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Assembleia Municipal do Seixal

Ata n.º 2/2018


1ª Sessão Ordinária – 19 de fevereiro de 2018

A T A nº 2/2018

Aos dezanove dias de fevereiro de dois mil e dezoito, reuniu a Assembleia Municipal do Seixal, na
sua 1ª sessão ordinária de 2018, nas instalações dos Serviços Centrais da Câmara Municipal do
Seixal, sitas na Alameda dos Bombeiros Voluntários, presidida por Alfredo José Monteiro da Costa
e secretariada pelo 1º Secretário Américo Augusto de Oliveira da Costa, e por Sara Sofia Oliveira
da Silva Lopes Oliveira, em substituição de Angelina Dias Pereira, com a seguinte Ordem de
trabalhos:
I – PERÍODO DE INTERVENÇÃO DA POPULAÇÃO.

II – PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA.

III – PERÍODO DA ORDEM DO DIA.

III.1. Apreciação de informação da Câmara, sobre a atividade desta, nos termos e para efeitos das
alíneas a) e b) do n.º 2 do art.º 25.º do Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
III.2. Apreciação de informação do Presidente da Câmara, sobre a atividade do município e
situação financeira do mesmo, nos termos e para efeitos da alínea c) do n.º 2 do art.º 25.º
do Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
III.3. Regimento da Assembleia Municipal do Seixal. Mandato 2017 – 2021 – Aprovação.
III.4. Regulamento dos Serviços Municipais. Alteração.
Estiveram presentes, para além dos membros da Mesa:
Da CDU: Paulo Alexandre da Conceição Silva, Custódio Luís Quaresma Jesus Carvalho, Maria Júlia
dos Santos Freire, Hernâni José Pereira Peixoto Magalhães, Nuno Filipe Oliveira Graça, Fernando
Júlio da Silva e Sousa, Carlos Alberto de Sousa Pereira, Ana Luísa Pereira Inácio, Rui Fernando
Valente Algarvio, Maria João Evaristo de Oliveira dos Santos e Nuno Filipe Pombo Soares Nunes;
Do PS: Samuel Pedro da Silva Cruz, Bruno António Ribeiro Barata, Tomás Baptista Costa dos
Santos, Luís Pedro de Seia Gonçalves, Célia Maria Martins Cunha, Jorge Leonel Vaz Freire, Nelson
Filipe Lampreia de Oliveira Patriarca, Rui Miguel Santos Brás e Sérgio Miguel Carreiro Ramalhete e
Marta Sofia Valadas Barão;
Do PSD: Rui Miguel Lança Belchior Pereira, Rui Alexandrino Calção Mendes, Maria Luisa Marques
da Gama e Duarte Sérgio dos Santos Melo Correia;
Do BE: Vítor Manuel Cavalinhos, Eduardo Manuel Lino Grêlo e Sandra Anabela Alves de Sousa;
Do PAN: Nuno André Batista Nunes;
Do CDS-PP: Paulo Adriano Barbosa Galvão.

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Estiveram ainda presentes os Presidentes de Junta de Freguesia de Amora, Corroios, Fernão Ferro
e da União das Freguesias do Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires, respetivamente, Manuel
Ferreira Araújo, Eduardo Rosa, Carlos Reis e António Santos.
Registaram-se as seguintes substituições:
No grupo municipal da CDU, Rosária Antunes substituída por Maria João Santos e Paula Santos
substituída por Nuno Pombo.
No grupo municipal do PS, Angelina Pereira substituída por Marta Barão.
No grupo municipal do CDS-PP, João Fragoso Rebelo substituído por Paulo Galvão em virtude de
Humberto Batardo e Marlene Abrantes também terem solicitado substituição.
Para além do Presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Cesário Cardador dos Santos,
estiveram presentes os seguintes Vereadores:
Jorge Osvaldo Dias Santos Gonçalves, Maria Manuela Palmeiro Calado, Joaquim Carlos Coelho
Tavares, José Carlos Gomes, Eduardo Manuel Rodrigues, Marco Paulo Fernandes, Elizabete
Manuela Adrião, Nuno Moreira e Manuel Pires.
A Sessão teve início cerca das 20:30horas.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Então boa noite a todos, Sr. Presidente da Câmara,
Srs. Vereadores, Srs. Membros da Assembleia Municipal, Membros da Mesa, funcionários da
Assembleia e da Câmara, população que está connosco nesta 1.ª Sessão Ordinária da Assembleia
Municipal de 2018. Nós vamos dar início à nossa sessão e por motivos que infelizmente têm a ver
com o falecimento do membro da mesa, da 2.ª Secretária Angelina Pereira, nós vamos ter a
necessidade – não gostaríamos que assim fosse, mas a vida reserva-nos estas coisas menos boas
de que não gostamos – de preencher a mesa para esta sessão e eu chamo, naturalmente no
quadro de entendimento do Partido Socialista, a eleita da Assembleia Sara Oliveira, que já esteve
connosco também na última sessão, e o primeiro ponto da nossa ordem de trabalhos é a
Intervenção da População.”

I. PERÍODO DE INTERVENÇÃO DA POPULAÇÃO.


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “E vamos dar a palavra em primeiro lugar à Sra.
Carmelina Marco sobre a rua Avelar Brotero se faz favor.”
I.1. Carmelina Marco disse: “Eu venho só mais uma vez manifestar, informar e manifestar o meu
desagrado; eu moro na rua Avelar Brotero, é uma rua que foi cortada a meio pela A33, ou seja,
ficámos só com uma saída e fizeram o viaduto na Flôr da Mata; não tem saída, ou seja, o viaduto
da Flôr da Mata vai desembocar na Henrique Medina e depois não tem saída e nós, e eu também
passo, para termos uma maneira de ir para a estrada que vai para Sesimbra que tem um número
que eu não sei, passamos por um terreno que é do Sr. Augusto Pinela, e que tem muito tráfego
porque é uma maneira de sair; portanto, a minha rua pertence à Associação de Moradores da
Quinta das Laranjeiras mas andamos nisto; nós já fizemos a passagem dos avos para metros
quadrados, isto sabe-se tudo aqui mas eu vou transmitir, eu consegui em 13 anos legalizar a minha
casa; sou a única pessoa que tem a casa legalizada, com a minha teimosia e persistência, mas não
consigo que a rua seja urbanizada, ou seja, que se façam os esgotos, que se façam as
infraestruturas, que as coisas se tratem; é um desassossego, porquê? Porque nós, os mais

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pequenos, já pagámos tudo, mas as quintas grandes não pagam e depois é isto, a Câmara não faz
mas eu acho que se eu pago o IMI e pago tudo menos os esgotos porque não tenho, devia de ter
uma resposta; os mais pequenos como disse pagámos tudo temos 15.800,00 euros de uma caução
para a Câmara, na Caixa Geral de Depósitos desde 2006 que foi quando fizemos a escritura da
coisa comum e dizem-nos, cada vez que eu mando, porque sou eu que ando a tratar, é com a
Associação, a Associação diz que anda a tratar, primeiro dizia que não tinha dinheiro agora diz que
anda a tratar, mas as quintas grandes não pagam e portanto continuamos com a rua cortada e a
saída com buracos, seja de verão que seja de inverno a única saída que temos para a Av. Pinhal de
Frades que é uma Avenida em terra também e está tudo esburacado; não recebo visitas muitas
vezes porque as pessoas estragam os carros; não posso sair, tenho o meu carro sempre com
problemas e venho só pedir à Câmara que tome alguma previdência porque realmente não se
justifica o viaduto não ter saída; é utilizado mas quem lá passa, passa por uma quinta que, por
acaso, o senhor diz que vai vedar; então vem pela Henrique Medina, atravessa o viaduto, passa
por essa quinta, atravessa a minha rua e passa por outro pinhal que vai dar depois à Avenida da
Ponte; portanto faz-se dois caminhos, a rua é pouco utilizada; é utilizada mas eu tenho aqui as
fotografias e depois vou deixar e é uma falta de qualidade de vida, é um desespero todos os dias e
eu vou-me manifestar em todas as Assembleias; quando foi do Fórum do Seixal recebi o papel,
achei muito bem, mandei o email com a carta que tenho aqui, que vou deixar, ninguém
respondeu; isto foi em 2016, depois vim cá e realmente responderam-me mas tudo muito evasivo;
a Associação é que tem que fazer, a Câmara descarta-se, a Associação não faz, e há 20 anos nisto;
não vou continuar, eu todos os meses marco uma reunião na Associação e venho a todas as
reuniões a partir de agora; depois gostaria de obter uma resposta. Obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Sr. Luís Trindade sobre
estacionamento de rua, se faz favor.”
I.2. Luís Trindade disse: “Quero dizer que antes de mais este assunto é reincidente aqui nesta
Assembleia, já estive cá. Na altura eu optei por entregar aos deputados e à mesa um papel com
um link onde consta o documento que eu vou falar, embora, por ignorância, fiz algo que não devia
e pus-me a distribuir; hoje fiz uma opção diferente, portanto se os senhores quiserem nas redes
do Wi-Fi encontram uma delas que tem um site, uma das redes do Wi-Fi é um endereço se
quiserem consultar, o documento está lá; este documento é um abaixo-assinado que foi entregue
na Câmara há 6 meses; o documento é extenso em imagens mas em texto é curto portanto eu vou
lê-lo: este documento consiste num abaixo-assinado que dá voz de forma coletiva à legítima
indignação dos munícipes moradores na Av. Quinta da Atalaia em face à caótica e surreal gestão
dos espaços de estacionamento que se verificam praticamente em toda a extensão desta artéria
do nosso Concelho; o que é mais incompreensível é a situação que se verifica nesta Quinta do
Batateiro em que todas as ruas dos quarteirões limítrofes usufruem de um estacionamento em
que a configuração dos espaços obedece a um esquema racional lógico e adequado à necessidade
dos moradores; as imagens mostram melhor, mas numa fotografia aérea a Quinta do Batateiro
toda tem lugares marcados e feitos estacionamentos exceto nesta artéria que eu falei; no entanto
pergunta-se qual o critério que foi escolhido para fazer o estacionamento nesta zona da Amora
considerando que este o estacionamento é um dos fatores que têm bastante impacto na vida dos
habitantes; ou seja, colocando a questão em termos mais simples, será que aqui na Quinta do
Batateiro existem moradores de primeira e moradores de segunda? A pergunta é diretamente
colocada aos responsáveis por este departamento, o Município do Seixal, é a eles que compete
alterar em inaceitável circunstância em que a Av. Quinta da Atalaia é a única rua de toda a Quinta

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do Batateiro sem estacionamento marcado perpendicularmente em relação aos prédios limítrofes.


A situação torna-se mais grave ainda porque não só contribui para constrangimentos no trânsito o
ano todo como, ainda por cima, contribui largamente e de forma suplementar para os três dias de
inferno que toda esta zona sofre com a Festa do Avante sendo que é justamente esta rua que
recebe o maior número de pessoas pois localiza-se nela a principal porta de entrada para este
evento, um evento louvável, cultural e que ninguém tem nada contra ele, que fique aqui bem
claro que isto não é nada contra a festa do Avante; registámos com agrado que nesta
quadragésima edição da Festa do Avante foi desativada a entrada na urbanização da Medideira
para, segundo me informou em folheto a direção do evento, dar resposta a preocupações e
anseios dos vizinhos aproveitando no mesmo documento a direção para dar a informação, de
forma lacónica, que a atual entrada da Quinta da Princesa manter-se-á, sem mencionar qualquer
preocupação e eventuais incómodos a estes munícipes; no seguimento dessa lacónica informação,
esse documento serve também para que as pessoas ou entidades que têm como dado adquirido a
ausência de preocupações e anseios dos moradores da rua onde se encontra a principal porta de
entrada da Festa do Avante, ou mesmo a resignação, para que os mesmos tomem consciência que
os mesmos não correspondem minimamente à verdade, antes pelo contrário; já esgotaram há
muito a paciência para suportar o incómodo de três dias de causa infernal em suas portas, todos
os anos. Apenas para que fique registada a opinião geral dos moradores desta rua sobre esta
matéria em particular; como é natural, os constrangimentos com o estacionamento verificam-se
durante todo o ano assumindo maior relevo durante estes três dias, e daí mencionar-se a festa do
Avante, só por esse motivo. Sempre que em determinado espaço urbano a escassez do
estacionamento se torne um problema a solução é criar mais espaços de estacionamento e, aqui,
o espaço existe, há que regulamentá-lo tal como foi feito em algumas extensões desta rua,
nomeadamente numa extensão da mesma, rua uns metros atrás; nesta intervenção da Câmara, os
responsáveis simplesmente seguiram a disposição mais eficiente do estacionamento, adotada
naturalmente e empiricamente pelos moradores; ou seja, a intervenção consistiu apenas em
rebaixar a calçada, pavimentar e marcar de forma equitativa lugares de estacionamento de forma
perpendicular, em espinha, como é natural; aqui em relação a esta rua, portanto, o que temos a
dizer – volto a salientar, aquela que fica em frente à porta principal da Festa do Avante, apenas
para situar as pessoas que aqui estão – em primeiro lugar a original marcação na horizontal, a
original porque é a única em toda a Quinta do Batateiro, mas também porque é feito sem
qualquer tipo de intervenção, ou seja, simplesmente marcada em cima da calçada sem qualquer
rebaixamento da mesma; portanto, lançamos o convite às pessoas, aos munícipes e a alguém que
também tenha veículos para tentarem estacionar nesta rua na forma que lá está marcada
atualmente com um lancil de 10 cm a estacionar em paralelo; vão verificar que não é fácil e,
mesmo em termos mecânicos, as viaturas vão de facto ter alguns problemas; então para não tirar
aqui muito tempo, há aqui também um documento que podem consultar para verem os exemplos
que se passa nessa rua, estamos perfeitamente cientes que não será fácil aplicar as soluções que
todos desejamos e que serão o padrão em toda a Quinta do Batateiro mas não nos cabe a nós
sugerir soluções para problemas complicados essa é a função de quem possui os meios e os
técnicos habilitados a fazê-lo mas mesmo que não seja possível a disposição em espinha em toda a
rua por limitação de espaço os lugares em sentido longitudinal terão obrigatoriamente que ter um
rebaixamento do pavimento de acordo com as razões expostas e com os exemplos apresentados;
os moradores na Av. Quinta da Atalaia e, por extensão, todas as ruas das proximidades que dada a
escassez de estacionamentos são também afetados, que se deparam todos os dias com esta
realidade, suportando todas as dificuldades nas suas deslocações e no estacionamento das suas

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viaturas, pretendem através deste abaixo-assinado alertar a Câmara Municipal do Seixal para este
problema, caso não tenha ainda conhecimento dele, ou exortar à sua resolução urgente de acordo
com a preocupação e zelo que reconhecidamente tem demonstrado até aqui no bem-estar e
necessidades dos seus munícipes. Não temos motivos para achar o contrário, portanto este foi o
abaixo-assinado entregue na Câmara há 6 meses, portanto no dia 9 de agosto, recebido pelo Sr.
Ricardo Vieira; no dia 18 de dezembro estive aqui nesta Assembleia a falar deste assunto; um
Vereador responsável pelo Urbanismo, penso eu, disse que iria contactar; passou-se 2 meses e eu
estou aqui pela segunda vez; agradecia que, por favor, tivessem alguma atenção a isto; é um local
que conhecem bem certamente e todos os dias, se virem o documento e consultarem com
atenção, vão ver que de facto é uma situação que é gritante e que não tem 6 meses de atraso, que
é a data de entrega deste abaixo-assinado; esta situação tem 20 anos de atraso porque quando as
casas foram feitas deveriam ter tido o estacionamento feito como todas as outras da Quinta do
Batateiro; incompreensivelmente esta foi a única rua em que não foi feito isso em toda a Quinta
do Batateiro portanto esta obra tem 23 anos de atraso. Agradeço a vossa atenção.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Sr. Cláudio Fonseca, se faz favor.”
I.3. Cláudio Fonseca disse: “Chamo-me Cláudio Fonseca e tenho 22 anos. Há 22 anos que sou
morador na praceta António Herédia, no Alto do Moinho, em Corroios, e venho aqui em meu
nome mas também em nome das mais de 330 pessoas que assinaram uma petição recolhidas nos
passados dias 10 e 11 deste mês; uma petição para fazer a defesa da nossa saúde pública que há
muito julgava estar devidamente salvaguardada pela Câmara Municipal do Seixal e, neste caso em
particular, também pela Junta de Freguesia de Corroios, mas não está; e é por não estar que aqui
estou eu a denunciar a vergonha do estado dos cubos verdes que, em tempos, eram caixotes de
lixo para depositar o lixo dos moradores e dos comerciantes das ruas, nomeadamente Praceta
António Herédia, rua das Amoreiras, rua da Niza, rua Abel Manta entre outras. Como todos os Srs.
Eleitos podem verificar pelas várias fotos que coloquei em anexo junto à petição que hoje vos
trago, a operacionalidade destes cubos verdes é praticamente inexistente; os pedais que
normalmente levantam as tampas há muito que deixaram de funcionar ou, na maioria das vezes,
já não existem tampas para levantar e, ou levantamos as tampas com as mãos com os encargos
para a saúde que isso implica, ou, na maioria das vezes, a uma certa distância pelo cheiro
nauseabundo limitamo-nos a mandar os sacos do lixo para dentro de um cubo a céu aberto, dado
também há muito tempo já não terem tampa. E por essa razão não só espalha um fedor
nauseabundo por toda a zona envolvente como, muito pior, promove o atual aumento de ratos e
ratazanas, só para falar dos animais mais visíveis evidentemente, bem como o aumento crescente
e perigoso de risco para a saúde pública. Quando habitualmente se fala do afastamento dos
cidadãos aos órgãos de gestão pública e política eu tentei contrariar e dar o exemplo para que no
alerta permita resolver mais rapidamente um problema de saúde pública na zona onde eu vivo
que se arrasta desde antes do verão. Por isso, Srs. e Sras. eleitos neste município, não posso
terminar esta minha denúncia sem vos contar uma história sem h: no passado dia 15, com uma
carta subscrita por mais de 330 assinaturas de homens e mulheres que habitam neste concelho, e
volto a dizer recolhidas em apenas em 2 dias, dirigi-me aos serviços autárquicos neste espaço e
estive mais de 2 horas para tratar de um problema tão grave como este que vim aqui denunciar;
mas pior foi quando fui à Junta de Freguesia de Corroios, estive mais de 2 horas na receção onde
expliquei detalhadamente o alerta que pretendia fazer diretamente e pessoalmente ao Sr.
Presidente da Junta de Freguesia, que me foi informado que estava em reunião naqueles serviços;
e passadas essas 2 horas, a funcionária informa-me que é impossível o Sr. Presidente da Junta

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receber-me porque apesar de ser um dia e hora destinada ao atendimento aos cidadãos e para
além de mim outra cidadã com dificuldades motoras se encontrava para ser atendida; passado
algum tempo fomos mandados embora, porque será? Srs. E Sras. Eleitos desta autarquia,
felizmente já conheço muita gente e não recolhi estas assinaturas para vir a conhecer mais
ninguém mas se continuarem a demorar meses para resolver esta situação como já o prometeram
fazer, ou se acharem que as mais de 330 assinaturas que aqui trouxe são poucas para pedir a
resolução de um problema de saúde pública, que deveria ser previamente evitado pelos serviços
camarários, aos cidadãos que mensalmente pagam os seus impostos e taxas municipais, podem
ter a certeza que cá voltarei noutra altura em nome de mais de 660 pessoas; mas sinceramente
espero que tal não aconteça pois eu e todas as centenas de pessoas estamos cansados de ver os
ratos e as ratazanas e levar todos os dias com o cheiro pestilento e nauseabundo. Com este alerta
espero que rapidamente nos resolvam esta situação grave. Esta minha intervenção foi escrita para
poder entregar nos serviços da Assembleia para que possam transcrever na ata que será
elaborada obviamente, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Sr. Norberto Cunha, se faz favor.”
I.4. Norberto Cunha disse: “Eu sou morador na rua Antero Quental em Fernão Ferro e venho aqui
com uns poucos residentes lá da nossa área, pois o nosso problema já se arrasta há uns anos e a
nossa insatisfação terá a ver com aquilo que todas as V. Exas. conhecem que é a legalização dos
nossos lotes para nós estarmos legalmente. Somos poucos, foi uma coisa decidida assim um pouco
à última da hora, mas passo a transmitir o nosso desejo; portanto, por instruções das associações
dos Morgados Novos e Quinta das Laranjeiras e Redondos os proprietários deveriam liquidar o
valor referente às infraestruturas até ao final de fevereiro de 2016 onde a maioria o fez, entrou no
acordo com o município para a legalização dos terrenos e é esse o nosso desagrado e
inconveniente porque foram-nos dadas três datas, até 20 de janeiro de 2018 foi a última data,
seriam totalmente legalizados. Até ao momento, nem as associações, nem a autarquia, nem mais
ninguém, nos responderam. Vimos por este meio solicitar a V. Exa. qual será a resposta possível
que nos possa ser dada para nossa satisfação. Eu não pus aí a minha morada porque decidimos
aqui ser eu a representar e a falar só um, porque o problema é de todos, igual; está aí na minha
inscrição a minha morada portanto agradeço que seja dada uma resposta para eu depois informar
aos que estão presentes e a muitos que estão ausentes da situação em que se encontra. Se por
acaso a resposta for demorada, provavelmente teremos aqui um problema que iremos por aqui
todos os moradores da Junta de Freguesia porque praticamente a maioria estará na situação dos
poucos que aqui estamos; é tudo, uma boa noite e continuação de uns bons trabalhos.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto terminámos o Período de Intervenção da
População e dou a palavra ao Sr. Presidente da Câmara Municipal, se faz favor Sr. Presidente.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Quero cumprimentar o Sr. Presidente da Assembleia, a
Mesa, os Srs. Eleitos da Assembleia, a população presente também, os trabalhadores da autarquia
e da Assembleia Municipal e agradecer à população que aqui se dirigiu para colocar questões. Para
nós, eleitos das autarquias, é muito importante que a nossa população utilize estes espaços para
poder transmitir aquilo que são as dificuldades e os problemas que sentem no dia-a-dia, e cá
estaremos para os tentar ultrapassar, sempre em parceria, como é timbre da Câmara Municipal do
Seixal. Pedia para dar uma nota de esclarecimento relativamente à questão do estacionamento da
Quinta da Atalaia ao Vereador Joaquim Tavares, que pudesse intervir também como às questões
relacionadas com os contentores de resíduos de sólidos urbanos na localidade do Alto do Moinho.

