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fantasma3"O homem é mortal por seus temores e imortal por seus desejos" - A crença em
fantasmas - Fantasmas geralmente são descritos como: translúcidos, em forma de neblina,
sombras ou emanando uma cor prateada. Algumas vezes manifestam-se visualmente de forma
clara ou através de diferentes fenômenos como movimento de objetos, barulhos etc. que,
pressupostamente, não possuem uma explicação natural. No Ocidente, a crença comum diz que
são almas que não conseguiram encontrar ...
Na China, muitas pessoas acreditam na reencarnação. Fantasmas são almas que recusam
'reciclar-se', porque eles tem negócios não terminados, similar à crença ocidental. E dito que
Exorcistas podem auxíliar um fantasma a reencarnar-se ou eliminar completamente sua
existência. Nas crenças Chinesas, um fantasma, além de estar desencarnado pode também
tornar-se imortal, um semi-Deus, ou pode ir para o inferno e sofrer pela eternidade, ou ainda
pode falecer novamente e tornar-se o fantasma de um fantasma.
Tanto o Ocidente como o Oriente compartilham algumas crenças fundamentais sobre fantasmas.
Eles podem vagar por lugares aonde geralmente viviam, ou aonde faleceram. Tais locais
geralmente são conhecidos como assombrados (e daí surge o falso sinônimo assombração). Não
possuem um corpo físico como os seres humanos, mas geralmente vestem-se com as roupas
com que eram vistos enquanto vivos.
3º Visões de pessoas que ainda estão vivas, que são as aparições de crise.
fantasma2Tem havido muitos casos de aparições do tipo 1, mas não existe qualquer prova de
que essas imagens sejam produzidas por um indíviduo morto que tenta deliberadamente
comunicar com os vivos, como muita gente afirma. Poderá existir algum mecanismo natural
através do qual a energia de um acontecimento ou de uma pessoa possa ser registada no meio
ambiente. As aparições simples efectuam geralmente um conjunto básico de movimentos (e
ocasionalmente sons). Eles parecem estar ligados de alguma forma a um determinado edifício
ou até mesmo uma sala e fazer movimentos repetidos. Um exemplo de um caso destes é o da
"Freira da noite de Fim de Ano".
Este fantasma foi visto pela primeira vez na década de 1930 numa escola feminina em
Cheltenham onde, na noite de fim de ano, uma enfermeira e a diretora viram uma freira sentada
na orla do pátio de recreio da escola. Não hvia qualquer cadeira perto. Na noite de fim de ano
seguinte, as duas viram a mesma mulher na mesma posição. A imagem não interagia com o
ambiente moderno e parecia não ter consciência do fato de estar a ser observada. A freira
estivera sentada numa cadeira em seu proprio tempo, provavelmente numa sala que já não
existia, e parecia ter sido uma forma de imagem do passado, um segmento minúsculo de algum
acontecimento anterior. Este tipo de fantasmas é semelhante a um "filme" cinematográfico,
como se o ambiente tivesse gravado (tirado uma foto) de um acontecimento do passado e em
determinadas condições atmosféricas esta imagem fosse reproduzida.
Uma ideia é que os edifícios (ou o material de que são formadas as paredes) contêm produtos
químicos que podem receber e guardar a informação necessária para produzir a imagem de um
fantasma. Certos edifícios contendo quantidades consideraveis de quartzo são os locais mais
comuns para a geração de aparições. Os fantasmas movem-se, logo tem que haver algo no
ambiente que reproduza o efeito mecânico. Uma possibilidade é a de a energia ser fornecida
pelo indivíduo que vê a aparição, ou ainda a existência de condições atmosféricas invulgares,
uma vez que uma característica nas visões de fantasmas é uma descida súbita de temperatura
antes da aparição. A energia poderá ser extraída do ambiente para processar e projectar a
informação armazenada. Um aspecto interessante dos fantasmas é a ligação com as emoções
humanas, principalmente acontecimentos dramáticos e traumáticos. Os seres humanos
produzem padrões de ondas cerebrais invulgares em momentos de angústia e trauma
emocional.
O "caçador de fantasmas", Andrew Green, que foi notícia de primeira página dos jornais em
1996, quando foi chamado para procurar um fantasma avistado no Royal Albert Hall, afirma que
os fantasmas são projeções criadas pelos próprios indivíduos que os vêem. Ele acredita que os
fantasmas são formas de energia electromagnética entre 380 e 440 milicrons da zona
infravermelha do espectro da luz.
