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PREVENÇÃO DO CÂNCER DE COLO UTERINO

COLETA DE CITOLOGIA ONCÓTICA

Profª. Heliamara Teles


CÂNCER DE COLO UTERINO

• É causado pela infecção persistente por tipos oncogênicos do


Papilomavírus Humano - HPV;
• As alterações celulares são descobertas facilmente no exame
preventivo (Papanicolaou), e são curáveis na quase totalidade
dos casos.
CÂNCER DE COLO UTERINO
- EPIDEMIOLOGIA

• Terceiro tumor mais frequente na população feminina;


• Quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil;
• Na década de 1990, 70% dos casos diagnosticados eram da
doença invasiva;
• Atualmente 44% dos casos são de lesão precursora do câncer;
• Estimativas de novos casos: próximos de 18000.
CITOLOGIA ONCÓTICA DO COLO UTERINO
- RECOMENDAÇÕES

• Rastreio: exame citopatológico;


• Início: 25 anos
• Término: Deve seguir até os 64 anos e interrompidos se pelo
menos 2 exames negativos consecutivos nos últimos 5 anos;
CITOLOGIA ONCÓTICA DO COLO UTERINO
- ADEQUABILIDADE DO MATERIAL
CITOLOGIA ONCÓTICA DO COLO UTERINO
- ADEQUABILIDADE DO MATERIAL

Amostra insatisfatória para avaliação:


• Leitura prejudicada pelas razões expostas abaixo:
1. Material acelular ou hipocelular (<10% do esfregaço);
2. Leitura prejudicada (>75% do esfregaço) por presença de sangue, piócitos, artefatos
de dessecamento, contaminantes externos ou intensa superposição celular.
Amostra satisfatória para avaliação:
• Apresenta células em quantidade representativa, bem distribuídas;
Células representativas:
• escamosas;
• glandulares;
• metaplásicas.
CITOLOGIA ONCÓTICA DO COLO UTERINO
- DIAGNÓSTICO DESCRITIVO
CITOLOGIA ONCÓTICA DO COLO UTERINO
- DIAGNÓSTICO DESCRITIVO

Alterações celulares benignas (reativas ou reparativas):


• A prevalência de NIC II/III em mulheres com alterações celulares benignas
é baixa (cerca de 2%).

1. Inflamação sem identificação de agente:


• Havendo queixa de corrimento ou conteúdo vaginal anormal, a
paciente deverá ser conduzida conforme diretriz direcionada para o
tratamento de corrimento genital e doenças sexualmente transmissíveis;
• Seguir a rotina de rastreamento citológico como para as mulheres
com resultado normal.
CITOLOGIA ONCÓTICA DO COLO UTERINO
- DIAGNÓSTICO DESCRITIVO

2. Metaplasia Escamosa Imatura:


• Essa apresentação é considerada como do tipo reparativa;
• Seguir a rotina de rastreamento citológico.

3. Reparação:
• Decorre de lesões da mucosa com exposição do estroma e pode ser
determinado por quaisquer dos agentes que determinam inflamação. É,
geralmente, a fase final do processo inflamatório;
• Seguir a rotina de rastreamento citológico.
CITOLOGIA ONCÓTICA DO COLO UTERINO
- DIAGNÓSTICO DESCRITIVO

Achados Microbiológicos:
1. Lactobacillus sp., cocos e outros bacilos:
• A presença desses microorganismos não caracteriza infecção que necessite
tratamento;
• Seguir a rotina de rastreamento citológico.

2. Agentes patogênicos (Gardnerella/Mobiluncus sp., Trichomonas


vaginalis, Candida sp):
• A paciente com sintomatologia, como corrimento, prurido ou odor
genital anormal, deve ser abordada conforme diretriz específica;
• Seguir a rotina de rastreamento citológico.
CITOLOGIA ONCÓTICA DO COLO UTERINO
- DIAGNÓSTICO DESCRITIVO

Fonte: MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2016.


CITOLOGIA ONCÓTICA DO COLO UTERINO

Material para Coleta de Citologia Oncótica:


• espéculo vaginal • máscara cirúrgica
• âmina com uma extremidade fosca • fixador apropriado
• espátula de Ayres • recipiente para acondicionamento
• escova cervical das lâminas
• par de luvas para procedimento • lençol para cobrir a paciente
• formulário de requisição do exame • avental
• lápis para identificação da lâmina
CITOLOGIA ONCÓTICA DO COLO UTERINO

Coleta:
• Condições para uma amostra de qualidade:
• Não estar menstruada;
• Não usar creme ou ducha vaginal nem submeter-se a exames
intravaginais (ultrassonografia) por 2 dias antes do exame;
• Evitar relações sexuais nas 24 horas que antecedem o exame.
CITOLOGIA ONCÓTICA DO COLO UTERINO

Coleta:
• Solicitar à paciente que esvazie a bexiga;
• Fornecer um avental e disponibilizar local reservado para troca de
roupa;
• Solicitar que se deite na mesa, auxiliando-a a posicionar-se
adequadamente para o exame;
• Cobrir a paciente com o lençol;
• Colocar as luvas;
• Perguntar se já teve filhos por parto vaginal, se não, usar espéculo
pequeno;
• Perguntar se está grávida e realizar coleta cuidadosa
Coleta

• A coleta é dupla: da ectocérvice e do canal cervical;

• As amostras são colhidas separadamente;


• Proceda inicialmente a coleta da ectocérvice e depois a coleta
da endocérvice:
• Utilize a espátula de madeira tipo Ayres, do lado que apresenta
reentrância;
• Encaixe a ponta mais longa da espátula no orifício externo do
colo, apoiando-a firmemente, fazendo uma raspagem na mucosa
ectocervical em movimento rotativo de 360º, em torno de todo o
orifício, procurando exercer uma pressão firme, mas delicada,
sem agredir o colo, para não prejudicar a qualidade da amostra;
Coleta
• Para a coleta no canal cervical utilize a escova apropriada para
coleta endocervical;
• Recolha o material, introduzindo a escova delicadamente no
canal cervical, girando-a a 360º;
• Na lamina, já devidamente identificada, estenda o material
ectocervical dispondo-o no sentido horizontal, ocupando 1/2 da
parte transparente da lâmina, em movimentos de sentido único,
da direita para a esquerda, esfregando a espátula com suave
pressão, garantindo uma amostra uniforme;
• Ocupando a 1/2 restante da parte transparente da lâmina,
estenda o material endocervical, rolando a escova de cima para
baixo, preferencialmente
• Evite deixar espaço livre entre as duas amostras

• A fixação do esfregaço deve ser procedida imediatamente após


a coleta, sem nenhuma espera.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero / Instituto


Nacional de Câncer. Coordenação Geral de Ações Estratégicas. Divisão de Apoio à
Rede de Atenção Oncológica. – Rio de Janeiro: INCA, 2016.

• MARTINS, NV. Patologia do Trato Genital Inferior, Diagnóstico e Tratamento. 2ª edição.


São Paulo, Santos, 2014.

• MOUTINHO, JAF. Consenso sobre infecção HPV e lesões intraepiteliais de colo, vagina
e vulva. Sociedade Portuguesa de Ginecologia. Cascais, 2011.

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