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DATA: 22/MARÇO/2000
ASSUNTO: VIOLINO
O VIOLINO
1.1 DEFINIÇÃO:
Instrumento musical de cordas, friccionadas com arco, o violino é considerado o
soberano da orquestra, embora seja um dos menores em tamanho, seu som é o que mais se
aproxima da voz humana. Atualmente é difundido no mundo inteiro, junto com outros mais
graves da mesma família. Na prática, eliminou-se todos os demais instrumentos de arco.
Sendo a voz mais grave da sua família, tem suas cordas afinadas, do grave para o
agudo, em sol4, re3, la2 e mi4, havendo alguns casos que pôr exigência de certas partituras,
esta afinação é alterada. As pecas para o instrumento é escrita na clave de sol. O violino é
tocado em posição horizontal, apoiado entre o queixo e o ombro.
3.3 PROVENIÊNCIA:
A primeira derivação de um violino com quatro cordas afinadas em quintas,
aparece na EPÍTOME MÚSICAL, de PHILIBERT JAMBE-DE-FER, publicada em1556.
As pesquisas apontam duas cidades italianas como prováveis berços do violino e sua
família: BRÉSCIA e CREMONA. A opinião mais difundida elege a primeira e atribui a
GASPARO DA SALÓ a paternidade do instrumento; a corrente favorável a Crenona
lembra que SALÓ nasceu quando o Cremonence ANREA AMATI contava já 32 anos e
liderava uma grande escola de LUTHERIA.
É indiscutível a superioridade dos italianos na fabricação de violinos, tanto
pelas suas expendidas confecções , quanto pela enorme influencia que exerce sobre os
construtores de outros países.
3.4 FABRICACÃO:
Entre os grandes artesões, cumpre destacar os Cremonenses ANTONIO
STRADIVARI e GIUSEPPE GUARNERI ou GUARNERIUS. Os fabricantes de
instrumentos de cordas, ou luthiers, afirmam até hoje, uma tradição de qualidade na Itália.
São poucos os grandes concertistas que atuam com instrumentos oriundo de outro país.
Mesmo assim, são importantes fabricantes tiroleses como STEINER e KLOTZ, e franceses
como LUPOT e VUILLAURE.
3.5 NOMENCLATURA:
O nome “violino” primitivamente aplicado a um tipo de instrumento que
viria a apresentar quatro propriedades, correspondentes aos registros da voz humana:
a) soprano, que recebeu o nome definitivo de violino;
b) contralto, que corresponde a moderna viola;
c) tenor, representado pelo violoncelo; e
d) baixo, registro que cabe ao contrabaixo.
O mais antigo da família é a viola, que apesar do nome , não possui ligação
direta com a antiga família das violas. Foi denominada “violino “, diminutivo de viola,
quando a variedade menor entrou em uso, o nome passou a ser aplicado indistintamente aos
dois.
3.6 CONFECCÃO:
Álamo, Pereira, Cedro, Faia, Freixo, Abeto, Pinho, Plátano e Ébano são
algumas das madeiras mais utilizadas nas diversas partes que compõe os instrumentos da
família dos violinos. É indispensável que a madeira seja aplicada seca, e que o processo de
secagem seja natural.
Originalmente, as cordas eram feitas com tripas animal. O desenvolvimento
industrial permitiu seu aperfeiçoamento, já no séc.XX, pela aplicação de
revestimento de alumínio ou prata, sistema que detém as preferências dos
concertistas. As cordas de aço puro são também muito difundidas, apesar de
geralmente apresentarem maior estridência.
4.1 O ARCO:
Tanto quanto a do violino, a invenção do arco é objeto de controvérsias, tudo
levando a crer que teve sua origem na Índia. Era feito de bambu e crinas de cavalo. Sua
aplicação a instrumentos de cordas deve ser atribuído à necessidade de imitar a voz
humana, sustentando o som e executando uma melodia. Mais tarde, o bambu deu lugar a
uma vareta de madeira, mantendo-se até hoje as crinas de cavalo como o material ideal
para friccionar as cordas, desde que recebam aplicações periódicas de resina em pó ou breu,
que lhe confere aderência, sendo também usados , principalmente pôr iniciantes o nylon,
que embora tenha menor aderência que a crina, tem uma ótima resistência.
Até a época de Corelli, a tensão das crinas era obtida comprimindo-as com o
Polegar contra a vareta, ou interpondo-se os dedos entre esta e as crinas. No inicio do séc.
XVIII, surgiu o parafuso que, no talão, mantém constante a tensão das crinas. Mais tarde,
com FRANCOIS TOURTE (1747-1835), o arco chegou à sua forma definitiva, não só com
relação ao desenho do talão, mas também à curvatura da vareta. Tourte experimentou várias
madeiras, optando pelo pau-brasil como o mais adequado. Até hoje, os grandes fabricantes
de arcos utilizam a madeira brasileira para trabalhos de nível superior. Enquanto cabe à
Itália a supremacia na fabricação do violino, no terreno dos arcos a liderança pertence à
Franca, onde se destacara fabricantes como: TOURTE, PECATTE, VOIRIN,
VUILLAUME, SARTORY, LANY, VIGNERON, LUPOT e outros.
5.0 FÍSICA.
5.1 ACÚSTICA:
É a parte da física que estuda o som. O som pode ser produzido pôr qualquer
corpo capaz de vibrar com freqüência audível (20Hz<f<20.000Hz).
As principais fontes sonoras são:
a) cordas vibrantes: violão, guitarra, piano, violino, etc.
b) tubos sonoros: flauta, clarinete, trombone, órgão de tubo, etc.
c) membrana e hastes: tambores, pratos, xilofones, etc.
Quando você vibra uma corda esticada, ao longo da mesma propagam-se
vibrações transversais que se refletem nas extremidades, dando origem a ondas
estacionárias.
Com a vibração, o meio que envolve a corda passa a vibrar com a mesma
Freqüência da corda e as ondas sonoras se propagam em todas as direções
Os extremos de uma corda vibrante, sendo pontos fixos, formam sempre
nós. Entre esses extremos, ocorre a formação de N ventres.
Quando a corda vibra com um único ventre, ela emite o chamado SOM
FUNDAMENTAL ou 1” HARMÔNICO. Este som é o mais grave que a corda pode emitir,
correspondendo à sua menor freqüência. Quando a corda vibra com dois ventre, o som
emitido é chamado de 2”HARMÔNICO, 2 VENTRES etc.
Ex.:
1 ventre
2 ventres
3 ventres
5.2 RESSONÂNCIA:
Fenômeno pelo qual um corpo sonoro vibra quando é atingido pôr vibrações
sonoras produzida pôr outro corpo.
Todo sistema físico, quando oscila livremente, oscila com uma determinada
freqüência, chamada FREQUENCIA PRÓPRIA. Como exemplo as cordas de um violino
são desenvolvida para oscilar, sobre certa tensão, em uma freqüência própria.
Mas, em virtude da dissipacão de energia decorrente do atrito, a amplitude
das oscilações diminui, eté que a corda volta ao estado de repouso.
Se quisermos que o corpo continue vibrando, precisaremos submetê-lo a
impulsos periódicos, no sentido de seu movimento, de modo a oferecer-lhe uma quantidade
de energia suficiente para compensar aquela que foi dissipada. Se esse fornecimento de
energia ao corpo oscilante tiver freqüência igual a uma de suas freqüências preferenciais, o
corpo acumula energia com eficiência máxima e a amplitude de seu movimento cresce
continuamente. Dizemos então que o sistema fornecedor de energia e o sistema que recebe
a energia estão em ressonância.