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Depois pedia também ao Sr. Vereador Jorge Gonçalves que pudesse informar sobre as
infraestruturas da rua Avelar Brotero e também sobre o estado da legalização da rua Antero
Quental, dos Redondos e dos Morgados novos. Sr. Vereador Joaquim Tavares por favor.”
O Vereador Joaquim Tavares disse: “Começava por esta última questão que o Sr. munícipe aqui
colocou relativamente ao Alto do Moinho e à recolha de resíduos sólidos urbanos ali naquela
localidade. Como sabem, nós no Concelho temos vindo a implementar um novo sistema de
recolha que assenta em contentores semienterrados, por razões que se prendem com um
conjunto de fatores considerados importantes e têm tido um bom resultado; desde logo a imagem
urbana que é diferente daquela que é a proliferação dos contentores verdes tradicionais, com
menos locais pela maior capacidade de receção desses equipamentos; e também mais higiénicos
porque para já os resíduos estão com uma temperatura diferente, porque estão enterrados, e
depois a limpeza dos contentores também é mais fácil de concretizar e é nesse sentido que, neste
momento, em Corroios, está previsto esse tipo de contentores; e está também prevista uma
solução para algumas zonas do Alto do Moinho para implementarmos também este tipo de
contentores; entretanto iremos renovar o parque de contentores que lá existe e que dizem que
está degradado – que dizem e é verdade as fotografias também o ilustram – iremos renovar o
parque de contentores que lá está instalado, independentemente destas soluções pensamos que
são mais definitivas e para dar uma melhor resposta àquilo que são as questões que aqui vieram
colocar. Relativamente ao abaixo-assinado sobre o estacionamento na quinta do Batateiro e à
solução que o Sr. munícipe propôs, nos serviços estão a elaborar uma proposta, aliás já
apresentaram uma primeira proposta, que corresponde àquilo que os munícipes colocaram; mas o
que interessa é fazermos caminho e ficaram de alterá-la no sentido de dar uma melhor resposta
ou seja, arranjar ainda mais lugares demarcados e, portanto, logo que esteja concluída a proposta,
como tinha dito ao Sr. munícipe na última reunião, entraremos em contacto para conversar e ver
se aquela solução pode ainda ser melhorada, se já corresponde às expetativas e se está dentro
daquilo que são os parâmetros que queremos manter: ao mesmo tempo fazer o estacionamento e
não deixarmos de ter passeio para as pessoas circularem com o mínimo de condições; é com esse
objetivo que os serviços estão a elaborar a proposta; eu penso que há-de ficar melhor do que a
situação que temos atualmente, é esse o objetivo e é nesse conceito que estamos a trabalhar.
Disse, Sr. Presidente.”
O Vereador Jorge Gonçalves disse: “Em relação às duas matérias aqui colocadas dizer que em
relação à Quinta das laranjeiras dizer que realmente a munícipe está bem informada; já tivemos
oportunidade de esclarecer em relação à matéria da responsabilidade da realização das
infraestruturas por parte da associação de moradores das Laranjeiras e a verdade é que tem
estado a ser desenvolvido um conjunto de infraestruturas de acordo com o acompanhamento da
própria associação; inclusive têm sido apoiadas pela Câmara, nomeadamente da Av. 25 de Abril,
da Av. Da Liberdade, Av. Do Seixal, entre outras; realmente a zona onde a munícipe mora ainda
não foi infraestruturada e terminado tudo aquilo que é condição inclusive para ter o pavimento
porque, se não, a Câmara já teria apoiado com essa intervenção. De qualquer forma eu tenho uma
reunião agendada com a associação da Quinta das laranjeiras precisamente para vermos as
questões associadas aos processos de reconversão e ao planeamento de infraestruturas; o que
posso fazer é voltarmos a fazer o ponto de situação em relação àquilo que é o planeamento por
parte da associação do ponto de vista daquilo que é a intervenção desta área em particular para
perceber e fazer um ponto da situação do ponto de vista do planeamento; em relação, no
concreto, na rua que a munícipe aqui trouxe, e tendo em conta que é uma questão antiga e que

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está identificada, sendo certo que há mais ruas nas Laranjeiras ainda por intervir, mas esse
planeamento a associação deve de priorizar em função de dois critérios que são cruzados
normalmente pela associação: o primeiro tem a ver naturalmente com o facto de serem vias
estruturantes, não só pela questão do tráfego mas também por via das infraestruturas; ou seja, é
preciso ter em conta que na realização das infraestruturas não se começa do fim para o princípio;
às vezes há mesmo necessidade de realizar algumas infraestruturas que são mais relevantes e
mais estruturantes para depois se chegar a outros pontos e isso faz parte do planeamento; e
depois, naturalmente, também o que aqui colocou; mas é uma avaliação que cabe só à associação;
é um bom exemplo, é uma pessoa que já cumpriu e por isso quer ver, naturalmente, realizadas as
infraestruturas na sua rua; por isso o compromisso que assumo é, não só na reunião que vai existir
com a associação das laranjeiras quando for discutido o planeamento, de se ver em particular
nesta zona qual é previsão da realização das infraestruturas. Em relação à questão dos Morgados
Novos dar duas notas: uma primeira que é este loteamento, do ponto de vista da Câmara, já foi
aprovado há bastante tempo, teve uma aprovação condicionada; depois, julgo que em Assembleia
de coproprietários, no âmbito da sua aprovação final foram introduzidas alterações e a Câmara
recebeu elementos, vamos dizer assim, de atualização, de alteração do loteamento que já estava
aprovado pela Câmara; a título informativo, nós recebemos os últimos elementos no passado dia
23 de janeiro e, neste momento, está para aprovação final aquela que é a versão que foi entregue
com as últimas alterações por parte da comissão de administração da AUGI e da Associação; por
isso devo dizer que sim, que percebo perfeitamente a questão do afastamento em relação à
aprovação que terá levado ao desenvolvimento da liquidação das taxas por parte da Associação de
Moradores dos Morgados Novos e da Quinta das Laranjeiras; tendo em conta que a aprovação já
foi há bastante tempo julgo que o atraso se deu nas alterações que têm estado a ser feitas e agora
o que importa é consolidar o processo de forma a fechá-lo; e por isso é perfeitamente expectável
que nas próximas semanas, no próximo mês, possa sair o alvará que já traduza, quer aquilo que já
foi aprovado na Câmara, quer estas últimas alterações que foram entregues agora em 23 de
janeiro. É importante que não entrem mais alterações, ou seja, que seja aprovada agora esta
versão final para que seja emitido o alvará; é a partir do alvará que depois se fará a divisão da
coisa comum em assembleia de coproprietários; por isso, o que lhes estava a colocar e acho que
essa é a parte mais importante para vocês enquanto coproprietários, e com os últimos
documentos em janeiro, eu julgo que até ao final do mês de fevereiro nós estamos em condições
de aprovarmos estas últimas alterações de forma que em março já haja o alvará que lhes permite
depois marcar a assembleia de coproprietários que será da competência da própria associação e
proceder depois à divisão da coisa comum que finalizará o processo de reconversão. Disse Sr.
Presidente.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Eu gostaria de dizer que a população pode e deve, na
minha opinião, se quiser e se o entender, não só participar nas Assembleias Municipais como está
a fazer como nas reuniões de Câmara Municipal ou até nos atendimentos públicos com os Srs.
Vereadores porque muitas destas questões, se forem colocadas em reuniões técnicas e políticas
com os Srs. Vereadores, até são mais fáceis de explicar porque estamos numa mesa e os senhores
estão aqui a falar connosco em vez de estarem distantes e também podemos dialogar e, de facto,
o modelo das Assembleias não o permite bem como o da Câmara; a Câmara Municipal e os
senhores Vereadores todos têm atendimentos públicos aos dias de semana, é uma questão de ser
agendado; mas voltando à questão sobre a parceria com as AUGI no Concelho, eu gostaria aqui de
referir que tem sido uma parceria bastante proveitosa até porque o Concelho do Seixal é um dos

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Concelhos onde temos maior fenómeno de áreas urbanas de génese ilegal e temos tido um
enorme sucesso na sua reconversão e isso tem sido conseguido face ao esforço dos moradores, ao
esforço das associações de moradores e da parceria com a Câmara Municipal e Juntas de
Freguesia. Sobre a área da Quinta das Laranjeiras, a senhora parece que já se foi embora mas de
todo o modo fica a informação, o Município tem feito uma parceria, tem possibilitado a
pavimentação em três importantes artérias nestes últimos meses, como o Sr. Vereador já referiu a
Av. do Seixal, a Av. da Liberdade e a Av. da Quinta das Laranjeiras por isso a parceria que temos
feito com a associação de moradores das Laranjeiras estamos a fazer também com o Pinhal do
General, estamos a fazer também com outras áreas e com outras comissões de coproprietários e,
por isso, se a associação das Laranjeiras entender que a próxima intervenção, que o próximo
arruamento é este, a Câmara Municipal cá estará para ajudar; agora entendam que não compete
ao município a decisão sobre que opções faz a associação; a associação é eleita pelos moradores e
aquela área está sob jurisdição dos moradores e as associações de coproprietários; bom, sobre o
estacionamento na Av. Quinta da Atalaia o Sr. Luís Trindade já nos trouxe aqui novamente a
questão, o Sr. Vereador referiu estamos a estudar o processo para quando reunirmos o possamos
fazer já com alguns elementos mais em concreto; por isso, pedimos desculpa por este atraso mas
no entanto está a ser estudado; e sobre a questão da higiene urbana no Alto do Moinho bom aqui
de facto o município está a fazer um grande esforço no sentido da modernização e da qualificação
deste serviço apesar de não termos conseguido chegar ainda a todos os locais; mas é notório que
a Câmara Municipal tem investido não só em meios, em viaturas, em trabalhadores e em novos
suportes e novos equipamentos, como já aconteceu em Miratejo, zona Central de Corroios, Quinta
de São Nicolau, para além da Quinta da Boa Hora e vamos avançar para outras áreas do Concelho
colocando mais equipamentos para que o nosso Concelho do Seixal seja conhecido, entre tantas
outras mais-valias, também por ser o Concelho mais limpo do País; é o nosso objetivo. É claro que
contamos com a nossa população para nos ajudar a obtê-lo, agradecer à população presente,
vamos continuar a dialogar e a construir o nosso Concelho. Obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto terminámos o Período Aberto à
População, agradecendo as vossas intervenções, e passamos para o Período de Antes da Ordem
do Dia, com uma primeira informação – pedidos de substituição por ausência inferior a trinta dias:
da CDU, Rosária Maria Antunes por Maria João Oliveira Santos e Paula Santos por Nuno Pombo;
do PS, Angelina Pereira por Marta Barão e do CDS-PP, João Rebelo por Paulo Galvão em virtude de
Humberto Batardo e Marlene Abrantes terem também solicitado a sua substituição; nós temos um
conjunto de 13 documentos, 12 documentos que entraram até às 9 horas de hoje, portanto no
período regimental que faculta a possibilidade de não serem lidos e apenas fazer a sua
apresentação, mais um documento, o13.º, que entrou no início da sessão da Assembleia
Municipal.”

II. PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA.


II.1. A Mesa da Assembleia Municipal apresentou o voto de pesar pelo falecimento de Angelina
Maria de Sousa da Silva Dias Pereira.
(Documento anexo à Ata com o número 1)

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Ata n.º 2/2018
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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos para o 1.º ponto que é um Voto de Pesar
por Angelina Dias Pereira 2.ª Secretária da Mesa da Assembleia Municipal e antes da leitura do
Voto de Pesar dou a palavra ao membro da Assembleia Samuel Cruz para uma intervenção.”
Samuel Cruz, do PS, disse: “O meu objetivo de vir aqui esta noite é que a Angelina quis partilhar
um pequeno texto connosco que me deixou e diz o seguinte: Amar o próximo como a nós mesmos
é um propósito difícil mas tal como Jesus Cristo nos mostrou é o verdadeiro caminho que nos
pode trazer a paz de espirito e a felicidade para os outros, e então nas causas públicas que sempre
entendi que é um dever de todo o individuo de contribuir para uma sociedade mais justa e mais
fraterna, sempre que invoco o bem comum faço por uma paixão humanista e não para ganho
próprio, vaidades ou grandezas, um dia o saudoso e bondoso D. José Policarpo disse: Todos os
Cristão em condições de se envolverem na política devem fazê-lo com empenho e sinceridade,
concordo independentemente da organização política de cada um o que importa é ser-se
superlativo ser transversal possuir um denominador comum que é o humanismo foi com este
propósito que obtive o respeito de todos os que me conhecem mesmo quem não partilha comigo
as mesmas ideias e ideais, todos são meus irmãos do coração.”
O Presidente da Assembleia Municipal leu integralmente o documento anexo à Ata com o
número 1)
Aprovada a Tomada de Posição n.º 9/XII/2018 por unanimidade e em minuta com:
Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 16
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do grupo municipal do PAN: 1
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
- Do Presidente da Junta de Fernão Ferro: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Foi aprovado por unanimidade, nem sequer
perguntaremos se há mais alguma posição de voto, e sendo assim vamos considerar um minuto de
silêncio.”
(Teve lugar um minuto de silêncio).
II.2. O Grupo Municipal do PAN apresentou a moção «Recuperação e revitalização do
Programa «O Chapim vem ao Seixal», subscrita por André Nunes.
(Documento anexo à Ata com o número 2)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos continuar com a nossa Assembleia e tendo
a certeza que a Angelina vai continuar connosco. O segundo documento é uma moção
«Recuperação e revitalização do Programa «O Chapim vem ao Seixal», do grupo municipal do PAN
e é subscrito por André Nunes que tem a palavra, se faz favor.”

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Ata n.º 2/2018
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André Nunes, do PAN, disse: “Antes de mais há aqui uma alteração ao ponto 4: no considerando,
onde se lê «inativo ou», é para retirar e fica só, «o Chapim vem ao Seixal encontra-se pouco
dinamizado». A moção que o grupo municipal do PAN trouxe hoje a debate visa recuperar um
programa relacionado com a problemática da lagarta processionária que em contacto tem graves
impactos quer na saúde humana quer na dos animais e portanto nós propomos que hoje seja
votado que a Câmara Municipal do Seixal recupere o programa «o Chapim vem ao Seixal» e que
simultaneamente se difunda anualmente, e especialmente nos meses de janeiro a abril, os perigos
da lagarta e os cuidados a ter com a mesma junto da população, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções sobre esta moção, se faz favor? Nuno
Graça tem a palavra se faz favor.”
Nuno Graça, da CDU, disse: “Esta moção faz todo o sentido até porque este programa faz
bastante sentido; nós votaremos favoravelmente no entanto eu não sabia que o André iria fazer
esta alteração e, quando vi a moção, tirei aqui umas notas; o André fala dos problemas da lagarta,
sim é grave para a saúde pública, para nós humanos, mas é grave também para o meio ambiente;
elas danificam bastante as árvores, como não sabia que o André ia retirar ali ia fazer aquela
alteração vinha reforçar isso mesmo; portanto, o programa não terminou, está é pouco ativo e é
importante que ele volte ao que, se calhar, era em 2014 quando tinha 130 caixas de ninho; mas
tem continuado; ainda o ano passado, no dia mundial da criança, houve uma atividade, no ano
passado ou há dois anos não tenho bem a certeza, mas acho que foi o ano passado, no Parque do
Serrado; ele está no programa municipal para a educação para a sustentabilidade agora em
2017/2018 e logo onde faz mais sentido, no pré-escolar e com o 1.º ciclo e, portanto, sim vamos
votar favoravelmente.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma intervenção sobre esta moção? Não,
pergunto ao proponente André se quer alguma consideração? Não, tem a palavra o Sr. Presidente
da Câmara se faz favor.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Eu pedia uma intervenção do Sr. Vereador Joaquim
Tavares responsável pela área do ambiente, sobre esta matéria.”
O Vereador Joaquim Tavares disse: “A propósito desta matéria que é uma matéria que tem
merecido da parte da Câmara uma grande preocupação dava nota do seguinte: Primeiro, que para
nós não há dúvida que vamos continuar a implementar os ninhos; é um caminho e é um caminho
de que não vamos abdicar; há dezenas de ninhos implantados no Concelho; aquilo que seria
melhor é através do predador natural que é o chapim, é por isso que se implantam os ninhos;
naturalmente que a maior parte dos ninhos são ocupados o que é um bom resultado e a Câmara
tem um ótimo combate à lagarta do pinheiro dirigido às escolas e aos espaços públicos e todos os
anos faz as ações que são necessárias, não só com implantação de ninhos, mas também com
sistemas de pulverização de injeção para combater a lagarta e, principalmente nesses espaços que
são espaços onde as crianças estão; ainda este ano fizemos uma cedência de ninhos ao estádio
universitário e o próprio preçário da Câmara contempla os ninhos para os munícipes que queiram,
nos terrenos particulares, utilizar também ou poderem utilizar e a Câmara tem ninhos disponíveis
para dar resposta a essas questões; muitas vezes tem que ser a Câmara a substituir-se aos
proprietários nesse combate fazendo um percurso que é um percurso a que estamos
naturalmente obrigados, que é de procurar junto do proprietário que faça a intervenção e, quando
não faz, a Câmara substitui-se ao proprietário e substitui-se muitas vezes em casos em que
considera que a existência da lagarta com proximidade a zonas de habitações ou em zonas de

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estadia de pessoas carece uma intervenção célere da Câmara e, portanto, é isso que temos feito
ao longo dos anos; portanto os ninhos são uma parte importante que não abdicamos e vamos
continuar a trabalhar na existência dessa linha de trabalho. Disse Sr. Presidente.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “ Muito obrigado Sr. Presidente.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto vamos colocar à votação esta moção.”
Aprovada a Tomada de Posição n.º 10/XII/2018 por unanimidade e em minuta com:
Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 16
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do grupo municipal do PAN: 1
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
- Do Presidente da Junta de Fernão Ferro: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A moção foi aprovada por unanimidade.”
II.3. O Grupo Municipal do CDS-PP apresentou a moção «Condenar a Poluição no Rio Tejo»
subscrita por Paulo Galvão.
(Documento anexo à Ata com o número 3)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos para a moção «Condenar a Poluição no
Rio Tejo»; é do grupo municipal do CDS e subscrita por Paulo Galvão, tem a palavra se faz favor.”
Paulo Galvão, do CDS-PP, disse: “Esta moção serve essencialmente para alertar para os graves
problemas que aconteceram nos últimos tempos no rio Tejo e para reforçar a atenção da Câmara
a esta situação porque mais tarde ou mais cedo vai chegar aqui ao pé de nós, não para já mas
possivelmente vindo através do rio pode chegar aqui ao nosso estuário; é uma situação que o CDS
está muito preocupado e que reforça que a Câmara tenha a devida atenção e que continue a
trabalhar nesse sentido para que não haja nenhum problema aqui na nossa Baía. Disse.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções sobre esta moção? Não há pedidos de
intervenção, não registamos, confirmando-se que não há pedidos de intervenção eu pergunto ao
proponente se quer dizer mais alguma coisa. Não? O Sr. Presidente da Câmara, se faz favor.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Eu aproveitava esta oportunidade para referir que
fazemos, em 2018, 10 anos que temos o tratamento de efluentes a 100% no Município do Seixal e,
tal como nós, todos os municípios da margem sul integrados no sistema multimunicipal da
SIMARSUL. Desde essa data foram investidos 200 milhões de euros na execução de sistemas de
tratamentos de efluentes em toda a área sul e em toda a Península de Setúbal e o município e os
munícipes deste Concelho pagam cerca de 6 milhões de euros por ano a esta entidade, à
SIMARSUL, para que o nosso contributo em termos de cargas poluentes para o Tejo seja zero; e
por isso eu gostaria de, nos 10 anos que fazemos este ano de contributo zero de poluição para o
Tejo, não só de assinalar esta mais-valia que a população do Seixal todos os anos consegue, como

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também dizer que o nosso exemplo deve ser seguido por outros municípios e também por outros
sectores de atividade porque o poder local deu um bom exemplo ao tratar todos os seus efluentes
e era bom que as industrias o fizessem também; era bom que as licenças ambientais que são
passadas pelo Ministério do Ambiente pudessem ser devidamente fiscalizadas e acompanhadas
pelas entidades, nomeadamente pela inspeção geral do ambiente e, se isso acontecesse em toda a
bacia do Tejo, não teríamos os problemas que foram apontados na moção de agora que foi
proposta pelo Sr. Eleito da Assembleia Municipal; por isso, gostaria de valorizar este contributo do
município e dos munícipes deste Concelho e também dizer que as águas do Tejo, nesta área onde
estamos, melhoraram significativamente e, se tudo correr bem, em 2019 já teremos novamente
praias com qualidade balnear no nosso Concelho, sinónimo da excelente melhoria da qualidade
das águas do Tejo que só é conseguida, de facto, se todos aqueles que drenam os seus efluentes
para estas águas fizerem o que é o seu dever que é, de facto, tratar de forma conveniente esses
efluentes. Obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos colocar à votação esta moção «Condenar a
Poluição no Rio Tejo».
Aprovada a Tomada de Posição n.º 11/XII/2018 por unanimidade e em minuta com:
Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 16
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do grupo municipal do PAN: 1
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
- Do Presidente da Junta de Fernão Ferro: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A moção foi aprovada por unanimidade.”
II.4. O Grupo Municipal da CDU apresentou a saudação «Água de Excelência no Concelho do
Seixal», subscrita por Nuno Pombo.
(Documento anexo à Ata com o número 4)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Saudação é o documento seguinte, saudação
«Água de Excelência no Concelho do Seixal», é do grupo municipal da CDU e subscrita por Nuno
Pombo; tem a palavra se faz favor.”
Nuno Pombo, da CDU, disse: “A CDU considera pertinente apresentar esta saudação decorrendo
do facto de a Câmara Municipal do Seixal ter ganho mais uma vez a certificação do Selo de
qualidade exemplar de Água para consumo humano relativamente ao ano de 2017. Portanto este
é um prémio, uma certificação pela ERSAR – Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e
Resíduos, que obviamente terá toda a legitimidade para atribuir esta certificação; esse prémio, no
fundo, serve para estimular a melhoria da qualidade da água para consumo humano e, portanto,
no Concelho do Seixal penso que todos nós estamos de parabéns por conseguirmos providenciar à
nossa população uma excelência de qualidade da água para consumo humano. Algumas notas que

