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Colegao(A) Escola Pats posure eestadlones da tee eda anil ds itu relevane contibuiga E sempee instigate @ hos que conseguem frnao interior de cam seus devdbrinientos«anaila na celao con ‘mode abrangente busciado expo ox nex rea dieteatet mens ~ pessons, nstucionase soit ~ em que se desenvoie o ete seal; impie necssdade de avagar ng tefleio e teens pats expla logis de tro ee press Acrcliands 14 necersdade€ rleviocn de divlge esos ancordos em tl perspec, oifeenil dese see como foco cel de studs apreenados. pat de ute pins ati de seu agentes, os a = dicen ds doce d formas dos anos do eure das eles {qos stabelecem a0 coino excola cont polkic ehcacional eas lnesics para implemenago de reforms inovgies, [Nesta coleso petnde se, portant presenta um count d sabas de indicative! quadae, coma conaiigo pa a pesquisa scucscional ¢ par indiasio de rumoe a propose de fmagio de proferores © a inervengiet, ue pti metho ne guaiade Je ‘une com met a0 tos da ago pedapien ex nado au que se sabe ase maccolenio pode esmplcumente nono desea “Mata das Merés Festi Sarpaio Coordesadons APRENDIZAGEM CONCEITUAL E ORGANIZACAO DO ENSINO: CONTRIBUICOES DA TEORIA DA ATIVIDADE MARTA SUELI DE FARIA SFORNI Coondenaedo: Dinael Moin Copa Zero Crativa Eltorago Bletiniea: Grif O Expresso avisdo Gramatical: Masia Apareida Boseht Ribeiro Dados Internacionas de Catalogacio na Publican (C1P) (Clunara Baasileia do Lio, SB Brus) Aprendizagem conceitual e organicagia do ensino ‘contigs da tora da aiidade (Mata Sue Ge Faia Sora, eigho. Araaqusa: IM Een, 2004 200, Sonn, M.S 1. Pesquisa Educaclonal: 2. tscoln Fundamental 3 ‘Onan do Basin: 4 Aprendaagem Consitel eonm7 Indices para eatilogo sistomstico 1, Pesquisa edvacionat 2 studo da escola fundamental 3. teas de ensinar DIREITOS RESERVADOS PARA A LINGUA PORTUGUESA: (© JM Editora Lida. Av. Pio Lourengo Cons, 287. Santa Angelina A) >) Boner: 06) 836-3671 CEP 14802-0109 Araraquana- Sip Paulo - Brasil Proibida « reprodugio total ou parcial por qualquer meio de linpressio, er forma iética, resumida ou medica, Impresso no Brasil Printed in Brit DEDICATORIA ‘Aas meus pais, Jodo e Pilar, ‘que acreditaram e investiram em mim suas esperancas ¢esforgas. Um modo de agradecer € oferecer a vocts parte do resultado alcangado, ‘Ao Milton, meu eénplice em todos (5 momentos; muitas de nossas longas conversas estio implicitamente presentes neste trabalho, Também seu apoio seu carinho foram facilitadares no camino pereorrde, A Daniele Edardo, que reesiam diane dos meus olhos a beleza da Vida, do aprender, de formar-se hhomem. Na presenca de seus -menores gests sou a ior admiradore # aprendiz SUMARIO INTRODUCAO. 09 ~ ALGUNS PRESSUPOSTOS. 19 1.0 papel da educa 9 2. A plastiidade do desenvolvimento humane 2 5. Escolatizagio e desenvalvimento psiquico. 39 2-0 ENSINO DE CONCEITOS CIENTIFICOS sn. 47 1A pritica que conhecemos a 2. A inflancia da gen Forma wn onmnn 39 3. A organizagio do ensinoe o pensamento empiica 63 3-08 CONCEITOS CIENTIFICOS NA FORMAGAQ. | DO PENSAMENTO TEORICO a | 1. A especificidade da aprendizagem de concetos ‘entities, one TB 2.0 conesto de auvidade ea su relarao com @ desenvolvimento psiquieo a6 3. Aaprendizagem no imerior da atvidade . 