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DIREITO CIVIL - TJ/MS (ANALISTA JUDICIÁRIO)
Teoria e Questões
Aula 04 – Profa Aline Santiago
AULA 04
Direito das Obrigações
SUMÁRIO
Apresentação da Aula 04..............................................................................................................2
Cronograma das Aulas .................................................................................................................3
Teoria Geral das Obrigações. ........................................................................................................3
Fontes das Obrigações. ................................................................................................................4
Das obrigações de dar (obligationes dandi). .................................................................................. 6
Das Obrigações de Fazer (obligationes faciendi). ......................................................................... 11
Das Obrigações de Não Fazer...................................................................................................... 12
Modalidades de obrigações quanto aos seus elementos. ............................................................ 13
Obrigações cumulativas. ............................................................................................................ 13
Obrigações alternativas (arts. 252 a 256). ................................................................................... 14
Das Obrigações Divisíveis e Indivisíveis ....................................................................................... 15
Das Obrigações Solidárias (arts. 264 a 285). ................................................................................ 18
Da Solidariedade Ativa (concorrência de credores) ..................................................................... 19
Da Solidariedade Passiva (concorrência de devedores)................................................................ 21
Obrigações quanto ao tempo do adimplemento (do cumprimento). ............................................ 23
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Teoria e Questões
Aula 04 – Profa Aline Santiago
Da Confusão .............................................................................................................................. 55
Da Remissão das Dívidas ............................................................................................................ 56
Do Inadimplemento das Obrigações (arts. 389 a 420). ................................................................ 56
Da Mora (arts. 394 a 401) ........................................................................................................... 59
Das Perdas e Danos (arts. 402 a 405) .......................................................................................... 61
Dos Juros Legais (arts. 406 e 407) ............................................................................................... 62
Da Cláusula Penal (arts. 408 a 416). ............................................................................................ 63
Das Arras ou Sinal (arts. 417 a 420). ............................................................................................ 65
Considerações Finais .................................................................................................................. 66
Resumo da Matéria .................................................................................................................... 67
Questões da FCC/CESPE/VUNESP/FGV ....................................................................................... 82
Questões Comentadas ............................................................................................................... 82
Obrigações alternativas (arts. 252 a 256). ........................................................................................... 89
Lista de Questões ..................................................................................................................... 120
Gabarito .................................................................................................................................. 135
AULA 04
DIREITO DAS OBRIGAÇÕES.
Apresentação da Aula 04
Os temas da aula de hoje não são difíceis, mas, há uma grande carga
teórica e o seu estudo pode ser um pouco cansativo principalmente devido à
grande quantidade de informações que você terá pela frente, por isto vá com
calma, sem afobações e entre em contato conosco em caso de dúvidas.
O direito patrimonial é dividido em direito das coisas e direito das
obrigações.
Novamente, nos colocamos à sua disposição, para ajudá-lo(a) em
caso de dúvidas, por meio do fórum.
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Código
Civil
Aula 04 Das Obrigações. Art. 286 ao 420 do CC
AULA 04
DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
Teoria Geral das Obrigações.
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Sílvio de Salvo Venosa, Direito Civil II, ed. Atlas, 11 ed., pág. 50.
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2
Maria Helena Diniz, Manual de direito Civil, Saraiva 2011, pág. 282.
3
Carlos Roberto Gonçalves, Direito Civil Esquematizado, Saraiva 2012, 2ª ed., pág. 441.
4
Em, Costa Machado, Código Civil Interpretado, Manole 2012, 5ª ed., pág. 236.
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(elemento
subjetivo) (elemento
vínculo objetivo) objeto
sujeitos
obrigacional
ativo passivo
é o elemento
(é para quem a (é quem deve material (é a
prestação é cumprir a própria
devida) obrigação) prestação)
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Art. 233. A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não
mencionados, salvo se o contrário resultar ¹do título ou ²das circunstâncias do caso.
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5
Carlos Roberto Gonçalves, Direito Civil Esquematizado, Saraiva, 2ª ed., pág. 473.
6
CC Art. 402. “Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos
devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu (DANO EMERGENTE), o
que razoavelmente deixou de lucrar (LUCRO CESSANTE).” (As observações ao texto da lei são
nossas).
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Continuando!
Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, ¹sem culpa do
devedor, antes da tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a
obrigação para ambas as partes; ²se a perda resultar de culpa do devedor,
responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos.
Art. 235. Deteriorada a coisa, ¹não sendo o devedor culpado, poderá o credor
resolver a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu.
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Art. 236. ²Sendo culpado o devedor, poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar
a coisa no estado em que se acha, com direito a reclamar, em um ou em outro caso,
indenização das perdas e danos.
Se a coisa se deteriorar (veja que a coisa ainda existe, apenas perdeu em parte seu
valor – é a perda parcial da coisa)
¹Sem culpa do devedor – se dá por resolvida a obrigação ou pode o credor
aceitar a coisa, mas com abatimento do preço.
²Com culpa do devedor – o devedor reponde pelo equivalente ou pode o credor
aceitar a coisa, mas nas duas situações caberá indenização das perdas e danos.
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Art. 237. Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus melhoramentos e
acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento no preço; se o credor não anuir, poderá
o devedor resolver a obrigação.
Parágrafo único. Os frutos percebidos são do devedor, cabendo ao credor os
pendentes.
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Art. 241. Se, no caso do art. 238, sobrevier melhoramento ou acréscimo à coisa,
sem despesa ou trabalho do devedor, lucrará o credor, desobrigado de
indenização.
Art. 242. Se para o melhoramento, ou aumento, empregou o devedor trabalho ou
dispêndio, o caso se regulará pelas normas deste Código atinentes às benfeitorias
realizadas pelo possuidor de boa-fé ou de má-fé.
Parágrafo único. Quanto aos frutos percebidos, observar-se-á, do mesmo modo, o
disposto neste Código, acerca do possuidor de boa-fé ou de má-fé.
Art. 243. A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade.
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Art. 244. Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha pertence
ao devedor, se o contrário não resultar do título da obrigação; mas não poderá
dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor.
Art. 245. Cientificado da escolha o credor, vigorará o disposto na Seção antecedente.
Art. 246. Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da
coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito.
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Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a
prestação a ele só imposta, ou só por ele exequível.
Art. 249. Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-lo
executar à custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da
indenização cabível.
Parágrafo único. Em caso de urgência, pode o credor, independentemente de
autorização judicial, executar ou mandar executar o fato, sendo depois ressarcido.
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Art. 250. Extingue-se a obrigação de não fazer, desde que, sem culpa do devedor,
se lhe torne impossível abster-se do ato, que se obrigou a não praticar.
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Art. 251. Praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara, o credor
pode exigir dele que o desfaça, sob pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo o
culpado perdas e danos.
Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá o credor desfazer ou mandar desfazer,
independentemente de autorização judicial, sem prejuízo do ressarcimento devido.
Obrigações cumulativas.
Há, nas obrigações cumulativas, pluralidade de objetos. Por exemplo,
entregar um carro e um apartamento. Neste tipo de obrigação o cumprimento
deve ser num todo, ou seja, os dois objetos devem ser entregues. Se isto não
ocorrer o inadimplemento (o descumprimento da obrigação) será tido como
total. Motivo desta afirmação já utilizada por uma banca de concursos: A
obrigação cumulativa é a obrigação consistente em um vínculo jurídico pelo
qual o devedor se compromete a realizar diversas prestações, de tal modo que
não se considerará cumprida a obrigação até a execução de todas as
prestações prometidas, sem exclusão de uma só.
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Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa
não se estipulou.
§ 1o Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte
em outra.
§ 2o Quando a obrigação for de prestações periódicas, a faculdade de opção poderá
ser exercida em cada período.
Art. 253. Se uma das duas prestações não puder ser objeto de obrigação ou se tornada
inexequível, subsistirá o débito quanto à outra.
Art. 254. Se, por culpa do devedor, não se puder cumprir nenhuma das prestações,
não competindo ao credor a escolha, ficará aquele obrigado a pagar o valor da que
por último se impossibilitou, mais as perdas e danos que o caso determinar.
Art. 255. Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações tornar-se
impossível por culpa do devedor, o credor terá direito de exigir a prestação subsistente
ou o valor da outra, com perdas e danos; se, por culpa do devedor, ambas as
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IMPORTANTE:
Origação
(na representação ao lado é como se
"A3" existissem três obrigações, uma para
cada credor ou devedor – é uma
presunção)
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Art. 258. A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma coisa ou
um fato não suscetíveis de divisão, ¹por sua natureza, ²por motivo de ordem
econômica, ou ³dada a razão determinante do negócio jurídico.
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Art. 259. Se, havendo dois ou mais devedores, a prestação não for divisível, cada
um será obrigado pela dívida toda.
Parágrafo único. O devedor, que paga a dívida, sub-roga-se no direito do credor em
relação aos outros coobrigados.
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Art. 260. Se a pluralidade for dos credores, poderá cada um destes exigir a dívida
inteira; mas o devedor ou devedores se desobrigarão, pagando:
I - a todos conjuntamente;
II - a um, dando este caução de ratificação dos outros credores.
