You are on page 1of 23

YURY VASHCHENKO

CARACTERIZAÇÃO E PROPOSTA PARA MANEJO DAS


TRILHAS DE DUAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO LOCALIZADAS NA
SERRA DO MAR – PR

Pré-Projeto de Tese de Doutorado apresentado


ao Curso de Pós-Graduação em Engenharia
Florestal, Setor de Ciências Agrárias,
Universidade Federal do Paraná. Área de
Concentração: Conservação da Natureza.

Orientador: Prof. Carlos Vellozo Roderjan

CURITIBA
2008
1 OBJETIVOS

O objetivo geral do presente trabalho é avaliar os processos erosivos nas


trilhas, conseqüentes da prática do montanhismo, em duas unidades de conservação
localizadas na Serra do Mar do estado do Paraná, e, a partir disso, propor alternativas
para o manejo das trilhas.
Para isso, os objetivos específicos serão:
a) Caracterizar as principais trilhas localizadas nos parques estaduais Pico do
Marumbi e Pico Paraná;
b) Avaliar a intensidade de erosão e a intensidade de uso nas trilhas;
c) Relacionar a intensidade de erosão com a intensidade de uso, a vegetação,
os solos e a declividade nas trilhas.

2 EVIDÊNCIAS DE INTERESSE (JUSTIFICATIVAS)

As regiões montanhosas apresentam solos rasos, ácidos, com baixa fertilidade


e altos teores de carbono orgânico e de alumínio, devido à declividade acentuada e ao
elevado índice de precipitação. Estas condições determinam a fixação de uma
vegetação altamente adaptada e sensível a qualquer alteração. Na Serra do Mar
paranaense a prática do montanhismo pode representar uma ameaça significativa a este
ambiente se não for realizada de maneira planejada e ordenada.
Para atingir os cumes dos diversos picos da Serra do Mar foram abertas trilhas
(picadas), em sua maioria em uma época em que não havia a preocupação com os
impactos que poderiam ocorrer e nem existiam unidades de conservação, portanto não
foram planejadas. Em decorrência disso, observa-se atualmente que as trilhas mais
freqüentadas, como no caso da trilha para o pico Paraná, apresentam pontos com o
processo de erosão muito avançado, representado pela profundidade e largura do leito
da trilha, ultrapassando 1,0 m em alguns pontos.
Nos últimos anos, várias áreas da Serra do Mar foram decretadas unidades de
conservação, como os parques estaduais Pico do Marumbi (Maciço Marumbi), Pico
Paraná (Serra Ibitiraquire), da Graciosa (Serra da Graciosa) e o Parque Nacional Saint-
Hilaire/Lange (Serra da Prata). Porém, nem todos os parques foram implantados ainda,
e não tiveram os respectivos planos de manejo elaborados. Por isso, o entendimento do
processo de erosão que ocorre nas trilhas e dos fatores que o afetam é muito
importante para auxiliar na elaboração dos planos de manejo, na implantação, na
recuperação ou na manutenção das trilhas e, conseqüentemente, do ambiente em que
se encontram, além da segurança das pessoas que o freqüentam.
O processo de erosão nas trilhas depende da inter-relação entre a intensidade
de uso, o tipo de solo, a cobertura vegetal e a declividade, portanto podem ser
elaboradas algumas hipóteses em relação ao processo de erosão:
a) Quanto maior a intensidade de uso e a declividade, maior a intensidade de
erosão;
b) Quanto menor a declividade, menor a intensidade de erosão, independente
da intensidade de uso, do tipo de solo e cobertura vegetal;
c) Quanto maior o teor de matéria orgânica no solo, maior a intensidade de
erosão;
d) Existindo cobertura vegetal, o solo é igualmente protegido contra a erosão,
independente do tipo de vegetação.

3 REVISÃO DE LITERATURA

3.1 O MONTANHISMO

Dentre as atividades possíveis (pesquisa científica, educação ambiental,


interpretação ambiental e recreação) em uma unidade de conservação da categoria
parque, destaca-se o montanhismo como a principal atividade recreativa praticada nos
Parques Estaduais Pico do Marumbi e Pico Paraná, pois se localizam em região
montanhosa.
O montanhismo, para GOIDANICH e MOLETTA (2000), é um conjunto de
atividades em regiões montanhosas, como caminhadas e acampamentos. A caminhada
consiste em andar por trilhas ou não, sendo que o turista carrega seu próprio
equipamento em mochilas especiais. O acampamento trata-se de um ou vários
pernoites, geralmente em barracas.
Segundo SEMA (1996), o montanhismo compreende as práticas adotadas para
vencer percursos e obstáculos em elevações como escarpas, montes, morros e
montanhas, sendo elas: escalada, canionismo e rapel. Escaladas são as subidas,
transpondo obstáculos e altitudes. Quando praticadas em locais íngremes, com
inclinações maiores que 45o, podem ser técnica ou solo; quando praticadas em locais
de aclives e campos com inclinações menores que 45º, sendo possível percorrê-los a
pé sem qualquer equipamento, são chamadas caminhadas. A escalada técnica é com
uso de equipamentos e equipe treinada, enquanto a escalada solo é sem o uso de
equipamentos e sem o auxílio de equipe. Canionismo são descidas e escaladas
praticadas em cachoeiras com duas cordas de segurança, e rapel são descidas com
cordas em escarpas retas ou negativas.
No Parque Estadual Pico do Marumbi ocorre principalmente a prática de
caminhadas, escalada técnica e acampamento, enquanto que no Parque Estadual Pico
Paraná ocorre principalmente a prática de caminhadas e acampamentos.