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penso que vale a pena frisar relativamente ao conteúdo da saudação que tem a ver com o facto de
isto ser um processo, um processo de certificação, um processo de avaliação, de análise da
qualidade da água; foram realizadas 3627 análises à qualidade da água aqui no Concelho do Seixal
e 99,6% das mesmas estavam em cumprimento com os parâmetros exigidos; portanto acho que
estamos mesmo, devemos mesmo estar felizes por virmos providenciar este bem público
fundamental à nossa população; apenas dizer que obviamente isto surge por um investimento
público sistemático, continuado, reiterado que decorre de uma rede de abastecimento de água
formada por captações subterrâneas, centros distribuidores de água, depósitos elevatórios
apoiados, estações elevatórias etc. e tem várias fases, captação, tratamento, armazenamento e
distribuição de água e, portanto, é claramente um investimento público desde bastante cedo,
desde a gestão pública autárquica da CDU, desde a revolução do 25 de abril de 1974; a acrescer a
tudo isto, de notar também que esta excelência da qualidade da água não é feita à custa da
despesa dos cidadãos porquanto esta água é a mais barata da Área Metropolitana de Lisboa e
Porto; o Município do Seixal está em 1.º lugar com as tarifas mais baixas, tem um tarifário social e
esse tarifário social contempla reduções de pagamento em função da situação económica das
pessoas e, portanto, é também mais um motivo de satisfação. Tudo isto, como já disse, não surge
do acaso; a Câmara Municipal do Seixal tem um investimento de cerca de 2 milhões de euros, há
um conjunto de investimentos públicos já planeados e outros em concretização e, portanto, o
investimento é constante e é ainda mais meritório este prémio, é também a consagração da
gestão pública da água; a CDU considera que a melhor forma de gerir a água é de uma forma
pública e universal; há experiências neste País em que a água foi concessionada a privados e o
serviço piora; inclusive já há processos de reversão dessa concessão de gestão privada e, portanto,
esta saudação é também como um alerta e um empenhamento político de todos nós no sentido
de preservarmos a gestão pública da água e que poderá sempre e estará sempre sujeita a
pressões de privatização; e aqui também foi muito importante, há relativamente pouco tempo, a
nível europeu, creio que uma moção ou uma subscrição pública que atingiu mais de 1 milhão de
assinaturas, precisamente exigindo às instituições europeias que mantenham o sistema da gestão
pública da água.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Há uma primeira inscrição, Samuel Cruz se faz
favor.”
Samuel Cruz, do PS, disse: “Dizer que esta saudação enquanto exercício humanista não está mal,
mas temos aqui algumas reservas; e temos algumas reservas, porquê? É que esta certificação que
corresponde ao cumprimento de 99% dos padrões foi recebida exatamente por 99% da água
distribuída em Portugal; ou seja, esta certificação foi recebida por 99% dos Concelhos deste País,
grosso modo, e portanto não será assim tão fantástico; mas vamos lá subdividir isto: do que é que
estamos a falar? Estamos a falar de qualidade e preço; a qualidade divide-se em dois itens, a
qualidade da água propriamente dita, e a qualidade na sua distribuição; quanto à qualidade da
água todos sabemos que a água captada no Concelho do Seixal é de excelente qualidade, ou seja,
desde que não se estrague assim que é recolhida está pronta; acerca disso não haverá mérito
especial da Câmara. Debrucemo-nos então sobre a distribuição. Bem, sobre a distribuição já não é
o mesmo; eu estava a fazer a pesquisa para preparar esta intervenção e imediatamente apareceu
– estou aqui a olhar para o Presidente da Junta de Fernão Ferro – uma notícia no Diário de
Notícias a dizer que a população de Fernão Ferro se queixava imenso, que iria fazer uma
manifestação com garrafões de água, etc. e que há faltas de água de facto, aliás reconhecidas
porque se decidiu fazer o CDA de Fernão Ferro. Bem, o CDA que eu várias vezes tenho dito não

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será bem um CDA, um CDAzinho porque em 2008 a Câmara pediu um empréstimo de 3 milhões e
640 mil euros para fazer um CDA em Fernão Ferro e agora anunciou um CDA de 1 milhão e 400 mil
euros; portanto, não é certamente a mesma coisa como todos sabemos; mas não é preciso ir a
Fernão Ferro, a minha casa, que vivo nas Farinheiras, e quem conhece aqui o troço entre a Torre
da Marinha e Paio Pires, sem exagero, nos últimos 5 anos já rebentou mais de 20 vezes aquele
tubo; é sem exagero, rebenta hoje aqui, estamos 2 ou 3 horas sem água, às vezes mais um
bocadinho, a Câmara vai lá e substitui; é sempre certo que no mês a seguir vai rebentar 10 metros
à frente. Andamos nisto há 5 anos; portanto não é possível qualificar esta distribuição de
qualidade, não é de facto; aliás, eu sempre me recordo que uma das obras a mais na Freguesia do
Seixal – portanto, nestas obras que foram agora feitas – um dos itens de obras a mais que foram
cobrados à Câmara é porque os esgotos corriam dentro da canalização da água; quer dizer, é difícil
imaginar boa distribuição da água quando o tubo do esgoto corre dentro do tubo da água,
imaginem; eu, desde aí, nunca mais bebi copos de água nos cafés do Seixal porque de facto fiquei
um bocadinho apreensivo com esta técnica. Bem mas já estamos conversados em relação à
qualidade, naturalmente, e à distribuição; temos agora o preço; em relação ao preço há aqui uma
coisa que não tem nada que enganar: a ERSAR, que é a entidade reguladora desta matéria,
instalou o selo e muito bem, todos defendemos o princípio da água pública, que a água não é para
ganhar dinheiro, a água não pode ser nem mais cara, nem mais barata do que aquilo que custa a
sua exploração e, portanto, se a água no Concelho do Seixal, partindo do princípio que a Câmara
Municipal cumpre a lei, é barata é exatamente porque a extração da água no Concelho do Seixal e
sua distribuição é barata e é barata porque é de muito boa qualidade; bem, mas ainda em relação
a uma questão diferente: controlo do desperdício; a água além de ser um bem público é um bem
raro que deve ser, de alguma forma, preservado e não há controlo de desperdício no Concelho do
Seixal; não sabemos, não existem dados fiáveis acerca daquilo que injetamos na rede e aquilo que
efetivamente é faturado; para que isso aconteça é preciso que existam em todo o Concelho
contadores intermédios que sabem que em determinado sector foi injetada aquela água e que é
possível com sistemas de contabilidade, que também não existem porque a água deveria estar em
ERSAR, para ver isso, e a legislação prevê isso, numa conta específica apenas para se perceber o
que é a conta do custo da água; e aqui também não é feito o que está previsto na legislação sobre
a matéria, não existe o controlo dessa forma e portanto não sabemos se há desperdício, se não há
desperdício; sabemos que há bastante, quanto mais não fosse pela prática das piscinas que têm
muitos desvios até lá chegarem, enfim para não dizer mais; mas mais: há práticas de telegestão
que têm que ser implementadas; a telegestão, para fazer face àquilo que são dias de chuva, que
são dias de seca, são fundamentais e não está implementada no Concelho do Seixal; só assim é
que evitaríamos aquele triste espetáculo que é, em dias de chuva, a regar os jardins o que é
desnecessário; e por fim, algo que tem sido muito acarinhado pelo Partido Socialista e que não é
tido em conta por esta Câmara, a tarifa familiar da água; o custo da água é progressivo, quem
gasta mais é quem paga mais, exatamente para incentivar a sua poupança; mas não é justo que
quem vive com os seus pais em casa porque, por variadas razões, porque está a tomar conta
deles, ou porque ficou desempregado e tem que recorrer à casa dos pais, e tem também os filhos
e há três gerações por vezes na mesma casa, consomem naturalmente muito mais água, muitas
vezes com grandes dificuldades económicas e, pela simples razão de não terem a capacidade de
viver em mais do que um fogo, têm que pagar mais água do que qualquer outro. Disse.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ora mais intervenções nesta moção? André, se faz
favor, e depois o Rui Belchior; há mais intervenções? Vítor Cavalinhos, portanto, por esta ordem.”

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André Nunes, do PAN, disse: “Nós vamos votar favoravelmente esta saudação; quero somente
esgotar um pouco mais do pouco tempo que tenho para realçar uma frase do texto da saudação
onde diz que no Concelho existe um consumo de água na ordem dos 173 litros por habitante, por
dia; e o apelo, nós temos lido nas notícias nos últimos dias que já existem cidades neste momento
no qual se presume a falta de água já a partir de abril deste ano, a Cidade do Cabo, na África do
Sul, por exemplo; e quero somente destacar este dado: 173 litros, neste momento na Cidade do
Cabo o consumo diário está restringido aos 50 litros por dia e, portanto, queria somente enfatizar
isso apelando para o consumo criterioso de água.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Sr. deputado Rui Belchior.”
Rui Belchior, do PSD, disse: “Bom, a fazer fé naquilo que disse o Sr. Membro Samuel Cruz eu sinto-
me enganado, sinto-me enganado porque se, de facto, 90 e tal por cento ou 98% dos municípios
receberam este selo, não valeria a pena exultar aqui as qualidades da água no Seixal. Aliás nós já
tivemos ali oportunidade de verificar e, de facto, um conjunto interminável de municípios também
recebeu esse selo; nessa medida, diria que não falta quem elogie: o PS exulta com o Governo e a
CDU com a Câmara; bom, relembrando aqui, como o membro do PS Samuel Cruz aqui bem disse,
que há ainda vastas regiões do território que não têm água, designadamente em Fernão Ferro e
não são assim tão poucas as pessoas que ainda, de facto, têm grandes dificuldades no
abastecimento de água; e ainda depois dizer, e só para terminar, que aqui a moção no nosso
entendimento é falaciosa porque, e vai ser sempre essa a nossa diferença do ponto de vista
ideológico, o privado e o público está por demonstrar, no nosso entendimento, que tenha maiores
ou menores benefícios para as pessoas; nesse aspeto nunca estaremos de acordo, muito
obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Sr. deputado Vítor Cavalinhos.”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “A primeira questão é-me suscitada pela intervenção do deputado
Samuel Cruz e a pergunta é muito direta; aquilo que ele aqui disse sobre o facto de 98% dos
Concelhos terem recebido este certificado corresponde ou não à verdade? Acho que essa é uma
questão para ser esclarecida aqui e, portanto, o Sr. Presidente fará o favor de responder, porque
esse problema tem uma importância decisiva como acho que é evidente; três ou quatro questões:
normalmente o Bloco não vota a favor de elogios, moções que tenham elogios nem ao poder local
nem ao poder central; desta vez estamos disponíveis para fazer uma exceção e vamos votar a
favor devido à importância da defesa da água pública e porque achamos que, no geral, a política
pública da água no Concelho do Seixal tem qualidade; de qualquer modo, o que nós não achamos
– e o Bloco não subscreve esse elogio e referiu-o aqui – nós não achamos que a política pública de
água no Concelho do Seixal seja exemplar; achamos que tem qualidade, mas não a consideramos
exemplar; há o problema de Fernão Ferro e o abastecimento de Fernão Ferro, o desperdício, a
necessidade de modernização das redes de distribuição e já foram aqui aflorados problemas nesse
sentido que se passam no Concelho do Seixal; acabo como comecei, colocando diretamente esta
questão porque é fundamental que a Assembleia Municipal tenha conhecimento do rigor desta
informação: ela é rigorosa na atribuição da medalha mas é fundamental que saibamos se isto,
como diz o Samuel Cruz, corresponde à verdade ou não. “
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Sr. Deputado Rui Mendes.”

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Rui Mendes, do PSD, disse: “Eu vinha cá para lerem todos, as entidades que receberam o prémio
que já as vi, mas são centenas delas e o tempo não me dava para tanto, portanto eu sinto-me
enganado e vou votar contra esta saudação.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Sr. Deputado Samuel Cruz.”
Samuel Cruz, do PS, disse: “Ó Cavalinhos, sou forçado a concluir que não tens telefone com
internet, mas aqui a malta já viu quase toda. Não é possível dizer os concelhos e não foi isso que
eu disse; é da água distribuída, e porquê? Porque em muitos concelhos o sistema é multimunicipal
e, portanto, se falarmos das águas do Algarve, etc. a percentagem da água de excelência é de
98,67% disse.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ainda se aceitam inscrições… parece não haver
mais inscrições; tem a palavra, se desejar fazer uso dela, o proponente o Sr. Deputado Nuno
Pombo.”
Nuno Pombo, da CDU, disse: “Bom, nós na vida e na política podemos fazer os malabarismos que
entendermos e podemos interpretar como entendermos as palavras dos outros; naturalmente
que esta saudação não visa apenas distinguir o Seixal, visa distinguir o Seixal e as quantidades de
amostra assim o atestam, mas visa também distinguir a gestão pública da água e, portanto, para
nós é bastante meritório que realmente o Concelho do Seixal tenha tido este prémio de
certificado; o certificado está aqui, não engana, é válido, eu não sei se os senhores querem que
considere que a ERSAR, a entidade reguladora dos serviços de água e resíduos não é uma entidade
idónea e com capacidade para decidir; foi dito aqui pensar-se que o tom que a perspetiva de
valorização do trabalho da Câmara é idêntico por exemplo à moção que foi apresentada na última
Assembleia Municipal valorizando o trabalho do Governo; pessoalmente eu não aceito isso e,
portanto, o que eu sei é que isto que está aqui é verdade, corresponde à verdade, se noutros
Concelhos sejam 90, 80, sejam sistemas multimunicipais, o que for, parabéns e ainda bem que é
assim; agora uma coisa os senhores têm que ter noção, têm que ter presente: é que isto é uma
luta constante, isto implica investimentos sistemáticos, investimentos públicos avultados e,
portanto, não podemos nunca deixar de fazer os investimentos na água e procurar alcançar esta
água de excelência; os senhores quiseram-se divertir com esse facto, podem-no fazer como
entenderem; agora também é curioso, sobre o preço da água, as tarifas da água, os senhores nada
disseram; isso é curioso que assim tenha sido e é de relevar que, em 19 Concelhos da Área
Metropolitana de Lisboa e não sei quantos da Área Metropolitana do Porto, creio que são 11, que
em 30 Concelhos pelo menos, 30 Concelhos das Áreas Urbanas mais densificadas deste país, o
Concelho do Seixal tenha a água mais barata; se querem fazer piruetas, se querem fazer
interpretações, que o façam, estão no vosso direito, agora uma coisa é certa: a água é um
investimento público que este Concelho valoriza e isso é um aspeto que deve ser distinguido.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sr. Presidente da Câmara se faz favor.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Eu pedia a intervenção do Sr. Vereador Joaquim
Tavares por favor.”
O Vereador Joaquim Tavares disse: “Dar algumas notas para conhecimento sobre aquilo que se
tem feito e aquilo que contribui para os resultados que estão evidenciados pela ERSAR no seu site
onde os números não mentem; podem-se comparar, está lá tudo, a água que captamos, a água
que desperdiçamos, o preço da água, e é possível comparar com todos os municípios e, realmente,
ver o selo da qualidade e ver que realmente a nossa água não só é uma água de qualidade e

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vendida a um preço que aqui na Área Metropolitana de Lisboa e no Porto não tem comparação;
eu sei que pode ser para algumas pessoas um sinal menos positivo, mas para a população em
geral é um sinal positivo e, portanto, eu penso que esse trabalho temo-lo feito bem e também
temos feito bem o trabalho que é o trabalho das tarifas sociais; com uma ideia de que a tarifa
familiar é que é a solução dos problemas, podem comparar todas as tarifas familiares neste País e
não há nenhuma que se compare à tarifa social da Câmara Municipal do Seixal; portanto, eu já
expliquei isso à associação das famílias numerosas que várias vezes nos põe esse problema; o
problema do rótulo não é um problema da solução, a solução é aquela que apresentamos, quem
tem menos consumo de água tem desconto de 50% e aqueles que efetivamente têm situações de
dificuldades sociais também têm descontos iguais de 50% e, portanto, abrange todos e, depois,
podem fazer as contas onde quiserem, no Concelho que quiserem e comparem. Estão lá os dados
todos portanto é fácil; é fácil de comparar investimentos: CDA de Fernão Ferro, em construção,
como todos sabem; estamos a preparar o projeto de requalificação do CDA de Belverde e
fechamos o ciclo dos centros de distribuição de água e entramos no aumento da reserva; estamos
a preparar o aumento da reserva na Torre da Marinha estamos a preparar mais furos, para termos
uma resposta contínua à captação, e estamos a preparar as redes de distribuição em Vale de
Milhaços, Verdizela, Pinhal de Frades, Casal do Marco, Morgados 6.ª fase; tudo obras a
decorrerem e já adjudicadas e que irão ter lugar e todas elas têm incluídas a recuperação da rede
de distribuição de água; estamos a projetar outras avenidas, outras localidades, para
continuarmos neste esforço; estamos para lançar – mas já é possível aceder no site da Câmara – o
balcão digital, é um trabalho que temos vindo a fazer, está disponível mas ainda não fizemos o
lançamento oficial embora mais de 500 munícipes já tenham aderido a esse balcão digital; o
controle do desperdício também o fazemos, desde logo a partir dos nossos consumos e estamos a
instalar em tudo o que é espaços verdes contadores e também contadores inteligentes para
podermos dar resposta às situações que resultam dos períodos de chuva e que naturalmente até
aqui são feitos de forma manual essa gestão é feita de forma manual e isso caminha para ser feito
através da telegestão; a telegestão também já temos na gestão das nossas captações porque
algumas delas também já funcionam com telegestão; portanto é um grande investimento no
Concelho nesta matéria e os resultados também são visíveis como aqui foi relatado. Disse, Sr.
Presidente.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Eu gostaria de acrescentar só duas ou três notas. A
primeira é de enorme valorização de todo o trabalho que o município tem feito neste setor; de
facto, o Seixal continua a ser um dos municípios que melhor gere a sua água com os custos mais
baixos e essa é uma questão para nós determinante, quando noutros concelhos há falta de água,
quando noutros concelhos não se investiu durante muitos anos na captação da reserva desses
sistemas de abastecimento e aqui no nosso concelho, de facto, nós temos dado todos os passos
para que tenhamos não só o melhor abastecimento público possível e com a melhor qualidade
mas também com a qualidade e também com o nível de conforto de reserva adequados à
população. e por isso temos que relevar o grande esforço que o município tem feito cuja maior
bandeira neste momento com a construção do CDA de Fernão Ferro que tem uma capacidade de
reserva de 6 mil metros cúbicos, 6 milhões de litros de água em Fernão ferro que é exatamente a
mesma capacidade de reserva deste projeto que tinha o projeto de 1994; o Sr. Eleito Samuel Cruz
aqui fez referência e por isso estamos a falar da mesma capacidade de reserva a um custo inferior
e por isso cá está, estamos a preservar a boa gestão pública com esta nova adjudicação e com este
novo projeto. Segunda questão, eu nunca tinha ouvido que um tubo de esgoto estava dentro de

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um tubo de água, faz lembrar a do outro dia, da outra Assembleia – isto cada Assembleia há uma
coisa nova inovadora – por acaso é curioso como é que um tubo de água consegue comportar um
tubo de esgoto quando o tubo de água está sob pressão e o tubo de esgoto, como toda a gente
sabe, está em regine livre; é curioso como é que é possível; mas é claro que não existe e é bem
demonstrativo de que quando não se sabe, inventa-se; quando se quer denegrir não há pejo
sequer em preservar aquilo que de facto deve ser o bom serviço público que a Câmara Municipal
presta e os seus profissionais; aqui eu tenho que dizer que não vale tudo, não vale tudo, haja bom
senso para que as políticas e as questões em concreto sejam bem colocadas mas que não se caia
no ridículo desta ou daquela afirmação com prejuízo para toda a discussão; e por isso gostaria de
referir, uma vez mais, que o município está a investir de uma forma muito substantiva na
qualidade do sistema público de abastecimento de água, vamos continuar a fazê-lo para ter não só
um melhor serviço público, como também o preço mais baixo. Muito obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos colocar à votação esta moção.”
Aprovada a Tomada de Posição n.º 12/XII/2018 por maioria e em minuta com:
Vinte e um (21) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 16
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do grupo municipal do PAN: 1
- Do Presidente da Junta de Fernão Ferro: 1
Quinze (15) votos contra dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do PSD: 4
Uma (1) abstenção dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A moção foi aprovada com os votos a favor da CDU,
do BE, do PAN e do Sr. Presidente de Fernão Ferro, e os votos contra do PS, PSD e abstenção do
CDS. Alguma declaração de voto? Vítor Cavalinhos se faz favor, e CDS.”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “O BE apresentará uma declaração de voto no prazo regimental.”
(Documento anexo à ata com o número 4-A)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Paulo Galvão se faz favor.”
Paulo Galvão, do CDS-PP, disse: “O CDS irá apresentar também uma declaração de voto em
relação a esta matéria”, mas a mesma não foi entregue no prazo regimental.
II.5. O Grupo Municipal da CDU apresentou a saudação «Prémio de melhor programação
cultural autárquica 2017 atribuído à Câmara Municipal do Seixal», subscrita por Nuno
Pombo.
(Documento anexo à Ata com o número 5)

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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos para o documento seguinte que é uma
saudação sobre «Prémio de melhor programação cultural autárquica 2017 atribuído à Câmara
Municipal do Seixal» é do grupo municipal da CDU e subscrita por Nuno Pombo que tem a palavra
se faz favor.”
Nuno Pombo, da CDU, disse: “Bom, eu venho aqui saudar a Câmara Municipal do Seixal pelo
prémio da melhor programação cultural autárquica 2017, atribuído pela Sociedade Portuguesa de
Autores, portanto este é obviamente mais um reconhecimento do trabalho desenvolvido pelo
município na área cultural pela sua programação cultural pela sua diversidade pela importância
que confere à Cultura uma cultura alicerçado nos valores da participação, liberdade, igualdade,
todos os valores de Abril que pautam este Concelho um conjunto de programas de projetos que
são reconhecidos a nível Nacional e Internacional como Festival Internacional Seixal Jazz, as
nossas Festas Populares do Concelho, o Março Jovem, a Mostra Cultural Associativa, a Aldeia
Natal do Seixal, o Encontro Intercultural Saberes e Sabores, o Seixal Graffiti, o Drive in Art, o
Canta, A Escolamexe, o Festival de Teatro, o “Dar de Volta”, o “Vitória Vitória…Não acabou a
história”, o “Dá-me Música”, “Autores da Nossa Terra”, e “Noite na Biblioteca” entre tantos outros;
portanto, este é um reconhecimento que também nos deve orgulhar, a toda a população e a todos
os eleitos, e obviamente que continuaremos e há um conjunto de investimentos na área da cultura
que a CDU está apostada em concretizar e cá estaremos para os cumprir conforme o nosso
mandado autárquico. Obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Bruno Barata, primeira inscrição, se faz favor.”
Bruno Barata, do PS, disse: “Eu efetivamente estou muito surpreso com o Sr. eleito Nuno Pombo.
Aqui o meu colega de bancada falou em onanismo, o que eu digo é que isto é completamente um
exercício de masturbação intelectual; permita-me porque eu vou-lhe dizer, eu não sei se acredita
nisto, se os seus companheiros de bancada acreditam nisto que está aqui, vou-lhe dizer uma coisa
oiça com atenção: o Sr. Eleito põe aqui, efetivamente, alguns eventos que têm sido feitos
nomeadamente o festival internacional de Jazz que é efetivamente um evento cultural de muito
valor e reconheço-o, quando é para reconhecer; agora põe aqui as festas populares e a Aldeia
Natal, a Aldeia Natal do Seixal não tem nada a ver com isso; mas temos aqui eventos 4 linhas o
que está por fazer que é na alínea g), é praticamente uma página A4 e o Sr. Eleito tem a lata
distinta de vir aqui e dizer o que vão fazer; eu vou-lhe dizer o que é que vão fazer e o que está por
fazer, nomeadamente desde 2009; dou-lhe o exemplo, Centro Internacional da Medalha
Contemporânea, os caboucos foram abertos em 2009, tem quase 10 anos, foi feito também um
empréstimo da Câmara Municipal para construir este espaço; dou-lhe outro exemplo, valorizar o
monumento nacional da Olaria Romana, este projeto tem mais de 20 anos; tem a lata distinta de
meter aqui que vai fazer, no seu exercício de masturbação; por favor Sr. Eleito, haja vergonha,
haja cuidado nesta Assembleia, não estou a dizer nenhuma asneira, por favor, eu estou é
estupefacto com, não, o Sr. é que não sabe o que é que a CDU anda a fazer e portanto isto
efetivamente….
O Presidente da Assembleia Municipal, disse, interrompendo a intervenção do eleito: … Eu, como
presidente da Assembleia, e a Mesa aqui não achamos nada interessantes as expressões que está
a utilizar; se fosse a Natália Correia, que já não está connosco, que estivesse aqui tinha autoridade
para isso; qualquer um pode utilizar, mas eu não posso deixar de abrir este parenteses para deixar
este registo, aqui na Assembleia Municipal, em relação às expressões utilizadas por duas vezes.

