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Convenção de Pequenos Grupos 1

03 Editorial
índice 04 Uma vida de pastoreio
06 Princípios para a multiplicação
08 Sou Coordenador de PG, e agora?
12 Os Pequenos Grupos e as ações de compaixão
16 Invista no líder associado
18 PG My Style - Um Novo Jeito de Viver em Comunidade
22 Integração Unidade de Ação e Pequenos Grupos
26 Planejamento e atividades dos PG’s
28 Projeto Líderes de Esperança
26 O gerenciamento eficaz

EXPEDIENTE

ADMINISTRAÇÃO UNeB:
Moisés Silva – Presidente
Jadson Rocha – Secretário
Flávio André Santos – Tesoureiro

COORDENAÇÃO: Pr. Carlos Augusto

ARTE E DIAGRAMAÇÃO: Neide Lima

CAPA: Divisão Sul-Americana


Editorial “Alguns Líderes creem que, se encherem
uma vez os baldes de visão das pessoas até o
topo, eles permanecerão cheios para sempre.
Mas a verdade é que os baldes têm buracos
em seus fundos. E, como consequência, a
visão vaza.” Bill Hybels

Líderes de Esperança da União Nordeste Brasileira!

C
omo líder de um pequeno grupo, quantas pessoas você acredita
que pode efetivamente liderar, pastorear e discipular? Oito? Dez?
Pr. Carlos Augusto Vinte? Deixe-me fazer essa pergunta de outra forma: Se você de-
Min. Pessoal – UNeB seja dar frutos, frutos que permaneçam... se você deseja ver transforma-
ção real na vida das pessoas... se você deseja ver pessoas se tornando
líderes de forma que você possa multiplicar seu ministério... em quantas
pessoas você consegue investir a sua vida?
O melhor líder de pequeno grupo de todos os tempos formou uma
pequena equipe que por fim mudaria o mundo. Mas, primeiro Jesus cha-
mou dois grupos de irmãos para caminharem com Ele: Simão Pedro e
André, Tiago e João. Três destes homens (Pedro, Tiago e João) torna-
ram-se o círculo íntimo de Jesus. Jesus derramou sua vida nestes três
homens, investindo neles e servindo de exemplo de uma vida rendida ao
Pai. Ele levou estes três consigo para orar e curar, eles estavam com Ele
quando foi transfigurado. Ao mesmo tempo em que Jesus não ignorava
os outros apóstolos ou seguidores, ele dedicou tempo e atenção extra a
esses três. Ele intencionalmente os discipulou e transformou em líderes.
Esta revista foi preparada para que você possa ter uma visão de que
formar lideres é indispensável para a manutenção e ampliação do Reino
de Deus em nosso território. Sendo assim, você encontrará nela diversos
artigos que o ajudarão a manter este foco.

Convenção de Pequenos Grupos 3


UMA VIDA DE
PASTOREIO

4 Convenção de Pequenos Grupos


Q
uem nunca enterneceu o seu o acompanharem (Mateus 8:1) porque por meio das tecnologias (que as vezes
coração com alguma ilustração além do poder manifestado na Sua vida, mais afastam que aproxima) nos man-
ou desenho que exalte a Cris- Ele era um amparo incansável para suas ter próximos das pessoas.
to como Pastor? Essa imagem geral- dores. Ele nunca estava cansado o su- 2. Atenção - nem sempre podere-
mente extraída de João no capítulo 10 ficiente para negligenciar a dor de al- mos suprir questões externas ou mate-
onde Ele descreve a Si mesmo como guém até mesmo na cruz Ele encontrou riais dos que nos rodeiam, mas ser aten-
Pastor sem dúvida é impactante em tempo para isso (João 19:25-27). cioso não nos onera em quase nada.
especial pela sensação de segurança 3. Direcionamento - com as fer-
que ela transmite. Aliás, a imagem do O pastoreio também é uma Co- ramentas certas (dependência de Deus
pastor relacionada a Deus não é uma missão de Cristo e a bússola infalível que é a Palavra de
novidade do Novo Testamento. Não é A cena de Jesus e Pedro descrita em Deus) podemos redirecionar através do
por acaso que o Salmo 23, onde Deus João 21 é comovente, mas não quero pastoreio a vida de alguém e nem sem-
é descrito como pastor, “O SENHOR é analisar o extravasamento da graça pre será no aspecto espiritual.
o meu pastor, nada me faltará. ” Salmo contido nesse texto, mas algo que Jesus 4. Ação - não fique só no discurso,
23:1 é um dos mais apreciados e lidos ordena a Pedro “...Disse-lhe: Apascenta seu pastoreio será eficiente com demons-
dentro e fora do cristianismo. Não es- os meus cordeiros. ” 21:15 Jesus sabia trações reais, palavras ajudam, mas há
taria essas predileções ligadas a algo quanta dor encontrou residindo no co- momentos que elas não serão suficientes,
da necessidade humana de pastoreio? ração humano e que essa dor não seria então experimente estender o braço.
extraída na Sua primeira vinda, então de 5. Tempo - dedique uma fatia do
Jesus e Sua vida de pastoreio forma pedagógica Jesus ensina aos que seu tempo, isso tem peso de ouro na
Em geral definimos a vida de um O representariam que o pastoreio viven- vida daqueles que você se propôs a
pastor de ovelhas da seguinte ma- ciado por eles deveria ser reproduzido pastorear.
neira: “O pastor é aquele que cuida, no rebanho posteriormente acrescido. O Jesus nos desafiou em muitos aspec-
apascenta, alimenta, protege, discipli- pastoreio tem alguns aspectos básicos, tos e sem dúvida A Grande Comissão
na, consola e restaura” Hernandes Dias entre eles eu destacaria cinco: (Mateus 28:18-20) merece destaque,
Lopes, entre outras coisas. Ao exami- 1. Proximidade - não há pas- mas a ordem de pastorear dada a Pedro
narmos os evangelhos não é preciso toreio sem proximidade (nem sempre não seria de alguma forma um lembrete
ir muito longe para encontrarmos re- geográfica) devemos fisicamente ou que nós não deveríamos ganhar pesso-
presentados em Cristo e em grande as e após elas entrarem nas estatísti-
escala cada aspecto da vida pastoral. cas as abandonarmos? Jesus deseja um
Não importa se na coletividade ou no serviço completo e o pastoreio faz parte
auditório de uma só pessoa, a compai- “Jesus é o Bom Pastor. dele, pois o sonho de Cristo vai além dos
xão inerente de Cristo levava-O a cui- frutos “...para que vades e deis fruto, e
dar de todo coração machucado pelos
Cuida de Suas ovelhas o vosso fruto permaneça...” João 15:16
reveses da vida. Parece que para Cris- fracas, enfermas e pastoreio é sem dúvida um elemen-
to a imagem da ausência de cuidado to fundamental para permanência das
pastoral, descrevia bem a dor humana desgarradas. Conhece- pessoas ao lado de cristo.
“Vendo ele as multidões, compadeceu- as todas pelo nome. Esse apelo feito a Pedro sem dú-
se delas, porque andavam desgarra- vida nenhuma é estendido a nós, e
das e errantes, como ovelhas que não Toca-Lhe o coração o ambiente de Pequenos Grupos é
têm pastor. ” Mateus 9:36. Ele era a
própria resposta a todos os anseios
cheio de compassivo uma oportunidade de exercemos isso.
O mundo não cabe em nosso braço
humanos e Sua vida foi de intenso e amor a aflição de toda (nem Deus nos pediu isso), mas se
integral pastoreio.
Na descrição de E. G. W “Jesus é o
ovelha e todo cordeiro dois ou três, ou um pouco mais, for
nos confiado a cuidar, façamos com
Bom Pastor. Cuida de Suas ovelhas fra- de Seu rebanho, e esmero. Não podemos recolher os
cas, enfermas e desgarradas. Conhece- cacos do mundo, mas um Pequeno
-as todas pelo nome. Toca-Lhe o cora- chega-Lhe ao ouvido (mundo) Grupo perto de nós, que tal o
ção cheio de compassivo amor a aflição o brado de socorro. ” tornarmos melhor? Avance! Você não
de toda ovelha e todo cordeiro de Seu estará sozinho nessa obra.
rebanho, e chega-Lhe ao ouvido o bra- Testemunhos seletos
do de socorro. ” Testemunhos seletos II, II, 115. Pr. Paulo Fernando
115. Por isso era natural as multidões MIPES - APe

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PRINCÍPIOS PARA A
MULTIPLICAÇÃO
O Pequeno Grupo é um organismo vivo; e como tal, precisa reproduzir-se
ou multiplicar-se para dar sentido à existência.

O
desejo de Deus é que a sua O Pastor Joel Comiskey, um estu- 1. O tempo devocional do líder
igreja esteja em contínuo dioso do crescimento de igreja em Os líderes que investem 90 minutos
processo de crescimento. células em todo o mundo disse que ou mais em devoção diária, multiplicam
A igreja primitiva viveu esse princípio se você quiser saber como as igre- os seus grupos duas vezes mais do que
e percebeu que “crescia a palavra de jas crescem, estude igrejas em cres- aqueles que investem menos do que 30
Deus, e em Jerusalém se multiplicava o cimento. Ele estudou 8 igrejas que minutos por dia.
número de discípulos” (Atos 6:7). vivem em celulas e que crescem em “O que ensina a Palavra precisa, ele
Satanás teme que a família de Deus todo o mundo, em cada igreja ele próprio, viver em consciente e contínua
aumente. Ele fica feliz ao ver-nos “es- passou 8 dias e intrevistou mais de comunhão com Deus pela oração e estu-
quentando os bancos” da igreja, olhan- 700 líderes preenchendo um ques- do de Sua Palavra; pois nela está a fon-
do uns para os outros, porém, quando tionário de 29 perguntas. As per- te da fortaleza. A comunhão com Deus
desenvolvemos estratégias e comparti- guntas eram destinadas a saber o comunicará aos esforços do pastor um
lhamos a meta de implantar um “farol” porque de alguns líderes consegui- poder maior que a influência de sua pre-
do evangelismo na rua de cada bairro rem multiplicar os seus pequenos gação.” EGW, Atos dos Apostolos, p. 362
das cidades, o inimigo se treme. Jesus grupos atraves da evangelização e A relação entre multiplicação e o
estabeleceu sua igreja para derrubar as outros não. Algumas das conclusões tempo que o líder investe com Deus é
portas do inferno (Mat. 16:18) e todas deste estudo são bem interessantes clara. É no poder da presença de Deus
as vezes que multiplicamos pequenos e gostaria de compartilhar. Vejamos que os grandes milagres acontecem. O
grupos através da evangelização e dis- aqui alguns fatores que determinam Senhor é que dá o crescimento, não os
cipulado na igreja estamos avançando a multiplicação saudável dos peque- nossos métodos, planejamentos, temos
contra as forças do mal. nos grupos: que manter comunhão com Deus para

