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O acorde sobre o VII grau da tonalidade maior exige um tratamento especial, pois é uma tríade que possui a
“quinta diminuta”.1 Esta nota por provocar um intervalo considerado dissonante deve ser devidamente
“preparada” e “resolvida”.2
1 Em Dó Maior, o VII grau é a tríade com as notas “si-ré-fá”; aquinta entre o “si” e o “fá” é diminuta - a única quinta que não é justa
nas tríades do campo harmônico diatônico do modo maior; assim, o VII grau é o único acorde não perfeito do modo maior!
2 Note que, não é exatamente o VII que é dissonante, sua quinta diminuta (nota “fá” em Dó Maior) é que expressa tal da dissonância.
3 Já que como “quinta”, esta nota “fá” só pode pertencer ao próprio VII grau. O que é o mesmo que dizer que VII não prepara VII.
4 Note também que, o ii grau possui duas notas em comum com o VII (“ré” e “fá”). Já o IV grau possui apenas uma (o próprio “fá”).
Essa exigência “tradicional” da condução de vozes já implica numa consideração “funcional” pois, o que temos aqui resultará sempre
em progressões tipo “SDT”, onde: para a função “Subdominante” poderão ser atribuídos os ii e IV graus, para a “Dominante”
o VII e para a “Tônica” o iii.
5 A quinta diminuta não aparece no baixo porque não estamos usando inversão de acordes. (Ainda!)
6 O movimento descendente “fámi” é usual e aparece sempre que esta nota “fá” é considerada como uma nota de tensão (nota de
Dominante) que deve resolver sobre o “mi” nota de Tônica. Tem gente que fala que o “fá” é uma espécie de “sensível descendente”
para o “mi”! (assim como o “si” é a sensível que prepara o “dó”). Note que essa mesma resolução de dissonância vai aparecer mais à
frente, quando estivermos praticando a resolução do V7.
7 Essa resolução “obrigatória” de “VIIiii”, deve ser entendida apenas como “provisória”, pois, no repertório, o VII se dirige
também para outros graus (como o VI e/ou o I). Esta progressão “VIIIII” deve ser utilizada como uma espécie de progressão
similar àquela de “VI”, onde o VII é um parente funcional do V e, o iii um parente do I. Note que a semelhança (o parentesco)
entre estes graus se dá um pouco pela semelhança de sonoridade (devido a coincidência de notas iguais) e muito pelo uso funcional
que se faz das categorias de Dominante (V e VII) que prepara, ou induz, ou convida a aparição dos acordes da classe de Tônica (I e
iii). Assim, podemos considerar a progressão “VIIiii” como uma espécie de sinônimo cadencial da progressão “VI”. Essa última,
mais conclusiva e definida, deve aparecer mais nos finais das seções, das frases e das músicas. A progressão “VIIiii” se mostra
muito eficiente pelos meios, por seu colorido harmônico contrastivo capaz de sugerir a tonalidade principal de maneira menos
explicita e direta que o seu parônimo “VI”.
Preparação e resolução do VII grau em Modo Maior [ F A Ç A E X E R C Í C I O S A S S I M ] :
Indique quais são os erros de condução de vozes nas seguintes preparações e resoluções do VII grau em modo maior:
Realize as quatro vozes nas seguintes preparações e resoluções do VII grau em modo maior: