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TOPOGRAFIA I
2014
SUMÁRIO
2
3.9 REPRESENTAÇÃO ................................................................................................................................. 24
4 MÉTODO DA POLIGONAÇÃO ......................................................................................25
4.1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 25
4.2 DISTÂNCIAS............................................................................................................................................ 25
4.3 ÂNGULOS E POLIGONAIS ................................................................................................................. 26
4.3.1. Medida de ângulos......................................................................................................................... 26
4.3.2 Amarração das Poligonais ............................................................................................................ 27
4.4 ERRO ANGULAR .................................................................................................................................... 29
4.4.1 Verificação do erro angular .......................................................................................................... 29
4.4.2 Tolerância para o erro angular .................................................................................................... 30
4.4.3 Compensação do erro angular ................................................................................................... 30
4.5 AZIMUTES ............................................................................................................................................... 31
4.5.1 Transporte de azimutes ................................................................................................................. 32
4.6 PROJEÇÕES ............................................................................................................................................. 33
4.7 ERRO LINEAR ......................................................................................................................................... 33
4.7.1 Verificação do erro linear .............................................................................................................. 33
4.7.2 Tolerância para o erro linear ........................................................................................................ 35
4.7.3 Compensação do erro linear ....................................................................................................... 35
4.7 COORDENADAS .................................................................................................................................... 37
4.8 ÁREA.......................................................................................................................................................... 37
4.9 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA .............................................................................................................. 39
5 DIVISÃO E DEMARCAÇÃO DE TERRAS .......................................................................40
5.1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 40
5.2 DIVISÃO E DEMARCAÇÃO AMIGÁVEIS ........................................................................................ 41
5.3 DIVISÃO E DEMARCAÇÃO JUDICIAIS ........................................................................................... 41
5.4 DIVISÃO DE TERRAS PELO MÉTODO ANALÍTICO .................................................................... 42
6 ÁREAS EXTRAPOLIGONAIS ..........................................................................................44
6.1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 44
6.2 CÁLCULO DAS ÁREAS EXTRAPOLIGONAIS ................................................................................. 45
6.2.1 Método dos trapézios .................................................................................................................... 45
6.2.2 Método dos triângulos .................................................................................................................. 46
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................48
3
1 INTRODUÇÃO À TOPOGRAFIA
1.1 DEFINIÇÃO
1.2 FINALIDADE
1.3 IMPORTÂNCIA
4
esgoto, planejamento, urbanismo,
paisagismo, irrigação, drenagem, cultura,
1.4 HISTÓRIA
5
Novo avanço teve a arte dos levantamentos com a expansão do império romano.
Foram desenvolvidos novos métodos práticos, cujo melhor tratado nessa matéria foi de
Frontinus (100 d. C.), sendo que permaneceu de modelo padrão por vários anos.
A habilidade de engenharia dos
(MARQUES, 1998).
6
1.5 DIVISÃO
A Topografia pode ser dividida em duas partes Topometria e Topologia.
1.5.1 Topometria
1.5.1.1 Planimetria
É a parte da topometria que estuda os
levantamentos no plano horizontal, ou seja,
1.5.1.2 Altimetria
7
1.5.2 Topologia
É a parte da Topografia que estuda a
2.1 LEVANTAMENTO
São operações realizadas percorrendo o
etapas.
2.2 CÁLCULO
2.3 DESENHO
as normas da ABNT.
8
3 MÉTODO DA IRRADIAÇÃO
3.1 INTRODUÇÃO
os vértices do polígono. O local da estação deve ser um ponto onde sejam visíveis todos
os vértices do polígono. A estação pode estar dentro (Figura 1a) ou fora do polígono
(Figura 1b).
Figura 1 – Medição dos ângulos feita por um equipamento locado dentro (a) e fora (b) de
um polígono.
que não haja construções que impossibilitem a visibilidade dos vértices. Em caso de
áreas maiores podem-se fazer irradiações múltiplas, isto é, com duas ou mais estações
ou polos, basta apenas que estejam interligadas entre si através das distâncias e dos
ângulos horizontais.