6 Convenção de Pequenos Grupos


ele nos revelar os seus planos de cre- em mente que para multiplicar ele deve } Planeje um piquenique com seu
simento. “O Coração do homem pode preparar um novo líder. grupo;
fazer planos mas a resposta certa dos O líder associado é a pessoa chave, } Visitar alguns membro com o gru-
lábios do Senhor vem.”(Prov. 16:1) ele deve ser treinado pelo líder de PG de po todo;
modo a ter consciencia que irá assumir } Fazer o pôr-do-sol juntos;
2. A intercessão do líder do em breve o novo PG que irá surgir. } Realizar comemorações dos ani-
grupo pelos membros do grupo Todas as reuniões de treinamento ele versariantes do mês...
O líder que tira tempo para orar dia- deve estar, todo encontro – deve ser a
riamente pelos membros do seu peque- sombra do Líder, para aprender com seu 8. Cuidado Pastoral
no grupo tem maior probabilidade de exemplo a vida em comunidade e ser Visitação regular do líder aos mem-
vivenciar a multiplicação. motivado a liderar o novo pequeno grupo. bros ajuda a consolidar seu grupo.
“A oração é ordenada pelo Céu como O líder deve visitar todos os membros
meio de alcançar êxito no conflito com 6. Estímulo no PG para convi- pelo menos uma vez por semestre. Lem-
o pecado e no desenvolvimento do ca- dar amigos brado que está visita deve ser puramente
ráter cristão. As influências divinas que Os membros do pequeno grupo de- espiritual. O assunto deve ser cristão, nada
vêm em resposta à oração da fé produ- vem ser constantemente estimulados a de falar de futebol, da vida dos outros ir-
zirão na alma do suplicante tudo o que trazer seus amigos para as reuniões. mão ou de assuntos triviais da vida. Você
ele pleiteia.” EGW, AA, p. 564 “Deus espera um serviço pessoal da é o pastor deste irmão e deve orar por ele,
Dos muitos fatores estudados, o que parte de todo aquele a quem confiou o e mostrar interesse por seus problemas.
tem o maior efeito sobre a multiplica- conhecimento da verdade para este tem-
ção do pequeno grupo é quanto tempo po. Nem todos podem ir como missioná- Conclusão:
o líder gasta orando por seus membros. rios para terras estrangeiras, mas todos São oito princípios : 1. O tempo de-
podem, na própria pátria, ser missionários vocional do líder, 2. A intercessão do
3. Estabelecimento de Alvos na família e entre os vizinhos” S.C. Pg 09. líder do grupo pelos membros do grupo,
O líder deve fixar alvos com seus li- Para multiplicar, o grupo tem que ter 3. Estabelecimento de Alvos, 4. Estabe-
derados e repeti-los constantemente de em mente o princípio da evangelização. lecer a data da multiplicação, 5. Prepa-
modo que cada membro recorde. O número reduzido de visitas num ro de Novos Líderes, 6. Estímulo no PG
Fixar alvos claros aumenta em 75% pequeno grupo é um indicativo de que para convidar amigos, 7. Encontros so-
as chances de multiplicação. algo urgente deve ser feito, se não esse ciais, 8. Cuidado Pastoral.
Alvos de oração intercessoria, pe- grupo terá grande dificuldade para se Mas Lembrem-se:
los membros e pelos amigos a serem multiplicar e logo, de sobreviver. } Se o grupo não permanece pe-
visitados ,pelos estudos bíblicos, alvo queno, ele perde sua eficácia e sua ha-
de batismo. Pode ser feito um banner 7. Encontros sociais bilidade de cuidar das necessidades de
com os alvos do PG e toda reuniao o O pequeno grupo que promove seis cada membro.
líde pode usar este banner para fixar na ou mais encontros sociais por mês, tem } Do ponto de vista prático, o pe-
mente dos membros seus alvos. mais probabilidade de se multiplicar. queno grupo deve se multiplicar para
Algumas idéias de encontros sociais: manter sua eficácia na evangelização.
4. Estabelecer a data da mul- } Jantar de amizade; } Um grupo saudável deve se multi-
tiplicação } Almoço no sábado; plicar pelo menos uma vez por ano. Mas,
Líderes de pequenos grupos que esta- vale salientar que o grupo
belecem datas específicas para trazer à vida pode se multiplicar quan-
um novo pequeno grupo tem multiplicado tas vezes for necessário,
com mais frequência do que os sem alvos. dependendo da saúde do
O líder deve deixar os membros sien- grupo e não do seu núme-
tes de que está é razão de ser do seu ro de membros.
pequeno grupo. No planejamento anjual
deve ser contemplado uma data para
mltiplicação de preferencia no último Pr. Nilton Lima
MIPES MPI
trimestre do ano, com uma linda festa
previamente planejada com os membros. Adapatado do Livro Cres-
cimento Explosivo da Igreja em
Células de Joel Comiskey.
5. Preparo de Novos Líderes
O líder de pequeno grupo deve ter

Convenção de Pequenos Grupos 7


SOU
COORDENADOR DE PG,
E AGORA?
8 Convenção de Pequenos Grupos
E “Paulo pregou às
spero que você ao receber esse momento deve assumir a função de seu
convite tenha feito essa pergun- coordenador. O primeiro passo a ser
ta. Por que é importante fazê-la? seguido é continuar com as reuniões do multidões, nas
Simplesmente porque ela revela inte-
resse e desejo de cumprir esta função.
protótipo, que passarão a ser chamadas
de encontro de líderes, ressaltando que
sinagogas, nas praças
Cada coordenador deve ter a convicção nessas reuniões contínuas só devem públicas, em qualquer
de que foi Deus quem o chamou para participar os líderes que passarão a li-
esta nobre e relevante tarefa. Na es- derar um pequeno grupo.
lugar onde podia
trutura de pastoreio e capacitação aos alcança-las; não foram
líderes de Pequenos grupos, o coorde- A Origem Bíblica da Função do
nador se destaca como um agente es- Coordenador as multidões, mas
sencial. O acompanhamento dos novos Somos sempre levados a pensar foram os pequenos
líderes deve ser uma tarefa contínua e que, porque há um projeto ou visão
efetiva. O coordenador deve oferecer desenvolvida promovida pela igreja, a grupos de pessoas na
esse atendimento e provisão ao líder,
e neste ciclo do discipulado, ele deve
origem vem da ação da própria igreja.
Rejeitamos o elementar, o básico e o
Galácia, em Filipos,
ensinar acompanhando, pastoreando e obvio, quando pensamos assim, porque em Corinto, com
capacitando os seus respectivos lideres rejeitamos toda fundamentação bíblica
dos pequenos grupos. que respalda essa visão. Com a função
quem Paulo vivia e
Muitas vezes há um exaustivo inves- do coordenador na estrutura e rede de trabalhava por vários
timento na implantação, e terrível negli- Pequenos grupos não é diferente. Essa
gência no acompanhamento, gerando visão, cuja função do coordenador está meses consecutivos,
fracasso no processo. Lembre-se que inserida, tem como fonte a palavra de que se tornaram
a comunidade não acontece automati- Deus. E não deve haver maior motiva-
camente. O líder será o reflexo da ação ção, do que esse entendimento. o fundamento das
do seu coordenador, com raras exce-
ções. O que queremos ressaltar é que
A Base do nascimento dessa visão
vem da narrativa de Êxodo 18:13-27, vin-
igrejas mediterrâneas”
o líder só irá entender a importância do do conselho de Deus por intermédio (Raines, New Life in
desse cuidado pelos seus membros do de Jetro, sogro de Moisés. Nele podemos
PG, caso ele receba esta mesma ação ver naturalmente, a necessidade de en-
the Church, p. 78).
do coordenador. A partir daí nascerá a contrar “homens dentre o povo, homens
paixão por essa maravilhosa estrutura capazes, tementes a Deus, homens de
de atendimento pastoral orientada por verdade, que aborreçam a avareza, põe-
Deus. O Foco do coordenador deve ser nos sobre eles chefes... “ vejam caros co-
o líder. Para que esse foco seja manti- ordenadores, quem vocês são e de onde
do, sugere-se que uma igreja que possui vieram. Desse exemplo bíblico podemos
uma boa quantidade de pequenos gru- vislumbrar todas as esferas da liderança
pos poderá distribuí-los por mais de um que guiaria o povo para Canaã.
coordenador, nasce desse pensamento Esse modelo perdura em Israel com
uma nova nomenclatura, a do supervi- Moisés, Josué até o período da monarquia,
sor, que deve cuidar de até 4 lideres e regime que substitui a Teocracia, pela per-
deve exercer o mesmo papel do coor- missão de Deus que não condizia com a
denador, e nesse caso excepcional de sua vontade. Cristo resgata essa estru-
uma igreja nesta característica, o termo tura de liderança devolvendo o modelo do
coordenador irá para o principal respon- protótipo dos 12. Berckham ressalta que
sável do projeto após o pastor. no ministério de Jesus, ele estabeleceu
Entendendo que o estabelecimento e escolheu intencionalmente líderes que
do protótipo é um dos mais eficazes cuidariam de outros líderes. A conclusão
métodos na formação dos novos líderes, de Berckham pode ser vista abaixo:
os membros desse protótipo precisarão } Dois eram inovadores;
sempre de conselhos, exemplo, orienta- } Três formaram seu círculo íntimo;
ções e pastoreio do seu líder do peque- } 12 foram seus líderes –chaves;
no grupo protótipo, que a partir desse } 70 compreendiam sua rede de apoio;

Convenção de Pequenos Grupos 9


} 120 tornaram-se sua primeira O Coordenador e suas Fun- se o DVD de música está com eles, e se
congregação-base; ções Essenciais cada detalhe que fará do encontro um
} 3.000 e 5.000 foram os convertidos. Queremos destacar de forma prá- maravilhoso momento, está preparado.
tica seis principais ações ou atividades
Seguindo na época das epístolas, que compõem a responsabilidade do 3. Averiguar e capacitar a dinâ-
é visível que Jesus edificou sua igreja coordenador. Segue: mica e execução das partes da reunião-
da mesma maneira que ele a edificou 1. Estabelecer encontros sistemá- Nesse ponto deve ser salvaguardado a
nos evangelhos. Jesus derramou sua ticos e pontuais com os seus líderes- essência da comunidade. A reunião do
vida e tempo nesses líderes-chaves. Esses encontros não podem ser opcio- pequeno grupo não pode ser um mini-
Eles formavam sua comunidade bá- nais. Antes deles algumas atividades culto congregacional, mas um ambiente
sica por meio da qual ele prepararia se destacam na ação do coordenador, de comunidade, onde vidas se entrela-
futuros líderes”. (Beckham, William, A dentre elas: Orar pelos seus líderes, e vi- çam baseadas em um vínculo de total
Segunda Reforma, p. 175). Robert Rai- sitá-los em suas residências. Nesse en- confiança. O momento do estudo, não
nes afirma que Paulo segue o mesmo contro, deve ser comunicado que você, pode ser suprimido, mas não pode ser
modelo e estratégia ao comparar com caro coordenador, tem orado por eles. engessado e radicalmente conduzido.
o que Jesus fez. Raines afirma: Jesus Diga para eles, que assim como você
não pregava às multidões, mas a esse tem feito, eles devem fazer o mesmo 4. Orientar cada líder a planejar as
grupo de homens que se tornaram o com os membros de seu pequeno gru- atividades de Cada Pequeno grupo base-
fundamento da igreja primitiva. Paulo po. No dia do encontro marcado, deve o ado nas necessidades- É imperante pro-
pregou às multidões, nas sinagogas, coordenador ligar para cada um deles, teger essa ação, para que cada Pequeno
nas praças públicas, em qualquer lu- confirmando presença e incentivando o grupo tenha sua identidade e estabeleça
gar onde podia alcança-las; não foram comparecimento. atividades relevantes para cada membro
as multidões, mas foram os pequenos do pequeno grupo. (Para melhor compre-
grupos de pessoas na Galácia, em Fili- 2) Seja um provedor dos materiais ender esse item sugiro o artigo: Como
pos, em Corinto, com quem Paulo vivia e eventuais necessidades para que cada planejar as atividades do PG que está no
e trabalhava por vários meses conse- pequeno grupo funcione bem- Isso im- seguinte endereço eletrônico:
cutivos, que se tornaram o fundamen- plica em se preocupar com cada aspec- http://dowloads.adventistas.org/pt/
to das igrejas mediterrâneas” (Raines, to da reunião, não esqueça de falar do ministerio-pessoal/manuais-e-guias/.
New Life in the Church, p. 78). obvio. Averigue se há lições para todos, Boletim-de-gerenciamento-de-pg-feve-