Para o Espiritismo, sempre que efeitos físicos ocorrem sem que se encontre causas físicas para
eles, pode estar se dando um caso de mediunidade inconsciente. Um dos efeitos físicos dessa
natureza que pode acontecer é a visibilidade do perispírito de um espírito desencarnado. Para
que um fantasma apareça é imprescindível que uma ou mais das pessoas presentes seja médium
de efeitos físicos, pois tais são os médiuns que cedem o ectoplasma necessário para que o
perispírito dos espíritos desencarnados possa ser visível. Como, no entanto, grande parte dos
médiuns de efeitos físicos ignora sua mediunidade, geralmente se pensa que os fantasmas
podem aparecer a qualquer pessoa, sendo eles que escolhem a quem aparecer, o que não é o
caso. Se apenas pessoas sem mediunidade de efeitos físicos estiverem presentes, nenhum
fantasma poderá aparecer.
O Espiritismo esclarece que espíritos adiantados jamais assustam ninguém, estando sempre
prontos somente para nos auxiliar. Os espíritos que assustam as pessoas, os chamados
fantasmas, podem ser espíritos sofredores, levianos ou perversos. Os primeiros tentam fazer
contato para relatar suas dores e buscar consolo, os segundos, para se divertir às custas do
medo alheio e os últimos, para levar pessoas ao desespero, por vingança ou puro prazer em ver
os outros sofrerem. Em qualquer dos casos, orienta o Espiritismo que se ore por tais espíritos e
se tente envolvê-los com vibrações de afeto e compreensão.
Por último, é bom lembrar que o Espiritismo também ensina que todo efeito inteligente deve
possuir uma causa inteligente. Assim, uma alegada aparição que não interaja com as pessoas
presentes e que faça apenas movimentos mecânicos repetitivos, mesmo que complexos, ou não
faça movimento algum não é um efeito inteligente, não podendo, portanto, ser um fantasma,
que é a aparição de um espírito, um ser inteligente. Impressões psíquicas deixadas nos
ambientes por eventos passados, por exemplo, podem ser acessadas por médiuns com a rara
habilidade de psicometria, mas, pelo motivo acima exposto, nada têm a ver com fantasmas.
O inspetor de espectros
Andrew Green cuidou de numerosos casos de fantasmas, o que o levou a visitar desde simples
casas alugadas até castelos, incluindo o Royal Albert e o Old Bailey.Em 1972, decidiu dedicar-se a
esta atividade e desde então escreveu quinze livros, editou outros três e realizou um grande
número de conferências e cursos. Seu interesse por fantasmas começou em 1944, quando tinha
apenas 16 anos, depois de um incidente que quase lhe custou a vida.Enquanto estava em uma
conhecida casa mal-assombrada em Ealing, que tinha sido cenário de vinte suicídios e um
assassinato, sentiu um incontrolável impulso de atirar-se do alto de uma torre de vinte metros
de altura.A presença de seu pai impediu a tragédia.
Andrew Green tem um ponto de vista coerente e racional sobre os fenômenos paranormais.Em
sua cômoda casa de campo em Sussex, gentilmente expõe as suas teorias sobre espectros e
fantasmas.
"Em 1944 visitei uma casa abandonada no número16 da Montpelier Road, em Londres.Fui com o
meu pai, que havia solicitado a casa para armazenar móveis de propriedades bombardeadas.A
casa foi construída em 1833 e, desde sua construção até 1934, aconteceram 20 suicídios e um
assassinato. Todas essas mortes aconteceram no alto de uma torre de vinte metros de altura."
"No alto da torre senti um forte desejo de sir pela janela e ir para o jardim. Tinha a convicção
absoluta de que nada iria me acontecer.Já estava com uma perna para fora quando senti uma
mão no meu pescoço e ouvi meu pai dizendo: "Que diabos você está fazendo?".Ao sair, me virei
e tirei uma fotografia da casa vazia."
O que havia na fotografia? "Quando fui buscar as cópias, o balconista me perguntou: "Quem é a
garota na janela?". Pensei que tratava-se de um engano.Sabia que a casa estava vazia.
Posteriormente descobri que, em 1886, uma garota de 12 anos chamada Anne Hinchfield, havia
caído da torre.Então pensei: "Ora, então quer dizer que eu tirei uma foto de um fantasma?"
O senhor comprovou tudo isto?
Enviei a cópia, o negativo e a câmera para a Kodak.Recebi uma carta muito atenciosa na qual me
comunicaram que a foto era autêntica e que tinha passado nos testes.
