Problema 8 fisiologia – Vinícius Moreira.
A vantagem desse sinal em “rampa” é a indução do aumento
Objetivos:
1 – detalhar o controle central da respiração;
2 – compreender o controle químico da respiração;
3 – identificar os mecanismos de controle periférico da
circulação;
4 – compreender o controle respiratório durante o exercício. usual de controle da FR – quanto mais precocemente o sinal
CENTRO RESPIRATÓRIO.
Controle quase que instantâneo.
Divide-se em:
1) Grupo respiratório dorsal: porção dorsal do bulbo.
Responsável principalmente pela inspiração e pelo ritmo
respiratório. Situa-se no núcleo do trato solitário – NTS. O pulmonar, particularmente durante atividade física intensa.
NTS corresponde à terminação sensorial dos nervos vago e
glossofaríngeo, que transmitem sinais sensoriais para o
centro respiratório a partir de quimiorreceptores periféricos,
barorreceptores, vários tipos de receptores no pulmão.
 Descargas inspiratórias do grupo respiratório dorsal. retração elástica dos pulmões e caixa torácica.
O grupo respiratório dorsal e todo o bulbo emitem, de
forma independente e autônoma, potenciais de ação
neuronais inspiratórios repetitivos. Sendo este órgão o
responsável pelo ritmo respiratório básico.
Sinal inspiratório em “rampa”: o sinal inspiratório não
ocorre em “surto de potencial de ação”, ao contrário, ocorre
um início débil com elevação constante na forma de rampa
por 2s (ativação dos músculos inspiratórios
progressivamente). depois o sinal apresenta interrupção por
3s (nos quais ocorre a expiração). Isso ocorre ciclicamente.
progressivo dos pulmões e não golfadas inspiratórias.
Qualidades da “rampa” passíveis de controle:
.Velocidade do aumento do sinal em rampa: durante a
respiração mais intensa a rampa aumenta com mais rapidez
– rápida expansão do pulmão;
.Ponto limítrofe da interrupção súbita da rampa: método
em rampa for interrompido, menor será a duração da
inspiração, mais rápido e menor será a expiração, maior será
a frequência respiratória.
2) Centro pneumotáxico: situado dorsalmente no
núcleo parabraquial da parte superior da ponte.
controle da duração da inspiração (e, consequentemente,
da expiração) e, consequentemente, da FR. Age através do
controle do “desligamento” da rampa. Transmite sinais para
a área inspiratória (dorsal )
Sinal intenso: duração da inspiração pode ser de até 0,5s
(leve expansão do pulmão – 30 a 40 IRPM).
Sinal fraco: duração da inspiração pode ser de até 5s (muita
expansão do pulmão – 3 a 5 IRPM).
3) Grupo respiratório ventral: em cada lado do bulbo.
Responsável pela inspiração e pela expiração. Situa-se em
posição rostral no núcleo ambíguo, e caudal no núcleo
retroambíguo. Trabalha como mecanismo suprarregulatório
quando ocorre necessidade de alto nível de ventilação
Os neurônios nesse grupo permanecem inativos durante a
respiração tranquila e normal. Portanto, a respiração normal
e tranquila depende de sinais inspiratórios provenientes do
grupo respiratório dorsal e a expiração é causada por
A área respiratória ventral é responsável pelo controle
respiratório extra, quando o numero de inspirações se
intensifica. A estimulação elétrica de alguns neurônios desse
grupo provoca a inspiração e de outros a expiração muito
intensa (sinais para os músculos expiratórios, principalmente
os abdominais).
 REFLEXO DE INSUFLAÇÃO DE HERING-BREUER:
Receptores de estiramento, localizados nas porções
musculares das paredes dos brônquios e bronquíolos,
transmitem sinais pelo nervo vago para o grupo respiratório
dorsal quando o pulmão é excessivamente distendido (3x o
valor normal, > que cerca de 1,5L). Esses sinais promovem a
desativação da rampa inspiratória. Ocorre aumento da FR.

CONTROLE QUIMICO DA RESPIRAÇÃO

Controle da respiração é sensível à concentrações de

oxigênio, gás carbônico e de íons hidrogênio.

 CO2 e H+: controle direto do centro respiratório.

Área quimiossensível do centro respiratório: além das áreas

de controle respiratório citadas anteriormente, existe a área
quimiossensível. Essa área é muito sensível à alterações
sanguíneas de PCO2 ou concentração de íons hidrogênio.
Essa área estimula outras porções do centro respiratório.

O2: poucos efeitos diretos sobre o centro respiratório. As

alterações das concentrações de oxigênio agem
indiretamente, através do trabalho de quimiorreceptores
periféricos.