9
3.2 DISTÂNCIAS
As distâncias são divididas em distância inclinada e distância horizontal. A
distância inclinada (Figura 2a) é medida entre dois pontos, em planos que seguem a
inclinação da superfície do terreno. A distância horizontal (Figura 2b) é a distância
medida entre dois pontos, no plano horizontal. Este plano pode passar tanto pelo ponto
A, quanto pelo ponto B em questão.
10
Figura 4 – Ângulo horizontal.
11
3.3.1.3 Poligonal fechada
A mais utilizada planimetria por irradiação parte de um ponto com coordenadas
conhecidas e retorna ao mesmo ponto (Figura 7). Sua principal vantagem é permitir a
verificação de erro de fechamento angular.
cálculo do polígono, são visados os vértices do mesmo, a soma dos ângulos devem
resultar em 360 graus. Porém a campo esse fato é quase impossível de acontecer devido
aos vários fatores que contribuem para o erro de fechamento angular (Figura 8).
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Este erro não pode ser desprezado, pois resulta em um erro de cálculo das
coordenadas do polígono e, consequentemente, na área em questão. O erro de
Eα α
Eα erro angular
α somatório de todos os ângulos
Segundo a NBR 13.133 (ABNT, 1994) existe uma tolerância para o erro de
fechamento angular, ou seja, se o erro não ultrapassar a tolerância o levantamento pode
seguir os próximos passos. A tolerância angular (Tα) pode ser calculada pela expressão
Tα p.√
Tα tolerância angular
p = precisão angular do equipamento utilizado para levantamentos de alta precisão ou
º1’ para demais levantamentos topográficos
N = número de vértices da poligonal
elimina o erro, mas somente distribui-o em função do tamanho do ângulo visado. Este
método é chamado de método da amplitude angular que fornece as correções
angulares (Cα):
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αn . Eα
αn
αn = correção angular
αn = ângulo lido
Eα = erro angular
αcn αn αn
assumindo como novo erro angular a diferença entre 360° e a soma dos ângulos
compensados.
3.4 AZIMUTES
Azimute é o ângulo que o Norte forma com uma linha reta entre dois pontos. É
projetado no plano horizontal e tem as seguintes características: é um ângulo
14
Figura 9 – Representação dos azimutes e os quadrantes do plano cartesiano.
ser conhecido. O primeiro azimute pode ser obtido, basicamente, por dois métodos:
bússola ou duas coordenadas conhecidas.
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magnético relativamente fraco. A força desse campo magnético possui um componente
horizontal na direção do norte magnético.
Norte magnético. Ela varia com a posição geográfica e com o Datum utilizado. Como
vimos antes, o Norte magnético está em constante mutação, portanto, ao realizar
qualquer medição com bússola, é conveniente que fique registrado a data da medição,
para que em uma data futura possa se atualizar esta direção.
também através do NGDC (National Geophysical Data Center) que pertence ao NOAA
(National Oceanic and Atmospheric Administrator) do Governo dos Estados Unidos pelo
site http://www.ngdc.noaa.gov/geomag-web/.
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Figura 11 – Carta Magnética do Brasil para o ano de 2012.
direções ao Norte cartográfico são paralelas entre si. Podemos calcular o azimute
cartográfico através da convergência meridiana (c).
c . sen
c = convergência meridiana
= diferença entre a longitude do ponto e a longitude do meridiano central
= latitude do ponto
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3.4.2 Conversão de azimutes
Sabendo-se a convergência meridiana (c) e a declinação magnética (d), podemos
A A c
A A d
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3.4.3 Obtenção dos azimutes
Como foi dito antes temos basicamente duas formas de obter o primeiro azimute
que possibilitará calcular os demais. Uma delas é com a utilização de uma bússola que
fornecerá o Azimute magnético que permite calcular os Azimutes verdadeiro e
1 1
A 1 . [1 ( . sgn( )) ( . sgn( ) . sgn( ))] arctg
A n (A n1 αcn)
Az = azimute
αc ângulo compensado
se (Azn-1 αcn) ≥ º
19
Figura 13 – Azimutes em um polígono na irradiação.