10 Convenção de Pequenos Grupos


reiro2016/. Nele há orientações deta- e efetivos. Esses encontros devem ser Caso contrário, o líder nunca sentirá o
lhadas para essa importante tarefa. formais e informais. que propõem dar: o cuidado pastoral ao
O encontro formal com o líder ocorre seu pequeno rebanho.
5. Definir e planejar com os lí- no último sábado de cada mês, e o coor-
deres o cronograma das reuniões dos denador vai munido para o seu encontro Conclusão
PGS e dos encontros de líderes- É im- mensal com o pastor no primeiro sába- Caro coordenador, tenha a consci-
portante nortear e proteger as datas, do do mês, proporcionando o necessário ência que você foi chamado por Deus.
o local e horário desses dois cruciais gerenciamento. Ele te dotou de qualidades únicas para
encontros que sustentará a estrutura. ser líder de lideres, pastorear os pasto-
Essa rede é um organismo vivo, que Assim como o encontro formal; o res dos pequenos rebanhos. Sua função
precisa ser cuidada e mantida, e para informal é sumamente importante, por- é bíblica, e suas tarefas essenciais não
tal, os encontros são essenciais para que nele a confiança e a amizade entre devem sobrepor-se a principal tare-
esse propósito. O coordenador da igre- o coordenador e o líder são desenvol- fa: Pastorear com o coração. A paixão
ja local (ou supervisores) devem ter um vidas. Devemos lembrar que nesse en- deve aquecer o seu coração e incendiar
encontro semanal (ou quinzenal) com contro informal, o coordenador e o líder a sua alma, porque você faz parte de
seus lideres de PGS para: Oração, es- que comem juntos e podem participar um projeto de Deus. Não se pode dei-
tudo de um livro (questões espirituais de algum lazer, também devem investir xar de salientar que você deve pagar
ou sobre a funcionalidade dos PGS) na oração e estreitarem juntos a comu- um preço por essa função. Mas quem
atividades sociais, troca de experiên- nhão com Deus. ama e quer, dá um jeito, e quem não
cias e etc. Há uma interessante pes- quer, apresenta uma desculpa para não
quisa com 517 líderes, supervisores e Há em toda a Bíblia e principalmen- fazer. Veja o que Osvald Sanders diz:
coordenadores relatada pelo Pr Edmar te no Novo Testamento exemplos claros “Quando Deus descobre um homem
Sena que respalda essa ação. “Nela se do papel do coordenador como pastor. que se conforma com suas exigências
descobriu que os líderes que partici- No velho testamento destacamos Elias espirituais, disposto a pagar o preço
param da reunião regular da liderança coordenando e preparando Eliseu e no integral do discipulado, Deus o usa
que aconteciam semanal, quinzenal ou Novo dentre os vários exemplos, des- no limite máximo, a despeito de suas
mensal se multiplicam 74,4% mais rá- taca-se o de Paulo e sua relação com falhas. Moisés, Gideão, Davi, Marlinho
pido do que aqueles que não se reu- Timóteo. (Vejamos II Timóteo 1:3) Lutero, João Weslwy, Adoniran Hudson,
niram ou se reuniam esporadicamente” William Carey e muitos outros foram
(Edmar Sena, Jeito Fácil, p.69). A palavra pastor é um substantivo homens desse tipo”. (J. Osvald San-
masculino que significa: guardador de ders, Liderança espiritual, p. 12). Acre-
6. Demonstrar Apoio Incondicio- gado 1. No Novo Testamento, esta pa- dito piamente coordenador, que você é
nal e Total interesse no Líder- Cada líder lavra vem do grego poimen, que traz esse homem. Eu me reporto a pergunta
deve ver em seu coordenador um esteio, o sentido de: guardião ou mentor es- desse artigo: Sou Coordenador de PGS
um apoio e um ombro amigo. Isso não piritual do rebanho de Cristo. “O dom e agora? A resposta é ‘mãos a obra”.
tem formula. Essa ação é exercida pelo de pastorear é a especial habilidade Agora você já sabe como ser. O Senhor
coração e fraterno amor cristão. Cada dada a algumas pessoas mais do que está contigo!!!
líder deve ver que o interesse do coorde- a outras, dentro do corpo de Cristo,
nador não está no resultado da estrutu- para assumirem a responsabilidade
ra, mas nele e em cada membro do seu pessoal pelo bem-estar espiritual de
Pr José Orlando Silva
pequeno grupo. Somente dessa forma a um grupo de crentes”. MIPES MISAL
estrutura será salvaguardada, e a con-
fiança desenvolvida. Diante das tarefas do coordenador
para com o líder de equipar e capaci-
O Coordenador e sua principal tar, não devemos esquecer que o pasto-
Função: Pastorear reio deve ser prioridade, caso contrario
O coordenador equipa, capacita, o propósito de Deus ao estabelecer tal
mas principalmente pastoreia o líder estrutura, não será alcançado.
do pequeno grupo. Quando ele cuida Caro coordenador, que a sua tarefa
do líder, ele alcança os membros do principal seja exercida, e que cada líder
pequeno grupo. Sua ação é refletida receba a capacitação, e sejam equi-
na ação do líder. Os seus encontros pados, mas que acima de tudo, sejam
com os líderes devem ser constantes cuidados, amados e enfim pastoreados.

Convenção de Pequenos Grupos 11


OS PEQUENOS GRUPOS
E AS AÇÕES DE
COMPAIXÃO

12 Convenção de Pequenos Grupos


Ellen White diz que “O método de Cristo é o único que trará verdadeiro
êxito em alcançar o povo. O Salvador misturava-se com as pessoas como
alguém que desejava o bem delas. Mostrava simpatia por elas, ministrava
às suas necessidades e ganhava sua confiança. Então dizia: “Siga-me”.
WHITE (2009, p. 143)

É
inegável que os Pequenos Grupos Princípios para o PG servir a tissépticas capazes de purificar partes
têm dado uma contribuição va- comunidade. do corpo contra a ação de bactérias e
liosíssima para o crescimento da Ellen White diz que “O método de organismos estranhos. Na Bíblia, o vi-
igreja em todo o mundo. Essa estrutura Cristo é o único que trará verdadeiro êxi- nho aponta para o sangue de Cristo (I
favorece a participação de um pequeno to em alcançar o povo. O Salvador mis- Coríntios 11:25-26), o qual pode nos
núcleo de pessoas, que se interconectam turava-se com as pessoas como alguém purificar dos pecados. Somos o vaso
em relacionamentos saudáveis. Nela, as que desejava o bem delas. Mostrava sim- que leva o sangue purificador de Cristo
pessoas tendem a ser mais dispostas a patia por elas, ministrava às suas neces- àqueles que necessitam de ajuda
desenvolver as competências necessá- sidades e ganhava sua confiança. Então Sexto, o samaritano transformou
rias para tornar o próximo mais feliz. dizia: “Siga-me”. WHITE (2009, p. 143) reflexão em ação, salvando o pobre ho-
Além disso, nessa estrutura, as pes- Na parábola do bom samaritano, mem, que é uma representação da hu-
soas geralmente abraçam o desejo de apresentada por Jesus em (Lucas 10:25- manidade sofredora. Dando continuida-
cumprir a grande comissão dada por 35), podemos visualizar na prática a de ao seu ato inicial, pegou-o nos braços
Cristo, que tem, em sua essência, a con- declaração de Ellen White e sua aplica- e o levou para um local seguro. O melhor
quista de novos discípulos para o reino bilidade para as ações dos PG’s diante lugar para qualquer pessoa que sofre é
de Deus. Segundo Sjogren (2003), o Se- da comunidade. O samaritano tomou perto de Deus, e do corpo de Cristo, que é
nhor gosta de ministrar onde há um pe- várias atitudes importantes. a igreja, que por extensão é o próprio PG.
queno grupo de pessoas (Mateus 18:20). Primeiro, ele viu o sofredor, atitude Sétimo, finalmente, entregou dois
Quando esses discípulos decidem aben- que foi passada por alto com o sacerdo- dinheiros para o hospedeiro, o que re-
çoar a comunidade, o local onde estão te e o levita. Uma de nossas preces ao presenta a provisão para os gastos que
reunidos se torna um espaço de luz. Senhor é pedir que Ele nos dê uma visão a recuperação do sofredor iria deman-
Em Seu ministério terrestre, Jesus clara de quem precisa da nossa ajuda. dar. Uma coisa precisamos entender: as
treinou um grupo de doze homens. A Segundo, ele deixou que a compai- boas novas do evangelho são de graça,
despeito de suas personalidades dife- xão o movesse à ação. Por isso, resol- mas o evangelismo é pago, e necessita
rentes, esses homens foram usados veu também sofrer com ele. Não hesi- de recursos para ser realizado.
pelo Espírito Santo para realizar muitas tou quanto aos perigos e perdas que O Senhor quer que participemos do
coisas para Deus. Devemos concordar poderia enfrentar para realizar a sua plano da salvação, e convida a todos
que Jesus criou a igreja a partir de um ação de bondade. para que, de forma voluntária, façamos
pequeno grupo de pessoas humildes. Terceiro, resolveu se associar com o provisão para a salvação do nosso pró-
Quando as pessoas de um grupo pe- moribundo. Tocou-o e lhe sentiu a tem- ximo através da doação de recursos fi-
queno não trabalham juntas, geralmente o peratura. Dedicou-lhe amor como ao nanceiros, de tempo, dons, talentos e, se
grupo perde a motivação e acaba. As pes- próprio filho. necessário, da própria vida.
soas acabam consumidas pelos problemas Quarto, ungiu-o com óleo, que era Podemos conjecturar que o homem
interpessoais. Porém, quando existe um pro- utilizado nos tempos bíblicos como sofredor, alvo da ação de compaixão
grama organizado de serviço à comunidade, emoliente para os ferimentos, tendo do bom samaritano, ficou grandemen-
a motivação volta. Nesse caso, surge um na esfera espiritual, uma relação níti- te agradecido com o gesto de amor
novo momento da agenda do grupo, em que da com a pessoa do Espírito Santo. De que o salvou, e esse sentimento o faria
se destina tempo para os testemunhos do fato, precisamos do Espírito para ungir atender qualquer pedido feito pelo seu
trabalho realizado e de seu efeito benéfico. os sofredores desse mundo. benfeitor. No caso em questão, não tem
Isso traz alegria contagiante, o que resulta Quinto, derramou vinho nas feridas. espaço para dúvidas de que as ações de
em satisfação geral (SJOGREN, 2003). O produto da vide tem propriedades an- compaixão abrem as portas do coração

Convenção de Pequenos Grupos 13


penhar o seu sacerdócio, participando
da proclamação do evangelho eterno
com a porção de talentos que rece-
beu do Senhor. Quando Moisés estava
diante do mar Vermelho, com o exér-
cito egípcio às costas, perseguindo o
povo hebreu, o Senhor pediu que o lí-
der de Israel usasse o seu cajado para
abrir as impetuosas águas daquele mar
e, pela fé, um dos maiores milagres de
que essa terra foi palco aconteceu.
Da mesma forma, hoje o Deus To-
do-Poderoso convoca os súditos de Seu
reino para dedicarem o que receberam
do Senhor, para abrirem o mar das incer-
tezas e dos medos, e para operarem a
libertação da escravidão dos vícios e das
algemas do pecado, que fazem homens
para as verdades eternas que trazem é definido nas palavras de Francisco de e mulheres sucumbirem sem esperança.
salvação, é o convite, vem e Segue-me Assis, “pregue o evangelho a todo tempo, Um ministério cheio de poder está à dis-
que precisa ser atendido por milhões a e se possível use palavras”. É claro que posição de todo aquele que atender ao
nossa volta e que deve ser proclamado a missão exige a proclamação do nasci- chamado do mestre. “Homens não cha-
por cada PG desejoso de salvar pessoas mento, morte, ressurreição, e a segunda mados ao ministério evangélico devem
do pecado para o reino de Deus. vinda de Cristo e as exigências da lei de ser animados a trabalhar para o Mes-
A partir dessa assertiva, as palavras Deus, contudo, para que a missão consiga tre segundo suas diferentes habilidades
de João da Cruz, um frade do décimo sex- o seu objetivo final, é necessário que viva- (WHITE, 2004, p. 109).
to século, venerado como santo pelos ca- mos na prática o que pregamos. Entretanto, para colocar em prática o
tólicos, de que “Missão é levar amor onde sonho do Senhor, terão que se levantar
não tem amor” é uma grande verdade a A execução do programa Meu crianças, jovens, adultos, idosos, homens
ser seguida na ação dos pequenos gru- Talento, Meu Ministério através e mulheres corajosos, que não amem
pos. (Priddy, M. & Roxburgh, A. 2010) dos Pequenos Grupos a vida mais do que a salvação dos que
Podemos realizar várias ações de Já imaginou uma comunidade de estão perecendo nas garras do pecado,
bondade, como fazer doações em di- crentes que aceitaram o sacrifício de levando o fardo de suas consequências.
nheiro, doar alimentos, ser voluntário em Cristo e foram beneficiados com dons O Senhor Jesus chama os seus discí-
projetos de caridade, falar que estamos e talentos outorgados pelo Espírito, de- pulos a carregarem sua cruz, a negarem
como um pequeno grupo atendendo as dicando de bom grado, esses dons es- a si mesmos (Mateus 16:24), e esse cha-
necessidades das pessoas, mas isto não pirituais para o bem da comunidade? Já mado também pode se aplicar à renún-
significa que estamos amando. Amar é pensou se o médico, o enfermeiro, o me- cia que, muitas vezes, teremos que fazer
estar em relacionamento com os outros cânico, o professor, o padeiro, o odontó- para espalhar as novas de salvação entre
que não tem esse amor que a missão logo ou qualquer discípulo de Cristo que os amigos da nossa comunidade. Segun-
proclama, e esta ação pode exigir de tenha algum talento, decidisse dedicar do Ellen White, “se aqueles cujo trabalho
nós mais do que imaginamos, é levar em algumas horas durante a semana para lhes toma a maior parte do tempo, ex-
nossos sentimentos aqueles a quem ser- fazer alguém da comunidade feliz? Farí- ceto os domingos e feriados, em vez de
vimos com os atos de bondade, o que nos amos mais contatos amistosos, conquis- despender esse tempo em seu próprio
fará clamar ao senhor para ter a presen- taríamos a confiança de mais pessoas e prazer, usassem-no como uma bênção
ça física dessas pessoas ao nosso lado, inúmeras portas seriam abertas para que para outros, estariam a serviço da causa
no círculo relacional do pequeno grupo. nossos amigos conhecessem o reino de de Deus. Vosso exemplo ajudará outros a
Levar amor onde não tem amor é Deus. Ellen White confirma isso, ao dizer: fazer alguma coisa que redunde em gló-
mais do que convencer os homens a rece- “pode haver cristãos advogados, cristãos ria para Deus” (WHITE 2004, p. 76).
berem uma oração, ou convidá-los a virem médicos, cristãos comerciantes. Cristo Para uma geração de discípulos que
para a reunião do pequeno grupo, e sim pode ser representado em toda profissão vivem em um século em que a sobrevi-
estar disponível para eles nos momentos legítima (WHITE, 2004, p. 111). vência exige uma correria desenfreada,
mais difíceis de suas vidas; este conceito De fato, cada pessoa pode desem- seria quase que impossível obedecer