104 405 CONCEITOS CIENTIFICOS NA ATIVIDADE, DE APRENDIZAGEM ssn 15, 1 Dixelomandeo ola ma pri: a pies | metodalgcas vee HB, 2. Compreendendo 0 sujeto eo abjewa de aprendizager| 123 3, Dis agies 3s operagies conscentes 131 31, Aconseéneia da aio: 0 papel da felexi0 oven 131 32. A generaizagao conceit papel da anise. 145 % 533, Oconceito como conteido do pensamento: | = plana interior de aes nn 158 1 7 CONSIDERAGOES FINASS. senses ATT REFERENCIAS. a7 INTRODUGAO ‘Um suposto afiemado Uma pesquisa constitoi-se realmente em atividade quando motvos protssionis e pessoas estio mobilizados para ‘omesmo fim, Mesme constituindo-se ero umn tabalho cientifico, 1 pesquisa, na condigio de atividade, alo exchii 0 aspecto ‘emocional Asintengdes so, explca ov implitamente, movies| por insatisfagdee e ideas, sentimentos que transitam do pessimism 90 otiisino eque, ete x0, escapam a racionalidade {ma pesquisa ustamencea bus da raconalidade no erato dos Fen6menos, a procuss da cienificidade em meio ts paindes,sincla que movids por clas Insatisfagdes deseneadeadoras “Tes insaistages incitaram a realzagao deste trabalho: |A primeita die espeito 3 relagio dos indiveuos com o cconhecimento, Embor2 vivamos un momento em que 0 onhecimenta cientifen inluencia as minima ages cod, tle parece ser desjado apenas quando cofsubstanciado em bens tie consumo. Criangas , prinepalmente,adolescentes, que ei principio estatiam “descobrindo o nundo”,recusum-sea qualquer xeric dle reflesio ens exigent, Normalmente, os fhos da "een da informagio” conseguem seduzitse apenas pelos fetos a "indstinelarat™ |A sequada insatisfagio vincula-se 3 institigo escola, ‘que, siwada nesee contexte, demonstra desencantamento com & Sforni- 9 sgem Concciva Orgnicsto do Ensines Contibug esd Teva dh Aiidade sabere coma cultusa de mode gral, exereende pesuend impacto ra Formacio de individuos pensantes A escola, muitas vezes, tem-re comportado como se forse um pesado fardo que os individwos, infelizmente, preci eareegae pata qu aio seam cxeluides do mercado de trabalho, ox, 90 menos, para que ge ten wet ie ec Mtn esl dx. hs ee is FT gs COHEN, rede de . avian) ue de ao re ce toll po rnb (EORQUIS. 5p Ante a posters aguiassumid, muitos afimasiam tlvee fo que antecipa Forquin Dinsed qu, de quale mods uve coo pn {he aes echeage pendent pos rst denen, das gengies que esurngsderniados «eases, eames pe ens por, i FORQUIN, 1995, p. 173 Searetete Compreendero mando que continua, snd val pena Compreender 9 mundo que fi, €,continuara sendo moiieada pela ago humana, & condigio paca situarse nele © para 0 desenvolvimento intelectual € pessoal, Iso fo ocoree sem 0 apoio dos eonteidas das visiny ciéncias, Estes, por seretn conhecimentos produzidos ¢ couiicados aa awidade humana, fettatam este movimento de produgio, Concorde com Perez Gomez 2001, p. 229) quando afirma que o maior perigo de alienagio no esti em utizaras conve ssoeiais que Foniontm 1a pritca, masa assmilagio de ses conceiros coma eategorias atemporsis de vilidade universal, Os conteios cognitivos © simblicos, de posse da escola s30 “reeditados",selecionados © ‘orgasizados sab printpios diditicas que devem prever esse movimento de produgio. Essa organizagia da easino no slspensa 0 dominio do conteido especifico, mas vai alm dele ‘Exige uma inteneionaidade pedagogies que nose limi au nica cade conhecimento E sobse essa “re listo elsiticn™ ‘que 08 pedagogos devem se debrucar em husea do gue € mais sileqando do ponta de vst epistemolico, picolégico accil i ide Connibig Ter ‘Agrendizasen Conca» Oru