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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE ANGOLA
RESUMO
NOÇÕES DE GEOLOGIA
PROPRIEDADES ELÉTRICAS DAS ROCHAS
PROPRIEDADES RADIOATIVAS DAS ROCHAS
PROPRIEDADES ACÚSTICAS DAS ROCHAS
PROPRIEDADES DOS FLUIDOS
LEITURA DE PERFIS DE POÇO(WELL LOGS)
EXERCÍCIOS
Hamilton Estevão Alberto
Introdução
A Diagrafia de reservatórios uma cadeira lecionada no ensino
superior nos cursos de Geofísica e Engenharias de Petróleo em
Angola. Apresenta-se como uma disciplina de enquadramento
analógico e inferência de conhecimentos das propriedades das
rochas e dos fluídos contidos no mesmo.
Pois no contexto mas abrangente esta disciplina apresenta-se
como introdução á Petrofísica e não obstante á uma necessidade
de os conteúdos ministrados serem mais abrangentes não
somente em olhar nas informações obtidas em poços abertos
(Open hole) mas também em poços revestidos (Cased Hole). Este
manual apresentara-se como um suporte técnico - didático de
experiencias vividas no campo de trabalho por mim e pessoas
mais experientes, e não obstante a difusão de conhecimentos
obtidos em outros livros.
Hamilton Estevão Alberto
Tipos de Rochas
Definições de Rochas
Clásticas
Este grupo de rochas sedimentares contam com uma grande percentagem de rochas
de produção de hidrocarbonetos mundialmente. As rochas clásticas são compostas
por clásticos, na qual são fragmentos ou grãos de algumas antigas ou pré existentes
rochas.
Depois de sua deposição, estes sedimentos são submetidos a compactação pelo peso
dos sedimentos
Sobrepostos e são cementados juntamente por precipitação dos minerais a partir da
solução.
Hamilton Estevão Alberto
Arenitos
Rochas Clásticas
Siltitos
Xistos
Hamilton Estevão Alberto
Fig6. Conglomerado com uma amostra de 15cm Fig7. Siltito em uma secção com uma amostra de 10mm
Hamilton Estevão Alberto
Fig8. Areia incosolidade com uma amostra de .27cm Fig9. Areia consolidada com uma amostra de .30mm
Dolomite
Carbonatadas
Calcário
Rochas Químicas
Halite
Evaporiticas
G
Anidrite
Geso
As rochas sedimentares Químicas não são derivadas dados parentes das rochas pré existentes.
As rochas sedimentares Químicas resultam a partir da acumulação dos minerais que
inorganicamente se precipitam nas águas do mar ou dos lagos. Se a água contem um abundancia
de minerais dissolvidos, então estes minerais irão se precipitar para formar a rocha.
Também existem outras rochas Químicas que se formaram como resultado de outros processos
Químicos.
Hamilton Estevão Alberto
Carvão
Rochas Bioquímicas
Calcário
Fig11
Hamilton Estevão Alberto
Rochas Sedimentares
20%
45%
35%
1 Xisto
2 Arenito
3 Carbonato
Classificação Geológica
a) Rochas Silicosas: Predomínio quase total da sílica (SiO2) sob a forma, normalmente, de
quartzo puro. Possuem a maior resistência mecânica e maior durabilidade. Ex.: granito, basalto,
grês silicoso, etc.
Sistema Petrolífero
Éum sistema físico-químico dinâmico de geração e concentração de hidrocarbonetos,
resultante da convergência temporal de um conjunto de elementos e processos.
Rochas Reservatório
Formações com características de porosidade e permeabilidade que permitem a
circulação e acumulação de hidrocarbonetos.
Porosidade (φ)-proporção de espaços preenchidos por fluidos (ar, água, gás ou óleo)
numa rocha. Determina a capacidade de armazenamento de um reservatório. É dada
em percetagem (%).
BREVE HISTÓRICO
ÉPOCA PRIMITIVA ÉPOCA CLÁSSICA - Final da 1a Grande Guerra até 1960:
a) Escola Franco-Soviética
1720: Gray e Wheeler estudam a resistividade das 1923: Schlumberger - métodos elétricos aplicados ao petróleo;
rochas; 1746: Watson descobre que o solo é Schlumberger, Marcel, Stefanesco e Maillet: problemas matemáticos
condutor; da propagação de correntes elétricas constantes em meios
1815: Fox descobre o fenômeno da polarização estratificados – resolução necessária para a correta aplicação e
espontânea em minerais magnéticos; interpretação das sondagens elétricas, utilizadas desde 1925; e, 1928:
1912: Schlumberger descobre jazimentos de sulfetos a escola Schlumberger, ensaiou a perfilagem elétrica.
