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APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS

MATEMÁTICA

LOGARÍTMO

Definição de logaritmo

a x  b  x  log a b sendo b>0 ,a>0 e a1

Na igualdade x  log a b obtemos :


a= base do logaritmo
b= logaritmando ou antilogaritmo
x= logaritmo

Exemplos :
1) log 2 32  5 pois 2 5  32
2) log 4 16  2 pois 4 2  16
3) log 5 1  0 pois 5 0  1

Conseqüências da definição

Sendo b>0 ,a>0 e a1 e m um número real qualquer, temos a seguir algumas conseqüências da
definição de logaritmo:

log a 1  0 log a a  1 log a a m  m a loga b  b

log a b  log a c  b  c

Propriedades operatórias dos logaritmos

1) Logaritmo do produto: log a ( x. y)  log a x  log a y (a>0, a1, x>0 e y>0)

2) Logaritmo do x quociente: (a>0, a1, x>0 e y>0)


log a    log a x  log a y
 y

3) Logaritmo da log a x m  m.log a x potência: (a>0, a1, x>0 e m )

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m
n
x x
m n

Caso particular: como , temos:

m
m
log a x  log a x 
n m n
. log a x
n

Cologaritmo

Chamamos de cologaritmo de um número positivo b numa base a (a>0, a1) e indicamos


cologa b o logaritmo inverso desse número b na base a

1
colog a b  log a (a>0, a1 e b>0)
b
1
Como log a  log a 1  log a b  0  log a b   log a b, podemos também escrever :
b

colog a b   log a b

Mudança de base

Em algumas situações podemos encontrar no cálculo vários logaritmos em bases diferentes.


Como as propriedades logarítmicas só valem para logaritmos numa mesma base, é necessário
fazer, antes, a conversão dos logaritmos de bases diferentes para uma única base conveniente.
Essa conversão chama-se mudança de base. Para fazer a mudança de uma base a para uma outra
base b usa-se:

log b x
log a x 
log b a

FUNÇÃO LOGARÍTMICA

A função f:IR+IR definida por f(x)=logax, com a1 e a>0, é chamada função logarítmica de
base a. O domínio dessa função é o conjunto IR+ (reais positivos, maiores que zero) e o
contradomínio é IR (reais).

GRÁFICO CARTESIANO DA FUNÇÃO LOGARÍTMICA

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Temos 2 casos a considerar:


 quando a>1;
 quando 0<a<1.

Acompanhe nos exemplos seguintes, a construção do gráfico em cada caso:

1) y=log2x (nesse caso, a=2, logo a>1)


Atribuindo alguns valores a x e calculando os correspondentes valores de y, obtemos a tabela e
o gráfico abaixo:

x 1/4 1/2 1 2 4
y -2 -1 0 1 2

2) y=log(1/2)x (nesse caso, a=1/2, logo 0<a<1)


Atribuindo alguns valores a x e calculando os correspondentes valores de y, obtemos a tabela e
o gráfico abaixo:

x 1/4 1/2 1 2 4
y 2 1 0 -1 -2

Nos dois exemplos, podemos observar que


a) o gráfico nunca intercepta o eixo vertical;
b) o gráfico corta o eixo horizontal no ponto (1,0). A raiz da função é x=1;
c) y assume todos os valores reais, portanto o conjunto imagem é Im=IR.

Além disso, podemos estabelecer o seguinte:

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a>1 0<a<1

f(x) é crescente e Im=IR f(x) é decrescente e Im=IR


Para quaisquer x1 e x2 do domínio: Para quaisquer x1 e x2 do domínio:
x2>x1  y2>y1 (as desigualdades têm x2>x1  y2<y1 (as desigualdades têm
mesmo sentido) sentidos diferentes)

EQUAÇÕES LOGARÍTMICAS

Chamamos de equações logarítmicas toda equação que envolve logaritmos com a incógnita
aparecendo no logaritmando, na base ou em ambos.

