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HISTÓRIA - MÓDULO 22:

1808: A CORTE NO BRASIL.

1) Contexto político: Europa Século


XIX
França: Napoleão Bonaparte – A política
expansionista
Inglaterra: Maior potência – Concorrente
direta de Napoleão
O capitalismo industrial das duas grandes
potências começa a questionar o
colonialismo ibérico.
Em 1806 – Napoleão não podendo vencer
militarmente a Inglaterra, decreta o
Bloqueio Continental: Nenhum país pode
comercializar seus produtos com a
Inglaterra.
Portugal de Dom João VI fica no fogo
cruzado entre as duas potências
Sem condições de resistir à invasão das
tropas de Napoleão, Dom João VI e a
Corte Portuguesa fugiram para o Brasil,
sob proteção de uma esquadra naval
inglesa.
É o transplante da metrópole para a
colônia
“E a colônia virou metrópole !”
2) A abertura dos portos – 1808
Após seis dias em Salvador Dom João
assinou a abertura dos portos às nações
amigas, ou seja, à Inglaterra, como
cumprimento do acordo firmado com
Portugal para o translado da Corte para o
Brasil.
A Inglaterra necessitava de novos
mercados consumidores para seus
produtos (Inglaterra pós Revolução
Industrial)
Portugal > Dependência Econômica >
Inglaterra
A medida representa o rompimento com o
pacto colonial – Fim do monopólio
comercial da metrópole Brecha para a
autonomia do Brasil
Os beneficiários: Os donos de indústrias,
comerciantes ingleses e elite exportadora
brasileira
3) As inovações de Dom João VI
Criação da Academia Militar e da marinha
As primeiras instituições de ensino
superior
O jardim Botânico
A biblioteca real
A imprensa Régia – Gazeta do Rio de
Janeiro
Fundou o Banco do Brasil – Cobrar e
receber impostos
Academia das Belas Artes - A missão
Francesa no Brasil – promoção da elite
nobre – Chefe: Joaquim Lebreton,
Destaques: Jean- Baptiste Debret e Adrian
Taunay
1. (Unesp 2016) A vinda da Corte com o enraizamento do Estado português no Centro-Sul
daria início à transformação da colônia em metrópole interiorizada.
(Maria Odila Leite da Silva Dias. A interiorização da metrópole e outros estudos, 2005.)

Cite e analise duas medidas determinadas pelo Príncipe Regente D. João, nos anos em que
ficou no Brasil, que tenham contribuído para essa interiorização da metrópole e seu gradual
enraizamento na colônia.

2. (Enem 2ª aplicação 2016) Quando a Corte chegou ao Rio de Janeiro, a Colônia tinha
acabado de passar por uma explosão populacional. Em pouco mais de cem anos, o número de
habitantes aumentara dez vezes.
GOMES, L. 1808: como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta
enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil.
São Paulo: Planeta do Brasil, 2008 (adaptado).

A alteração demográfica destacada no período teve como causa a atividade


a) cafeeira, com a atração da imigração europeia.
b) industrial, com a intensificação do êxodo rural.
c) mineradora, com a ampliação do tráfico africano.
d) canavieira, com o aumento do apresamento indígena.
e) manufatureira, com a incorporação do trabalho assalariado.

3. (Unicamp 2016) A transferência da Corte Portuguesa para o Brasil beneficiou a economia


mineira. O final do século XVIII fora marcado pelo enfraquecimento da mineração. Mas não se
deve imaginar um cenário de decadência. A mineração ocasionou em Minas uma diversificação
econômica e um consequente crescimento populacional sem precedentes. O sul de Minas
adquiriu importância crescente ao produzir gêneros de subsistência para abastecer os centros
urbanos.

(Adaptado de Alexandre Mendes Cunha, Tropeiros em alta.


Revista de História da Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro, v. 28, jan. 2008.
http://rhbn.com.br/secao/capa/tropeiros-em-alta. Acessado em 10/06/2015.)

a) Contextualize a afirmação contida no texto: “Mas não se deve imaginar um cenário de


decadência”.
b) Explique as funções desempenhadas pelos tropeiros na integração política e geográfica do
Sudeste.
4. (Unicamp 2015) Com a partida de D. João VI, permaneceu como regente do reino do Brasil
o príncipe herdeiro. Contrário à ideia de submissão do monarca a uma assembleia, que ele
considerava despótica, mas incapaz de deter o rumo dos acontecimentos, D. Pedro habilmente
se aproximou de uma facção da elite brasileira, a dos luso-brasileiros.
Adaptado de Guilherme Pereira das Neves, “Del Imperio lusobrasileño al imperio del Brasil
(1789-1822)”, em François-Xavier Guerra (org.), Inventando la nación. México: FCE, 2003, p.
249.