3.5 RUMO
O rumo (Figura 14) é o ângulo que a meridiana forma com um alinhamento
a) da direção N para:
L se o alinhamento estiver no quadrante NE;
20
Figura 14 – Representação dos rumos e seus sinais nos quadrantes do plano cartesiano.
21
3.6 PROJEÇÕES
Para o cálculo das coordenadas e da área do polígono é necessário transformar
distâncias e azimutes em projeções para trabalhar no sistema cartesiano com o eixo das
abscissas ( ) e das ordenadas ( ).
D . sen A
projeção em
DH = distância horizontal
Az = azimute
D . cos A
projeção em
DH = distância horizontal
Az = azimute
3.7 COORDENADAS
As coordenadas do ponto onde o equipamento estará locado deverão ser
Xn = X1 n
Xn = coordenada X
X1 = coordenada X da estação
n= projeções em X
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Yn = Y 1 n
Yn = coordenada Y
Y1= coordenada Y da estação
n = projeções em Y
3.8 ÁREA
A ∑ n .( n 1 n 1)
A = área
X = coordenada X
Y = coordenada Y
vértices.
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Como podemos observar no quadro 1, as coordenadas X1 e Y1 foram repetidas na
última linha, isso é necessário independentemente do número de vértices do polígono.
1
A
A = área do polígono
1 = somatório da coluna 1
2 = somatório da coluna 2
das colunas 1 e 2, podemos encontrar o resultado da área com sinal negativo, nesse
caso devemos simplesmente ignorar o sinal.
3.9 REPRESENTAÇÃO
24
4 MÉTODO DA POLIGONAÇÃO
4.1 INTRODUÇÃO
4.2 DISTÂNCIAS
A determinação indireta das distâncias pode ser feita através da taqueometria,
ser obtida através da visada dos fios estadimétricos do retículo da luneta do teodolito
ou nível (Figura 17), aplicando-se a seguinte equação:
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4.3 ÂNGULOS E POLIGONAIS
Também, pode-se realizar a medida dos ângulos de deflexão (Figura 20) dos
lados da poligonal apesar de ser uma técnica pouco utilizada.
26
Figura 20 – Ângulos de deflexão da poligonal.
conhecidas sejam comuns. Neste caso é possível, a partir dos dois pontos determinar
um azimute de partida para o levantamento da poligonal (Figura 21).
27
Estes dois pontos não necessitam ser os primeiros de uma poligonal, conforme é
ilustrado na figura 22 onde os pontos com coordenadas conhecidas estão situados
Outros casos podem ocorrer como um vértice do apoio topográfico coincide com
28
Somente um vértice conhecido, sem ser possível observar outro ponto (Figura
25). Neste caso, determina-se o azimute magnético com a bússola. Esse caso é muito
29
Eα 1 º . (n ) α
Eα erro angular
α Somatório dos ângulos
n = número de pontos da poligonal
(n + 2) para ângulos externos
(n 2) para ângulos internos
que pode ser entendida como o erro angular máximo aceitável nas medições. É comum
encontrar a seguinte equação para o cálculo da tolerância angular:
Tα p.√
Tα tolerância angular
p = precisão angular do equipamento utilizado para levantamentos de alta precisão ou
º1’ para demais levantamentos topográficos
N = número de vértices da poligonal
distribuição do erro cometido entre as estações e somente depois realizar o cálculo dos
azimutes. O método mais usado para a compensação do erro angular é a distribuição
αn . Eα
αn
[1 . (n )]
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Cαn = correção angular
αn = ângulo lido
Eα = erro angular
n = número de pontos da poligonal
(n + 2) para ângulos externos
(n 2) para ângulos internos
αcn αn αn
resultado não for alcançado deverá ser feita uma nova compensação (iteração)
assumindo como novo erro angular a diferença entre [180º . (n ± 2)] e a soma dos
ângulos compensados.
4.5 AZIMUTES
Como vimos anteriormente, o primeiro azimute é determinado a campo por via
31
Figura 27 – Azimutes na poligonação.
32
Figura 28 – Transporte de azimute.