Art. 261. Se um só dos credores receber a prestação por inteiro, a cada um dos
outros assistirá o direito de exigir dele em dinheiro a parte que lhe caiba no total.
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credor "A" recebe o
pagamento e dá caução de
há desobrigação quanto a "A"
ratificação dos credores "B" e
"C"
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Art. 262. Se um dos credores remitir a dívida, a obrigação não ficará extinta para
com os outros; mas estes só a poderão exigir, descontada a quota do credor
remitente.
Parágrafo único. O mesmo critério se observará no caso de transação, novação,
compensação ou confusão.
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Na solidariedade
ativa é como se
existisse um único A solidariedade se aproxima muito da
credor, já na obrigação indivisível, mas com esta, no
solidariedade passiva entanto, não se confunde.
é como se existisse
um único devedor.
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Em Carlos Roberto Gonçalves, Direito Civil Esquematizado, Saraiva, 2ª ed., pág. 510.
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IMPORTANTÍSSIMO:
Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das
partes.
Art. 266. A obrigação solidária pode ser pura e simples para um dos cocredores ou
codevedores, e condicional, ou a prazo, ou pagável em lugar diferente, para o outro.
Art. 267. Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o
cumprimento da prestação por inteiro.
Art. 268. Enquanto alguns dos credores solidários não demandarem o devedor comum,
a qualquer daqueles poderá este pagar.
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Art. 269. O pagamento feito a um dos credores solidários extingue a dívida até o
montante do que foi pago.
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Veja que na relação interna (entre os credores solidários) a dívida pode ser
fracionada. Se um credor perdoar a dívida ou receber o pagamento, terá este
que dar aos outros credores a parte que lhes caiba.
Art. 273. A um dos credores solidários não pode o devedor opor as exceções
pessoais oponíveis aos outros.
Art. 274. O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os demais,
mas o julgamento favorável aproveita-lhes, sem prejuízo de exceção pessoal que o
devedor tenha direito de invocar em relação a qualquer deles. (Redação dada pela Lei
nº 13.105, de 2015)
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Art. 278. Qualquer cláusula, condição ou obrigação adicional, estipulada entre um dos
devedores solidários e o credor, não poderá agravar a posição dos outros sem
consentimento destes.
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Art. 280. Todos os devedores respondem pelos juros da mora, ainda que a ação
tenha sido proposta somente contra um; mas o culpado responde aos outros pela
obrigação acrescida.
Art. 281. O devedor demandado pode opor ao credor as exceções que lhe
forem pessoais e as comuns a todos; não lhe aproveitando as exceções pessoais a
outro codevedor.
Art. 282. O credor pode renunciar à solidariedade em favor de um, de alguns ou
de todos os devedores.
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Art. 283. O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir de cada
um dos codevedores a sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do insolvente,
se o houver, presumindo-se iguais, no débito, as partes de todos os codevedores.
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Maria Helena Diniz, Manual de direito Civil, Saraiva 2011.
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que decorre de sentença judicial, como por exemplo, nos casos de sucessão
onde haverá a partilha dos bens. Como os créditos também são bens, estes vão
ser transferidos para os herdeiros.
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Já foi afirmação de prova, mas de outra banca: “Na cessão pro soluto do
crédito, o cedente não responde pela solvência do devedor, mas apenas pela
existência do crédito”.
poder efetuar o pagamento. Esta notificação ao devedor pode ser feita tanto
pelo cedente (aquele que está cedendo) como pelo cessionário (aquele que está
adquirindo o direito).
Como dito anteriormente, a cessão prescinde (não precisa) de autorização
do devedor, que dela, apenas, deve ter ciência. O devedor não faz parte
diretamente do negócio jurídico que é a cessão de crédito.
Se a cessão foi desmembrada, e existirem vários credores, o devedor
deve ser informado de tal situação e esta não deve lhe gerar maiores gastos, ou
seja, sua situação não poderá ser agravada sem sua concordância.
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Esses “terceiros” citados no texto da lei devem ter interesse no patrimônio das partes. Não
podendo ser qualquer pessoa.
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Esta situação irá ocorrer, quando o crédito for vendido várias vezes, para
diferentes pessoas. Nestes casos não está obrigado o devedor a procurar o
último cessionário para fazer o pagamento. De acordo com o artigo, ele pagará
ao cessionário que lhe apresentar o título do crédito cedido. Se isso vier a
causar algum dano para os demais cessionários, será resolvido entre eles.
O art. 294, fala das exceções (das defesas que dispõe o devedor), e diz
assim:
Art. 294. O devedor pode opor ao cessionário as exceções que lhe competirem,
bem como as que, no momento em que veio a ter conhecimento da cessão, tinha
contra o cedente.
Desse modo, se o devedor podia em sua defesa, por exemplo, alegar erro
ou, então, dolo contra o cedente, também poderá fazê-lo contra o cessionário.
Isso se dá, porque o crédito se transfere com as mesmas características
que possuía originariamente.
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Art. 296. Salvo estipulação em contrário, o cedente não responde pela solvência10
do devedor.
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Solvência é a situação econômica positiva, quando os haveres superam, em valores, às
dívidas.
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contratual; ²se o negócio exigir forma especial, assim deverá ser feito, caso
contrário à forma é livre; ³os vícios possíveis são os dos negócios jurídicos em
geral.
Importante
A assunção de dívida (cessão de débito) pode se dar através de dois
modos: ¹por acordo entre o terceiro e o credor (expromissão); ou ²por acordo
entre o terceiro e o devedor (delegação).
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Art. 303. O adquirente de imóvel hipotecado pode tomar a seu cargo o pagamento
do crédito garantido; se o credor, notificado, não impugnar em trinta dias a
transferência do débito, entender-se-á dado o assentimento.
Pois quem adquire um imóvel que está hipotecado, na maioria das vezes,
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Pelo cumprimento do contrato.
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As garantias contratuais se dividem em reais e fidejussórias. Nas reais é oferecido um bem
para assegurar o cumprimento da obrigação, através de hipoteca, penhor ou anticrese. Já nas
garantias fidejussórias é uma pessoa quem vai assegurar o cumprimento da obrigação, através
de aval ou fiança.
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cessão de posição contratual, mas que o cedido pode agir contra o cedente em
caso de inadimplemento do cessionário. Entretanto, as partes devem
manifestar-se expressamente quanto a isso, caso não o façam haverá total
liberação do cedente.
Quanto ao cessionário e o cedido, ambos passam a ser partes no
contrato-base. O cessionário toma o lugar do cedente nos direitos e obrigações.
O cedido só se libertará de suas obrigações contratuais com pagamento ao
cessionário após tomar conhecimento e anuir na cessão. O contrato pode ser
cedido em trânsito, isto é, parcialmente cumprido.
Resumindo!
Efetivar-se-á a cessão de contrato somente se:
1. O contrato transferido for bilateral.
2. O contrato for suscetível de ser cedido de maneira global.
3. Houver transferência ao cessionário não só dos direitos como também dos
deveres do cedente.
4. O cedido consentir, prévia ou posteriormente, uma vez que a cessão de
contrato implica, concomitantemente, uma cessão de crédito e uma
cessão de débito.
5. Houver observância dos requisitos do negócio jurídico.
6. A obrigação não for personalíssima, nem houver cláusula vedando a
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caput do art. 304, e como exemplo temos o fiador. O art.304 §único, fala em
terceiro não interessado, que também tem o direito de pagar se o fizer em
nome e por conta do devedor (como exemplo, temos um pai que paga a dívida
de seu filho). Neste último caso não há representação, autorização ou mesmo
ciência do devedor.
do credor que, de boa-fé, a recebeu e consumiu, ainda que o solvente não tivesse o
direito de aliená-la.
13
O termo consignar vem de uma medida chamada consignação em pagamento, que ocorre
quando o credor se recusa a receber o pagamento, e o devedor, para não ficar inadimplente,
faz esta consignação em pagamento, ou seja, deposita em juízo o valor. O devedor não ficará
inadimplente até que se decida a questão.
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Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie,
qualidade e quantidade.
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consumida pelo credor de boa-fé, não se pode mais reclamar a coisa. O assunto
se resolverá por indenização.
Para que se configure a situação do art.307 §único são necessárias três
condições: ¹que o pagamento seja de coisa fungível; ²que tenha havido boa-fé
por parte do accipiens (termo jurídico para designar quem recebe); e ³que
tenha sido consumida a coisa. Enquanto não consumida, haverá direito à
repetição, no todo ou em parte da coisa.
No art. 311 temos outro caso de pagamento à pessoa que não o credor,
trata-se do portador de recibo de quitação:
Considera-se autorizado a receber o pagamento o portador da quitação, salvo se as
circunstâncias contrariarem a presunção daí resultante.
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o verdadeiro credor.
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VUNESP 2012/TJ-MG/Juiz.
Foi considerado correto o seguinte enunciado: O pagamento feito de boa-fé ao
credor putativo é válido, ainda provado depois que não era credor.
TJ-DFT 2011/TJ-DFT/Juiz.