"A câmera não devia ter nada diante da lente e deveria usar-se um filme especial :
Verichrome.Eu tinha cumprido tais condições, tanto é que, a emulsão fotográfica pôde registrar
uma imagem entre 380 e 480 milimicrômetros da região do espectro eletromagnético.Portanto,
pensei que esta era a fórmula para fotografar fantasmas.Enviei todo material para a Ilford para a
sua comprovação. Recebi uma resposta parecida, mas com uma nota no final: "Se tivesse sido
usado o filme Ilford, a imagem teria sido bem melhor".
Minha imaginação?
Não.É formada por energia eletromagnética compreendida entre os 380 e 440 milimicrômetros
da região infravermelha do espectro.Esta imagem se transfere ao último lugar onde foi vista e
pode ser reproduzida por pessoas especialmente sensíveis, como os videntes.Os fantasmas
podem ser vistos, normalmente, de 25 a 35 segundos, porque este é o tempo em que a mente
de uma pessoa fica confusa depois de tomar conhecimento de más notícias.
Normalmente isto só ocorre quando alguém morre súbita ou inesperadamente.Se fosse de outro
jeito, os campos de batalha estariam repletos de fantasmas.Isto não ocorre porque a morte na
guerra é normal. Até hoje não encontrei nenhum fanstasma que tenha morrido de forma
pacífica e previsível.
Trata-se do fenômeno poltergeist, que é produzido pela energia psicocinética gerada pelo medo
ou ansiedade.É bem diferente das imagens de fantasmas, que são totalmente inofensivas.
fanta3Só existiu um professor nos anos 60, que me levou a sério.Realizou várias experiências em
laboratório sem obter nehuma resposta.Enviei a ele, as cartas da Kodak e da Ilford, assim como
algumas fotografias da NASA com aviões, automóveis e outro veículos que não estavam ali na
hora em que a câmera foi disparada. Sugeri que instalassem um equipamento de teste em um
lugar considerado assombrado.Desde então não obtive mais respostas. Fora o Albert Hall, quais
foram os outros lugares famosos que o senhor já investigou? No Old Bailey, tudo que pude
assegurar é que alguns funcionários oviram ruídos e passos inexplicáveis em uma área próxima a
um antigo muro romano.Aparentemente, isto ocorria perto da parede em que ficavam alguns
criminosos quando recebiam sua sentença de morte.Investiguei também o Theatre Royal, em
Drury Lane, no qual uma atriz tinha visto uma apariçaõ que passava por um vestiário.
Primriro me reuno com as testemunhas e me asseguro de que tipo de pessoas que são.Averiguo
os detalhes do incidente pelo qual passaram.Peço permissão para falar com o médico da família,
se julgar necessário.
Vou ao lugar onde ocorreram os fatos.Ás vezes, registro eletricidade estática ou uma queda na
temperatura.No Albert Hall, houve um aumento de temperatura que não podia ser explicado
por romper todas as regras.Cheguei à conclusõa de que se tratava de um fantasma que me
enviava uma menssagem: "Depende de você.O que você quer fazer?".A maioria das pessoas é
feliz deixando-o assim.Os fantasmas não fazem nada.
O equipamento de detecção básico:o bom senso e senso de humor. Em outros casos, costumo
levar um gravador de alta freqüência, um termômetro digital, um relógio, uma fita métrica para
medir a que distância são produzidos os ruídos e uma câmera.Estes aparelhos às vezes falham
devido à formação de cargas estáticas.Por isso também carrego um aparelho que mede a
eletricidade estática dispersa.
A maior parte dos cientistas diz que o fenômeno dos fantasmas não passa de uma visão
psicológica inconsciente, que pode acontecer sem sequer estarmos a pensar nisso, o que é raro,
sendo mais freqüente estarmos com um medo incontrolável quando tal ocorre, o que se dá,
normalmente, quando visitamos casas assombradas, casas de banho em mau estado e vazias ou
jardins e florestas sombrios. Em tais situações, nosso medo é tão grande que,
inconscientemente, criamos uma situação psicológica que nos assusta (podemos ver sombras ou
pessoas mortas em corpo real). Também acontece, freqüentemente, quando estamos em uma
casa dita assombrada onde existe um espelho, de, ao olharmos para o espelho, vermos nele uma
pessoa morta que parece real.
Análise cética
Enquanto alguns aceitam fantasmas como uma realidade, muitos outros são céticos com relação
a existência de fantasmas.
