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IGREJA PRESBITERIANA EM MUTUÁ P á g i n a | 1

Lição 03 – Acolhei-vos e Saudai-vos Uns Aos Outros


Rua Rodrigo de Carvalho, nº 215 – Mutuá - São Gonçalo/RJ
CEP: 24.460-440

Pastor: Rev. André Arêa

LEITURA DIÁRIA
Segunda Aceitando os Mais Fracos.......................................Romanos 14
TEXTO Terça Deus nos Aceita em Cristo................................Romanos 5.1-11
BÁSICO Quarta Deus Não Faz Acepção de Pessoas.................................Atos 10
Quinta Preconceito na Igreja..............................................Tiago 2.1-13
Romanos Sexta Três Tipos de Líderes..............................................3ª João 1-15
15.7 e 16.1-16 Sábado Saudações..............................1ª Coríntios 16.20; 1ª Pedro 5.14
Domingo Paz, Beijo e Graça............................1ª Tessalonicenses 5.23-28

OBJETIVO DA LIÇÃO
Compreender as diferenças entre irmãos, por meio da prática da aceitação e do tratamento amoroso.

INTRODUÇÃO
Não existe no mundo uma comunidade mais heterogênea do que a igreja. Nela se reúnem pessoas
das mais diversas etnias, origem religiosa, formação educacional, idade, temperamento, classe social e
profissional. Cada pessoa também tem uma expectativa de aceitação e tratamento. Em meio a tanta
diversidade, é inevitável que apareçam os problemas de relacionamento entre os irmãos na igreja.
Quando escreveu para os crentes da cidade de Roma, o apóstolo Paulo estabeleceu dois
mandamentos para preservação da unidade, em meio a tanta diversidade:
• Acolhei-vos uns aos outros, como também Cristo nos acolheu para a glória de Deus (Rm
15.7).
• Saudai-vos uns aos outros com ósculo santo. Todas as igrejas de Cristo vos saúdam (Rm
16.16)
A lição de hoje analisa estes dois mandamentos:

1. Acolhei-vos Uns Aos Outros


O mandamento de Deus é: “Acolhei-vos uns aos outros, como também Cristo nos
acolheu para a glória de Deus”. (Rm 15.7)
Acolher significa aceitar o outro como ele é. Lowell Bailey diz: “Aceitarmos uns aos outros significa
acolhermos os nossos irmãos em Cristo, livremente, sem constrangimento ou reservas, em pleno
reconhecimento da nossa comunhão igual e mútua em Cristo. A principal ideia do mandamento é que
nós, os cristãos, devemos aceitar para dentro da nossa comunhão toda pessoa que afirma ser Cristo o
seu Senhor, mesmo existindo falhas visíveis na sua conduta, lacunas no seu conhecimento ou
compreensão das Escrituras, ou mesmo diferença de opiniões sobre pontos menos essenciais da
doutrina. Isto não é o mesmo que aprovar tais falhas, lacunas ou divergências. Significa, isto sim, que
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aceitamos a pessoa como discípula de Cristo, porque ela afirma que é de Jesus; e que aceitamos a
responsabilidade de ensiná-la a obedecer a tudo que o Senhor Jesus ordenou” (Mt 28.20).
No contexto que Paulo escreveu aos romanos, observamos alguns princípios:
• Aceitar significa não julgar o outro em assuntos que não são considerados pecado (Rm 14.1-3);
• Aceitar significa suportar as debilidades dos mais fracos (Rm 14.20-21; 15.1);
• Aceitar significa não fazer acepção de pessoas (Rm 12.16; Tg 2.1).
Lowell Bailey apresenta quatro possíveis desculpas por não aceitar o irmão:
1.1. Sendo bastante conservador o grupo, a pessoa em questão se permite o uso do fumo ou do vinho,
assiste a filmes de cinema, joga futebol etc.
1.2. Os membros foram criados dentro de um ambiente que valoriza certos
“usos e costumes”, portanto, se escandalizam quando um cristão aparece com um aspecto físico ou roupas
que não combinem com as preferências do grupo.
1.3. A pessoa é de outra raça, posição social, grau de instrução ...
1.4. A pessoa crê de modo diferente a respeito de algumas doutrinas não-essenciais (isto é, que não
afetam o Evangelho de Cristo) ou tem uma experiência diferente da atuação do Espírito Santo em sua
vida.
O mandamento é claro: “Acolhei-vos uns aos outros....” A razão para isso é muito forte: Cristo já
nos acolheu ou nos aceitou, sendo nós ainda pecadores (Rm 5.8). Confira alguns exemplos de aceitação e
não aceitação: Fm 15-17; 3 Jo 1.9-10; At 9.26.