Foi considerado correto o seguinte enunciado: Quando se busca saber a quem
se deve pagar, diz a lei civil que “o pagamento deve ser feito ao credor ou a
quem de direito o represente, sob pena de só valer depois de por ele ratificado,
ou tanto quanto reverter em seu proveito”. Diante disso, o pagamento feito de
boa-fé ao credor putativo é válido, ainda provado depois que não era credor;
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Quando imprevistos alheios ao contrato e vontade das partes autorizam a revisão do contrato
pelo juiz.
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Art. 321. Nos débitos, cuja quitação consista na devolução do título, perdido este,
poderá o devedor exigir, retendo o pagamento, declaração do credor que inutilize o
título desaparecido.
A posse do título pelo credor é presunção de que o título não foi pago. Daí
a necessidade da declaração.
Pois seria lógico que se entende que o credor não receberia a última
prestação se as anteriores não houvessem sido pagas. Porém, admite-se prova
em contrário. Um exemplo disso são nossas contas de luz, gás, telefone, em
que se lê: “a quitação da última conta não faz presumir a quitação de débitos
anteriores”.
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Art. 323. Sendo a quitação do capital sem reserva dos juros, estes presumem-se
pagos.
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A presunção é relativa porque o título pode ter sido obtido com violência,
ou a remessa do título pode ter sido efetuada por engano, por exemplo.
Esse prazo é decadencial. Qualquer que seja o meio, o instrumento de
quitação, nesse prazo decadencial, pode o credor provar a falta de
pagamento.
As despesas com o pagamento e a quitação correm por conta do devedor,
salvo estipulação em contrário.
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outro lugar, arcará o devedor com as custas acarretadas ao credor, como por
exemplo, as taxas de remessa bancária.
A importância de se estipular um lugar para ser realizado o
pagamento – se quérable ou portable, reside na ocorrência da mora. Pois pode
acontecer de o devedor achar que o credor virá cobrar a dívida – quérable,
mas na verdade é o devedor quem deve procurar o credor para realizar o
pagamento – portable. Assim, um fica na espera do outro, e o credor pode
concluir que o devedor não irá realizar o pagamento, constituindo-o em mora.
Art. 330. O pagamento reiteradamente feito em outro local faz presumir renúncia do
credor relativamente ao previsto no contrato.
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Termo jurídico que quer dizer entrega. Entrega de bem imóvel.
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Art. 331. Salvo disposição legal em contrário, não tendo sido ajustada época para o
pagamento, pode o credor exigi-lo imediatamente.
Já o devedor que se antecipa e paga antes do termo, o faz por sua conta
e risco.
Quando a obrigação não possui termo certo, o credor pode interpelar
o devedor para que cumpra a obrigação num prazo razoável, que poderá ser
fixado pelo juiz.
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No dia de pagar a dívida, esta pode ser paga até a expiração das 24h.
Mas tem que se ter atenção quanto aos horários bancários, de comércio, ou
forense.
Como vimos o credor não pode exigir a dívida antes do prazo estipulado,
mas o art. 333, em determinados situações, autoriza esta cobrança antecipada.
Vamos a ele:
Art. 333. Ao credor assistirá o direito de cobrar a dívida antes de vencido o prazo
estipulado no contrato ou marcado neste Código:
I - no caso de falência do devedor, ou de concurso de credores;
II - se os bens, hipotecados ou empenhados, forem penhorados em execução por outro
credor;
III - se cessarem, ou se se tornarem insuficientes, as garantias do débito,
fidejussórias, ou reais, e o devedor, intimado, se negar a reforçá-las.
Parágrafo único. Nos casos deste artigo, se houver, no débito, solidariedade passiva,
não se reputará vencido quanto aos outros devedores solventes.
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Pagamento Indireto.
Do Pagamento em Consignação
A primeira regra especial sobre o pagamento que aparece no CC/2002 é o do
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Manual de Direito Civil, pg.356.
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O artigo seguinte (art.335) normatiza em quais situações que poderá ser feito
este tipo especial de pagamento – a consignação:
Art. 335. A consignação tem lugar:
I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar ¹receber o pagamento, ou
²dar quitação na devida forma;
II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição
devidos;
III - se o credor for ¹incapaz de receber, ²for desconhecido, ³declarado ausente, ou
4
residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil;
IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do
pagamento;
V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento.
Para que a consignação tenha força de pagamento, ou seja, para que seja
válida e eficaz para o adimplemento da obrigação, esta consignação deverá
respeitar todas as condições do pagamento direto.
Este é o conteúdo do art. 336:
Para que a consignação tenha força de pagamento, será mister concorram, em
relação às pessoas, ao objeto, modo e tempo, todos os requisitos sem os quais
não é válido o pagamento.
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Art. 338. Enquanto o credor não declarar que aceita o depósito, ou não o
impugnar, poderá o devedor requerer o levantamento, pagando as respectivas
despesas, e subsistindo a obrigação para todas as consequências de direito.
Art. 340. O credor que, depois de contestar a lide ou aceitar o depósito, aquiescer no
levantamento, perderá a preferência e a garantia que lhe competiam com respeito à
coisa consignada, ficando para logo desobrigados os codevedores e fiadores que não
tenham anuído.
Aquiescer é consentir.
Art. 341. Se a coisa devida for imóvel ou corpo certo que deva ser entregue no
mesmo lugar onde está, poderá o devedor citar o credor para vir ou mandar recebê-
la, sob pena de ser depositada.
Art. 342. Se a escolha da coisa indeterminada competir ao credor, será ele citado para
esse fim, sob cominação de perder o direito e de ser depositada a coisa que o devedor
escolher; feita a escolha pelo devedor, proceder-se-á como no artigo antecedente.
Art. 343. As despesas com o depósito, quando julgado procedente, correrão à conta
do credor, e, no caso contrário, à conta do devedor.
Art. 345. Se a dívida se vencer, pendendo litígio entre credores que se pretendem
mutuamente excluir, poderá qualquer deles requerer a consignação.
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Existe a sub-rogação legal – que é aquela determinada por lei, caso do art.
346, e a sub-rogação convencional, art. 347, que são os pagamentos
realizados por pessoas que não possuem um interesse direto na dívida.
Da Imputação do Pagamento
Art. 352. A pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um
só credor, tem o direito de indicar a qual deles oferece pagamento, se todos forem
líquidos e vencidos.
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Art. 353. Não tendo o devedor declarado em qual das dívidas líquidas e vencidas
quer imputar o pagamento, se aceitar a quitação de uma delas, não terá direito a
reclamar contra a imputação feita pelo credor, salvo provando haver ele cometido
violência ou dolo.
Art. 354. Havendo capital e juros, o pagamento imputar-se-á primeiro nos juros
vencidos, e depois no capital, salvo estipulação em contrário, ou se o credor passar a
quitação por conta do capital.
Art. 355. Se o devedor não fizer a indicação do art. 352, e a quitação for omissa
quanto à imputação, esta se fará nas dívidas líquidas e vencidas em primeiro
lugar. Se as dívidas forem todas líquidas e vencidas ao mesmo tempo, a imputação
far-se-á na mais onerosa.
O artigo 355 será utilizado, quando o devedor não indicar a qual das
dívidas quer imputar o pagamento, e nem o credor indicar na hora da
quitação. Assim sendo a lei ordena que a imputação seja feita nas dívidas
líquidas e vencidas em primeiro lugar.
Da Dação em Pagamento
Art. 356. O credor pode consentir em receber prestação diversa da que lhe é devida.
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Obrigação líquida é aquela sobre a qual não existem dúvidas sobre sua existência, e que é
determinada quanto ao seu objeto.
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Da Novação
A novação é uma das formas de pagamento indireto, em que há a
substituição de uma obrigação anterior por uma obrigação nova, que é
diferente da anterior. Por este motivo, a novação não produz a satisfação
imediata do crédito. É considerada novo negócio jurídico, que possui os
seguintes requisitos: ¹a existência de uma obrigação anterior; ²que exista
uma nova obrigação; e ³que exista a intenção de fazer a novação.
I - quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e substituir a
anterior;
II - quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor;
III - quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é substituído ao antigo,
ficando o devedor quite com este.
Art. 361. Não havendo ânimo de novar, expresso ou tácito mas inequívoco, a
segunda obrigação confirma simplesmente a primeira.
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Deste modo, podemos observar que o ânimo de novar pode ser expresso ou
tácito, mas deve ser sempre inequívoco, ou seja, que sobre ele não restem
dúvidas.
Art. 364. A novação extingue os acessórios e garantias da dívida, sempre que não
houver estipulação em contrário. Não aproveitará, contudo, ao credor ressalvar o
penhor, a hipoteca ou a anticrese, se os bens dados em garantia pertencerem a
terceiro que não foi parte na novação.
Art. 365. Operada a novação entre o credor e um dos devedores solidários, somente
sobre os bens do que contrair a nova obrigação subsistem as preferências e garantias
do crédito novado. Os outros devedores solidários ficam por esse fato exonerados.
Art. 366. Importa exoneração do fiador a novação feita sem seu consenso com o
devedor principal.