(Sérvia) por meio da polarização espontânea b) Escola Wenner ou de Gish-Rooney
(primeira prospecção geofísica de mineral não EUA, Inglaterra e Canadá: somente sondagens com arranjo Wenner e
magnético); e, por volta de 1915: Schlumberger e técnicas intuitivas de interpretação (imprecisas); pouco conhecimento
Wenner (independentemente), idealizam o da escola Schlumberger.
dispositivo tetraeletródico – base dos estudos
atuais.
c) Escola Sueca
ÉPOCA CONTEMPORÂNEA
As propriedades elétricas das rochas estão directamente relacionadas com as propriedades físicas que
afectam a distribuição e condução de correntes ou a propagação de campos elétricos nas rochas.
Basicamente consideram-se três propriedades físicas:
Resistividade eléctrica (ou seu inverso, a conductividade eléctrica)
Constante dieléctrica
Permeabilidade magnética
A resistividade elétrica é a mais importante entre as três propriedades físicas.
Lei de Ohm
Lei de Ohm (relação entre a corrente fluindo através de um condutor e
o potencial de voltagem requerido para conduzir esta corrente): a
corrente (I) é proporcional a voltagem (V)
R.
V =V I R .I
onde, R = constante de proporcionalidade -
resistência do material - voltagem .L
(volts)/corrente (ampères) - ou ohms (W). R
Podendo ser determinada pela equação: S
R.S
Aplicando-se este experimento, relativamente simples, pode-se
determinar as propriedades elétricas dos materiais geológicos da
Terra:
L
Hamilton Estevão Alberto
V R .I
Na Terra, ou qualquer corpo tri-dimensional, a corrente elétrica não flui por um único caminho, como no caso do condutor da
figura anterior.
.L
Considerando uma bateria conectada ao solo (meio
homogêneo), através de cabos e eletrodos, por dois
Da Lei de Ohm: R
pontos distantes um do outro, tem-se:
S
.r
R.S
A No semi-espaço:
R ou
superfície do terreno
2Lr 2
2r
Portanto, considerando:
lin e
tem-se
V V I
R
ha
r V=R.I ou
2I r 2
de
co
rre
nt
2r 2r
e resultando em:
V = potencial,
de al V I = corrente,
h a nci
lin ote
uip
2r = resistividade, e
eq I r = distância entre o eletrodo de corrente e
o ponto no qual o potencial é medido.
PROPRIEDADES RADIOACTIVAS
DAS ROCHAS
Hamilton Estevão Alberto
Estrutura atómica
O átomo e um sistema eletricamente neutro, constituído de um núcleo com
protões e neutrões como partículas fundamentais, e uma região Isótopos são átomos que possuem mesmo número
periférica, em torno do núcleo, onde se deslocam electrões
segundo níveis de energia característicos. atômico e número de massa diferente.
1. O protão, a unidade elementar de carga elétrica positiva (1,60x10-
19 coulombs), tem massa igual a 1,672x10-24 g.
Alguns elementos possuem um só isótopo, mas a
2. O electrão tem a mesma carga elétrica, em valor absoluto, que a
do protão (-1,60x10-19 coulombs), mas sua massa e cerca de 1830 maioria é constituída da mistura de dois ou mais
vezes menor (9,11x10-28 g) ou seja, desprezível quando comparada isótopos. O elemento urânio, por exemplo, ocorre
com a do protão.
3. O neutrão é uma partícula desprovida de carga, cuja massa
na natureza com pelo menos três formas isotópicas:
(1,674x10-24 g) é aproximadamente igual a do protão. 235 238
Quando um átomo sofre uma alteração no seu número de electrões, ele passa
234
U 92 U 92 U 92
apenas por um desequilíbrio eléctrico, transformando-se num íon,
mas do mesmo átomo.Já quando a alteração é no seu número de 0.006% 0.712% 98.282 %.
protões, o átomo sofre uma alteração intrínseca; transformando-
se em outro átomo.
Assim, o que caracteriza realmente o átomo é o seu número de protões,
denominado de número atômico (Z).
O número inteiro mais próximo da massa atômica de um átomo é
conhecido como número de massa (A) e equivale a soma do seu número de
protões com o de neutrões já que o electrão tem massa
desprezível.
Um gamma ray é uma forma de alta energia da radiação electromagnetica
que é espontaneamente emitida a partir do núcleo de um átomo. Gamma
ray são fotons; não tem massa ném carga. Hhhhhhhhhhh
Montmorillonite KAI4(Si4O10)(OH)8
Decaimento Radioactivo
Estes elementos K40, U238 e Th232 existem ao menos traços destas quantidades em todas formações geológicas.