2. Saudai-vos Uns Aos Outros


Paulo, escrevendo aos cristãos de Roma, menciona o nome de vinte e seis pessoas (Rm 16), saudando-
os com alguma palavra de carinho e apreço. Ele encerra as saudações com o mandamento: “Saudai-vos
uns aos outros com ósculo santo. Todas as igrejas de Cristo vos saúdam” (Rm 16.16).
O mesmo preceito se encontra nos seguintes trechos, escritos por Paulo e por Pedro: 1 Co 16.20; 2
Co 13.12; 1 Ts 5.26; 1 Pe 5.14.
O que significa a saudação cristã?
A preocupação de Paulo e Pedro não era quanto à forma da saudação (beijo,
aperto de mão, “paz do Senhor”), mas, o que importava era que fosse “santa”, uma
expressão santificada do verdadeiro amor cristão. Lowell Bailey declara: “Saudarmo-nos uns aos outros
é um reconhecimento externo, visível, da vida em união com Cristo que mutuamente compartilhamos,
e do amor fraternal que temos uns para com os outros. O principal significado do mandamento é que
os cristãos não devem ignorar a presença uns dos outros ao surgirem oportunidades para se
comunicarem.”
A Bíblia nos apresenta diversos exemplos de saudar os outros com um beijo (Mt 26.48-49; At 20.37;
Lc 15.20). O modo de saudação mencionado por Paulo é o beijo (também chamado ósculo). Paulo
se refere ao beijo santo, e Pedro, ao beijo de amor. Nos países orientais onde foi escrita a Bíblia, o beijo na
face é uma maneira bem comum das pessoas se saudarem. Quanto à saudação verbal, os judeus
pronunciavam a palavra Shalom!, que quer dizer: “paz!” ou: “saúde, bem-estar!”. Os gregos, por sua vez,
preferiam Charis! ou seja, “graça!, felicidade!”. Paulo, sendo transcultural de formação e de ministério,
saudava das duas maneiras ao mesmo tempo: Graça e paz!
Os costumes variam de um lugar para outro e de uma época para outra; mas o princípio que não
muda é o seguinte: os cristãos devem reconhecer uns aos outros e saudar uns aos outros, de uma maneira
tão santa e ao mesmo tempo tão amorosa, que o irmão saudado receba a mensagem dos dois mandamentos
anteriores: “Eu amo você!”, e: “Eu aceito você, assim como está!”.
A Bíblia trabalha com princípios, pois seria impossível estabelecer uma regra de saudação para cada
cultura existente.
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Lowell Bailey orienta que as calorosas saudações entre cristãos deverão:


• Ser pessoais e, havendo possibilidade, individuais (3 Jo 1.15);
• Ser oferecidas com imparcialidade (1 Co 1.2-3);
• Comunicar, quando viável, reconhecimento e apreço pelo trabalho que a pessoa faz (Rm
16.12);
• Ser negadas às pessoas, que dizendo-se irmãs, estejam ensinando doutrinas contrárias ao
Evangelho (2 Jo 1.9-11).

PARA PENSAR E PRATICAR

Acolhei-vos e saudai-vos uns aos outros é o segredo para a preservação da unidade da Igreja. Avalie
sua atitude em relação a outros cristãos quanto a preconceito, acepção e rejeição. Tome os seguintes passos:
1. Reconheça o seu pecado em relação aos outros irmãos (1 Jo 1.9);
2. Procure um irmão da Igreja que você tem dificuldades em aceitar e procure demonstrar amor e
consideração ao mesmo;
3. Faça todo esforço para desenvolver interesse sincero pelos seus irmãos;
4. Não cobre dos outros aquilo que você não está fazendo, no tocante ao acolhimento e ao amor
fraternal.

PONTOS PARA DISCUTIR


1. Quais as maiores dificuldades para aceitarmos uns aos
outros?
2. Paulo e Pedro, dentro da situação cultural daqueles tempos
mandavam saudar os irmãos com beijo santo de amor. Como
devo saudar hoje?
3. De acordo com 2 Jo 1.9-11, há uma classe de pessoas a quem
posso, quem sabe, dar um “Bom dia”, mas não devo
saudosamente no Senhor. Que classe de pessoas é essa?

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