Segunda, a possibilidade de um hoax ou con será considerada, com a narração da pessoa que é a
vítima. Parece possível que, algumas vezes, o conto de histórias de fantasmas pode ter sido uma
maneira de isolar comunidades e espantar intrusos. Também é acreditado que tais táticas
podem ter sido elaboradas por membros da comunidade que se fingiam de fantasma (no
entanto , outra vez a generalização é desaconselhada).
A natural ocorrência do infra-som, que são sons abaixo das freqüências auditivas humanas
(abaixo 20 hertz), pode provavelmente explicar a noção ou a sensação de uma presença em um
ambiente ou inexplicáveis sentimentos de ansiedade e pavor, como certas freqüências
infrasônicas são conhecidas por gerar tais efeitos no corpo. A freqüência de 18hz é conhecida
por causar vibração no olho humano, o que pode gerar a aparição de formas pálidas na visão
periféfica.
Fatores psicológicos são também citados como explanações para a visão de fantasmas: pessoas
sucetíveis podem ser sujeitas a exagerar interpretações de percepções quando visitando um
determinado local no qual ocorreram desprazeirosos eventos históricos.
Há uma vertente de pensamento que diz que o fantasma não seria necessariamente uma alma
ou um ser desincorporado, mas sim uma "impressão psíquica no ambiente (comumente
chamado Éter)" em que essa impressão seria de momentos antes da morte ou apenas um
momento marcante para determinada pessoa que ficaria gravado na localidade. Assim sendo,
um fantasma, de acordo com essa crença, não teria noção das mudanças ocorridas ao seu redor
e também não perceberia a presença de terceiros, impossibilitando assim de se comunicar com
eles e de ser contatado. Essa seria um diferença em relação aos espíritos, que teriam sim, noção
do mundo ao seu redor, afetando-o.
Fantasmas famosos
Histórias de fantasmas são comuns a todos os povos do mundo, mas nenhum demonstrou tanto
interesse pelo assunto como os britânicos. Com suas incontáveis lendas sobre espectros que
assombram famílias por gerações, lugares e castelos mal-assombrados, as ilhas britânicas
tornaram esse assunto uma tradição local tão forte quanto a monarquia ou o chá das cinco. Os
fantasmas estão de tal forma incorporados à cultura inglesa que suas irrupções em peças de
Shakespeare, como Macbeth ou Hamlet, não causam estranheza a ninguém.
Um dos locais mais famosos pelos seus fantasmas é a Torre de Londres, que é descrita como
assombrada pelos seguintes fantasmas:
• O fantasma sem cabeça de Anne Boleyn – segunda esposa do rei Henrieque VIII que ficou
muito tempo presa na Torre de Londres e foi executada em 1536, sob a falsa acusação de
adultério. Desde então muitas pessoas dizem ter visto um fantasma caminhando pela casa da
rainha, onde passou sua última noite na terra antes de ir para a Torre Verde e ser executada. Até
uma música antiga sobre ela fala de um fantasma que carrega a cabeça debaixo do braço. Pode
ser apenas uma fábula, mas várias sentinelas do lugar dizem ja ter ouvido passos e visto um
fantasma sem cabeça. Em 1864, uma das sentinelas desafiou o fantasma e atravessou-o com sua
baioneta, mas ele simplesmente continuou andando sem se alterar. O homem desmaiou de
medo e foi a julgamento na corte marcial. No entanto, várias outras sentinelas confirmaram ter
visto o fantasma e o réu foi finalmente absolvido.
• O fantasma de Lady Jane Grey. Uma lutadora e transgressora que tentou provocar um aborto
real para poder usurpar o trono e tornar-se rainha da Inglaterra, o que nao conseguiu e isso lhe
custou a vida. Lady Jane encarcerada e torturada na Torre Martin, em 12 de fevereiro de 1554,
foi decaptada na esplanada que se encontra que se encontra diante da torre. Ela foi prometida
ao rei Eduardo VI, mas ele morreu prematuramente. Entao ela foi casada a força com Guildford
Dudley. Mas eles nao reinaram muito tempo,pois 15 dias depois foram levados a prisão. Com
apenas 15 anos Lady Jane Grey foi decaptada com Guildford, que foi decaptado depois.
• O fantasma de Sir Walter Raleigh. Ele passeia ao longo das muralhas num percurso ja
conhecido como o Passeio de Raleigh.
