015

Recentemente, o jornal "Valor Econ™mico" noticiou que o empres‡rio Eike Batista e


os administradores da antiga OGX (OGXP3), atual îleo e G‡s, sabiam da
inviabilidade de campos de petr—leo da companhia dez meses antes de o mercado
ser informado a respeito. A institui•‹o brasileira que possui a fun•‹o de fiscalizar
esse tipo de irregularidade praticada por Eike Batista e os administradores da antiga
OGX Ž:

a) Comiss‹o de Valores Mobili‡rios;

b) Bolsa de Valores de S‹o Paulo;

c) Banco Central do Brasil;

d) Instituto Brasileiro de Governan•a Corporativa;


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e) Conselho Monet‡rio Nacional.

FCC - Analista Desenvolvimento Gest‹o Jœnior (METRO


SP)/Economia/2014/

Alguns dos principais objetivos da Comiss‹o de Valores Mobili‡rios s‹o:

I. Estimular a aplica•‹o de poupan•a no mercado acion‡rio.

II. Assegurar o funcionamento eficiente e regular das bolsas de valores e institui•›es


auxiliares.

III. Fiscalizar a emiss‹o, o registro, a distribui•‹o e a negocia•‹o de t’tulos emitidos


pelas sociedades an™nimas de capital aberto.

IV. Fiscalizar o mercado interbanc‡rio de c‰mbio e das opera•›es com certificados


de dep—sito interfinanceiro.

ƒ correto o que consta APENAS em

a) I e II.

b) I e IV.

c) II e III.

d) II, III e IV.

e) I, II e III.

CESPE - TŽcnico Banc‡rio Novo (CEF)/Administrativa/2010/RJ e SP

A Lei n.¼ 6.385/1976 criou a Comiss‹o de Valores Mobili‡rios (CVM), entidade


aut‡rquica em regime especial, vinculada ao MinistŽrio da Fazenda, com
personalidade jur’dica e patrim™nio pr—prios, dotada de autoridade administrativa
independente, aus•ncia de subordina•‹o hier‡rquica, mandato fixo Ñ vedada a
recondu•‹o Ñ, estabilidade de seus dirigentes, alŽm de autonomia financeira e
or•ament‡ria. Com rela•‹o aos membros do colegiado da CVM, assinale a op•‹o

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que apresenta, respectivamente, o tempo de dura•‹o do mandato de cada um e
a propor•‹o de membros que deve ser renovada anualmente.

a) dois anos - metade

b) tr•s anos - um ter•o

c) quatro anos - um quarto

d) cinco anos - um quinto

e) seis anos - um sexto

CESPE - TŽcnico Banc‡rio Novo (CEF)/Administrativa/2010/Nacional

Em rela•‹o ao mercado de capitais e ˆ atua•‹o da Comiss‹o de Valores


Mobili‡rios (CVM), assinale a op•‹o correta.

a) A CVM pode estabelecer n’veis diferenciados de classifica•‹o e de regula•‹o


entre as companhias abertas, especificando as normas que lhes ser‹o aplic‡veis
segundo as espŽcies e as classes dos valores mobili‡rios por elas emitidos.

b) Denomina-se companhia fechada a sociedade an™nima cujas a•›es, apesar de


admitidas ˆ negocia•‹o no mercado de valores mobili‡rios, n‹o sejam
efetivamente negociadas nesse mercado.

c) O cancelamento do registro de companhia aberta, tambŽm denominado


fechamento de capital, pode ser autorizado pela CVM se a companhia emissora
ou o controlador adquirirem pelo menos 60% das a•›es em circula•‹o.

d) Para fins de fechamento de capital, as a•›es em tesouraria s‹o consideradas


a•›es em circula•‹o no mercado que precisam ser adquiridas.

e) A distribui•‹o pœblica de valores mobili‡rios deve ser registrada na CVM em atŽ


quinze dias ap—s a sua realiza•‹o.

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CESPE - Perito Criminal Federal/çrea 1/2013/

Com refer•ncia a conceitos e aplica•›es do mercado de capitais, julgue o item que


se segue.

A Comiss‹o de Valores Mobili‡rios tem compet•ncia para apurar e punir condutas


fraudulentas no mercado de valores mobili‡rios, como atos ou omiss›es relevantes
praticados no Brasil ou danos a residentes no Brasil, independentemente do local de
ocorr•ncia dos fatos.

ESAF - Inspetor da Comiss‹o de Valores Mobili‡rios/2010

Compete ˆ CVM, como autarquia federal, garantir o funcionamento regular e


eficiente dos mercados de valores mobili‡rios.

Assim deve:

a) aprovar todas e quaisquer negocia•›es com valores mobili‡rios em bolsa.

b) aprovar a abertura das companhias para fins de capta•‹o de poupan•a


popular.

c) regular e fiscalizar comportamentos de investidores no pa’s e no exterior.

d) orientar investidores em suas escolhas para aplica•‹o de recursos.

e) manter acordos com bolsas de valores estrangeiras para a divulga•‹o de


informa•›es.

ESAF - Analista da Comiss‹o de Valores Mobili‡rios/Arquivologia/2010

Ao desempenhar a fun•‹o de amicus curiae, a presen•a da CVM em


procedimentos judiciais:

a) assume posi•‹o de parte ao defender os argumentos de um dos litigantes.

b) oferece ao magistrado parecer fundamentado que suporte sua decis‹o.

c) oferece ao julgador informa•›es a respeito da lei aplic‡vel ao caso.

d) atua para defender o regular funcionamento do mercado de valores mobili‡rios.


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e) exerce compet•ncia residual.

ESAF - Analista da Comiss‹o de Valores Mobili‡rios/Arquivologia/2010

A compet•ncia da CVM no mercado de derivativos se faz:

a) mediante regula•‹o espec’fica para contratos celebrados fora das bolsas.

b) mediante fiscaliza•‹o das institui•›es banc‡rias que operam derivativos.

c) em conjunto com as bolsas em que s‹o negociados.

d) mediante aprova•‹o de modelos negociais cogentes.

e) quando haja especula•‹o de que resultem perdas para as companhias.

Derivativos s‹o contratos que derivam a maior parte de seu valor de um ativo
subjacente (ativo original), taxa de refer•ncia ou ’ndice. O ativo subjacente pode
ser f’sico (cafŽ, ouro, etc.) ou financeiro (a•›es, taxas de juros, etc.), negociado no
mercado ˆ vista ou n‹o (Ž poss’vel construir um derivativo sobre outro derivativo).

ESAF - Agente Executivo da CVM/2010

Dadas as normas vigentes no Brasil, pode-se afirmar que:

a) a compet•ncia da CVM exclui a das Bolsas.

b) a compet•ncia da CVM decorre, nos mercados sobre os quais atua, do objeto


das opera•›es celebradas.

c) no mercado de derivativos cambiais, a regula•‹o da CVM exclui a compet•ncia


do Banco Central do Brasil.

d) a compet•ncia da CVM concorre com a da SUSEP na fiscaliza•‹o das opera•›es


de seguro de responsabilidade civil garantidoras da gest‹o de administradores de
companhias abertas.

e) a reorganiza•‹o societ‡ria de companhias abertas afasta a compet•ncia da


CVM no que diz respeito a opera•›es de cess‹o de controle.

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ESAF - Agente Executivo da CVM/2010

A CVM, como autarquia federal ˆ qual compete a fiscaliza•‹o do mercado de


valores mobili‡rios, tem compet•ncia para:

a) garantir que opera•›es de interesse do Poder Pœblico sejam aprovadas por


sociedades privadas.

b) determinar aos administradores de sociedades fechadas que se abstenham de


praticar certos atos.

c) interferir no funcionamento dos —rg‹os colegiados das companhias abertas.

d) impugnar atos praticados pelos diretores no exerc’cio de suas atribui•›es.

e) fiscalizar todos os agentes que dele participam.

ESAF - Agente Executivo da CVM/2010

A inclus‹o de derivativos no conceito de valor mobili‡rio, tal como disp›e o art. 2¼


da Lei n. 6.385/1976, e as altera•›es posteriores, leva a concluir que:

a) os derivativos sob compet•ncia da CVM s‹o apenas os negociados em Bolsa ou


balc‹o organizado.

b) as companhias abertas podem emitir derivativos para distribui•‹o em mercados.

c) a circula•‹o de derivativos existentes s— pode ser feita em Bolsa.

d) derivativos cambiais n‹o est‹o abrangidos na compet•ncia da CVM.

e) t’tulos pœblicos se forem ativos subjacentes de derivativos s‹o valores mobili‡rios.

CESGRANRIO - TŽcnico Cient’fico (BAMAN)/Tecnologia da


Informa•‹o/An‡lise de Sistemas/2014/

O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN) Ž um —rg‹o


colegiado, de segundo grau, integrante da estrutura do MinistŽrio da Fazenda.

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Com o advento da Lei n¼ 9.069/1995, ampliou-se a compet•ncia do CRSFN, que
recebeu a responsabilidade de

a) administrar mecanismo de prote•‹o a titulares de crŽditos contra institui•›es


financeiras.

b) zelar pela adequada liquidez e estabilidade da economia, e promover o


permanente aperfei•oamento do sistema financeiro

c) atuar no sentido de proteger a capta•‹o de poupan•a popular que se efetua


atravŽs das opera•›es de seguro, de previd•ncia privada aberta, de capitaliza•‹o
e de resseguro.

d) regular a constitui•‹o, organiza•‹o, funcionamento e fiscaliza•‹o dos que


exercem atividades subordinadas ao Sistema Nacional de Seguros Privados (SNSP)

e) julgar os recursos interpostos contra as decis›es do Banco Central do Brasil


relativas ˆ aplica•‹o de penalidades por infra•‹o ˆ legisla•‹o cambial, ˆ
legisla•‹o de capitais estrangeiros e ˆ legisla•‹o de crŽdito rural e industrial.

CESPE - Especialista em Gest‹o de Telecomunica•›es


(TELEBRAS)/Analista Superior/Auditoria/2015)

Julgue o seguinte item com base na Resolu•‹o CMN n.¼ 3.792/2009 e na Lei n.¼
12.154/2009.

Entre outras compet•ncias que lhe s‹o atribu’das por lei, a PREVIC pode instituir taxa
de fiscaliza•‹o e controle, em face do seu poder de pol’cia.

CESPE - Analista Administrativo (PREVIC)/Administrativa/2011/

Julgue o item que se segue, relativo ˆ Lei n.¼ 12.154/2009, que criou a
Superintend•ncia Nacional de Previd•ncia Complementar (PREVIC), alŽm de dispor
sobre a sua composi•‹o.

A PREVIC deve ser administrada por uma diretoria colegiada composta por um
diretor-superintendente e quatro diretores, escolhidos entre pessoas de ilibada

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reputa•‹o e de not—ria compet•ncia, a serem indicados pelo ministro de Estado da
Previd•ncia Social e nomeados pelo presidente da Repœblica.

CESPE - Analista Administrativo (PREVIC)/Administrativa/2011/

Julgue o item que se segue, relativo ˆ Lei n.¼ 12.154/2009, que criou a
Superintend•ncia Nacional de Previd•ncia Complementar (PREVIC), alŽm de dispor
sobre a sua composi•‹o.

N‹o se insere na esfera de compet•ncia da PREVIC a decreta•‹o de interven•‹o


e(ou) liquida•‹o extrajudicial de entidades fechadas de previd•ncia
complementar, uma vez que tal incumb•ncia compete ao MinistŽrio da
Previd•ncia Social.

Gabaritos

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

CERTO C ERRADO C C CERTO ERRADO CERTO B ANULADO

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

B E CERTO ERRADO A A E ERRADO ERRADO B

21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

CERTO E E CERTO A E D A CERTO B

31 32 33 34 35 36 37 38 39

ANULADO C B E A E CERTO CERTO ERRADO

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QUESTÍES COMENTADAS

(CESPE Ð Banco do Brasil 2009)

O SFN atua na intermedia•‹o financeira, ou seja, no processo pelo qual os agentes


que est‹o superavit‡rios, com sobra de dinheiro, transferem esses recursos para
aqueles que estejam deficit‡rios, com falta de dinheiro.

ƒ exatamente a fun•‹o de intermedia•‹o. Ou seja, o SFN promove de maneira mais


eficiente a intermedia•‹o de recursos entre os agentes superavit‡rios aos
deficit‡rios.

GABARITO: CORRETO

(FCC Ð Banco do Brasil - 2011)

O Sistema Financeiro Nacional Ž integrado por:

(A) MinistŽrios da Fazenda e do Planejamento, Or•amento e Gest‹o.

(B) Secretaria do Tesouro Nacional e Conselho Monet‡rio Nacional.

(C) îrg‹os normativos, Entidades supervisoras e Operadores.

(D) Receita Federal do Brasil e Comiss‹o de Valores Mobili‡rios.

(E) Secretarias estaduais da Fazenda e MinistŽrio da Fazenda.

Como vimos, o SFN Ž composto de îrg‹os normativos, Entidades supervisoras e


Operadores.

GABARITO: LETRA C

(CESPE - Banco do Brasil - 2009)

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econ™mico e Social Ž uma das principais


entidades supervisoras do SFN.

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Claro que n‹o! Citamos acima que as entidades supervisoras s‹o o BACEN, a CVM,
a SUSEP e a PREVIC. Portanto, n‹o h‡ o BNDES neste rol.

GABARITO: ERRADO

(CESGRANRIO Ð BANCO DO BRASIL 2012)

O Sistema Financeiro Nacional Ž formado por um conjunto de institui•›es voltadas


para a gest‹o da pol’tica monet‡ria do Governo Federal, cujo —rg‹o deliberativo
m‡ximo Ž o Conselho Monet‡rio Nacional.

As fun•›es do Conselho Monet‡rio Nacional s‹o


(A) assessorar o MinistŽrio da Fazenda na cria•‹o de pol’ticas or•ament‡rias de
longo prazo e verificar os n’veis de moedas estrangeiras em circula•‹o no pa’s.

(B) definir a estratŽgia da Casa da Moeda, estabelecer o equil’brio das contas


pœblicas e fiscalizar as entidades pol’ticas.

(C) estabelecer as diretrizes gerais das pol’ticas monet‡ria, cambial e credit’cia;


regular as condi•›es de constitui•‹o, funcionamento e fiscaliza•‹o das institui•›es
financeiras e disciplinar os instrumentos das pol’ticas monet‡ria e cambial.

(D) fornecer crŽdito a pequenas, mŽdias e grandes empresas do pa’s, e fomentar o


crescimento da economia interna a fim de gerar um equil’brio nas contas pœblicas,
na balan•a comercial e, consequentemente, na pol’tica cambial.

(E) secretariar e assessorar o Sistema Financeiro Nacional, organizando as sess›es


deliberativas de crŽdito e mantendo seu arquivo hist—rico.

Mesmo n‹o tendo sido apresentadas as fun•›es do CMN (o que ser‡ feito a seguir),
podemos ver que as alternativas ÒaÓ, Òb, ÒdÓ e ÒeÓ apresentam fun•›es distintas das
diretrizes gerais do SFN. A letra ÒdÓ chega a citar, inclusive, que cabe ao CMN
conceder emprŽstimos, o que Ž, evidentemente, um absurdo.

J‡ a alternativa ÒcÓ contŽm os termos condizentes com a fun•‹o normativa


exercida pelo CMN. Ou seja, ÒregularÓ Òestabelecer diretrizesÓ e ÒdisciplinarÓ Ž
totalmente compat’vel com as fun•›es normativas que o CMN exerce.

GABARITO: LETRA C
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(CESGRANRIO Ð Banco do Brasil - 2010)

O Sistema Financeiro Nacional (SFN) Ž constitu’do por todas as institui•›es


financeiras pœblicas ou privadas existentes no pa’s e seu —rg‹o normativo m‡ximo
Ž o(a):

(A) Banco Central do Brasil.

(B) Banco Nacional de Desenvolvimento Econ™mico e Social.

(C) Conselho Monet‡rio Nacional.

(D) MinistŽrio da Fazenda.

(E) Caixa Econ™mica Federal.

Esta Ž f‡cil! O —rg‹o m‡ximo do SFN, respons‡vel pelas diretrizes e normas gerais, Ž
o Conselho Monet‡rio Nacional.

GABARITO: LETRA C

(CESGRANRIO Ð BACEN - 2009)

O Conselho Monet‡rio Nacional Ž a entidade superior do sistema financeiro


nacional, NÌO sendo de sua compet•ncia:

(A) estabelecer a meta de infla•‹o.

(B) zelar pela liquidez e pela solv•ncia das institui•›es financeiras.

(C) regular o valor externo da moeda e o equil’brio do balan•o de pagamentos.

(D) regular o valor interno da moeda, prevenindo e corrigindo surtos inflacion‡rios


ou deflacion‡rios.

(E) fixar o valor do super‡vit prim‡rio do or•amento pœblico.

Quest‹o interessante!

A fixa•‹o do valor do super‡vit prim‡rio, ou seja, da economia que o governo deve


fazer para pagar as despesas com juros n‹o Ž fun•‹o do CMN. Mesmo que este
esteja respons‡vel coordenar as pol’ticas monet‡ria e fiscal, estabelecer o valor do
super‡vit prim‡rio Ž fun•‹o do executivo.

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Aten•‹o! pois coordenar pol’ticas Ž algo normativo, enquanto fixar o valor do
super‡vit prim‡rio Ž algo executivo e, portanto, n‹o relacionado ao CMN.

GABARITO: LETRA E

(CESPE Ð Banco do Brasil - 2009)

A ‡rea normativa do SFN tem como —rg‹o m‡ximo o Banco Central do Brasil
(BACEN).

O —rg‹o m‡ximo do SFN Ž o CMN. Como este —rg‹o Ž normativo, evidentemente,


Ž tambŽm o —rg‹o m‡ximo da ‡rea normativa.

GABARITO: ERRADO

(CESPE - Banco do Brasil - 2009)

As fun•›es do CMN incluem: adaptar o volume dos meios de pagamento ˆs reais


necessidades da economia e regular o valor interno e externo da moeda e o
equil’brio do balan•o de pagamentos.

Exato. Vimos especificamente esta fun•‹o acima.

GABARITO: CERTO

(CESPE Ð Procurador do Bacen Ð 2013)

O Conselho Monet‡rio Nacional

a) tem compet•ncia para emitir papel-moeda.

b) tem capacidade normativa de conjuntura, sendo suas resolu•›es normas que


vinculam as institui•›es financeiras.

c) tem por fun•‹o a fiscaliza•‹o do mercado de a•›es.

d) funciona como œltima inst‰ncia recursal das decis›es emitidas pelo Conselho de
Recursos do Sistema Financeiro Nacional.
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e) Ž —rg‹o do BACEN, formulador da pol’tica econ™mica, monet‡ria, banc‡ria e
credit’cia.

Quest‹o recent’ssima do t‹o cobi•ado cargo de Procurador do Banco Central.

Como vimos exaustivamente, o CMN possui fun•‹o normativa e, como —rg‹o


superior do SFN, suas normas recaem sobre todos as demais entidades do Sistema.

Portanto, o CMN tem capacidade normativa de conjuntura, sendo suas resolu•›es


normas que vinculam as institui•›es financeiras.

GABARITO: LETRA B

CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/çrea 1 - An‡lise e


Desenvolvimento de Sistemas/2013/

Acerca do Sistema Financeiro Nacional e do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB),


julgue o item subsecutivo.

Em conformidade com a lei que o instituiu, o Conselho Monet‡rio Nacional ser‡


presidido pelo ministro da Fazenda, e as suas delibera•›es ter‹o de ocorrer por
maioria de votos, com a presen•a de, no m’nimo, seis membros, cabendo ao
presidente o voto de qualidade.

A quest‹o contŽm uma gigante impropriedade, que motivou sua anula•‹o.

Segundo a Lei que o instituiu (Lei 4.595/64), o Conselho Monet‡rio Nacional ser‡
presidido pelo ministro da Fazenda, e as suas delibera•›es ter‹o de ocorrer por
maioria de votos, com a presen•a de, no m’nimo, seis membros, cabendo ao
presidente tambŽm o voto de qualidade.

A presen•a do termo "tambŽm" modifica o sentido da quest‹o, pois permite ao


Presidente deliberar de maneira comum, e tambŽm deliberar com qualidade, ou
seja, desempatar vota•›es. Neste sentido, a quest‹o estaria incorreta.

No entanto, este dispositivo da Lei foi revogado por outro da Lei 9.069/95, que
modificou a composi•‹o do CMN.

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Desta forma, o Cespe optou pela anula•‹o. Afinal, seria uma impropriedade
solicitar um conceito de um dispositivo j‡ revogado, em desuso.

A saber, atualmente o CMN Ž composto pelo (i) Ministro da Fazenda, como


Presidente do Conselho, (ii) Ministro do Planejamento, Or•amento e Gest‹o e (iii)
Presidente do Banco Central do Brasil, ou seja, apenas 3 membros.

GABARITO: ANULADO

CESPE - Procurador do Banco Central do Brasil/2013/

O Conselho Monet‡rio Nacional

a) tem compet•ncia para emitir papel-moeda.

b) tem capacidade normativa de conjuntura, sendo suas resolu•›es normas que


vinculam as institui•›es financeiras.

c) tem por fun•‹o a fiscaliza•‹o do mercado de a•›es.

d) funciona como œltima inst‰ncia recursal das decis›es emitidas pelo Conselho de
Recursos do Sistema Financeiro Nacional.

e) Ž —rg‹o do BACEN, formulador da pol’tica econ™mica, monet‡ria, banc‡ria e


credit’cia.

Conselho Monet‡rio Nacional (CMN) possui fun•‹o exclusivamente normativa, ou


seja, atua na fixa•‹o e estabelecimento de diretrizes, regulamenta•‹o, regula•‹o
e disciplina do Sistema Financeiro Nacional.

Com base neste conceito, vejamos as alternativas:

a) Evidente que n‹o, pois o CMN tem compet•ncia normativa, e n‹o de executar
a•›es, tais como a emiss‹o de moeda.

b) Item correto, como afirmado.

c) A fun•‹o de supervis‹o do mercado de a•›es Ž da CVM

d) O Conselho de recursos do Sistema Financeiro Nacional Ž o pr—prio —rg‹o


recursal das decis›es emanadas da CVM e do Bacen.

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e) O CMN Ž —rg‹o independente e n‹o faz parte da da estrutura do Bacen.

GABARITO: LETRA B

(FCC Ð Banco do Brasil Ð 2006)

NÌO se refere a uma compet•ncia do Banco Central do Brasil:

a) exercer a fiscaliza•‹o das institui•›es financeiras.

b) executar os servi•os do meio circulante.

c) emitir moeda-papel e moeda met‡lica.

d) receber os recolhimentos compuls—rios.

e) fixar as diretrizes e normas da pol’tica cambial.

As diretrizes e normas da pol’tica cambial s‹o estabelecidas pelo CMN. Ao Bacen


cabe a formula•‹o, execu•‹o, e acompanhamento da pol’tica cambial

GABARITO: LETRA E

(CESPE Ð Banco do Brasil Ð 2009)

Realizar opera•›es de redesconto e emprŽstimo ˆs institui•›es financeiras e regular


a execu•‹o dos servi•os de compensa•‹o de cheques e outros papŽis s‹o as
atribui•›es do BACEN.

Perfeito! Citamos estas fun•›es do Bacen, a saber: redesconto e regular a execu•‹o


dos servi•os de compensa•‹o de cheques, entre outros papeis.

GABARITO: CERTO

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(CESPE Ð Banco do Brasil Ð 2009)

AlŽm de autorizar o funcionamento e exercer a fiscaliza•‹o das institui•›es


financeiras, emitir moeda e executar os servi•os do meio circulante, compete
tambŽm ao BACEN tra•ar as pol’ticas econ™micas, das quais o CMN Ž o principal
—rg‹o executor.

As fun•›es do Bacen est‹o citadas corretamente. Mas, como foi enfatizado, o CMN
n‹o exerce fun•›es executivas, mas, t‹o somente, normativas.

GABARITO: ERRADO

(FCC Ð Banco do Brasil Ð 2011)

O Banco Central do Brasil tem como atribui•‹o

(A) receber os recolhimentos compuls—rios dos bancos.

(B) garantir a liquidez dos t’tulos de emiss‹o do Tesouro Nacional.

(C) acompanhar as transa•›es em bolsas de valores.

(D) assegurar o resgate dos contratos de previd•ncia privada.

(E) fiscalizar os repasses de recursos pelo BNDES.

A fun•‹o do Bacen Ž receber os recolhimentos compuls—rios dos bancos. Todas as


demais s‹o fun•›es de outras entidades.

Por exemplo, o acompanhamento de transa•›es na Bolsa de Valores Ž executado


pela pr—pria Bolsa e pela CVM.

GABARITO: LETRA A

(CESPE Ð Caixa Econ™mica Federal Ð 2010)

Ao exercer as suas atribui•›es, o BACEN cumpre fun•›es de compet•ncia privativa.


A respeito dessas fun•›es, julgue os itens subsequentes.

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TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS
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I Ao realizar as opera•›es de redesconto ˆs institui•›es financeiras, o BACEN
cumpre a fun•‹o de banco dos bancos.

II Ao emitir meio circulante, o BACEN cumpre a fun•‹o de banco emissor.

III Ao ser o deposit‡rio das reservas oficiais e ouro, o BACEN cumpre a fun•‹o de
banqueiro do governo.

IV Ao autorizar o funcionamento, estabelecendo a din‰mica operacional, de todas


as institui•›es financeiras, o BACEN cumpre a fun•‹o de gestor do Sistema
Financeiro Nacional.

V Ao determinar, por meio do Comit• de Pol’tica Monet‡ria (COPOM), a taxa de


juros de refer•ncia para as opera•›es de um dia (taxa SELIC), o BACEN cumpre a
fun•‹o de executor da pol’tica fiscal.

Est‹o certos apenas os itens

A I, II, III e IV.

B I, II, III e V.

C I, II, IV e V.

D I, III, IV e V.

E II, III, IV e V.

Vejamos os itens:

I Ð O redesconto cumpre com a fun•‹o de Banco dos Bancos do Bacen. Correto.

II Ð O monop—lio das emiss›es que o Bacen possui cumpre com sua fun•‹o de
Banco Emissor. Correto

III Ð Ao depositar as reservas internacionais do Governo, o Bacen assume a forma de


Banco do Governo. Correto.

IV Ð Ao fiscalizar as institui•›es financeiras, o Bacen cumpre sua fun•‹o de Supervisor


do SFN. Correto

V Ð Cumprindo esta fun•‹o o Bacen est‡ fazendo pol’tica monet‡ria. Errado

GABARITO: LETRA A

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TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS
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(CESGRANRIO Ð Banco Central Ð 2009)

O Banco Central do Brasil Ž o —rg‹o executivo central do sistema financeiro e suas


compet•ncias incluem

(A) aprovar o or•amento do setor pœblico brasileiro.

(B) aprovar e garantir todos os emprŽstimos do sistema banc‡rio.

(C) administrar o servi•o de compensa•‹o de cheques e de outros papŽis.

(D) organizar o funcionamento das Bolsas de Valores do pa’s.

(E) autorizar o funcionamento, estabelecendo a din‰mica operacional de todas as


institui•›es financeiras do pa’s.

O Banco Central n‹o tem qualquer fun•‹o referente ao or•amento pœblico.


TambŽm n‹o garante todos os emprŽstimos do sistema banc‡rio, n‹o organiza o
funcionamento de Bolsas de Valores (fun•‹o da CVM) e a administra•‹o dos
servi•os de compensa•‹o de cheques e outros papeis Ž fun•‹o do Banco do Brasil
(salientando que o Bacen exerce a supervis‹o desta fun•‹o do BB)

GABARITO: LETRA E

CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/çrea 3 - Pol’tica Econ™mica


e Monet‡ria/2013/

Julgue o item a seguir, relativo ˆs finan•as pœblicas e ˆ ordem econ™mica e


financeira.