Quando flo da iemportincia da educa escolar, penso cm acesso a contetdos, defendendo-os como via de formagio para entender 0 mundo, adquiri método de conkecimento sanplar os recursos eognitivos. Defisindo essa meta, podezemos ter respostas pasa o qué, comoe quando casina I somente dessa forma gue aio corremos 0 nico de confundi os fins com Os tncios,conforme diferencia Manacords s0 fazer a defesa da importincia dos conteddos na educagzo democritia: ‘io eda voit pena pata fanaa ds pricon de tiberdade, democrai,patcpapio clr € spre lnc. Nia se. Pogue ft yore de ecg vs ‘img de democraca tam pdr fat, a plane Teer Sen oop ene pen oe nor cote ‘rns mp anja armas erator del odo ue posnnyrkiprconereramente ‘agle de ama vide mae ea, de ume maior excl produ. com maior pple deme. sain ‘is stp, man cal. (MANACORDA, 1986, Ao longo do processo de cvilizagiv 0s homens foram clabotando intersubjetivsmente esquemas de simbolizacio, por nico dos guns « experiéncia humana pode ser comunictvel. A cexpressio publica desse saber ocoste mediante conecitos ‘Possiblitaro dominio desses coneltos, que, em itima instinct, signifies ter acess cultura socialmente produsid, €0 pape da esol asa tarefa, todavia, nfo é simples. O teabatho pedagopico corre sm esco constante de degenerar-se em aiviades desprovidss de valor formadar no plano intelectual Saber identifica esas seuacdese ongasizarouteas que realmente conriboam pau o desenvolvimento psiquico, tendo como noste fo processo de humanizagio,é um desatio. Sfomi- 26 2, Aplasticidade do desenvolvimento humana Antecede 20 propia de organizagio do ensina que contribu para o desenvolvimento palquico a accitasio da pertinéncia desta poribildade, via insteugio. As concepgoes de Acsenvalvimenta pretentes nos meios educacionais, peincipalmenteaas escola de ensino fundamental e medi, 0, lum emaranhado de proposisbes decorrentes de vvorias psicokigicas constr a pair do sécula XIX, Na hiscia da Pricologia destacatn-se duas teorias deste periodo: intista © atnbienalstayinspiradas nas Flosofas raionalsta © empirista respoctivimente. Principalmente entre estas dess tendéncias _mosimentan-se as concep gies de desenvolvimento presentes 0 ambiente escolar (CARRETERO, 1997; FONTANA & CRUZ, 1997; POZO, 1998) Apesar de, nas kim déeadas,veriiearmos nas propostas de cnino a presen das teorias eoastetrista ¢ histrico-cultueal -pautadas em Paget e Vygotsky 0 seumaior iit, uitas vezes, como reconhecem os proprivs professones, ince apenas sobre o discurso pedagigica. Enconteames ais eee ee riticas que procunam ser ogantzadas com base em pressupostos| vygotskianos; diffe, porém, & estabelecer, perante 0 dlesenvolsimento ea aprendizagem do aluno, uma postura que represente um novo har sobre o homers Enquanto a aprendizagem de cada aluno eaminba conforme o prevsto pelo profestor, ele facimente qualifies como adepro das novas abordagens educacioaas; todavia, dante dos insucestos, dae ificuldades de aprendizagem de determinados unos, aormalmente os professors evidenciam o distanciament desss eoriase buseam evidéncias explcativas nas tendéncis | ‘natistas eambientalstas / | “As justificativas para o insucesso do aluan si. cextremamente contradtécas € revelam a forte influénciadessas| doasteoriagies no campo educacional, Em alguns momentos & | Sforni «27 consdera.se que @ aluno no aprende porue aio desenvole peé-requistos para tal, é imaturo, nfo tem