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CONCEITO: É um dever jurídico sucessivo que seja para recompor o dano decorrente
da violação de um dever jurídico originário. Sérgio Cavaliei Filho. (Majoritário)
Minoritária: A responsabilização sem uma obrigação originária. Ex: Fiador, não foi ele
quem deu origem a relação.
FATO JURÍDICO: somente o fato que tem repercussão jurídica. Esse fato é aquele
que se ajusta a hipótese prevista na lei (fato abstrato). Quando, no mundo real, ocorre
um fato que se ajusta a hipótese prevista na norma, a norma incide sobre esse fato,
atribuindo-lhe efeitos jurídicos. Fato jurídico,, é o acontecimento capaz de produzir
consequéncias jurídicas, como o nascimento, a extincáo e a alteração de um direito
subjetivo.
Podem ser:
ESPÉCIES DE RESPONSABILIDADES:
a) Responsabilidade Subjetiva e Objetiva:
I. Subjetiva: O Código Civil de 2002, em seu art. 186 manteve a culpa como
principal pressuposto da responsabilidade civil subjetiva. A palavra culpa está
sendo aqui empregada em sentido amplo, lato sensu, para indicar não só a
culpa stricto sensu, como também o dolo. a vítima só obterá a reparação do
dano se provar a culpa do agente, o que nem sempre é possível na sociedade
moderna. ATO ILÍCITO + DANO + NEXO + CULPA
II. Objetiva: sem culpa, baseada na chamada teoria do risco, que acabou sendo
também adotada pela lei brasileira em certos casos, e agora amplamente pelo
Código Civil no parágrafo único do seu art. 927, art. 931 e outros.
ATO ILÍCITO + DANO + NEXO. Teoria do risco = não importa a conduta da
pessoa que assumiu a obrigação. Se causou dano, REPARA.
b) Contratual e Extracontratual :
I. Contratual: Se preexiste um vínculo obrigacional, e o dever de indenizar
é consequência do inadimplemento, temos a responsabilidade
contratual, também chamada de ilícito contratual ou relativo. OBS:Culpa
de regra é presumida, invertendo o ônus e o devedor provar que não
agiu com culpa. A vítima só prova nas que não foi cumprida. Então,
haverá responsabilidade contratual quando o dever jurídico violado
estiver previsto no contrato. Dano no contrato.
II. Extracontratual: Surge em virtude de lesão a direito subjetivo, sem que
entre ofensor e vítima preexista qualquer relação jurídica que ao
possibilite. Também chamada de ilícito aquiliana ou absoluta. Violação
direta da norma legal. OBS: Aqui a culpa deverá ser provada pela
vítima. Ex: acidente de trânsito.
5.1 Exclusão da Ilicitude: Nem todo ato danoso é ilícito, assim como nem todo ato
ilícito é danoso. Por isso a obrigação de indenizar só ocorre quando alguém pratica ato
ilícito e causa dano a outrem. O art. 927 do Código Civil é expresso nesse sentido:
“Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica abrigado a
repará-lo." E o art. 186, por sua vez, fala em violar direito e causar dano. O art. 188 do
Código Civil prevê hipóteses em que a conduta do agente, embora cause dano a
outrem, não viola dever jurídico não constituem ato ilícito os praticados no exercício
regular de um direito, em legítima defesa ou em estado de necessidade.
A culpa lato sensu: Pode-se conceituar a culpa como conduta voluntária contrária ao
dever de cuidado imposto pelo Direito, coma produção de um evento danoso
involuntário, porém previsto ou previsível.
Espécies de culpa: culpa será grave se o agente atuar com grosseira falta de
cautela, com, descuido injustificável ao homem normal, impróprio ao comum dos
homens. E a culpa com previsão do resultado, também chamada culpa consciente,
que se avizinha do dolo eventual do Direito Penal. Em ambos há previsão ou
representação do resultado, só que no dolo eventual o agente assume o risco de
produzi-lo, enquanto na culpa consciente ele acredita sinceramente que o evento não
ocorrerá. Haverá culpa leve se a falta puder ser evitada com atenção ordinária, como
cuidado próprio do homem comum. Já, a culpa levíssima caracteriza-se pela falta de
atenção extraordinária, pela ausência de habilidade especial ou conhecimento
singular. Em suma, a gravidade da culpa está na maior ou menor previsibilidade do
resultado e na maior ou menor falta de cuidado objetivo por parte do causador do
dano.