Art. 367. Salvo as obrigações simplesmente anuláveis, não podem ser objeto de
novação obrigações nulas ou extintas.
Da Compensação
Art. 368. Se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da
outra, as duas obrigações extinguem-se, até onde se compensarem.
Art. 369. A compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas e de coisas
fungíveis.
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Art. 370. Embora sejam do mesmo gênero as coisas fungíveis, objeto das duas
prestações, não se compensarão, verificando-se que diferem na qualidade, quando
especificada no contrato.
Art. 371. O devedor somente pode compensar com o credor o que este lhe dever; mas
o fiador pode compensar sua dívida com a de seu credor ao afiançado.
Art. 372. Os prazos de favor, embora consagrados pelo uso geral, não obstam a
compensação.
Art. 373. A diferença de causa nas dívidas não impede a compensação, exceto:
I - se provier de esbulho, furto ou roubo;
II - se uma se originar de comodato, depósito ou alimentos;
III - se uma for de coisa não suscetível de penhora.
Art. 375. Não haverá compensação quando as partes, por mútuo acordo, a excluírem,
ou no caso de renúncia prévia de uma delas. 74027697120
Art. 376. Obrigando-se por terceiro uma pessoa, não pode compensar essa dívida com
a que o credor dele lhe dever.
Art. 377. O devedor que, notificado, nada opõe à cessão que o credor faz a terceiros
dos seus direitos, não pode opor ao cessionário a compensação, que antes da cessão
teria podido opor ao cedente. Se, porém, a cessão lhe não tiver sido notificada, poderá
opor ao cessionário compensação do crédito que antes tinha contra o cedente.
Art. 378. Quando as duas dívidas não são pagáveis no mesmo lugar, não se podem
compensar sem dedução das despesas necessárias à operação.
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Art. 379. Sendo a mesma pessoa obrigada por várias dívidas compensáveis, serão
observadas, no compensá-las, as regras estabelecidas quanto à imputação do
pagamento.
Da Confusão
Art. 381. Extingue-se a obrigação, desde que na mesma pessoa se confundam as
qualidades de credor e devedor.
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Flavio Tartuce, Manual de Direito Civil, ed. Método, 2ª ed., pag. 377.
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Art. 384. Cessando a confusão, para logo se restabelece, com todos os seus
acessórios, a obrigação anterior.
Art. 385. A remissão da dívida, aceita pelo devedor, extingue a obrigação, mas sem
prejuízo de terceiro.
esta é a regra. Porém existem casos em que a obrigação que foi objeto do
contrato não é cumprida da forma acordada. O não cumprimento de uma
obrigação (o seu inadimplemento) é a exceção.
O código civil divide este ponto em seis capítulos: Disposições gerais
(arts.389 a 393), Da mora (arts.394 a401), Das perdas e danos (arts.402 a
405), Dos juros legais (arts.406 e 407), Da cláusula penal (arts. 408 a 416) e
Das arras ou sinal (arts. 417 a 420). Abaixo falaremos sobre tais assuntos
destacando comentários aos artigos mais importantes.
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Flavio Tartuce, Manual de Direito Civil, Método, 2ª ed., pág. 378.
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Entenda culpa em sentido lato, ou seja, a palavra culpa deve englobar culpa stricto sensu –
negligência, imprudência ou imperícia; e, também, quando no sentido de dolo – vontade de
praticar a ação.
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Art. 392. Nos contratos benéficos, responde por simples culpa o contratante, a
quem o contrato aproveite, e por dolo aquele a quem não favoreça. Nos contratos
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onerosos, responde cada uma das partes por culpa, salvo as exceções previstas em lei.
Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou
força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado.
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Obrigações negativas ou obrigações de não fazer, são aquelas em que o devedor se obriga a
se omitir, a não fazer determinada coisa ou ato.
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Por exemplo: compra e venda, locação.
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Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos
efeitos não era possível evitar ou impedir.
Art. 396. Não havendo fato ou omissão imputável ao devedor, não incorre este em
mora.
Art. 397. O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo, constitui de
pleno direito em mora o devedor
Parágrafo único. Não havendo termo, a mora se constitui mediante interpelação judicial
ou extrajudicial.
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Deste modo a obrigação é positiva quando for de dar ou fazer, sendo líquida
quando sua existência for certa e seu objeto for determinado e limitado.
A obrigação a termo é aquela que tem data estipulada para seu
cumprimento, ficando o devedor em mora quando estiver caracterizado seu
inadimplemento na data de vencimento do prazo para cumprimento,
independente de interpelação prévia.
Antes de darmos prosseguimento a nossa aula cabe uma explicação sobre
as espécies de mora do devedor. A mora do devedor poderá ser de duas
espécies:
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que sofreu.
O lucro cessante é o que o credor deixou de lucrar por o devedor não ter
cumprido com sua obrigação.
No próximo artigo temos a teoria dos danos diretos e imediatos. De
acordo com esta teoria o devedor responde somente pelas perdas que
resultarem de seu ato.
Art. 403. Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e danos só
incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e
imediato, sem prejuízo do disposto na lei processual.
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Art. 404. As perdas e danos, nas obrigações de pagamento em dinheiro, serão pagas
com atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos,
abrangendo juros, custas e honorários de advogado, sem prejuízo da pena
convencional.
Parágrafo único. Provado que os juros da mora não cobrem o prejuízo, e não
havendo pena convencional, pode o juiz conceder ao credor indenização
suplementar.
Art. 405. Contam-se os juros de mora desde a citação inicial.
Art. 406. Quando os juros moratórios não forem convencionados, ou o forem sem
taxa estipulada, ou quando provierem de determinação da lei, serão fixados
segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de impostos
devidos à Fazenda Nacional.
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Art. 407. Ainda que se não alegue prejuízo, é obrigado o devedor aos juros da
mora que se contarão assim às dívidas em dinheiro, como às prestações de outra
natureza, uma vez que lhes esteja fixado o valor pecuniário por sentença judicial,
arbitramento, ou acordo entre as partes.
Art. 408. Incorre de pleno direito o devedor na cláusula penal, desde que,
culposamente, deixe de cumprir a obrigação ou se constitua em mora.
Art. 409. A cláusula penal estipulada conjuntamente com a obrigação, ou em ato
posterior, pode referir-se à inexecução completa da obrigação, à de alguma
cláusula especial ou simplesmente à mora.
Art. 410. Quando se estipular a cláusula penal para o caso de total inadimplemento
da obrigação, esta converter-se-á em alternativa a benefício do credor.
24
Carlos Roberto Gonçalves, Direito Civil Esquematizado, Saraiva, 2ª ed., pág. 687.
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Art. 411. Quando se estipular a cláusula penal ¹para o caso de mora, ou ²em
segurança especial de outra cláusula determinada, terá o credor o arbítrio de
exigir a satisfação da pena cominada, juntamente com o desempenho da obrigação
principal.
De acordo com a disposição legal acima, poderá o credor acumular a
cláusula penal com o cumprimento total da obrigação. São duas as hipóteses
elencadas no artigo: ¹quando se estipular cláusula penal para o caso de mora e
²quando se estipular cláusula penal para segurar outra cláusula especial.
Art. 412. O valor da cominação imposta na cláusula penal não pode exceder o
da obrigação principal.
Art. 413. A penalidade deve ser reduzida eqüitativamente pelo juiz se a obrigação
principal tiver sido cumprida em parte, ou se o montante da penalidade for
manifestamente excessivo, tendo-se em vista a natureza e a finalidade do negócio.
Art. 416. Para exigir a pena convencional, não é necessário que o credor alegue
prejuízo.
Parágrafo único. Ainda que o prejuízo exceda ao previsto na cláusula penal, não pode
o credor exigir indenização suplementar se assim não foi convencionado. Se o
tiver sido, a pena vale como mínimo da indenização, competindo ao credor provar o
prejuízo excedente.
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A penalidade deve ser reduzida eqüitativamente pelo juiz se a obrigação principal tiver
sido cumprida em parte, ou se o montante da penalidade for manifestamente
excessivo, tendo-se em vista a natureza e a finalidade do negócio.
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25
Maria Helena Diniz, Manual de direito Civil, Saraiva 2011, pág. 154.
26
Maria Helena Diniz. Manual de Direito Civil. Ed. Saraiva, 2011. Pág. 154
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Art. 418. Se a parte que deu as arras não executar o contrato, poderá a outra tê-
lo por desfeito, retendo-as; se a inexecução for de quem recebeu as arras,
poderá quem as deu haver o contrato por desfeito, e exigir sua devolução mais o
equivalente, com atualização monetária segundo índices oficiais regularmente
estabelecidos, juros e honorários de advogado.
Art. 419. A parte inocente pode pedir indenização suplementar, se provar maior
prejuízo, valendo as arras como taxa mínima. Pode, também, a parte inocente exigir a
execução do contrato, com as perdas e danos, valendo as arras como o mínimo da
indenização.