Estes elementos transformaram-se em outros elementos acima de milhões e milhões de anos. Esta
transformação ou decaimento radioactivo, envolve a emissão de energia na forma de raios gamma como um
elemento atendido para atingir o nível mais baixo do estado.
O decaimento radioactivo dos elementos iniciais do universo foram formados, e continuam até aos dias de
hoje como fonte do de aquecimentro dentro da terra.
Hamilton Estevão Alberto
Decaimento Potassio-40
Potassio-40 (K40 ), com vida media de 1.3 bilhões de anos, ultimamente decai para o
elemento estável Argon (Ar40 ) que irá emitir uma unidade da partícula gamma de energia
1.46 MeV.
Se existir maior quantidade de K40 na formação também maior quantidade de gamma será
emitida.
Decaimento do Uranio-238
Decaimento do Torio-232
O torio-232 também envolve uma serie de decaimentos individuais, alguns deles produzem
raios gamma de diferentes níveis de energia.
Os, os minerais de potássio são os que aparecem em maiores quantidades e estão mais
distribuídos nas rochas. Apesar de da reduzida distribuição e frequência de apresentação dos
minerais radioactivos, traços dos mesmos são encontrados nos minerais formadores das
rochas em forma de impurezas. Na Tabela, são apresentadas as quantidades de urânio e tório
existentes em vários minerais.
Hamilton Estevão Alberto
Rochas U (ppm) Th (ppm) K (%) Th/U
De um modo geral, pode-se dizer que a
Argilas e folhelhos 4,0 11,0 3,2 2,8 radioactividade das rochas sedimentares,
com excepção dos evaporitos e dos
Arenitos 3,0 10,0 1,2 3,3 calcários, e dos seus correspondentes
metamórficos é maior do que a
Calcários 1,4 1,8 0,3 1,3 radioactividade dos demais tipos
metamórficos e das rochas ígneas, à
Evaporitos (halite, anidrite,
gipso)
0,1 0,4 0,1 4,0 excepção das ácidas e seus correspondentes
metamórficos.
Valores médios de concentração de urânio, tório e potássio e razão Th/U para
vários tipos de rochas sedimentares
Solos
A concentração de elementos radioactivos nos solos esta determinada pela radioactividade da rocha fonte e a totalidade dos
processos posteriores formadores do solo.
Por exemplo, o conteúdo médio dos elementos radioactivos nos solos de Europa e Norte América apresenta os seguintes valores
característicos.
Urânio: 1,6 ppm
Tório. 6 ppm
Potássio: 1,4 %
Ditos valores são menores que a radioactividade media das rochas sedimentares.
Uma regra geral na radioactividade dos solos é que existe uma correlação entre a concentração de elementos radioactivos
naturais e a constituição mecânica do solo. O conteúdo de elementos radioactivos no solo é maior quanto maior seja a
fracção argilosa dos mesmos .
Água
A concentração de Urânio e Tório na agua é de 103 a 106 vezes menor que nas rochas e solos. Nas águas, dentro das séries de
desintegração, existe um forte deslocamento entre os elementos pais e seus produtos de desintegração. Dessa forma, nas
águas o urânio geralmente predomina sobre o rádio. Nas águas continentais observa-se um considerável excesso de rádon
sobre o rádio.
Hamilton Estevão Alberto
Introdução
A prospeção sísmica baseia-se no facto das ondas elásticas (ondas sísmicas)
moverem-se com velocidades diferentes em rochas diferentes.
A partir da libertação da energia sísmica e com a observação dos tempos de
chegada desta energia a um determinado número de pontos colocados na
superfície da terra, é possível determinar a distribuição das velocidades e
localizar interfaces subterrâneas onde as ondas são refletidas e ou retratadas.
Domínio do tempo
1. Período (T), representa o tempo entre dois pontos que estão na mesma fase.
2. Frequência (f), representa o número de oscilações por unidade de tempo que um
1
ponto é submetido durante a passagem da onda. 𝑓 = 𝑇
Esquema que mostra o movimento e a forma de propagação dos quatro tipos de ondas sísmicas: 1-ondas
primárias (P); 2-ondas secundárias (S); 3-ondas de Love (L); 4-ondas de Rayleigh (R). A direcção do
movimento das partículas está indicada por setas vermelhas.
Hamilton Estevão Alberto
nH2O Ondas P
n1 Ondas Primaria, tambem consideradas como
n2 ondas Compressionais, Longitudinais,de Pressão,
de Dilatação,Rarefacção e onda Irrotacional .
n3
n4
Ondas S
Ondas Superficiais
Existem dois tipos de ondas duperficiais: as ondas de
Ondas Secundarias – tambem consideradas como ondas de Rayleigh e as ondas Love .
cisalhamento, transversais, rotacionais, de distorcão e, A energia destas ondas reduz na proporção inversa a
tangencial. distancia percorrida.