Ao BACEN, integrante da administra•‹o pœblica centralizada, Ž vedado comprar


e vender t’tulos de emiss‹o do Tesouro Nacional.

A quest‹o comete duas impropriedades.

Primeiro, o Bacen Ž integrante da administra•‹o pœblica indireta (descentralizada),


pois foi criado por lei espec’fica, possui personalidade jur’dica pr—pria e exerce
atividade t’pica de Estado de maneira descentralizada.

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Segundo, Ž permitido ao Bacen comprar e vender t’tulos de emiss‹o Tesouro
Nacional, para fins de realiza•‹o de pol’tica monet‡ria. O que Ž vedado Ž a
concess‹o de emprŽstimos ao Tesouro Nacional.

Esta veda•‹o Ž estabelecida pela Constitui•‹o Federal, nos seguintes termos:

Art. 164. A compet•ncia da Uni‹o para emitir moeda ser‡ exercida exclusivamente
pelo banco central.

¤ 1¼ - ƒ vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, emprŽstimos


ao Tesouro Nacional e a qualquer —rg‹o ou entidade que n‹o seja institui•‹o
financeira.

¤ 2¼ - O banco central poder‡ comprar e vender t’tulos de emiss‹o do Tesouro


Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros.

GABARITO: ERRADO

CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/çrea 1 - An‡lise e


Desenvolvimento de Sistemas/2013/

Acerca do Sistema Financeiro Nacional e do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB),


julgue o item subsecutivo.

Entre as fun•›es do BACEN, o monop—lio de emiss‹o envolve o meio circulante e


destina-se a satisfazer a demanda de dinheiro necess‡ria para atender ˆ atividade
econ™mica. Nesse sentido, a emiss‹o de moeda ocorre quando a Casa da Moeda
do Brasil entrega papel-moeda para o BACEN.

O Banco Central detŽm o monop—lio das emiss›es de papel-moeda e moeda


met‡lica. O CMN estabelece os limite e diretrizes para a emiss‹o, mas quem emite
os ÒReaisÓ Ž o Banco Central.

A moeda Ž algo necess‡rio e sua import‰ncia, intuitiva. Todas as transa•›es


econ™micas realizadas no Pa’s s‹o liquidadas em moeda. Quando compramos ou
vendemos bens e servi•os utilizamos moeda para pagar/receber estes bens.

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No entanto, a emiss‹o de moeda n‹o ocorre quando a Casa da Moeda do Brasil
entrega papel-moeda para o BACEN.

Estes valores entregues ao Bacen passam a constar em seu balan•o. Todavia, a


emiss‹o de moeda ocorre quando estes valores s‹o colocados para utiliza•‹o junto
ao pœblico (setor privado + setor pœblico).

Por exemplo, quando o Bacen compra t’tulos pœblicos em posse do setor privado,
pagando com moeda, ele est‡ colocando a moeda em circula•‹o, o que resulta
no aumento da oferta monet‡ria.

GABARITO: ERRADO

CESGRANRIO - Profissional B‡sico (BNDES)/Biblioteconomia/2013/

O —rg‹o brasileiro respons‡vel pelo controle da oferta monet‡ria do pa’s, ou seja,


pelo montante total de dinheiro dispon’vel para a popula•‹o Ž o(a)

a) MinistŽrio da Fazenda

b) Banco Central do Brasil

c) Conselho de Valores Mobili‡rios (CVM)

d) Conselho Administrativo de Defesa Econ™mica (CADE)

e) Federa•‹o Brasileira de Bancos (FEBRABAN)

Quest‹o bem direta.

O Banco Central foi institu’do pela Lei n¼ 4.595/64.

A Lei prev• que compete ao Banco Central a emiss‹o de papel moeda e moeda
met‡lica, ou seja, compete ˆ referida institui•‹o o controle da oferta monet‡ria do
Pa’s.

GABARITO: LETRA B

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(CESPE Ð Banco do Brasil Ð 2009)

O Comit• de Pol’tica Monet‡ria (COPOM) do BACEN foi institu’do em 1996, com os


objetivos de estabelecer as diretrizes da pol’tica monet‡ria e de definir a taxa de
juros. A cria•‹o desse comit• buscou proporcionar maior transpar•ncia e ritual
adequado ao processo decis—rio do BACEN. Acerca do COPOM e da taxa b‡sica
de juros, julgue os pr—ximos itens.

I O COPOM, constitu’do no ‰mbito do BACEN, tem como objetivo implementar as


pol’ticas econ™mica e tribut‡ria do governo federal..

II Desde a ado•‹o da sistem‡tica de metas para a infla•‹o como diretriz de pol’tica


monet‡ria, as decis›es do COPOM visam cumprir as metas para a infla•‹o definidas
pelo CMN. Se as metas n‹o forem atingidas, cabe ao presidente do BACEN divulgar,
em carta aberta ao ministro da Fazenda, os motivos do descumprimento, as
provid•ncias e o prazo para o retorno da taxa de infla•‹o aos limites estabelecidos.

I Ð O item est‡ incorreto. A pol’tica tribut‡ria do governo federal n‹o tem rela•‹o
com o COPOM.

GABARITO: INCORRETO

II Ð Como vimos acima, ao Banco Central, atravŽs do COPOM, cabe adotar as


medidas necess‡rias para o cumprimento das metas de infla•‹o (definidas pelo
CMN). O descumprimento das metas obriga o Presidente do BACEN divulgar, em
carta aberta ao ministro da Fazenda, os motivos do descumprimento, as
provid•ncias e o prazo para o retorno da taxa de infla•‹o aos limites estabelecidos.

GABARITO: CORRETO

(FCC Ð Banco do Brasil Ð 2013)

O Comit• de Pol’tica Monet‡ria (COPOM), institu’do pelo Banco Central do Brasil em


1996 e composto por membros daquela institui•‹o, toma decis›es

(A) sobre a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP).

(B) a respeito dos dep—sitos compuls—rios dos bancos comerciais.

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(C) de acordo com a maioria dos participantes nas reuni›es peri—dicas de dois dias.

(D) a serem ratificadas pelo Ministro da Fazenda.

(E) conforme os votos da Diretoria Colegiada.

O COPOM delibera conforme maioria de votos de seus membros. Ou seja, conforme


os votos da Diretoria Colegiada do Banco Central (Presidente do Bacen + Diretores).

Cabe ressaltar que o Copom toma decis›es sobre a Taxa Selic. Adicionalmente, h‡
mais participantes nas reuni›es do Conselho, como outros membros do Banco
Central. No entanto, as decis›es s‹o tomadas t‹o somente pela maioria dos
Diretores do Bacen.

GABARITO: LETRA E

(FCC Ð Banco do Brasil Ð 2010)

O Comit• de Pol’tica Monet‡ria − COPOM tem como objetivo:


a) Reunir periodicamente os ministros da Fazenda e do Planejamento, Or•amento
e Gest‹o e o presidente do Banco Central do Brasil.

b) Coletar as proje•›es das institui•›es financeiras para a taxa de infla•‹o.

c) Divulgar mensalmente as taxas de juros de curto e longo prazos praticadas no


mercado financeiro.

d) Promover debates acerca da pol’tica monet‡ria atŽ que se alcance consenso


sobre a taxa de juros de curto prazo a ser divulgada em ata.

e) Implementar a pol’tica monet‡ria e definir a meta da Taxa SELIC e seu eventual


viŽs.

A fun•‹o do COPOM Ž praticamente œnica: implementar a pol’tica monet‡ria e


definir a meta da Taxa SELIC e seu eventual viŽs.

AlŽm desta fun•‹o, cabe ao COPOM analisar o Relat—rio de Infla•‹o.

GABARITO: LETRA E

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CESPE - Especialista (FUNPRESP)/Investimentos/2016

Julgue o item a seguir, relativo ao Sistema Financeiro Nacional (SFN) e ao mercado


de valores mobili‡rios.

O Banco Central do Brasil e a Comiss‹o de Valores Mobili‡rios supervisionam as


corretoras e as distribuidoras de t’tulos e valores mobili‡rios, as quais prestam, entre
outros servi•os, consultoria financeira e cust—dia de t’tulos e valores mobili‡rios dos
clientes.

Informa•‹o corret’ssima e que ilustra a supervis‹o conjunta realizada pela CVM e


Bacen, situa•‹o normatizada pelo CMN.

Como sabemos, as corretoras e distribuidoras de valores mobili‡rios operam no


mercado de capitais, mas em outros, como o mercado de c‰mbio e monet‡rio.
Neste sentido, est‹o sob supervis‹o de ambos reguladores.

GABARITO: CERTO

FGV - Analista de Desenvolvimento Econ™mico (CODEMIG)/Analista


EstratŽgico de Projetos de Investimentos/2015

Recentemente, o jornal "Valor Econ™mico" noticiou que o empres‡rio Eike Batista e


os administradores da antiga OGX (OGXP3), atual îleo e G‡s, sabiam da
inviabilidade de campos de petr—leo da companhia dez meses antes de o mercado
ser informado a respeito. A institui•‹o brasileira que possui a fun•‹o de fiscalizar
esse tipo de irregularidade praticada por Eike Batista e os administradores da antiga
OGX Ž:

a) Comiss‹o de Valores Mobili‡rios;

b) Bolsa de Valores de S‹o Paulo;

c) Banco Central do Brasil;

d) Instituto Brasileiro de Governan•a Corporativa;


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e) Conselho Monet‡rio Nacional.

Como n‹o poderia ser diferente, a institui•‹o respons‡vel Ž a CVM.

Mas, esta quest‹o Ž interessante por verificarmos uma das formas que a CVM realiza
supervis‹o do mercado de capitais.

Como vimos, um dos objetivos da Autarquia Ž assegurar o acesso do pœblico a


informa•›es sobre os valores mobili‡rios negociados e as companhias que os
tenham emitido. E, evidentemente, as informa•›es devem ser verdadeiras e refletir
a realidade da situa•‹o da companhia.

Para verificar isto s‹o realizadas opera•›es especificas de supervis‹o no mercado.

GABARITO: LETRA A

FCC - Analista Desenvolvimento Gest‹o Jœnior (METRO


SP)/Economia/2014/

Alguns dos principais objetivos da Comiss‹o de Valores Mobili‡rios s‹o:

I. Estimular a aplica•‹o de poupan•a no mercado acion‡rio.

II. Assegurar o funcionamento eficiente e regular das bolsas de valores e institui•›es


auxiliares.

III. Fiscalizar a emiss‹o, o registro, a distribui•‹o e a negocia•‹o de t’tulos emitidos


pelas sociedades an™nimas de capital aberto.

IV. Fiscalizar o mercado interbanc‡rio de c‰mbio e das opera•›es com certificados


de dep—sito interfinanceiro.

ƒ correto o que consta APENAS em

a) I e II.

b) I e IV.

c) II e III.

d) II, III e IV.

e) I, II e III.
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Sobre os objetivos da CVM, temos:

ü Estimular a forma•‹o de poupan•as e a sua aplica•‹o em valores mobili‡rios;

ü Promover a expans‹o e o funcionamento eficiente e regular do mercado de


a•›es, e estimular as aplica•›es permanentes em a•›es do capital social de
companhias abertas sob controle de capitais privados nacionais;

ü Assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados da bolsa e de


balc‹o;

ü Proteger os titulares de valores mobili‡rios e os investidores do mercado contra:

o emiss›es irregulares de valores mobili‡rios;

o atos ilegais de administradores e acionistas controladores das


companhias abertas, ou de administradores de carteira de valores
mobili‡rios.

o o uso de informa•‹o relevante n‹o divulgada no mercado de valores


mobili‡rios.

ü Evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipula•‹o destinadas a criar


condi•›es artificiais de demanda, oferta ou pre•o dos valores mobili‡rios
negociados no mercado;

ü Assegurar o acesso do pœblico a informa•›es sobre os valores mobili‡rios


negociados e as companhias que os tenham emitido;

ü Assegurar a observ‰ncia de pr‡ticas comerciais equitativas no mercado de


valores mobili‡rios;

ü Assegurar a observ‰ncia no mercado, das condi•›es de utiliza•‹o de crŽdito


fixadas pelo Conselho Monet‡rio Nacional.

Portanto, apenas o item IV est‡ incorreto.

GABARITO: LETRA E

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CESPE - TŽcnico Banc‡rio Novo (CEF)/Administrativa/2010/RJ e SP

A Lei n.¼ 6.385/1976 criou a Comiss‹o de Valores Mobili‡rios (CVM), entidade


aut‡rquica em regime especial, vinculada ao MinistŽrio da Fazenda, com
personalidade jur’dica e patrim™nio pr—prios, dotada de autoridade administrativa
independente, aus•ncia de subordina•‹o hier‡rquica, mandato fixo Ñ vedada a
recondu•‹o Ñ, estabilidade de seus dirigentes, alŽm de autonomia financeira e
or•ament‡ria. Com rela•‹o aos membros do colegiado da CVM, assinale a op•‹o
que apresenta, respectivamente, o tempo de dura•‹o do mandato de cada um e
a propor•‹o de membros que deve ser renovada anualmente.

a) dois anos - metade

b) tr•s anos - um ter•o

c) quatro anos - um quarto

d) cinco anos - um quinto

e) seis anos - um sexto

Quest‹o direta.

Como vimos, o mandato Ž de 5 anos, sendo que 1/5 dos membros deve ser
renovado anualmente.