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Bruno Barata, do PS, disse, retomando a intervenção: … pode discordar, obviamente, e respeito a
sua discordância; é uma palavra como outra qualquer, no meu entendimento, e portanto estamos
a falar no âmbito intelectual; utilizei uma expressão idiomática que é utilizada na política, Sr.
Presidente; e portanto não é nada ofensiva, estamos no campo da política e portanto…
O Presidente da Assembleia Municipal, disse, interrompendo de novo a intervenção do eleito: por
acaso é a primeira vez, quero-lhe dizer que estou há 24 anos na Câmara, sou Presidente da
Assembleia Municipal há mais 4, 28 anos e nunca tinha ouvido; aqui nunca tinha ouvido
Bruno Barata, do PS, disse, retomando a intervenção: … veio do exterior com certeza; e dito isto
eu também ia pedir ao Sr. Eleito Nuno Pombo que efetivamente fosse sério na sua análise. Disse.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Paulo Silva, se faz favor.”
Paulo Silva, da CDU, disse: “Depois da intervenção do Sr. Eleito do Partido Socialista, Bruno
Barata, tenho aqui que concluir duas coisas: a primeira é que o Partido Socialista começa a ser um
especialista em alegações de política sexual; é que depois de uma Assembleia Municipal em que
vem aqui o Sr. Líder de bancada do Partido Socialista, Samuel Cruz, reivindicar a primeira queca,
vem agora o eleito Bruno Barata falar na masturbação sexual; e depois de vê-lo e depois de me
lembrar de V. Exa na última Assembleia Municipal, em que veio aqui assim falar de forma tão
inflamada nos investimentos do poder central do Seixal, de tal maneira que até deturpou a
realidade matemática que se quer exata e afirmou aqui que 60 mais 30 dá 100 milhões, a única
coisa que eu posso aqui concluir é que V. Exa., quando vem aqui falar de masturbação intelectual
é porque deve de ser um especialista…
O Presidente da Assembleia Municipal, disse, interrompendo a intervenção do eleito: Ó Paulo, eu
vou interrompe-lo! Eu esperava que, depois do que eu disse, que fossem todos menos o Paulo
Silva… porque não estamos a elevar o nível à Assembleia Municipal, na minha opinião.
Paulo Silva, da CDU, disse, retomando a intervenção: … sim Sr. Presidente, mas acho que a
seriedade na política tem que se ver aqui nestas coisas e eu acho que V. Exa. na sua intervenção
estava-se a ver literalmente ao espelho.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Bom, eu espero não interromper a terceira vez;
espero, porque se não interromperei; é o nosso papel porque acho que o nível da Assembleia
Municipal depende de nós; bom, quem é que pretende intervir? Vítor Cavalinhos se faz favor.”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Uma pergunta já, para eu continuar esta conversa: isto significa o
que está aqui, prémio de melhor programação cultural autárquica 2017, é atribuído ao melhor
concelho do País? É a programação do concelho do Seixal? Confirma-se? Ótimo, ótimo para a
minha argumentação já agora; o BE não partilha e não acompanha o espírito desta moção que o
concelho do Seixal tem a melhor programação Cultural do País; nós não sabemos os critérios da
Sociedade Portuguesa de Autores já agora; o BE não tem nenhuma subserviência a prestar à
Sociedade Portuguesa de Autores, como é evidente, não sei os critérios com que lida com a
política autárquica, portanto, se alguma vez viermos a saber, podemos reavaliar a situação; agora
do nosso ponto de vista se compararmos o Concelho do Seixal com o Concelho de Almada, só na
programação teatral é evidente e irrecusável que a programação Cultural neste aspeto tem muito
mais qualidade do que a do Seixal; o Fórum Cultural do Seixal já quase que não dá cinema e há
filmes, eu já assisti a filmes ali no Fórum Cultural com 10 pessoas; fui a um concerto, ao concerto
de António Vitorino de Almeida, com 40 pessoas; o problema é a programação é boa, mas as

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pessoas não foram lá porque não quiseram, mas há outro problema que é qual é a divulgação que
se faz e que política de divulgação que o Concelho faz sobre essa matéria; aliás, se refletirem e se
analisarem nomeadamente o Boletim Municipal muitas vezes o destaque que dá a iniciativas
culturais do Concelho do Seixal é uma coisinha, é uma linhazinha que passa no calendário; o
Concelho do Seixal teve só o festival do Cantigas do Maio que era uma coisa que projetava o
Concelho do Seixal para o mundo inteiro era uma das coisas do festival de world music, com mais
qualidade que se fazia as melhores da Europa; temos essa opinião; aliás queria, antes de colocar
outra questão e antes de acabar, era o seguinte: aqui na alínea g) diz-se que se vai construir o
novo centro cultural de apoio ao movimento Juvenil em Amora; eu, na apresentação do Centro
Cultural de Amora, que é também uma boa perspetiva, que esperamos que veja a luz do dia, foi
dito que o CAMAJ vai funcionar dentro do Centro Cultural da Amora; outra questão para
esclarecer é se vai haver um novo Centro do CAMAJ ou se o CAMAJ vai funcionar no Centro
Cultural de Amora? Porque senão são duas coisas, ou é uma só ou são duas coisas, portanto o Sr.
Presidente fará o favor de esclarecer. E pronto, nós não partilhamos, de modo nenhum, essa
opinião de que, de facto, o Concelho do Seixal tenha a melhor programação cultural do país. Era
só.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma intervenção? Pergunto ao proponente
se pretende intervir. Se faz favor.”
Nuno Pombo, da CDU, disse: “Bom, eu só espero é que o nível da discussão seja coordenável com
o órgão e obviamente que nós temos diferenças de opinião de vária ordem e várias perspetivas,
mas espero bem para a nossa própria saúde mental que não entremos aqui com ataques pessoais
e com alguma linguagem que não é própria do órgão. Eu não farei, até ao fim do meu mandato,
nunca farei um ataque pessoal a ninguém porque eu não estou aqui para fazer ataques pessoais a
ninguém, estou aqui para defender os interesses da população do concelho do Seixal, estou aqui
para, do ponto de vista político, considerar quais devem ser as melhores opções que o nosso
concelho deve tomar; naturalmente que para a nossa democracia local não podemos enredar por
um estilo, um tom jocoso que claramente vai ao arrepio do que é a honestidade de cada um; uns
podem ter pior ou melhor honestidade intelectual, claro, e teremos sempre uma avaliação sobre
essa honestidade intelectual, agora todos os documentos merecem respeito inclusive os mais
fracos que necessariamente podem ser criticados como é obvio, mas criticados do ponto de vista
construtivo não é de uma perspetiva que sinceramente não estou habituado; depois foi dito aqui
um conjunto de considerandos, os senhores deputados municipais têm que pensar uma coisa: não
têm uma visão maniqueísta que o Concelho do Seixal é o melhor em tudo, não é nem nunca será,
nem nenhum Concelho é o melhor em tudo; não é isso que está em causa o que está em causa é
que a Sociedade Portuguesa de Autores atribua a programação cultural autárquica do ano 2017,
este prémio à Câmara Municipal do Seixal; podemos considerar é melhor aqui, é melhor ali? como
fez o eleito do BE; claro obviamente. Agora outra coisa é indiscutível, podemos duvidar da ERSAR,
podemos duvidar da SPA, podemos duvidar de todas as nossas entidades quando o nosso espectro
de análise é o nosso umbigo, podemos duvidar sempre tudo claro, agora a mim uma iniciativa que
terá a presença das mais altas instâncias do País relativamente a esta a Gala do Prémio de Autores
realizar-se-á no grande Auditório do Centro Cultural de Belém no próximo dia 20 de março, temos
que respeitar as instituições e portanto por isso comigo não contem e certamente que a bancada
da CDU não vai por esse caminho.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sr. Presidente da Câmara.”

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O Presidente da Câmara Municipal disse: “Eu pedia a intervenção do Sr. Vereador da Cultura se
faz favor.”
O Vereador Jorge Gonçalves disse: “Permitam-me só, dentro deste âmbito, que com alguma
celeridade destaque alguns aspetos; primeiro lugar costuma-se normalmente cantar os parabéns
dos aniversários só depois do prémio atribuído mas a verdade é que a própria Sociedade
Portuguesa de Autores apesar de nos ter comunicado em dezembro, remetendo para a gala a
realizar a 28 de março, tendo em conta que a própria entidade já o divulgou naturalmente é
normal que sejam apresentadas iniciativas dentro deste âmbito; em primeiro lugar dizer que nós
recebemos esta notícia naturalmente com regozijo, mas como algo que significa incentivo para
continuar a aprofundar aquilo que é a política cultural autárquica do nosso município e não deixa
de ser algo importante que este reconhecimento também venha por parte daqueles que são os
autores do nosso País, através da entidade que gere aquilo que são os direitos de autor do nosso
País; gostava de salientar que do nosso ponto de vista a programação cultural autárquica é
verdade que tem marcas distintivas e nós não estamos e nem queremos participar em nenhuma
corrida da cultura do ponto de vista do país, por isso recebemos este prémio como
reconhecimento daquilo que é o nosso projeto autárquico e não uma corrida qualquer com
qualquer outro município em relação ao desenvolvimento da programação autárquica; não queria
deixar de destacar de que ela responde a princípios que são relevantes do ponto de vista da
democratização cultural como é o facto de se garantir um acesso generalizado de fruição cultural
no nosso concelho, como é o facto de se garantir a diversidade do ponto de vista das expressões
culturais, como é o facto de se garantir, por exemplo, a descentralização do ponto de vista das
várias iniciativas e eu diria, sem querer de todo competir com outros municípios, que o nosso
festival de teatro tem uma marca muito importante do ponto de vista da descentralização do
território na afirmação daquilo que são as expressões do teatro, das nossas próprias companhias,
mas também introduzindo, naturalmente, outro tipo de expressões; devo dizer também que o
acesso generalizado à cultura faz-se através de diversas expressões; já aqui foi colocado, temos
muito orgulho no Seixal Jazz, como o temos nas comemorações do 25 de abril que enquadramos
com uma iniciativa também de âmbito cultural muitíssimo forte, das festas populares na garantia
de que a cultura chega a todos; tendo em conta o desconhecimento generalizado, no quadro das
intervenções dos Srs. Eleitos, eu ia sugerir que quer no âmbito da comissão própria quer do ponto
de vista individual, durante o mês de março temos como objetivo terminar o diagnóstico
preliminar do plano municipal de desenvolvimento cultural, que ele possa ser também um
instrumento para os Srs. Eleitos conhecerem melhor a programação cultural autárquica. Disse.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Muito obrigada Sr. Presidente.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos colocar à votação esta saudação.”
Aprovada a Tomada de Posição n.º 13/XII/2018 por unanimidade e em minuta com:
Dezoito (18) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 16
- Do grupo municipal do PAN: 1
- Do Presidente da Junta de Fernão Ferro: 1
Quinze (15) votos contra dos seguintes eleitos:

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- Do grupo municipal do PS: 11


- Do grupo municipal do PSD: 4
Quatro (4) abstenções dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto a saudação foi aprovada com os votos a
favor da CDU, do Sr. Presidente de Fernão Ferro, do PAN, a abstenção do BE e do CDS, e os votos
contra do PS e do PSD; se faz favor declaração de voto.”
Paulo Galvão anunciou a entrega de uma declaração de voto nos termos do Regimento, mas tal
não se verificou.
Vítor Cavalinhos anunciou a entrega de uma declaração de voto nos termos do Regimento, mas
tal não se verificou.
Rui Belchior anunciou a entrega de uma declaração de voto nos termos do Regimento.
(Documento anexo à ata com o número 5-A)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma declaração de voto? Não, agora é que
sim, nós terminamos a 1.ª hora do PAOD, vamos fazer um intervalo de 10 minutinhos e depois
prosseguimos com a 2.ª hora.”
II.6. O Grupo Municipal do PS apresentou a recomendação «Pela manutenção do
funcionamento das bibliotecas, galerias e núcleos museológicos municipais durante os
meses de Verão», subscrita por Luís Gonçalves.
(Documento anexo à Ata com o número 6)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Srs. Membros da Assembleia, vamos recomeçar
pela prorrogação; pergunto se há alguma oposição à prorrogação ao PAOD? Portanto, não
havendo, está prorrogado por mais 60 minutos. O documento seguinte é uma moção, ou melhor
uma recomendação, «Pela manutenção do funcionamento das bibliotecas, galerias e núcleos
museológicos municipais durante os meses de Verão», é do Partido Socialista e é subscrita pelo
Luís Gonçalves e há aqui uma indicação dada à mesa de que no que se refere à recomendação é
retirado o ponto 1, o que significa que o ponto 2 passa a 1 e o 3 a 2; portanto, dou a palavra ao
proponente se faz favor; não pretende intervir; intervenções para esta recomendação? Paulo Silva
se faz favor.”
Paulo Silva, da CDU, disse: “Sobre esta recomendação apresentada pelo Partido Socialista, o que a
CDU diz é que durante estes meses de verão há sempre polos da Biblioteca que estão abertos e há
sempre galerias que estão abertas e há outras que estão encerradas e há uma rotatividade;
portanto, não encerra ao mesmo tempo todos os espaços que o PS faz aqui referência, vão
funcionando e há um momento que encerram por causa das férias do pessoal e por causa também
até de obras de manutenção dos espaços que são necessárias desenvolver e que só podem ser
com os espaços encerrados; portanto não estamos a ver como é que o PS quer levar esta situação
para a frente a não ser com esta auscultação que estavam aqui a dizer aos trabalhadores, mas
parece que retiraram, para ver se eles não gozavam o seu período constitucional e legal de férias,
e acho que não se pode exigir isso aos trabalhadores.”

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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Não há mais pedidos de


intervenção pelo que registo, portanto, não havendo, eu pergunto ao proponente se pretende
intervir; Sim, se faz favor.”
Luís Gonçalves, do PS, disse: “Bom, eu parece-me que o documento é claro e face àquilo que o Sr.
Paulo Silva veio cá dizer, há de facto aqui uma divergência da forma como vemos esta questão; a
ideia é exatamente termos os serviços abertos durante todo o ano, inclusivamente no verão;
muito honestamente, não compreendo o argumento relativamente às férias dos trabalhadores
uma vez como o próprio documento diz e passo a ler especificamente, «pode ser necessário haver
alguns ajustes», ou seja, reforça o quadro de pessoal; da mesma forma existem outras formas,
podemos pensar em estágios renumerados, podemos pensar simplesmente em fazer aquilo que é
típico de um emprego sazonal que é recrutar as pessoas para essa altura; portanto, não vemos
nenhum ponto para que não possamos abrir durante todo o ano e, se necessário e por isso
mesmo, estamos a prever a questão dos quadros da Câmara Municipal do Seixal durante aquele
período; obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto ao Sr. Presidente da Câmara se pretende
intervir; Sr. Presidente da Câmara se faz favor.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Pedia a intervenção do Sr. Vereador Jorge Gonçalves se
faz favor.”
O Vereador Jorge Gonçalves disse: “Em primeiro lugar eu esclarecia que no que diz respeito aos
equipamentos Culturais que eles não estão fechados durante o verão. Eles encerram por períodos
curtos e alternados, de acordo com as tipologias do equipamento e por razões que têm que ver
não só com os recursos humanos, mas tem que ver com os edifícios que têm que ser feitos
quando eles estão encerrados e naturalmente é aproveitado nessa altura; eu dava o exemplo das
bibliotecas precisamente um dos exemplos que estará na moção para que se perceba que apesar
da referência ser em relação a julho, agosto e setembro, em julho agosto e setembro nós temos
sempre dois polos da biblioteca abertos porque o encerramento deles é alternado precisamente
para garantir sempre o funcionamento dos outros dois polos; estou a falar em períodos curtos
entre os 15 dias a um mês e mesmo assim garantindo sempre que há alternativas em relação às
diversas áreas e, por isso, não percebo sequer a importância em relação a esta matéria a não ser
que seja do ponto de vista de uma recomendação e nós isso tentamos fazer todos os anos dando
azo a que o período seja sempre o mais curto possível; do ponto de vista do executivo da área da
cultura não vejo razão nesta moção. Disse.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Obrigado Sr. Presidente.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “E passamos, portanto, à votação desta
Recomendação.”
Aprovada a Tomada de Posição n.º 14/XII/2018 por maioria e em minuta com:
Vinte (20) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do grupo municipal do PAN: 1

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1ª Sessão Ordinária – 19 de fevereiro de 2018

- Do grupo municipal do CDS-PP: 1


Dezassete (17) votos contra dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 16
- Do Presidente da Junta de Fernão Ferro: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse:” A recomendação foi aprovada com os votos a favor
do PS, do PSD do BE do PAN do CDS e o voto contra da CDU e do Sr. Presidente de Fernão Ferro.”
II.7. O Grupo Municipal do PS apresentou a moção «Autoeuropa: Apelo ao Compromisso»
subscrita por Bruno Barata.
(Documento anexo à Ata com o número 7)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos para o documento seguinte que é uma
moção sobre «Autoeuropa: Apelo ao Compromisso» é do grupo municipal do PS subscrita pelo
Nuno Barata se faz favor. Prescinde, então quem é que pretende intervir nesta moção? Custódio
Carvalho se faz favor.”
Custódio Carvalho, da CDU, disse: “Sou trabalhador da Autoeuropa desde 1995, portanto posso
estar à vontade para falar acerca da Autoeuropa; o meu apelo ao compromisso, o compromisso da
Autoeuropa, será com os trabalhadores da Autoeuropa, com a sua administração. Durante estes
anos sempre resolvemos os nossos problemas dentro de casa, sem apelos vindos de fora por isso
irei votar contra esta moção, mas também no ponto quatro, neste quadro a preocupação dos
eleitos do Partido Socialista, a dificuldade de alcançar um acordo laboral associado, neste
parágrafo quando falamos dos acordos e apelamos aos compromissos também temos que lembrar
que há uns anos fomos nós que fizemos essas leis, que os trabalhadores agora estão a apanhar por
elas, a pagar por tabela; outra, aqui no parágrafo a seguir, no quinto parágrafo, «estar à mercê de
qualquer tentativa de instrumentalização que acabe por colocar em risco o sucesso da empresa»,
o que nós estamos com o nosso processo negocial a decorrer a comissão de trabalhadores fez
agora recentemente um plenário e no dia 11 o Sr. Carlos da UGT que é um sindicato afeto ao
vosso partido escreve assim – e isto não são citações do Custódio é da Agência Lusa se quiserem
consultar – a UGT chama fraca à comissão de trabalhadores e tenta ser ela a resolver a questão;
portanto, mais uma vez não estou a perceber esta questão de instrumentalização quando vocês
deviam se calhar estarem informados e falarem entre vocês; se a comissão de trabalhadores está
em negociação e a resolver uma questão que só diz respeito aos trabalhadores da Autoeuropa fico
contente do PS estar preocupado com os trabalhadores da Autoeuropa que vivem no Concelho do
Seixal, que são muitos, é verdade, mas com isto da instrumentalização eu acho que o líder da UGT
devia não se meter na luta dos trabalhadores e deixarem que os trabalhadores resolvam os seus
problemas. Mais uma vez obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Vítor Cavalinhos se faz favor.”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “O BE vai votar contra esta moção; o BE, contrariamente ao Partido
Socialista, partilha a perspetiva conflitual entre o capital e o trabalho porque a luta de classes não
acabou, acho que é uma evidência; o PS – e quero recordar aqui e trazer aqui à colação mais duas
ou três questões – o Partido Socialista nesta Assembleia Municipal sempre se recusou a tomar
posição sobre conflitos laborais, nomeadamente na SN; sobre solidariedade perante trabalhadores
despedidos e processos disciplinares, o PS sempre tomou a posição que não tinha nada a ver com

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esse assunto, e aliás nem sequer sabia o que se passava e não sabia se era verdade o que aqui era
trazido; portanto, isso era bom para ser dirimido no foro interno da empresa; agora já tem uma
posição diferente, aliás tem todo o direito disso; o PS apela ao compromisso mas qual é o
compromisso? o compromisso é o quê? Apela ao compromisso e o PS fala de instrumentalização,
e a empresa, e o conselho de administração da Autoeuropa não está também a instrumentalizar
os trabalhadores? é que parece que de instrumentalização o PS só usa um lado do problema se é
que há alguma instrumentalização desse lado; sobre as tentativas e a posição da empresa, de
facto perante este problema a empresa tem o direito de fazer o que quiser, impor o que quiser e
os trabalhadores só têm é que aceitar; por acaso, na Alemanha houve uma greve geral dos
trabalhadores metalúrgicos durante 3 dias e conseguiram o acordo, segundo aquilo que se sabe,
um acordo que não tem nada a ver com as imposições que a administração da Autoeuropa quer
fazer aqui em Portugal; outra nota, e termino aqui, a única empresa da Volkswagen, a única na
Europa que tem um trabalho obrigatório ao sábado é a Autoeuropa; em mais nenhum país da
Europa a Volkswagen quer impor este regime contratual que quer impor de facto na Autoeuropa;
era só.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Hernâni Magalhães. “
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Paulo Silva se faz favor.”
Paulo Silva, da CDU, disse: “Eu acho que escusavam de escrever que o PS não partilha de uma
perspetiva conflitual entre o capital e o trabalho; toda a gente sabe que o PS partilha uma
perspetiva de subordinação do trabalho ao capital e basta ver a legislação laboral produzida por
vários governos do Partido Socialista para se chegar a essa conclusão; basta ver a vossa prática e
se o atual governo não segue essa prática de anteriores governos do Partido Socialista é porque,
desta vez, para serem governo tiveram que fazer acórdãos à esquerda e fazendo acórdãos à
esquerda não estão livres para se aliarem ao capital como a prática do Partido Socialista ao longo
de vários governos o demonstra; e essa perspetiva que vocês têm, que o trabalho se deve
subordinar ao capital, vê-se na vossa moção porque falam que é possível um compromisso justo
entre os interesses do país, da região e da administração; e então os interesses dos trabalhadores?
Não contam, esses são indubitavelmente o elo mais fraco da cadeia; agora com esta situação está
aqui uma luta de classes que é o motor de toda a história e se a virmos ainda há 20 anos, 40% da
riqueza produzida era para remunerar o capital e 60 % para remunerar o trabalho; 20 anos
volvidos, menos 40% é para remunerar o trabalho e o capital já é remunerado com mais de 60%
de riqueza produzida, isto são números que são confirmados pelos economistas e capitalistas e
que demonstram que indubitavelmente nesta luta há um elo mais fraco são os trabalhadores e
todas, todas as decisões que vêm dos vários Governos desta economia capitalista são contra os
trabalhadores, nós defendemos que os trabalhadores devem lutar pelos seus direitos e estamos
com eles nessa luta.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Paulo Galvão se faz favor.”
Paulo Galvão, do CDS-PP, disse: “Eu também já passei, não pela Autoeuropa, mas por ser um
funcionário de um fornecedor da Autoeuropa e também ainda não ouvi muita gente falar dos
direitos que os funcionários da Autoeuropa têm que isso a maior parte das pessoas não o sabe e
também muitas pessoas não sabem que muita gente deve muitos dias à Autoeuropa quando foi o
down days como está aqui o meu colega também do Fogueteiro, que é funcionário lá e sabe disso
muito bem, mas também ninguém se lembra que quando tiveram esses 22 dias de down days por
ano ninguém se queixou e agora toda a gente se está a queixar por causa da história dos sábados;