Movimento das particulas é transversal. A Velocidade desta onda é
aproximadamente a metade da velocidade da onda P. Pouco
utilizada na industria petrolifera, principalmente devido a não Ondas de Rayleigh
propagacão destas ondas nos fluidos. As ondas S, vão
aparecer como ruido sobrepondo as ondas P. É um tipo de onda sismica que se propaga ao longo da
superficie livre. O seu movimento é elíptico e
retrógado. As particulas na elipse viajam na direcção
oposta a direcção do movimento.
Esta onda, é a onda diminante envolvida no ground roll(
aquisicao sismica em terra).
Ondas Love
É uma onda sismica superficial,dispersiva, caracterizada pelo
A onda S, o movimento das particulas encontra-se a 90 graus da movimento horizontal paralelo a superficie
perpendicular a direcção de propagação.
direccao de propagacao da onda.
Tambem podem ser consideradas como ondas canalizadas
na superficie terrestre. Nesta onda canalizada, a
propagação é confinada ao espaço correspondente a
uma camada, cuja velocidade de propagação é inferior
Movimento das particulas e longitudinal. As as camadas adjacentes
PARÂMETROS PETROFÍSICOS E
PROPRIEDADES DOS FLUIDOS
Hamilton Estevão Alberto
𝑄=𝑘
1𝑠
(𝑃 − 𝑃2 )
Sendo SG a densidade específica (em geral varia de
𝜇ℎ 2
0,76 a 1,0 em relação à água)
Resistividade
A restividade como já nos referimos mais acima é a medida de oposição ao fluxo de
uma corrente elétrica apresentada por um dado material, sendo por tanto o
oposto da conductividade.
Saturação em fluidos
A saturação de fluidos numa formação é a razão entre o volume ocupado pelo fluido e
o volume total de poros, ou seja é a fracção da porosidade ocupada pelo fluido
em questão. Se o fluido em questão for água, a saturação é dada por.
𝑉𝑤
𝑆𝑤 =
𝑉𝑝
Sendo Vw volume da água.
Hamilton Estevão Alberto
A composição do gás é variável, mas comumente 80% é
Classes de petróleo segundo a composição metano, 10% etano e 10% propano+butano.
Água de Formação
DIAGRAFIAS DE POÇOS
Hamilton Estevão Alberto
Open Hole
Hamilton Estevão Alberto
Introdução
Diagrafia: é uma técnica usada para a observação qualitativa Na industria de óleo e gás as diagrafias são
da rocha reservatório, hidrocarbonetos e rocha-mãe na utilizadas na definição de parâmetros
prospeção de poços. físicos ligados tanto a propriedades
Diagrafias instantâneas: quando são feitas em simultâneo geológicas como Petrofísicos, estas
com as sondagens através das características observadas no medições permitem caracterizar as
decurso da mesma. litologias, a porosidade assim entre
Diagrafias diferidas: quando são feitas depois de terem sido
outras. Também utilizadas na
abertos os poços.
obtenção de informações relacionadas
Diagrafias de poços em inglês (Well logs) corresponde a ao tipo de fluidos que preenchem os
informações relativas as características das espaços porosos das formações. Na
formações geológicas medidas a diferentes identificação das zonas produtivas de
profundidades no poço através de aparelhos hidrocarbonetos e ainda na distinção
induzidos no mesmo. do tipo de hidrocarbonetos e na
A informação obtida tem a forma de registro gráfico estimação das suas reservas. Na
versus profundidade. correlação ou avaliação de formação
poço a poço, as diagrafias também
podem ser utilizadas para avaliação da
completação e produção de um poço
onde a qualidade da cimentação, a
corrosão do poço, entre outros.
Hamilton Estevão Alberto
INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS PARA A IDENTIFICAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DE PERFIS
Em geral, se as rochas sendo perfiladas não são as mesmas nas quais os equipamentos foram
calibrados, testemunhos devem ser usados para validar os registros dos logs. As medidas
devem também ser corrigidas quanto ao diâmetro do furo, tipo de fluido, etc. (há correções
específicas, conforme o log).