Considerações Finais
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Resumo da Matéria
Segundo Carlos Roberto Gonçalves 27 a obrigação, no estudo do direito
das obrigações, é empregada em seu sentido mais restrito, pois apenas os
vínculos de conteúdo patrimonial estarão em sua abrangência, trata-se
daquela relação direta entre as pessoas (que tem como objeto direitos de
natureza pessoal), onde uma pessoa é credora (aquela que pode exigir a
prestação) e a outra é devedora (aquela que tem a incumbência de cumprir a
prestação).
E, segundo Flavio Tartuce28: “A obrigação pode ser conceituada como a
relação jurídica transitória existente entre um sujeito ativo (credor) e um
sujeito passivo (devedor), tendo como objeto imediato a prestação.”
coisa certa
coisa incerta
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27
Carlos Roberto Gonçalves, Direito Civil Esquematizado, Saraiva 2012, 2ª ed., pág. 441.
28
Em, Costa Machado, Código Civil Interpretado, Manole 2012, 5ª ed., pág. 236.
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Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes.
Art. 266. A obrigação solidária pode ser pura e simples para um dos cocredores ou
codevedores, e condicional, ou a prazo, ou pagável em lugar diferente, para o outro.
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Obrigações alternativas:
Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa
não se estipulou.
§ 1o Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte
em outra.
§ 2o Quando a obrigação for de prestações periódicas, a faculdade de opção poderá
ser exercida em cada período.
Art. 253. Se uma das duas prestações ¹não puder ser objeto de obrigação ou ²se
tornada inexequível, subsistirá o débito quanto à outra.
cessão de crédito
Transmissão (as formas mais importantes são)
cessão de débito
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Art. 286. O credor pode ceder o seu crédito, se a isso não se opuser a natureza da
obrigação, a lei, ou a convenção com o devedor; a cláusula proibitiva da cessão não
poderá ser oposta ao cessionário de boa-fé, se não constar do instrumento da
obrigação.
Art. 287. Salvo disposição em contrário, na cessão de um crédito abrangem-se todos
os seus acessórios.
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Artigos importantes.
Art. 295. Na cessão por título oneroso, o cedente, ainda que não se responsabilize,
fica responsável ao cessionário pela existência do crédito ao tempo em que lhe
cedeu; a mesma responsabilidade lhe cabe nas cessões por título gratuito, se
tiver procedido de má-fé.
Art. 296. Salvo estipulação em contrário, o cedente não responde pela solvência do
devedor.
Adimplemento de Obrigações:
Cumprida a obrigação ocorre a sua extinção. Em regra isto ocorrerá com o
pagamento.
direto
pagamento
indireto
mas neste caso há maiores restrições – não pode ser qualquer pessoa).
Art. 308. O pagamento deve ser feito ao credor ou a quem de direito o represente,
sob pena de só valer depois de por ele ratificado, ou tanto quanto reverter em seu
proveito.
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Não pode o credor recusar o pagamento, ainda que oferecido por pessoa
estranha ao vínculo contratual. Agora, lembre-se também que, em qualquer
situação:
Art. 313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é
devida, ainda que mais valiosa.
Artigo importante:
Art. 309. O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é válido, ainda provado
depois que não era credor.
Credor putativo é aquele que aparenta ser o credor, mas não é. Se o devedor
age de boa-fé e amparado pela escusabilidade do erro, considera-se válido o
pagamento feito por ele ao credor putativo.
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Lugar do pagamento:
Art. 327. Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor, salvo se as partes
¹convencionarem diversamente, ou se o contrário ²resultar da lei, ³da natureza da
obrigação ou 4das circunstâncias.
Parágrafo único. Designados dois ou mais lugares, cabe ao credor escolher entre
eles.
Formas de adimplemento:
1. Pagamento direto.
2. Pagamento indireto (pagamentos especiais).
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Art. 352. A pessoa obrigada por dois ou mais débitos ¹da mesma natureza, ²a um
só credor, tem o direito de indicar a qual deles oferece pagamento, ³se todos
forem líquidos e vencidos.
2.5 Novação:
Cria-se uma nova obrigação e extingue-se a anterior.
2.6 Compensação:
Se duas ou mais pessoas são, ao mesmo tempo, credoras e devedoras umas
das outras, as obrigações poderão ser compensadas.
"A" credor
As obrigações se compensam.
de "B" Art. 368. Se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e
devedor uma da outra, as duas obrigações extinguem-se,
até onde se compensarem.
também é Art. 369. A compensação efetua-se entre dívidas líquidas,
vencidas e de coisas fungíveis.
Art. 370. Embora sejam do mesmo gênero as coisas
devedor de
fungíveis, objeto das duas prestações, não se
"B"
compensarão, verificando-se que diferem na
qualidade, quando especificada no contrato.
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Inadimplência:
Inadimplência absoluta – quando a obrigação não mais poderá ser
cumprida de forma útil ao credor. Atenção a esta palavra: útil. É ela que irá
determinar se a inadimplência é absoluta ou relativa e que consequências
acarretará. Poderá ainda ser: uma inadimplência absoluta total, caso atinja
todo o objeto; ou poderá ser uma inadimplência absoluta parcial, quando a
obrigação consistir em vários objetos e alguns forem entregues enquanto
outros não.
Inadimplência relativa – quando o cumprimento da obrigação se der de
forma imperfeita, sem respeito ao que foi acordado no contrato – caso de mora
que será estudado mais adiante.
Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais
juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos,
e honorários de advogado.
29
Obrigações negativas ou obrigações de não fazer, são aquelas em que o devedor se obriga a
se omitir, a não fazer determinada coisa ou ato.
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O lucro cessante é o que o credor deixou de lucrar por o devedor não ter
cumprido com sua obrigação.
Art. 403. Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e danos só
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Art. 404. As perdas e danos, nas obrigações de pagamento em dinheiro, serão pagas
com atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos,
abrangendo juros, custas e honorários de advogado, sem prejuízo da pena
convencional.
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Parágrafo único. Provado que os juros da mora não cobrem o prejuízo, e não
havendo pena convencional, pode o juiz conceder ao credor indenização
suplementar.
Art. 405. Contam-se os juros de mora desde a citação inicial.
Art. 406. Quando os juros moratórios não forem convencionados, ou o forem sem
taxa estipulada, ou quando provierem de determinação da lei, serão fixados
segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de impostos devidos à
Fazenda Nacional.
Art. 407. Ainda que se não alegue prejuízo, é obrigado o devedor aos juros da
mora que se contarão assim às dívidas em dinheiro, como às prestações de outra
natureza, uma vez que lhes esteja fixado o valor pecuniário por sentença judicial,
arbitramento, ou acordo entre as partes.
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Art. 408. Incorre de pleno direito o devedor na cláusula penal, desde que,
culposamente, deixe de cumprir a obrigação ou se constitua em mora.
Art. 409. A cláusula penal estipulada conjuntamente com a obrigação, ou em ato
posterior, pode referir-se à inexecução completa da obrigação, à de alguma cláusula
especial ou simplesmente à mora.
Art. 410. Quando se estipular a cláusula penal para o caso de total inadimplemento
da obrigação, esta converter-se-á em alternativa a benefício do credor.
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Carlos Roberto Gonçalves, Direito Civil Esquematizado, Saraiva, 2ª ed., pág. 687.
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Art. 412. O valor da cominação imposta na cláusula penal não pode exceder o da
obrigação principal.
Art. 413. A penalidade deve ser reduzida equitativamente pelo juiz se a obrigação
principal tiver sido cumprida em parte, ou se o montante da penalidade for
manifestamente excessivo, tendo-se em vista a natureza e a finalidade do negócio.
Art. 414. Sendo indivisível a obrigação, todos os devedores, caindo em falta um deles,
incorrerão na pena; mas esta só se poderá demandar integralmente do culpado, respondendo
cada um dos outros somente pela sua quota.
Parágrafo único. Aos não culpados fica reservada a ação regressiva contra aquele que deu
causa à aplicação da pena.
Art. 415. Quando a obrigação for divisível, só incorre na pena o devedor ou o herdeiro do
devedor que a infringir, e proporcionalmente à sua parte na obrigação.
Art. 416. Para exigir a pena convencional, não é necessário que o credor alegue
prejuízo.
Parágrafo único. Ainda que o prejuízo exceda ao previsto na cláusula penal, não pode
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31
Maria Helena Diniz, Manual de direito Civil, Saraiva 2011, pág. 154.
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Art. 417. Se, por ocasião da conclusão do contrato, uma parte der à outra, a título de
arras, dinheiro ou outro bem móvel, deverão as arras, em caso de execução, ser
restituídas ou computadas na prestação devida, se do mesmo gênero da
principal.
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Art. 419. A parte inocente pode pedir indenização suplementar, se provar maior
prejuízo, valendo as arras como taxa mínima. Pode, também, a parte inocente exigir a
execução do contrato, com as perdas e danos, valendo as arras como o mínimo da
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indenização.
Art. 420. Se no contrato for estipulado o direito de arrependimento para
qualquer das partes, as arras ou sinal terão função unicamente indenizatória.
Neste caso, quem as deu perdê-las-á em benefício da outra parte; e quem as recebeu
devolvê-las-á, mais o equivalente. Em ambos os casos não haverá direito a
indenização suplementar.