GABARITO: LETRA D

CESPE - TŽcnico Banc‡rio Novo (CEF)/Administrativa/2010/Nacional

Em rela•‹o ao mercado de capitais e ˆ atua•‹o da Comiss‹o de Valores


Mobili‡rios (CVM), assinale a op•‹o correta.

a) A CVM pode estabelecer n’veis diferenciados de classifica•‹o e de regula•‹o


entre as companhias abertas, especificando as normas que lhes ser‹o aplic‡veis
segundo as espŽcies e as classes dos valores mobili‡rios por elas emitidos.

b) Denomina-se companhia fechada a sociedade an™nima cujas a•›es, apesar de


admitidas ˆ negocia•‹o no mercado de valores mobili‡rios, n‹o sejam
efetivamente negociadas nesse mercado.
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c) O cancelamento do registro de companhia aberta, tambŽm denominado
fechamento de capital, pode ser autorizado pela CVM se a companhia emissora
ou o controlador adquirirem pelo menos 60% das a•›es em circula•‹o.

d) Para fins de fechamento de capital, as a•›es em tesouraria s‹o consideradas


a•›es em circula•‹o no mercado que precisam ser adquiridas.

e) A distribui•‹o pœblica de valores mobili‡rios deve ser registrada na CVM em atŽ


quinze dias ap—s a sua realiza•‹o.

Vamos analisar as alternativas:

a) Correta. Trata-se de compet•ncia da CVM n‹o analisada nesta aula, mas na


anterior. Como vimos nela, a CVM possui esta compet•ncia e, ao exerce-la,
classificou as companhias abertas em A e B, dependendo dos valores mobili‡rios
que emitem

b) Incorreto. Companhias fechadas s‹o aquelas que n‹o possuem valores


mobili‡rios admitidos ˆ negocia•‹o em mercados organizados.

c) Incorreto. Este procedimento Ž detalhado em aula posterior, mas n‹o se trata de


procedimento de oferta pœblica de aquisi•‹o.

d) Incorreto. Tema a ser visto em aula posterior. Mas, para computo das a•›es em
circula•‹o, s‹o retiradas as a•›es em tesouraria (detidas pelo pr—prio emissor) e as
a•›es detidas por partes relacionadas ao acionista controlador.

e) Incorreto. O registro deve ser anterior ˆ realiza•‹o da distribui•‹o.

GABARITO: LETRA A

CESPE - Perito Criminal Federal/çrea 1/2013/

Com refer•ncia a conceitos e aplica•›es do mercado de capitais, julgue o item que


se segue.

A Comiss‹o de Valores Mobili‡rios tem compet•ncia para apurar e punir condutas


fraudulentas no mercado de valores mobili‡rios, como atos ou omiss›es relevantes

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praticadas no Brasil ou danos a residentes no Brasil, independentemente do local
de ocorr•ncia dos fatos.

Como visto, a CVM Ž competente para apurar e punir condutas fraudulentas no


mercado de valores mobili‡rios sempre que (i) seus efeitos ocasionem danos a
pessoas residentes no territ—rio nacional, independentemente do local em que
tenham ocorrido; e (ii) os atos ou omiss›es relevantes tenham sido praticados em
territ—rio nacional.

GABARITO: CERTO

ESAF - Inspetor da Comiss‹o de Valores Mobili‡rios/2010

Compete ˆ CVM, como autarquia federal, garantir o funcionamento regular e


eficiente dos mercados de valores mobili‡rios.

Assim deve:

a) aprovar todas e quaisquer negocia•›es com valores mobili‡rios em bolsa.

b) aprovar a abertura das companhias para fins de capta•‹o de poupan•a


popular.

c) regular e fiscalizar comportamentos de investidores no pa’s e no exterior.

d) orientar investidores em suas escolhas para aplica•‹o de recursos.

e) manter acordos com bolsas de valores estrangeiras para a divulga•‹o de


informa•›es.

Analisando as alternativas:

a) Incorreta. Os neg—cios realizados nos mercados de bolsa s‹o decididos pelas


partes envolvidas, n‹o necessitando de autoriza•‹o pela CVM.

b) Correta. Como explicado em aula anterior e nesta, esta Ž uma das compet•ncias
da CVM: efetuar o controle de acesso dos participantes do mercado, como as
companhias abertas.

c) Incorreta. N‹o Ž fun•‹o da CVM.

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d) Incorreta. A CVM n‹o substitui o ju’zo do investidor em suas decis›es financeiras.

e) Incorreta. Como veremos em aula posterior, esta Ž uma compet•ncia das


entidades administradoras de mercados organizados.

GABARITO: LETRA B

ESAF - Analista da Comiss‹o de Valores Mobili‡rios/Arquivologia/2010

Ao desempenhar a fun•‹o de amicus curiae, a presen•a da CVM em


procedimentos judiciais:

a) assume posi•‹o de parte ao defender os argumentos de um dos litigantes.

b) oferece ao magistrado parecer fundamentado que suporte sua decis‹o.

c) oferece ao julgador informa•›es a respeito da lei aplic‡vel ao caso.

d) atua para defender o regular funcionamento do mercado de valores mobili‡rios.

e) exerce compet•ncia residual.

Quando solicitada, a CVM pode atuar em qualquer processo judicial que envolva
o mercado de valores mobili‡rios, oferecendo provas ou juntando pareceres. Nesses
casos, a CVM atua como "amicus curiae" assessorando a decis‹o da Justi•a.

A defini•‹o legal do assunto est‡ no artigo 31 da Lei n¼ 6385/76, a lei que criou a
CVM: nos processos judiciais que tenham por objetivo matŽria inclu’da na
compet•ncia da CVM, ser‡ esta sempre intimada para, querendo, oferecer
parecer ou prestar esclarecimentos.

Com base nestes conceitos, vejamos as alternativas:

a) A fun•‹o de amigo da corte coloca a CVM na fun•‹o de prestar


esclarecimentos, e n‹o defender uma das partes.

b) A CVM n‹o oferece parecer fundamento que suporte a decis‹o do magistrado,


pois ela deve fornecer parecer que sirva de instrumento para instruir/auxiliar a
decis‹o do magistrado. Ou seja, o parecer da CVM vem antes da decis‹o do
magistrado.

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c) O erro do item est‡ em limitar a esta defini•‹o a fun•‹o de amigo da corte da
CVM. Mesmo que ofere•a ao julgador informa•›es a respeito da lei aplic‡vel ao
caso, a fun•‹o n‹o se limita a apenas isto, pois ela tambŽm oferece provas e/ou
junta pareceres

d) Como vimos, esta n‹o Ž a fun•‹o de amigo da corte. Esta Ž a fun•‹o que a CVM
exerce perante o mercado

e) Em nada relacionado com o assunto.

Desta forma, n‹o h‡ alternativa correta.

GABARITO: ANULADO

ESAF - Analista da Comiss‹o de Valores Mobili‡rios/Arquivologia/2010

A compet•ncia da CVM no mercado de derivativos se faz:

a) mediante regula•‹o espec’fica para contratos celebrados fora das bolsas.

b) mediante fiscaliza•‹o das institui•›es banc‡rias que operam derivativos.

c) em conjunto com as bolsas em que s‹o negociados.

d) mediante aprova•‹o de modelos negociais cogentes.

e) quando haja especula•‹o de que resultem perdas para as companhias.

Derivativos s‹o contratos que derivam a maior parte de seu valor de um ativo
subjacente (ativo original), taxa de refer•ncia ou ’ndice. O ativo subjacente pode
ser f’sico (cafŽ, ouro, etc.) ou financeiro (a•›es, taxas de juros, etc.), negociado no
mercado ˆ vista ou n‹o (Ž poss’vel construir um derivativo sobre outro derivativo).

Os derivativos, em geral, s‹o negociados sob a forma de contratos padronizados,


isto Ž, previamente especificados (quantidade, qualidade, prazo de liquida•‹o e
forma de cota•‹o do ativo-objeto sobre os quais se efetuam as negocia•›es), em
mercados organizados, com o fim de proporcionar, aos agentes econ™micos,
oportunidades para a realiza•‹o de opera•›es que viabilizem a transfer•ncia de
risco das flutua•›es de pre•os de ativos e de vari‡veis macroecon™micas.

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E, Ž neste ponto que entra a fun•‹o conjunta da CVM com as bolsas em que s‹o
negociados. A Lei 6.385/76 disp›e que Ž condi•‹o de validade dos contratos
derivativos o registro em c‰maras ou prestadores de servi•o de compensa•‹o, de
liquida•‹o e de registro autorizados pelo Banco Central do Brasil ou pela Comiss‹o
de Valores Mobili‡rios.

Ou seja, cabe aos mercados organizados que negociam contratos derivativos o


registro e a padroniza•‹o dos mesmos. Assim, entende-se que a CVM estabelece o
normativo sobre o tema, mas a padroniza•‹o dos contratos cabe ao mercado em
que s‹o negociados.

Portanto, a compet•ncia da CVM no mercado de derivativos se faz em conjunto


com as bolsas em que s‹o negociados.

GABARITO: LETRA C

ESAF - Agente Executivo da CVM/2010

Dadas as normas vigentes no Brasil, pode-se afirmar que:

a) a compet•ncia da CVM exclui a das Bolsas.

b) a compet•ncia da CVM decorre, nos mercados sobre os quais atua, do objeto


das opera•›es celebradas.

c) no mercado de derivativos cambiais, a regula•‹o da CVM exclui a compet•ncia


do Banco Central do Brasil.

d) a compet•ncia da CVM concorre com a da SUSEP na fiscaliza•‹o das opera•›es


de seguro de responsabilidade civil garantidoras da gest‹o de administradores de
companhias abertas.

e) a reorganiza•‹o societ‡ria de companhias abertas afasta a compet•ncia da


CVM no que diz respeito a opera•›es de cess‹o de controle.

Vejamos as alternativas:

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a) A compet•ncia da CVM sobre o mercado de capitais n‹o exclui a compet•ncia
das bolsas de valores, pois estas podem regular os mercados que administram, ou
seja, praticar a chamada autorregula•‹o.

b) Item um pouco confuso, que afirma que a a compet•ncia da CVM decorre do


objeto das opera•›es celebradas. Sabendo que a CVM supervisiona o mercado de
valores mobili‡rios, Ž poss’vel inferir que ela exerce supervis‹o nos neg—cios com
valores mobili‡rios realizados. Ou seja, havendo negocia•‹o de valores mobili‡rios,
cabe ˆ CVM a supervis‹o. Item correto.

c) A supervis‹o do mercado de c‰mbio Ž compet•ncia do BACEN. Por analogia,


cabe ao Bacen a supervis‹o de alguns aspectos do mercado de derivativos de
c‰mbio.

d) O citado seguro garante ao segurado o reembolso das indeniza•›es pagas a


terceiros como repara•‹o de Danos Materiais e/ou Corporais sofridos
acidentalmente em decorr•ncia da exist•ncia e/ou opera•‹o da Empresa
Segurada e em consequ•ncia dos riscos cobertos pela ap—lice. Assim, caso a CVM
aplique alguma multa ao administrador de companhia aberta, o ™nus recai sobre
o seguro. A supervis‹o deste produto Ž feita pela SUSEP.

e) Incorreto, pois a CVM supervisiona este tipo de opera•‹o.

GABARITO: LETRA B

ESAF - Agente Executivo da CVM/2010

A CVM, como autarquia federal ˆ qual compete a fiscaliza•‹o do mercado de


valores mobili‡rios, tem compet•ncia para:

a) garantir que opera•›es de interesse do Poder Pœblico sejam aprovadas por


sociedades privadas.

b) determinar aos administradores de sociedades fechadas que se abstenham de


praticar certos atos.

c) interferir no funcionamento dos —rg‹os colegiados das companhias abertas.

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d) impugnar atos praticados pelos diretores no exerc’cio de suas atribui•›es.

e) fiscalizar todos os agentes que dele participam.

As compet•ncias da CVM est‹o estabelecidas na Lei 6.385/76, dentre as quais


destacam-se:

¥ regulamentar, com observ‰ncia da pol’tica definida pelo Conselho


Monet‡rio Nacional, as matŽrias expressamente previstas nesta referida Lei e
na Lei de Sociedades por A•›es (6.404/76);
¥ administrar os registros pertinentes ao mercado de capitais;
¥ fiscalizar permanentemente as atividades e os servi•os do mercado de
valores mobili‡rios, bem como a veicula•‹o de informa•›es relativas ao
mercado, ˆs pessoas que dele participem, e aos valores nele negociados;
¥ propor ao Conselho Monet‡rio Nacional a eventual fixa•‹o de limites
m‡ximos de pre•o, comiss›es, emolumentos e quaisquer outras vantagens
cobradas pelos intermedi‡rios do mercado;
¥ fiscalizar e inspecionar as companhias abertas dada prioridade ˆs que n‹o
apresentem lucro em balan•o ou ˆs que deixem de pagar o dividendo
m’nimo obrigat—rio.

Como Ž poss’vel notar, a fun•‹o fiscalizadora da CVM Ž exercida atravŽs da


fiscaliza•‹o de todos os agentes que dele participam.

GABARITO: LETRA E

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ESAF - Agente Executivo da CVM/2010

A inclus‹o de derivativos no conceito de valor mobili‡rio, tal como disp›e o art. 2¼


da Lei n. 6.385/1976, e as altera•›es posteriores, leva a concluir que:

a) os derivativos sob compet•ncia da CVM s‹o apenas os negociados em Bolsa ou


balc‹o organizado.

b) as companhias abertas podem emitir derivativos para distribui•‹o em mercados.

c) a circula•‹o de derivativos existentes s— pode ser feita em Bolsa.

d) derivativos cambiais n‹o est‹o abrangidos na compet•ncia da CVM.

e) t’tulos pœblicos se forem ativos subjacentes de derivativos s‹o valores mobili‡rios.

A CVM exerce supervis‹o no mercado de valores mobili‡rios. Com a inclus‹o dos


derivativos no conceito de valor mobili‡rio, a CVM passou a exercer a supervis‹o
sobre estes t’tulos. ƒ importante mencionar que s‹o considerados valores mobili‡rios
os contratos futuros, de op•›es e outros derivativos, cujos ativos subjacentes sejam
valores mobili‡rios, alŽm de outros contratos derivativos, independentemente dos
ativos subjacentes.

No entanto, ˆ CVM cabe a supervis‹o das negocia•›es com contratos derivativos


cujos ativos subjacentes sejam valores mobili‡rios, ou seja, aqueles negociados nos
mercados de bolsa ou balc‹o organizado, que s‹o, por excel•ncia, os ambientes
de negocia•›es de valores mobili‡rios.