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a história dos sábados vem também em parte por uma maneira de pagarem esses dias todos que
ficaram a dever à Autoeuropa e que também muita gente se está a esquecer disso; eu só gostava
de apontar mais uma ligeira coisa, no 2.º parágrafo, onde diz «nomeadamente no concelho do
Seixal – onde residem grande parte dos seus trabalhadores», deveria de ser alterado; é a minha
proposta já que se esta moção for aprovada e for enviada como está aqui atrás a dizer para todas
estas entidades porque está aqui um erro, porque não é grande parte dos seus trabalhadores são
do Concelho do Seixal, é alguns trabalhadores porque a grande parte dos trabalhadores são sim do
concelho de Setúbal e do concelho de Palmela; é só uma pequena retificação; a ser aprovada para
ser enviada que seja enviada com dados corretos, disse.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções em relação a esta moção? Rui
Belchior.”
Rui Belchior, do PSD, disse: “Não posso deixar de vir aqui dizer determinadas coisas na medida em
que e sobretudo depois da pré-história a CDU abandonou a dicotomia revolucionário e reacionário
e adotou outra cartilha, palavra que está na moda, que é a defesa intransigente dos
trabalhadores; bom, devo recordar e gostava de sublinhar isto, que a luta de classes legítima não é
guerrilha de classes, nem guerra de classes, porque enquanto tivermos a perspetiva que o patrão
ou o detentor do capital é um bandido, um sanguinário que é preciso ser eliminado e combatido,
então também não vamos lá; porque recordo aqui em muitas ocasiões e sem me circunscrever ao
caso concreto da Autoeuropa que acho que é um tema que ainda vai oferecer muita discussão, já
houve em várias ocasiões e não vale a pena relembrar aqui o extenso leque de empresas que já
foram deslocalizadas à conta dessa guerrilha de classes, e portanto é preciso muita cautela porque
a Autoeuropa, apesar de tudo, justiça seja feita ao António Chora do Bloco de Esquerda, teve aqui
uma paz, digamos, do ponto de vista da relação laboral durante 20 e tal anos; e agora, de repente,
tomados os órgãos de decisão por outro tipo de personalidades, temos aqui um problema
conflitual de facto; portanto é preciso também refletir sobre este assunto e perceber que também
não estamos aqui do outro lado, do lado do capita, de pessoas a abater porque apesar de tudo é
as pessoas que investem nos meios de produção. Muito obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Custódio Carvalho se faz favor.”
Custódio Carvalho, da CDU, disse: “É só para esclarecer o colega do CDS; portanto nós temos os
nossos down days que foi um instrumento criado na Autoeuropa; mas para criarmos esse
instrumento abdicamos, no momento em que a empresa estava em dificuldades, os trabalhadores
abdicaram de dois anos de aumento em troca dos 22 dias de down days para nos momentos de
baixa produção a Autoeuropa poder ficar parada os trabalhadores e não haver prejuízo de parte a
parte; mas é errado porque existem muitos trabalhadores, e daqui a pouco posso-lhe mostrar o
meu recibo de ordenado, eu tenho dias positivos porque dentro da Autoeuropa há vários horários,
a gente não pode dizer que há os horários que devem muitos dias, mas há horários que não
devem dias nenhuns porque a Autoeuropa labora, tirando três ou quatro dias especiais no nosso
calendário a Autoeuropa trabalha 24 sobre 24 horas; portanto, se a gente tem direitos foi porque
trabalhamos para eles e mais uma vez digo ao amigo Belchior, nós vamos resolver os nossos
problemas, os nossos problemas estão a ser resolvidos e estamos a trabalhar para resolve-los e
por isso apelo mais uma vez: se nós resolvemos os nossos problemas não precisamos de
comunicação social e nem entidades exteriores à Autoeuropa; se o problema da Autoeuropa é
grave, mais grave será o do Parque Industrial porque os colegas do Parque industrial estão a
chegar ao pé dos órgãos do sindicato e dos trabalhadores que o que têm em cima da mesa é nós

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ainda vamos trabalhar com algum dinheiro, mas vocês vão trabalhar de borla; e não vejo os
trabalhadores do parque ainda a se movimentar e, quando chegar a altura, será tarde de mais; é
isso que nós estamos a alertar e estamos a organizar junto a vocês, de estarmos todos juntos e
lutarmos na mesma batalha; mais uma vez, tenho dito.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto se há mais alguma intervenção? Pergunto
ao proponente se pretende? Se faz favor Bruno Barata.”
Bruno Barata, do PS, disse: “Eu não vou entrar em questões ideológicas das lutas de classes, esta
moção foi feita muito na lógica positiva e de apelar a consensos e vem reforçar a intervenção, no
meu entendimento obviamente, vem reformar a intervenção do eleito Custódio quando disse se
temos direitos é porque trabalhámos por eles; efetivamente a Autoeuropa sempre foi exemplo
durante 27 anos de um entendimento entre a administração e os trabalhadores; ali o eleito
Belchior falou e muito bem, o sindicalista António Chora, durante 27 anos, conseguiu o equilíbrio
entre a administração, a vontade dos trabalhadores, tinha representação até internacional de
todos os sindicalistas que representavam todas as comissões de trabalhadores da Autoeuropa em
todo o Mundo; e portanto era um homem que trabalhava nesse compromisso; o PS vem aqui
porque este é um assunto demasiado importante, a Autoeuropa é demasiado importante para o
país e portanto, passado 27 anos, assistir a esta guerrilha, nós PS, pela positiva, apelamos a todos
os intervenientes que cheguem a um compromisso; a Autoeuropa é também fruto desse bom
entendimento porque a administração Alemã leva também muito a sério os sindicatos na
Alemanha como foi dado aqui o exemplo; portanto, eu venho aqui defender os direitos dos
trabalhadores e que seja alcançado o consenso com a administração e com as realidades da
administração, muito obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos então colocar à votação esta moção.
Rejeitada a Tomada de Posição n.º 15/XII/2018 por maioria e em minuta com:
Onze (11) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PS: 11
Vinte (20) votos contra dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 16
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do Presidente da Junta de Fernão Ferro: 1
Seis (6) abstenções dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do PAN: 1
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto a moção foi rejeitada com os votos contra
da CDU, BE e do Sr. Presidente de Fernão Ferro, a abstenção do PSD, PAN e do CDS, e o voto a
favor do PS.”

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II.8. O Grupo Municipal do PS apresentou a moção «Pela construção da rotunda no cruzamento


junto à extinta panificadora PAVIL, na freguesia de Fernão Ferro», subscrita por Sérgio
Ramalhete.
(Documento anexo à Ata com o número 8)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos para o documento seguinte que é a
moção «Pela construção da rotunda no cruzamento junto à extinta panificadora PAVIL, na
freguesia de Fernão Ferro»; é do grupo municipal do PS e subscrita por Sérgio Ramalhete que tem
a palavra se faz favor. Portanto prescinde, não apresenta; então intervenções nesta moção? Paulo
Silva se faz favor.”
Paulo Silva, da CDU, disse: “Sobre esta moção que o PS aqui apresenta, fazer primeiro o
esclarecimento: panificadora PAVIL situa-se no Concelho de Sesimbra não no Concelho do Seixal,
depois não podemos aceitar o que vem aqui no 1.º parágrafo da moção, parece que os únicos
responsáveis pelos acidentes são os representantes dos órgãos autárquicos, têm que ter a
consciência pesada, todos eles, não há responsabilidades de mais ninguém, é os representantes
dos órgãos autárquicos aqui com uma linguagem que são os bandidos com a consciência pesada
responsáveis pelos trágicos acidentes que ocorrem lá; não podemos aceitar nunca este tipo de
linguagem; depois há por parte da Câmara e está a ser estudada a construção desta rotunda é
uma realidade que tem que ser vista também com o concelho limítrofe de Sesimbra que é uma
obra que também terá que envolver o concelho limítrofe de Sesimbra e também pedirmos aqui à
Câmara esclarecimentos sobre isso; dizer por último que gostaria de ver o PS também tão
reivindicativo com as rotundas do Casal do Marco e depois na outra que vem de Paio Pires e, aí
sim, com muito mais mortes, com uma situação bem mais trágica, com uma responsabilidade que
vem do Poder Central, situações que se arrastam há muitos anos e que nunca vimos o PS aqui a
exigir a construção dessas rotundas.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Samuel Cruz se faz favor.”
Samuel Cruz, do PS, disse: “Três breves notas, para dizer o seguinte: Em relação à linguagem
aquilo que podemos resolver com a nossa ação enquanto eleitos, e não o fazemos por omissão, de
facto pesa-nos na consciência; a semântica é pouco importante, aquilo que queremos é de facto
resolver o problema; na mesma senda não o queremos atrasar e portanto o que é relevante não é
onde é que é Seixal e onde é que é Sesimbra lá não diz ou na moção não diz para se construir uma
retunda na PAVIL, junto à PAVIL, para localizar o local porque é muito mais fácil do que dizer junto
aos arbustos do Concelho do Seixal como é evidente; também a construção será muito mais fácil
fazer no lado do Concelho do Seixal exatamente porque não há nenhum tipo de construção que é
de campo aberto do que naquilo que é de Sesimbra; aliás não é nada diferente daquilo que foi
feito ainda agora na rotunda do Fogueteiro em que a Câmara nunca chegou a disponibilizar o
terreno do outro lado da estrada e portanto a grande superfície que se instalou no local cedeu
parte do seu terreno e colocou-se no local sendo certo que não sei se é verdadeiro que parte
daqueles terrenos também já pertencerá para fazer uma grande superfície passará a desviar um
pouco aliás as retundas sempre o objetivo é reduzir a velocidade e o facto de se desviar da estrada
ajuda de facto a reduzir a velocidade e portanto nada a dizer sobre este assunto; não é querer
meter a Câmara de Sesimbra é tentar desviar o assunto, é criar dificuldades onde elas não
existem, é deixar que esta situação se perpetue no tempo.”

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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções, então? Rui Mendes se faz
favor.”
Rui Mendes, do PSD, disse: “A bancada do PSD, não sei ainda como é que vai votar, mas para me
esclarecer eu gostaria que viesse aqui o Presidente da Junta de Fernão Ferro visto que ele pode
dar mais esclarecimentos sobre o tema, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ora mais inscrições, ou melhor, pedidos de
intervenção? Não havendo pergunto ao proponente se pretende, não pretende. Sr. Presidente da
Câmara se faz favor.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Sr. Vereador Jorge Gonçalves por favor.”
O Vereador Jorge Gonçalves disse: “Só duas notas breves, uma 1.ª em relação à questão da
localização da rotunda; eu até acho que o mais fácil era remeter para o PDM em que está previsto
esta rotunda no âmbito da rede mobiliária e transportes e por isso não precisa de ir procurar
muito, ela está prevista no âmbito do PDM; e já agora também que no âmbito do PRN há uma
estrada regional 367 que liga a zona de Sesimbra a Coina e que também tem esta zona como
espaço canal; mas, para além disso, nós previmos no PDM e os projetos estão em
desenvolvimento, mas se o PS quiser continuar a apresentar moções sobre o trabalho que está a
ser desenvolvido pela Câmara Municipal e saudar naturalmente não temos nada contra, disse.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Muito bem, eu só gostava de dar mais uma nota sobre
esta matéria e tem a ver de facto com a questão mais vasta de sinistralidade no Concelho. Existem
outros pontos negros críticos no Concelho do Seixal e grande parte deles são já há muitos anos
identificados em estradas nacionais como a estrada nacional 10 junto à Siderurgia Nacional, o
acesso da nacional 10 e nacional 10-2, esse é um dos pontos mais críticos, tal como já existia na
estrada nacional 378 junto no acesso à Flor da Mata, existe também na estrada nacional 378 no
acesso à Av. da Liberdade, na estrada nacional 378 no acesso a Fernão Ferro, na quinta das
conchas; existem muitos locais no Concelho, de facto, com sinistralidade elevada, muito mais do
que este ponto que é apontado pelo PS; por isso eu penso que numa questão de coerência se
deveria, antes de tudo, ter esse nível de priorização relativamente às intervenções que são
necessárias realizar no Concelho para que pudéssemos ter, digamos assim, uma deliberação mais
consciente em termos daquilo que deve ser a intervenção de requalificação nestes vários pontos
negros no Concelho do Seixal. Obrigado Sr. Presidente.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto vamos colocar à votação esta moção.”
Aprovada a Tomada de Posição n.º 16/XII/2018 por maioria e em minuta com:
Trinta e quatro (34) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 16
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do PAN: 1
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
- Do Presidente da Junta de Fernão Ferro: 1

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Três (3) abstenções dos seguintes eleitos:


- Do grupo municipal do BE: 3
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto a moção foi aprovada com os votos a
favor da CDU, PS, PSD, PAN do Sr. Presidente de Fernão Ferro e do CDS e a abstenção do BE.
II.9. O Grupo Municipal do PSD apresentou a moção «Conselho Municipal de Juventude do
Seixal», subscrita por Maria Luísa Gama.
(Documento anexo à Ata com o número 9)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos para o documento seguinte que é a
moção «Conselho Municipal de Juventude do Seixal», é do grupo municipal do PSD subscrito por
Maria Luisa Gama, tem a palavra se faz favor.”
Luísa Gama, do PSD, disse: “Muito rapidamente, não é a 1.ª vez que este tema surge aqui na
Assembleia portanto no mandato anterior veio aqui algumas vezes, umas vezes por iniciativa do
PSD, mas também por outras forças políticas com resultados que obviamente não nos podem
satisfazer, nem a nós e nem aos nossos jovens; portanto entendemos neste início de mandato
voltar a trazer este tema com a esperança que desta vez a Assembleia possa finalmente deliberar
no sentido da criação no conselho municipal da juventude, previsto numa lei já datada de 2012,
portanto já com 6 anos, e garantir então meios necessários para que este órgão possa funcionar
da melhor maneira, obrigada.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções sobre esta moção? Ana Inácio se faz
favor.”
Ana Inácio, da CDU, disse: “Vou começar aqui em resposta com uma citação da moção do PSD que
passo a citar: «uma das tarefas dos eleitos do município é contribuir através dos vários
mecanismos que têm ao seu dispor, para que todos os que aqui nascem e vivem durante as
primeiras décadas das suas vidas, consolidem as suas raízes no concelho, estimulando igualmente
formas de participação diferenciadas na vida municipal», e agora vou passar a outra parte, uma
dessas ferramentas, fim de citação, dá-se pelo nome, e isto pronto já não é a moção, uma das
ferramentas dá-se pelo nome de reuniões interassociativas juvenis onde se fomenta a participação
e a intervenção das associações formais e informais de forma ativa sem que exista qualquer tipo
de descriminação; ou seja, isto não é o CMJ, é sim as reuniões que existem e que a nossa Câmara
faz questão de que existam e faz questão que as associações juvenis participem nelas sem que
tenham que pagar à volta de 300 euros para se legalizarem que, se calhar não está escrito nesta
moção que não é gratuito legalizar uma associação, também não é fácil como fazem entender, é
um processo moroso que leva meses e que passa por ir às finanças passa por ir à segurança social
passa por ir às pessoas coletivas passa por ir ao notário e, se as coisas correrem bem, tudo bem, se
não recebemos uma carta do tribunal a dizer que está mal, e temos que voltar a fazer tudo de
novo e para contatarmos o nosso notário; o Município do Seixal com estas reuniões faz com que
as associações juvenis intervenham no Março Jovem sem terem que pagar 300 euros; ou seja eu
gostava que tivessem o levantamento das associações juvenis formais do Seixal e as informais e
que tenham noção daquilo que estão a vedar, ou seja, do acesso aos jovens na participarem
coletiva na vida democrática dos seus Concelhos, a escola mexe também é uma questão de que as
associações intervêm dentro das escolas e a maior parte das associações não são formais porque é
um processo da juventude eu hoje quero abrir um grupo de teatro mas tenho que o formalizar

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para poder fazer teatro e era bom que as pessoas percebessem isto que percebessem que esta
coisa tem lacunas nomeadamente na não integração da juventude; pronto continuar, o festival
liberdade é um bom exemplo do que é um movimento associativo juvenil e é um bom exemplo de
como as associações formais e informais podem participar da vida ativa da existência das coisas do
mundo; já agora o CMJ é um funcionamento não democrático ou seja as associações não formais
ou como alguns gostam de dizer das associações não legais que eu acho que é um termo perverso
é um funcionamento não democrático porque geralmente as pessoas que apresentam estas
moções têm a dizer é, ah, mas podem participar à mesma, mas normalmente podem se sentar,
mas não podem votar; e aqui está o princípio da democracia porque é que eu vou a um sítio que
tem o meu lugar mas não posso votar na vida do associativismo juvenil no meu Concelho como
dizem aqui que é urgente; continuando, no mínimo 300 euros e despesas jurídicas e de pessoas
coletivas e eu fiz isto há pouco tempo por isso tenho bem presente que foram meses a fazer isto e
também tenho bem presente que a associação não tem nenhum problema portanto realmente o
processo é moroso, processos burocráticos, morosos por notário, finanças e segurança social
fracionar a juventude no sentido de uns podem ter uma voz ativa e outros não o grosso das
associações não formais são uma massa juvenil uma massa bastante volátil e até pela sua vida de
mudanças de localidade de estudo de mudanças de interesse e daí as associações informais têm
um peso igualmente importante na vida do nosso Concelho, pronto poderia continuar a referir
aquilo que é perverso nestas coisas do conselho municipal para a juventude do concelho do Seixal
e daí podermos ver quem é que as apoia e quem é que não as apoia. Tenho dito.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções se fazem favor? Tomás Santos.”
Tomás Santos, do PS, disse: “Primeiro queria começar por dizer que isto não tem nada a ver com a
eleição do Rui Rio no passado fim-de-semana e nem com o bloco central mas votaremos a favor
desta moção que subscrevemos por baixo; no entanto eu gostaria de deixar aqui algumas
palavras, a primeira é em jeito de resposta à intervenção que acabou de ser feita dizendo que eu,
às vezes, acho que estou numa esquizofrenia quando falamos sobre este assunto no Concelho do
Seixal; eu não percebo como é que se pode dizer que não é um método correto ao que está
estipulado por lei, se a lei não é método correto então esta é a pergunta que eu faço; é que nós
podemos discordar, eu já disse isto aqui algumas vezes mas pelos vistos não ficou entendido, nós
podemos discordar de tudo e mais um par de botas, mas se a lei diz que é para fazer uma coisa
acho que um concelho diligente deve tentar cumprir a lei; é só isso, e só dizer mais uma coisa: as
reuniões interassociativas podem continuar a existir, o Conselho Municipal da juventude não
proíbe as reuniões interassociativas pura e simplesmente diz que aquele órgão é um órgão que foi
discutido pela Assembleia da República e que se aplica a todo o país, é um órgão que deve ser
aplicado também no Concelho do Seixal; querem fazer as reuniões interassociativas podem fazê-
las agora eu posso dizer uma coisa, estavam a dizer que não é nada aberto, etc. etc. eu faço parte
de uma associação de juventude, uma associação partidária de juventude, e nunca fui convidado
para uma única reunião interassociativa; portanto não percebo como é que é aberto e depois há
estruturas que não são convidadas; e depois há uma coisa que é preciso perceber, que é se nós
defendemos a pluralidade da abertura, então não percebo o que é que nós estamos aqui a fazer
porque a gente vai abrir isto à população e estamos aqui e votamos todos numa Assembleia do
povo; se acreditamos numa democracia participativa, é uma democracia participativa que deve
funcionar; e dito isto, dizer apenas que subscrevemos por inteiro a moção; há uma proposta do
Partido Socialista e da Juventude Socialista, temos muito agrado que ela seja trazida aqui, vamos
aprová-la obrigado.”

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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Samuel Cruz se faz favor.”


Samuel Cruz, da CDU, disse: “Muito rapidamente apenas para esclarecer aqui um conceito à eleita
Ana quando dizia que, enfim, as associações estão lá estão sentadas, mas não podem votar; isso
tem um nome, aqui nesta sala, se reparar, também estão aqui sentadas umas pessoas e podem
votar; ali atrás estão outros sentados e não podem votar; chama-se democracia.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ana Inácio.”
Ana Inácio, da CDU, disse: “Acho que isto é uma boa prova do porquê do CMJ ser perverso, que se
os partidos políticos que para lá forem isto centra-se numa discussão política e não numa
discussão de um associativismo juvenil, que são coisas diferentes; já agora apesar da pena de
morte ser legal nalguns países não quer dizer que seja correta, tenho dito.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Não há, pergunto à proponente
se faz favor.”
Luísa Gama, do PSD, disse: “Enfim, é um modelo que pode eventualmente ter lacunas ninguém
diz que tudo é perfeito e pode ser melhorado, alterado, enfim, ser objeto de propostas, mas
preciso que seja em primeiro lugar criado; não podemos conceber que nos continuem a negar algo
que está perfeitamente previsto na lei, que funciona noutros municípios; então porquê continuar
a negar um mecanismo democrático, aliás como dizia, democrático sim, como dizia inclusive ali o
eleito do PS; quem é que estabelece então o correto e o incorreto? Quer dizer que alguns podem
estabelecer o que é que é mais democrático, menos democrático? Enfim, finalizo.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pedia ao Sr. Presidente da Câmara…se faz favor, Sr.
Presidente.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Eu pedia à Sra. Vereadora da Juventude Manuela
Calado.”
A vereadora Manuela Calado disse: “Sobre este assunto que está neste momento em cima sobre
esta moção que está a ser discutida dois considerandos, o 1.º que a Câmara Municipal do Seixal
tem vindo a considerar e considera sempre até hoje que a existência de Fóruns de discussão de
outros modelos de democracia participativa são formas de participação cívica que permite o plano
de exercício de cidadania devendo no entanto prosseguir valores que são fundamentáveis em
democracia e nomeadamente ao nível da participação e da autonomia, tais estruturas são práticas
há muito desenvolvidas ao nível das autarquias e em particular pelo município do Seixal, considera
esta Câmara também que o processo legislativo acabou por vir tardiamente impor formalidades
que nem sempre coadunam com as realidades existentes, também os motivos que levam até
agora à implementação do Conselho Municipal da Juventude tem a ver com duas coisas principais,
a primeira a limitação da participação apenas a associações inscritas no registo nacional do
associativismo dando um estatuto inferior a todas as outras ou seja no município do Seixal
existindo 31 associações juvenis apenas três estavam em condições de poder participar neste
Conselho portanto deixando ao lado de parte as restantes 28, depois também é importante fazer
referência da opinião na totalidade das associações juvenis ouvidas pela Câmara Municipal do
Seixal nos diferentes fóruns e nas diferentes reuniões que têm vindo a ser realizadas nos últimos
anos são unanimes em não concordar com implementação de um conselho municipal de
juventude estando no entanto de acordo com um modelo que poderia ser seguido que são as
reuniões interassociativas em que à uma participação aberta a todas as associações e portanto

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Ata n.º 2/2018
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face àquilo que já foi aqui exposto quer pelos defensores pelos diferentes intervenientes dizer que
o conselho municipal da juventude limita à participação das diferentes associações juvenis apenas
privilegiando algumas e não a todas as existentes no nosso município portanto é isto que me apraz
dizer sobre esta moção.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Obrigado Sr. Presidente.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado Sr. Presidente da Câmara; portanto
vamos colocar à votação esta moção do «Conselho Municipal de Juventude do Seixal».”
Aprovada a Tomada de Posição n.º 17/XII/2018 por maioria e em minuta com:
Vinte e um (21) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do grupo municipal do PAN: 1
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
- Do Presidente da Junta de Fernão Ferro: 1
Dezasseis (16) votos contra dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 16
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A moção foi aprovada com os votos a favor do PS,
do PSD, do BE, do PAN, do CDS e o voto contra da CDU e do Sr. Presidente de Fernão Ferro. Bom, e
nós atingimos o tempo limite da 2.ª hora e, portanto, finalizamos o Período de Antes da Ordem do
Dia, e não há sequer margem para mais; acabámos o tempo, há um conjunto de moções,
documentos que não foi possível discutir hoje; os grupos municipais naturalmente dirão o seu
entendimento mas isso é para a próxima Assembleia. Ora, vamos passar para o Período da Ordem
do Dia.”