3.2 A FORMAÇÃO DAS TRILHAS

A prática do montanhismo envolve a formação de trilhas, as quais passam


pelas mais diversas situações de relevo, solo e vegetação. A pressão exercida pela
prática de caminhadas causa um impacto diferenciado dependendo da condição
existente. Por exemplo, algumas plantas são mais resistentes ao pisoteio que outras e
solos menos desenvolvidos resistem menos ao processo de compactação e à erosão
(VASHCHENKO, 2006).
A ocorrência de impactos em áreas naturais é conseqüência do uso, seja ele
realizado com objetivos educacionais ou recreativos, sendo que todos os visitantes,
inclusive os mais conscientes, deixam pegadas (BARROS, 2003).
A primeira conseqüência na formação de uma trilha é a eliminação da
cobertura vegetal, que protege o solo do impacto direto das gotas da chuva e do
escoamento superficial, proporcionando o processo de erosão (VASHCHENKO,
2006).
A erosão é um processo que causa graves problemas em áreas onde existem
trilhas, principalmente em regiões montanhosas. A erosão depende do tipo de solo, da
topografia, do padrão de drenagem da área e da cobertura vegetal (ANDRADE, 2003).
Solos ricos em matéria orgânica são menos vulneráveis à erosão, devido à
melhor drenagem (maior grau de estruturação) e por propiciar um melhor crescimento
de plantas. No entanto, quando o pisoteio é freqüente, o solo é compactado e a matéria
fragmentada, aumentando a susceptibilidade à erosão. Isto faz com que os horizontes
sub-superficiais fiquem expostos, bem como reduz o banco de sementes do solo e,
conseqüentemente, a propagação das plantas (MAGRO, 1999).
COLE (1993) cita que o pisoteio causa a alteração de todos os componentes
do solo, sendo eles a matéria mineral, a água, o ar, a matéria orgânica morta e os
organismos vivos. A matéria orgânica morta concentra-se na superfície do solo,
formando o chamado horizonte orgânico, no qual ocorrem as atividades biológicas. O
horizonte orgânico aumenta a capacidade de absorção de água do solo, diminui a
enxurrada e protege os horizontes minerais abaixo dele, os quais são mais vulneráveis
à compactação e ao efeito erosivo da chuva. Um horizonte orgânico é geralmente
menos vulnerável que um horizonte mineral; porém, se a matéria orgânica for
pulverizada ou removida pelo pisoteio, ele também será erodido e o horizonte mineral
ficará exposto.
O pisoteio constante na trilha, também, acaba destruindo as plantas por
impacto mecânico direto e pela compactação do solo (ANDRADE, 2003).
Para COLE (1993), o pisoteio pode ainda esmagar, machucar, remover ou
expor as raízes. As plantas dos locais pisoteados podem sofrer redução na altura, no
comprimento dos galhos, na área foliar, na produção de flores e sementes e na reserva
de carboidratos.
A intensidade destes impactos está relacionada diretamente com as
características do local sendo influenciada pela duração bem como pela intensidade e
tipo de uso deste local, por estes motivos observa-se uma maior perda da cobertura
vegetal e maior exposição de solo e de raízes nos locais mais freqüentados (MCEWEN
et al., 1996). As propriedades do solo do local, principalmente, definem a sua
vulnerabilidade à recreação, sendo que na maioria dos casos, o nível de
vulnerabilidade é baixo quando a textura, a matéria orgânica, a umidade e a fertilidade
são médias (TABELA 01) (COLE, 1993).

TABELA 01 – RELAÇÃO ENTRE AS PROPRIEDADES DO SOLO E A VULNERABILIDADE


DO LOCAL À RECREAÇÃO
Nível de Vulnerabilidade à Recreação
Propriedade do solo Baixo Médio Alto
Textura Média (silte) Grossa (areia) Fina (argila)
Matéria orgânica Média Baixa Alta
Umidade Média Baixa Alta
Fertilidade Média Alta Baixa
Profundidade Nenhuma Profundo Raso
FONTE: COLE (1993)

A erosão na trilha depende da intensidade de uso, da classe de solo, da


vegetação e da declividade, sendo que erosão a aumenta com o aumento do uso e da
declividade, independente do solo e da vegetação (VASHCHENKO et al., 2008).

3.3 AVALIAÇÃO DE TRILHAS E ESTRATÉGIAS PARA O MANEJO

Devido à preocupação com a degradação causada pela visitação em áreas


silvestres, nos Estados Unidos da América, diversos estudos foram realizados para
avaliar a erosão do solo em trilhas. Neste sentido, vários pesquisadores utilizaram e
propuseram diferentes métodos para avaliar a erosão em trilhas.
Com o objetivo de verificar qual o método mais eficiente, JEWELL e
HAMMITT (2000) compararam nove métodos de avaliação da erosão do solo em
trilhas, utilizados por pesquisadores americanos (TABELA 02), avaliando o nível de
treinamento requerido, a eficiência, a precisão, a acuracidade e a utilidade para o
manejo. Cada parâmetro avaliado recebeu um valor que variou de 1 a 5, sendo 1 igual
a muito baixo e 5 igual a muito alto.

