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IMAGEM E MEMÓRIA: A

construção da memória a
partir do arquivo do
fotógrafo Luiz Braga

VIII FÓRUM BIENAL DE PESQUISA EM ARTES


Quem é Luiz Braga?

- Nasceu em 1956 em Belém do


Pará;
- Em 1975 quando ingressa na
Faculdade de Arquitetura da
UFPA monta seu primeiro
Estúdio para trabalhar com
retratos;
- Em 1981 fotografava
predominantemente em P&B
- As primeiras exposições (1979 e
1980) eram compostas por
cenas de dança, nus, arquitetura
e retratos.
- Após essa fase passa a trabalhar
com imagens em cores a partir
da visualidade Amazônica;
- Em 2004 passa a usar o recurso
Nightvisions a partir de
máquinas digitais.
Hipótese de Pesquisa

Na exposição Retumbante Natureza


Humanizada – lançada em 10 de
setembro de 2015. Percebe-se a
manifestação das memórias do
artista na sua trajetória produtiva
como fotografo.
Nesse processo, sua interação com as
pessoas se tornou um elemento
marcante na constituição de suas
imagens e dessa forma, essas
memórias dos grupos que ouve e das
quais o artista também constrói
marcam a sua construção como
artista que extrapola o
aparelhamento técnico, mas compõe
a construção de sua poética a partir
da memória.
“Talvez, o primeiro a
situar, pela fotografia, o
homem como centro
cósmico de compreensão
visual e percepção
sensível da Amazônia.
Iniciou, artisticamente,
na região o que hoje se
denomina
etnofotografia”. (João de
Jesus Paes Loureira)
De alguma maneira tocar as
lembranças do outro que você
sequer conheceu. Essa é a grande
chave que a fotografia tem em
relação a não precisar de tradução.
(Luiz Braga)
Por que Luiz Braga
- De acordo com críticos e escritos, o artista representa um
marco importante na fotografia contemporânea a partir do
uso da cor, do ruído e da visualidade amazônica;
- Em muitos escritos sobre o artista verifica-se uma trajetória na
sua construção como artista a partir de um olhar sobre uma
Belém e um Pará periféricos. Do caminho da fotografia em
P&B para seu trabalho com uso da cor a partir dos estudos da
luz;
- Na sua exposição “Retumbante Natureza Humanizada”
verifica-se a manifestação de um discurso que transcende a
técnica e o sujeito amazônico para a construção de uma
relação simbólica da memória como elemento de significação
entre artista, imagem e objeto representado.
Vídeo em 4:35
Por meio das fotos,
acompanhamos da maneira mais
íntima e perturbadora o modo
como as pessoas envelhecem.
(SOTANG,2004, p. 85)
A partir de Benjamin temos duas dimensões da
experiência humana (Experiência de Mundo -
Coletiva e Experiência Vivida - Individual);
A imagem contém em si, uma cadeia de
significações (ECO, 2013), pois o olhar é
uma constituição entre sujeito-imagem-
construção do olhar.
Relação da Imagem (Aumont, 1993)

Imagem

Indivíduo
Fotógrafo retratado Espectador
Imagem Memória

Ver Sentir/Afeto

Denotação Conotação

Significante Significado

Consciente Incosciente
A questão que se
percebe a partir das
imagens presentes
em Retumbante
Natureza
Humanizada:

O que há de memória
do artista e memória
coletiva nas imagens
presentes na obra de
Luiz Braga em
Retumbante
Natureza
Humanizada?
Referências
AUMONT, Jacques. A imagem. Campinas-SP: Papirus, 1993.
BARTHES, Roland. A câmara clara: nota sobre a fotografia. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 2011.
BELTING, Hans. Por uma antropologia da imagem. In: Revista
Concinnitas n. 8. Rio de Janeiro, 2005, p. 65-78.
BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre
literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 1994.
BENSA, Alban. Da micro-história a uma antropologia crítica. In:
REVEL, Jacques (Org.). Jogos de Escalas: A experiência da micro-
análise. Rio de Janeiro: FGV, 1998. P. 39-76.
BERGSON, Henri. Matéria e memória: ensaio sobre a relação do
corpo com o espírito. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
Referências
CAMPOS, S.M.C.T.L. A imagem como método de pesquisa
antropológica: um ensaio de Antropologia Visual. Rev. do Museu
de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 6:275-286, 1996.
Disponível em
<http://www.periodicos.usp.br/revmae/article/viewFile/109274/1
07772>. Acesso em 24 de agosto de 2016.
CATALÀ-DOMÈNECH, Josep M. A forma do real. São Paulo:
Summus, 2011.
DUBOIS, Philippe. O ato fotográfico e outros ensaios. Campinas-
SP: Papirus, 1993.
DERRIDA, Jacques. Mal de arquivo: uma impressão Freudiana. Rio
de Janeiro: Relume Dumará, 2001.
ECO, Umberto. Estrutura ausente: introdução à pesquisa
semiológica. São Paulo: Perspectiva, 2013.
ELIADE, Mircea. Imagem e símbolo. Lisboa: Artes e Letras/Arcádia,
1979.
Referências
FAZENDA, Ivani (org) Metodologia da pesquisa educacional. São
Paulo: Cortez, 2000.
KOSSOY, Boris. Realidades e ficções na trama fotográfica, São
Paulo, Ateliê Editorial, 2009
HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. São Paulo: Vértice,
1990.
MARCONI, Marina de Andrade e LAKATOS, Eva Maria.
Fundamentos de metodologia científica. São Paulo: Atlas, 2003.
LAKATOS, Eva Maria. Metodologia científica. 2. Ed. São Paulo:
Atlas, 1991
MASINI, Elcie F. Salzano. Enfoque fenomenológico de pesquisa em
educação. In
MOREIRA, Daniel Augusto. O método fenomenológico na
pesquisa. São Paulo: Pioneira, 2002.
MOREIRA, Daniel Augusto. O método fenomenológico na
pesquisa. São Paulo: Pioneira, 2002.
Referências
RICOEUR, Paulo. A memória, a história, o esquecimento.
Campinas-SP: Editora Unicamp, 2007.
YATES, Frances. A arte da memória. São Paulo: Editora Unicamp,
2007.

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