III. PERÍODO DA ORDEM DO DIA.


III.5. Apreciação de informação da Câmara, sobre a atividade desta, nos termos e para efeitos
das alíneas a) e b) do n.º 2 do art.º 25.º do Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
(Documento anexo à ata com o número 10)
III.6. Apreciação de informação do Presidente da Câmara, sobre a atividade do município e
situação financeira do mesmo, nos termos e para efeitos da alínea c) do n.º 2 do art.º 25.º
do Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
(Documento anexo à ata com o número 11)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “O ponto III.1. e III.2. e nesse sentido dou a palavra
ao Sr. Presidente da Câmara”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Aqui os destaques da atividade do Presidente da
Câmara são entre o período de 8 de dezembro de 2017 e 8 de fevereiro de 2018. Destacaria o XXIII

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Congresso da Associação Nacional de Municípios Portugueses e a nossa participação. As principais


conclusões prendem-se com a necessidade, em primeiro lugar com a reprogramação do atual
Quadro Comunitário de Apoio Portugal 2020 e a sua afetação às reais necessidades do país, dos
municípios e das suas populações. Uma segunda prende-se com a descentralização de
competências e a opinião unânime relativamente à aceitação de novas competências desde que
preservados dois princípios fundamentais. O primeiro a garantia da equidade no acesso a direitos
de todo o território nacional e o segundo que a transferência de competências para os municípios
signifique melhoria do serviço público e condições de exercício dessas competências que se
pretendem delegar e uma terceira está associada à segunda que tem a ver com a necessidade de
uma nova Lei de Finanças Locais que seja cumprida em primeiro lugar e em segundo lugar que dê
suporte a que as autarquias locais, câmaras municipais e juntas de freguesia possam continuar a
desenvolver a sua missão de desenvolvimento dos territórios e da vida das populações com
condições que lhes permita maximizar esses resultados. Também gostaria de destacar o Natal do
Hospital do Seixal e toda a luta que tem sido desenvolvida, no sentido de trazer novos avanços a
esta concretização ambicionada pela população e pelas autarquias e conheceu posteriormente
novos desenvolvimentos com uma portaria que permite o lançamento do concurso dos projetos
de execução do hospital, no passado dia 22 de Janeiro, situação que estamos desde já a
acompanhar, eu diria, a par e passo com a ARSLVT que é a entidade que é a responsável pelo
lançamento dos concursos, com uma reunião na semana passada e já com uma reunião agendada
para esta quarta feira de manhã para podermos pressionar a ARS para o lançamento mais urgente
possível dos projetos do hospital. Gostaria ainda também de assinalar a assinatura do acordo de
colaboração com o IHRU para o realojamento social de Vale de Chícharos que foi no dia 22 de
dezembro, com a assinatura de um protocolo tripartido entre o município, o IHRU e também a
Santa Casa da Misericórdia para podermos em 2018 iniciar o processo de realojamento de Vale de
Chícharos e a consequente demolição dos vários imóveis degradados e sem condições de
habitabilidade para aquela população. Gostaria ainda de fazer uma referência à reunião do
Conselho Municipal de Cultura, órgão consultivo da política de desenvolvimento cultural do
município, onde foram analisadas as principais áreas a desenvolver relativamente ao ano de 2018
e onde pudemos debater com os vários agentes culturais, aquelas que são as principais linhas de
desenvolvimento da nossa política cultural que hoje também já mereceu debate nesta assembleia.
Gostaria ainda de referir-me à reunião do Conselho Regional de Lisboa onde se debateu, com a
presença do Ministro do Planeamento, o início do debate sobre o novo Quadro Comunitário
Portugal 2030, e onde foram feitas inúmeras referências à desadequação do atual Quadro
Comunitário, mas também às necessidades do próximo, que sigam ao encontro daquilo que são as
pretensões das populações e dos territórios. Ainda gostaria de referir a assinatura do protocolo de
Loja de Cidadão do Concelho do Seixal que também aconteceu ainda em Janeiro com a presença
no concelho de dois Secretários de Estado e que vai permitir que possamos ter dentro de algum
tempo a Loja do Cidadão no concelho do Seixal a funcionar com vários serviços do Estado sendo
de forma centralizada onde também irá ser colocada a Loja do Munícipe de Amora e onde
poderemos, certamente, atender os nossos cidadãos de forma mais qualificada e onde o
município vai assumir uma responsabilidade acrescida, mas, no entanto, pensamos que face ao
interesse deste novo equipamento fará todo o sentido. Por fim, uma última questão relacionada
com os CTT, realizamos uma reunião com a administração dos CTT relativamente ao possível
encerramento da Estação de Correios de Paio Pires e, na altura com outros municípios,
manifestámos a nossa firme oposição a essa intenção e hoje mesmo, em nova reunião, desta vez
só entre a Câmara Municipal, a Junta de Freguesia de Paio Pires e a direção dos CTT onde

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novamente pudemos retomar este processo e transmitir a nossa posição de firme combate a este
encerramento dos CTT. Pena temos que não se tenha encontrado, do ponto de vista político, mais
apoios a não ser os autarcas e as comissões de utentes, parece que são os únicos interessados,
com as populações, para que não se encerre o balcão dos CTT; o que vemos cá é que existem
alguns partidos políticos que nem sequer lutam ao lado das populações para que se consiga
manter as estações dos CTT e a manutenção do serviço público postal. Relativamente às principais
deliberações referir-me às opções do plano e proposta de orçamento para 2018 que foram
deliberadas em dezembro de 2017. Já referi o protocolo entre a Câmara Municipal, o IHRU e a
Santa Casa da Misericórdia para o realojamento de Vale de Chícharos que foi também deliberado
em dezembro de 2017. Ainda referir-me ao protocolo para a parceria e para o desenvolvimento
do laboratório vivo para a descaracterização da baia do Seixal que mereceu duas candidaturas
aprovadas com distinção e com o valor máximo de candidatura que foi deliberada na reunião de
11 de Janeiro e também os protocolos com várias instituições que são parceiros do município para
o serviço às populações, nomeadamente os bombeiros mistos do concelho do Seixal e os
bombeiros mistos de Amora que viram em 2018 reforçado o apoio da Câmara Municipal do Seixal.
Do ponto de vista da situação financeira do município e em termos daquilo que é o primeiro mês
deste ano, estamos com uma situação tranquila do ponto de vista daquilo que são os nossos
objetivos de receita e por isso nada a referir do ponto de vista de alguma dessintonia com o que
seria normal; por isso Sr. Presidente da Assembleia Municipal estamos disponíveis para responder
às questões que os senhores eleitos da Assembleia Municipal assim o entendam”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Quem é que pretende intervir? Nelson Patriarca”.
Nelson Patriarca, do PS, disse: “Trago aqui um conjunto de sete questões. As primeiras duas têm a
ver com obras que foram realizadas, nomeadamente ao nível do solo e da parte de águas e que
estão há larguíssimas semanas por terminar. Falo da rua Dr. Emídio Guilherme Garcia Mendes em
Amora e da rua 1.º de Maio, no Fogueteiro, junto à vedação da escola EB1 do Fogueteiro onde há
larguíssimas semanas que a calçada está levantada; as obras aparentemente estão terminadas,
algumas delas têm baias de segurança da Câmara Municipal do Seixal não se vislumbra segurança
alguma, nomeadamente para os carros ali estacionados, a verdade é que a calçada está por repor
há algum tempo. Depois esta obra do Lidl no Fogueteiro trouxe aqui várias dinâmicas,
nomeadamente saber realmente se era uma obra da Câmara, se era do promotor etc. e etc., tudo
foi muito rápido, tudo cumpriu os três meses exceto a parte de pintar os traços, eles estão com
algumas marcas. A verdade é que foi tudo muito rápido, em três meses cumpriu-se aquilo tudo e
já passaram dez dias e ainda ninguém teve a oportunidade de ir tratar de uma coisa que se chama
sinalização horizontal e prevenção rodoviária, isto eram as três primeiras questões. Uma quarta
questão tem a ver com algo que um eleito nosso hoje nos levantou, naquela zona da rua dos
Operários, na Amora, a seguir aos estaleiros Venamar, algumas das árvores lá colocadas contêm
neste momento um edital da Administração do Porto de Lisboa, colocado dentro de umas micas, e
literalmente colado com fita-cola nos pinheiros informando que há um pedido de instalação de um
parque de campismo naquele local. Gostava que o Sr. Presidente nos pudesse esclarecer o que
sabe sobre este projeto. Também ainda na Amora há referência de alguns residentes e de alguns
utilizadores da Associação Naval Amorense que o edifício da antiga Mundet ao lado do telhado
estaria em queda e até já teriam caído algumas partes pequenas para a via. Saber também se tem
conhecimento dessa situação e o que é que tem ou não sido feito? Em relação à Loja do Cidadão
que aqui referiu, vou referir aqui o que já lhe disse naquele dia também e que penso ser relevante
e que aliás o Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Amora também comigo comentou falta

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naquela Loja do Cidadão, em face até da população que temos no concelho do Seixal, um espaço
do serviço de estrangeiros e fronteiras. O Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Amora poderá
explicar-me melhor a razão porque a vive diariamente com as dificuldades das pessoas que não
têm sequer dinheiro para se deslocar até Setúbal e uma vez que vamos ter um espaço feito de
raiz, acho que seria fundamental que conseguíssemos ainda assim fazer alguma pressão para que
não fique apenas no espaço cidadão porque isso tem os serviços mínimos indispensáveis mas que
realmente houvesse um guichet onde aqueles serviços que toda a população da freguesia de
Amora e não só, obriga a deslocar até Lisboa muitas vezes pedindo dinheiro às juntas de freguesia
para tal, que pudesse existir aqui nesta zona. O último ponto tem a ver com o Fogueteiro,
precisamente no gaveto entre a rua 1.º de Maio e a vedação da escola básica n.º 1 do Fogueteiro a
algum tempo que se instalou numa casa uma família de etnia cigana que, como todos sabemos,
são territoriais; neste momento, aquilo que era um anexo já é um espaço fechado, curiosamente a
lona que lhes dá proteção é uma lona da Câmara Municipal do Seixal onde enaltecia os 40 milhões
de euros investidos na educação o que dá uma certa cor ao telhado daquela habitação e eu queria
perceber se a Câmara Municipal vai deixar aquela construção continuar, se já fez alguma coisa,
porque há espaço para ela continuar e, como todos sabemos, quando isto começa e torna-se num
problema”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Jorge Freire se faz favor”.
Jorge Freire, do PS, disse: “Relativamente à atividade do Sr. Presidente dois aspetos, primeiro
mais de forma, aquele relatório de atividades aquilo é praticamente ilegível, 97 páginas com
alguma dificuldade em ler, são fotocópias digitalizadas, já na outra reunião sobre o mesmo
assunto houve outro eleito que também falou sobre essa situação. De facto, e para facilitar a
nossa leitura um pdf daquilo, mas de uma forma digitalizada ou pelo menos mais clara, para fazer
uma análise mais correta sobre todo o documento. Um outro aspeto e que eu curiosamente não vi
até porque o documento tem esta dificuldade de leitura é precisamente sobre o laboratório vivo
para a descarbonização; disse que era de excelência, mas a verdade é que olhando para o relatório
a que temos acesso a partir da plataforma, a verdade é que o Concelho do Seixal perdeu
pontuação passando de primeiro ex-aequo para quase último ex-aequo, ou seja, de 4.5, se não
estou em erro, na primeira fase para 3.3 na segunda. A minha pergunta é o que é que aconteceu,
o que é que correu mal para esta descida de pontuação, se isto é um reflexo da política ambiental
da Câmara e recordo as palavras do Vereador Nuno Moreira, na última reunião de Câmara
relativamente a esgotos a céu aberto junto à Quinta do Álamo, se isto é um reflexo de toda a
politica ambiental da Câmara”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sérgio Ramalhete”.
Sérgio Ramalhete, do PS, disse: “As perguntas que vou fazer são relativas à situação financeira do
município, aos mapas de resumo de execução orçamental, página 13. Vou fazer um
enquadramento antes de fazer as perguntas para perceberem, ou seja, nas GOP para 2018
discutido em Assembleia Municipal a 18/12/2017 a Câmara Municipal faz referência a elevar a
capacidade de investimento 22,23% relativo às despesas de capital. Contudo, esqueceu-se de
referir que cerca de 8% diz respeito a passivo financeiro como parte dessa capacidade, ou seja,
amortização de divida bancária já contraída e uma parte relativa a saneamento financeiro, se é
esse valor a capacidade de investimento ronda os 14% que no nosso ponto de vista é bastante
reduzido quase nulo face às necessidades do concelho. Desta forma solicitava esclarecimentos
para as seguintes rubricas: participação comunitária, projetos cofinanciados 190 mil euros. Quais

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são os projetos que estão a ser cofinanciados? FEDER 740 mil euros. Quais os projetos que estão a
ser cofinanciados ao abrigo deste programa. Verificamos que para além da reduzida capacidade de
investimento a Câmara Municipal não faz um aproveitamento exaustivo dos programas
comunitários; gostaria que nos explicasse a razão dessa situação da pouca utilização dos
programas comunitários e o que está a ser feito para alterar os acontecimentos”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Luis Gonçalves”.
Luís Gonçalves, do PS, disse: “Eu queria começar por pegar numa questão que o Sr. Presidente
referiu, a reunião com os CTT. Se eu bem percebi nós temos uma reunião que gostava de saber a
pedido do executivo da Câmara ou da administração dos CTT? E se nós temos ou não alguma
proposta nomeadamente para criar algum outro posto de atendimento, era uma questão que se
falava na altura em que se anunciou o encerramento de todas as estações dos correios e de que
natureza é, porque é diferente termos escolher um café em que se vai entregar correspondência
ou termos a mesma situação que aconteceu na Amora em que foi aberto um segundo posto, mas
neste momento a Amora tem um posto de atendimento e gostava de saber se para a Aldeia de
Paio Pires se há alguma coisa pensada ou se podia aprofundar um pouco. O que é que obteve
dessa reunião? Uma segunda questão, eu estando a passear junto à marginal de Amora pude
deparar-me com alguns esgotos a saírem de uma conduta na zona da Sociedade Filarmónica
Operária Amorense, o esgoto não pareceu esgoto sujo mas vi que estavam a verter águas e que
devia estar alguma coisa a verter para ali, eu gostava de saber se isto foi alguma questão que os
serviços tiveram dificuldades nos últimos tempos e estão a vazar para ali alguns esgotos ou qual é
a justificação para neste momento esta situação estar a ocorrer. A terceira questão que eu
gostava de colocar tem a ver com dois espaços, como sabe o Partido Socialista dentro do seu
programa eleitoral propunha a realização de um grande parque urbano ali na zona do fogueteiro.
Eu gostava de saber, agora vou-me focar em dois espaços mais específicos, ali perto nós temos
atrás das bombas da CEPSA, quando nós vamos na Nacional 10, atrás nós temos um pequeno
caminho em que funcionam algumas garagens e em que há um caminho que não está sequer
alcatroado. Eu gostava de saber se a Câmara tem algum planeamento para alcatroar o caminho ou
para agir junto das pessoas, se estão legalizadas ou não aqueles armazéns e de que forma é que a
Câmara pode de alguma forma contribuir para ter ali melhores condições. Saber se tem para ali
alguma coisa pensada. Da mesma forma quando pensamos que temos agora concluídas as obras
do Lidl do Fogueteiro que já foi aqui levantado, eu gostava de saber, para aquele terreno que é
contíguo que era das antigas oficinas e também camarário se nós temos alguma coisa planeada
para esse local? Para terminar eu gostava de saber é uma coisa aqui que se coloca, nas
assembleias nós temos deliberado para os munícipes virem cá colocar questões, igualmente com
os serviços, têm e-mails, e nós podemos enviar, mas a verdade é que há pessoas que não se
sentem tão confortáveis a vir falar a uma Assembleia ou que pura e simplesmente há assuntos que
carecem de algum maior acompanhamento e de alguma forma também um e-mail facilmente cai
no esquecimento. Eu gostava de saber se a Câmara tem alguma forma de acompanhar as pessoas
quando nos levantam alguma questão ou se a única coisa que se lhes é apontada é o e-mail que
enviam, num caso e nem tudo o justifica uma reunião com o vereador do Pelouro, de que forma é
que nós acompanhamos os munícipes que têm queixas que podem ser de um canteiro partido, de
n questões e de que forma é que a Câmara Municipal do Seixal faz esse acompanhamento?”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Inscrições? Bruno Barata, Vitor Cavalinhos e depois
fecha Paulo Silva. Então, Bruno Barata”.

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Bruno Barata, do PS, disse: “Como foi falado aqui em investimento queria aproveitar a deixa e
falar nas conclusões, não sei se todos tiveram oportunidade de ver as conclusões das Jornadas
Parlamentares do Partido Comunista Português realizadas em Portalegre há cerca de duas
semanas em que refere nas conclusões que Portugal precisa de uma aposta determinada e efetiva
no investimento público que dinamize o investimento privado, o crescimento e o emprego e que
dê resposta às necessidades do país, modernização das suas infraestruturas e serviços públicos e
por aí fora. Eu a este propósito, e obviamente que subscrevo, não podia estar mais de acordo, sou
um acérrimo defensor do investimento público e da política keynesiana daí estar no Partido
Socialista, estou completamente de acordo com este parágrafo e ia desafiar o eleito Paulo Silva a
agarrar no telemóvel ou numa calculadora para fazer as contas dos 100 milhões de euros que
estão previstos para o concelho do Seixal por parte do Governo do Partido Socialista. Vou ser
muito rápido: hospital do Seixal 1.2 o estudo prévio mais estimado de 70 milhões a construção.
Novo centro de saúde de Corroios 1.6., Bairro da Jamaica 15 milhões. Loja do cidadão 1 milhão.
Escola João de Barros 10 milhões. Descontaminação da Siderurgia Nacional 6 milhões. Divisão
policial da PSP cerca de 2 milhões, a conta dá 106 milhões e 800 mil euros”.
O 1.º Secretário da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Sr. deputado Samuel Cruz”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “Eu venho aqui fazer uma questão sobre a atividade da Câmara que na
realidade é um bocadinho atípica porque é mais sobre a inatividade da Câmara do que sobre a
atividade da Câmara. E eu passo a explicar. Eu ando à procura de casa e nessa busca eu reparei
que a fiscalização municipal anda especialmente desatenta, não sei se a figura existe, mas é um
requerimento oral, eu pergunto aqui hoje e espero na próxima assembleia municipal até dada a
gravidade das situações, que o Sr. Presidente da Câmara aqui esclareça toda a assembleia de quais
foram as démarches que a fiscalização fez e a que conclusões é que chegou sobre estas matérias
que são de facto, de lesa pátria, no caso lesa município. Então, comecei por me dirigir ao
empreendimento Monte Verde. O Sr. Presidente da Câmara sabe, porque éramos vereadores
quando aprovamos o plano de pormenor, o seguinte: estamos num local onde passa o rio judeu e
portanto, é Reserva Ecológica Nacional e onde estava classificado o resto como Reserva Agrícola
porque não se podia construir porque estava ali junto ao Pinhal das Freiras e o Plano de Pormenor
que erradamente muitas pessoas pensam que é uma coisa muito específica mas não é, aprendi há
muitos anos com o Menezes Rodrigues quando há plano de pormenor há confusão porque o que
visa um plano de pormenor é alterar o Plano Diretor Municipal e é sempre invariavelmente
sempre para se construir mais do que aquilo que se podia construir até aquele momento. No caso
era para se construir onde não se podia construir. Não se podia construir por duas razões que eu
já disse absolutamente ponderosas, a Reserva Agrícola Nacional e a Reserva Ecológica Nacional.
Então, e o que é que foi aprovado na Câmara? Há uma questão importante! Não há turismo no
concelho do Seixal e os promotores propõem-se a fazer um campo de golfe e um hotel e é essa a
razão pública poderosa que justifica que prevemos que se possa construir, mas até ao momento
não se pode. E então, eu dirigi-me ao Monte Verde à espera de ver o campo de golfe e o hotel. O
campo de golfe, eu por acaso sou amigo de quem era diretor de um campo de golfe em Lisboa e
contei-lhe e ele: disseram-te isso? Então, olha enganaram-te porque o Silveira que é o dono do
Monte Verde tem os mesmos estudos de mercado que eu e não há espaço para nenhum campo
de golfe na Área Metropolitana de Lisboa, portanto, não vai ser feito. De facto, passaram 10 anos,
os lotes estão à venda e o golfe não está feito, nem vai ser feito. A fiscalização tem que ir lá
perceber se há campo de golfe ou se não há campo de golfe? E se não há campo de golfe que foi
aquilo que motivou poder-se construir ali e não há lotes vendidos ou pelo menos não deve haver