Hamilton Estevão Alberto
PERFIL DE POTENCIAL
ESPONTÂNEO
Hamilton Estevão Alberto
Potencial Espontâneo
Aplicações do SP
Volume de xistos
Condições de Logging
PERFIL DE RESISTIVIDADE
Hamilton Estevão Alberto
Perfil de resistividade
Mede a resistividade da formação (em ohm.m), induzida corrente elétrica na formação, que produz um
por transmissores (eletrodos ou bobinas) e captada campo magnético próprio que é captado por uma
por sensores. A principal utilização é na identificação
do tipo de fluido presente na formação). Combinado bobina receptora. O sinal recebido é proporcional
com outros perfis, são utilizados para a determinação à condutividade (o inverso da resistividade) da
da saturação de água. Também auxiliam na formação, com contribuições de diferentes
correlação e zoneamento entre poços. regiões da mesma. Como resultado, o perfil de
indução é mais preciso em condutividades mais
Normalmente os perfis são apresentados em escala elevadas (baixas resistividades).
logarítmica (0.1 a 1000 ohm.m). A unidade de
resistividade é o ohm.m.
Ambientes de Logging
O ambiente de logging consiste em dois componentes principais: o borehole, e a formação. Uma formação
permeável invadida por lama filtrada poder ser longamente subdividida em formação invadida e não invadida.
As propriedades físicas do fluido e da matrix em estas duas componentes influenciam nas respostas adquiridas
por ferramentas como DLLT e ACRT representam as restividade do ambiente completo.
Para conhecer a true resistivity – ou, resistividade da zona não invadida – as influencias
algumas do borehole e algumas de invasion devem ser eliminadas. E m outras palavras, a
correcão do ambiente são requeridas para conhecre um cvalor preciso de Rt. Estas correções
incluiem: borehole corrections, and invasion corrections.
Hamilton Estevão Alberto
MSFL
A Micro-Spherically Focused Log (MSFL)
fornece as medidas de resistividade nas
formações mais próximas do Borehole que
pode alcançar a High Resolution Induction
Tool (HRID) ou DLLT. A resistividade é
calculada pela lei de Ohm a partir das
medidas de corrente injetada na formação
e a queda de voltagem a volta do pad que
contém os elétrodos.
Formações Impermeáveis
Aplicações
Determinação da Litologia
PERFIL DE DENSIDADE
Hamilton Estevão Alberto
Mede a densidade da formação, a partir da emissão de raios Densidade da matriz: é a densidade da rocha sem
gama de uma fonte de Césio-137 da ferramenta em porosidade (densidade dos grãos + cimentos, ou seja,
direção à formação. Os raios gama emitidos interagem só os sólidos).
com a formação por um processo denominado Efeito
Compton, no qual os raios gama perdem energia quando Densidade da rocha (bulk density): é a densidade medida
colidem com um elétron. A quantidade de raios gama que pela ferramenta (matriz + poros). Conhecendo-se a
retornam ao detector da ferramenta é inversamente densidade da matriz, a densidade da rocha e do fluido
proporcional à quantidade de elétrons (também chamada que preenche os poros, é possível determinar a
de densidade eletrônica) da formação, que tem relação porosidade.
com a densidade da mesma (bulk density). Baixas
contagen de GR pela ferramenta indicam alta densidade Exemplos de valores de densidade da matriz:
(eletrônica e bulk) e baixa porosidade.
Arenito (grãos de quartzo puro) = 2,65 g/cm3
Como a densidade tem relação com a porosidade, a principal Arenito (quartzo + feldspatos) = 2,57-2,67 g/cm3
utilização do perfil densidade é na determinação da Calcário = 2,71 g/cm3
porosidade. O fluido de perfuração influencia na leitura da
ferramenta. Por isso, o perfil perde confiabilidade em O perfil neutrão mede a porosidade da formação, a partir do
trechos onde o poço se encontra arrombado. A partir do bombardeio de neutrons rápidos por uma fonte
cáliper de das informações da lama de perfuração, é radioativa de amerício-berílio. Os neutros se chocam
possível efetuar uma correção, chamada DRHO, que é um com núcleos de átomos da formação. Quando os
valor de densidade somado à densidade lida na formação. átomos têm massa maior do que os nêutrons, esses
O DRHO é apresentado sob a forma de uma curva, e são refletidos elasticamente e retornam ao sensor da
valores elevados podem ser associados a trechos mais ferramenta sem perda de energia. No caso da presença
irregulares do poço. de átomos de hidrogênio, que têm massa igual à dos
nêutrons, o didrogênio captura o nêutron, liberando
radiação gama que é medida pela ferramenta. Assim, o
Densidade de um material= m/V perfil neutrão mede a quantidade de hidrogênio, que
Unidade: g/cm3 está presente preferencialmente na água, óleo ou gás,
A escala do perfil normalmente a escala é linear, variando de ou seja, nos poros. A água presente nos folhelhos
produz valores elevados de porosidade neutrônica.