• Margareth Pole, Condessa de Salisbury. Ela foi decaptada nos seus 70 anos por vingança, por
ordem de Henrique VII. No dia de sua execução ela resistiu e fugiu. Encurraralamram-na na Torre
Verde e o seu carrasco a derrubou com várias machadadas, que a fizeram morrer com muito
sofrimento. Diz-se que seu espírito aparece todos os anos, no dia de sua morte, na torre
verde...e a mesma cena horrivel se repete.
É dito que muitos outros fantasmas habitam a Torre de Londres; tropas de fantasmas foram
vistas muitas vezes lá, bem como a Dama de luto, sem face.
A Casa Branca em Washington, DC é dita ter sido assombrada pelo fantasma de Abraham Lincoln
e por muitos outros espectros.
Na descrição bíblica da Bruxa de Endor, o Rei Saul de Israel chama a bruxa para conjurar o
fantasma do profeta Samuel e consultá-lo a respeito de uma situação precária. O suposto
espírito do profeta não oferece assistência ao rei e, ao invés, blefa, anunciando sua morte. Saul,
amedontrado com essas palavras acaba cometendo suicídio.
Trace V. Wilson - Há vários anos, fiquei num pequeno apartamento junto de uma cabana. A
propriedade ficava longe das luzes da cidade e, em noites claras, as sombras eram um pouco
fantasmagóricas. Algumas vezes, principalmente nas noites escuras do outono e do começo do
inverno, eu tive a estranha sensação de que não estava sozinho.
Numa noite em que eu estava no apartamento, ouvi uma pancada abafada, que parecia vir de
dentro da cabana. Normalmente eu teria desconsiderado o som, em razão de o prédio ser
centenário, mas era uma noite assustadora e eu já tinha visto o terreno ao redor da cabana
afundar depois de escurecer. Depois de ouvir o som várias vezes, comecei a me perguntar se
estava acontecendo algo sobrenatural, mas não tive coragem de ir ver.
Na manhã seguinte, ouvi o mesmo som enquanto estava do lado de fora e, quando me virei para
ver o que era, vi uma maçã rolando pela grama. Para provar a teoria, peguei a maçã e a larguei.
O som era idêntico ao que havia me assustado na note anterior.
Durante o dia, vendo as maçãs caídas embaixo da árvore, a idéia de achar que a cabana era
assombrada parecia tola, mas noites escuras e prédios velhos podem fazer que mesmo as
pessoas mais céticas se questionem sobre a existência de fantasmas. Segundo uma pesquisa
Gallup de 2005, mais de um terço dos americanos acreditam que casas podem ser assombradas
e aproximadamente 32% acreditam especificamente em fantasmas.
Para os que acreditam, um fantasma é o espírito de uma pessoa morta que pode ainda não ter
ido para o "além-vida" ou que tenha voltado de lá. A definição de "espírito" pode variar. Alguns o
descrevem como a alma de uma pessoa, ao passo que outros acreditam que seja a impressão
energética que uma pessoa deixa no mundo.
Os seres humanos acreditam (ou não) em fantasmas há milhares de anos. Eles são mencionados
até na obra literária mais antiga que se conhece, "A Epopéia de Gilgamesh". Histórias de
fantasmas fazem parte do folclore da maioria das culturas, embora os detalhes variem muito em
cada região.
Algumas histórias sobre fantasmas envolvem aparições visíveis, restritas a lugares ou famílias
específicas. Esses fantasmas normalmente aparecem como um aviso de que alguém irá morrer.
Eles não são todos humanos: alguns tomam a forma de animais. Semelhantemente, alguns
registros de fantasmas envolvem aparições que informam amigos ou membros da família sobre
mortes recentes ou crises iminentes. Alguns pesquisadores da paranormalidade classificam isso
como uma forma de telepatia em vez de um fantasma real.
Outros fantasmas foram relatados como sendo os espíritos de pessoas que morreram de forma
violenta ou repentina. Eles podem reconstituir suas mortes ou tentar se vingar. Por exemplo:
algumas pessoas acreditam que as Luzes Marrons da Montanha da Carolina do Norte (luzes
piscantes que aparecem no declive da montanha) sejam os espíritos dos americanos nativos que
morreram em guerras. Algumas vezes as reproduções fantasmagóricas de objetos inanimados,
como navios naufragados ou carros batidos, reaparecem depois de acidentes ou tragédias.