TABELA 02 – MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA EROSÃO DO SOLO EM TRILHAS.


Método de Avaliação Descrição
Avaliação da classe de
condição
Classe de Condição Classes descritivas são definidas e determinadas para trilhas/segmentos
Avaliação morfométrica
Área da Seção Pontos de amostragem são determinados por um esquema de
Transversal amostragem. Medições são realizadas verticalmente a partir de uma
linha horizontal, a qual é fixada em piquetes em ambos os lados da
trilha.
Máxima Incisão Pós- Medição da profundidade é realizada em uma série de pontos ao longo
Construção (MIP) da trilha, após sua construção, são determinados por um esquema de
amostragem.

Máxima Incisão Corrente Medição do ponto mais profundo, realizada em uma série de pontos,
(MIC) determinados por um esquema de amostragem, ao longo da trilha.
Avaliação por censo
Censo dos Eventos Eventos erosivos são definidos, em seguida é realizado um censo.
Erosivos

Censo da Erosão Ativa A erosão ativa é definida, em seguida é realizado um censo.


Avaliação de área
Medição de área relativa Medição da área relativa, utilizando um quadro, são realizadas em uma
série de pontos determinados por um esquema de pontos de
amostragem.
Avaliação por fotografia
Fotografia Estereoscópica Fotografias verticais da trilha são tiradas e avaliadas utilizado um
planímetro, para posterior comparação com novas fotografias.

Avaliação por Fotografia As trilhas são identificadas e avaliadas esteoscópicamente a partir de


Aérea fotografias aéreas
FONTE: JEWELL e HAMMITT (2000)

Como resultado dessa avaliação, quatro métodos se destacaram, sendo que o


método da Classe de Condição da Trilha apresentou o menor nível de treinamento
requerido e a maior eficiência, enquanto que o método da Área da Seção Transversal
apresentou a maior precisão e a maior acuracidade. Já os métodos Censo dos Eventos
Erosivos e Censo da Erosão Ativa, apresentaram a maior utilidade para o manejo.
Percebe-se que cada método tem sua peculiaridade, apresentando vantagens e
desvantagens uns sobre os outros, portanto cabe a quem está manejando ou avaliando a
trilha escolher o mais adequado aos seus objetivos.
Em relação ao manejo, COLE (1993) sugere algumas estratégias e ferramentas
para controlar os impactos causados pelo uso recreativo, desde educação ambiental a
até o calçamento de trilhas (TABELA 03), sendo que a escolha da melhor alternativa
depende das características do uso e da vulnerabilidade do local.

TABELA 03 – FATORES QUE INFLUENCIAM OS IMPACTOS DO USO RECREATIVO,


ESTRATÉGIAS DE MANEJO E ALGUMAS FERRAMENTAS PARA MINIMIZAR IMPACTOS.
Fator Estratégia Ferramenta
Características do uso
Quantidade do uso Limitar a quantidade do uso Limitar o número de entrada.
Limitar o tamanho do estacionamento.

Tipo de atividade Limitar atividades Proibir certas atividades.


destrutivas Zonear por tipo de atividade.

Comportamento do Influenciar comportamentos Ensinar técnicas de baixo impacto.


visitante Proibir certos comportamentos.

Distribuição espacial Concentrar o uso Concentrar o uso com facilidades, tais


do uso como trilhas.

Temporal Controlar o período de uso Fechar áreas em certo período.


Vulnerabilidade Controlar a localização do Estabelecer facilidades sobre sítios
uso resistentes.

Fortalecer áreas Calçar trilhas.

Proteger áreas do uso Fechar áreas frágeis.


Construir pontes sobre locais vulneráveis.
Instar banheiros.
FONTE: COLE (1993)

Segundo COLE et al. (1987), a maioria dos impactos que ocorrem ao longo de
uma trilha é resultado de sua construção e de sua manutenção. Os impactos tornam-se
problema quando trilhas manejadas degradam ao ponto de ser difícil o uso, ou quando
trilhas não manejadas são abertas por visitantes. O problema da degradação pode ser
dividido em dois subproblemas: 1 – degradação em trilha manejada, geralmente por
erosão ou surgimento de poças d’água; e 2 – surgimento de trilhas indesejáveis, tais
como múltiplas trilhas em campo ou rede de trilhas informais em áreas muito
freqüentadas.
De acordo, ainda, com estes autores, os mais importantes fatores que
influenciam a degradação em trilhas geralmente são a localização, o propósito e a
manutenção das mesmas. A fim de evitar ou minimizar a degradação em trilhas
manejadas ou evitar o surgimento de trilhas indesejáveis, os autores sugerem algumas
estratégias e táticas que podem ser utilizadas (TABELA 04).

