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02/09/2018 Polígono das secas – Wikipédia, a enciclopédia livre

Polígono das secas


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Os 1.348 municípios que formam o polígono das secas são aqueles
relacionados no Manual de Preenchimento da DITR, situados nos Estados
de Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio
Grande do Norte e Sergipe, compreendendo grande parte do Nordeste
brasileiro geoeconômico.[1] É reconhecida pela legislação como sujeita à
repetidas crises de prolongamento das estiagens e, consequentemente,
objeto de especiais providências do setor público.

Constitui-se de diferentes zonas geográficas, com distintos índices de


aridez. Em algumas delas o balanço hídrico é acentuadamente negativo, Casa de Fazenda abandonada em
onde somente se desenvolve a caatinga hiperxerófila sobre solos delgados. Cariré, Ceará

Em outras, verifica-se balanço hídrico ligeiramente negativo,


desenvolvendo-se a caatinga hipoxerófila. Existem também áreas, de balanço hídrico positivo e presença de solos bem
desenvolvidos. Contudo, na área delimitada pela poligonal, ocorrem, periodicamente, secas anômalas que se traduzem
na maioria das vezes em grandes calamidades, ocasionando sérios danos à agropecuária nordestina e graves
problemas sociais.

Índice
Legislação
Área de abrangência
Causas das secas
O fenômeno das secas
Referências
Ver também
Ligações externas

Legislação
O Polígono das Secas foi criado por uma lei, de 13 de setembro de 1946, mas, somente a partir do Decreto-Lei nº
63.778, de 11 de dezembro de 1968, foi regulamentada a inclusão de municípios no Polígono das Secas.

No entanto, pela Lei nº 1.348, de 10 de fevereiro de 1951, a área do Polígono sofreu revisão dos seus limites. Depois a
Lei nº 4.239, de 27 de julho de 1963, estatuiu que o município criado com desdobramento de área de município
incluído no Polígono das Secas, será considerado como pertencente a este para todos os efeitos legais e
administrativos. De outra parte, a lei nº 4.763, de 30 de agosto de 1965, incluiu o município de Vitória da Conquista.

E finalmente, o Decreto-Lei de nº 63.778, de 11 de dezembro de 1968, delegou ao Superintendente da SUDENE a


competência de declarar, observada a legislação específica, quais os municípios pertencentes ao Polígono das Secas.
Esse Decreto-Lei regulamentou e esclareceu que a inclusão de municípios no Polígono, somente ocorreria para aqueles

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criados por desdobramento de municípios anteriormente incluídos total ou parcialmente, no mesmo Polígono, quando
efetuados até a data da lei regulamentar, ou seja, de 30 de agosto de 1965 onde foi declarada como lei.

Em 19 de dezembro de 1997, o Conselho Deliberativo da SUDENE (extinta em 2001) com a Resolução nº 11.135,
aprovou a atualização da relação dos municípios pertencentes ao Polígono das Secas, incluindo aqueles que foram
criados por desmembramento até janeiro de 1997.

Em 2005, a nova Nova Delimitação do Semi-árido Brasileiro ampliou os critérios de inclusão dos municípios, por
considerar insuficiente o índice pluviométrio apenas. Os critérios passaram a ser:

precipitação pluviométrica média anual inferior a 800 milímetros;


índice de aridez de até 0,5 calculado pelo balanço hídrico que relaciona as precipitações e a evapotranspiração
potencial, no período entre 1961 e 1990
risco de seca maior que 60%, tomando-se por base o período entre 1970 e 1990.
Estão inclusos 317 municípios, além dos 1.031 anteriores. A área do semi-árido passou a ser 969.589,4 quilômetros
quadrados, sendo o maior aumento registrado em Minas Gerais: 51,7% do estado passarama a integrar o semi-árido.[1]

Esta nova delimitação tem a finalidade de nortear as políticas públicas do governo federal, sobretudo as aplicações do
Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste – FNE.