Finalmente, há os fantasmas que estão por aí porque se negam a ir embora ou não conseguem
deixar a Terra. Pesquisadores da paranormalidade normalmente se referem a esses fantasmas
como espíritos materiais. Um fantasma material pode assombrar um lugar específico, como a
casa onde vivia, o lugar que mais gostava de visitar ou o lugar onde morreu. Ele pode estar
tentando passar uma mensagem para amigos ou entes queridos para completar uma tarefa que
começou em vida ou para se agarrar a sua casa ou seus pertences. Alguns pesquisadores e
médiuns dizem serem capazes de encorajar tais espíritos a se desamarrarem dos nós que os
prendem à Terra e irem para o mundo espiritual.
Para muitas pessoas, ver, ouvir ou sentir um fantasma é o suficiente para provar sua existência,
mas pesquisadores encontraram várias explicações possíveis para fenômenos comumente
atribuídos a fantasmas.
Explicações da ciência
fantamag
Richard Wiseman, da Universidade de Hertfordshire, estuda o fenômeno da assombração na
Grã-Bretanha. Ele tem estudado lugares considerados assombrados, como a Haunted Gallery, no
Hampton Court Palace, a Edinburgh Vaults e o Mary King's Close. Primeiro ele consultou
registros escritos e entrevistou funcionários para determinar exatamente onde, em cada lugar, as
pessoas registraram ocorrências de fantasmas. Depois ele pediu que os visitantes
documentassem suas experiências e registrassem qualquer coisa fora do comum.
Seus resultados têm sido bastante consistentes: as pessoas registram mais experiências
estranhas nas áreas onde outros já passaram por fenômenos incomuns no passado. Em outras
palavras, as pessoas têm mais experiências fantasmagóricas nos lugares que parecem ser os
mais assombrados, o que é verdade, independentemente de as pessoas conhecerem ou não a
área previamente ou sua história fantasmagórica. Entretanto, as pessoas que dizem acreditar em
fantasmas ou que já souberam de alguma ocorrência sobrenatural num lugar específico relatam
acontecimentos estranhos com mais freqüência.
Essas descobertas podem dar base à idéia de que um prédio pode ser assombrado. Os projetos
de But Weisman também envolveram a procura pela fonte dos fenômenos aparentemente
paranormais. Além de reunir registros de acontecimentos estranhos, ele avaliou as condições
físicas de cada lugar assombrado. Ele e sua equipe usaram instrumentos para medir luz,
umidade, som e campos magnéticos, e suas medições sugeriram que os sinais de que um prédio
é assombrado normalmente têm uma causa racional, física. O site The ghost experiment (em
inglês) inclui resumos de várias das experiências de Weisman.
Outros pesquisadores usaram métodos parecidos para tentar determinar as causas de uma
ocorrência fantasmagórica. Embora ninguém tenha provado conclusivamente que fantasmas não
existem, os pesquisadores propuseram um número de explicações alternativas sobre causas
físicas ou psicológicas para as experiências estranhas. Algumas são simples: as pessoas podem
ter alucinações ou confundir reflexos, sombras e barulhos indefinidos com fantasmas. Outras
teorias são mais complexas. Seguem alguns exemplos.
Pesquisadores médicos também estudaram os efeitos dos campos elétricos no cérebro humano.
O estímulo elétrico no giro angular do cérebro, por exemplo, pode causar a sensação de haver
alguém atrás de você, imitando seus movimentos. O estímulo elétrico para diferentes partes do
cérebro também causou alucinações ou experiências de quase morte.
fantacerebro
Temperatura
Pesquisas demonstraram que as ondas sonoras de baixa freqüência, conhecidas como infra-som,
podem causar fenômenos que as pessoas normalmente associam com fantasmas, o que inclui
sensação de nervosismo e desconforto, bem como a sensação de alguma presença no ambiente.
As ondas sonoras também podem fazer os olhos dos seres humanos vibrarem, causando a
visualização de coisas que não estão lá. Normalmente essas ondas têm freqüências menores de
20 Hz; portanto, são muito baixas para que as pessoas realmente as percebam. Em vez de
perceberem o som em si, as pessoas percebem seus efeitos.
Algumas vezes os pesquisadores conseguem localizar a fonte do som. O artigo "The Ghost in the
Machine", de Vic Tandy e Tony Lawrence, descreve uma onda imóvel de baixa freqüência
produzida por um ventilador. A onda sonora desapareceu depois que os pesquisadores
mudaram o ventilador de lugar. Quando a onda se dissipou, o mesmo aconteceu com os
sintomas de assombrações no prédio. Você pode aprender mais sobre infra-som no site
Infrasonic (em inglês).