TABELA 04 – ESTRATÉGIAS E TÁTICAS PARA EVITAR OU MINIMIZAR A DEGRADAÇÃO


EM TRILHAS MANEJADAS OU EVITAR O SURGIMENTO DE TRILHAS INDESEJÁVEIS.
Estratégia Tática
Trilha manejada
Modificar a localização do Desestimular ou proibir o uso excessivo em certas trilhas.
uso em áreas-problema Estimular ou permitir o uso excessivo em certas trilhas.
Estabelecer trilhas em sítios duráveis.

Modificar o tempo de uso Desestimular ou proibir o uso excessivo (ou todo o uso) em estações
do ano em que as trilhas fiquem saturadas de água.
Cobrar taxa por uso excessivo (ou todo o uso) em estações do ano em
que as trilhas fiquem saturadas de água.

Modificar o tipo de uso e Desestimular ou proibir a permanência.


comportamento do
visitante

Aumentar a resistência do Proteger a trilha do impacto (por exemplo, construir pontes em áreas
recurso pantanosas).

Manter ou reabilitar o Fortalecer a trilha (por exemplo, revestir a trilha com cascalho).
recurso Manter ou recuperar a trilha (por exemplo, reparar regularmente as
barreiras contra enxurrada).
Trilha indesejável
Modificar a localização do Estabelecer trilha onde seja improvável a abertura de trilhas
uso em áreas-problema indesejadas (por exemplo, locar trilhas longe de campos e de locais
que possam tornar-se lamacentos e construir desvios).
Concentrar e canalizar o uso em trilha bem definida (por exemplo, usar
arbustos ou rochas para restringir o uso em um caminho bem definido).
Desencorajar ou proibir caminhadas fora das trilhas.

Modificar o tempo de uso Desestimular ou proibir o uso quando os solos estão saturados de água.

Modificar o tipo de uso e Desestimular ou proibir a abertura de novas trilhas.


comportamento do Incentivar certos comportamentos (por exemplo, andar pelas trilhas).
visitante Educação ambiental.

Manter ou recuperar o Fechar e recuperar trilhas indesejadas.


recurso
FONTE: COLE et al. (1987)
4 MATERIAL E MÉTODOS

4.1 LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

No Estado do Paraná, a Serra do Mar engloba diversas serras, sendo que nos
municípios de Antonina e Campina Grande do Sul está localizada a Serra Ibitiraquire
(Serra Verde em tupi), onde se encontra o Parque Estadual Pico Paraná, enquanto que
no município de Morretes situa-se o Maciço Marumbi, onde se encontra o Parque
Estadual Pico do Marumbi.