2,0 a 3,0 g/cm3. Para cada decréscimo de 0,05 g/ g/cm3, a
porosidade aumenta em 3%. Normalmente usamos um
corte (cutoff) de 9% de porosidade, na forma de uma reta A escala do perfil é linear, geralmente de 45% (esquerda) e -
no perfil. 15% (direita). Folhelhos têm valores elevados
(tendência da curva à esquerda). Arenitos porosos com
• Para um material de mesma composição, o decréscimo da óleo ou água têm valores baixos (tendência à direita).
densidade implica em aumento da porosidade, conforme Arenitos com gás têm valores muito baixos (tendência
a relação abaixo: à direita, valor tende a zero). Isto se deve ao caráter
rarefeito do gás, com os átomos de hidrogênio muito
dispersos.
Hamilton Estevão Alberto
• Important
•Neutron porosity is lithology dependent
•Typically run on a limestone matrix
Sand on lime matrix: NPHI is 2-3pu low
Gas?
Hamilton Estevão Alberto
Applicações
Aplicações adicionais
Determinação da Porosidade
Determinação do volume de shale quando
A bulk densinty de uma formação é uma usando em combinação com outra medida de
função da densidade da matriz da rocha, a porosidade.
Identificação de corpos de formações de gas
quantidade de porosidade presente, e a
quando usado em combinação com Neutron.
densidade dos fluidos que preenchem os E etc, etc.
espaços porosos. Portanto, com a medida da
bulk densinty a apartir da SDLT e assumindo ou
valores experimentais para outras variáveis, a
porosidade pode ser determinada pela Condições de Logging
seguinte equação:
As ferramentas de densidade são
𝜌𝑚𝑎 − 𝜌𝑏
𝜙𝐷 = capazes de adquirir dados correctos em
𝜌𝑚𝑎 − 𝜌𝑓𝑙 maior parte de ambientes de poço:
Aonde:
𝜌𝑚𝑎 - porosidade derivada a partir da bulk
density
Fresh water-based mud
𝜌𝑏 - bulk density da formação Salt water-based mud
𝜌𝑓𝑙 - densidade dos fluídos preenchidos nos Oil-based mud
espaços porosos Air-drilled boreholes
Hamilton Estevão Alberto
PERFIL DE NEUTRÃO
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Perfil de Neutrão
Spectral Density
• Porosity Scale *CAUTION*
•Increasing porosity moves curve left.
•Decreasing porosity moves curve right.
Gas
• Pad Driven Device ?
•Water and Gas porosity lowers reading
•Washouts affect density readings.
• Important
•Density porosity is lithology dependent
•Typically run on a limestone matrix
Sand on lime matrix: DPHI is 3.5pu high 12
%
Aplicações
Determinação da Porosidade
Aplicações adicionais
Os minerais de argila – o componente abundante de xisto
contém uma larga quantidade de hidrogénio com as suas
estruturas cristalinas e não é parte da porosidade. DSNT é
sensitivo as estruturas de ligação de hidrogénio dentro da
matriz de argila, também como qualquer hidrogénio
dentro poros com fluidos. Portanto, a quantidade de argila
na formação incrementa-se, a DSNT terá a tendência de
estimar a porosidade da formação.
Através da sua sensitividade para com os minerais de
argila, a resposta da DSNT pode ser usada para estimar o
volume de xisto da formação quando combinado com a
density porosity ou com os dados sonic porosity.
Condições de Logging
Interpretation
• Quick look analysis
•Cross-plot Porosity 12
•True porosity is in the middle of X-over %
•Best approach: use 1/2 of X-over
• Curve Separation
•Matrix effect
•Gas effect
• Shale Volume
•Drives NPHI higher
•Drives SDLT lower
• Porosity Cutoff Gas
•What is the minimum amount of porosity that will be ?
productive in your field?
Hamilton Estevão Alberto
PERFIL SONICO
Hamilton Estevão Alberto
PERFIL SONICO
Generalidades Utilização dos perfis acústicos
Os serviços de porosidade acústica são projetados para medir o valor do tempo real
da onda compressional refratada através da formação. Os transmissores destas
ferramentas geram um impulso acústico – som – que viaja através das paredes do
poço e na formação como a variação de diferentes tipos de onda, cada qual viaja em
diferentes velocidades.
Hamilton Estevão Alberto
As ondas compressionais são as mais rápidas entre as Embora os serviços de porosidade acústica
ondas acústicas que viajam através da formação e, usam a diferença de tempo entre as primeiras
portanto, são as primeiras a serem dectectadas no chegadas para determinar a velocidade da onda
receptor. A velocidade das ondas compressionais pode compressional, os resultados são dados em
ser determinada a partir da diferença de tempo entre as unidades de delta-t (Δt, ou intervalo de tempo
primeiras chegadas entre dois receptores com a distancia de transito) pelo padrão industrial. Delta-t (Δt)
de separação entre os receptores conhecida. reflete o tempo requerido para o som viajar de
intervalo 1 foot na formação, e é proporcional a
velocidade reciproca.
