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PERIODO MEDIEVAL

É difícil determinar o período de início e fim da Idade Média, mas as propostas



mais aceitas situam essa era da História entre a queda da Civilização Romana no século
V, e o século XV, do Renascimento Humanista.
♦ Assim, ela nasceria com as primeiras manifestações artísticas de uma nova
cultura, fundamentada na síntese das sociedades romana e germânica, ambas
articuladas pela Igreja. A crise dessas sociedades também provocaria o declínio da
música medieval.
♦ O período da música medieval é marcado pela:

1 Estrutura modal (combinações entre as notas e seus resultados sonoros particulares; composição
melódica, em monodia ou polifonia) praticada nas himnodias (canto sobre novos textos, sem
acompanhamento) e salmodias (canto de salmos).
2 No canto gregoriano, nos organuns polifônicos (vozes independentes).
3 Nas composições polifônicas da Escola de Notre-Dame (além das notas serem grafadas, a
duração delas também, conferindo ritmo).
4 Na Ars Antiqua (o conductus, o moteto, o hoqueto e o rondeau como formas musicais).
5 Ars Nova (o organum e o conductos desaparecem, e o moteto trata de amor, política e questões
sociais; Guillaume de Machaut é um grande mestre do período).
6 E ainda na música dos trovadores e troveiros, que exerciam grade influencia na Idade Média,
com suas musicas de cunho popular. As bases para suas melodias são os modos gregorianos, porém de
ritmo marcado e dançante.

Principais compositores medievais:

♦Hildegarda de Bingen
♦Leonin
♦Pérotin
♦Adam de la Halle (trovador francês)
♦Philippe de Vitry
♦Guillaume de Machaut (compositor e poeta francês)
♦John Dunstable (músico inglês)
♦Guillaume Dufay
♦Johannes Ockeghem
♦Guido d’Arezzo

Linha do tempo com os principais e mais influentes compositores medievais, separados por período e
estética musical.
PERIODO RENASCENTISTA

♦ Durou aproximadamente de 1400 a 1600 e foi caracterizado pelo uso cada vez maior
da instrumentação e de linhas melódicas que se entrelaçam.
♦ Período em que se desenvolveram os motetos renascentistas: propunha o estilo
imitativo, isto é, cada voz entraria os versos com uma mesma proposta, mas continha
passagens homofônicas, facilitando a compreensão do texto. São seus representantes
Palestrina, Lasso, Victoria, Morales, Willaert e Gabrielli.
♦ A dança como forma de evento social tornou-se cada vez mais difundida, e por
conseqüência foram criadas formas musicais apropriadas para acompanhar estas ocasiões.

Exemplos musicais

• Anônimo italiano: Ypocrite - Velut stelle - Et gaudebit


• Anônimo, Codex Rossi: Cum altre ucele
• Hugo de Lantins: Jo sum tuo servo
• Giulio Caccini: Amor che attendi
• Giovanni Croce: Cantate Domino
• Jacob Arcadelt: Io dico che fra noi
Linha do tempo com os principais compositores renascentistas, separados por período e estética
musical.
Instrumentos da Idade Média

Flauta Reta: englobam as flautas doces (flauta de oito furos e as flautas de seis furos) É classificado na
Idade Média como instrumento de som suave, baixo, diferenciado-se dos instrumentos altos, como as
bombardas.

Flauta Transversal: é pela primeira vez representada no manuscrito d’Herrade de Landsberg. Bem
como as flautas retas, tinham formato cilíndrico

Cornamusa: Instrumento de sopro que consiste de um chalumeau melódico dotado de palheta dupla e
inserido em um reservatório de pele hermético (odre ou saco). O ar entra no odre através de um tubo
superior, com uma válvula para impedir o seu retorno.

Viela de Arco Os instrumentos de cordas friccionadas da Idade Média, chamados Vièle, Fiddle, Giga e
Lira, começaram a ser utilizados no século X, quando o arco surge na Europa (introduzido provavelmente
pelos árabes). A Viela de arco pode ter formas bastante diversas e apresenta normalmente de três a cinco
cordas. Pode ser tocada apoiada no ombro ou no joelho.

Viela de Roda ou Symphonia: É uma espécie de Viela em que o arco é substituído por uma roda, que
fricciona as cordas sob a ação de uma manivela.

Alaúde: Só foi introduzido na Europa no século XII, pelos mouros. No fim do século XIV, adquiriu
aspecto característico com caixa piriforme composta de lados de sicônomoro e o cravelhal recurvado para
trás.

Harpa: As harpas são reconhecidas por sua forma aproximadamente triangular e pelas cordas de
comprimentos desiguais estendidas num plano perpendicular ao corpo sonoro.

Percussão: Só nos séculos XII e XIII aparecem na Europa provenientes provavelmente do Oriente, os
tambores de dois couros, o pequeno tambor em armação, que por vezes era dotado de soalhas (pandeiro),
címbalos de dedos, etc.

Flauta e Tambor: Flauta de três furos tocada com uma das mãos enquanto a outra toca o tambor que é
sustentado no ombro ou debaixo do braço pelo mesmo executante.

Flauta Dupla: Os instrumentos de sopro duplos são conhecidos desde a Antigüidade. A flauta dupla foi
um instrumento bastante utilizado e desapareceria somente no século XVI.

Rabeca: Instrumento de cordas friccionadas com caixa monóxila, isto é, escavada em uma só peça de
madeira. As formas variavam entre as ovais, elípticas ou retangulares. De proporções menores do que a
viela de arco tem um som agudo e penetrante.

Saltério: Neste instrumento as cordas são estendidas em todo o seu comprimento acima da caixa de
ressonância, ao contrário do princípio da harpa. É tocado pinçando-se as cordas com os dedos ou com
plectro.

Organetto ou Portativo: O Organetto é o antecessor da Gaita de Fole escocesa. Também chamado de


Portativo, porque podia ser carregado pelo executante.
http://www.spectrumgothic.com.br/musica/medieval.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Renascimento

* O Pentagrama - Guido d'Arezzo

Um músico assim era o monge Guido, mestre de coro da Catedral de Arezzo na Toscana e encarregado do
coro da escola por volta de 1030. Conhecendo certamente os progressos musicais, e sendo ele próprio um
músico inventivo, concebeu um sistema para aprender música de ouvido. Descobriu uma melodia profana,
hino que os meninos cantores entoavam a São João, para que os protegesse da rouquidão, cada linha da
qual começava com uma nota mais aguda que a anterior. Associou à melodia a um texto sagrado em
Latim, cuja primeira sílaba de cada linha podia dar o nome de cada nota da escala musical. Em seguida,
fixou cada mnemônica num esboço da mão humana:

Ut queant laxis
Resonare fibris
Mira gestorum
Famuli tuorum
Solve polluti
Labi reatum
Sancte Ioannes

Cuja tradução é: Para que nós, servos, com nitidez e língua desimpedida, o milagre e a força dos teus
feitos elogiemos, tira-nos a grave culpa da língua manchada, São João.

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