GABARITO: LETRA A

CESGRANRIO - TŽcnico Cient’fico (BAMAN)/Tecnologia da


Informa•‹o/An‡lise de Sistemas/2014/

O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN) Ž um —rg‹o


colegiado, de segundo grau, integrante da estrutura do MinistŽrio da Fazenda.

Com o advento da Lei n¼ 9.069/1995, ampliou-se a compet•ncia do CRSFN, que


recebeu a responsabilidade de

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a) administrar mecanismo de prote•‹o a titulares de crŽditos contra institui•›es
financeiras.

b) zelar pela adequada liquidez e estabilidade da economia, e promover o


permanente aperfei•oamento do sistema financeiro

c) atuar no sentido de proteger a capta•‹o de poupan•a popular que se efetua


atravŽs das opera•›es de seguro, de previd•ncia privada aberta, de capitaliza•‹o
e de resseguro.

d) regular a constitui•‹o, organiza•‹o, funcionamento e fiscaliza•‹o dos que


exercem atividades subordinadas ao Sistema Nacional de Seguros Privados (SNSP)

e) julgar os recursos interpostos contra as decis›es do Banco Central do Brasil


relativas ˆ aplica•‹o de penalidades por infra•‹o ˆ legisla•‹o cambial, ˆ
legisla•‹o de capitais estrangeiros e ˆ legisla•‹o de crŽdito rural e industrial.

Como foi mencionado anteriormente, a Lei 9.069/1995 Ž a Lei que instituiu o Plano
Real. AlŽm da altera•‹o monet‡ria promovida pelo Plano, ocorreram diversas
altera•›es institucionais no SFN. Uma delas refere-se ao CRSFN e est‡ explicitada no
art. 81 da Lei:

Art. 81. Fica transferida para o Conselho de Recursos do Sistema


Financeiro Nacional, criado pelo Decreto n¼ 91.152, de 15 de mar•o de
1985, a compet•ncia do Conselho Monet‡rio Nacional para julgar
recursos contra decis›es do Banco Central do Brasil, relativas ˆ
aplica•‹o de penalidades por infra•›es ˆ legisla•‹o cambial, de
capitais estrangeiros e de crŽdito rural e industrial.

Ou seja, a presente Lei foi a respons‡vel por estabelecer a compet•ncia do CRSFN


como —rg‹o recursal do SFN, como apresentado na aula. Antes da Lei essa
compet•ncia era exercida pelo CMN.

Vejamos as alternativas:

a) Incorreto. Esta Ž a compet•ncia do Fundo Garantidor de CrŽditos - FGC.

b) Incorreto. Temos aqui fun•›es concorrentes exercidas pelo CMN e Bacen.

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c) Incorreto. Essa fun•‹o Ž da SUSEP.

d) Incorreto. Essa fun•‹o Ž do CNSP

e) Correto. Como foi apresentado anteriormente, compete ao CRSFN julgar em 2» e


œltima inst‰ncia administrativa os recursos interpostos sobre a aplica•‹o de
penalidades administrativas pelo Banco Central do Brasil, pela Comiss‹o de Valores
Mobili‡rios e pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras, como aplica•‹o
de penalidades por infra•‹o ˆ legisla•‹o cambial, ˆ legisla•‹o de capitais
estrangeiros e ˆ legisla•‹o de crŽdito rural e industrial.

GABARITO: LETRA E

CESPE - Especialista em Gest‹o de Telecomunica•›es


(TELEBRAS)/Analista Superior/Auditoria/2015)

Julgue o seguinte item com base na Resolu•‹o CMN n.¼ 3.792/2009 e na Lei n.¼
12.154/2009.

Entre outras compet•ncias que lhe s‹o atribu’das por lei, a PREVIC pode instituir taxa
de fiscaliza•‹o e controle, em face do seu poder de pol’cia.

Vimos que uma das compet•ncias da Diretoria Colegiada Ž apreciar e julgar, em


primeiro grau, as impugna•›es referentes aos lan•amentos tribut‡rios da Taxa de
Fiscaliza•‹o e Controle da Previd•ncia Complementar Ð TAFIC

Pois bem, essa Ž a taxa cobrada pela Previc em fun•‹o do exerc’cio de suas
atividades de fiscaliza•‹o e controle.

GABARITO: CERTO

CESPE - Analista Administrativo (PREVIC)/Administrativa/2011/

Julgue o item que se segue, relativo ˆ Lei n.¼ 12.154/2009, que criou a
Superintend•ncia Nacional de Previd•ncia Complementar (PREVIC), alŽm de dispor
sobre a sua composi•‹o.

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A PREVIC deve ser administrada por uma diretoria colegiada composta por um
diretor-superintendente e quatro diretores, escolhidos entre pessoas de ilibada
reputa•‹o e de not—ria compet•ncia, a serem indicados pelo ministro de Estado da
Previd•ncia Social e nomeados pelo presidente da Repœblica.

Corret’ssimo.

A Previc Ž administrada por uma Diretoria Colegiada composta por 1 (um) Diretor-
Superintendente e 4 (quatro) Diretores, escolhidos dentre pessoas de ilibada
reputa•‹o e de not—ria compet•ncia.

Estes s‹o atualmente indicados pelo Ministro de Estado da Fazenda (em virtude da
incorpora•‹o do MinistŽrio da Previd•ncia Social pelo MinistŽrio da Fazenda) e
nomeados pelo Presidente da Repœblica.

GABARITO: CERTO

CESPE - Analista Administrativo (PREVIC)/Administrativa/2011/

Julgue o item que se segue, relativo ˆ Lei n.¼ 12.154/2009, que criou a
Superintend•ncia Nacional de Previd•ncia Complementar (PREVIC), alŽm de dispor
sobre a sua composi•‹o.

N‹o se insere na esfera de compet•ncia da PREVIC a decreta•‹o de interven•‹o


e(ou) liquida•‹o extrajudicial de entidades fechadas de previd•ncia
complementar, uma vez que tal incumb•ncia compete ao MinistŽrio da
Previd•ncia Social.

Dentre as compet•ncias da Previc est‹o inclu’das: (i) decretar interven•‹o e


liquida•‹o extrajudicial das entidades fechadas de previd•ncia complementar,
bem como nomear interventor ou liquidante, nos termos da lei; e (ii) nomear
administrador especial de plano de benef’cios espec’fico, podendo atribuir-lhe
poderes de interven•‹o e liquida•‹o extrajudicial, na forma da lei.

GABARITO: ERRADO

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CONSIDERA‚ÍES FINAIS
Finalizamos aqui a nossa aula demonstrativa. Espero que tenham gostado e
compreendido nossa proposta de curso.

Saiba que ao optar pelos EstratŽgia Concursos estar‡ fazendo a escolha certa. Isso
ser‡ percept’vel no decorrer do curso, a medida em que formos desenvolvendo os
assuntos.

Quaisquer dœvidas, sugest›es ou cr’ticas entrem em contato conosco. Estou


dispon’vel no f—rum no Curso, por e-mail ou pelo Facebook.

vdalvocamillo@gmail.com

https://www.facebook.com/profvicentecamillo/

Obrigado pela companhia.

Aguardo voc•s na pr—xima aula.

Bons estudos e atŽ l‡!

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ANEXO: LEI 4.595/64 COMENTADA


A seguir disponibilizo artigo que publiquei para o EstratŽgia Concursos, comentando
de forma esquematizada da Lei do Sistema Financeiro Nacional (Lei 4.595/64), muito
presente em concursos que cobram a matŽria Sistema Financeiro Nacional.

Dentre estes concursos, destacam-se os certames do Banco Central, BNDES, CVM,


SUSEP e de todos os bancos pœblicos e desenvolvimento, como Banco do Brasil,
Caixa Econ™mica Federal, Banco do Nordeste etc.

Bom, mas qual o interesse em comentar esta Lei?

Simples: alŽm de ser extensamente cobrada, muitas vezes de forma literal, o seu
simples estudo pode ÒenganarÓ os alunos. Explico.

A Lei 4.595/64 foi bastante ÒemendadaÓ desde 1964, com mudan•as ocorridas no
sistema financeiro brasileiro, sendo que parte destas mudan•as n‹o est‹o no texto
da Lei. Isto significa que atŽ alunos experientes, que procuram compreender os
conceitos institucionais do nosso sistema financeiro, s‹o levados ao erro quando
estudam apenas a letra da lei.

Vou citar um exemplo muito claro. O art. 6¼ disp›e sobre a composi•‹o do Conselho
Monet‡rio Nacional:

Art. 6¼ O Conselho Monet‡rio Nacional ser‡ integrado pelos seguintes


membros: (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 5.362, de 30.11.1967) (Vide Lei n¼
9.069, de 29.6.1995)
I - Ministro da Fazenda que ser‡ o Presidente; (Reda•‹o dada pela Lei n¼
5.362, de 30.11.1967)
II - Presidente do Banco do Brasil S. A.; (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 5.362, de
30.11.1967)
III - Presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econ™mico;
(Reda•‹o dada pela Lei n¼ 5.362, de 30.11.1967)
IV - Sete (7) membros nomeados pelo Presidente da Repœblica, ap—s
aprova•‹o do Senado Federal, escolhidos entre brasileiros de ilibada
reputa•‹o e not—ria capacidade em assuntos econ™mico-financeiros, com
mandato de sete (7) anos, podendo ser reconduzidos. (Reda•‹o dada pela
Lei n¼ 5.362, de 30.11.1967)

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No entanto, mesmo estando no diploma legal, n‹o Ž essa atual composi•‹o do
CMN, pois a referida institui•‹o Ž composta pelos Ministros da Fazenda e do
Planejamento, alŽm do Presidente do Banco Central. Ocorre que a Lei 9.069/95, a
Lei do Plano Real, modificou a composi•‹o do CMN sem que isto se refletisse na Lei
4.595/64. Percebe o problema em estudar a matŽria apenas pela Lei ÒsecaÓ?

AlŽm de comentar de maneira esquematizada os dispositivos da Lei relativos ˆs


Institui•›es Monet‡rias (Conselho Monet‡rio Nacional e Banco Central do Brasil),
que se estendem do art. 1¼ ao art. 16, iremos compatibilizar a Lei com as atualiza•›es
supervenientes n‹o presentes no texto da Lei.

Ainda, iremos citar outras leis, que apresentam algumas disposi•›es extras do CMN
e do Bacen, afim de abarcar a cobran•a dos mais diversos certames. Como
exemplo, cito a Lei 6.395/76, que disp›e sobre o mercado de capitais e a CVM, mas
tambŽm estabelece algumas obriga•›es do CVM neste ‰mbito.

Ao trabalho!

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Artigo 1¼

Cap’tulo I

Do Sistema Financeiro Nacional

Art. 1¼ O sistema Financeiro Nacional, estruturado e regulado pela


presente Lei, ser‡ constitu’do:

I - do Conselho Monet‡rio Nacional;

II - do Banco Central do Brasil; (Reda•‹o dada pelo Del n¼ 278,


de 28/02/67)

III - do Banco do Brasil S. A.;

IV - do Banco Nacional do Desenvolvimento Econ™mico;

V - das demais institui•›es financeiras pœblicas e privadas.

COMENTçRIOS
O artigo 1o. Estabelece as institui•›es participantes do Sistema Financeiro Nacional
(SFN). O texto Ž autoexplicativo.

No entanto, com a evolu•‹o do SFN, novas institui•›es foram criadas com o objetivo
de normatizar/regular/supervisionar/fiscalizar/operar outros mercados, como o de
capitais.

Sendo assim, atualmente o SFN conta com as entidades elencadas abaixo, segundo
esquema retirado da obra Mercado de Valores Mobili‡rios: teoria e quest›es Ð Rio
de Janeiro: Editora GEN, 2015, escrita pelo Prof. Leonardo Faccini.

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Resumidamente:
¥ îrg‹os Normativos à CMN, CNSP e CNPC
¥ îrg‹os Supervisores à Banco Central, CVM (sujeitas ao CMN como —rg‹o
normativo), SUSEP (sujeita ao CNSP) e PREVIC (sujeita ao CNPC)

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¥ Institui•›es Financeiras Monet‡rias à Bancos Comerciais, Bancos
Cooperativos, Bancos Mœltiplos, Sociedades Cooperativas e Caixa Econ™mica
Federal
¥ Institui•›es Financeiras N‹o-Monet‡rias à BNDES, Bancos de Investimento,
Bancos Mœltiplos sem carteira comercial, Sociedades de CrŽdito, Financiamento e
Investimento, Sociedades de CrŽdito Imobili‡rio e outras
¥ Institui•›es Financeiras Supervisoras è Institui•›es atuantes no mercado de
valores mobili‡rios.

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Artigos 2¼ e 3¼

Cap’tulo II

Do Conselho Monet‡rio Nacional

Art. 2¼ Fica extinto o Conselho da atual Superintend•ncia da Moeda e do


CrŽdito, e criado em substitui•‹o, o Conselho Monet‡rio Nacional, com a
finalidade de formular a pol’tica da moeda e do crŽdito como previsto nesta
lei, objetivando o progresso econ™mico e social do Pa’s.

Art. 3¼ A pol’tica do Conselho Monet‡rio Nacional objetivar‡:

I - Adaptar o volume dos meios de pagamento ‡s reais necessidades


da economia nacional e seu processo de desenvolvimento;

II - Regular o valor interno da moeda, para tanto prevenindo ou


corrigindo os surtos inflacion‡rios ou deflacion‡rios de origem interna
ou externa, as depress›es econ™micas e outros desequil’brios
oriundos de fen™menos conjunturais;

III - Regular o valor externo da moeda e o equil’brio no balan•o de


pagamento do Pa’s, tendo em vista a melhor utiliza•‹o dos recursos
em moeda estrangeira;

IV - Orientar a aplica•‹o dos recursos das institui•›es financeiras,


quer pœblicas, quer privadas; tendo em vista propiciar, nas diferentes
regi›es do Pa’s, condi•›es favor‡veis ao desenvolvimento harm™nico
da economia nacional;

V - Propiciar o aperfei•oamento das institui•›es e dos instrumentos


financeiros, com vistas ˆ maior efici•ncia do sistema de pagamentos
e de mobiliza•‹o de recursos;

VI - Zelar pela liquidez e solv•ncia das institui•›es financeiras;

VII - Coordenar as pol’ticas monet‡ria, credit’cia, or•ament‡ria, fiscal


e da d’vida pœblica, interna e externa.