14 Convenção de Pequenos Grupos


aos apelos do Senhor, mas é exatamen- e são denominados pequenos grupos de distribuição das tarefas siga o critério ge-
te nessas condições que será revelado ajuda. Eles atendem aos mais diversos ográfico. No entanto, pode-se fazer essa
quem está disposto a renunciar a seu tipos de grupos especiais, tipo: depen- distribuição com base no critério da afini-
fim de semana, a um feriado ou talvez dentes químicos, mães e pais solteiros, dade. Mesmo assim, a atmosfera de evan-
a uma folga do trabalho para servir as divorciados, grávidas, etc. Caso o seu gelismo acontecerá toda vez em que os
pessoas da comunidade. PG não seja formato para atender a um membros trabalharem juntos pelo próximo.
tipo especial de necessidade, segue al-
Passos a serem seguidos na guns passos para a realização de ações Sugestão de projetos de
execução das ações de compai- de compaixão em prol da comunidade. compaixão que podem ser reali-
xão realizadas pelo PG. 1. Para que as ações do pequeno zados pelos PG’s
E o Verbo se fez carne e habitou en- grupo sejam realizadas de forma satis- } Entrega de frutas, pães integrais
tre nós, cheio de graça e de verdade, e fatória, envolvente e motivadora, se faz ou suco de uva na vizinhança
vimos a sua glória, glória como do uni- necessário compreender quais são as } Água fria –Visite locais onde há
gênito do Pai. João 1:14 principais necessidades das pessoas que pessoas sedentas (locais de caminhada,
O curto periodo de tempo que Jesus residem na geografia onde o PG atua. etc.) e ofereça copos d’água fria.
viveu entre os homens, traz revelações Verificar os índices de desemprego, mo- } Visitação aos hospitais
poderosas de como deve ser a forma no radia, saúde, educação, segurança, lazer, } Entrega de enxovais para grávidas
empreender esforços, na tentativa de mi- ou outros aspectos que são importantes } Call Center da Esperança: Enviar
nistrar aos que estão longe de Deus e para uma determinada região, como a mensagens telefônicas para os amigos
precisam do nosso toque de compaixão. cultura, costumes, etc. são fundamentais do bairro;
Entre os vários nomes que o Filho de para a elaboração de um plano de ação } Distribuição de abraços nos prin-
Deus recebeu, Emanuel, Deus Conosco, para as ações do pequeno grupo. cipais pontos de fluxo de pessoas (En-
tem um significado único para a prática da 2. Descubra quais os projetos que tregar um convite para a semana santa)
evangelização. Esse título evoca proximida- mais se identificam com a maioria dos } Contar histórias para crianças
de, empatia, cumplicidade, ele é relacional; componentes do grupo; carentes (montar uma tenda com livros
por amor à humanidade, o Salvador en- 3. Não espere da igreja os recursos para leitura)
carnou, vestiu a roupa humana e sentiu as para a aquisição dos materiais necessários } Entrega de alimentos para famí-
dores e os dilemas que todos nós enfrenta- ao projeto que se quer realizar. O ideal é lias carentes, ou moradores de rua
mos, pois Ele queria de fato ser um de nós. que os valores para a execução sejam divi- } Lavagem gratuita de carro
Jesus veio à terra para salvar todo mun- didos e desembolsados pelo próprio grupo. } Visita a pessoas nos presídios
do (João 3:16), mas ele iniciou a sua obra 4. Não canse os componentes do } Visita a asilos ou orfanatos
em um local específico do planeta, a gali- pequeno grupo com projetos demora- } Distribuição de sopa para famílias
leia. Lá, ele dedicou tempo e energia para dos. O ideal é que as ações demorem de carentes
abençoar a todos que estavam desejosos duas a duas horas e meia, no máximo. } Arrecadação de brinquedos para
de entregar-lhes o coração. Curou, ensinou, 5. É importante que, a cada quatro crianças carentes
alimentou, ressuscitou e abençoou a todos ou seis semanas, o grupo realize alguma } Distribuição de limonada gelada
os sofredores que estavam a sua volta. ação em prol da comunidade. ou chá quente nas estações de ônibus/
A ação dos pequenos grupos também 6. Se você é o líder, não se preocupe metrô, nos períodos de calor e frio res-
precisa ser seguir o mesmo princípio, com os possíveis erros na execução do pectivamente
um local deve ser selecionado para que projeto. Se ocorrerem erros, isso é sinal
o amor possa ser derramado nos seus de que alguma coisa está sendo feita. A Jair Miranda
moradores, através de relacionamentos prática trará os acertos. Dep. ASA, Saúde/Min. Especiais-APL
transformadores. Os vizinhos necessitam 7. Também é importante que todos
ser impactados com os atos de compai- tenham a oportunidade de ministrar à
Referências Bibliográficas:
xão e a presença desinteressada daque- comunidade sozinhos. Não é necessário Mark Priddy and Al Roxburgh, “Series Preface,” in
les que foram salvos pelo mestre. que o pequeno grupo tenha uma agenda Missional Small Groups: Becoming a Community That
Makes a Difference in the World (Allelon Missional Series;
Podemos dizer que o estilo de vida de a cumprir, pois cada seguidor de Cristo Grand Rapids, MI: Baker Books, 2010), 34.
um PG necessita ser missional, ou seja, to- deve exercer o seu próprio sacerdócio. SIDER, R. J.; OLSON, P.N; UNRUH, H. R. Churches that
make a diference: reaching your community with good
dos os seus integrantes precisam perseguir 8. Quando o território de uma igreja é news and good works. Grand Rapids: Baker Books, 2002.
o senso de missão que se expressará atra- dividido pelos pequenos grupos que dela SJOGREN, S. Conspiracy of kindness: a unique aproach
to sharing the love of Jesus. 3 ed. Ventura, CA: Regal, 2003.
vés de atidudes relacionais e intencionais. fazem parte, haverá mais possibilidades de WHITE, E. G. Beneficência social. Tatuí-SP: Casa Pu-
Existem pequenos grupos que visam que os componentes atuem perto de casa. blicadora Brasileira, 2004.
______. A ciência do bom viver. Tatuí-SP: Casa Publi-
atender um grupo especial de pessoas, Para isto, é necessário, entretanto, que a cadora Brasileira, 2009.

Convenção de Pequenos Grupos 15


INVISTA NO
LÍDER ASSOCIADO

16 Convenção de Pequenos Grupos


“Q Trabalhar bem com
uanto aos melhores líderes, O conflito é uma fase natural em qualquer
as pessoas não percebem parceria, grupo ou equipe. Enfrente-o tendo
sua existência.” Lao Tsu seu líder associado – a Bíblia como base (veja Mateus 18:15-20).
É melhor ter companhia do que es- discipular, pastorear, e } Falta de Compromisso – A fal-
tar sozinho, porque maior é a recompen- ta de conflitos saudáveis leva à terceira
sa do trabalho de duas pessoas. Se um capacitá-lo – vai prevenir disfunção: a incapacidade de comprome-
cair, o amigo pode ajuda-lo a levantar-se. você do esgotamento ter-se. Quando os membros do grupo não
Mas pobre do homem que cai e não tem expõem suas opiniões em debates acalo-
quem o ajude a levantar-se! (Ec. 4.9 e 10) e vai levar seu grupo rados e abertos raramente se comprome-
pequeno a grandes tem com as decisões, apesar de fingirem
O tipo de líder necessário concordar durante as reuniões. Separe
Um determinado tipo de líder é ne- resultados. Lembre-se tempo para avaliar opiniões e dialogar.
cessário para compartilhar a liderança que seu papel principal } Evitar a prestação de contas – A
do grupo com seu líder associado. Tor- prestação de contas é necessária numa
nar-se esse líder começa por ser a pes- como líder-servo é comunidade e liderança autêntica. Por
soa certa, e isso parte do coração. Para pastoreá-lo. isso ela deveria ser acordada e cobrada
compartilhar a liderança é necessário por cada um dos membros do grupo.
ser um líder-servo. O melhor líder de combinar a humildade de Cristo com a } Falta de atenção para com
pequeno grupo do mundo de todos os paixão de Cristo pelo Reino de Deus. os resultados – Acontece quando os
tempos disse: “Pois nem mesmo o Filho Uma das primeiras coisas que você membros do grupo colocam suas ne-
do Homem veio para ser servido, mas pode fazer como líder é conversar com cessidades pessoais (como ego, ou as
para servir...” (Mc. 10:45). Jesus também seu líder associado sobre o porquê da expectativas) acima dos objetivos cole-
disse: “Mas entre vocês não pode ser existência do grupo. Os participantes tivos. Sabemos que os resultados não
assim. Pelo contrário, o mais importante do pequeno grupo, geralmente, chegam dependem apenas de nós. Mas isso não
deve ser como o menos importante; e o com expectativas e desejos pessoais. À nos isenta de nossa responsabilidade.
que manda deve ser como o que é man- medida que você se reúne para orar e
dado” (Lc. 22. 26). Se sua abordagem planejar, certifique-se de que seu líder Capacite-o para prosseguir
for como servo, vai construir parcerias associado sabe o que significa lideran- Trabalhar bem com seu líder associa-
e compartilhar a liderança. A liderança ça compartilhada e o que você deseja do – discipular, pastorear, e capacitá-lo
nunca pode ser vista como um jogo de que alcancem juntos. Continue sendo o – vai prevenir você do esgotamento e vai
poder ou exaltação do ego. líder-servo do grupo, mostrando a ele levar seu grupo pequeno a grandes resul-
No livro Liderando Com a Bíblia, os como agir sem querer controlar as pes- tados. Lembre-se que seu papel principal
autores afirmam: Para ser um líder-servo soas. Além das expectativas, qualquer como líder-servo é pastoreá-lo. E para
você não pode ter um ego grande. Eles novo líder precisa ter uma compreensão fazer isso de forma mais eficiente, você
definem ego com um acróstico em inglês de propósito, assim como certa clareza precisa ir ao encontro dele no nível em
usando as primeiras letras das seguintes sobre os valores e objetivos do grupo, que ele está, não onde você gostaria que
palavras, Edging God Out, que signifi- papéis individuais, normas e procedi- estivesse ou pensa que deveria estar. Há
ca, deixando Deus de fora, ou excluindo mentos de tomadas de decisão. uma grande diferença nisso. Invista nele,
Deus. Eles explicam, um ego grande não Ken Blanchard afirma: “Não há nada tão
pode coexistir com um coração de ser- Cuidados com os comporta- desigual quanto a igualdade de trata-
vo porque coloca a preocupação consigo mentos disfuncionais: mento entre os desiguais.”
mesmo à frente do serviço ao próximo e } Falta de confiança – Quando um
da vontade de agradar a Deus. Os líderes líder admite suas fraquezas está convi-
Capacitar tem tudo a ver com
não pensam menos de si mesmo, eles dando outros para participarem da lide-
pensam menos em si mesmos. rança, preenchendo as lacunas do que
transferir, para que outros
Jim Collins descreve essa dualidade da ele não conseguia fazer. Ninguém con- possam prosseguir.
liderança no “Nível 5”, o que significa: Li- segue fazer tudo, e esse tipo de vulne- Pastoreie seu líder associado
derança modesta, mas mesmo assim in- rabilidade permite que todos no grupo enquanto ele pastoreia os demais
tencional; humilde, mas ainda assim, des- contribuam significativamente de algu- membros do pequeno grupo.
temida. Segundo a hierarquia de liderança ma forma. Passar tempo juntos e falar
de Collins, o líder “Nível 5” representa o ní- sobre fraquezas gera confiança. Por Carlos Augusto de Andrade Sobrinho MIPES/UNeB
vel mais elevado de liderança. Trata-se de } Medo de conflitos – Se você evita Adaptado de Michael Mack, Líderes Livre de
Esgotamento
alguém que, em termos bíblicos, consegue conflitos, nunca será relacionalmente forte.