Exemplos de equações logarítmicas:


1) log3x =5 (a solução é x=243)
2) log(x2-1) = log 3 (as soluções são x’=-2 e x’’=2)
3) log2(x+3) + log2(x-3) = log27 (a solução é x=4)
4) logx+1(x2-x)=2 (a solução é x=-1/3)

Alguns exemplos resolvidos:


1) log3(x+5) = 2
Resolução: condição de existência: x+5>0 => x>-5
log3(x+5) = 2 => x+5 = 32 => x=9-5 => x=4
Como x=4 satisfaz a condição de existência, então o conjunto solução é S={4}.

2) log2(log4 x) = 1
Resolução: condição de existência: x>0 e log4x>0
log2(log4 x) = 1 ; sabemos que 1 = log2(2), então
log2(log4x) = log2(2) => log4x = 2 => 42 = x => x=16
Como x=16 satisfaz as condições de existência, então o conjunto solução é S={16}.

3) Resolva o sistema:

log x  log y  7

3. log x  2. log y  1
Resolução: condições de existência: x>0 e y>0
Da primeira equação temos:
log x+log y=7 => log y = 7-log x
Substituindo log y na segunda equação temos:
3.log x – 2.(7-log x)=1 => 3.log x-14+2.log x = 1 => 5.log x = 15 =>
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=> log x =3 => x=103


Substituindo x= 103 em log y = 7-log x temos:
log y = 7- log 103 => log y = 7-3 => log y =4 => y=104.
Como essas raízes satisfazem as condições de existência, então o conjunto solução é S={(10 3;104)}.

INEQUAÇÕES LOGARÍTMICAS

Chamamos de inequações logarítmicas toda inequação que envolve logaritmos com a


incógnita aparecendo no logaritmando, na base ou em ambos.

Exemplos de inequações logarítmicas:


1) log2x > 0 (a solução é x>1)
2) log4(x+3)  1 (a solução é –3<x1)

Para resolver inequações logarítmicas, devemos realizar dois passos importantes:


1º) redução dos dois membros da inequação a logaritmos de mesma base;
2º) aplicação da propriedade:

a>1 0<a<1
logam > logan  m>n>0 logam > logan  0<m<n
(as desigualdades têm mesmo sentido) (as desigualdades têm sentidos
diferentes)

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS:

1) log2(x+2) > log28


Resolução:
Condições de existência: x+2>0, ou seja, x>-2 (S1)
Como a base (2) é maior que 1, temos:
x+2>8 e, daí, x>6 (S2)
O conjunto solução é S= S1  S2 = {x  IR| x>6}.
Portanto a solução final é a intersecção de S1 e S2, como está representado logo abaixo no
desenho:

2) log2(log3x)  0
Resolução:
Condições de existência: x>0 e log3x>0
Como log21=0, a inequação pode ser escrita assim:
log2(log3x)  log21
Sendo a base (2) maior que 1, temos: log3x  1.
Como log33 = 1, então, log3x  log33 e, daí, x  3, porque a base (3) é maior que 1.
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As condições de existência estão satisfeitas, portanto S={x  IR| x  3}.

SISTEMAS LINEARES
Equação linear
Equação linear é toda equação da forma:
a1x1 + a2x2+ a3x3 + ... + anxn = b
em que a1, a2, a3, ... , an são números reais, que recebem o nome de coeficientes das incógnitas
x1, x2,x3, ... , xn, e b é um número real chamado termo independente ( quando b=0, a equação recebe o nome de
linear homogênea).
Veja alguns exemplos de equações lineares:
3x - 2y + 4z = 7 -2x + 4z = 3t - y + 4

(homogênea)
As equações a seguir não são lineares:
2
xy - 3z + t = 8 x - 4y = 3t - 4

Um conjunto de equações lineares da forma:

é um sistema linear de m equações e n incógnitas.


A solução de um sistema linear é a n-upla de números reais ordenados (r1, r2, r3,..., rn) que é,
simultaneamente, solução de todas as equações do sistema.

Matrizes associadas a um sistema linear


A um sistema linear podemos associar as seguintes matrizes:
matriz incompleta: a matriz A formada pelos coeficientes das incógnitas do sistema.
Em relação ao sistema:

a matriz incompleta é:

matriz completa: matriz B que se obtém acrescentando à matriz incompleta uma última coluna formada
pelos termos independentes das equações do sitema.
Assim, para o mesmo sistema acima, a matriz completa é:

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Sistemas homogêneos
Um sistema é homogêneo quando todos os termos independentes da equações são nulos:

Veja um exemplo:

A n-upla (0, 0, 0,...,0) é sempre solução de um sistema homogêneo com n incógnitas e recebe o nome de
solução trivial. Quando existem, as demais soluções são chamadas não-triviais.

Classificação de um sistema quanto ao número de soluções

Resolvendo o sistema , encontramos uma única solução: o par ordenado (3,5). Assim, dizemos que
o sistema é possível (tem solução) e determinado (solução única).

No caso do sistema , verificamos que os pares ordenados (0,8), (1,7),(2,6),(3,5),(4,4),(5,3),...são


algumas de suas infinitas soluções. Por isso, dizemos que o sistema é possível (tem solução) e indeterminado (infinitas
soluções).

Para , verificamos que nenhum par ordenado satisfaz simultaneamente as equações. Portanto, o
sistema é impossível (não tem solução).

Resumindo, um sistema linear pode ser:


a) possível e determinado (solução única);
b) possível e indeterminado (infinitas soluções);
c) impossível (não tem solução).

Sistema normal
Um sistema é normal quando tem o mesmo número de equações (m) e de incógnitas (n) e o determinante da
matriz incompleta associada ao sistema é diferente de zero.
Se m=n e det A 0, então o sistema é normal.

Regra de Cramer
Todo sistema normal tem uma única solução dada por:

em que i { 1,2,3,...,n}, D= det A é o determinante da matriz incompleta associada ao sistema, e D xi é o


determinante obtido pela substituição, na matriz incompleta, da coluna i pela coluna formada pelos termos
independentes.

Discussão de um sistema linear


Se um sistema linear tem n equações e n incógnitas, ele pode ser:
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a) possível e determinado, se D=det A 0; caso em que a solução é única.


Exemplo:

m=n=3

Então, o sistema é possível e determinado, tendo solução única.

b) possível e indeterminado, se D= Dx1 = Dx2 = Dx3 = ... = Dxn= 0, para n=2. Se n 3, essa condição só será
válida se não houver equações com coeficientes das incógnitas respectivamente proporcionais e termos independentes
não-proporcionais.
Um sistema possível e indeterminado apresenta infinitas soluções.
Exemplo:

D=0, Dx =0, Dy=0 e Dz=0


Assim, o sistema é possível e indeterminado, tendo infinitas soluções.

c) impossível, se D=0 e Dxi 0, 1 i n; caso em que o sistema não tem solução.


Exemplo:

Como D=0 e Dx 0, o sistema é impossível e não apresenta solução.

Sistemas Equivalentes
Dois sistemas são equivalentes quando possuem o mesmo conjunto solução.
Por exemplo, dados os sistemas:

e
verificamos que o par ordenado (x, y) = (1, 2) satisfaz ambos e é único. Logo, S1 e S2 são equivalentes: S1 ~ S2.

Propriedades
a) Trocando de posição as equações de um sistema, obtemos outro sistema equivalente.
Por exemplo:

e
S1 ~S2

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b) Multiplicando uma ou mais equações de um sistema por um número K (K IR*), obtemos um sistema equivalente ao
anterior. Por exemplo:

S1 ~S2

c) Adicionando a uma das equações de um sistema o produto de outra equação desse mesmo sistema por um
número k ( K IR*), obtemos um sistema equivalente ao anterior.
Por exemplo:

Dado , substituindo a equação (II) pela soma do produto de (I) por -1 com (II), obtemos:

S1~S2, pois (x,y)=(2,1) é solução de ambos os sistemas.