4.2 CARACTERIZAÇÃO DAS TRILHAS

4.2.1 Mapeamento e Caracterização das Condições das Trilhas

As trilhas serão mapeadas utilizando um GPS da marca Garmim, com a


configuração “South America 69”, correspondente ao datum SAD-69, o qual fornecerá
as coordenadas geográficas em latitude e longitude que serão convertidas para
coordenadas UTM em metros. No programa “ArcView GIS 3.2” os pontos obtidos
com o GPS darão origem aos traçados das trilhas. Para a tomada dos pontos será
observada a mudança das condições da trilha e de sua direção.
A caracterização das condições das trilhas será baseada na metodologia de
VASHCHENKO (2006), incluindo algumas adaptações. Cada trilha será subdividida
por vegetação atual, classe de solo e declividade média. Será utilizada declividade
média devido à oscilação da declividade na superfície da trilha (microrelevo). Em cada
segmento da trilha, definido pela mudança da declividade média, será indicada a
posição no relevo e a altitude, descrita a formação de degraus e a formação de sulcos,
avaliada a cobertura da vegetação do dossel, a cobertura da serrapilheira, a exposição
do solo, de raízes e de rochas, medida a espessura da serrapilheira, a largura e a
profundidade do leito, a profundidade do solo e a extensão do segmento e coletadas
amostras de solo para a avaliação da densidade aparente. A caracterização das
condições das trilhas será realizada como segue (ficha de campo, ANEXO 01):
a) Vegetação
A vegetação será reconhecida pela sua fisionomia (ficha de campo, ANEXO
02) e espécies típicas de cada formação que será classificada de acordo com IBGE
(1992b).
b) Classe de solo
As classes de solo serão identificadas a partir da abertura de perfis,
caracterizadas segundo SANTOS e LEMOS (2005), e classificadas conforme
EMBRAPA (2006).
c) Posição no relevo
A posição no relevo em que o segmento avaliado da trilha se encontra será
indicada observando o relevo e a declividade, seguindo a classificação: topo de
morro, localizado geralmente nas maiores altitudes e com superfície relativamente
plana; encosta convexa, normalmente localizando abaixo do topo apresentando o
aumento da declividade no sentido morro abaixo; encosta retilínea, que pode
localizar-se entre as encostas convexa e côncava, apresentando declividade
relativamente constante; encosta côncava, situada geralmente nas porções inferiores,
apresentando a diminuição da declividade no sentido morro abaixo; fundo de vale,
sendo definido como uma superfície relativamente plana às margens dos rios; e leito
do curso d’água, sendo o próprio rio, permanente ou efêmero.
d) Altitude
A altitude será obtida com um altímetro.
e) Declividade
A declividade média será obtida através de clinômetro.
f) Formação de degraus
O termo formação de degraus será utilizado para representar a trilha quando
esta apresentar um aspecto parecido como uma escada. Esta característica é
conseqüência, principalmente, do pisoteio aliado à declividade, que causa alteração do
microrelevo da trilha, podendo ser, também, conseqüência da exposição de raízes ou
rochas. A formação de degraus será classificada como ausente, quando não observado
nenhum degrau; pouco presente, quando observados degraus ocasionais; e muito
presente, quando observados degraus contínuos em todo o segmento avaliado.
g) Formação de sulcos
A descrição de sulco será usada quando visualmente for constatado que o
aprofundamento do leito foi conseqüência de enxurradas. A formação de sulcos será
classificada como ausente, quando não for observado nenhum sulco; pouco presente,
quando observados sulcos ocasionais e muito presente, quando observados sulcos
contínuos em todo o segmento.
h) Cobertura da vegetação do dossel
A cobertura da vegetação do dossel, representada pela projeção das folhas e
galhos das copas das árvores mais altas sobre a trilha, será estimada a partir de
fotografias tiradas no sentido vertical, onde as áreas escuras na fotografia
representaram a cobertura da vegetação, considerando cobertura de 100% quando a
fotografia estiver totalmente escura e 0% quando a fotografia estiver totalmente clara.
i) Cobertura da serrapilheira
A cobertura da serrapilheira representa o acúmulo de matéria morta e não
decomposta fornecida pelas árvores (folhas, galhos, etc.) sobre o solo. A cobertura da
serrapilheira será estimada visualmente, considerando cobertura de 100% quando todo
o segmento avaliado apresentar serrapilheira e 0% quando nenhum ponto do segmento
da trilha apresentar serrapilheira.
j) Exposição do solo
A exposição do solo será considerada como conseqüência da eliminação da
cobertura do solo (serrapilheira, quando sob floresta ou vegetação, quando sob campo
de altitude), causada pela ação do pisoteio. A exposição do solo será estimada
visualmente, considerando exposição de 100% quando todo o segmento avaliado
apresentar solo exposto e 0% quando nenhum ponto do segmento da trilha apresentar
solo exposto.
l) Exposição de raízes
A exposição de raízes de espécies arbóreas será considerada como conseqüência
do aumento da profundidade do leito da trilha, devido à perda de solo causada pelo
pisoteio, erosão ou pela ação de ambos. A exposição de raízes será estimada
visualmente, considerando exposição de 100% quando todo o segmento avaliado
apresentar raízes expostas e 0% quando nenhum ponto do segmento da trilha
apresentar raízes expostas.
m) Exposição de rochas
A exposição de rocha será considerada como conseqüência da perda total do
solo na trilha, causada pela ação de enxurrada (erosão). A exposição de rochas será
estimada visualmente, considerando exposição de 100% quando todo o segmento
avaliado apresentar rochas expostas e 0% quando nenhum ponto do segmento da trilha
apresentar rochas expostas.
n) Espessura da serrapilheira
A espessura da serrapilheira será obtida através da abertura de um perfil no
leito da trilha, com uma pequena pá até encontrar o solo, e medida com uma trena (em
centímetros).
o) Largura
A largura será considerada como a distância (em centímetros) entre as margens
do leito da trilha e determinada com uma trena.
p) Profundidade do leito e profundidade do solo na trilha
Será cravada uma barra de ferro no ponto mais profundo do leito da trilha até
atingir a rocha, transversalmente a esta barra será cruzada uma vareta apoiada nas
margens da trilha. A distância (em centímetros) da vareta até o solo será considerada
profundidade do leito, enquanto que a parte da barra que foi cravada no solo será a
profundidade do solo no leito da trilha; ambas profundidades serão medidas com uma
trena.
q) Extensão
A extensão aproximada das trilhas e de seus segmentos será obtida com a
utilização do programa ArcView GIS 3.2, com o qual se medirá a distância entre os
pontos obtidos com o GPS no mapeamento das trilhas.
r) Densidade aparente do solo
Para determinação da densidade aparente, serão coletas amostras indeformadas
de solo na profundidade de coleta dos anéis de 0 a 5 cm, utilizando-se um anel
volumétrico, com 4,6 cm de diâmetro e 3,4 cm de altura. Será coletada uma amostra
no leito da trilha, em local com forte influência humana (solo degradado), e outra ao
lado da trilha (a uma distância de 3 metros), em local sem influência humana (solo não
degradado).

4.2.2 Intensidade de Erosão

A Intensidade de Erosão será avaliada conforme a metodologia utilizada por


VASHCHNENKO et al. (2008), que utiliza os seguintes parâmetros: formação de
degraus, formação de sulcos e a profundidade do leito da trilha (TABELA 02).
Os parâmetros utilizados na obtenção da intensidade de erosão receberão
valores de impacto de 1 a 5 de acordo com a Tabela 1. O valor de intensidade de
erosão será obtido pela média aritmética dos valores de impacto referentes a estes
parâmetros, gerando as classes de intensidade de erosão, as quais variarão de 1 a 5,
sendo muito baixa e muito alta, respectivamente (TABELA 02).