Convenção de Pequenos Grupos 17


18 Convenção de Pequenos Grupos
O
avanço tecnológico revolucionou Visão
o mundo. O surgimento do telefo- Alcançar e discipular a geração pós-
ne, TV, luz, videogame, computa- moderna por meio de comunhão, rela-
dor, internet, etc., trouxe muitas soluções cionamento e missão.
e um grande problema para a juventude.
A modernidade diminuiu o grau de re- Filosofia
lacionamento entre os jovens. Antes, o PG My Style é composto por um gru-
relacionamento era mais pessoal; hoje, po de pessoas que se encontra sema-
está mais virtual, com alta tecnologia e nalmente para ampliar seu grau de co-
O símbolo foi desenhado para

Logomarca
baixa interação. Literalmente, o estilo de munhão, relacionamento e missão. Esse
vida jovem foi alterado. ser muito mais do que uma logo-
grupo também realiza desafios externos
Existe uma carência muito forte em marca. O desenho pretende refle-
relevantes para a comunidade, através
nossa juventude chamada: RELACIONA- tir um estilo de vida, de uma ge-
de atos de compaixão.
MENTO. Toda “rede social” que é lança- ração diferente, apaixonada pela
À medida que o PG My Style constrói
da atrai a nossa moçada. Eles também vida em comunidade.
um relacionamento estável e verdadeiro
gostam de grupos, tribos, etc. No fundo, Esse logo será usado em diver-
e alcança novos amigos, o grupo cresce
eles gostam de se relacionar. sos itens, como camisetas, bonés,
porque os líderes são treinados e, conse-
Por isso, o Ministério Jovem da União chaveiros, etc.
quentemente, o grupo está pronto para
Nordeste Brasileira oferece uma propos- formação de novos líderes e multiplicação.
ta bem definida, clara, para suprir esta
lacuna e necessidade da juventude, cha-
mada PG MY STYLE. A ideia é que a base
de relacionamento da nossa juventude
(PG) seja o seu estilo de vida.

Nome
O nome reflete um novo jeito de vi-
ver em comunidade, tendo por base, o
estilo relacional vivido pela igreja primi-
tiva encontrado em At 2:46.
“Diariamente perseveraram unâni-
mes no templo, partiam pão de casa em
casa e tomavam as suas refeições com
alegria e singeleza de coração”
Os nomes das redes sociais mais
usadas pela juventude são em inglês
(facebook, youtube, twitter, instagram,
tumblr, snapchat, whatsApp, etc.). Por
isso, misturamos o português com o
inglês apenas para dar uma roupagem
jovem e atual.
Segue o significado:
1. PG – Pequeno grupo
2. My Style – Meu estilo

Portanto...
PG My Style é a principal rede de relacionamento
dos jovens adventistas do 7º Dia.

Convenção de Pequenos Grupos 19


Dicionário dem ser divulgados semanalmente para através das redes sociais, são mensais
1. Casa – local onde acontecem en- que todos tenham condições de dar uma e pontuais. Poderão ser comunitárias,
contros semanais com os membros do olhada em outros materiais para poderem sociais e/ou missionárias. Cada PG My
PG My Style. contribuir com opiniões. A proposta é que Style também pode realizar semanal-
2. Encontro – reuniões do PG My o mediador provoque a participação do mente, quinzenalmente ou mensalmen-
Style. Podem ser nas casas ou em ou- grupo e faça um fechamento no final. te desafios propostos pelo seu próprio
tros lugares informais. 5. Lanche (Esse será o marco do grupo. A ideia é: Um PG intencional e
3. Desafios – ações externas, dife- PG My Style) – baseado em AT 2:46b relevante.
rentes, relevantes e inusitadas que o - “partiam pão de casa em casa e to-
PG My Style realiza em favor da comu- mavam as suas refeições com alegria e
nidade. Mensalmente serão postados singeleza de coração”.
nas redes sociais (Face: Adventistas- Essa não é uma ordem pré-esta-
Nordeste, etc). belecida. O grupo pode escolher a se-
4. Mega Encontro – encontro tri- quência.
mestral de todos os PG My Style de um Nestes encontros também aconte-
distrito (Assembleia). cem, constantemente, celebrações como
aniversários, datas especiais, chegadas
Encontro do PG My Style de novos membros do PG, etc. O grupo
É o momento, INFORMAL, onde os também pode desenvolver atividades
membros e amigos do PG My Style se que despertem o relacionamento in-
reúnem semanalmente. É um verdadeiro terno como passeios, filmes, cami-
“encontro de amigos” onde acontece: nhadas, etc.
1. Louvor – recomendável música O PG My Style é um espa-
“ao vivo” com uso de instrumentos, como ço apropriado para convidar
por exemplo, o violão. Caso contrário, amigos, por isso, em todas
deve ser usado cd e/ou dvd. O que não as reuniões cada jovem
sugerimos é cantar sem uso de um apa- pode e deve convidar os
relho de som ou instrumentos musicais. seus amigos especiais.
2. Agradecimentos / pedidos / ora- É um verdadeiro evan-
ção – momento do grupo orar uns pelos gelismo relacional.
outros, compartilhar alegrias, sonhos, etc.
3. Testemunho – a ideia é que a Desafios
cada encontro um membro do grupo São ações exter-
expresse como foi o seu encontro com nas, diferentes, rele-
Cristo, outros podem compartilhar as vantes e inusitadas
bênçãos recebidas, etc. que o PG My Style
4. Discussão da Lição – sugerimos realiza em favor
o uso da lição específica do PG My Sty- da comunidade. Es-
le produzida pela UNeB. Os temas po- tas ações, lançadas

20 Convenção de Pequenos Grupos


Espaço My Style Na União Nordeste Brasileira, a nos- Quero implantar o PG
sa grande meta é que o seu PG torne-
É um lugar específico que a juventu-
de do PG MY Style se encontrará, a cada se, no sábado pela manhã, a sua Escola
My Style na minha
manhã de sábado, para aprofundarem Sabatina Jovem. igreja, e agora?
mais ainda sua comunhão, seu relacio- 1. Converse com o pastor e a lideran-
namento e sua missão. Na verdade, a Palavras-chave ça da igreja sobre o PG My Style;
Escola Sabatina Jovem receberá uma 1. Comunhão 2. Escolha o local (casa) dos encon-
nova roupagem chamada de “Espaço 2. Relacionamento tros (reuniões). Não aconselhamos
My Style”. Na medida do possível, per- 3. Missão que este local seja nas dependên-
sonalize a sala, faça plotagens, use ban- 4. Discipulado cias da igreja. O ideal é ser na casa
ners, coloque puffs, use tvs, músicas 5. Compaixão de um componente do grupo ou em
“ao vivo”, enfim, deixe o espaço a um local informal;
cara dos seus jovens. Aplicativo 3. Faça um marketing pesado sobre o
O aplicativo PG My Style, está dispo- PG My Style na sua igreja, convoque
nível para os celulares com sistema An- os seus jovens (Use os vídeos pro-
droid, IOS e Windows Phone. Você pode mocionais, etc.) e faça o lançamen-
visualizar os desafios mensais, as lições, to oficial;
participar do bate papo, ver fotos da ga- 4. Crie um grupo do WhatsApp com a
lera, ver os vídeos, saber onde tem um galera;
PG My Style próximo de você, etc. 5. Implante o mentoreamento (Cada
jovem cuidando de um jovem amigo
do próprio grupo);
6. Integrantes com a camiseta ofi-
cial do PG My Style;
7. Realize encontros (informais) se-
manais com lanche (marco do PG
My Style) e encontros externos
(Passeios, filmes, caminhadas, etc.)
para aprimorar o relacionamento
interno do grupo;
8. Implante o “Espaço My Style” na
sua igreja;
9. Cumpra Desafios externos sema-
nais, quinzenais ou mensais... (Pos-
te as fotos dos cumprimentos dos
desafios, nas redes sociais, usando
#PGMyStyle;
10. Participe do Mega Encontro tri-
mestral e do Congresso My Style do
seu Campo no final do ano.

PG MY Style é a base
do Ministério Jovem da
União Nordeste Brasileira.
Faça essa revolução
Maranata! acontecer na sua igreja
e, certamente, sua
Pr. Rafael Santos
Ministério Jovem - UNeB
juventude desfrutará de
um novo jeito de viver em
comunidade.
Convenção de Pequenos Grupos 21
INTEGRAÇÃO
UNIDADE
DE AÇÃO E PG

22 Convenção de Pequenos Grupos


N
otoriamente percebe-se, nos O modelo ideal ela afirma que uma igreja para ser viva
primórdios da igreja adventista, Uma reunião com testemunhos pes- precisa ser ativa . Ele comenta ainda
como foi pontual a presença da soais, momentos dedicados à oração, que há atualmente variados modelos
estrutura dos PGs (Pequenos Grupos). A estudo da Bíblia, a socialização e a ação de PGs com objetivos distintos, mas
ES (Escola Sabatina) dividida em clas- missionária são algumas das sugestões argumenta que os PGs terão mais êxito
ses , o estudo da Bíblia nos lares das que devem embasar a estrutura de PGs se houver, em sua estrutura, uma apro-
famílias , a formação de grupos de es- para a igreja adventista segundo os ximação do ideal deixado por Cristo
tudo nas reuniões campais e a forma- relatos de Ellen White. Apesar de não no meio apostólico, onde a comunhão,
ção de grupos missionais são alguns serem denominadas com o título de socialização, ensino, estudo da Bíblia,
dos exemplos encontrados na história pequenos grupos, claramente perce- capacitação e evangelismo eram as
da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Por- be-se que a dinâmica das reuniões era prerrogativas do grupo.
tanto, o interesse por este tipo de es- exatamente a mesma sugerida hoje por
trutura se justifica nos relatos históricos alguns campos nos encontros semanais Problemática
que fundamentaram o movimento nas dos PGs . Claro que, embora existam Uma vez que a importância e va-
suas primeiras décadas de existência , modelos e sugestões variadas, pois al- lor dos pequenos grupos para a igreja
em especial, na insistência de Ellen Whi- guns propõem uma estrutura menos or- adventista são indiscutíveis, onde resi-
te, relatada em seus escritos, de como a todoxa e mais relacional, enquanto que de então a interminável dificuldade de
igreja deveria organizar-se para melhor outros aconselham uma estrutura mais sua manutenção? Relativamente não é
estudar a Bíblia e, no uso dos dons, en- voltada ao evangelismo, é fundamental difícil desenvolver protótipos, preparar e
volver-se na missão evangelística. Não que formatemos o nosso modelo com capacitar líderes e formar pequenos gru-
há dúvidas do quanto foi imprescindí- base na revelação de Deus expressa na pos, a dificuldade sempre foi: por quanto
vel essa estrutura para a manutenção Bíblia e no Espírito de Profecia. tempo o pequeno grupo, recém-forma-
e crescimento da igreja, especialmente Para Alberto Tim, diretor associado do, permanecerá ativo até extinguir-se?
após os anos de 1850. do White State, o modelo proposto pela Inevitavelmente, é esta a pergunta que
Silvia Cristina Scholtus, Doutora Bíblia e pelo Espírito de Profecia é o que naturalmente surge devido ao grande
em Teologia na Universidade Adven- unifica as duas ideias contrapostas, ou número de PGs que nascem e entram
tista Del Plata, retrata pelo menos seja, os PGs, além de relacionais, pre- em falência todos os anos. Portanto,
quatro impactos positivos que os PGs cisam também ser ativos no estudo da uma vez que os PGs são fundamentais
causaram no movimento: 1. A igreja Bíblia e na missão evangelística. Entre para a manutenção espiritual e cresci-
presenciou um grande avanço e dife- tantas explanações, Timm faz menção mento da igreja, como resolver este real
rentes departamentos e ministérios da declaração de Ellen White na qual problema? Se a formação de PGs, se-
precisaram ser criados como resultado gundo Ellen White, foi apresentada por
do forte crescimento interno e evange- Aquele que não pode errar , onde, possi-
lização; 2. Tornou-se possível prestar A unificação da unidade velmente, podemos estar desalinhados
atendimento mais próximo, especial- de ação com os em sua estruturação e proposta? Será
mente das famílias mais isoladas; 3. As que existe um modelo ideal que vingue
reuniões fortaleceram o crescimento pequenos grupos pode os investimentos, trabalhos e estraté-
espiritual e tornaram mais acessíveis a ser feita da maneira gias para a manutenção dos PGs?
preparação das pessoas para a propa-
gação da mensagem profética; e, por que mais se ajusta Conflito e sugestão
fim, 4. facilitou o evangelismo interno à realidade de cada Como vimos, não há dúvidas quanto
e externo de acordo com as necessi- ao modelo de estrutura que deve reger
dades e funções a serem realizadas . igreja. A forma como o PG especificamente adventista. Tam-
Jolivê Chaves também comenta que as deve ocorrer não deve bém não há nenhum conflito quanto à
igrejas mais prósperas em crescimento elaboração de protótipos, treinamen-
atualmente têm sido as que se esfor-
ser engessada e deve tos, capacitação de líderes, multiplica-
çam para viverem e se multiplicarem levar em consideração ção e formação de novos PGs. Talvez
em sistema de PGs . Portanto, não é de a única dificuldade prevista seria se
surpreender que Ellen White escreves-
a geografia, os laços estes pequenos grupos funcionariam
se de forma incisiva que esse modelo de amizade existentes paralelamente às unidades de ação da
de organização deveria ser a base de escola sabatina ou se a unificação de
trabalho ativo tanto interno quanto ex-
entre os membros e as ambos facilitaria o trabalho e a pro-
terno da igreja. suas afinidades. posta dos mesmos.