CONTROLE PERIFÉRICO – sistema quimiorreceptor periférico

Existem quimiorreceptores (de oxigênio) externos ao

Provável estimulo primário: concentração de íons
hidrogênio. Contudo, esses ions não atravessam a barreira
hematoencefalica, o que torna sua ação menor, em
comparação com as alterações de CO2 sanguíneo.
 CO2 estimula a área quimiossensível: o gás, em
contato com os líquidos teciduais, transforma-se em ácido
carbônico e consequentemente em íons hidrogênio. Os íons
hidrogênios estimulam intensamente a respiração.
PORTANTO, o gás carbônico influencia mais a respiração
uma vez que os íons hidrogênio não conseguem atravessar a
barreira hematoencefalica. As moléculas do gas, por sua vez,
atravessam tal barreira e reagem com os líquidos teciduais
locais, liberando o íon H+, que estimula a área
quimissensível e a respiração.
cérebro que emitem sinais auxiliares no controle
respiratório.
Corpos carotídeos: bilateralmente na bifurcação das artérias
carótidas comuns. Suas fibras aferentes cursam pelos nervos
de Hering e, posteriormente, nervo glossofaríngeo.
Corpos aórticos: situados ao longo do arco da aorta. Suas
fibras aferentes cursam pelo nervo vago.
Existem quimiorreceptores localizados em outros locais,
difusamente pelas regiões torácica e abdominal.
Os quimiorreceptores enviam sinais para a área
respiratória dorsal do bulbo e aumentam a ventilação
pulmonar. São sempre expostos ao sangue arterial e sua PO2
é PO2 arterial.

A concentração de gás carbônico exerce efeito agudo sobre

a respiração, o efeito crônico é neutralizado pelos rins em 1
a 2 dias subsequentes, através da secreção de íons
bicarbonato (em resposta à acidez do sangue), que se une
aos ions hidrogênios no sangue e no liquido
cefalorraquidiano, além de penetrar a região adjacente ao
centro respiratório banhada por íons hidrogênios. A variação
de PCO2 atua de modo agudo, mas não de modo crônico
devido ao ajuste realizado pelos rins.
  Redução do oxigênio arterial: estimula intensamente
os quimiorreceptores. São particularmente sensíveis entre
30 e 60 mmHg devido a esta ser a faixa de variação na qual a
saturação da hemoglobina com o oxigênio diminui
rapidamente. Participação no controle de ventilação alveolar
muito importante.
Com pressões de oxigênio de 100mmHg e superiores, ocorre
nenhuma alteração na ventilação alveolar. Quando essa
pressão de oxigênio diminui entre 100 e 60mmHg, a
ventilação alveolar pode chegar a dobrar, e, com quedas
inferiores, pode chegar a quintuplicar-se.
 Aumento de gás carbônico e de íons hidrogênios:
estimulam os quimiorreceptores, mas cerca de 7x menos
intenso do que estimulam o centro respiratório. No entanto,
o estimulo dos quimiorreceptores produz reposta cerca de
5x mais rápida. Isso traduz importância da rapidez da
resposta às variações de concentração durante a atividade
física.
 O fenômeno da aclimatação: estimulação da
respiração pela inalação crônica de quantidades baixas de
oxigênio: ocorre uma respiração muito mais profunda, se
houver um período de adaptação maior. Em 2 ou 3 dias, o
centro respiratório perde cerca de 80% da sensibilidade à
PCO2 e aos íons hidrogênios. Em consequência, ocorrem
poucas tentativas de aumento de FR e de ventilação alveolar
para eliminar CO2. Além disso, baixos níveis de O2
conduzem a um aumento de 400% a 500% na ventilação
alveolar.
REGULAÇÃO DA RESPIRAÇÃO DURANTE O EXERCÍCIO FÍSICO.
Ao contrário do que é esperado intuitivamente, o controle
da respiração não é muito influenciado pela variação de O2,
CO2 e pH. Essas taxas de concentração permanecem
praticamente constantes ao decorrer da atividade física e
exercem pouca influencia sobre o controle.
Com o início da atividade física, ocorre também aumento da
ventilação alveolar antes que ocorra qualquer alteração
significativa nas concentrações sanguíneas.
O aumento da respiração, concomitante com o aumento da
atividade física, é resultado da criação de impulsos
neurogênicos transmitidos do tronco cerebral ao centro
respiratório simultaneamente à emissão de sinais para início
da contração muscular.
Os sinais neurogênicos podem ser muito intensos ou muito
débeis. Diante de situações como essas, o controle químico
assume importância extrema no controle da ventilação
alveolar para manter as concentrações de O2, CO2 e H
dentro da normalidade.
A resposta à atividade física pelos estímulos neurogênicos é
aprendida: em períodos repetidos de atividade física, o
cérebro fica progressivamente mais apto a produzir os sinais
apropriados e necessários para manter a Pco2 sanguínea em
seu nível normal.