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LEANDRO BIANKATO
20547887
São Paulo
2018
Intervir no Iraque surge como imperativo
HENRY KISSINGER
Nesse sentido, entendo que a estratégia da guerra preventiva possui pelo menos duas
diferenças importantes em relaçaõ ao ataque preceptivo – a primeira, de ordem temporal, visto
que a lógica por trás da iniciaçaõ de uma guerra preventiva é impedir que uma ameaça se
concretize num futuro mais distante, mesmo naõ havendo evidências imediatas de um ataque
inimigo. A segunda diferença refere-se à natureza subjetiva dos indícios que levariam a
efetivaçaõ do ataque.
Sendo assim, a nova estratégia de segurança nacional dos Estados Unidos diferencia-se
da estratégia realista em alguns aspectos, mas mantém a semelhança em outros aspectos. Um
dos pontos de mudança é em relaçaõ a estratégia de ataques preventivos, que contraria a
estratégia de contençaõ . Outro aspecto diferente refere-se a adoçaõ por parte de George W.
Bush de argumentos religiosos, como o uso da palavra ‘‘cruzada’’ para definir a ofensiva contra
o terrorismo, que contraria a separaçaõ entre Estado e Igreja, já defendida por Maquiavel. O
modo de lidar com a anarquia internacional também tem sido diferente da maneira como os
realistas, como Hedley Bull, tratavam esta questaõ .
Os outros aspectos da Doutrina Bush permanecem muito semelhantes à estratégia
realista. O que nos permite concluir que nova estratégia de segurança nacional dos Estados
Unidos diferencia-se da estratégia realista em alguns aspectos, mas naõ em todos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BUSH, George W.. A estratégia de segurança nacional dos Estados Unidos da América.
Política Externa, Saõ Paulo: Editora Paz e Terra, vol. 11, n. 3, 2002/2003, pp. 78 - 113.
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superpower can't go it alone. New York: Oxford University Press, 2002.
MORGENTHAU, Hans J.. Politics Among Nations: The struggle for power and peace.
New York: McGraw-Hill, 1993.
GARCIA, Joaõ Cláudio. Para entender a guerra - A doutrina Bush. Disponiv́ el em:
<http://www.unafisco-poa.org.br/noticia.asp?auto=353>. Acesso em 01/06/2003.
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Terra, vol. 11, n. 3, 2002/2003, pp. 22 – 38.