Convenção de Pequenos Grupos 23


Todos hão de concordar que a es- pos teriam uma identidade e robustez ocorrer não deve ser engessada e deve
trutura mais sólida existente na igreja mais eficiente e duradoura. Convenha- levar em consideração a geografia, os
adventista atualmente é, sem dúvida, mos, embora os nomes sejam diferen- laços de amizade existentes entre os
a escola sabatina. Observando aten- tes, na realidade, a unidade de ação é membros e as suas afinidades. Para as
tamente as declarações de Ellen Whi- no mais alto grau um pequeno grupo. igrejas maiores localizadas em cidades
te, especialmente a partir dos anos de Isto significa que, enquanto permane- grandes, logicamente, onde se proje-
1863, percebemos que as unidades de cerem separados, teremos na prática tam as maiores dificuldades em dividir
ação da escola sabatina, assim como e na filosofia dois pequenos grupos a igreja em pequenos grupos, pode ser
a divisão em grupo nas campais e os distintos e separados funcionando feito, levando em consideração a geo-
encontros de estudos da Bíblia nos paralelamente na igreja. Esta talvez grafia. Salvo em casos em que algumas
lares, estavam, nos tempos dos pio- seja uma das implicações que tem pessoas estejam dispostas a atravessar
neiros, exatamente fundamentados dificultado a absorção da ideia dos a cidade para fazer parte de um de-
no que chamamos hoje de pequenos PGs perante os membros. Creio que terminado pequeno grupo. A sugestão
grupos. Isto significa que as unidades a unificação de ambos ou extinção da para esse tipo de organização segue o
de ação foram elaboradas para suprir unidade de ação para a inserir em seu seguinte raciocínio:
a mesma demanda que é exigida pe- lugar o PG atenderia perfeitamente as
los PGs de hoje. Com base nisto, po- sugestões de Ellen White sobre a ela- 1. Previamente reúna os coorde-
demos inferir que os PGs não deve- boração de pequenos grupos na igreja nadores e líderes de PGs escolhidos
riam atualmente ser um concorrente com o objetivo de haver crescimento (Sugestão flexível: diretora da Escola
da unidade de ação, mas ela mesma espiritual, oração, estudo da Bíblia, Sabatina como coordenadora e os pro-
em uma única unidade. testemunho e evangelismo, resultando fessores como os líderes de PG), por um
É possível preceituar, com base só- consequentemente em crescimento e período mínimo de um mês e no máxi-
lida, que se as unidades de ação e os multiplicação. mo de três meses, com reuniões sema-
pequenos grupos forem apenas um ao nais. Nós chamamos esta reunião de
invés de concorrentes entre si, podere- Como unificar protótipo. Este é o momento em que o
mos sugerir uma solução para o maior A unificação da unidade de ação pastor terá a oportunidade de ajudá-los
de todos os problemas, o da sua sub- com os pequenos grupos pode ser feita a compreender a importância e relevân-
sistência. Se apoderando da solidez da maneira que mais se ajusta à reali- cia dos pequenos grupos para a igreja,
da escola sabatina, os pequenos gru- dade de cada igreja. A forma como deve além de capacitá-los para o exercício

24 Convenção de Pequenos Grupos


da liderança. Em seguida, após o perío- tificação dos pequenos grupos criados. implantação de pequenos grupos, na
do de capacitação no protótipo, escolha 7. Ao concluir a organização da visão de alguns, seria quase que im-
uma data (Um sábado) para efetivar a igreja em PGs, apresente em um ser- possível. Todavia, seguindo os passos
divisão da igreja em PGs. Ao chegar a mão bem elaborado, a necessidade apresentados neste artigo, não houve
data escolhida: da estruturação dos pequenos grupos. nenhuma dificuldade para a divisão e
2. Anuncie na igreja pelo sábado de Apresente o alicerce teológico, socioló- implantação. Hoje a igreja possui 14
manhã, mesmo que consuma todo ho- gico, escatológico e missiológico. Des- pequenos grupos bem ativos com lí-
rário, que a partir de agora não existirá ta forma, os duvidosos também terão a deres e membros envolvidos. Todas as
mais unidade de ação, mas pequenos oportunidade de sanar a dúvida e de se atividades da igreja, sejam relacionais,
grupos. Observe, não é o fim da escola tornar um aliado na manutenção dos estudo da Bíblia, oração e missão, são
sabatina, apenas da unidade de ação. pequenos grupos. planejadas levando em consideração a
Aos membros perceberem que não 8. Elabore uma escala de visitação atuação de cada pequeno grupo.
existe mais unidade de ação e que não aos pequenos grupos em suas reuniões Conforme revelado por Deus, não
estão mais matriculados, contribuirá das sextas-feiras e repasse a todos os precisamos elaborar um novo projeto
psicologicamente a aderirem à filosofia líderes. Desta forma eles perceberão de pequeno grupo. Nós já temos uma
de pequenos grupos. O próximo passo que o pastor está comprometido com a estrutura altamente sólida e que deve
seria: filosofia e que precisam estar bem es- ser a base de sustentação dos peque-
3. Chame os antigos professores truturados para receber a sua visita. nos grupos. Desta forma, não teremos
da escola sabatina, os que passaram 9. Crie um grupo do WhatsApp para mais as preocupações decorrentes de
pelo processo de capacitação no protó- se comunicar com estes líderes, além de grupos que iniciam suas atividades em
tipo, para frente na igreja e os chame a solicitar que cada PG também tenha o plena motivação, porém que se conso-
partir de agora de líderes de pequenos seu grupo no WhatsApp, com o objetivo me ao longo do percurso até extinguir-
grupos. Peça que cada um desses novos de viabilizar a comunicação entre eles. se. O pequeno grupo, com reuniões
líderes apresente o bairro em que cada 10. Faça com que todas as ativida- semanais na sexta-feira, deve ser exa-
PG funcionará e permita que transite des da igreja funcionem via PGs. Isto tamente o mesmo reunido no sábado
pela igreja para cadastrar os membros fortalecerá o propósito e unidade dos pela manhã na escola sabatina para
em um desses pequenos grupos cria- grupos. o estudo da Lição. Dessa forma, o PG,
dos a partir deste momento, levando 11. Eleja o(a) diretor(a) da Escola no sábado, sendo uma classe da esco-
especialmente em consideração a lo- Sabatina para ser o (a) coordenador (a) la sabatina fará por si o que nenhuma
calização geográfica. Para este fim, os dos pequenos grupos ou escolha alguém outra estrutura ou ideia foi capaz de
professores e a diretora de escola saba- que faça um trabalho conjunto com o fazer até o momento para garantir a
tina precisarão estar antecipadamente (a) diretor (a) atual. Nas igrejas em que sua subsistência. A lógica é que a so-
alinhados com o pastor. já exista um (a) coordenador (a) que lidez da escola sabatina tornará sólido
4. Ao passar alguns minutos ou ho- não seja diretor (a) da escola sabatina, também os pequenos grupos.
ras, 80% dos membros estarão inscritos pode-se eleger este (a) coordenador (a)
em algum pequeno grupo. Os demais como secretário (a) dos PGs ou coorde-
20%, provavelmente formarão futura- nador (a) associado (a), com o objetivo Gilberto Theiss – Pastor na Associação Cearense
mente um novo PG ou, por perceberem de tentar manter a coordenação com a
que ficarão deslocados por não fazerem direção da ES.
Bibliografia:
parte de um PG, em algum momento se 12. Mensalmente deve haver o ge- Silvia Cristina Scholtus, Ellen White e os pequenos grupos
engajarão. renciamento. Todo primeiro sábado do [Pequenos grupos, aprofundado a caminhada], p. 92. Ibid
Egil H. Wensell, História da Igreja Adventista y su Desarrollo
5. Neste momento, chame um PG mês o pastor deve estar com sua equipe Doctrinal, [Libertador San Martín, Entre Ríos: Colégio
por vez na frente, apresente-os a igreja, de coordenadores e líderes de pequenos Adventista del Plata, 1989], p. 49).
Evangelismo, p. 115
peça que já escolham o nome, o verso e grupos para ajudar a manter o foco, Egil H. Wensell, História da Igreja Adventista y su Desarrollo
o hino oficial. Na frente da igreja, quan- motivar o grupo e capacitá-los para os Doctrinal, [Libertador San Martín, Entre Ríos: Colégio
Adventista del Plata, 1989], p. 49).
do chamar um PG por vez, tire uma foto trabalhos ativos que promoverá futura- Silvia Cristina Scholtus, Ellen White e os pequenos grupos
de cada PG criado e elabore um cartaz mente a multiplicação dos PGs. [Pequenos grupos, aprofundado a caminhada], p. 97
Jolivê Chaves. Pequenos grupos, teoria e prática, p. 43.
com as fotos destes PGs para ser fixado Ellen White, Testemunhos Seletos, v.3, p. 84
no mural da igreja e apresentado nas Conclusão Ver Russel Burrill. Recovering na Adventist Approach to the
Life and Mission of the Local Church, p. 219.
programações perante os membros. A sugestão apresentada foi posta Alberto R. Timm, Implicações Eclesiológicas (Pequenos
grupos, aprofundando a caminhada], p. 83. Ver Ellen White,
6. Retire as plaquinhas que serviam em prática em uma das maiores igrejas Serviço Cristão, p. 83.
de identificação para as unidades de da Associação Cearense, igreja Central Apud Cícero Gama, Diferentes modelos de pequenos grupos,
[Pequenos Grupos, aprofundando a caminhada], p. 121.
ação e coloque no lugar placas de iden- de Sobral, uma congregação em que a Ellen White, Testemunhos Seletos, v.3, p. 84.