4.6 PROJEÇÕES
D . sen A
projeção em
DH = distância horizontal
Az = azimute
D . cos A
projeção em
DH = distância horizontal
Az = azimute
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Como a soma algébrica das projeções dos lados do polígono sobre o sistema de
eixos cartesianos deve ser nula, a soma das projeções positivas deve ser igual à soma
E ∑
E ∑
E T √(E ) (E )
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E T
E T .1
Da mesma forma que ocorre para o erro angular, existe uma tolerância máxima
permissível para as distâncias, com as mesmas discrepâncias entre os autores. Na prática
n .E
n ∑| |
n
= correção linear para a projeção X
n = projeção X
E = erro linear das projeções X
∑| | = somatório em módulo das projeções X
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n .E
n ∑| |
n
= correção linear para a projeção Y
n = projeção Y
E = erro linear das projeções Y
∑| | = somatório em módulo das projeções Y
c = projeção X compensada
= projeção X
= + se ∑
= se ∑
c = projeção Y compensada
= projeção Y
= + se ∑
= se ∑
= correção linear para a projeção Y
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Devemos lembrar que o sinal das correções e devem ser todos iguais,
por exemplo, se o resultado da soma das projeções X for positivo, todas as correções
4.7 COORDENADAS
As coordenadas do ponto onde o equipamento estará locado (ponto 1) deverão
Xn = Xn-1 n-1
X = coordenada X
projeção
Yn = Yn-1 n-1
Y = coordenada Y
projeção
4.8 ÁREA
A ∑ n .( n 1 n 1)
A = área
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X = coordenada X
Y = coordenada Y
1
A
A = área do polígono
1 = somatório da coluna 1
2 = somatório da coluna 2
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4.9 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA
Poderá ser realizada em computadores com programas de CAD (Figura 29), ou
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5 DIVISÃO E DEMARCAÇÃO DE TERRAS
5.1 INTRODUÇÃO
de seu proprietário, sue dependentes preferem ficar com suas parcelas separadas.
Acontecem partilhas também quando o proprietário deseja vender parte de suas terras.
A divisão de terras pode ser amigável ou judicial. O segundo caso ocorre quando
as partes não chegam a um acordo e o processo vai para o judiciário (BORGES, 1992).
40
5.2 DIVISÃO E DEMARCAÇÃO AMIGÁVEIS
A demarcação e divisão podem ser amigáveis,
a de medir esta linha divisória e cada uma das partes, para a determinação de suas
áreas. Supondo por exemplo, que a propriedade é atravessada por um córrego e que
ele seja escolhido como linha divisória, a Topografia fará um levantamento planimétrico
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geral e calculará as áreas de cada parcela de um e de outro lado do córrego (BORGES,
1992).
A ∑ n .( n 1 n 1)
anti-horário:
A ∑ n .( n 1 n 1)
( n n 1) ( n 1 n 1)
( n n 1) ( n 1 n 1)
42
determina-se a abcissa e ordenada do ponto N, que definirão a posição da linha
divisória da mencionada gleba (A3). Procedimento idêntico será adotado para
43
6 ÁREAS EXTRAPOLIGONAIS
6.1 INTRODUÇÃO
estradas etc.
Podemos ver pela figura 31 que a área final da propriedade será a área de
44
Lembramos o processo usual de amarração da linha limítrofe na reta da poligonal
é o de medirmos o afastamento perpendicularmente de 20 em 20 metros ou de 10 em
até y8. O ponto A da divisa é um ponto importante porque nele o limite mudou de
direção e, por isso, foi levantado por triangulação. O procedimento foi: no
fórmula dos trapézios ou Método de Bezout (BORGES, 1977). Na figura 33 temos uma
divisa de área onde foi seccionada em 7 partes, lembrando que quanto mais seccionada
for a área extrapoligonal mais precisa será a sua mensuração. O erro estimado do
método é de aproximadamente 1% para mais ou para menos.
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A área calculada pelo Método de Bezout será dada por:
( n n 1
)
A ∑ dn
A = área
y = distância y
d = distância d
a b c
p
p = semi-perímetro
a, b, c = lados do triângulo
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A √p . (p a) (p b) (p c)
A = área
p = semi-perímetro
a, b, c = lados do triângulo
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7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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