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Desafios

Soluções dos problemas do número anterior

1
Cubo de madeira de massa M em atinge o topo do “monte” e então desliza Vi = h/2 até o volume final Vh = h - y
suporte horizontal perfurado na de volta. Seja U a velocidade do “monte” (lembre-se que o tubo tem secção trans-
vertical de baixo para cima por um com o bloquinho momentaneamente pa- versal unitária).
projétil de massa m não deve perder rado em seu topo. A conservação do mo-
contato com o suporte. Tendo em vista mento implica que
que a perda de velocidade do projétil
mv = 4mU → U = v/4, (3)
(Δv = v - u) é pequena comparada com u,
podemos supor que a desaceleração seja enquanto a conservação da energia me-
com boa aproximação uniforme ao atra- cânica nos dá
vessar o bloco, e então a força exercida
pelo projétil no bloco será também cons- . (4)
tante. O tempo necessário para o projétil
atravessar o bloco é após a substituição de U dado pela Eq. (3).
Este valor de v maximizará u. O “monte”
Δt = d/vav = 2d/(v + u).
terminará com uma velocidade ,
O impulso vertical exercido no bloco de acordo com a Eq. (2) após o bloquinho
é igual à perda de momento do projétil: ter escorregado de volta. Curiosamente,
FΔt = m(v – u), ou F = m(v – u)/Δt. Como a Eq. (1) implica que o bloquinho também Supondo o ar como sendo um gás
o bloco não perde o contato com o supor- terá essa mesma velocidade. ideal, temos
te, temos que esta força é igual ao peso PiVi = nRT = PfVf → Ph/2
do bloco, Mg = mΔv/Δt.

3 = (P - ΔP)(h - y).
Cálculo do comprimento de uma (2)
Resolvendo para M e substituindo Δv coluna de mercúrio quando um
e Δt nas expressões acima, determinamos tubo aberto de comprimento h é Mas o balanço de força na coluna de
que a massa mínima do bloco é submerso pela metade em uma cuba de mercúrio como mostrado na figura é
M = m(v2 - u2)/(2dg) = 6 kg. mercúrio e tem seu topo fechado. A pres- P = P - ΔP + ρgy → ΔP = ρgy. (3)
são atmosférica corresponde a uma pres-
Substituindo as Eqs. (1) e (3) na Eq. (2)

2
Bloco de massa m e velocidade v em são de uma coluna de mercúrio de altura
um plano encontra um “monte” de H. A pressão atmosférica é dada por e após rearranjo dos termos, obtemos
massa 3m e altura h em repouso. y2 - (h + H)y + hH/2 = 0. (4)
Calcular o valor de v para que a velocidade P = ρgH, (1)
u do monte seja máxima. Se o bloquinho sendo ρ a densidade do mercúrio (ordina- A solução desta equação deve consi-
sobe o “monte” e depois escorrega para riamente H é aproximadamente 76 cm). derar o sinal negativo na frente do discri-
trás para o plano horizontal terminando Considere o balanço de força na coluna minante uma vez que y < h/2. Assim
com uma velocidade V, da conservação de de mercúrio (de comprimento y a ser de-
momento linear temos terminado) que permanece no tubo (su- . (5)
mv = -mV + 3mu → V = 3u – v, (1) pondo que o mesmo tenha uma secção
enquanto da conservação de energia an- transversal unitária por simplicidade; des- É fácil verificar que esta solução é sem-
tes e depois da colisão, e após a substitui- ta forma pressão é igual a força) após ter pre positiva, para todo valor finito de H. Em
ção de V dado pela Eq. (1) sido puxado para fora do banho de mer- particular os casos limites são: y → 0 se
cúrio. H → 0 (ou seja, experimento feito no vá-
. (2) A pressão do ar aprisionado no espaço cuo) e y → h/2 se H → ∞ (em um meio de
acima do mercúrio decresceu de Pi = P altíssimas pressões). Outros casos limites
Assim, para se obter a maior valor antes do tubo ser puxado para Pf = P - ΔP são: y → 0 se h → 0 (i.e., experimento reali-
para u, necessitamos v o maior possível. após ser retirado, uma vez que o ar ex- zado com um tubo muito curto) e y → h/2
O limite é atingido quando o bloquinho pandiu isotermicamente do volume inicial se h → ∞ (tubo muito longo).

Física na Escola, v. 11, n. 1, 2010 Problemas Olímpicos 47

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