TABELA 02 – VALORES DE IMPACTO PARA OS PARÂMETROS FORMAÇÃO DE DEGRAUS


E SULCOS E PROFUNDIDADE DO LEITO DA TRILHA E CLASSES DE
INTENSIDADE DE EROSÃO PARA ANÁLISE DA EROSÃO NAS TRILHAS.
Intensidade de
Profundidade do leito
Formação de Formação de Valor de Erosão
degraus sulcos impacto* Profundidade Valor de
Classe Valor
(cm) impacto
ausente ausente 1 0a5 1 Muito Baixa 1

pouco presente ausente 2 0 a 10 2 Baixa 2

muito presente ausente 3 0 a 15 3 Média 3


ausente, pouco ou
pouco presente 4 0 a 20 4 Alta 4
muito presente
ausente ou pouco
muito presente 5 0 a > 20 5 Muito Alta 5
presente
NOTA: * O valor de impacto é definido pela combinação entre a formação de degraus e sulcos, sendo
que a formação de sulcos prevalece sobre a formação de degraus.
FONTE: VASHCHENKO et al. (2008)
Na classe muito baixa (1) não ocorre à formação de degraus ou sulcos, enquanto
que nas classes baixa (2) e média (3) ocorre à formação de degraus, sem a formação de
sulcos, já nas classes alta (4) e muito alta (5) ocorre à formação de sulcos, com ou sem
a formação de degraus. Considera-se que a classe muito baixa representa o início do
processo erosivo, porém não havendo a formação de degraus ou sulcos, já a classe
baixa representa uma fase inicial da formação dos degraus, enquanto que na classe
média os degraus estão estabelecidos em toda a extensão do segmento da trilha
avaliado, já na classe alta os degraus estão sendo substituídos por sulcos ou os sulcos
estão surgindo sem a pré-existência dos degraus e na classe muito alta os sulcos estão
estabelecidos em quase toda a extensão do segmento da trilha avaliado, podendo haver
a presença de degraus, devido exposição de raízes ou rochas em conseqüência da
formação dos sulcos.
Em todas as classes de intensidade de erosão pode ocorrer o aprofundamento do
leito, o qual pode ser conseqüência do pisoteio, ação de enxurrada ou a combinação
destes. Observa-se que na formação de degraus não ocorre o aprofundamento do leito,
portanto a altura dos degraus representa o parâmetro profundidade do leito.
Considerando a pouca profundidade dos solos (em torno de 50 cm de
espessura), utilizar-se-á os valores de impacto 1, 2, 3, 4 e 5 para as profundidades de 0
a 5 cm, 0 a 10 cm, 0 a 15 cm 0 a 20 cm e 0 a 25 cm, respectivamente (Tabela 02). Pois
a profundidade de 5 cm do leito da trilha sob um solo de 25 cm de espessura
representará uma perda de solo igual a 20%, por exemplo.

4.2.3 Intensidade de Uso

Como o Parque Estadual Pico do Marumbi já está implantado e existe o


controle da visitação, a intensidade de uso será fornecida pela administração do
parque, a partir dos dados obtidos nos anos anteriores.
Já para o Parque Estadual Pico Paraná, que ainda não foi implantado, a
intensidade de uso será estimada a partir de entrevistas, conforme VASHCHENKO
(2006), sendo realizadas de uma a duas vezes por mês durante o período de um ano.
Os dias para a realização das entrevistas serão escolhidos aleatoriamente e o tempo de
permanência para a realização das entrevistas variará de dois a três dias, sendo um dia
de semana e um ou dois dias de final de semana ou feriado.
O modelo do questionário utilizado para entrevistar os grupos de visitantes está
apresentado no ANEXO 03. A questão chave do questionário será referente ao roteiro
utilizado pelos montanhistas, indicando quantas vezes o grupo passou em cada trecho,
podendo ser duas vezes, quando ida e volta pelo mesmo caminho, ou uma vez quando
a tomada de um caminho para ida e outro para volta.
O número de passagem de visitantes durante um ano, para cada trecho da
trilha, será estimado a partir dos dados obtidos nas entrevistas. A média de passagens
para cada dia da semana (sábado, domingo, feriado e dia útil) será obtida dividindo-se
o número de passagem total ocorrido em cada dia da semana pelo número total desses
dias em que serão realizadas as entrevistas. O valor do número de passagem de
visitantes será obtido multiplicando-se a média de passagens para cada dia da semana
com o número total desses dias, ocorrido durante um ano. O número anual de
passagem por trecho será obtido somando o número de passagem anual dos dias da
semana do trecho correspondente.
Além do roteiro utilizado pelos visitantes o questionário conterá outras
perguntas (ANEXO 03), as quais serão efetuadas com o objetivo de conhecer o perfil e
as preferências dos visitantes, para auxiliar na proposta de manejo das trilhas.

4.3 RELAÇÃO ENTRE INTENSIDADE DE EROSÃO E A INTENSIDADE DE


USO, A VEGETAÇÃO, A CLASSE DE SOLO E A DECLIVIDADE

Para discutir a relação entre intensidade de erosão e a intensidade de uso, a


vegetação, a classe de solo e a declividade será adotada a metodologia utilizada por
VASHCHENKO (2006), a qual se baseia na comparação entre as variáveis
encontradas em campo e as respectivas classes de intensidade de erosão obtidas por
cálculo, e foi utilizada para avaliar a trilha para os picos Camapuã e Tucum, conforme
a TABELA 03.

