O nome original dessa tela é “Independência ou Morte” mas ficou conhecida
como “O grito do Ipiranga” O artista Pedro Américo terminou de pintar o quadro
em 1888 em Florença, na Itália (66 anos após a independência ser proclamada). Foi a família real que encomendou a obra pois ela investia na construção do Museu do Ipiranga ( atual Museu Paulista da USP), A ideia da obra era ressaltar o poder monárquico do recém instaurado império.Ela está disponível no site: www.historiadasartes.com.br. A obra representa a cena de Dom Pedro I proclamando a independência do Brasil. Na tela também aparecem à direita e à frente do grupo principal, em semicírculo, os cavaleiros da comitiva; à esquerda, e em oposição aos cavaleiros, está um longo carro de boi guiado por um homem do campo que olha a cena curiosamente. O artista se preocupava em estudar todos os detalhes de seus quadros, como roupas, armas e os tipos físicos das pessoas. Para a produção deste quadro, ele se dirigiu frequentemente ao bairro do Ipiranga para conhecer a luz, a topografia e outros aspectos do lugar. O autor ressalta o marco histórico da independência Brasileira com muita grandiosidade além do que realmente aconteceu, isto a pedido da família Real, pois a ideia da obra era ressaltar o poder monárquico do recém- instaurado império. O cenário onde ocorreu o fato é perceptível. A casa as margens do rio Ipiranga, que está presente na pintura, foi fielmente reproduzida assim como estava no ato do fato histórico, Dom Pedro I bradando o grito do Ipiranga também aconteceu como feito na pintura. Por fim, a imagem tem como objetivo passar para nós uma ideia de como aconteceu o marcante e decisiva na história da independência brasileira, servindo também de fontes histórica para ser trabalhadas e estudada, pelos educadores nas escolas. O autor da obra “ Retablo dde La independência” é o pintor Juan O’Gorman, que foi produzida entre 1960-1961, que retrata independência do México que ocorreu em 27 de setembro de 1821, porém só foi reconhecida pela Espanha em 28 de abril de 1836. Esta obra está disponível no Museu Nacional do México. Também disponível em: http:htgogormarrt.wordpress.com.
Na pintura o autor retrata a independência do México de uma maneira ampla,
tentando abordar todas as classes e todos os poderes que influenciaram a independência. A analise de um mural como o altar da independência do Juan O’Gorman nos permite compreender como as pessoas chegam a contemplar a história e a partir de diferentes pontos de vista.
Durante todo mural de independência, o autor apresentou uma série de
documentos escritos distribuídos por todo o seu trabalho. A mensagem que entra em cada um é variada. Em alguns casos, eles são franceses que ajudam a compreender a natureza das ações apresentadas na pintura. Em outros casos, eles são listas de nomes e finalmente, eles também podem ser fragmentos de testos relacionados com o tema (alguns deles produzidos pelos personagens retratados no mural, alguns historiadores e cientistas sociais).
O autor da obra conseguiu abordar de maneira ampla todas as fases do
processo de independência devido a diferença temporal entre o fato e a criação da obra, já que o autor teve uma visão mais ampla do fato histórico, por isso consegue retratar diferentes momentos importantes do processo de independência do México. Na imagem dá para perceber os recortes feitos pelo autor para diferenciar os diferentes momentos retratados por ele dá para conhecer os diferentes poderes dominantes da época. É uma obra que você consegue enxergar com nitidez e com um toque lúdico o que aconteceu naquele momento da história do México.
Que tipo de conhecimento pode ser produzido em sala de aula a partir da
linguagem visual?
A imagem sempre exerceu um papel narrativo, descritivo e persuasivo na
sociedade. Os sonhos, por exemplo, têm seu enredo construído através de imagens. A experiência onírica intrigou egípcios, gregos e mais recentemente Freud que, a partir da interpretação dessas experiências, revolucionou a ciência, estabelecendo um marco na história do pensamento. Retrocedendo consideravelmente no tempo, chegando à Pré-História, podemos avaliar a importância atribuída à produção das imagens, até mesmo para a sobrevivência daqueles grupos humanos. De volta aos tempos atuais, temos as novas tecnologias que criam imagens cada vez mais sofisticadas, vulgarizam seu uso, ampliam de forma inimaginável sua difusão, tornando-as parte integrante e indispensável na construção do conhecimento dos alunos em sala. Se fizermos um passeio mais demorado pela História da Humanidade, vamos identificar a presença constante de imagens nos vários campos do saber. Todas as áreas da atividade humana delas se serviram em algum momento, para atingir objetivos específicos. Isso nos remete à crença num processo intuitivo, ou seja, natural de leitura de imagens. Entretanto, o uso dessas imagens não se dá de maneira natural; sua produção é pensada, escolhas são realizadas, códigos são estabelecidos com seus símbolos, signos e sinais, o que significa dizer que existe uma linguagem visual que deve ser aprendida para que ocorra a comunicação. Mas linguagem visual não é apenas um sistema de signos que serve de meio de comunicação entre indivíduos e pode ser percebido pelos órgãos dos sentidos; é também um meio de apreender conceitos, deampliar e de produzir conhecimento do mundo físico e cultural, e um instrumento de formação de consciência. No entanto, o público receptor continua utilizando critérios intuitivos de recepção e visualização dos textos visuais, de leitura e análise desses discursos, consumindo desordenadamente e de forma acrítica as imagens que lhes são apresentadas, o que revela a permanência da crença no processo natural quando a questão é imagem. Hoje, no mundo imagético em que vivemos, essa crença não mais se justifica. Portanto, desenvolver estudos que contribuam para o fomento de uma reflexão em torno da formação instrumental e crítica em linguagem visual como parte integrante da formação escolar básica e, consequentemente, da demanda de inserção na sociedade contemporânea, é tarefa fundamental de todos aqueles envolvidos no processo Educacional, qualquer que seja o nível de atuação.