Área de abrangência
O Polígono abrange oito Estados nordestinos - o Maranhão é a única exceção -, além da área de atuação da Adene em
Minas Gerais, com 121.490,9 km², e compreende as áreas sujeitas repetidamente aos efeitos das secas. Já o Semiárido
ocupa 841.260,9 km² de área no Nordeste,nas regiões do Agreste e Sertão nordestinos e outros 54.670,4 km² em
Minas Gerais e caracteriza-se por apresentar reservas insuficientes de água em seus mananciais, nas regiões do
Agreste e Sertão Nordestinos.

Atualmente, o Polígono das Secas, segundo a Resolução nº 11.135 do Conselho Deliberativo da SUDENE, todos esses
estados compreendem uma área de 1.108.434,82 km², correspondentes a 1.348 municípios, distribuídos pelos Estados
do Piauí (214), Ceará (180), Rio Grande do Norte (161), Paraíba (223), Pernambuco (145), Alagoas (51), Sergipe (32),
Bahia (256) e Minas Gerais (86).[2]

Causas das secas


As causas das secas têm proporção planetária e são influenciadas por diversos fatores, dentre os quais vale destacar:
diferença de temperatura superficial das águas do Atlântico Norte, que são mais quentes, e do Sul, frias; deslocamento
da Zona de convergência intertropical para o Hemisfério Norte, em épocas previstas para permanência no Sul.

Acreditava-se que a topografia acidentada do Planalto da Borborema era responsável pela seca, impedindo a passagem
da umidade, porém, devido sua altitude relativamente baixa (média de 300m, com picos de 1.200m), essa teoria é
insuficiente para explicar as causas da seca.[carece de fontes?]

O fenômeno das secas


As secas podem ser classificadas em hidrológicas, agrícolas e efetivas. A hidrológica carateriza-se por uma pequena,
mas bem distribuída, precipitação. As chuvas são suficientes apenas para dar suporte à agricultura de subsistência e às
pastagens.

A seca agrícola, também conhecida como seca verde, acontece quando há chuvas abundantes, mas mal distribuídas em
termos de tempo e espaço. A seca efetiva ocorre quando há baixa precipitação e má distribuição de chuvas, tornando
difícil a alimentação das populações e dos rebanhos e impossibilitando a manutenção dos reservatórios de água para

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consumo humano e animal.

O Nordeste já enfrentou secas assim em 1983, quinto ano consecutivo da estiagem que assolou a Região a partir de
1979. O ano de 1993, quarto de inverno irregular, também trouxe um longo período de seca para os nordestinos. Nesta
época, houve falência total das lavouras e esgotamento das reservas hídricas.

O Semiárido, onde se pratica agricultura de sequeiro, é a área mais duramente atingida pelas estiagens prolongadas.
Mas não é apenas o Semiárido que sofre com os efeitos da seca. O fenômeno atinge também a área canavieira e
cacaueira e até as serras úmidas. Com toda esta abrangência, agrava-se a situação econômica regional e ocorre a
crescente descapitalização do homem do campo.

A alta pressão atmosférica na parte central nordestina dissipa as massas de ar, impossibilitando a concentração de
umidade causando por grande parte a seca no nordeste brasileiro.

Referências
1. «Nova Delimitação do Semi-árido brasileiro - Ministério da Integração Nacional, 2005» (http://www.mi.gov.br/down
load/download.asp?endereco=/pdf/desenvolvimentoregional/cartilha_delimitacao_semi_arido.pdf&nome_arquivo=
cartilha_delimitacao_semi_arido.pdf) (PDF)
2. «Nova Delimitação do Semi-árido brasileiro, pág. 34 - Ministério da Integração Nacional, 2005» (http://www.mi.go
v.br/download/download.asp?endereco=/pdf/desenvolvimentoregional/cartilha_delimitacao_semi_arido.pdf&nome
_arquivo=cartilha_delimitacao_semi_arido.pdf) (PDF)

Ver também
Região Nordeste do Brasil
Departamento Nacional de Obras Contra as Secas
Deserto
Sombra de chuva
Desastre natural
Mar de Aral
Meteorologia
Clima
Clima árido
Clima tropical
Seca no Brasil
Semiárido brasileiro

Ligações externas
Delimitação do Semi-Árido nordestino e do Polígono das Secas de 2005 Ministério da Integração Nacional (http://
www.integracao.gov.br/publicacoes/desenvolvimentoregional/redelimitacao.asp)

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