raciocnio lien, stengio, meméria,vontade,enfim, no apresenta as eapacidades «que deveriam serum a prio aprendinagem, Essa capacidades sho considersdac um resultado natural do processo maturacianal do aluno ¢, por eazdes de imicagio do préprio individuo, no tiveram o desenvolvimento necessitio. Aqui, o inacseno revels se em toda a sua plenitude. Em outras situagdes, 4 nio- aprendizagem & justfiada pela ka de um ambiente social, especialmente o familia, que oferega candigdes para o desenvolvimento cognitwo do sluno, A escola, estanharente, fo inclida como pare desse“amblerte socal. Asexplcagdies pata as dfieldhdes da aluna sio buscades Fora ee sala de aula pa familia desestruturada, aa filta de atengao dos pain nas condigdes soeinecondmexs. © ambieataligme maniesta-se na orca modeladora que se acbus sn contexta social (COLLARES & MOYSES, 1996; SAMPAIO, 1995; CHARLOT, 2000). Essas luas explieagbes da insfieitncia do devenvalvimento cognitive para 2: demandas da apeendizagem escolar sio exiremaoncnte comuns¢, is ve2es, 0 professor a uzasimultaneamente paca se eefeie sp mesmo alan (© ims preocupante nas erengas que se erttam com base nessat abordagens & que a escola é Gda come imposente dante de desenvolvimento cogaitiva do aluno, cabendo a ca resignadamente, tabalhar com a aprendizagem nos limites da copucidade que cada aluno, por tet inatas ou adquiidas, desenvolveu, Luria © Yudovieh, referindo-se as teerias ambientalstase inaits, firma A primi dass ois a0 conser dexenvaliment cerplow es am snl cone de hilo ede {rinn enedicasioa um singles extelagi,A sen onside "1 maaio ds pucdades nas emo un frees continua spontnca ip csc pals {ivexpleaio dos necator do dsevalinan mere Sfomi- 28 ee como tanbéen regs «um phno senso ay infénian ‘lucava so onset, ganda mt on naa pa eck ou readers "manu auc igh ct determina (LURIA & VUDOVICH, 587, (Com buse em minka expertneia no eniao fundamental «nos cursos de formasao de professors, ¢ ainda spoiados nas (eorias que buscam novos exminhas pura « profisionazasso ddocense (NOVOA, 1992, 1995; SACRISTAN, 1999). podemos infeiralgumas wazBes que favocecem a permanéncta dessas posturss pedagdgieas nos meios educasionas, De modo gers, a escola crar araigados modos de cond, pensamentose ages que auto-eprodozem. Teas se da “cultura escolar", aormalmente “adaptada a stuagses pretéritas”, ow melhor, "os docentes eestudantes mestnovinendo 2 comadigdes dessjusees evidentes das pris eacolares ddomiaantes,acabam reproduzindo rotnas que geracn a clara da escola, com objetivo de conseguir « accitagio institucional” (SACRISTAN, PEREZ. GOMEZ, 1998, p11), Esternamente 20 universo scolar, porparte dos Srgios governameatas, nio hi muito empesho em garantie 3 Fangio ‘ducatva da escola. A preacupagie com a formagia moral tem sico mais forte do que com a formagio intelectual, desde sturgimenco da escola pibica (SFORNI, 1996, 1997, 2000, GALUCH, 2000) endo tem sido diferente as poets neoliberas (PEREZ GOMEZ, 2001); As concepedes inatstas © ambientalistas no estio presentes apenas na estol, elas so corroboradas socialmente © tsansformaram-se em uma espécie de senso eomum do que se) sensina aprender ¢, mals especificamente, de desenvolvimento ‘caprenditagem. Por iso, i fazem parte das concep do futuro professor muito antes de seu ingresso nos cursos de Forenaco. Bruner (2001) denomina esses conhecimentos ticitos de Sforni - 29 a o: Contrbuijos da Ter da Aide “psicologiae pedagogia populares” (Os conteides ea forma de estuturagio dos cursos de formacio de profesores, por razbes que no cabe aqui snalisac, Aficilmente conseguem modifiear os “conhecimentos prévios” «razidos pelos foturos professores. Dentce esses saberes, 0 conceto de desenvolvinento cognitiva apeesentase como um dos mais resistentes a mudangss, © acesso 3 literatura histérico-cultul & recente m0 Bras e vinevlado quase que exclsivamente is obras de Vygotsky, priacipalmente Pestawont« Lingua © Forma Social de Monte ‘Os tatbalbos de parceitos de Vygotsky, como Leontiey, ox de consnuadores que se acuparam de modo dre da apeendizagem «escola, como Elkonin, Galperin, Dayydox, mio sia de fc aces 305 educadores brasiletos Sto portato, muito ata 8 pesqpieat Dbaseadas aesse refezeacial que apontam as suas implicagdes edagégicas no ensiao de conteiiosecolaes, Tal isso coloca, conjuntamente,formadores de professores © professoces, emt process incial de aprendizager, (Os tabathos de Vygosshy ¢ seus eolshorsdones ofrecer lementos teércos no sentido de superar a visio dicotomizada de easing, apzendizagem ¢ desenvolvimento. A psicologia histérico-cultural peemitiu a sintese das abordagens citadas anteriormente, 20 considera 0 psiguismo como wm fenémeno Instiico-eutual A sintese no sentido vygotskano foi elaborada com base no método dialétco-materialista © nos pressupostos fundamentsis do materialism dialética, ow sej, “A sntese de dois elementos no €# simples soma ou justaposigio desses elementos, mas a emergincia de algo novo, anteriormente Jncxistente. Esse componente novo aio estava presente 905 clementosinciais: foi tornado possivel pela interagioentee esses elementos, num processo de transformagio que gers novos endaneaos” (OLIVETRA, 19976, p23), Sforni- 30 Segundo Vygotky (1999), nem a concepeio inatista ner 4 ambientasea conseguem explicarcoerentemente 0 psigasmo hhumano, Ao tentar compreender o desenvolvimento do psiquisma, essas teorizagies limitam-se ao homem atuil, “otogratara” o momento ¢ procueum categorizar determinadas fungdes como natura ou cultura: Para compreender a origem ea evolusio do psiquismo, Vygotsky sai dos limites da ontogenia, das earacteristicas pereepties, que cattctetizavamn a Psicologia at€entio,eencontre fa intra do desenvalvimenta da espécie (flogenese) elementos «que petmitem a celzagio da simese das abordagens anteriores, consderando.o homem um ser que se consul na intetagdo entre © biologico eo social, Apoiando-se em pressupostos do, -Materismo Dialédeo, Vygotsky procorelaborar uma teora que ‘comprsendea nasureza do eommportamento humano coma parte do desenvolvimenta histrieo Para Vygotsky (1999) 0 processo de hominizaciorevela que o homern nib nasce com todas as carateristas humans, ‘nem émoldado por eessbesexteras,mas & formado mainteracio Ge suas catactristcas bioldgicas com o meio social. Segundo tia evenga de Vygotsky era a de que 4s fungies poles spend ser bumano sign do incre ds fares tole, se pate da cons Fis ame spn com org rs, due eo Isis da ever de madres de os de sna uma QURIA, 1992, pa, Bruner apeesenta coneepsio semelhante se [A punide dogesoma humans € th, uno te ume fot iin onl tr Dara 6 dene ei sa independent das operands de esac proportnatst Palace ser humane mee cee BRUNER, 198,933. so do Entino: Contributes de Tenia & A eagere Conc Aprent De forma ainda mais