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Questões da FCC/CESPE/VUNESP/FGV
Como solicitado nos cursos anteriores que ministramos, apresentaremos
as questões com alguns comentários e ao final colocaremos apenas a lista das
questões com gabarito, desta forma facilitamos para aqueles que estudam
diretamente pelo computador, mas também ajudamos quem irá estudar pelas
aulas impressas.
Questões Comentadas
1. FCC 2017/TRT - 11ª Região (AM e RR)/ Analista Judiciário – Área
Judiciária. Nas obrigações solidárias:
a) Se o devedor exonerar expressamente da solidariedade um ou mais
devedores, não mais subsistirá a dos demais.
b) A obrigação solidária não pode ser pura e simples para um dos cocredores
ou codevedores, e condicional, ou a prazo ou pagável em local diferente,
para outro.
c) Convertendo-se a prestação em perdas e danos, não mais subsiste a
solidariedade.
d) A propositura de ação pelo credor contra um ou alguns dos devedores
solidários implicará em renúncia da solidariedade.
e) Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o
cumprimento da prestação por inteiro.
Comentário: 74027697120
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Art. 266. A obrigação solidária pode ser pura e simples para um dos co-credores ou
co-devedores, e condicional, ou a prazo, ou pagável em lugar diferente, para o outro.
Gabarito letra E.
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Comentário:
Trata-se de uma obrigação alternativa. Assim,
A alternativa “a” está errada.
De acordo com o Código Civil:
Art. 253. Se uma das duas prestações não puder ser objeto de obrigação ou se tornada
inexequível, subsistirá o débito quanto à outra.
Gabarito letra C.
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Comentário:
A alternativa “a” está errada.
De acordo com o Código Civil:
Art. 362. A novação por substituição do devedor pode ser efetuada
independentemente de consentimento deste.
Art. 313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é
devida, ainda que mais valiosa.
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Gabarito letra D.
Comentário:
A alternativa “e” está correta.
De acordo com o Código Civil:
Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, ¹sem culpa do
devedor, antes da tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a
obrigação para ambas as partes; ²se a perda resultar de culpa do devedor,
responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos.
recebeu o preço pela coisa, este deve ser restituído à outra parte.
²Com culpa do devedor – o devedor responde pelo equivalente (em dinheiro) e mais
perdas e danos.
Gabarito letra E.
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Comentário:
A alternativa “a” está correta.
O art. 286 do CC, que trata da cessão do crédito não exige a anuência do
devedor.
Art. 286. O credor pode ceder o seu crédito, se a isso não se opuser a natureza da
obrigação, a lei, ou a convenção com o devedor; a cláusula proibitiva da cessão não
poderá ser oposta ao cessionário de boa-fé, se não constar do instrumento da
obrigação.
subjetiva.
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Comentário:
A alternativa “a” está errada.
De acordo com o Código Civil:
Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das
partes.
partes.
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Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores,
parcial ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os
demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto.
Parágrafo único. Não importará renúncia da solidariedade a propositura de ação
pelo credor contra um ou alguns dos devedores.
Gabarito letra E.
Comentário:
A alternativa “c” está correta.
em outra.
§ 2o Quando a obrigação for de prestações periódicas, a faculdade de opção poderá
ser exercida em cada período.
Importante: o que está expresso neste parágrafo é o que se denomina jus
variandi, trata-se da faculdade de escolha de prestação sucessiva em
obrigações alternativas.
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Gabarito letra C.
Comentário:
A afirmativa I está correta.
A banca cobrou a literalidade do Art. 398 do CC/2002.
Art. 398. Nas obrigações provenientes de ato ilícito, considera-se o devedor em mora,
desde que o praticou.
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Art. 395. Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais juros,
atualização dos valores monetários segundo índices oficiais regularmente
estabelecidos, e honorários de advogado.
Parágrafo único. Se a prestação, devido à mora, se tornar inútil ao credor, este poderá
enjeitá-la, e exigir a satisfação das perdas e danos.
Comentário:
A alternativa “c” está correta.
O caso apresentado na questão é de obrigação indivisível.
De acordo com o Código Civil: 74027697120
Art. 258. A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma coisa ou um
fato não suscetíveis de divisão, por sua natureza, por motivo de ordem econômica, ou
dada a razão determinante do negócio jurídico.
Art. 262. Se um dos credores remitir a dívida, a obrigação não ficará extinta para com
os outros; mas estes só a poderão exigir, descontada a quota do credor remitente.
Parágrafo único. O mesmo critério se observará no caso de transação, novação,
compensação ou confusão.
Gabarito letra C.
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Comentário:
A alternativa “d” está correta.
De acordo com o Código Civil:
Art. 371. O devedor somente pode compensar com o credor o que este lhe dever; mas
o fiador pode compensar sua dívida com a de seu credor ao afiançado.
A primeira parte deste artigo trata da regra geral sobre a compensação, onde o
devedor somente pode compensar com o credor o que este lhe dever.
Já na segunda parte do artigo, temos uma exceção em favor do fiador. Sendo
assim, e de acordo com o artigo, o fiador poderá alegar, em seu favor, a
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Comentário:
A alternativa “a” está correta.
Atente para o seguinte:
Cavalo – obrigação indivisível, pode ser cobrada de qualquer um dos dois.
O entendimento dos conceitos de obrigações divisíveis e de obrigações
indivisíveis é muito importante, porque o fato de ser a obrigação divisível ou
indivisível trará repercussões no mundo dos negócios jurídicos. Tal assunto está
relacionado à pluralidade de sujeitos. Assim fala o art. 257:
Art. 257. Havendo ¹mais de um devedor ou ²mais de um credor em obrigação
divisível, esta presume-se dividida em tantas obrigações, iguais e distintas, quantos
os credores ou devedores.
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Origação
(na representação ao lado é como se
"A3" existissem três obrigações, uma para
cada credor ou devedor – é uma
presunção)
Na obrigação divisível a resolução de problemas é mais “simples”, porque cada
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IV. Não havendo fato ou omissão imputável ao devedor, não incorre este em
mora.
V. O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, exceto se
essa impossibilidade resultar de caso fortuito ou de força maior ocorrentes
durante o atraso.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II, III e V.
b) I, III e V.
c) I, II e IV.
d) II, IV e V.
e) I, III e IV.
Comentário:
A afirmativa “I” está correta.
A mora do devedor poderá ser de duas espécies:
Mora ex re - quando alcança o devedor automaticamente sem necessidade de
qualquer ato por parte do credor. Isso acontece quando a obrigação deve
realizar-se a termo (caso do caput do art. 397); no caso do art. 398. “Nas
obrigações provenientes de ato ilícito, considera-se o devedor em mora,
desde que o praticou” - nestes casos a mora começará no momento da
prática do ato.
Mora ex persona – quando não existe um termo pré- estipulado, a mora
dependerá de providências tomadas pelo credor. (Caso do parágrafo único do
art. 397).
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Comentário:
Alternativa “a” está correta.
De acordo com o Código Civil: 74027697120
Art. 408. Incorre de pleno direito o devedor na cláusula penal, desde que,
culposamente, deixe de cumprir a obrigação ou se constitua em mora.
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a) I e II.
b) I, II e IV.
c) II, III e IV.
d) I, II e III.
e) III e IV.
Comentário:
A afirmativa I está correta.
De acordo com o Código Civil:
Art. 306. O pagamento feito por terceiro, com desconhecimento ou oposição do
devedor, não obriga a reembolsar aquele que pagou, se o devedor tinha meios para
ilidir a ação.
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a) I e II, apenas.
b) I, II e III.
c) II e III, apenas.
d) I e III, apenas.
e) III, apenas.
Comentário:
A alternativa “b” está correta.
De acordo com o Código Civil:
Art. 400. A mora do credor subtrai o devedor isento de dolo à responsabilidade pela
conservação da coisa (I), obriga o credor a ressarcir as despesas empregadas em
conservá-la (II), e sujeita-o a recebê-la pela estimação mais favorável ao devedor, se
o seu valor oscilar entre o dia estabelecido para o pagamento e o da sua efetivação
(III).
Gabarito letra B.
Comentário:
A alternativa “a” está errada. 74027697120
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Comentário:
A alternativa “b” está correta.
De acordo com o Código Civil:
Art. 408. Incorre de pleno direito o devedor na cláusula penal, desde que,
culposamente, deixe de cumprir a obrigação ou se constitua em mora.
Art. 413. A penalidade deve ser reduzida eqüitativamente pelo juiz se a
obrigação principal tiver sido cumprida em parte, ou se o montante da penalidade
for manifestamente excessivo, tendo-se em vista a natureza e a finalidade do
negócio.
Art. 416. Para exigir a pena convencional, não é necessário que o credor alegue
prejuízo.
Parágrafo único. Ainda que o prejuízo exceda ao previsto na cláusula penal, não
pode o credor exigir indenização suplementar se assim não foi convencionado.
Se o tiver sido, a pena vale como mínimo da indenização, competindo ao credor provar
o prejuízo excedente.