Por outro lado, em seu relatório sobre Indicadores de Ciência e Engenharia, a National Science
Board (NSB - Junta Nacional de Ciência) declara que a crença na paranormalidade pode ser
perigosa. Segundo a NSB (em inglês), acreditar na paranormalidade é um sinal de diminuição na
capacidade de pensar em coisas importantes e de tomar decisões diárias. De qualquer forma,
uma vez que é virtualmente impossível provar que algo não existe, as pessoas provavelmente
continuarão acreditando em fantasmas e em casas assombradas, principalmente pelo fato de
ocorrências inexplicáveis poderem acontecer a qualquer momento.
Os Caça-fantasmas
Provavelmente, você mal leu o título deste artigo e já lembrou da música característica: "There's
something weird, and it don't look good. Who you gonna call?..." Muitos conhecem a versão de
Hollywood da caça aos fantasmas, que ficou famosa no filme "Os Caça-Fantasmas". Mas para
muitas pessoas caçar fantasmas não é motivo de piada. Como são os caça-fantasmas da vida
real? Será que eles caçam os fantasmas e os dominam? Será que eles atiram com feixes de
prótons, dirigem uma ambulância personalizada ou chegam em casa depois de um dia duro de
trabalho cobertos por uma gosma verde? Neste artigo, encontraremos alguns caça-fantasmas da
atualidade, descobriremos o que fazem e veremos que ferramentas usam no seu trabalho.
Apresentando os caça-fantasmas
fantarandy
Mesmo que a carreira ligada ao cumprimento da lei não o coloque em contato com fantasmas,
Randy Liebeck utiliza o interesse pelo sobrenatural na investigação de relatos de assombrações
após o horário de trabalho. Ele prestou consultoria a diversos shows de TV e escreveu para as
revistas Fate (em inglês) e Unknown (em inglês). Liebeck investigou assombrações em todo
território americano usando uma ferramenta de tecnologia crescente para encontrar e captar
um fantasma real.
fantajoe
O que é um fantasma?
Por que estes espíritos têm tanta dificuldade de alcançar ou permanecer na vida após a morte?
Aqueles que acreditam em fantasmas falam em "missão inacabada" da vida do falecido. Uma
morte violenta ou traumática é mais uma razão atribuída para as assombrações. Em alguns
casos, as pessoas parecem ter estabelecido vínculos tão sólidos com algum lugar específico em
vida que o seu espírito retorna para lá após a morte.
Um dos tipos mais famosos de fantasma parece não envolver os espíritos dos mortos. Especula-
se que os poltergeists (palavra alemã que significa "espírito que bate à porta") é o resultado da
energia telecinética expelida por pessoas zangadas ou frustradas. Muitas vezes, os adolescentes
na fase da puberdade constituem o foco dos ruídos e objetos em movimento, que são a marca
da atividade dos poltergeists.
O outro tipo de fantasma pode ser classificado como entidade diabólica. Aqueles que aceitam a
religião e mitologia judaico-cristã acreditam que algumas assombrações são provocadas por
demônios ou pelo próprio Satã. Às vezes, estes demônios "se apossam" de uma pessoa viva.
Uma variante dessa tradição diz que a melhor maneira de se livrar destas assombrações é
através do exorcismo, um ritual religioso específico que tem por objetivo banir os demônios.
É claro que esta conversa sobre fantasmas supõe que eles são reais, e suposições não têm
espaço em investigações importantes. As investigações sobre caça-fantasmas não são exceção.
A primeira coisa que você precisa saber sobre os caça-fantasmas da vida real é que eles não
gostam da expressão "caça-fantasmas". Para realmente caçar um fantasma, você precisaria de
duas coisas:
O problema real do caça-fantasma é comprovar os dois aspectos acima citados. Assim sendo, o
que existe são ocorrências inexplicáveis que parecem ter origem paranormal. Estas ocorrências
podem ser investigadas, e em muitos casos as causas podem ser determinadas. Muitas vezes, os
fantasmas são "caçados" quando o investigador descobre que uma janela mal fechada estava
causando a corrente de ar ou que o reflexo das luzes dos automóveis eram as luzes estranhas
que se moviam em um quarto escuro. Então, ao invés de caça-fantasma, eles preferem ser
chamados de "investigadores paranormais".
Em 1972, Joe Nickell conduziu sua primeira investigação em uma casa mal assombrada. O vigia
de uma velha hospedaria chamada Mackenzie House em Toronto, Ontário, relatou ter ouvido
passos pesados na escadaria tarde da noite, misteriosa música de piano e uma aparição que
surgiu para a sua mulher enquanto estava deitada na cama. Finalmente, uma fotografia do piano
mostrou uma mancha branca inexplicável no primeiro plano.