TABELA 03 – RELAÇÃO ENTRE A DECLIVIDADE (%) OBSERVADA EM CAMPO E A


RESPECTIVA INTENSIDADE DE EROSÃO PARA CADA CLASSE DE SOLO
E NÚMERO DE PASSAGEM NA TRILHA.
Intensidade de Erosão
Número
Classe de Muito Muito
de Vegetação
solo Baixa Baixa Média Alta Alta
passagem
1 2 3 4 5
n V S x% y% z% r% s%
NOTA: x%, y%, z%, r% e s%, representam: declividades (%) observadas em campo.

4.4 PROPOSTA PARA O MANEJO DAS TRILHAS

A proposta para o manejo das trilhas será elaborada com base nos resultados
da avaliação das mesmas, relacionando a intensidade de erosão com a intensidade de
uso, solo, vegetação e declividade. Além do embasamento nestes resultados, utilizar-
se-á a combinação de algumas das informações, direta ou indiretamente, obtidas nas
entrevistas com os visitantes e na consulta de trabalhos científicos referentes ao
assunto.
5 CRONOGRAMA
Mês

Atividade 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42
Parque Estadual Pico do
Marumbi
Avaliação das trilhas:
a) Rochedinho x
b) Facãozinho x x x x
c) Frontal x x x
d) Noroeste x x x x
Parque Estadual Pico
Paraná
Avaliação das trilhas:
a) Paraná, Ibitirati e
x x x x x x
Camelos
b) Caratuva e Taipabussu x x x x
c) Itapiroca x x
Entrevista dos visitantes x x x x x x x x x x x x
Análise de dados x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
Redação x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
Relatórios parciais x x
Submissão x
Defesa x
6 REFERÊNCIAS

ANDRADE, W. J. de. Implantação e manejo de trilhas. In MITRAUD, S. Manual de


ecoturismo de base comunitária: ferramentas para um planejamento responsável.
Brasília: WWF. 2003. p 247 – 259.

BARROS, M. I. A. Caracterização da visitação, dos visitantes e avaliação dos


impactos ecológicos e recreativos do planalto do Parque Nacional do Itatiaia.
Piracicaba, SP. 2003. 121p. Dissertação (Mestrado em Recursos Florestais). Escola
Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo.

BIGARELLA, J.J. A Serra do Mar e a Porção Oriental do Estado do Paraná.


Curitiba: Secretaria Estadual de Planejamento/Associação de Defesa e Educação
Ambiental. 1978. 248p.

COLE, D. N. Minimizing conflict between recreation and nature. In SMITH D.S.;


HELLMUND, P.C. Ecology of greenways: Design and function of linear
conservation areas. Minneapolis, MN: University of Minnesota Press. p 105 - 122.
1993.

COLE, D. N. Recreational trampling experiments: effects of trampler weight and


shoe type. Res. Pap. INT-RN-425. Ogden, UT: U.S. Department of Agriculture,
Forest Service, Intermountain Research Station. 4p. 1995.

COLE, D. N.; PETERSEN, M. E.; LUCAS, R. C. Managing wilderness recreation


use. Gen. Tech. Rep. INT-230. Ogden, UT: U.S. Department of Agriculture, Forest
Service, Intermountain Research Station. 60 p. 1987.

EMBRAPA. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Centro Nacional de


Pesquisa de Solos. Sistema brasileiro de classificação de solos. 2 ed. Rio de Janeiro,
2006. 306 p.

GOIDANICH, K. L.; MOLETTA, V. F. Turismo ecológico. 3 ed. Porto Alegre:


SEBRAE/RS. 2000. 60 p.

JEWELL, M. C.; HAMMITT W. E. Assessing soil erosion on trails: a comparison of


techniques. In: COLE, D. N. et al, comps. Wilderness science in a time of change
conference v 5: wilderness ecosystems, threats, and management; 1999 May 23–
27; Missoula, MT. Proceedings RMRS-P-15-VOL-5. Ogden, UT: U.S. Department of
Agriculture, Forest Service, Rocky Mountain Research Station. p 133- 140. 2000.

MAACK, R. Geografia Física do Estado do Paraná. 2 ed. Rio de Janeiro, J.


Olímpio; Curitiba: Secretaria da Cultura e do Esporte do Governo do Estado do
Paraná. 1981. 450p.
MAGRO, T. C. Impactos do uso público em uma trilha no planalto do Parque
Nacional do Itatiaia. São Carlos, SP. 1999. 135p. Tese (Doutorado em Ciências da
Engenharia Ambiental). Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São
Paulo.

MCEWEN, D.; COLE, D. N.; SIMON, M. Campsite impacts in four wildernesses in


the South-Central United States. Res. Pap. INT-RP-490. Ogden, UT: U.S.
Department of Agriculture, Forest Service, Intermountain Research Station. 12 p.
1996.

SANTOS, R.D.; LEMOS, R.C.; SANTOS, H.G.; KER, J.C.; ANJOS, L.H.C. Manual
de descrição e coleta de solo no campo. 5. ed. Viçosa: SBCS, 2005. 92 p.

SEMA - Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Diretrizes para


uma política estadual de ecoturismo. Curitiba: Instituto Ambiental do Paraná - IAP.
1996.