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COMENTçRIOS

O artigo 2o. institui o CMN, em substitui•‹o ao antigo Conselho da Superintend•ncia


da Moeda e do CrŽdito, alŽm de estabelecer seu principal objetivo: formular a
pol’tica da moeda e do crŽdito como previsto nesta lei, objetivando o progresso
econ™mico e social do Pa’s.

Moeda e crŽdito s‹o as formas principais em que os recursos s‹o transferidos entre
os agentes superavit‡rios e deficit‡rios na economia. Ou seja, esta fun•‹o prim‡ria
deve permitir que a pol’tica de moeda e crŽdito atenda ao progresso econ™mico
e social do Pa’s, assim como seja administrada de maneira eficiente, a fim de manter
a estabilidade do SFN e, em œltima an‡lise, do pr—prio Pa’s.

O artigo 3o. estabelece os objetivos da pol’tica do CMN, denotando seu car‡ter


normatizador. Isto Ž, o CMN n‹o possui fun•›es executivas (estas est‹o sob
responsabilidade do Banco Central e CVM, principalmente, pois s‹o estas as
entidades supervisoras/fiscalizadoras do mercado financeiro).

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Artigo 4¼

Art. 4º Compete ao Conselho Monetário Nacional, segundo diretrizes estabelecidas pelo


Presidente da República:

I - Autorizar as emissões de papel-moeda as quais ficarão na prévia dependência de


autorização legislativa quando se destinarem ao financiamento direto pelo Banco
Central da República do Brasil, das operações de crédito com o Tesouro Nacional, nos
termos do artigo 49 desta Lei. (Vide Lei nº 8.392, de 30.12.91)

O Conselho Monetário Nacional pode, ainda autorizar o Banco Central da República


do Brasil a emitir, anualmente, até o limite de 10% (dez por cento) dos meios de
pagamentos existentes a 31 de dezembro do ano anterior, para atender as exigências
das atividades produtivas e da circulação da riqueza do País, devendo, porém, solicitar
autorização do Poder Legislativo, mediante Mensagem do Presidente da República,
para as emissões que, justificadamente, se tornarem necessárias além daquele limite.

Quando necessidades urgentes e imprevistas para o financiamento dessas atividades


o determinarem, pode o Conselho Monetário Nacional autorizar as emissões que se
fizerem indispensáveis, solicitando imediatamente, através de Mensagem do
Presidente da República, homologação do Poder Legislativo para as emissões assim
realizadas:

II - Estabelecer condições para que o Banco Central da República do Brasil emita


moeda-papel de curso forçado, nos termos e limites decorrentes desta Lei, bem como
as normas reguladoras do meio circulante;

III - Aprovar os orçamentos monetários, preparados pelo Banco Central da República


do Brasil, por meio dos quais se estimarão as necessidades globais de moeda e
crédito;

IV - Determinar as características gerais das cédulas e das moedas;

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V - Fixar as diretrizes e normas da política cambial, inclusive quanto a compra e venda


de ouro e quaisquer operações em Direitos Especiais de Saque e em moeda
estrangeira; (Redação dada pelo Del nº 581, de 14/05/69)
VI - Disciplinar o crédito em todas as suas modalidades e as operações creditícias em
todas as suas formas, inclusive aceites, avais e prestações de quaisquer garantias por
parte das instituições financeiras;
VII - Coordenar a política de que trata o art. 3º desta Lei com a de investimentos do
Governo Federal;
VIII - Regular a constituição, funcionamento e fiscalização dos que exercerem
atividades subordinadas a esta lei, bem como a aplicação das penalidades previstas;
IX - Limitar, sempre que necessário, as taxas de juros, descontos comissões e
qualquer outra forma de remuneração de operações e serviços bancários ou
financeiros, inclusive os prestados pelo Banco Central da República do Brasil,
assegurando taxas favorecidas aos financiamentos que se destinem a promover:
- recuperação e fertilização do solo;
- reflorestamento;
- combate a epizootias e pragas, nas atividades rurais;
- eletrificação rural;
- mecanização;
- irrigação;
- investimento indispensáveis às atividades agropecuárias;
X - Determinar a percentagem máxima dos recursos que as instituições financeiras
poderão emprestar a um mesmo cliente ou grupo de empresas;
XI - Estipular índices e outras condições técnicas sobre encaixes, mobilizações e outras
relações patrimoniais a serem observadas pelas instituições financeiras;
XII - Expedir normas gerais de contabilidade e estatística a serem observadas pelas
instituições financeiras;
XIII - Delimitar, com periodicidade não inferior a dois anos o capital mínimo das
instituições financeiras privadas, levando em conta sua natureza, bem como a
localização de suas sedes e agências ou filiais;

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XIV - Determinar recolhimento de até 60% (sessenta por cento) do total dos depósitos
e/ou outros títulos contábeis das instituições financeiras, seja na forma de subscrição de
letras ou obrigações do Tesouro Nacional ou compra de títulos da Dívida Pública Federal,
seja através de recolhimento em espécie, em ambos os casos entregues ao Banco Central
do Brasil, na forma e condições que o Conselho Monetário Nacional determinar, podendo
este: (Redação dada pelo Del nº 1.959, de 14/09/82)

a) adotar percentagens diferentes em função; (Redação dada pelo Del nº 1.959, de


14/09/82)

- das regiões geo-econômicas; (Redação dada pelo Del nº 1.959, de 14/09/82)

- das prioridades que atribuir às aplicações; (Redação dada pelo Del nº 1.959, de
14/09/82)

- da natureza das instituições financeiras; (Redação dada pelo Del nº 1.959, de 14/09/82)

b) determinar percentuais que não serão recolhidos, desde que tenham sido reaplicados
em financiamentos à agricultura, sob juros favorecidos e outras condições fixadas pelo
Conselho Monetário Nacional. (Redação dada pelo Del nº 1.959, de 14/09/82) (Vide art
10, inciso III)

XV - Estabelecer para as instituições financeiras públicas, a dedução dos depósitos de


pessoas jurídicas de direito público que lhes detenham o controle acionário, bem como
dos das respectivas autarquias e sociedades de economia mista, no cálculo a que se
refere o inciso anterior;

XVI - Enviar obrigatoriamente ao Congresso Nacional, até o último dia do mês


subsequente, relatório e mapas demonstrativos da aplicação dos recolhimentos
compulsórios.

XVII - Regulamentar, fixando limites, prazos e outras condições, as operações de


redesconto e de empréstimo, efetuadas com quaisquer instituições financeiras públicas e
privadas de natureza bancária;

XVIII - Outorgar ao Banco Central da República do Brasil o monopólio das operações de


câmbio quando ocorrer grave desequilíbrio no balanço de pagamentos ou houver sérias
razões para prever a iminência de tal situação;

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XIX - Estabelecer normas a serem observadas pelo Banco Central da República do Brasil em
suas transações com títulos públicos e de entidades de que participe o Estado;

XX - Autoriza o Banco Central da República do Brasil e as instituições financeiras públicas


federais a efetuar a subscrição, compra e venda de ações e outros papéis emitidos ou de
responsabilidade das sociedades de economia mista e empresas do Estado;

XXI - Disciplinar as atividades das Bolsas de Valores e dos corretores de fundos públicos;

XXII - Estatuir normas para as operações das instituições financeiras públicas, para preservar
sua solidez e adequar seu funcionamento aos objetivos desta lei;

XXIII - Fixar, até quinze (15) vezes a soma do capital realizado e reservas livres, o limite além
do qual os excedentes dos depósitos das instituições financeiras serão recolhidos ao Banco
Central da República do Brasil ou aplicados de acordo com as normas que o Conselho
estabelecer;

XXIV - Decidir de sua própria organização; elaborando seu regimento interno no prazo máximo
de trinta (30) dias;

XXV - Decidir da estrutura técnica e administrativa do Banco Central da República do Brasil e


fixar seu quadro de pessoal, bem como estabelecer os vencimentos e vantagens de seus
funcionários, servidores e diretores, cabendo ao Presidente deste apresentar as respectivas
propostas; (Vide Lei nº 9.650, 27.5.1998)

XXVI - Conhecer dos recursos de decisões do Banco Central da República do Brasil; (Vide Lei
nº 9.069, de 29.6.1995)

XXVII - Aprovar o regimento interno e as contas do Banco Central da República do Brasil, sem
prejuízo da competência do Tribunal de Contas da União;

XXVII - aprovar o regimento interno e as contas do Banco Central do Brasil e decidir sobre seu
orçamento e sobre seus sistemas de contabilidade, bem como sobre a forma e prazo de
transferência de seus resultados para o Tesouro Nacional, sem prejuízo da competência do
Tribunal de Contas da União. (Redação dada pelo Decreto Lei nº 2.376, de 25.11.1987) (Vide
art 10, inciso III)

XXIX - Colaborar com o Senado Federal, na instrução dos processos de empréstimos externos
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, para cumprimento do disposto no art. 63,
nº II, da
Prof.Constituição Federal;
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XXVIII - Aplicar aos bancos estrangeiros que funcionem no País as mesmas vedações ou
restrições equivalentes, que vigorem nas praças de suas matrizes, em relação a bancos
brasileiros ali instalados ou que nelas desejem estabelecer - se;

XXIX - Colaborar com o Senado Federal, na instrução dos processos de empréstimos externos
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, para cumprimento do disposto no art. 63,
nº II, da Constituição Federal;

XXX - Expedir normas e regulamentação para as designações e demais efeitos do art. 7º,
desta lei. (Vide Lei nº 9.069, de 29.6.1995) (Vide Lei nº 9.069, de 29.6.1995)

XXXI - Baixar normas que regulem as operações de câmbio, inclusive swaps, fixando limites,
taxas, prazos e outras condições.

XXXII - regular os depósitos a prazo entre instituições financeiras, inclusive entre aquelas
sujeitas ao mesmo controle ou coligadas; (Incluído pelo Decreto Lei nº 2.283, de 1986)

XXXII - regular os depósitos a prazo entre instituições financeiras, inclusive entre aquelas
sujeitas ao mesmo controle acionário ou coligadas; (Redação dada pelo Decreto Lei nº 2.284,
de 1986)

XXXII - regular os depósitos a prazo de instituições financeiras e demais sociedades


autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, inclusive entre aquelas sujeitas ao
mesmo controle acionário ou coligadas. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 2.290, de 1986)

§ 1º O Conselho Monetário Nacional, no exercício das atribuições previstas no inciso VIII


deste artigo, poderá determinar que o Banco Central da República do Brasil recuse
autorização para o funcionamento de novas instituições financeiras, em função de
conveniências de ordem geral.

§ 2º Competirá ao Banco Central da República do Brasil acompanhar a execução dos


orçamentos monetários e relatar a matéria ao Conselho Monetário Nacional, apresentando
as sugestões que considerar convenientes.

§ 3º As emissões de moeda metálica serão feitas sempre contra recolhimento de igual


montante em cédulas.

§ 4º O Conselho Monetário nacional poderá convidar autoridades, pessoas ou entidades para


prestar esclarecimentos considerados necessários.
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§ 5º Nas hipóteses do art. 4º, inciso I, e do § 6º, do art. 49, desta lei, se o
Congresso Nacional negar homologação à emissão extraordinária efetuada, as
autoridades responsáveis serão responsabilizadas nos termos da Lei nº 1059,
de 10/04/1950.

§ 6º O Conselho Monetário Nacional encaminhará ao Congresso Nacional, até


31 de março de cada ano, relatório da evolução da situação monetária e
creditícia do País no ano anterior, no qual descreverá, minudentemente as
providências adotadas para cumprimento dos objetivos estabelecidos nesta
lei, justificando destacadamente os montantes das emissões de papel-moeda
que tenham sido feitas para atendimento das atividades produtivas.

§ 7º O Banco Nacional da Habitação é o principal instrumento de execução da


política habitacional do Governo Federal e integra o sistema financeiro
nacional, juntamente com as sociedades de crédito imobiliário, sob orientação,
autorização, coordenação e fiscalização do Conselho Monetário Nacional e do
Banco Central da República do Brasil, quanto à execução, nos termos desta
lei, revogadas as disposições especiais em contrário. (Vide Lei nº 9.069, de
29.6.1995)

COMENTçRIOS:

Este Ž um dos principais dispositivos comentados neste artigo. E tambŽm um dos


mais extensos.

Para facilitar, foram eliminados trechos revogados e vetados do dispositivo.


Portanto, todos citados est‹o em vigor, sendo interessante compreend•-los, em
fun•‹o da relev‰ncia que apresentam ao SFN e da quantidade de quest›es de
concursos que os cobram.

Fa•o apenas uma ressalva ao œltimo dispositivo (¤ 7¼ do inciso XXXII), pois o Banco
Nacional de Habita•‹o foi incorporado ˆ Caixa Econ™mica Federal e, portanto,
extinto em 1986 (Decreto-Lei N¼ 2.291, de 21 de novembro de 1986). Desta forma, a
compet•ncia do referido dispositivo, atualmente, Ž da Caixa Econ™mica Federal.

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No entanto, como citei anteriormente, o CMN possui outras fun•›es, elencadas em
outras leis. A que considero mais importante, a Lei 6.385/76, elenca as seguintes
fun•›es ao CMN e ao CMN em conjunto com a CVM:

Lei 6.385/76 - Disp›e sobre o mercado de valores mobili‡rios e cria a Comiss‹o de


Valores Mobili‡rios.

Art . 3¼ Compete ao Conselho Monet‡rio Nacional:

I - definir a pol’tica a ser observada na organiza•‹o e no funcionamento do


mercado de valores mobili‡rios;

II - regular a utiliza•‹o do crŽdito nesse mercado;

III - fixar, a orienta•‹o geral a ser observada pela Comiss‹o de Valores Mobili‡rios
no exerc’cio de suas atribui•›es;

IV - definir as atividades da Comiss‹o de Valores Mobili‡rios que devem ser exercidas


em coordena•‹o com o Banco Central do Brasil.