Após entrevistar todos os funcionários, Nickell encontrou um guia turístico que relatou ter
ouvido os passos também durante o dia. Ao examinar a escadaria, Nickell descobriu que ela
passava ao longo de uma parede externa. Do lado de fora, ele encontrou um prédio antigo
compartilhando aquela parede. Uma rápida entrevista com o vigia do outro prédio revelou a
existência de uma escadaria paralela à da Mackenzie House. Uma equipe de limpeza que
trabalhava tarde da noite foi a explicação para os passos. A esposa do vigia da outra casa
tocando piano foi a explicação para a "misteriosa" música de piano. Mas e a fotografia? E a
aparição?
Um fotógrafo profissional analisou a foto e revelou que um flash foi usado. As folhas brancas
sobre o piano refletiram o flash, criando a estranha mancha.
Ver uma aparição enquanto se está na cama é uma experiência comum, conhecida como sonho
acordado ou transe hipnogógico. A testemunha pode acordar e descobrir que o seu corpo está
completamente paralisado. As pessoas que sonham e acordam freqüentemente percebem um
ou mais vultos se movendo em volta delas. As obscuras causas psicológicas e fisiológicas destes
transes não são bem compreendidas, mas eles foram bastante documentados. No final, Nickell
concluiu que, de fato, a casa não estava mal assombrada.
fantaequipamento
Um dos dispositivos mais usados na caça aos fantasmas é o detector EMF, às vezes conhecido
como medidor TriField. Estes dispositivos detectam flutuações nos níveis de energia magnética,
elétrica e de rádio/microondas. Alguns investigadores especularam que leituras anômalas nestes
campos de energia são sinais de fantasmas.
De acordo com Joe Nickell, o uso destes equipamentos é desnecessário e não científico. "Por que
temos que levar os detectores EMF quando nem temos evidência científica de que eles
detectam fantasmas?"
Nickell não gasta muito tempo tentando obter fotos de fantasmas ou gravações de áudio de suas
vozes. Ao invés disso, ele leva sua máquina fotográfica, os questionários, um notebook e um
gravador para as entrevistas. Ele também mantém à mão um kit de evidências forenses caso
apareçam evidências físicas de fantasmas. Uma vez ele investigou uma fazenda do Kentucky
onde uma porta supostamente gotejava sangue quando chovia. Ele recolheu um pouco da
substância na porta, e a análise mostrou se tratar de ferrugem e de outros materiais do telhado
que desciam com a água da chuva.
O método científico
fanta2Os clubes e sociedades de caça aos fantasmas despontaram por todo o mundo. Não há
regulamento governamental de caça fantasmas, muito menos algum grupo que fiscalize as suas
atividades. Quase todos estes grupos são amadores, e poucos praticam o método científico.
"Muitos destes grupos são sérios e se esforçam honestamente para contribuir", disse Liebeck.
Entretanto, muitos deles "não estão conduzindo as pesquisas verdadeiras ou avaliando
imparcialmente as evidências, mas aparentemente já decidiram qual é a 'verdade' e estão
promovendo a sua crença. Oscilar um magnetômetro diante da TV e anunciar 'Eles estão aqui!'
ou fotografar um feixe de partículas de poeira iluminadas pelo flash e exclamar que 'As órbitas
estão desapontadas com as nossas vibrações negativas' não constitui uma investigação".
Liebeck aponta que muitos caçadores de fantasmas estão andando para trás. Eles conduzem
investigações com a idéia fixa e dogmática de que fantasmas existem. Durante o curso de uma
investigação, eles irão interpretar quase tudo que encontram como uma evidência de um
fantasma real. Leituras eletromagnéticas, pontos frios ou anormalidades fotográficas, tudo isso
representa fenômenos fantasmagóricos adicionais, mas os caça-fantasmas nunca consideram
outras soluções mais terrenas. Eles começam com a resposta na qual desejam chegar antes de
iniciar a investigação.
Por outro lado, o método científico não possui uma solução pré-determinada para os problemas
paranormais. Caça-fantasmas como Joe Nickell não objetivam nem a legitimação e nem a
ridicularização de cada caso de assombração que encontram. Ao invés disso, um investigador
paranormal examina a evidência em si e depois tenta descobrir para onde esta evidência o leva.
No caso de Joe Nickell, as evidências nunca o levaram a um fantasma real.