VASHCHENKO, Y. Caracterização da trilha e o impacto do montanhismo nos


picos Camapuã e Tucum – Campina Grande do Sul – PR. Curitiba, PR. 2006. 96p.
Dissertação (Mestrado em Ciência do Solo). Setor de Ciências Agrárias, Universidade
Federal do Paraná.

VASHCHENKO, Y.; BIONDI, D.; FAVARETTO, N. Erosão causada pela prática do


montanhismo na trilha para os picos Camapuã e Tucum – Campina Grande do Sul
(PR). Revista Floresta. v 38, n 1, p 71-85, 2008.
ANEXO 01 – FICHA DE CAMPO PARA DESCRIÇÃO DAS CONDIÇÕES DA TRILHA
Trilha: _____________________________________________________ Data: _______ Folha: ____
Posição Exposição
Vegetação Altitude D CV CS ES L PT PS Extensão
Trecho Solo no FD FS Solo Raíz Rocha Observação
atual (m) (%) (%) (%) (cm) (cm) (cm) (cm) (m)
relevo (%) (%) (%)

Nota: Posição no relevo: TM – topo de morro, E1 – encosta convexa, E2 – encosta retilínea, E3 – encosta côncava, FV – fundo de vale; LE – leito do
curso de água; D – declividade; FD – formação de degraus: a – ausente, p – pouco presente, m – muito presente; FS – formação de sulcos: a – ausente, p –
pouco presente, m – muito presente; CV – cobertura da vegetação do dossel; CS – cobertura da serrapilheira; ES – Espessura da serrapilheira; L – largura
da trilha; PT – profundidade do leito; PS – profundidade do solo na trilha; Da: densidade aparente do solo: DT – dentro da trilha, FT – fora da trilha.
ANEXO 02 – FICHA DE CAMPO PARA DESCRIÇÃO FISIONÔMICA DA VEGETAÇÃO
Trilha: _____________________________________________________ Data: _______ Folha: ____
Altura das
Número Diâmetro
Vegetação Altitude árvores do
Tr de Epífitas LH LL G AD das árvores
atual (m) dossel
estratos (cm)
(m)

Nota: Tr – trecho; Epífitas: R – raras; P – poucas, A – abundante; LH – lianas herbáceas: A –


abundante, P – poucas, R – raras; LL – lianas lenhosas: A – ausente, R – rara, P- presente; G –
gramíneas: A – abundante, P – poucas, R – raras; AD – amplitude diamétrica: P – pequena, M –
média, G – grande.
ANEXO 03 – QUESTIONÁRIO APLICADO AOS GRUPOS DE VISITANTES NO PARQUE
ESTADUAL PICO PARANÁ.
Data de chegada: __/__/__ Dia da semana: ______________ Folha: _____
Meio de acesso: carro ( ) a pé/ônibus ( ) moto ( )
Indivídual ( ) Grupo ( )
Número de integrantes do grupo: Masculino: __ Idade (cada um): ______________
Feminino: __ Idade (cada um): ______________
Instrução (enumerado conforme ocorrência no grupo):
Fundamental ( ) Médio ( ) Superior ( ) Pós-graduação ( )
Experiência (enumerado conforme ocorrência no grupo):
Primeira vez ( ) de 02 a 05 vezes ( ) mais de 05 vezes ( )
Conhecimento de outros picos:
Nenhum ( ) Um ( ) de 02 a 05 ( ) mais de 05 ( )
Roteiro realizado (enumerado conforme a seqüência realizada):
Caratuva ( ) Taipabussu ( ) Itapiroca ( ) Abrigo 1 ( ) Abrigo 2 ( )
Camelos ( ) Paraná ( ) Ibitirati ( ) Outros ( ) _________________
Justificativa: Objetivo ( ) Cansaço ( ) Chuva ( ) Tempo de permanência ( )
Pernoite: Sim ( ) Não ( ) (enumerado conforme a seqüência realizada)
Getúlio ( ) Caratuva ( ) Taipabussu ( ) Itapiroca ( )
Abrigo 1 ( ) Abrigo 2 ( ) Camelos ( ) Paraná ( )
Tempo de permanência: Um dia ( ) Dois dias ( ) Três dias ( ) Quatro dias ( )
Preferências do visitante (enumerado conforme ocorrência no grupo):
Atividade? Caminhar/Acampar ( ) Caminhar ( )
Quando? Dias úteis ( ) Final de semana ( ) Feriado ( ) Férias ( )
Período do ano? Primavera (out/novdez) ( ) Verão (jan/fev/mar) ( ) Outono (abr/mai/jun) ( )
Inverno (jul/ago/set) ( ) Indiferente ( )
O local de acampamento deve proporcionar:
Contato com a natureza ( ) Vista à paisagem ( ) Silêncio ( ) Isolamento ( )
Segurança ( ) Comodidade (proximidade/banheiro/lixeiras) ( )
O que dificulta a caminhada? Extensão ( ) Declividade ( ) Obstáculos/raízes ( )
Gostaria de ter Informações sobre: As trilhas/tempo/dificuldade ( ) Fauna ( )
Flora ( ) Geologia ( ) Solos ( )

You might also like