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BAÇO
Anatomia
O baço é um órgão linfático encapsulado, ricamente vascularizado, que
levanta algumas dificuldades ao acesso ecográfico.
I - Dimensões
PE
Figura 2
Sílvia Leite, Rolando Pinho, Eduardo Pereira Pág. 61
7º Curso Teórico-Prático de Ultra-sonografia Clínica para Gastrenterologistas - Baço
Figura 3
Eco-Anatomia
A - Estudo ecográfico (figura 5)
Posição do doente
1) O decúbito dorsal, com o membro superior esquerdo elevado acima
da cabeça, geralmente permite uma boa exploração do hipocôndrio esquerdo.
2) Pode-se tentar optimizar as condições para os cortes US, colocando o
doente em decúbito lateral direito e efectuando diferentes graus de inspiração.
3) Ocasionalmente, pode ser benéfico o decúbito ventral ou a posição de
pé.
Identificação do baço
O baço localiza-se entre a linha axilar média e posterior. Deve-se colocar
o transdutor num espaço intercostal a este nível e alinhá-lo paralelo às
costelas.
Cortes ecográficos
Geralmente realizam-se sucessivamente cortes intercostais longitudinais
e transversais esquerdos, que são geralmente suficientes.
Os cortes aqui chamados de longitudinais e transversais, são na
realidade ligeiramente oblíquos devido à posição das costelas dificultando a
realização de cortes longitudinais e transversais standard.
Podem-se realizar cortes subcostais esquerdos, para a exploração das
esplenomegalias, não permitindo geralmente uma boa visualização do baço
normal.
Em indivíduos normais, a distância da sonda ao baço, localizado
profundamente no espaço subfrénico, torna difícil a sua observação, podendo
ser necessários cortes complementares noutras posições, como explicado
acima, ou cortes lombares na goteira lombar esquerda, para visualização do
pólo inferior do baço.
Figura 5
2º Cortes transversais
Roda-se o transdutor, sob visão directa, desde a posição longitudinal
para cortes transversais. Realizam-se, angulando o transdutor, cortes desde a
posição mais cefálica até à base.
Eco-estrutura esplénica
Tamanho do baço
A esplenomegalia é manifestação de
numerosas patologias e é facilmente detectada na
ecografia. Figura 7
Critérios de normalidade
Aspectos particulares
- A presença de ascite descola o baço do diafragma e origina uma
imagem arciforme anecogénica entre o diafragma e a superfície diafragmática
do baço (sinal da lua crescente).
Conclusão
O conhecimento dos dados ecográficos é importante:
- No âmbito das esplenomegalias onde o exame ecográfico é o exame
de escolha para completar o exame físico.
- No traumatismo abdominal e torácico esquerdo. A ecografia esplénica
permite diagnosticar a presença de líquido livre (sinal da lua crescente) e de
lesões parenquimatosas. A sua utilização sistemática permite evitar a
realização de paracenteses diagnosticas nestas situações, seguir a evolução
de lacerações benignas do baço e evitar assim esplenectomias
desnecessárias, sobretudo nas crianças.
AORTA
Anatomia
Ecografia aórtica
Calibre
Eco-Doppler da aorta
Figura 6
Figura 7: TC em corte transversal
Figura 10: Doppler a cores e espectral da Figura 11: AMS em corte transversal
artéria hepática
Tronco celíaco
Artérias renais
A veia cava inferior (VCI) resulta da união das veias ilíacas comuns ao
nível de L5, localizando-se anteriormente e ligeiramente à direita da coluna
vertebral. Depois de atravessar o diafragma, a VCI entra na aurícula direita ao
nível de D8. Os seus principais ramos são as veias supra-hepáticas, as veias
renais e as veias ilíacas comuns. As paredes da VCI são mais finas do que as
da aorta.
Ecografia
Ao
VCI
Figura 12: VCI em corte transversal Figura 13: VCI em corte longitudinal
Figura 14: Fluxo fásico da VCI, variável com as diferentes fases do ciclo cardíaco
Figura 15: Emergência das veias supra- Figura 16: Doppler a cores e espectral das
hepáticas veias supra-hepáticas