Convenção de Pequenos Grupos 25


PLANEJAMENTO
E ATIVIDADES DOS PG’s
“Pois qual de vós
E
ste texto se refere ao discipulado consiste em pregar – lhe sermões, mas
cristão, mas, podemos aplica-lo à em PLANEJAR trabalho para que o fa-
pretendendo construir importante necessidade de plane- çam. Dai a cada um algo para fazer em
uma torre, não se jamento de nossas atividades. prol de outros. ” Ts, v.3 pag.323.
O planejamento é indispensável Neemias é um grande exemplo dis-
assenta primeiro para em qualquer área de ação da vida. to, ele foi chamado por Deus para reali-
calcular a despesa e DWIGHT EISENHOWER afirmou: “An- zar uma grande obra. Diante da tarefa,
tes da batalha, o planejamento é orou, planejou delegou e executou com
verificar se tem meios tudo. Assim que começa o tiroteio, sucesso, pois suas ações foram previa-
para concluí-la?” planos são inúteis.” O líder não terá mente arquitetadas.
sucesso sem planejar. O pastor distrital, junto com os coorde-
Luc. 14:28 “O planejamento não diz respeito a nadores e lideres devem se reunir para orar,
decisões futuras, mas as implicações traçar as metas, elaborar os planos e pro-
das decisões presentes.” Peter Druckes jetos que envolverão os membros dos Pe-
A serva do senhor afirmou: “A me- quenos Grupos a curto, médio e longo prazo.
lhor ajuda que os pastores podem pres- O líder do Pequeno Grupo por sua vez
tar aos membros de nossas igrejas não irá se reunir com os membros para montar

26 Convenção de Pequenos Grupos


a estratégia e realizar as atividades. O sá- 2. Quem deve participar? Todos os estudar diariamente
bio Salomão afirmou: “Os planos mediante membros da igreja. c) Oração intercessora
os conselhos tem bom êxito”. Pv 20:18. d) A fidelidade total
Reunião com coordenador e lideres Relacionamento:
Qual a vantagem do planejamento? (O responsável é o coordenador) Promover:
1. Canaliza as energias para alcan- 1. Planejar e delegar. Atividades: a) Passeios
çar os objetivos. a) Testemunho. b) Aniversários
2. O planejamento produz sinergia, b) Treinamento e Capacitação. c) Almoços
direção e motivação. c) Motivação. d) Serenatas
3. Dá um senso de “pertencer ao d) Avaliação e solução problemas e e) Desafiar todos os membros a
time”, ou seja, deve envolver quem ira necessidade. trazer em visitas em todas as reuniões.
participar. e) Protótipo Missão:
“Sem sonhos, a vida não tem brilho. 2. Quem deve participar? Coorde- Desafiar:
Sem metas, os sonhos não tem alcan- nadores, líderes e associados. a) Os membros para fazerem parte
ces. Sem prioridades os sonhos não se 3. Esta reunião é semanal ou mais de uma dupla
tornam reais.” Augusto Cury tardar quinzenal. b) Visitar os membros e interessados.
Quatro perguntas básicas no c) Evangelismo nos Lares de Esperança.
planejamento. Reunião do pastor com o coordena- d) Ter um ministério para atuar na
1. Onde estamos? dor (O pastor é o responsável) comunidade.
a) Quantidade de membros 1. Planejar, delegar e avaliar. e) Multiplicar o Pequeno grupo.
b) Características da localidade Atividades:
onde funciona o PG. a) Treinamento Essas ações quando planejadas se
c) Características dos membros do PG. b) Seminários tornam realidade. “Na multidão de con-
d) Qual o nível de crescimento do c) Gerenciamento das atividades selhos está à vida.” PV 24:6
PG nos últimos anos? d) Motivação Através de Sua serva Ellen White o
e) Qual a nossa missão e que esta- e) Testemunhos senhor nos orienta: “Aqueles a cujo car-
mos fazendo para executa-lo. 2. Quem deve participar? Ancião, li- go se encontram os interesses espiritu-
2. Aonde queremos chegar? derança e coordenador da igreja. ais da igreja devem formular planos e
a) Qual é proposito e missão do PG? 3. Esta reunião acontece a cada 15 dias meios pelos quais se dê a todos os seus
b) Quantas pessoas e famílias va- sendo uma delas no 1º sábado de cada mês. membros alguma oportunidade de fazer
mos alcançar? uma parte na obra de Deus. Nem sem-
3. Como chegaremos? Assembleias distrital e local pre foi isto feito em tempos passados.
a) Quem estará envolvido (O pastor e os coordenadores são Não foram bem definidos nem execu-
b) Qual o investimento os responsáveis) tados planos empregar os talentos de
c) Delegar responsabilidades 1. Celebrar cada um em serviço ativo.” OE, pag. 351
4. Quando chegaremos? Atividades: “Todo o céu está em atividade, e os
a) Estabelecer uma data para co- a) Testemunhos anjos de Deus estão à espera para coo-
meçar e finalizar cada projeto. b) Louvores perar com todos os que queiram ideais
c) Batismos PLANOS por cujo meio as almas por
A seguir queremos apresentar algu- d) Mensagem quem Cristo morreu ouçam as boas no-
mas reuniões que o planejamento deve e) Desafios vas da salvação.” TS v 3, pag. 67
contemplar: 2. Quem deve participar? Prezado líder, alguém disse: “Não
Todos os membros e Pequenos faça planos pequenos, por que estes
Reunião do PG (o responsável é grupos, com a camisa do PG MY STILE. planos não tem o poder necessário para
o líder) 3. Esta reunião tanto local como dis- mover as almas dos homens. ”
1. Planejar e delegar para um res- trital acontecem uma vez por trimestre. Sonho grande! Ore! Planeje! Delegue!
ponsável cada um destes itens: O líder também deve estar atento Deus, sem duvida irá coroar de êxito
a) Louvor para elaborar atividades que alcance o os planos bem organizados.
b) Confraternização membro nas áreas do discipulado:
c) Testemunho Comunhão:
d) Estudo do tema Incentivar: Pr. Israel Rodrigues
e) Oração a) O estudo diário da bíblia MIPES APeC
f) Lanche b) Todos os membros a ter a lição e

Convenção de Pequenos Grupos 27


PROJETO

28 Convenção
Convenção de Pequenos
de Pequenos GruposGrupos
O pastor tem sob sua responsabilidade o direcionamento
dos trabalhos da igreja. Por essa razão, precisa conhecer
por si mesmo a importância de uma igreja discipuladora e
formadora de líderes.

Definição: Novo Testamento - Jesus em seu fazendo para salvar pessoas? Quantos
Movimento de formação de líderes ministério, procurou trabalhar o mesmo estudos bíblicos; quem vai trazer um
de pequenos grupos para pastorearem princípio: pequeno grupo (Mateus 10: amigo no próximo encontro; quais os
uma pequena comunidade, promovendo 1- 15). Ele queria alcançar as multidões, ministérios que o PG está realizando e
a comunhão, relacionamento e missão. porém sabia que precisava discipular como melhorar; alvo do PG, etc.); lan-
um grupo pequeno que se reproduzisse che. Esses módulos são importantes
Propósito: depois de sua partida. para assegurar que o PG não é uma
Visando a multiplicação e cresci- O pastor tem sob sua responsabili- reunião apenas, é uma comunidade
mento da igreja. dade o direcionamento dos trabalhos da que desenvolve várias atividades e é a
igreja, por essa razão precisa conhecer base da mobilização da igreja.
O projeto consiste na definição de 5 por si mesmo a importância de uma igre-
metas de trabalho para a igreja na re- ja discipuladora e formadora de líderes. O protótipo também fará ações so-
gião Nordeste. São elas: ciais, visitas a hospitais, confraterniza-
1. Formar Líderes PGs 2. Formação do PG protótipo e líde- ção dos aniversariantes e prática de um
2. Capacitar Duplas Missionárias res PGs ministério, exemplo: aula de espanhol ou
3. Discipular os Novos Conversos O pastor precisa levar a visão disci- inglês para comunidade; grupo de bike;
4. Crescer no número de Doadores Fiéis puladora a todos os membros, mas deve reparos de casas, etc. O objetivo é que
5. Plantar Novas Igrejas ter (inicialmente) um grupo que absorva escolha-se um ministério e trabalhe vi-
a proposta e a implemente. sando alcançar pessoas para Cristo.
Cada meta possui seu próprio pro- Digamos que ele possua 1 igreja Depois dos 3 meses vivendo o cristia-
grama para que seja alcançável. Des- com 100 membros, ele deve pensar com nismo prático e intenso é hora de espa-
sa forma iremos nos deter na primeira quantos líderes a igreja inteira será al- lhar a influência com os demais membros
meta por ser a mais complexa e envol- cançada. Uns 7 ou 8 líderes para come- da igreja. Pega-se a lista da secretaria e
vente. Até porque da primeira meta al- ço (o ideal é em torno de 12 e a medida cada novo líder seleciona as pessoas que
cançamos as demais. que passa disso, o PG deve se prepa- ele gostaria que fizessem parte do seu
rar para a multiplicação). Esses líderes pequeno grupo. Distribuídos os nomes,
Apresentação em 7 etapas: podem ser homens, mulheres, jovens, agora é hora de convidá-los para as ca-
adolescentes ou juvenis, dependendo da sas. Se tiver alguns membros que não
1. Visão ministerial faixa etária existente na igreja. querem participar da vida em comunida-
Dois exemplos: O pastor passará 3 meses com reu- de, não tem problema. São livres.
Antigo Testamento - Moisés julgava niões semanais com esse grupo. As reu-
o povo sozinho. Todas as causas confli- niões informais serão em casas e terão 3. Integração PG x UA
tantes eram trazidas a ele. O líder as- as características de um PG real: Já que temos um grupo se reunindo
sentava-se e o povo posicionava-se em Recepção; louvor; como foi a se- nas casas e outro aos sábados de ma-
pé à sua frente até o entardecer (Êxodo mana? (Interação); oração pelo que nhã, não pode ser apenas um? Não faci-
18: 13-27). Jetro, seu sogro, aconselhou foi exposto e pelo encontro; lição (in- lita a linguagem e funcionalidade? Além
Moisés a dividir a carga com outros ho- teração); pedidos de oração e oração do que se espera (dos grupos), algumas
mens de valores, verso 21. Seria a for- (esse momento é importante para atividades similares. Exemplos: visita-
mação de uma rede de liderança, que fortalecer o espírito de comunidade e ção aos membros e confraternização.
Moisés teve que escolher aproximada- que os problemas de um são de to- Como fazer para integrar? Simples.
mente 78.600 líderes. dos); evangelismo (o que cada um está Os PGs em um sábado (planejado pela

Convenção de Pequenos Grupos 29


direção da Escola Sabatina) passam a 4. Gerenciamento vimento espiritual do seu distrito.
sentarem juntos, ou seja, o mesmo gru- Há uma máxima em liderança: “O que Essa reunião será marcada por 3
po das casas passam a ser o mesmo não pode ser mensurado não pode ser blocos: gerenciamento distrital (aná-
grupo da igreja e continua com o mes- melhorado. ” A ideia é o líder avaliar, se- lise dos dados e apresentação deles à
mo nome. Simplificando a linguagem, manalmente, o crescimento espiritual dos liderança distrital); testemunhos do que
teremos na igreja os PGs (nomes) e não membros do seu grupo nas atividades da está acontecendo com os PGs; cresci-
as unidades de ação (números). comunhão, relacionamento e missão. Es- mento na visão (discussão de um tema
E os que não participam dos PGs nas sas atividades estão contidas no cartão sobre liderança PGs ou como melhorar a
casas? Formarão um PG na igreja no sá- integrado do PG e Escola Sabatina. atuação dos PGs).
bado de manhã. Dessa forma todos os Mensalmente, a igreja terá um Cada região do campo tem um de-
membros estarão em pequenos grupos. diagnóstico do que está sendo reali- partamental que atua como coordena-
E os jovens e adolescentes? Mesma zado por seus membros. Dessa forma, dor regional. Ele acompanha junto aos
forma. Aos sábados pela manhã irão todos poderão saber dos 100 mem- pastores dessa região como estão os
para seus PGs jovens e adolescentes. bros que a igreja possui quantos fa- distritos nas propostas de trabalho do
Pode fazer a integração a partir das zem culto familiar, leem a bíblia, dão CRM (comunhão, relacionamento e mis-
unidades de ação para os PGs? Pode estudos bíblicos, estão trabalhando são). Eles juntos analisam também os
sim, porém a prática tem mostrado que em ministérios, etc. dados da região.
as unidades são formadas sem muito O ponto principal do gerenciamento A administração do campo recebe
critério (em boa parte das igrejas), ou é fornecer dados à comissão da igreja as informações das regiões e discute
seja, as pessoas sentam juntas por cau- avaliar onde a igreja está bem e onde ela com os departamentais o que fazer
sa de um ventilador, para fugir do sol, precisa avançar. A comissão discute pro- para facilitar o desenvolvimento das
porque ali é mais ventilada (ou perto do postas que serão levadas ao plenário da atividades analisadas. Em seguida, as
ar condicionado), etc. igreja para que todos conheçam o qua- informações do campo são enviadas
Por isso quando há o movimento dro real e participem juntos no processo para União Nordeste Brasileira, onde
para as casas os membros se esvaem de mudanças onde se faz necessário. são discutidas pela administração e
porque não levam em consideração No primeiro sábado do mês, o pastor departamentais.
(maioria das vezes) as 2 características receberá tais informações de cada igreja Com essa cadeia de gerenciamento
principais do PG: afinidade e/ou geogra- e se produzirá um diagnostico distrital. O todos analisam e discutem sobre o mes-
fia (membros morarem próximo). objetivo é analisar como está o desenvol- mo tema, produzindo sinergia e foco.