𝑠𝑝𝑎𝑐𝑖𝑛𝑔 1,000,000
𝑉= ∆𝑡 =
Aonde:𝑡𝑖𝑚𝑒 𝑑𝑖𝑓𝑓𝑒𝑟𝑒𝑛𝑐𝑒 𝑉
V – velocidade da onda acústica (feet/second)
Spacing – distancia física entre dois receptores
Time difference – diferença em tempo de chegada nos Determinação da Porosidade a partir do sônico
dois receptores.
Na prática, para cada 10 s/pé de aumento no tempo de
trânsito, significa 7% no aumento da porosidade. Para
arenitos o valor zero de porosidade (DT da matriz) é 55
s/pé.
Condições de logging
Porosidade efectiva
PERFIL DE IMAGEM
Hamilton Estevão Alberto
Esta diagrafia permite As diagrafias de imagem electricas podem ser utilizadas para a analise
gerar uma imagem
computacional atraves
de sequencia de
de uma base de deposição, de estruturas geologicas, de fracturas e analise de
Informação muito densa heterogenidades.
obtidas de leituras
multiplas nas paredes do
poço.
Dependendo do caracter
de informação a obter,
existem diversos tipos de
diagrafias de imagem.
As principais são
imagens electricas e
imagens acústicas. A
primeira mede a
conductividade electrica
e evolui o dipmeter, com
grande numero de
electrodos fixados nos
braços( Ellis 2008).
Hamilton Estevão Alberto
Perfil de Caliper
Hamilton Estevão Alberto
Perfil de Caliper
O perfil denominado Caliper fornece um registro contínuo do diâmetro
interno do poço. Mudanças do diâmetro do poço podem estar
relacionadas com litologia e com a técnica de perfuração. Este é um
perfil essencial na interpretação de outros logs, pois muitos deles são
afetados por mudanças no diâmetro do poço. Fornece também
informações sobre construção do poço, litologia e porosidade
secundária, como fraturas e aberturas por dissolução.
Borehole
densidade que operam junto à parede do furo (sidewall), porém este
tipo de caliper não é em geral de alta resolução.
Hamilton Estevão Alberto
PRINCIPAIS APLICAÇÕES
CONDIÇÕES DO BOREHOLE
Outras aplicações
Localização da zona de colapso do casing.
Localização das mudanças de size do liner e do casing
Avaliação das condições da hole prioritariamente para o fishing.
E etc.
Hamilton Estevão Alberto
CAVE
CAVE
Holes with a much larger diameter than the CALI
bit size are ‘caved’ or ‘washed out’. Calipers ER
may show a hole diameter larger than the bit CURV
SHALEsize because of cave. This is good indicator for
shales.
MUD
MUD
CAKE
CAKE
HARD LIMESTONE BED
IMPERMEABLE SANDSTONE
Usually it happens in shale. It causes bad hole
or tight spot.
SHALE
SLOUGING SLOUGING
Hamilton Estevão Alberto
Caliper Interpretation
Micro
resis-
is smaller than the bit size Means tivity2600
When the caliperCaliper
mud cake May indicate porous and permeable
(Diameter)
formation
Porosity and permeability mean reservoir rock properies
Gamma Ray Deep resistivity,
If there are hydrocarbons in the pores – this may be
LLD
a reservoir
Hamilton Estevão Alberto
Tension
𝑛 𝑅𝑤
𝑆𝑤 = 1∗
𝑃𝐻𝐼 2 ∗ 𝑅𝑡
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Pela definição de poço revestido ou Cased hole observa-se que é um poço que
esta a ser preparado para a sua produção efectiva.
Então para que a produção seja eficiente além das condições essenciais do
reservatório tais como pressão a uma necessidade de se avaliar as observações da
qualidade do cimento, a qualidade do revestimento de aço em si ou do casing, a
saturação dos fluídos na zon a de interesse, assim como um conjunto total de
ferramentas de produção para se obter dados concernente a produção, tipos de
fluido e etc, etc. E não obstante a informação da temperatura também.
Como nas ferramentas open hole, para as ferramentas cased hole existe também a
necessidade de calibrar as ferramentas periodicamente para mantelas dentro do
standard. Antes da operação no wellsite faz-se uma calibração no shop que é
designada como CALSHOP e a faz-se uma no wellsite que é chamada FIELDCAL.
Acima temos as razões necessárias que levam a usar o cimento no intervalo entre a
formação e o casing.