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lotes vendidos. Mas mais! Perguntei ao vendedor pelo hotel e a resposta é épica. Eu já tinha vivido
na Aroeira já sabia que era igual porque o promotor é o mesmo, quando eu fui comprar lá casa
também me disseram que aquilo ia ter um hotel, até hoje e já foi há vinte anos atrás. Então e o
hotel? O lote está aí se alguém quiser comprar para o fazer, assim temos o estado Monte Verde; e
portanto, é muito importante que a herdade do Monte Verde não venda lotes porque se vender
lotes está a enganar toda a população do Seixal porque disse que era para dinamizar o turismo,
para se fazer um campo de golfe, para se fazer um hotel e aquilo que nos fizeram foi enganar a
todos. É importante que isto se esclareça. Mas há melhor! Saí dali dirigi-me à Verdizela, uma coisa
que nem tem um stand de vendas, tem uma coisa que é um welcome center e portanto, é uma
coisa muito mais fina. E perguntei: «tem t4? A minha família é grande». «Tenho t2+2» e eu digo
assim «está o caldo entornado». A fiscalização tem que ir lá! Alguém que num welcome center
vende t2+2. E eu disse: «t2+2?» «Sim, a gente só tem t2, depois vendemos as arrecadações que
são mais dois. Não tem é banheira, mas quando a fiscalização da Câmara passar a gente mete a
banheira». O que é que a fiscalização da Câmara anda a fazer? Anda-se a vender t2+2 que são nas
arrecadações? Isto parece uma coisa etérea, que não tem mal, mas é evidente, quando há um
índice que se aplica a uma determinada área, quer dizer que as infraestruturas, as escolas, as
estradas, os parques de estacionamento estão previstos para aquele número por pessoas e por
isso é que só se pode construir aquilo e por isso é que só se pode fazer um t2, não se pode fazer
um t2+2 que passa a ser um t4; ou seja quatro quartos para as pessoas dormirem em vez de serem
só dois e a mim causa-me espanto, não sei quantas pessoas trabalham na fiscalização mas são
muitas, que se saiba que este tipo de prática é recorrente e que ninguém vai lá perceber porque
qualquer pessoa que entrar lá dentro percebe imediatamente o que lá está porque não está
minimamente disfarçado tem uma escada de vidro da sala para cima que é um duplex e qualquer
pessoa percebe que ali não é arrecadação ou não tem intenção de fazer arrecadação. Muito
custava ao Sr. Presidente da Câmara que na próxima Assembleia Municipal sobre estas duas
situações muito em concreto dissesse o que é que a fiscalização municipal fez, que medidas é que
foram tomadas pelo executivo municipal”.
O 1.º Secretário da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Sr. Vitor Cavalinhos”.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Este ponto é sobre a atividade municipal da Câmara, mas também
pode ser um bocadinho sobre a atividade do Partido Socialista e eu vou começar por aí. No dia 30
de janeiro o Partido Socialista não conseguiu explicar os 35 milhões investidos pelo Governo num
breve espaço de tempo. «Saudar o Governo pelo investimento superior a 85 milhões no concelho
do Seixal num curto espaço de tempo». O Samuel ficou um bocado entalado, mas depois às duas
por três, isso era até uma coisa secundária, o que interessava era a intenção e agora o deputado
Bruno Barata não está satisfeito com os 35 milhões e acrescenta mais 70. Ele fez as contas 110
milhões, também é num curto espaço de tempo? Estes 70 milhões também foram investidos num
curto espaço de tempo? Não conseguiram explicar os 35 milhões então acrescentam-lhe mais 70 e
vamos lá ver se conseguem explicar, mas a atividade principalmente é do executivo municipal e eu
queria colocar aqui uma questão, e é muito simples; tem a ver com a contratação de
trabalhadores e com a audição de trabalhadores sobre a proposta de alteração do horário de
trabalho dos trabalhadores integrados na carreira de assistente operacional administrativo a
prestar serviço no Gabinete da Limpeza Urbana. Uma das últimas sessões de câmara a que eu
assisti, tive oportunidade de assistir, o Vereador Luis Cordeiro questionou a Câmara sobre isto.
Aliás, foi lá citado um comunicado da União de Sindicatos de Setúbal a criticar a Câmara Municipal
do Seixal pelo regime de contratação que estava a propor aos trabalhadores, que era

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nomeadamente pô-los a trabalhar ao sábado como um dia normal e depois tendo um dia de folga
na semana seguinte ou o dia de folga que fosse gerido e acordado com os responsáveis diretos e
as chefias e a questão que eu quero colocar ao Sr. Presidente é informar a Assembleia Municipal
sobre este regime de contratação; como é que as coisas estão, como é que foi desenvolvido este
processo e quais são as intenções do executivo e se estes horários são para irem para a frente ou
não e esclarecer tudo o que haja a esclarecer sobre este regime de contratual que está a ser
proposto aos trabalhadores. Eu tenho o direito de saber se estes horários já foram
implementados? Se passaram á prática quantos trabalhadores é que abrangem? E era a questão
que lhe queria colocar muito diretamente sobre a atividade municipal. Era o regime de
contratação e os contratos de trabalho propostos destes trabalhadores, como é que está a
situação? Qual foi a receção dos trabalhadores. Os trabalhadores aceitaram ou não? E como é que
as coisas estão? Era a Assembleia Municipal ser esclarecida sobre isto que é uma questão, já que
hoje falámos aqui de direitos de trabalhadores e da Autoeuropa também é importante que
falemos sobre os direitos dos trabalhadores todos e também do município e era esclarecimentos
sobre esse problema que eu queria colocar”.
O 1.º Secretário da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Sr. deputado Paulo Silva”.
Paulo Silva, da CDU, disse: “Isto sobre a atividade camarária dá tudo até a atividade particular de
compra de casa dá para vir aqui falar. Eu tenho que dizer que me regozijo muito do eleito do
Partido Socialista andar à procura de casa no Monte Verde e na Verdizela. Fico muito feliz com
isso, até pode ser que assim deixe de escrever sobre as casas dos outros, mas como já andou o
eleito do Partido Socialista a falar da minha casa no facebook agora lá consegue ser meu vizinho,
os meus parabéns. Fico muito contente e muito feliz porque nunca invejo o que os outros têm.
Sobre a intervenção do eleito do Partido Socialista eu também fiquei muito feliz com a sua
intervenção e porque em menos de um mês fez um investimento num hospital do Seixal passou
de 60 milhões para 70, quer dizer que vamos ter um hospital maior. Pronto! Ficamos felizes! Ou
será que apenas foi inflacionado para chegar aos 100 milhões? Agora fico com as minhas dúvidas,
é que você na outra vez com tanto entusiasmo gritou que eram 60 milhões para hoje já dizer que
são 70 porque se calhar, não sei, mas também fico muito feliz porque o Governo vai investir 15
milhões no realojamento da Jamaica, isto quer dizer que a Câmara Municipal não tem que investir
dinheiro nenhum. Os 15 milhões são todos custeados pelo Governo. Fico também muito feliz e
também pergunto ao Sr. Presidente da Câmara se é verdade estas boas notícias que o eleito do
Partido Socialista aqui veio dizer, ou seja, que no realojamento da Jamaica o Partido Socialista o
Governo vai pagar a 100% o custo do realojamento e igual raciocínio se aplica com a Loja do
Cidadão. Se as obras que vão ser feitas para a instalação vão ser custeadas na íntegra pelo Poder
Central que vai aí investir 1 milhão de euros na Loja do Cidadão porque vai pagar o quê? As
rendas? Mas isso não está em investimento, isso é depois vai pagar as rendas. Então não me diga
que o arrendatário quando faz um arrendamento de uma casa investe o dinheiro da construção
com as rendas que vai pagar, essa é uma nova forma de contabilidade imaginativa que o senhor
eleito vem aqui apresentar, ou seja, não invisto nada, mas como vou pagar uma renda contabilizo
já tudo. Pronto! Está bem! Agora falando sobre questões concelhias e deixando as questões de
habitação individual e da imaginação pródiga do senhor eleito Bruno Barata que contabiliza logo
como sendo investimento feito agora ás rendas que vai pagar em não sei quantos anos, vamos a
questões concretas. Movimento associativo, Sr. Presidente, e gostaria que desse uma panorâmica
a esta Assembleia Municipal e aos eleitos do investimento que está a ser feito no movimento
associativo por parte da Câmara Municipal do Seixal e se esse investimento é real ou também

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meramente imaginativo como o investimento do Poder Central aqui no concelho do Seixal que
veio aqui o eleito do Partido Socialista falar”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Bruno Barata quer intervir, mais alguém? Bruno
Barata”.
Bruno Barata, do PS, disse: “Como o meu nome foi aqui referido e foi falado em contabilidade
imaginativa, foi o termo que utilizou, para as suas contas baterem certo com as minhas nós
fazemos assim, tiramos o investimento da Loja do Cidadão que o Governo depois vai pagar em
rendas, tiramos esta conta e em vez de ser um investimento do Partido Socialista 106 e 800 mil
euros ficamos arrematados por 105 milhões e 800 mil euros”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Deixem-me só num minuto uma referência a
propósito dos CTT e o Sr. Presidente já disse, mas na 5.ª feira houve uma reunião da Associação de
Municípios com o Sr. Presidente da ANACOM e o Sr. Secretário de Estado das Infraestruturas e
está nesta altura a decorrer a consulta pública aos novos indicadores até 15 de março do serviço
público nos CTT e a avaliação que é feita é que há um decréscimo enorme, nesta altura situam-se
no país em valores mínimos, sendo que o próprio Governo, anunciado pelo Secretário de Estado,
está a reavaliar a prestação no quadro da concessão, quer no que se refere à densidade, quer nos
indicadores do serviço público. Fica aqui a nota para a consulta pública que está a decorrer, a
preocupação do Governo porque é o concedente. A concessão termina em 2020, como sabemos,
e por outro lado no que se refere a indicadores com um acentuadíssimo aumento das
reclamações. No quadro do encerramento há situações que deixam concelhos, vários casos, sem
qualquer estação ou estabelecimento postal. Há ainda uma dúvida, para terminar, está a ser
apreciada a própria associação já se pronunciou e quero-vos dizer que a posição da Associação
Nacional de Municípios é claramente contra este conjunto de encerramentos. Os
estabelecimentos postais em mercearias, em papelarias, no nosso entendimento da Associação
Nacional de Municípios, Conselho Diretivo, não substitui as estações de correios, nem o que está
no quadro da concessão da qualidade de serviço público e essa é também uma matéria em
avaliação, interessa saber se isso está na concessão, ou seja, se os CTT podem subconcessionar,
sendo que além disso também a posição da Associação e da ANAFRE, creio que no último
congresso é de oposição em relação á “pesca à linha” dos CTT para instalarem em espaços
municipais e em juntas de freguesia aquilo que lhes compete fazer, isto significaria o Estado que é
concedente a subsidiar o privado. Portanto, apenas este apontamento. Sr. Presidente da Câmara
se faz favor”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Tomámos nota sobre as questões relacionadas com as
obras por terminar. Sobre a pintura das marcas rodoviárias, elas não foram executadas porque
trata-se de duas estradas nacionais, nacional 10 e nacional 378, e as Infraestruturas de Portugal
são muito rigorosas nos timings de execução das marcas rodoviárias e, por isso, só nos permitem
que sejam pintadas após alguns dias, não sei precisar quantos, algumas semanas após o
asfaltamento concretizado. São regras das Infraestruturas de Portugal, já poderiam ter sido feitas.
Sobre a rua dos Operários desconhecemos qualquer pedido de licenciamento de parque de
campismo para a praia dos pinheirinhos. Vamos investigar. Sobre a queda da cobertura do edifício
da Mundet junto à Associação Naval Amorense, a Câmara Municipal já em tempos oficiou o
proprietário para avançar com a demolição urgente ou reparação daquele imóvel. Sobre o espaço
do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras na Loja do Cidadão, dizer que a Loja do Cidadão como
repararam com certeza, tem espaços disponíveis para mais serviços públicos. Por isso, esse ou

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outros serão importantes que se enquadrem dentro da Loja do Cidadão. Vamos avaliar essa
questão relacionada com a família cigana que referiu e a ocupação indevida do espaço. Sobre o
laboratório vivo para a descarbonização é estranha a descida de pontuação, passamos da
pontuação máxima para a pontuação média, estamos a contestar os critérios. A questão mais
importante tem a ver com o financiamento e a Câmara do Seixal consegue com outros dois
municípios um maior volume de apoio de cerca de meio milhão de euros para esta candidatura,
essa é a parte substantiva, agora claramente que existiu aqui agora uma alteração dos critérios na
avaliação, o Sr. Vereador e a equipa do ambiente já estão, aliás já contestámos essa classificação.
No entanto, o resultado final é bastante positivo, nós e o município de Almada e da Maia temos o
maior valor de apoio para este projeto, cerca de 500 mil euros. Ainda sobre as questões
relacionadas com os fundos europeus, é verdade que o ritmo de execução dos fundos não está a
corresponder aquilo que seriam as nossas expectativas mas a maior parte da responsabilidade não
decorre da execução da própria Câmara Municipal do Seixal mas sim, do ritmo de abertura das
várias candidaturas aos fundos europeus, quer do pacto, quer nas várias alíneas relacionadas com
os vários eixos de fundos europeus é claramente que o ritmo de abertura das candidaturas tem
sido lenta e portanto, as candidaturas e depois da candidatura o lançamento do concurso e a
execução das obras é remetido para depois o termo daquilo que são as faturas para a gestão
operacional e só depois então é que se executa. Só depois é que se paga e que vai ser executado.
Estão a ver que há aqui uma décalage enorme entre a abertura do concurso e depois a execução
propriamente dita, mas, no entanto, o município recebeu uma majoração, ou seja, por estarmos
mais avançados em termos dos vários municípios, nós fomos privilegiados com mais cerca de 15%
do PEDU face à nossa boa execução relativamente a outros municípios. Sobre a questão dos CTT
dizer o seguinte: para já nós colocámos a questão à Administração dos CTT que estamos perante
uma situação, em primeiro lugar de defesa do serviço público postal e o que é estranho é que
sejam as populações, os utentes e as autarquias a defender o serviço público postal quando aquilo
que concessiona e o concessionário, o concedente e o concessionário aparentemente nada fazem
para preservar e para dignificar o serviço público postal. O concedente é o Governo, o
concessionário são os CTT privados e foi isso, exatamente hoje o que dissemos à administração
porque o que foi colocado é numero um) o encerramento da loja dos CTT de Paio Pires é para
avançar, ainda não foi concretizado outros já foram, este ainda não foi. Dizem que a passagem dos
serviços dos balcões dos CTT para outras entidades, para terceiros, é mais positiva do que manter
os postos dos CTT então, nós respondemos porquê que isso acontece? Não é mais positivo
manter-se o posto dos CTT como pretendem as populações e como pretendem as autarquias e a
resposta é a não resposta. Aliás, até a diretora disse, é uma questão ideológica ao que nós
respondemos: a nossa ideologia é a defesa da população. Portanto, não há argumento para
continuarem a encerrar os serviços dos CTT e por isso, seja para um café, para uma farmácia, para
uma papelaria, eu até diria para uma loja do chinês, entendemos que nenhuma destas entidades
está em melhores condições de prestar esse serviço do que os trabalhadores dos CTT e a estrutura
dos CTT, isso mesmo hoje foi transmitido à diretora da expansão sul dos CTT, tinha sido à data
também colocado à administração; e aquilo que percebemos é que não tem ainda nenhuma
solução encontrada do ponto de vista dessas tais parcerias com entidades ali na zona. Esperemos
que não tenham e esperamos que se mantenha a estação dos CTT. Até porque há aqui uma outra
questão para nós que é importante, tem a ver até com a dignidade institucional numa localidade e
numa freguesia de Paio Pires há 50 anos que tem estação dos CTT. Paio Pires nunca teve tanta
população como em 2018. Como é que é possível encerrar-se uma estação quando a população
está a crescer, quando tem uma média de utentes de 80 pessoas por dia, são mais de 2 mil

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pessoas por mês a usar a estação dos CTT de Paio Pires, por que razão se vai encerrar? Não nos
conseguem responder, nem a senhora diretora, nem o senhor diretor, não nos conseguiram
responder e por isso, saímos desta reunião não satisfeitos, como é lógico, mas o que transmitimos
é que vamos continuar a luta. Enviámos hoje mesmo um oficio para o Sr. Primeiro-Ministro a pedir
uma reunião porque entendemos que compete ao Governo que é o concedente zelar pelo
interesse das pessoas e pelo serviço público postal e enviámos também para a Assembleia da
República um outro ofício com teor idêntico porque entendemos também que é na esfera da
Assembleia da República que tem o dever de regular aquela que é uma concessão que não está a
servir os interesses do país e dos territórios das populações, por isso é uma matéria que vamos
continuar a acompanhar com todo o cuidado mas na certeza, porem de que não deixaremos
encerrar a estação dos CTT de Paio Pires, pelo menos tudo iremos fazer para que aquela não
encerre. Tomámos nota sobre a questão relacionada com águas, especialmente do esgoto na
marginal de Amora, junto à Sociedade Filarmónica Operária Amorense, existem algumas descargas
de emergência devido a entupimento, essa é uma questão técnica, talvez tenha sido isso que
aconteceu, veremos, o Sr. Vereador vai analisar. Sobre esse caminho junto à CEPSA do Fogueteiro
vamos também analisar a questão sobre a legalidade dessas oficinas e desse acesso e sobre as
várias situações vejamos: o município recebe diariamente milhares de solicitações, mais de 1000
solicitações diversas para os 1600 trabalhadores da Câmara, nos 84 locais onde temos
trabalhadores. Os vários pontos de acesso e de entrada de informação na Câmara Municipal, nós
recebemos mais de 1000 solicitações diárias e por isso nós confiamos nos nossos serviços, em
toda a estrutura da Câmara Municipal para acompanhar de forma devida e em tempo aquilo que é
a resposta à necessidade das populações e temos também um controlo desta gestão, desta
informação e, por isso, não há nenhuma situação que não seja acompanhada, que não tenha um
parecer, que não tenha uma solução; essa é a nossa missão e por isso, a resposta à pergunta como
se acompanham as situações é através do acompanhamento que fazemos em termos informáticos
de toda a tramitação processual de qualquer fluxo de informação que chega à Câmara Municipal e
vamos agora com a aquisição de um novo instrumento informático, vamos melhorar esse controlo
e esse acompanhamento de todas essas solicitações. Sobre os investimentos do Governo, se a
população do concelho do Seixal paga em IRS mais de 200 milhões de euros por ano para o Estado
Central, eu diria que os números que o Sr. eleito Bruno Barata aqui nos apresentou 101 milhões de
euros para vários anos e com uma taxa de execução, eu diria muito baixa porque desses vários
milhões, não sei quanto é que avançou, não sei se 1 milhão que terá avançado desses vários que
referiu em termos de investimento, eu diria que o Governo peca pelo reduzido investimento
público que faz no país, na região e no concelho. Esperemos que se concretizem esses
investimentos. Esperemos que eles possam lançar porque se avançarem vão significar que o
Estado está a desempenhar o seu papel e que serviços públicos essenciais que o concelho
necessita vão ser realizados equipamentos há muitos anos ambicionados por estas populações
que vão ser concretizados. Cá estaremos para acompanhar essa execução e esperar que se
concretize. Agora, penso que ainda não é tempo de gritar vitória, penso que é tempo de
acompanhar e tudo fazer para que se executem essas boas intenções que se anunciaram mas até
à sua execução a história já nos demonstrou que de boas intenções está o inferno cheio, basta ver
o hospital do Seixal com o protocolo de 2009, basta ver a Loja do Cidadão com o protocolo de
2009, basta ver a esquadra de divisão policial do Seixal com o protocolo de 2009, basta ver que
nada se concretizou e por isso, não só de boas intenções e boa-fé que nós estamos imbuídos mas
também com o espírito de acompanhamento que nos merecerá esse quadro de investimentos.
Tomámos nota sobre a pesquisa do Dr. Samuel Cruz que pretende nova habitação e que se

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confrontou com as estratégias comerciais dos vendedores. Já agora, eu como sou um bocadinho
mais proletário quando procurei casa em Paio Pires achei piada quando o vendedor me disse: aqui
ao lado neste espaço a Câmara vai construir um parque infantil. Eu na altura até era o Vereador
dos Parques Infantis e pergunto-me a mim próprio que curioso, nem sequer eu sei que a Câmara
vai construir um parque infantil, mas o vendedor das casas aqui já sabe. O senhor às vezes tem um
perfil um bocadinho de vendedor também, é verdade. Consegue efabular um bocadinho sobre
intenções, mas sonhar é bom, é pena é sonhar em nome de outros ou utilizando o nome de
outros. Todo o modo, agora fechando este parêntesis, um pouco mais de humor dizer que eu vou
avaliar esta questão que o Sr. Vereador colocou sobre as obrigações do urbanizador do Monte
Verde e sobre essa desculpe a expressão, «chica espertice» que aparentemente está a ser
utilizada pelos vendedores do Alto da Verdizela. A «chica espertice» significa ultrapassagem até
aos serviços da Câmara Municipal e ao licenciamento. Sobre as questões relacionadas com o que o
Bloco de Esquerda colocou e o eleito Vitor Cavalinhos, a Câmara Municipal do Seixal tal como
outros municípios da Península de Setúbal entende que precisamos de enquadrar o sábado no
horário de trabalho da limpeza urbana do município. Aliás, assim é em todos os municípios da
Península de Setúbal e a Câmara Municipal do Seixal já o fazia, mas não da forma correta; isso
mesmo foi apontado num recente relatório da Inspeção Geral de Finanças onde determina ao
município, nas pouquíssimas questões que foram apontadas como melhorias a desenvolver, que é
o elevado número de horas extraordinárias realizados pelo sector da limpeza urbana aos sábados,
todos os sábados de todas as semanas do ano. E esse relatório e essa inspeção determinou que o
município, das duas, uma: se o trabalho é necessário e se é regular não pode ser extraordinário,
por isso, ou se integra num horário ou deixa-se de fazer e a nossa opção foi integrá-lo no horário e
isso, neste momento, está a ser trabalhado com as nossas equipas para que seja integrado num
horário e para os trabalhadores o realizarem, aqueles que assim o entenderem; para os outros, se
não entenderem, iremos manter o horário de segunda a sexta-feira. No entanto, não há nenhuma
dúvida que o município do Seixal necessita de trabalhar ao sábado na área da higiene urbana, tal
como todos os grandes municípios deste país precisam de trabalhar ao sábado e ao domingo.
Aliás, a Câmara do Seixal já trabalha ao sábado e ao domingo em muitos sectores: água e
saneamento, piscinas municipais, Fórum Cultural, tantas e tantas áreas e, por isso, às vezes
ficamos espantados; parece que só a Câmara do Seixal é que vai trabalhar ao sábado na área da
limpeza urbana. É curioso como é que não se percebe que todos os municípios trabalham nesse
período e que é necessário que se trabalhe porque estamos a falar de serviço público; automóveis
podem-se construir onde quiserem e aos dias que se quiserem, agora serviço público para as
populações, serviços básicos, água, saneamento e resíduos, esses são os básicos e são esses que as
populações procuram e esperam de nós e da nossa organização, somos um serviço público. Por
fim, só referir-me à questão relacionada com o investimento da Câmara Municipal no movimento
associativo popular. Aqui o município entende que as instituições locais desempenham um papel
de primordial importância no serviço e apoio às populações, não só na área do desporto e da
cultura, mas mantém na área social, na área das forças humanitárias, nas migrações ou outras.
Tem sido deste imenso trabalho realizado pelos nossos parceiros locais em colaboração com as
juntas de freguesia e com a Câmara Municipal do Seixal que este concelho tem conseguido fazer
face às várias vicissitudes e aos problemas que se colocam perante nós e tem sido deste trabalho e
desta articulação que temos conseguido avançar e fazer crescer o nosso concelho e por isso desde
a primeira hora e havendo disponibilidade porque nós não acreditamos na municipalização da vida
associativa, nós acreditamos na descentralização e na livre iniciativa e dinâmica dos nossos
parceiros, independentemente de onde politicamente se coloquem, é uma questão de