Considerando os processos de independência no continente americano,


a) apresente duas diferenças importantes entre o processo de independência no mundo
colonial espanhol e o processo de independência do Brasil.
b) explique a importância dos luso-brasileiros no governo de D. Pedro I e por que eles foram a
causa de diversos conflitos no período.

5. (Pucrj 2015) Analise as afirmativas abaixo que apresentam acontecimentos referidos à


política da Corte portuguesa durante sua permanência no Brasil entre 1808 e 1821.

I. Como expressão da relação de poder assimétrica entre os soberanos britânico e português,


os tratados de 1810 impunham ao governo de D. João no Rio de Janeiro, entre outras
decisões, a limitação do tráfico negreiro intercontinental às colônias de Portugal na África e o
compromisso de abolir gradualmente o trabalho escravo na América portuguesa.
II. A criação do primeiro Banco do Brasil, da Impressão Régia, da Escola de Medicina, das
Academias Militar e de Marinha, do Real Horto, da Real Biblioteca e inúmeras outras
medidas, assim como a conquista da Guiana Francesa e a ocupação da Banda Oriental,
revelavam o projeto político da Corte joanina de “criar um novo império” na América, tendo
como sede a cidade do Rio de Janeiro.
III. Ao revogar o alvará de 1785 que proibia qualquer atividade manufatureira na colônia
americana, com exceção da fabricação de panos grossos para a vestimenta dos escravos, o
Príncipe-Regente D. João propiciou o surgimento de inúmeros estabelecimentos fabris em
diferentes pontos do Reino do Brasil, deflagrando o primeiro grande surto industrial do país,
apesar da permanência do trabalho escravo.
IV. A Revolução Pernambucana de 1817 teve como uma de suas motivações a reação aos
privilégios concedidos por D. João aos comerciantes, burocratas e proprietários de
escravos e terras do Rio de Janeiro e áreas próximas, o que lhes possibilitara prosperar,
acumular poder e ganhar prestígio. Para os revolucionários de 1817, o Rio de Janeiro se
transformara em uma “nova Lisboa”, dominada por “portugueses” que oprimiam os
“brasileiros” de outras partes do Reino do Brasil.

Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II, III e IV estiverem corretas.
e) se somente as afirmativas I, II e IV estiverem corretas.
Gabarito:

Resposta da questão 1:
Podemos citar: (1) abertura dos Portos às Nações Amigas, rompendo o Pacto Colonial, (2)
elevação do Brasil à categoria de Reino Unido ao de Portugal e Algarves, (3) abertura de
escolas de ensino superior, (4) criação da Imprensa Régia, (5) criação da Casa da Moeda, (6)
abertura do Banco do Brasil, dentre outros feitos.

Resposta da questão 2:
[C]

O ciclo econômico anterior à chegada da Corte foi a mineração (século XVIII). Ela foi
responsável por atrair para a Colônia uma série de pessoas em busca de enriquecimento, além
de fazer aumentar o número de escravos coloniais, comprados para fazer a exploração das
minas.

Resposta da questão 3:
a) Apesar da queda da arrecadação do ouro, a Capitania das Minas Gerais manteve seu
fluxo populacional e a diversidade econômica, o que produziu uma economia
agroexportadora, que passou a abastecer Minas, Rio e São Paulo.
b) Os tropeiros foram responsáveis por interligar as Capitanias da região Sudeste em termos
de caminhos, características culturais e economia.

Resposta da questão 4:
a) DUAS DIFERENÇAS: o caso brasileiro foi relativamente pacífico e não contou com a
participação popular.
b) Os luso-brasileiros – ou, simplesmente, os integrantes do Partido Português – deram
sustentação política a D. Pedro, apoiando a sua autoridade, e, por isso, por diversas vezes,
entraram em conflito com o Partido Brasileiro, formado pela aristocracia rural brasileira.

Resposta da questão 5:
[E]

A afirmativa [III] está incorreta porque a revogação do alvará de 1785 não proporcionou o
primeiro surto fabril do Brasil, uma vez que, devido à concorrência britânica, poucas unidades
fabris foram abertas na Colônia.

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