Observa-se que o cimento tem uma grande importância na vida útil de um poço
então a uma necessidade tremenda de analisa-lo pois como nos chãos das nossas
cassas se não for bem aplicado terá pouco tempo de vida útil e se caso for a estrutura
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do tecto vai permitir a passagem de fluído para o interior da casa. O poço também
funciona da mesma maneira, é sabido por nós que as formações contém fluidos
umas que permitem a movebialidade do mesm o e outras não, também é sabido
que o movimento será das zonas com maior pressão em direção as zonas de menor
pressão, então se o cimento tiver fissuras tecnicamente chamdas por Channels, for
oco tecnicamente chamada por Microannulus vai permitir a permitir a passagem
do fluído e consoante o tempo este fluído em contacto com o revestimento de aço,
o aço vai corroindo até diminuir a sua espessura e criar abertura por onde o fluido
advido de for irá passar.
Principio de Funcionamento
A ferramenta funciona com o mesmo principio de funcionamento da sísmica, é
constituido por um transmissor emite una sinaal acústico omnidireccional de baixa
frequência (20 khz), o meio circundante resuena . E é constituido por dois
receptores, os receptores registam o caminho de passagem da onda resultante, a
onda é analisada para extrair informações de la qualidad de adherencia do
cimento. Os transmissores se encotram nomeadamenta a uma distancia de 3 ft e 5ft.
Se assemelha ao principio de reprocidade de uma campania. Quando não há nenhum
fluído e nem cimento po detrá do revestimento o revestimento esta libre e gera um
só forte.
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TRANS-
MITTER
TRAVEL AMPLITUDE
CASING SIGNAL TIME
3 FT
RECEIVER
CBL MSG 5 FT
RECEIVER
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Free Pipe
Mud
Formation
Channels
Cement to
Casing Pipe Bond
Cement to
Cement Microannulus Formation Bond
Pressão e temperatura, tem uma influencia nas amplitudes do CBL num casing livre.
Microannulus, espaço capilar (100-200 mícrones) presente entre o revestimento e o
cimento: (liquido, gás). O garnde problema com o microannulus é que o CBL um
pouco ou nenhum cimento quando o anular lleno n nnn
Tempo de colocação do cimento, o normal é correr o CBL após 5 horas.
Tamanho do revestimento
Fluído no poço.
Hamilton Estevão Alberto
Hamilton Estevão Alberto
Interpretação do CBL
Free Pipe , free pipe isto quer dizer que a zona não esta cementada ou não existe
nenhuma relação entre o cimento e o casing.
O travel time indica free
pipe e uma boa
centralização da
ferramenta.
Lower amplitude =
Some cemented pipe
Radial CBL
A
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CAST
É uma ferramenta ultrassónica contém um transducer acting nos ambos transmissores
e receptores localizado na zona de rotação ou scanner que emite o sinal ultrassónico
que excita o casing e o borehole e reflecte para o transducer na qual acting o
receptor. Isto é o transducer actua como transmissor e receptor.
Scanner
Hamilton Estevão Alberto
Propagação Ultrassónica
Z V 4
Brown
Red
0 Green
Free Gas
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Ferramentas de Produção
As ferramentas de produção conhecidas por PLT (production logging tool) são
requeridas com o objectivo de monitorizar a produção do poço.
Produção de Água
Num reservatório com um nivel de água, a zona de transição existe somente abaixo
aonde somente a água pode ser produzida e acima aonde água livre ou óleo pode
ser produzido. Poços completados nas zonas de transição irá produzir certa
quantidade de água com o óleo. De facto quantidades consideradas de água serão
produzidas para atingir a optimização de recuperação do óleo. Existem três casos
relacionados a produção de grandes quantidades de água.
Water sand
Pressões altas
Canais de água (Water Channeling )
B B´
Na região representada por B, a pressão alta
da water sand vai procurar caminho próximo a
zona de reservatório que apresenta pressões
baixas através do canais encontrados no Casing Leak
cimento pobre para a zona B. Water channeling
along bad cement
óleo reservoir
Na região representada por B´ apresenta Pressões baixas
pressões alta uma vez que o casing contém
aberturas que perminte a passagem do fluído
então este fluído vai tender a sair das zonas
de alta pressão para baixas pressões.
A
Hamilton Estevão Alberto
BIBLIOGRAFIA
• INVESTIGATION OF CENOMANIAN FORMATION IN BLOCK 31-PSVM FIELDS
ANGOLA- BP Angola, Hamilton Alberto 2013
• Braga, A.C.O Unesp
• AVALIAÇÃO DE FORMAÇÕES, Agustinho Plucenio
• E tantas outras fontes em que me baseia para poder escrever este manual
encontradas nos websites.
• Well Logging Analysis – Analise de diagrafias em poços na bacia de Rio Grande do
Norte, Kâmia Denise Espirito Santo Caveiro.
• Halliburton/ Wireline tools descriptions.