V - aprovar o quadro e o regulamento de pessoal da Comiss‹o de Valores


Mobili‡rios, bem como fixar a retribui•‹o do presidente, diretores, ocupantes de
fun•›es de confian•a e demais servidores. (Inciso Inclu’do Pela Lei n¼ 6.422, de
8.6.1977)

VI - estabelecer, para fins da pol’tica monet‡ria e cambial, condi•›es espec’ficas


para negocia•‹o de contratos derivativos, independentemente da natureza do
investidor, podendo, inclusive: (Inclu’do pela Lei n¼ 12.543, de 2011)

a) determinar dep—sitos sobre os valores nocionais dos contratos; e (Inclu’do pela Lei
n¼ 12.543, de 2011)

b) fixar limites, prazos e outras condi•›es sobre as negocia•›es dos contratos


derivativos. (Inclu’do pela Lei n¼ 12.543, de 2011)

¤ 1o Ressalvado o disposto nesta Lei, a fiscaliza•‹o do mercado financeiro e de


capitais continuar‡ a ser exercida, nos termos da legisla•‹o em vigor, pelo Banco
Central do Brasil. (Inclu’do pela Lei n¼ 12.543, de 2011)

¤ 2o As condi•›es espec’ficas de que trata o inciso VI do caput deste artigo n‹o


poder‹o ser exigidas para as opera•›es em aberto na data de publica•‹o do ato
que as estabelecer. (Inclu’do pela Lei n¼ 12.543, de 2011)

Art . 4¼ O Conselho Monet‡rio Nacional e a Comiss‹o de Valores Mobili‡rios


exercer‹o as atribui•›es previstas na lei para o fim de:

I - estimular a forma•‹o de poupan•as e a sua aplica•‹o em valores mobili‡rios;


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II - promover a expans‹o e o funcionamento eficiente e regular do mercado de
a•›es, e estimular as aplica•›es permanentes em a•›es do capital social de
companhias abertas sob controle de capitais privados nacionais;

III - assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados da bolsa e de


balc‹o;

IV - proteger os titulares de valores mobili‡rios e os investidores do mercado contra:

a) emiss›es irregulares de valores mobili‡rios;

b) atos ilegais de administradores e acionistas controladores das companhias


abertas, ou de administradores de carteira de valores mobili‡rios.

c) o uso de informa•‹o relevante n‹o divulgada no mercado de valores mobili‡rios.


(Al’nea inclu’da pela Lei n¼ 10.303, de 31.10.2001)

V - evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipula•‹o destinadas a criar


condi•›es artificiais de demanda, oferta ou pre•o dos valores mobili‡rios
negociados no mercado;

VI - assegurar o acesso do pœblico a informa•›es sobre os valores mobili‡rios


negociados e as companhias que os tenham emitido;

VII - assegurar a observ‰ncia de pr‡ticas comerciais equitativas no mercado de


valores mobili‡rios;

VIII - assegurar a observ‰ncia no mercado, das condi•›es de utiliza•‹o de crŽdito


fixadas pelo Conselho Monet‡rio Nacional.

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Artigos 5¼ e 6¼

Art. 5º As deliberações do Conselho Monetário Nacional entendem-se de responsabilidade


de seu Presidente para os efeitos do art. 104, nº I, letra "b", da Constituição Federal e
obrigarão também os órgãos oficiais, inclusive autarquias e sociedades de economia mista,
nas atividades que afetem o mercado financeiro e o de capitais.

Art. 6º O Conselho Monetário Nacional será integrado pelos seguintes membros: (Redação
dada pela Lei nº 5.362, de 30.11.1967) (Vide Lei nº 8.392, de 1991) (Vide Lei nº 9.069,
de 29.6.1995)

I - Ministro da Fazenda que será o Presidente; (Redação dada pela Lei nº 5.362,
de 30.11.1967)

II - Presidente do Banco do Brasil S. A.; (Redação dada pela Lei nº 5.362, de


30.11.1967)

III - Presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico; (Redação dada


pela Lei nº 5.362, de 30.11.1967)

IV - Sete (7) membros nomeados pelo Presidente da República, após aprovação do


Senado Federal, escolhidos entre brasileiros de ilibada reputação e notória
capacidade em assuntos econômico-financeiros, com mandato de sete (7) anos,
podendo ser reconduzidos. (Redação dada pela Lei nº 5.362, de 30.11.1967)

§ 1º O Conselho Monetário Nacional deliberará por maioria de votos, com a


presença, no mínimo, de 6 (seis) membros, cabendo ao Presidente também o voto
de qualidade.

§ 2º Poderão participar das reuniões do Conselho Monetário Nacional (VETADO) o


Ministro da Indústria e do Comércio e o Ministro para Assuntos de Planejamento e
Economia, cujos pronunciamentos constarão obrigatòriamente da ata das reuniões.

§ 3º Em suas faltas ou impedimentos, o Ministro da Fazenda será substituído, na


Presidência do Conselho Monetário Nacional, pelo Ministro da Indústria e do
Comércio, ou, na falta deste, pelo Ministro para Assuntos de Planejamento e
Economia.

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§ 4º Exclusivamente motivos relevantes, expostos em representação fundamentada


do Conselho Monetário Nacional, poderão determinar a exoneração de seus
membros referidos no inciso IV, deste artigo.

§ 5º Vagando-se cargo com mandato o substituto será nomeado com observância


do disposto no inciso IV deste artigo, para completar o tempo do substituído.

§ 6º Os membros do Conselho Monetário Nacional, a que se refere o inciso IV


deste artigo, devem ser escolhidos levando-se em atenção, o quanto possível, as
diferentes regiões geoeconômicas do País.

COMENTçRIOS:
Estes artigos foram revogados por norma superveniente.

A Lei do Plano Real, Lei 9.069/95, estabeleceu a seguinte composi•‹o ao CMN:

Art. 8¼ O Conselho Monet‡rio Nacional, criado pela Lei n¼ 4.595, de 31 de dezembro


de 1964, passa a ser integrado pelos seguintes membros:

I - Ministro de Estado da Fazenda, na qualidade de Presidente;

II - Ministro de Estado do Planejamento, Or•amento e Gest‹o; (Reda•‹o dada


pela Medida Provis—ria n¼ 2.216-37, de 2001)

III - Presidente do Banco Central do Brasil.

¤ 1¼ O Conselho deliberar‡ mediante resolu•›es, por maioria de votos, cabendo ao


Presidente a prerrogativa de deliberar, nos casos de urg•ncia e relevante interesse,
ad referendum dos demais membros.

¤ 2¼ Quando deliberar ad referendum do Conselho, o Presidente submeter‡ a


decis‹o ao colegiado na primeira reuni‹o que se seguir ˆquela delibera•‹o.

¤ 3¼ O Presidente do Conselho poder‡ convidar Ministros de Estado, bem como


representantes de entidades pœblicas ou privadas, para participar das reuni›es, n‹o
lhes sendo permitido o direito de voto.

¤ 4¼ O Conselho reunir-se-‡, ordinariamente, uma vez por m•s, e,


extraordinariamente, sempre que for convocado por seu Presidente.

¤ 5¼ O Banco Central do Brasil funcionar‡ como secretaria-executiva do Conselho.

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¤ 6¼ O regimento interno do Conselho Monet‡rio Nacional ser‡ aprovado por
decreto do Presidente da Repœblica, no prazo m‡ximo de trinta dias, contados da
publica•‹o desta Lei.

Artigo 7¼

Art. 7º Junto ao Conselho Monetário Nacional funcionarão as seguintes Comissões


Consultivas: (Vide Lei nº 8.392, de 1991) (Vide Lei nº 9.069, de 29.6.1995)

I – Bancária

II - de Mercado de Capitais

III - de Crédito Rural

IV - de Crédito Industrial

§ 1º A organização e o funcionamento das Comissões Consultivas serão regulados


pelo Conselho Monetário Nacional, inclusive prescrevendo normas que:

a) lhes concedam iniciativa própria junto ao MESMO CONSELHO;

b) estabeleçam prazos para o obrigatório preenchimento dos cargos nas referidas


Comissões;

c) tornem obrigatória a audiência das Comissões Consultivas, pelo Conselho


Monetário Nacional, no trato das matérias atinentes às finalidades específicas das
referidas Comissões, ressalvado os casos em que se impuser sigilo.

§ 2º Os representantes a que se refere este artigo serão indicados pelas entidades


nele referidas e designados pelo Conselho Monetário Nacional.

§ 3º O Conselho Monetário Nacional, pelo voto de 2/3 (dois terços) de seus


membros, poderá ampliar a competência das Comissões Consultivas, bem como
admitir a participação de representantes de entidades não mencionadas neste
artigo, desde que tenham funções diretamente relacionadas com suas atribuições.

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COMENTçRIOS:

Dispositivo tambŽm revogado pela Lei 9.069/95.

Atualmente, o CMN Ž composto pelas seguintes Comiss›es Consultivas:

I.Da Moeda e do CrŽdito

II.De Normas e Organiza•‹o do Sistema Financeiro;

III.De Mercado de Valores Mobili‡rios e de Futuros;

IV.De CrŽdito Rural;

V.De CrŽdito Industrial;

VI.De CrŽdito Habitacional, e para Saneamento e Infraestrutura Urbana;

VII.De Endividamento Pœblico;

VIII.De Pol’tica Monet‡ria e Cambial.

A Comiss‹o TŽcnica da Moeda e do CrŽdito Ž a mais importante delas, pois Ž


respons‡vel por propor ao CMN a regulamenta•‹o das matŽrias de sua
responsabilidade. alŽm de manifestar-se previamente sobre elas.

Adicionalmente, a referida Comiss‹o Ž composta pelos (i) Presidente e quatro


Diretores do Banco Central do Brasil, (ii) Presidente da Comiss‹o de Valores
Mobili‡rios, (iii) Secret‡rio-Executivo do MinistŽrio do Planejamento, Or•amento e
Gest‹o (iv) Secret‡rio-Executivo e Secret‡rios do Tesouro Nacional e de Pol’tica
Econ™mica do MinistŽrio da Fazenda e coordenada pelo Presidente do Banco
Central do Brasil

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Artigos 8¼ e 9»

CAPÍTULO III

Do Banco Central da República do Brasil

Art. 8º A atual Superintendência da Moeda e do Crédito é transformada em


autarquia federal, tendo sede e foro na Capital da República, sob a
denominação de Banco Central da República do Brasil, com personalidade
jurídica e patrimônio próprios este constituído dos bens, direitos e valores
que lhe são transferidos na forma desta Lei e ainda da apropriação dos juros
e rendas resultantes, na data da vigência desta lei, do disposto no art. 9º do
Decreto-Lei número 8495, de 28/12/1945, dispositivo que ora é
expressamente revogado.

Parágrafo único. Os resultados obtidos pelo Banco Central do Brasil,


consideradas as receitas e despesas de todas as suas operações,
serão, a partir de 1º de janeiro de 1988, apurados pelo regime de
competência e transferidos para o Tesouro Nacional, após
compensados eventuais prejuízos de exercícios anteriores. (Redação
dada pelo Del nº 2.376, de 25/11/87)

Art. 9º Compete ao Banco Central da República do Brasil cumprir e fazer


cumprir as disposições que lhe são atribuídas pela legislação em vigor e as
normas expedidas pelo Conselho Monetário Nacional.

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COMENTçRIOS:

O artigo 8¼ institui o Banco Central do Brasil, em substitui•‹o ˆ SUMOC (autoridade


monet‡ria anterior), dotando-o de personalidade jur’dica e patrim™nio pr—prios
(autarquia). Adicionalmente, o artigo indica que o resultado auferido pelo Bacen
(ÒlucroÓ resultante das suas atividades) ser‡ transferido ao Tesouro Nacional, ap—s a
compensa•‹o de eventuais preju’zos anteriores. Isto Ž, o resultado do Bacen
comp›e as estat’sticas fiscais do Governo Central, que Ž composto pelo Tesouro
Nacional, Banco Central e Previdencia Social. Sendo assim, saiv‡ que o resultado
fiscal nominal, prim‡rio e operacional do Governo Central inclui os resultados do
Bacen.

Por fim, o artigo 9¼ disp›e que o Bacen deve se submeter ao CMN e ˆ legisla•‹o em
vigor, algo natural.

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Artigo 10

Art. 10. Compete privativamente ao Banco Central da República do Brasil:


I - Emitir moeda-papel e moeda metálica, nas condições e limites autorizados pelo Conselho
Monetário Nacional.