entices, arescenta Steno que hess bigs do bomen por seu caer ‘io dnecona oa mls aoe» expen amano na ‘ervecomo ea sien A contain dip ess 4 igo, eies cj ean do madifeies As eure ‘am “dspostnos pando” que permite tanseniet {limites Bnlnese “hres po eneplon iter ‘pace demi oss dh nnn cai ain, Propento «visio ees de yon urn to bilgi quemoldes vide ex mens hua uence ta Stun es esos ntencoassedcete om sit nape BRUNER, 1997, 4), Para Vygots, os fatores bickigieas sie cesponsiveis por processos pricoldgicos elementares, como reagdes aucomitiess, agBes reflexas e sss0ciagdes simples, © sic ppreponilerantes sobre os fates socinis no inicio da vido. Jé os processos psicoldgiens superiores ~ agace consciensemente ontroladis, steno e memeria volunitas, pensamento absiata, iimaginasio, et. ~ mio podem ser explicidas somente como resultado da maturago, Podem-se disingut, deve de am processo getal de Aseaoivmena, dat nas gunevamenn tees de {esenlrimency dei quan an oie dum la, ts proesos cements gu denen baie de 2s fngSes iol sperms de ongem sire donor dns nd get a Sats VYGOTSKS, 1959, 6, Reforcando esse postu, afiema Leontie: As apts « feng formadas no homem fo] #0 acotormagies psicoligicy, rlnivameate te unis ot lawcaninos¢ roceosherltions, atynlo psa de nies interes (bjt) nesta gae orn e4 Spmetimenco posi, am neehum cto derma 9 (impose eas ta ida espoen LEONTIEN, ad. 18 Sforni- 32 ‘Brunce (1984) cta um extudo realizado por Reich sobee ‘-deseavalvimento cognitivo de erangas exquenés, que nega 08 cestigios de desenvolvimento como algo universal ox biologicanente detceminada, Por viverem em uma cultura de subsisténeia que requee a ago grupal como forma principal de atividade, a8 etiangas esquimés nfo apresentam nena texpressio de indvidualisma como attude perante a vida. Por isso, durante © experimento, a0 sevem solicitadas 2 ageupar ddescnhos semelhances para veriicar o desenvolvimenco de concetos supra-ordenados, so tomaram como referencia ua propria relagio com o objeto, conforme normalmente ocoere as euleurasocidentis, 2 qual € qualifieada como uma fase natural de desenvolvimento ~ o egocenteismo infant. Bruner destaca cxSeqsnig» rung eetespaaay {que nem 0 cgocentrismo nem o desenvolvimento da supea- fordenasio sio universe; ambos dependem das condigdes © valores socits em que esti insexido 0 sujeito. A conclusies semelhaates chega também Lia (1990), 20 esd a forma de Drpanizagio de pensamento de camponeses russos © ais importante nessa compreensio do leseovolviasento humana, qc, 4 meu ver, deverin confer 3 hordagem hisGrico-cultueal lugar de destague junto as Teonzapiessobee a ensino,é0 postulado seguado‘o qual forma 0 modo de desenvolvimento desses process, proprios do fancionamentopsicolico humane, dependem da nnacera das experince soit 2 que aeriana se encontaexposta, Ou se 2 Minteragio dalética” dos fatores bol6aicos socials que Getermins limites © possbilidades mentss 20 individuo, na come de espécie, 20 nates, continua a0 Tongo da vida de ‘ada um, conformeohugar ocupade no quae soca, confetindo [qualidade diferenciadas de desenvovimenco psiquico pep ep mace, ep senda ou ‘Vygotsky, a explicae coma s realiza esse movimento «de foxragio afitma que 0 descavolvimento cognitive ovotre na incrasio entteo organismo com 0 meio sco e social eacio | Sforni - 33 q a é : a zg ‘que aio € dizeea, mas mediada, As rlzes do desenvolvimento dos processos elementares— de