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Estruturação da lavoura
Demarcação de estradas:
As estradas internas da lavoura de arroz irrigado são importantes, pois é por elas
que é feito todo o deslocamento de veículos para transporte de insumos, como
sementes e adubos, máquinas e o escoamento da produção para fora da lavoura. É
aconselhável que sejam marcadas no sentido do declive do terreno, se esse não for
muito acentuado, o que evita a construção de bueiros. O espaçamento
recomendado entre elas deve ser de aproximadamente, 500 m (Figura 1).
O sistema de irrigação e drenagem deve ter eficiência de tal forma que facilite o
manejo da água e outras práticas, como a aplicação de herbicidas e nitrogênio em
cobertura. Para um bom manejo da água de irrigação, recomenda-se a demarcação
de um canal, quando possível, a cada 400 ou 500 m de distância, com uma faixa de
abrangência de 200 a 250 m para cada lado, intercalados por uma estrada, com
seus respectivos drenos (Figura 1). De acordo com o terreno, pode ser necessária a
demarcação de drenos perpendiculares às estradas, com espaçamento variável
conforme a dificuldade de drenagem. No caso de necessidade de controlar o lençol
freático, o espaçamento deve ser calculado.
Sistematização do terreno
Esse último caso requer uma boa drenagem interna da lavoura e também
possibilita o uso da irrigação por superfície para as culturas.
Projeto de sistematização
Profundidade de corte
Custos
Métodos de sistematização
Método do esquadro
Consiste em colocar uma estaca alta ao lado de cada piquete (pontos topográficos),
na qual marca-se um nível de referência, por exemplo, 0,5 m do nível do solo
original. A partir dessa referência, pinta-se na estaca uma faixa com magnitude
igual à do corte ou do aterro, com cores diferentes. Se for corte da referência para
baixo e se for aterro da referência para cima. Dessa forma, os operadores das
máquinas se orientam durante a realização dos trabalhos. O movimento de solo é
monitorado por um auxiliar de campo munido de um esquadro e de um nível de
pedreiro, para controlar os cortes ou aterros junto às estacas. Esse método se
aplica adequadamente quando o movimento de solo é elevado, isso é, os cortes são
grandes, acima de 20 cm.
Usa a água como referência de nível no controle do movimento de terra. Com isso,
somente é aplicável na sistematização sem declive, ou seja, a denominada “cota
zero”. Após o preparo inicial do solo com grade niveladora ou enxada rotativa,
coloca-se água, cobrindo em torno de 1/3 da área. A partir daí, remove-se a terra
da parte alta, que não está submersa, para a parte baixa, submersa, até que se
tenha uma pequena lâmina de água uniforme em todo o terreno. Devido à condição
de alta umidade em que são realizados os trabalhos, em muitos casos as máquinas
apresentam problemas de sustentação, sendo necessário equipar os tratores com
sobre-rodas ou rodas gaiolas. Para a movimentação do solo na água, utiliza-se uma
plaina de madeira denominada alisador. Esse método tem grande vantagem na
economicidade do investimento em máquinas. Tem como desvantagem a grande
desestruturação do solo que causa flutuação dos colóides na água. Por isso,
recomenda-se não drenar a área logo após o trabalho de sistematização, a fim de
se evitar perdas consideráveis de solo fértil.
FONTE:
http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/arroz/arvore/CONT000fojvokoc02wyiv80
bhgp5pn8x03de.html