30 Convenção de Pequenos Grupos


5. PG Holístico gerenciamento; PG Holístico: atividades o trabalho e crescerem na visão.
Para que haja crescimento integral e ministérios; Manutenção da rede PGs; Igreja: comissão da igreja se bene-
na igreja e maior mobilização o PG pre- testemunhos; perguntas e respostas, etc. ficiando do gerenciamento para analisar
cisa ser a base das ações e participar O pastor marcará uma data em maio a vida espiritual e propor novas rotas de
de atividades múltiplas. Isso fará com ou junho para esse final de semana. crescimento.
que o PG seja vivo e relevante para seus Obs: Se a igreja tem poucos PGs e Distrito: pastor, coordenadores e
membros e na comunidade. poucos membros envolvidos na pro- líderes se encontrando mensalmente
Atividades: posta o ideal é seguir as orientações (primeiro sábado) para avaliarem o de-
Encontro semanal nas casas; estu- do item 2 (Formação do PG protótipo e sempenho do distrito. 3 blocos: geren-
do da lição ES aos sábados de manhã; líderes PGs). ciamento, testemunhos e crescimento
gerenciamento semanal; confraterniza- Para a multiplicação o pastor tem a na visão da vida em comunidade.
ção dos aniversariantes; inscrições dos disposição materiais explicativos para o Região: o departamental preci-
membros para os congressos da igreja; parto saudável. O desafio anual é que sa pastorear seus pastores através de
assinaturas de lição ES (projeto Maná); cada igreja cresça 20% na sua rede de contatos telefônicos e mensagens, vi-
distribuição do livro missionário; duplas PGs (desde que todos já façam parte. sitação; estar com eles nos encontros
missionárias ((ou classe bíblica) para Os novos PGs contarão com os novos semanais (ou quinzenais) do PGP (pe-
estudarem com amigos e interessados; batizados e amigos). queno grupo de pastores); conhecer a
projetos sociais (sopão, visitas aos hos- funcionalidade da estrutura; acompa-
pitais, asilos,etc.); ministérios: bike, moto, 7. Manutenção da rede nhar o desenvolvimento do trabalho da
adolescentes grávidas do bairro, aulas de Todos possuem um preço a pagar no região (gerenciamento).
espanhol/inglês, ensino de uma profis- discipulado e precisam andar unidos e Associação/Missão: administra-
são, aulas de educação física na comu- focados. ção do campo precisa ter encontros
nidade, atendimento médico, nutricional, Líder do PG: homem/mulher de semanais com os departamentais para
fisioterápico,etc. A proposta é fazer com oração; contato semanal (telefônico ou crescerem na visão e comunidade; ana-
que cada pessoa (diariamente) testemu- mensagens) com seus membros; conhe- lisarem e discutirem as informações das
nhe de Cristo onde esteja e no que sabe cer a funcionalidade da estrutura; pla- regiões; itinerários dos departamentais
fazer e como PG escolham uma forma de nejar uma reunião dinâmica e viva (som, à partir do gerenciamento para observa-
potencializar uma atividade na comuni- músicas, lição, lanche, interação, etc.); rem qual região precisará mais da pre-
dade, tornando assim um ministério. visitação; acompanhar o crescimento sença de cada departamental (de acor-
espiritual dos membros (gerenciamen- do com o desempenho das atividades);
6. Multiplicação to); formar novos líderes e encontrar- no primeiro sábado, o departamental
O pequeno grupo é um organismo vivo se semanalmente (ou quinzenalmente) irá para sua região para estar com um
e saudável, portanto precisa multiplicar. A com os coordenadores para avaliarem o distrito; diminuir eventos e programas
principal razão do PG é formar novos líde- trabalho e crescerem na visão. do campo; assembleias de premiação
res e multiplicar sua influência abrindo no- Coordenador: contato semanal dos melhores PGs (região); cadastro
vos PGs. Assim se expande o reino de Deus. com seus líderes (telefone ou mensa- dos coordenadores e líderes; promover
Uma vez que todos participam da gens); visitação; conhecer a funcionali- encontros para ouvir os testemunhos de
vida em comunidade (PGs), o foco será dade da estrutura; acompanhar o cresci- pastores, coordenadores, líderes e igre-
no líder associado do PG. Essa pessoa mento espiritual dos líderes e o trabalho jas de sucesso na estrutura.
tem que entender que ela está ali como da igreja (gerenciamento); formar novos União Nordeste Brasileira: en-
estagiário e em breve sairá para formar líderes e encontrarem-se semanalmen- contros semanais entre administração
seu próprio grupo. Essa formação pre- te (ou quinzenalmente) para avaliarem e departamentais para crescimento
cisa ser intencionalmente elaborada e o trabalho e crescerem na visão. na visão e comunidade; materiais de
planejada desde abril e terá o “parto” Pastor: ter os coordenadores como apoio : vídeos, revistas e redes sociais
em agosto (festa da multiplicação do seu primeiro rebanho no distrito; con- (adventistas nordeste); desafios men-
distrito, região e campo). tato semanal com eles (telefone ou sais para a rede (vídeos na Fan Page);
O pastor precisará de 1 encontro mensagens); visitação; conhecer a fun- aplicativo; cadastro dos coordenadores
(pode ser 1 sábado completo ou final de cionalidade da estrutura; acompanhar e líderes; programa de trabalho dos de-
semana) para trabalhar alguns concei- o crescimento espiritual dos coordena- partamentais lincados com a estrutura
tos vitais do PG: dores e o trabalho da igreja (gerencia- de trabalho; vídeos-aulas e textos so-
Características de um bom líder; mento); formar novos coordenadores e bre a estrutura (Fan Page: adventistas
como ter um dinâmico e vivo encontro líderes e encontrarem-se semanalmen- nordeste); ouvidoria para tirar dúvidas
de PG; os módulos do encontro semanal; te (ou quinzenalmente) para avaliarem (e-mail: WhatsApp:

Convenção de Pequenos Grupos 31


O GERENCIAMENTO
EFICAZ

32 Convenção de Pequenos Grupos


Não é preciso que
O
gerenciamento não é algo novo, O gerenciamento nos PGs é um cha-
ao nos voltarmos para as Escri- mado para administrar, gerir, dirigir o
o gerenciamento turas Sagradas observamos que nosso desenvolvimento espiritual.
grandes projetos tais como: a constru- Já imaginou? Normalmente deixa-
tanto no PG quanto ção da Arca de Noé, a construção do mos os aspectos metafísicos do nosso
o distrital seja, frio, tabernáculo, o projeto de Deus para desenvolvimento espiritual à parte de
Abraão, a saída do povo de Israel do Egi- quaisquer acompanhamentos cogniti-
metódico, longo e to, as conquistas da terra prometida, a vos. E qual tem sido o resultado? Uma
cansativo. Precisamos reconstrução de Judá por Neemias e em vida sem crescimento, sem evolução,
outros episódios bíblico, Deus sempre sem desenvolvimento. É isso que acon-
de eficácia. A eficácia apresenta aos seres humanos um pro- tece com uma organização sem geren-
é fazer as coisas jeto a ser iniciado, planejado, executa-
do, devidamente controlado e finalizado
ciamento, é isso que acontece com a
vida de um cristão sem administração.
certas para se obter os para que possamos: crescer, amadure- O projeto Líderes de Esperança obje-
cer, aprender, desenvolver, sermos me- tiva formar novos líderes de PGs em todas
melhores resultados. lhores a cada dia com o propósito de as nossas igrejas. Esse movimento é, em
Em outras palavras, compartilhar de Suas grandezas e ma- si mesmo, um gigantesco desafio. Graças
ravilhas em nós (missão), refletirmos a ao poder do Espírito Santo esses resulta-
o gerenciamento não sua grande majestade através dos nos- dos já estão sendo vistos por todos os lu-
precisa ser complicado, sos atos e devoção (adoração), apren- gares em nosso território, porém o efeito
dermos a nos relacionar com a pessoas que desejamos é que essa liderança cuide
mas precisa ter as que participam e/ou participaram co- de cada um dos membros do Rebanho do
atividades certas que nosco (comunhão), aprendermos e en-
sinarmos as pessoas a fazerem o que
Senhor. Pastoreio é o objetivo.

alcancem o objetivo deve ser feito (discipulado) e exercer Cuidar daqueles que Cristo com-
prou com Seu sangue.
proposto. a função apropriada nos projetos que
Ele põe diante de nós (ministério). Em Pastoreio é promover crescimento,
suma, o gerenciamento é a base para é administrar a vida espiritual, é gerir o
que um projeto seja bem-sucedido. E o desenvolvimento dos principais aspec-
Plano da Salvação é um plano bem-su- tos da vida cristã: Comunhão Relacio-
cedido, porque foi gerenciado por Deus. namento e Missão. Em outras palavras,
Alguém já disse que “aquilo que não pastoreio é gerenciamento.
é medido, não pode ser avaliado. E o Contudo, a questão central sobre o ge-
que não é avaliado, não pode ser me- renciamento é: Como fazer um gerencia-
lhorado”. Medir, avaliar e melhorar. Isso mento que atinja seu principal objetivo?
é gerenciar. Não é preciso que o gerenciamen-
Segundo o dicionário online dicio. to tanto no PG quanto o distrital seja,
com, gerenciamento é o “ato de ge- frio, metódico, longo e cansativo. Preci-
renciar, administrar, dirigir ou admi- samos de eficácia. A eficácia é fazer as
nistrar uma organização ou empresa”. coisas certas para se obter os melhores
Dentre os sinônimos para esta pala- resultados. Em outras palavras, o geren-
vra, podemos destacar as palavras ciamento não precisa ser complicado,
“manutenção”, “gestão”, “direção”. Na- mas precisa ter as atividades certas que
turalmente quando lemos ou ouvimos alcancem o objetivo proposto.
essas palavras, a nossa mente evoca
imagens do âmbito empresarial ou Para que o gerenciamento seja
corporativo, porém, gostaria de desa- um sucesso, entendemos que ele
fiar você a não se prender aos clichês precisa ter pelo menos três mo-
sobre estas palavras. O gerenciamen- mentos fundamentais:
to além do aspecto corporativo, pode Testemunho - Esta é a hora da mo-
muito bem ser observado pelos aspec- tivação. É quando a rede é energizada.
tos eclesiásticos e espirituais do de- O momento em que os líderes de PGs
senvolvido da vida cristã. contam dos milagres acontecidos, as ati-

Convenção de Pequenos Grupos 33


vidades realizadas nas áreas da Comu- Contudo, o mais importante mo- cipais e fundamentais em sua reunião.
nhão, Relacionamento e Missão. É aque- mento de análise de dados não acon- Mas, isto não significa que não have-
la parte em que podemos visualizar, de tece na reunião de gerenciamento. rá outros. Podemos adicionar tantos
forma vibrante, tudo o que tem aconteci- Acontece na reunião mensal da comis- quantos forem necessários para o
do nos PGs e através dos PGs. Esse deve são de cada igreja, onde o pastor e o crescimento e fortalecimento da rede
ser um momento apoteótico da reunião! coordenador de PGs da igreja apresen- de PGs. Porém, nunca subtrair. Para que
Coleta de Dados - Esse é o mo- tam o seu relatório, e ali podem ado- sua reunião de gerenciamento seja efi-
mento central. A hora em que a rede tar medidas (muitas destas já podem caz e alcance seu objetivo, ela precisa
é avaliada. Não pode ser uma par- ser as próprias sugestões da reunião ter pelo menos estas três partes. Você
te meramente burocrática, por isso de gerenciamento ou outras propostas pode, de acordo com as suas necessi-
nada de simplesmente recolher os por membros da comissão da igreja) dades, ter, quem sabe, até dez partes,
relatórios. Uma boa ideia que alguns para motivar o crescimento espiritual porém, nunca apenas duas.
tem feito é escolher um coordena- dos membros da igreja. Seguindo estes simples passos te-
dor como secretário da reunião, e na remos um Gerenciamento Eficaz. Uma
chegada de cada coordenador, o re- Ampliação da Visão - Esta é a par- liderança comprometida. Uma rede for-
latório ser entregue a este secretário. te em que a rede é fortalecida. O pas- talecida. Uma igreja pastoreada!
Ele irá preparar o relatório do distrito, tor, um coordenador ou mesmo um líder Que o Senhor te use, meu amado
e, no momento da coleta dos dados de PG, apresentará um tema que am- líder, para que você seja o pastor segun-
apresentar um relatório geral do dis- pliará a visão de liderança em rede de do o coração de Deus, deste pequeno
trito, destacando os pontos positivos PGs. Esse seminário pode ser preparado rebanho que Ele te confiou!
e os desafios de cada igreja e PG. pelo pasto, pelo coordenador ou utilizar
Quanto a apresentação dos de- o material que é provido pela UNeB no
safios, uma outra ideia interessante Boletim de Gerenciamento publicado
é reunir os coordenadores em grupos mensalmente. Neste material sempre Pr. Cleber Aragão – MIPES / Missão Nordeste
para discutir e sugerir ideias para que encontraremos bons temas para am-
estes sejam superados. Essas ideias pliar a visão dos pastores, coordenado-
precisam ser aplicadas no âmbito do res e líderes de PGs.
PG, Igreja e Distrito. Estes três momentos são os prin-

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