origem biologics ~e das fancies pscoldgieas superiores ~ de origem sociocultural ~ surgem durante infinca, por meio do uso dos instrumentos eda fal, ‘Vygotsky destca dois elementos bisicos responsiveis pln mediaeio: o intrumento © 9 sign, O instramento serve como condutor da agio humana sabie o objero © permite iretamence ampli s 2¢io do homem sobee a naturera ¢ inditetamente, sobre si mesma, Enguantoo sgno ata ao venti Poder sider queaearctesinic sd compose amano‘ fend ur on pies heon nary ‘chin com dumber nde ote pessoa ‘node se compartitenty,slbcandna so conto (YGOTSEY, 19, pa, Difereatemente dos outros animas, © homem, alem de poder construirimtencionalmente os instuientos, transite socialmente suas fungées. Cada membro da expécie zecehe do ‘seu melo soci um fegad de desenvolvimento histétce e cultural {que est plasmado aosinstrumentos dispontveis tes permitern ‘var agbes sobre moss abjetos ¢ a eritgio de move inscrumentos Essa dindmica, somentevesiienda nos seres humanos, faz cox que o desenvolvimento das telages do homem com a naturcza sea também o desenvolvimenta de cada hosnem em particular © que, 20 mesmo tempo, a mediagio do homem com omundo sea cada vez mais comple, Da mesma forma como o iastrumentosegula a8 ages sobre os objetos, osigno requ as agdes sobre psiquisma das pessoas. Vygotsky (1987) diz que of signos so “insteumentos psicoligicos” que ampliam as agbes psicaligicas do indivwo, to potencialzar as capacidades de memoria, tengo, controle ‘volunticio sobre a propria atiidade; ou sea, a mediagio por mio Sforni- 34 de signos & fundamental para o desenvolvimenta das Fungées| psicoidgicas superiones Apesar de # ago com instrumentosesignos propiciae imediagdes diferentes entre sujeito ¢ objeto € uin sistema iimbricado, ji que etiagio, utlizagio e transmissio de instrumentos so carcegadas de signos e somente seefetivam por micio dees. Quanto maior 2 complexidade da mediagio eam ‘nstrumentos, mais complesos serio of sistemas de mediagao, simbslics, A possibitidade deconsteugiointenciona, conservasio « principalmente, transmissio do conteida (sigoificado, Funcées..) dos instrumentos é 0 que permite que cata individuc ‘ou cada nova geragio no precise “eiaventae a toda" Quando um instrumento é tasnsmitide socialnente, eansmitem-se com ele signos ¢ processos mentais que acompanharam a sua criacio ¢ uso, ot ej, a interasio entre as pessoas ea acto fsica e mental sobre o instrumento carregado de signos realizar 0 proceso de iateaaliasio, Iniimetss «io assituagbes em quese wen como oambieate cultural, mediante signos¢ instrumentos vai confetindo propricdade e pettinéncia As agdes individuals, permitindo, nesse procesto, © desenvolvimento de funcdes psicolégicassupesiaes. Tomemos tum exemplo: na mais “natural” que urna eeangafxzercasslos de arcia na praia. Mal ela consegue coordenar seus préptios movimentos, recebe pa, pencira © balde ¢ o¢ manipula alestoriamente. Aos poucos abserva algumas eriangas maiores ‘ou os proprios pais coloeando aga na balde efazendo montes de area e passa parceipar também dessa atvidaealguéea ve 0 atmontoado feito e diz see um eastelo. A crianga, que, prowveleente, nd vive sob nenhum seinado ¢ manca vi esse tipo de moa, ransforme-se em “coastnutoradeeastelos” Sua sto com a pi, o balde ea area vai deixando de ser alestri, ali Sforni - 35 g 4 5 i i r

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