II - Executar os serviços do meio-circulante;

III - determinar o recolhimento de até cem por cento do total dos depósitos à vista e de até
sessenta por cento de outros títulos contábeis das instituições financeiras, seja na forma de
subscrição de Letras ou Obrigações do Tesouro Nacional ou compra de títulos da Dívida Pública
Federal, seja através de recolhimento em espécie, em ambos os casos entregues ao Banco
Central do Brasil, a forma e condições por ele determinadas, podendo: (Incluído pela Lei nº
7.730, de 31.1.1989)

a) adotar percentagens diferentes em função: (Incluído pela Lei nº 7.730, de 31.1.1989)

1. das regiões geoeconômicas; (Incluído pela Lei nº 7.730, de 31.1.1989)

2. das prioridades que atribuir às aplicações; (Incluído pela Lei nº 7.730, de 31.1.1989)

3. da natureza das instituições financeiras; (Incluído pela Lei nº 7.730, de 31.1.1989)

b) determinar percentuais que não serão recolhidos, desde que tenham sido reaplicados em
financiamentos à agricultura, sob juros favorecidos e outras condições por ele fixadas.
(Incluído pela Lei nº 7.730, de 31.1.1989)

IV - receber os recolhimentos compulsórios de que trata o inciso anterior e, ainda, os depósitos


voluntários à vista das instituições financeiras, nos termos do inciso III e § 2° do art. 19.
(Redação dada pela Lei nº 7.730, de 31/01/89)

V - Realizar operações de redesconto e empréstimos a instituições financeiras bancárias e as


referidas no Art. 4º, inciso XIV, letra " b ", e no § 4º do Art. 49 desta lei; (Renumerado pela
Lei nº 7.730, de 31/01/89)

VI - Exercer o controle do crédito sob todas as suas formas; (Renumerado pela Lei nº 7.730,
de 31/01/89)

VII - Efetuar o controle dos capitais estrangeiros, nos termos da lei; (Renumerado pela Lei
nº 7.730, de 31/01/89)

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VIII - Ser depositário das reservas oficiais de ouro e moeda estrangeira e de Direitos Especiais de
Saque e fazer com estas últimas todas e quaisquer operações previstas no Convênio Constitutivo do
Fundo Monetário Internacional; (Redação dada pelo Del nº 581, de 14/05/69) (Renumerado pela
Lei nº 7.730, de 31/01/89)

IX - Exercer a fiscalização das instituições financeiras e aplicar as penalidades previstas;


(Renumerado pela Lei nº 7.730, de 31/01/89)

X - Conceder autorização às instituições financeiras, a fim de que possam: (Renumerado pela Lei
nº 7.730, de 31/01/89)

a) funcionar no País;

b) instalar ou transferir suas sedes, ou dependências, inclusive no exterior;

c) ser transformadas, fundidas, incorporadas ou encampadas;

d) praticar operações de câmbio, crédito real e venda habitual de títulos da dívida pública federal,
estadual ou municipal, ações Debêntures, letras hipotecárias e outros títulos de crédito ou mobiliários;

e) ter prorrogados os prazos concedidos para funcionamento;

f) alterar seus estatutos.

g) alienar ou, por qualquer outra forma, transferir o seu controle acionário. (Incluído pelo Del nº
2.321, de 25/02/87)

XI - Estabelecer condições para a posse e para o exercício de quaisquer cargos de administração de


instituições financeiras privadas, assim como para o exercício de quaisquer funções em órgãos
consultivos, fiscais e semelhantes, segundo normas que forem expedidas pelo Conselho Monetário
Nacional; (Renumerado pela Lei nº 7.730, de 31/01/89)

XII - Efetuar, como instrumento de política monetária, operações de compra e venda de títulos
públicos federais; (Renumerado pela Lei nº 7.730, de 31/01/89)

XIII - Determinar que as matrizes das instituições financeiras registrem os cadastros das firmas que
operam com suas agências há mais de um ano. (Renumerado pela Lei nº 7.730, de 31/01/89)

§ 1º No exercício das atribuições a que se refere o inciso IX deste artigo, com base nas normas
estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional, o Banco Central da República do Brasil, estudará os
pedidos que lhe sejam formulados e resolverá conceder ou recusar a autorização pleiteada, podendo
incluir as cláusulas que reputar convenientes
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ao interesse público.
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§ 2º Observado o disposto no parágrafo anterior, as instituições financeiras estrangeiras dependem


de autorização do Poder Executivo, mediante decreto, para que possam funcionar no País
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COMENTçRIOS:

Artigo important’ssimo! Elenca as fun•›es do Bacen, quem podem ser resumidas em:

vi. Emiss‹o de Moeda e execu•‹o dos servi•os de meio circulante.

vii. Formula•‹o, execu•‹o, e acompanhamento das pol’ticas cambial,


monet‡ria e credit’cia.

viii. Formula•‹o, execu•‹o e acompanhamento da pol’tica de rela•›es


financeiras com o exterior.

ix. Recebimento de dep—sitos compuls—rios e volunt‡rios dos bancos comerciais


e concess‹o de crŽdito a eles.

x. Deposit‡rio das reservas internacionais do Pa’s.

Abaixo, seguem coment‡rios do que deve ser reparado/atualizado. Os dispositivos


n‹o comentados est‹o de acordo com a letra da lei.

a) No inciso I, os limites para emiss‹o de papel moeda observam o previsto na


programa•‹o monet‡ria, documento elaborado trimestralmente pelo Bacen e
encaminhado ao CMN para aprova•‹o. Se aprov‡-lo, o CMN o encaminha ˆ
Comiss‹o de Assuntos Econ™micos do Senado Federal, que, por sua vez, emite
parecer para vota•‹o pelo Congresso Nacional. Desta forma, compete ao Bacen
emitir moeda-papel e moeda met‡lica, nas condi•›es e limites autorizados pelo
Congresso Nacional.

b) O inciso II trata das regras do dep—sito compuls—rio: atŽ cem por cento do
total dos dep—sitos ˆ vista e de atŽ sessenta por cento de outros t’tulos cont‡beis
das institui•›es financeiras (dep—sitos a prazo), alŽm de possibilitar que o
recolhimento seja em espŽcie ou em t’tulos da D’vida Pœblica Federal e que a taxa
varie em fun•‹o dos critŽrios elencados.

c) Por fim, pe•o aten•‹o ao inciso X e ao inciso XIII, ¤ 2¼. O inciso X disp›es que
compete ao BACEN conceder autoriza•‹o ˆs institui•›es financeiras, a fim de que
possam:

i.funcionar no Pa’s;

ii. instalar ou transferir suas sedes, ou depend•ncias, inclusive no exterior;

iii.ser transformadas, fundidas, incorporadas ou encampadas;

iv.praticar opera•›es de c‰mbio, crŽdito real e venda habitual de t’tulos da d’vida


pœblica federal, estadual ou municipal, a•›es, deb•ntures, letras hipotec‡rias e
outros t’tulos de crŽdito ou mobili‡rios;
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v.ter prorrogados os prazos concedidos para funcionamento;

vi.alterar seus estatutos;

vii.alienar ou, por qualquer outra forma, transferir o seu controle acion‡rio.

Em resumo, compete ao Bacen autorizar o funcionamento e altera•›es societ‡rias


das institui•›es financeiras. Mas, esta autoriza•‹o de funcionamento aplica-se
apenas ˆs institui•›es financeiras nacionais. Conforme citado no inciso XIII, ¤ 2¼, as
institui•›es financeiras estrangeiras dependem de autoriza•‹o do Poder Executivo,
mediante decreto, para que possam funcionar no Pa’s. Neste sentido, estas
entidades dependem tanto de autoriza•‹o do Poder Executivo, como do Bacen
para funcionamento no Brasil.

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Artigo 11

Art. 11. Compete ainda ao Banco Central da República do Brasil;

I - Entender-se, em nome do Governo Brasileiro, com as instituições financeiras


estrangeiras e internacionais;

II - Promover, como agente do Governo Federal, a colocação de empréstimos internos


ou externos, podendo, também, encarregar-se dos respectivos serviços;

III - Atuar no sentido do funcionamento regular do mercado cambial, da estabilidade


relativa das taxas de câmbio e do equilíbrio no balanço de pagamentos, podendo para
esse fim comprar e vender ouro e moeda estrangeira, bem como realizar operações de
crédito no exterior, inclusive as referentes aos Direitos Especiais de Saque, e separar
os mercados de câmbio financeiro e comercial; (Redação dada pelo Del nº 581, de
14/05/69)

IV - Efetuar compra e venda de títulos de sociedades de economia mista e empresas


do Estado;

V - Emitir títulos de responsabilidade própria, de acordo com as condições estabelecidas


pelo Conselho Monetário Nacional;

VI - Regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis;

VII - Exercer permanente vigilância nos mercados financeiros e de capitais sobre


empresas que, direta ou indiretamente, interfiram nesses mercados e em relação às
modalidades ou processos operacionais que utilizem;

VIII - Prover, sob controle do Conselho Monetário Nacional, os serviços de sua


Secretaria.

§ 1º No exercício das atribuições a que se refere o inciso VIII do artigo 10 desta lei, o
Banco Central do Brasil poderá examinar os livros e documentos das pessoas naturais
ou jurídicas que detenham o controle acionário de instituição financeira, ficando essas
pessoas sujeitas ao disposto no artigo 44, § 8º, desta lei. (Incluído pelo Del nº 2.321,
de 25/02/87)

§ 2º O Banco Central da República do Brasil instalará delegacias, com autorização do


Conselho Monetário Nacional, nas diferentes regiões geo-econômicas do País, tendo em
vista a descentralização administrativa para distribuição e recolhimento da moeda e o
cumprimento das decisões adotadas pelo mesmo Conselho ou prescritas em lei.
(Renumerado pelo Del nº 2.321, de 25/02/87)

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COMENTçRIOS:
Seguem alguns coment‡rios pertinentes a este dispositivo:

a) Os incisos I e II enumeram as fun•›es do Bacen como banco do governo


(representa•‹o e negocia•‹o no exterior)
b) O inciso III enumera a fun•‹o de supervisor do mercado de c‰mbio,
atribuindo ao Bacen a possibilidade de intervir neste
c) est‡vel a taxa de c‰mbio e o equil’brio no balan•o de pagamentos
d) O inciso V denota a possibilidade de emiss‹o de t’tulos do Bacen. No entanto,
a Lei de Responsabilidade Fiscal n‹o permite mais esta possibilidade. Ou seja, desde
2001, o Bacen NÌO pode mais emitir t’tulos de responsabilidade pr—pria.
Atualmente, o Bacen negocia t’tulos de emiss‹o do Tesouro Nacional no mercado
monet‡rio secund‡rio, com o objetivo de executar a pol’tica monet‡ria.
e) O servi•o de compensa•‹o de cheques, citado no inciso VI, Ž regulado pelo
Bacen, mas exercido pelo Banco do Brasil, atravŽs do COMPE Ð Centralizadora de
Compensa•‹o de Cheques.
f) A vigil‰ncia no mercado de capitais (inciso VII) Ž feita atualmente de maneira
predominante pela Comiss‹o de Valores Mobili‡rios. O Bacen exerce a vigil‰ncia
sob algumas entidades participantes, mas o mandato legal Ž principalmente
executado pela CVM

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Artigos 12, 13, 14 e 15

Art. 12. O Banco Central da República do Brasil operará exclusivamente com instituições
financeiras públicas e privadas, vedadas operações bancárias de qualquer natureza com
outras pessoas de direito público ou privado, salvo as expressamente autorizadas por lei.

Art. 13. Os encargos e serviços de competência do Banco Central, quando por ele não
executados diretamente, serão contratados de preferência com o Banco do Brasil S. A.,
exceto nos casos especialmente autorizados pelo Conselho Monetário Nacional. (Redação
dada pelo Del nº 278, de 28/02/67)

Art. 14. O Banco Central do Brasil será administrado por uma Diretoria de cinco (5)
membros, um dos quais será o Presidente, escolhidos pelo Conselho Monetário Nacional
dentre seus membros mencionados no inciso IV do art. 6º desta Lei. (Redação dada pela
Lei nº 5.362, de 30.11.1967) (Vide Decreto nº 91.961, de 19.11.1985)

§ 1º O Presidente do Banco Central da República do Brasil será substituído pelo


Diretor que o Conselho Monetário Nacional designar.

§ 2º O término do mandato, a renúncia ou a perda da qualidade Membro do


Conselho Monetário Nacional determinam, igualmente, a perda da função de
Diretor do Banco Central da República do Brasil.

Art. 15. O regimento interno do Banco Central da República do Brasil, a que se refere o
inciso XXVII, do art. 4º, desta lei, prescreverá as atribuições do Presidente e dos Diretores
e especificará os casos que dependerão de deliberação da Diretoria, a qual será tomada
por maioria de votos, presentes no mínimo o Presidente ou seu substituto eventual e dois
outros Diretores, cabendo ao Presidente também o voto de qualidade.

Parágrafo único. A Diretoria se reunirá, ordinariamente, uma vez por semana, e,


extraordinariamente, sempre que necessário, por convocação do Presidente ou a
requerimento de, pelo menos, dois de seus membros.

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COMENTçRIOS:
Os artigos 12 e 13 s‹o autoexplicativos.

O artigo 14 est‡ desatualizado.

Atualmente, o Bacen opera com 8 Diretorias, alŽm do Diretor Presidente, conforme


abaixo:

1. Presidente
2. Diretor de Administra•‹o
3. Diretor de Assuntos Internacionais e de Gest‹o de Riscos Corporativos
4. Diretor de Fiscaliza•‹o
5. Diretor de Organiza•‹o do Sistema Financeiro e Controle de Opera•›es do
CrŽdito Rural
6. Diretor de Pol’tica Econ™mica
7. Diretor de Pol’tica Monet‡ria
8. Diretor de Regula•‹o
9. Diretor de Relacionamento Institucional e Cidadania

O Presidente do Bacen, assim como seus Diretores, s‹o nomeados pelo Presidente
da Repœblica, entre brasileiros de ilibada reputa•‹o e

not—ria capacidade em assuntos econ™mico-financeiros, ap—s aprova•‹o pelo


Senado Federal, sendo demiss’veis ad nutum (livre nomea•‹o e exonera•‹o).

Por fim, o regimento previsto no art. 15 pode ser consultado em


https://www.bcb.gov.br/Adm/RegimentoInterno/RegimentoInterno_2015.pdf.

Vale ressaltar que a Diretoria Colegiada do Bacen reunir-se-‡, ordinariamente, uma


vez por semana e,extraordinariamente, na forma prevista no Regimento, presentes,
no m’nimo, o Presidente, ou

seu substituto, e metade do nœmero de Diretores. Ou seja, a reda•‹o do par‡grafo


œnico do art. 15 est‡ desatualizada.

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Artigo 16

Art. 16. Constituem receita do Banco Central do Brasil as rendas: (Redação dada
pelo Del nº 2.376, de 25/11/87)

I - de operações financeiras e de outras aplicações de seus recursos;


(Redação dada pelo Del nº 2.376, de 25/11/87)

II - das operações de câmbio, de compra e venda de ouro e de quaisquer


outras operações em moeda estrangeira; (Redação dada pelo Del nº
2.376, de 25/11/87)

III - eventuais, inclusive as derivadas de multas e de juros de mora


aplicados por força do disposto na legislação em vigor. (Redação dada
pelo Del nº 2.376, de 25/11/87)

COMENTçRIOS:
Artigo autoexplicativo, indicando as receitas do Bacen.

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