Gabaito letra B.
credor.
d) Ocorrendo a chamada novação subjetiva por expromissão, mesmo sendo
o novo devedor insolvente, não tem o credor ação regressiva contra o
primeiro devedor.
e) A cessão de crédito é um negócio jurídico bilateral pelo qual o credor
transfere a outrem seus direitos na relação obrigacional,
responsabilizando-se não só pela existência da dívida como pela
solvência do cedido, por força de lei.
Comentário:
A alternativa “a” está errada.
32
Solvência é a situação econômica positiva, quando os haveres superam, em valores, às
dívidas.
Gabarito letra D.
19. FCC 2015/TRT - 23ª REGIÃO (MT)/ Juiz do Trabalho Substituto. Ana
Paula contratou com Casa das Pedras a entrega e instalação de pingadeiras em
sua residência, ainda em construção. Para o caso de mora da empresa, as
partes estipularam penalidade no valor da obrigação principal. De acordo com o
Código Civil, tal penalidade
a) Não é excessiva, a princípio, nem afasta o direito de Ana Paula exigir a
entrega e instalação das pingadeiras, juntamente com a satisfação da
pena cominada, que deverá ser reduzida de maneira equitativa, pelo juiz,
caso se afigure desproporcional para a natureza e finalidade do negócio
ou se a obrigação principal houver sido cumprida em parte.
b) É excessiva, pois supera trinta por cento da obrigação principal, devendo
ser reduzida a este patamar, e afastando, caso exigida, o direito de Ana
Paula requerer a entrega e instalação das pingadeiras.
c) Não é excessiva nem pode ser reduzida de maneira equitativa, pelo juiz,
mas, caso exigida, afasta o direito de Ana Paula requerer a entrega e
instalação das pingadeiras.
d) É excessiva, pois supera trinta por cento da obrigação principal, devendo
ser reduzida a este patamar, porém não afastando, caso exigida, o direito
de Ana Paula requerer a entrega e instalação das pingadeiras.
e) Não é excessiva, a princípio, mas deverá ser reduzida de maneira
equitativa, pelo juiz, caso se afigure desproporcional para a natureza e
finalidade do negócio, não podendo ser exigida juntamente com o
cumprimento da obrigação principal.
Comentário:
A alternativa “a” está correta.
Caso a obrigação seja totalmente inadimplida o credor deverá optar por exigir o
cumprimento da obrigação ou a aplicação da pena acordada, uma vez que não
é admissível que o credor acumule o recebimento da cláusula penal com o
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cumprimento da obrigação.
Art. 411. Quando se estipular a cláusula penal ¹para o caso de mora, ou ²em
segurança especial de outra cláusula determinada, terá o credor o arbítrio de
exigir a satisfação da pena cominada, juntamente com o desempenho da obrigação
principal.
De acordo com a disposição legal acima, poderá o credor acumular a cláusula
penal com o cumprimento total da obrigação. São duas as hipóteses elencadas
no artigo: ¹quando se estipular cláusula penal para o caso de mora e ²quando
se estipular cláusula penal para segurar outra cláusula especial.
Art. 412. O valor da cominação imposta na cláusula penal não pode exceder o
da obrigação principal.
Art. 413. A penalidade deve ser reduzida eqüitativamente pelo juiz se a obrigação
principal tiver sido cumprida em parte, ou se o montante da penalidade for
manifestamente excessivo, tendo-se em vista a natureza e a finalidade do negócio.
Este dispositivo legal autoriza o juiz a alterar a cláusula penal em duas
hipóteses: quando o devedor tiver cumprido parcialmente a obrigação, poderá
ser reduzida proporcionalmente, em se tratando de mora ou de
inadimplemento; ou se o valor da penalidade for manifestamente excessivo ao
do contrato principal.
Gabarito letra A.
Comentário:
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Comentário:
A alternativa “b” está correta.
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seu cumprimento, por ato unilateral de Gustavo. Lucas cobra a multa em seu
total. Nesse caso, o juiz deve
a) Reduzir equitativamente a penalidade pelo cumprimento parcial da
obrigação, podendo agir de ofício e declarando incabível a renúncia ao
abatimento do valor da cláusula penal, por se tratar de norma de ordem
pública.
b) Manter o que foi ajustado pelas partes, livremente, pois a multa só não
poderia ultrapassar o valor da obrigação principal e a renúncia ao
abatimento de seu montante configura norma dispositiva.
c) Reduzir equitativamente a penalidade pelo cumprimento parcial da
obrigação somente se requerido expressamente por quem denunciou o
contrato e se pedida por ele a anulação da renúncia ao abatimento do
valor, por se tratar de matéria de seu exclusivo interesse.
d) Ter por irrelevante o cumprimento parcial da obrigação, embora admitida
em tese a renúncia ao abatimento do valor da multa, por se tratar de
direito disponível, mas reduzir a penalidade por seu excesso evidente, já
que só permitido pela jurisprudência o percentual máximo de 20% a título
de sanção.
e) Reduzir até mesmo de ofício a penalidade pelo cumprimento parcial da
obrigação, desde que provado que a renúncia ao abatimento de seu
montante foi avençada por Gustavo com vício de consentimento, por
inexperiência ou induzimento em erro.
Comentário:
A alternativa “a” está correta.
De acordo com o Código Civil:
Art. 413. A penalidade deve ser reduzida eqüitativamente pelo juiz se a obrigação
principal tiver sido cumprida em parte, ou se o montante da penalidade for
manifestamente excessivo, tendo-se em vista a natureza e a finalidade do negócio.
Art. 412. O valor da cominação imposta na cláusula penal não pode exceder o da
obrigação principal.
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Comentário:
A alternativa “c” está correta.
A novação é uma das formas de pagamento indireto, em que há a substituição
de uma obrigação anterior por uma obrigação nova, que é diferente da
anterior. Por este motivo, a novação não produz a satisfação imediata do
crédito. É considerada novo negócio jurídico, que possui os seguintes
requisitos: ¹a existência de uma obrigação anterior; ²que exista uma nova
obrigação; e ³que exista a intenção de fazer a novação.
Existem três espécies de novação: a novação objetiva onde se altera o
objeto da obrigação; a novação subjetiva onde serão alterados os sujeitos, ou
seja, as pessoas da relação obrigacional; e novação mista onde serão alterados
o objeto e as pessoas ao mesmo tempo.
De acordo com o Código Civil:
Art. 360. Dá-se a novação:
I - quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e substituir a
anterior;
II - quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor;
III - quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é substituído ao antigo,
ficando o devedor quite com este.
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Gabarito letra C.
Comentário:
Comentário:
Art. 352. A pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um
só credor, tem o direito de indicar a qual deles oferece pagamento, se todos forem
líquidos e vencidos.
Do artigo acima podemos concluir, que a imputação do pagamento, é uma
faculdade atribuída ao devedor que possui vários débitos, na qual, este poderá
escolher dentre os diversos débitos, a obrigação que será extinta através do
pagamento. Desde que estes débitos sejam perante o mesmo credor, de
mesma natureza, líquidos33 e vencidos.
Gabarito correto.
Comentário:
A novação é uma das formas de pagamento indireto, em que há a substituição
de uma obrigação anterior por uma obrigação nova, que é diferente da
anterior. Por este motivo, a novação não produz a satisfação imediata do
crédito. É considerada novo negócio jurídico, que possui os seguintes
requisitos: ¹a existência de uma obrigação anterior; ²que exista uma nova
obrigação; e ³que exista a intenção de fazer a novação.
33
Obrigação líquida é aquela sobre a qual não existem dúvidas sobre sua existência, e que é
determinada quanto ao seu objeto.
Gabarito correto.
Comentário:
De acordo com o Código Civil:
Art. 322. Quando o pagamento for em quotas periódicas, a quitação da última
estabelece, até prova em contrário, a presunção de estarem solvidas as
anteriores.
Gabarito correto.
Comentário:
A consignação é um meio oferecido pela lei, para que se cumpra uma obrigação
e assim se evite as consequências de um inadimplemento. Se a consignação for
realizada de forma extrajudicial, através de um depósito bancário, o credor será
notificado deste depósito para, no prazo de dez dias, impugná-lo ou declarar
sua aceitação.
Assim, enquanto o credor não se manifestar poderá o devedor levantar o
depósito, de acordo com o art. 338:
Art. 338. Enquanto o credor não declarar que aceita o depósito, ou não o
impugnar, poderá o devedor requerer o levantamento, pagando as respectivas
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Comentário:
Comentário:
De acordo com o Código Civil:
Art. 282. O credor pode renunciar à solidariedade em favor de um, de alguns ou de
todos os devedores.
Parágrafo único. Se o credor exonerar da solidariedade um ou mais devedores,
subsistirá a dos demais.
Gabarito errado.
Comentário:
De acordo com o Código Civil:
Art. 279. Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores solidários,
subsiste para todos o encargo de pagar o equivalente; mas pelas perdas e danos só
responde o culpado.
Gabarito correto. 74027697120
Comentário:
De acordo com o Código Civil:
Art. 248. Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do devedor, resolver-
se-á a obrigação; se por culpa dele, responderá por perdas e danos.