Sistemas escalonados
Utilizamos a regra de Cramer para discutir e resolver sistemas lineares em que o número de equações (m) é
igual ao número de incógnitas (n). Quando m e n são maiores que três, torna-se muito trabalhoso utilizar essa regra. Por
isso, usamos a técnica do escalonamento, que facilita a discussão e resolução de quaisquer sistemas lineares.
Dizemos que um sistema, em que existe pelo menos um coeficiente não-nulo em cada equação, está
escalonado se o número de coeficientes nulos antes do primeiro coeficiente não nulo aumenta de equação para
equação.
Para escalonar um sistema adotamos o seguinte procedimento:
a) Fixamos como 1º equação uma das que possuem o coeficiente da 1º incógnita diferente de zero.
b) Utilizando as propriedades de sistemas equivalentes, anulamos todos os coeficientes da 1ª incógnita das
demais equações.
c) Repetimos o processo com as demais incógnitas, até que o sistema se torne escalonado.

Vamos então aplicar a técnica do escalonamento, considerando dois tipos de sistema:


I. O número de equações é igual ao número de incógnitas (m=n)

Exemplo 1:

1ºpasso: Anulamos todos os coeficientes da 1º incógnita a partir da 2º equação, aplicando as propriedades dos
sistemas equivalentes:
Trocamos de posição a 1º equação com a 2º equação, de modo que o 1º coeficiente de x seja igual a
1:

Trocamos a 2º equação pela soma da 1º equação, multiplicada por -2, com a 2º equação:

Trocamos a 3º equação pela soma da 1º equação, multiplicada por -3, com a 3º equação:

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2º passo: Anulamos os coeficientes da 2º incógnita a partir da 3º equação:


Trocamos a 3º equação pela soma da 2º equação, multiplicada por -1, com a 3º equação:

Agora o sistema está escalonado e podemos resolvê-lo.


-2z=-6 z=3
Substituindo z=3 em (II):
-7y - 3(3)= -2 -7y - 9 = -2 y=-1
Substituindo z=3 e y=-1 em (I):
x + 2(-1) + 3= 3 x=2
Então, x=2, y=-1 e z=3

Exemplo 2:

1º passo: Anulamos todos os coeficientes da 1º incógnita a partir da 2º equação:


Trocamos a 2º equação pela soma do produto da 1º equação por -2 com a 2º equação:

Trocamos a 3º equação pela soma do produto da 1º equação por -3 com a 3º equação:

2º passo: Anulamos os coeficientes da 2ª incógnita, a partir da 3º equação:


Trocamos a 3ª equação pela soma do produto da 2ª equação por -1 com a 3º equação:

Dessa forma, o sistema está escalonando. Como não existe valor real de z tal que 0z=-2, o sistema é impossível.

II) O número de equações é menor que o número de incógnitas (m < n)

Exemplo:

1º passo: Anulamos todos os coeficientes da 1º incógnita a partir da 2º equação:


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Trocamos a 2º equação pela soma do produto da 1º equação por -2 com a 2º equação:

Trocamos a 3º equação pela soma do produto da 1º equação por -1 com a 3º equação:

2º passo: Anulamos os coeficientes da 2º incógnita, a partir da 3º equação:


Trocamos a 3º equação pela soma do produto da 2º equação por -3 com a 3º equação

O sistema está escalonado. Como m<n, o sistema é possível e indeterminado, admitindo infinitas soluções. A
diferença entre o número de incógnitas (n) e o de equações (m) de um sistema nessas condições é chamada grau de
indeterminação (GI):
GI= n - m
Para resolver um sistema indeterminado, procedemos do seguinte modo:
Consideramos o sistema em sua forma escalonada:

Calculamos o grau de indeterminação do sistema nessas condições:


GI = n-m = 4-3 = 1
Como o grau de indeterminação é 1, atribuímos a uma das incógnitas um valor , supostamente conhecido, e
resolvemos o sistema em função desse valor. Sendo t= , substituindo esse valor na 3º equação, obtemos:

12z - 6 = 30 12z= 30 + 6 =
Conhecidos z e t, substituímos esses valores na 2º equação:

Conhecidos z,t e y, substituímos esses valores na 1º equação:

Assim, a solução do sistema é dada por S= , com IR.


Para cada valor que seja atribuído a , encontraremos uma quádrupla que é solução para o sistema

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