Gabarito errado.
Comentário:
De acordo com o Código Civil:
Art. 255. Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações tornar-se
impossível por culpa do devedor, o credor terá direito de exigir a prestação subsistente
ou o valor da outra, com perdas e danos; se, por culpa do devedor, ambas as
prestações se tornarem inexeqüíveis, poderá o credor reclamar o valor de qualquer das
duas, além da indenização por perdas e danos.
Gabarito errado.
Comentário:
De acordo com o Código Civil:
Art. 385. A remissão da dívida, aceita pelo devedor, extingue a obrigação, mas sem
prejuízo de terceiro.
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Gabarito errado.
Comentário:
De acordo com o Código Civil:
Art. 355. Se o devedor não fizer a indicação do art. 352, e a quitação for omissa
quanto à imputação, esta se fará nas dívidas líquidas e vencidas em primeiro lugar. Se
as dívidas forem todas líquidas e vencidas ao mesmo tempo, a imputação far-se-á na
mais onerosa.
O artigo 355 será utilizado, quando o devedor não indicar a qual das
dívidas quer imputar o pagamento, e nem o credor indicar na hora da
quitação. Assim sendo a lei ordena que a imputação seja feita nas dívidas
líquidas e vencidas em primeiro lugar.
Gabarito errado.
Comentário:
De acordo com o Código Civil:
Art. 327. Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor, salvo se as partes
convencionarem diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da
obrigação ou das circunstâncias.
Gabarito errado.
Comentário:
De acordo com o Código Civil:
Comentário:
De acordo com o Código Civil:
Art. 369. A compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas e de coisas
fungíveis.
Gabarito errado.
Comentário:
De acordo com o Código Civil:
Art. 385. A remissão da dívida, aceita pelo devedor, extingue a obrigação, mas sem
prejuízo de terceiro.
Gabarito errado.
Comentário:
De acordo com o Código Civil:
Art. 355. Se o devedor não fizer a indicação do art. 352, e a quitação for omissa
quanto à imputação, esta se fará nas dívidas líquidas e vencidas em primeiro lugar. Se
as dívidas forem todas líquidas e vencidas ao mesmo tempo, a imputação far-se-á na
mais onerosa.
O artigo 355 será utilizado, quando o devedor não indicar a qual das
dívidas quer imputar o pagamento, e nem o credor indicar na hora da
quitação. Assim sendo a lei ordena que a imputação seja feita nas dívidas
líquidas e vencidas em primeiro lugar.
Gabarito errado.
Comentário:
De acordo com o Código Civil: 74027697120
uma ação de evicção. Nessa situação, como Paulo foi evicto da coisa recebida
em pagamento, será restabelecida a obrigação primitiva.
Comentário:
De acordo com o Código Civil:
Art. 359. Se o credor for evicto da coisa recebida em pagamento, restabelecer-se-á a
obrigação primitiva, ficando sem efeito a quitação dada, ressalvados os direitos de
terceiros.
Gabarito correto.
Comentário:
De acordo com o Código Civil:
Art. 369. A compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas e de coisas
fungíveis.
Gabarito errado.
Comentário:
Questão literal do art. 414 do CC/2002:
Art. 414. Sendo indivisível a obrigação, todos os devedores, caindo em falta um deles,
incorrerão na pena; mas esta só se poderá demandar integralmente do culpado,
respondendo cada um dos outros somente pela sua quota.
Gabarito letra E.
Comentário:
Art. 330. O pagamento reiteradamente feito em outro local faz presumir renúncia do
credor relativamente ao previsto no contrato.
Comentário:
Este contrato é o de dar coisa certa, e, de acordo com o art. 238 do CC:
Art. 238. Se a obrigação for de restituir coisa certa, e esta, sem culpa do devedor, se
perder antes da tradição, sofrerá o credor a perda, e a obrigação se resolverá,
ressalvados os seus direitos até o dia da perda.
Gabarito letra E.
Comentário:
Uma das formas de transmitir uma obrigação é através da cessão de crédito.
Gabarito letra A.
d) Dação e remissão
e) Assunção de dívida e cessão de crédito
Comentário:
Duas formas de transmissão encontram-se na alternativa “e”, quais sejam,
Assunção de dívida e cessão de crédito.
Gabarito letra E.
Comentário:
Art. 395. Parágrafo único. Se a prestação, devido à mora, se tornar inútil ao credor,
este poderá enjeitá-la, e exigir a satisfação das perdas e danos.
Gabarito letra C.
Comentário:
Alternativa “a” – errada.
Art. 392. Nos contratos benéficos, responde por simples culpa o contratante, a quem o
contrato aproveite, e por dolo aquele a quem não favoreça. Nos contratos onerosos,
responde cada uma das partes por culpa, salvo as exceções previstas em lei.
Lista de Questões
1. FCC 2017/TRT - 11ª Região (AM e RR)/ Analista Judiciário – Área
Judiciária. Nas obrigações solidárias:
a) Se o devedor exonerar expressamente da solidariedade um ou mais
devedores, não mais subsistirá a dos demais.
b) A obrigação solidária não pode ser pura e simples para um dos cocredores
ou codevedores, e condicional, ou a prazo ou pagável em local diferente,
para outro.
c) Convertendo-se a prestação em perdas e danos, não mais subsiste a
solidariedade.
d) A propositura de ação pelo credor contra um ou alguns dos devedores
solidários implicará em renúncia da solidariedade.
e) Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o
cumprimento da prestação por inteiro.
dívida.
19. FCC 2015/TRT - 23ª REGIÃO (MT)/ Juiz do Trabalho Substituto. Ana
Paula contratou com Casa das Pedras a entrega e instalação de pingadeiras em
sua residência, ainda em construção. Para o caso de mora da empresa, as
partes estipularam penalidade no valor da obrigação principal. De acordo com o
Código Civil, tal penalidade
a) Não é excessiva, a princípio, nem afasta o direito de Ana Paula exigir a
entrega e instalação das pingadeiras, juntamente com a satisfação da
pena cominada, que deverá ser reduzida de maneira equitativa, pelo juiz,
caso se afigure desproporcional para a natureza e finalidade do negócio
ou se a obrigação principal houver sido cumprida em parte.
b) É excessiva, pois supera trinta por cento da obrigação principal, devendo
ser reduzida a este patamar, e afastando, caso exigida, o direito de Ana
Paula requerer a entrega e instalação das pingadeiras.
c) Não é excessiva nem pode ser reduzida de maneira equitativa, pelo juiz,
mas, caso exigida, afasta o direito de Ana Paula requerer a entrega e
instalação das pingadeiras.
d) É excessiva, pois supera trinta por cento da obrigação principal, devendo
ser reduzida a este patamar, porém não afastando, caso exigida, o direito
de Ana Paula requerer a entrega e instalação das pingadeiras.
e) Não é excessiva, a princípio, mas deverá ser reduzida de maneira
equitativa, pelo juiz, caso se afigure desproporcional para a natureza e
finalidade do negócio, não podendo ser exigida juntamente com o
cumprimento da obrigação principal.
prevê multa no valor total da obrigação ajustada, com renúncia das partes a
abatimento desse montante, ocorrendo porém sua resilição após um terço de
seu cumprimento, por ato unilateral de Gustavo. Lucas cobra a multa em seu
total. Nesse caso, o juiz deve
a) Reduzir equitativamente a penalidade pelo cumprimento parcial da
obrigação, podendo agir de ofício e declarando incabível a renúncia ao
abatimento do valor da cláusula penal, por se tratar de norma de ordem
pública.
b) Manter o que foi ajustado pelas partes, livremente, pois a multa só não
poderia ultrapassar o valor da obrigação principal e a renúncia ao
abatimento de seu montante configura norma dispositiva.
c) Reduzir equitativamente a penalidade pelo cumprimento parcial da
obrigação somente se requerido expressamente por quem denunciou o
74027697120
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Ana apenas R$ 200, porquanto, embora prescrita, a dívida de Ana ainda existe
e é denominada obrigação moral.
a) Nos contratos onerosos, responde cada uma das partes apenas por dolo e
não por culpa, salvo as exceções previstas em lei.
b) O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou
força maior, ainda que expressamente se houver por eles
responsabilizado.
c) Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor
que não quiser recebe-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a
convenção estabelecer.
d) A cláusula penal estipulada conjuntamente com a obrigação, ou em ato
posterior, só pode referir-se à inexecução completa da obrigação.
e) Para exigir a pena convencional, em qualquer caso, é necessário que o
credor alegue prejuízo.
Gabarito
1.E 2.C 3.D 4.E 5.E 6.E 7.C 8.B 9.C 10.A
11.B 12.E 13.C 14.E 15.A 16.E 17.E 18.A 19.D 20.D
21.A 22.B 23.A 24.E 25.C 26. C 27. C 28.E 29. E 30.E
31. C 32. E 33.E 34.E 35.E 36.E 37.C 38.E 39.E 40.E
41.E 42.C 43.E 44.E 45.C 46.E 47.A 48.E 49.C 50.C
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