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entendimento político nosso esta forma de estar e de governar relativamente aos nossos
parceiros e por isso ao lado dos nossos parceiros nós temos feito um caminho de reforço da
capacidade de intervenção destes nossos parceiros do movimento associativo e nessa perspectiva
só na área desportiva e só para responder nesta área a Câmara Municipal do Seixal está a investir
mais de 2 milhões e meio de euros, nos últimos 3 anos, em novas infraestruturas desportivas, em
novos equipamentos, em requalificações e vamos continuar esse caminho para tentarmos que, do
ponto de vista, quer da área cultural, quer da área desportiva, da área associativa, da área social,
consigamos ter melhores condições para poder prestar um melhor serviço à nossa população”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos para o ponto seguinte”.
III.7. Regimento da Assembleia Municipal do Seixal. Mandato 2017 – 2021 – Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 12)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Como estão recordados nós constituímos um grupo
de trabalho com a mesa da Assembleia Municipal e os líderes municipais, realizámos quatro
reuniões, uma reunião ainda no ano passado, mais três e o que é importante dizer, em síntese,
que foi um trabalho, antes de mais, de participação de todos. Todos os grupos municipais deram
contributos, trouxeram propostas e fez-se uma reflexão, eu diria ponto a ponto, sobre as questões
principais de funcionamento da Assembleia Municipal. Uma primeira tem a ver com o regime de
tempo que nós vamos ter; o Regimento foi-vos distribuído atempadamente, tiveram todos
oportunidade de ver, acompanharam com certeza em cada grupo municipal o desenvolvimento do
que foi esta reflexão até chegarmos a um consenso muito alargado; o que se traz aqui hoje é fruto
disso mesmo e da construção que chegou a um largo consenso, mas apenas destacar dois ou três
aspetos: um tem a ver com o modelo de funcionamento da assembleia. Portanto, a Assembleia a
partir da próxima, aprovando hoje o Regimento, irá ter um horário de funcionamento entre as 20
e a 1h, estaríamos a terminar a sessão da Assembleia Municipal. Aliás, já tínhamos passado uns
minutos. Portanto, a Assembleia Municipal de forma a garantir que a ordem de trabalhos é
sempre cumprida, como não pode deixar de ser, irá ser convocada com uma sessão única de duas
reuniões, digamos assim, sequenciais, dois dias seguidos. Portanto, terá um tempo útil máximo de
10 horas, como é evidente, garantindo que desta maneira a ordem de trabalhos respetiva é
sempre cumprida; o que não tem limite nas sessões da Assembleia é o tempo de intervenção da
população, não tem limite, tem limite para a intervenção individual, mas não tem limite no
conjunto; mas os outros períodos, o período de antes da ordem do dia e o período da ordem do
dia, quer sejam das sessões ordinárias, como é o caso de hoje, ou das sessões extraordinárias, têm
limite de tempo como já tinham e, portanto, são os tempos que estão no quadro anexo. Referir
que chegou-se a um quadro de distribuição de tempos que eu diria que já era também a forma
como entendíamos o funcionamento da assembleia municipal e que neste Regimento está
também consagrado, é uma majoração de tempos com os grupos que têm menor representação
na Assembleia Municipal de maneira a que tenham um tempo de intervenção mínimo e é isso que
está no quadro de tempos, quer para o Período de Antes da Ordem do Dia, quer para o Período da
Ordem do Dia; e dizer-vos que isso significa, grosso modo, que enquanto os dois maiores grupos, a
CDU e o Partido Socialista têm um minuto por eleito, os outros, tanto o Bloco de Esquerda como o
PSD duplicam, têm dois minutos por eleito e naturalmente que esta majoração ainda é maior para
os grupos municipais, como o CDS, o PAN e o Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Fernão
Ferro. Em relação às comissões, nós vamos ter mais comissões, porque há quatro comissões
específicas para além das nove permanentes; o Regimento define como primeiro momento no

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trabalho das comissões – iremos depois ter um calendário, agora a seguir à aprovação do
Regimento para formalizar a instalação das comissões – que possam, evidentemente, começar a
sua atividade e essa atividade começa pela elaboração de um plano de atividades. Nesse sentido,
com esta apresentação muito breve, eu dou-vos a palavra e, portanto, quem é que pretende
intervir? Samuel Cruz, se faz favor”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “Começar por secundar as palavras do Sr. Presidente, realçando o seu
papel na tentativa e no conseguimento que se teve deste trabalho de compromisso; todos estão
de parabéns, mas muito em especial está o Sr. Presidente da Mesa e também a Dra. Madalena
Silva que fez um trabalho de compilação, efetivamente o trabalho mais laboral de tudo isto e que
foi bem conseguido. Eu acho que é um trabalho de compromisso e valoriza a democracia nesse
sentido. A solução encontrada é para nós uma boa solução e não é a nossa solução, é a solução
encontrada entre todos. No entanto, gostava aqui de deixar algum registo daquilo que eram as
posições do Partido Socialista que entendíamos que deveriam ter sido integradas, não foram, mas
que até como um trabalho de reflexão para que no futuro se adotem ou não, eventualmente, se
for caso disso, sendo certo que em relação a algumas delas há até compromisso de continuarmos
a desenvolver este trabalho nesse sentido. A primeira delas que eu gostaria de destacar é a
transmissão em direto e on-line das reuniões da Assembleia Municipal. Foi entendido que poderia
resultar dispendioso. Eu, abusando um bocadinho ali do Nelson Patriarca, até brinquei que os
eleitos do Partido Socialista até de fazer esse trabalho não se importam, de gratuitamente garantir
pelo youtube essa transmissão; mas a verdade é que existe o compromisso e eu espero, para
breve, da Câmara Municipal dizer o que isso representa em termos de custos para que possamos
avaliar também em termos de retorno, o que é que isso pode representar, se se justifica ou não e
portanto é um working progress que acontece que não está fechado e que vamos voltar a ele,
espero brevemente. Defendíamos também que a figura da Mesa e da própria Assembleia
Municipal deveria ser mais institucionalizada, sendo certo que se chegou até aqui a um
compromisso da parte mais da conferência de líderes de sensibilizar o Sr. Presidente da Câmara –
eu acho que ele não vai gostar desta parte – que é de tentar garantir, criar, construir um edifício
próprio para a Assembleia Municipal onde nos permitamos reunir e não aqui neste local. A
Assembleia Municipal deve ter as suas próprias instalações, deve ter instalações com dignidade e
que lhe permitam reunir no seu interior; deve ter a Câmara, devem ter os grupos municipais,
instalações também para que possam reunir e encontrar, etc. e até pelo ponto de vista simbólico
daquilo que é um órgão e que é a separação do outro; é a opinião de todos os presentes que será
desejável, num futuro tão breve quanto possível, que a Assembleia Municipal tenha as suas
próprias instalações que, aliás, recordo que foram agora ocupadas pela Loja do Cidadão porque o
princípio era, inicialmente, quando o Edifício Alentejo foi comprado lá instalar a Assembleia
Municipal e não a Loja do Cidadão; e vemos com simpatia esse projeto também. Em relação ao
funcionamento das comissões, talvez seja aquilo que é puramente regimental, aquilo em que
existiam maiores diferenças. Há um consenso alargado que as comissões não funcionaram bem no
passado e nós entendíamos que deveria ser mais esmiuçado o seu funcionamento até para servir
de guião para que os seus membros haver periocidade nas reuniões, haver uma forma de
apresentar o trabalho perfeitamente explicada, etc. e que isso iria permitir. Enfim, optou-se por
garantir, continuar a respeitar a independência de cada uma das comissões e o seu direito à auto-
organização, vamos ver se funciona, se não funcionar, estamos convictos de que este caminho
poderá ser uma maneira de melhorar o financiamento. Por fim, em relação ao modelo de
funcionamento das assembleias. O Partido Socialista entendia que deviam existir mais assembleias

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municipais. Foi quase unânime nos outros partidos que eram demais e que não deveríamos vir cá
tantas vezes. Nós pela nossa parte estávamos disponíveis para esse esforço e entendíamos que
deveria de existir de três em três meses, de quatro em quatro meses, assembleias temáticas para
tomar posições políticas, ou seja, aquilo que nós fazemos hoje em dia no Período Antes da Ordem
do Dia reservávamos uma assembleia municipal de três em três meses ou de quatro em quatro
meses, apenas para fazer esse debate mais político. O que é que isso permitiria? Permitiria libertar
o Período de Antes da Ordem do Dia para um Período Antes da Ordem do Dia muito semelhante
aquilo que se faz na Câmara Municipal, que é trazermos aqui as questões dos munícipes que nos
colocam, que outras coisas que observamos, propostas, questionar mais diretamente a Câmara,
fazer sugestões ao funcionamento da Câmara Municipal, e as da política nacional reservar para um
outro momento. Também na mesma senda defendíamos que deveria existir, essa sim, teria que
ser de três em três meses, uma assembleia dedicada a cada freguesia. Durante o ano cada
freguesia tinha uma assembleia que decorria nessa freguesia e que apenas discutíamos pontos
dessa freguesia, para percebermos, não é intrometermo-nos no trabalho das freguesias, mas sim,
avaliar o trabalho da Câmara em cada uma das freguesias e isso permitiria fazer uma discussão
muito aprofundada uma vez por ano, acho que não vinha daí mal ao mundo. Por fim há uma que
foi relativamente contemplada, nós defendemos que devia haver uma, pelo menos, do estado do
concelho, há abertura neste Regimento para criar aqui uma que podemos escolher o tema à
vontade e eu vou terminar, sugerindo já o tema; eu acho que é muito importante, porque
ninguém percebe, e eu fui vereador doze anos e continuo sem perceber, acho que deve ser
complexo porque no inicio deste mandato apresentámos um requerimento ao Sr. Presidente da
Câmara e continua sem ser respondido, e seria muito útil que existisse uma visita, uma
assembleia, não é necessário ser uma reunião aqui fechada, pode ser uma visita e eu sugeria uma
visita, ao Centro de Estágios do Benfica, pelo menos aquela parte que é propriedade do município
do Seixal e ninguém nos pode impedir a entrada, para avaliarmos exatamente o estado de
cumprimento dos diferentes protocolos celebrados entre a SAD do Benfica e o município do
Seixal”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Rui Belchior”.
Rui Belchior, do PSD, disse: “Como aliás, vínhamos anunciando já por diversas vezes embora
registemos a tentativa de consenso, creio que até foram bem mais de quatro reuniões, pelo
menos é a minha sensação e as reuniões sem dúvida que conduziram a alguns aperfeiçoamentos
que se registam neste novo Regimento. Contudo, como eu fui anunciando, para o Partido Social
Democrata ficam alguns problemas por resolver, sendo que para nós há um item fundamental não
resolvido, no que diz respeito à limitação dos tempos de intervenção e à sua distribuição
proporcional. É nosso entendimento esta distribuição proporcional atendendo ao órgão, é uma
espécie de violação à democracia porque impede e limita que os autarcas de um órgão autárquico
que reúne de forma esporádica, ou seja, isto não é a Assembleia da República como muitos
pretendem comparar e que reunindo de forma esporádica através desse sistema são impedidos de
discutir os temas que bem entendem. Relativamente a este Regimento estamos ainda mais
dececionados e desiludidos e é preciso que se diga que os 60 minutos que estavam previstos no
Período Antes da ordem do Dia neste Regimento e que até aqui podiam ser dobrados em mais 60
minutos, vão deixar, à luz deste Regimento, de poder ser dobrados. Portanto, estamos neste
momento, ainda mais reduzidos em termos de tempo de intervenção e remetidos para 60
minutos. Nesse sentido, advertir já o Partido Socialista que vai haver uma redução significativa de
documentos. Portanto, dos 120 minutos que podíamos ter, passamos a 60 minutos eu aqui

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discordo, pese embora o que diz a Lei geral que de facto fala até 60 minutos; de qualquer forma à
semelhança do que é o entendimento de outros municípios de outros órgãos, alguns aqui bem
perto de nós, nós entendemos que estes 60 minutos poderiam ser ultrapassados, na medida e é
esta a nossa posição em que consideramos que o Regimento, sendo lei especial, deve suplantar a
lei geral, mas não foi o entendimento dos demais. Como afirmei diversas vezes, em sede destas
reuniões, quero afirmá-lo aqui hoje também, frontalmente: não concordamos que o Presidente da
Junta de Freguesia de Fernão Ferro seja incluído neste período de 60 minutos, não concordamos.
Não se constitui como grupo municipal, pelo menos até à data; daquilo que temos vindo a
presenciar também ainda não fez uma única intervenção, nem hoje quando foi apresentado um
documento que versava sobre a sua própria freguesia. Nesse entendimento devíamos ter
caminhado da mesma forma que bem se caminhou, quero sublinhar em relação ao tempo da
Câmara Municipal, aos oito minutos da Câmara Municipal que foi expurgado destes 60 minutos
também o nosso entendimento era que o Presidente da Junta de Freguesia de Fernão Ferro que
naturalmente querendo falar deve ter o tempo que se lhe está a proporcionar nestes 60 minutos
de 4 minutos, mas que não deveria contar nestes 60 minutos e já como disse volto a repeti-lo aqui
para ficar gravado. Estamos para ver quantas vezes é que o Sr. Presidente da Junta vai intervir e
estou certo que no fim do mandato esta minha tese será comprovada, apesar das opiniões que já
sabemos que vão noutro sentido. Por fim, relembro a necessidade de se avançar para as
transmissões on-line porque seria um avanço passo a redundância, no sentido da publicidade e da
transparência. É preciso que as pessoas e hoje ficámos a saber, segundo o membro Samuel Cruz
que é até possível faze-lo aqui de forma absolutamente gratuita. Portanto, é preciso conceder
esse espaço às pessoas que queiram ver, independentemente das visualizações ou das poucas
visualizações que se assistem noutros concelhos que têm a transmissão, isso é um problema de
quem quer ver ou deixar de ver. Nós devemos naquele que é o nosso papel possibilitar e permitir
às pessoas que em casa possam assistir em direto ou a posteriori e nesse sentido, relembraremos
sempre aqui a necessidade desta medida ser implementada”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Antes de dar a palavra ao Paulo Silva creio que se
justifica dois esclarecimentos e não é para estar a responder às intervenções, mas é no quadro da
intervenção do Rui Belchior. Há uma questão clara e aqui ninguém está com as profissões, nem
sequer os juristas ou os advogados estão aqui, mas o Regimento não é nenhuma lei especial, o
Regimento não é lei e não se pode sobrepor à lei. Não sou jurista, mas ando nisto há montes de
tempo e o cidadão comum sabe isto. O Regimento tem que cumprir a lei e o Regimento não se
sobrepõe à lei, mas isto é dos livros, como uma portaria não substitui um decreto-lei; isto é ao
contrário, para ficar claro porque às tantas pode haver aqui alguma questão que é mas nós
tínhamos uma possibilidade legal. Nós temos que cumprir o 75 de 2013 e os 60 minutos é da Lei.
Encontrámos um figurino por entendimento que tem agora uma formulação final que é os 60
minutos serem o tempo útil contado com os tempos somados dos grupos municipais e, portanto,
é tempo útil pois cada grupo tem que gerir o seu tempo, ou seja, a gestão da ordem do dia, as
votações, as declarações de voto, as declarações de honra e a intervenção do Sr. Presidente da
Câmara não contam para isso. Fora disso até se perguntou, se houver quem fundamente
juridicamente o contrário que diga. Agora, uma coisa é clara, sobrepor à lei é que não, como é
evidente, como nem sequer pode estar em discussão. A outra nota, para sermos claros, por
exemplo no caso do PSD, só para dizer que melhorámos os tempos. Por exemplo o PSD no atual
Regimento que termina agora tinha seis minutos, agora passa a ter oito, a proporcionalidade do
PSD é o dobro, duplica em relação ao número de eleitos, o PS e a CDU são os com maior

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representação é, digamos, um minuto por eleito. Agora eu também não conheço e só para
terminar, nós falámos disso, creio que foram mais quatro, se calhar foram cinco é só vermos a
contabilidade, mas nós nestas reuniões fizemos este progresso possível que chegou ao
entendimento inclusivamente na distribuição dos tempos, eu não conheço em Portugal partido
nenhum, a maioria que governe a Câmara e a Assembleia Municipal incluindo o PSD que fique
claro, que não tenha distribuição proporcional de tempos. Aliás, eu cheguei a dizer se houver
algum caso dar como exemplo seria curioso saber onde. Claro que a democracia tem isto! O
contrário disto é que poderia ser questionado, isso foi a sede da nossa reflexão. Paulo Silva se faz
favor”.
Paulo Silva, da CDU, disse: “Quanto à questão do Regimento deve-se enaltecer o esforço de todos
os membros que fizeram parte da comissão do Regimento, bem como do Sr. Presidente, dos
outros membros da mesa e da Dra. Madalena para se conseguir encontrar um Regimento que
fosse ao encontro das várias propostas que foram apresentadas pelos diferentes grupos políticos e
penso que isso foi conseguido. Quanto à questão da limitação de tempos, eu não estou a ver que
outra hipótese é que poderíamos ter, porque temos uma limitação legal que não pode ir além dos
60 minutos e aí, Rui Belchior, não posso concordar contigo quando dizes que, primeiro, o
Regimento é lei. Não é! E que o Regimento pode suplantar a lei geral. Não pode! O Regimento tem
que se conformar com as limitações legais; podemos, conforme fizemos, encontrar uma redação
que restrinja esses 60 minutos e que se aplique às intervenções dos eleitos da Assembleia
Municipal, retirando os tempos de votação, os tempos de intervenção da Câmara de resposta às
questões colocadas, os tempos de intervenção da Mesa, as declarações de voto, as defesas da
honra; foi aí que se encontrou para se conseguir alargar essa hora, mas não podíamos ir além e
havendo uma obrigação legal de limitação temporal do Período de Antes da Ordem do Dia para
uma hora e tínhamos que encontrar um mecanismo de redistribuição destes 60 minutos pelas
diferentes forças politicas, senão podíamos chegar a uma força politica que começasse a intervir e
quando acabasse tivesse esgotado a hora e deixando as outras aí sim, literalmente caladas,
encontrámos esse mecanismo em detrimento das forças politicas mais votadas que
proporcionalmente são as que por eleito têm menos tempo, mas encontrando aqui um
mecanismo de respeitar o direito de intervenção de cada força política ao eleito que aqui está, não
em representação de uma força politica, mas de um movimento de cidadãos que é o caso de
Fernão Ferro. Eu também gostaria muito que ele não tivesse tempo, mas não estaríamos a ser
justos, nem corretos quanto a isso, está a exercer o seu mandato, sem ser integrado em nenhuma
força política e tem que ter direito de intervenção se depois o utiliza ou não, isso depende dele.
Agora não podíamos era chegar a uma situação dele pedir a palavra para intervir e dizer: Não,
você não pode porque não tem tempo. Não podemos fazer isso! Aí assim começávamos a por o
eleito do PAN fora dos 60 minutos, não podemos ir por aí assim. A Câmara sim! Conseguimos
encontrar aqui até já em negociações de última hora e vendo o funcionamento de outras
assembleias para se conseguir fazer isso, alargando o tempo de intervenção das diferentes forças
políticas e aí penso que estes 60 minutos, conseguiu-se encontrar aqui uma formulação de que se
consegue distribuir este tempo por todos. Penso que em função da discussão que houve, dos
consensos que se conseguiu encontrar que este Regimento seria bom e seria o coroar de toda esta
discussão que houve e do trabalho que a comissão que o Regimento teve que o Regimento fosse
aprovado por unanimidade nesta assembleia”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Duarte Correia se faz favor”.

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Duarte Correia, do PSD, disse: “Não vale a pena estarmos aqui a discutir se é lei, se é Regimento, o
que facto é que esta Lei 75/2013 entrou em vigor em 2013 e até hoje aplicámos o Regimento que
não poderia contrariar a Lei. Ora, se a Lei entra em vigor em 2013, durante o último mandato que
eu não estive cá, não poderiam ter aplicado esse Regimento. Fico contente com uma coisa;
felizmente os trabalhadores do município do Seixal que prestam assistência à Assembleia
Municipal podem cumprir as 11 horas de descanso, podem cumprir o limite máximo de 5 horas de
trabalho seguidas porque era uma violência, até à data, terem que cumprir 10 e 12 horas de
trabalho seguidas, ir a casa trocar de roupa e ter de vir trabalhar; ainda bem que se pôs um limite,
bem hajam a quem chegou a este acordo”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vitor Cavalinhos se faz favor”.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Em primeiro lugar eu queria saudar todos os representantes dos
partidos na comissão no Regimento que chegaram a este trabalho de consenso e a esta proposta
de Regimento que aqui é feita. Eu acho que o trabalho que todos fizemos foi um trabalho
meritório e eu queria deixar essa nota. Também queria saudar e deixar a nota de reconhecimento
pelo trabalho que a Dra. Madalena fez, foi também um elemento importante e imprescindível
para que este trabalho que aqui é apresentado seja apresentado da forma que é, e é evidente que
quero também saudar a mesa da Assembleia Municipal na pessoa do Sr. Presidente pela
coordenação que fez dos trabalhos que nós desenvolvemos. Sobre o Regimento, algumas notas, a
primeira delas é que o filme que nós estamos ainda a viver hoje vai acabar e isso para mim é uma
satisfação. Quando esta coisa for aplicada, a esta hora se calhar já estamos a fazer óó, aqueles que
não tiverem insónias. Nesta assembleia, só uma nota, o Partido Socialista apresentou seis
documentos, três deles não foram discutidos e esse filme vai acabar. Se já leram o Regimento a
partir de agora todos os partidos que apresentem moções, elas serão discutidas; mais uma vez o
Bloco de Esquerda apresentou uma moção que não foi discutida e outros partidos também, mas
esse filme vai acabar, a partir de agora os partidos como já viram pela ordem crescente da sua
importância e representatividade eleitoral, a CDU 1.º, o PS a seguir e assim sucessivamente todos
os partidos que tiverem documentos a apresentar nesta sequência apresentá-los-ão e depois
voltar-se-á à primeira forma e continuará como vocês já viram. Esse é um dado, acho que é
relevante do nosso ponto de vista. Depois, nós entendemos este Regimento como um documento
perfeitamente normal, feito por pessoas com toda a sua disponibilidade e a todo o momento este
documento pode ser alterado, como todos eles vamos pô-lo em prática, analisaremos a todo o
tempo como é que as coisas estão a funcionar e a todo o tempo o próprio Regimento prevê que
qualquer membro da Assembleia Municipal pode apresentar alterações a este Regimento,
veremos como é que vai funcionar e se for caso disso os partidos entender-se-ão para propor
alterações, é esse o entendimento que nós temos e que também colocámos sobre isso. Eu não
vou gastar muito mais tempo a colocar as posições que também tínhamos sobre isto, acho que
não são relevantes, algumas propostas que fizemos foram aceites, foram consideradas, outras
não, mas o que é mais relevante do nosso ponto de vista é este trabalho a que chegámos e aqui
está à nossa consideração. Disse nas diversas reuniões que fizemos e digo hoje aqui publicamente,
eu tenho alguma dificuldade em entender a posição do PSD. Nós tivemos experiências, algumas
posições, esta Assembleia Municipal teve experiências como o Rui Belchior está recordado, está cá
há tanto tempo como eu, de pessoas em sessões descentralizadas, por exemplo em Fernão Ferro,
tivemos sessões de 200 pessoas a assistirem a uma sessão da Assembleia Municipal e a
esmagadora maioria delas estavam porque nós íamos votar a resolução do problema das AUGI. É
um dos problemas e essas quase 200 pessoas, acho que não estou a falhar na matemática

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estiveram três horas a assistir às nossas guerras a «discutir moções». Eu coloco uma questão: esse
facto será um bom indicador para as pessoas assistirem à Assembleia Municipal? Esse facto, levará
as pessoas a entusiasmarem-se pela política? Nas nossas conversas, eu apelei, não sei se isto tem
algum sentido, apelar, eu apelei a esse bom senso; já agora, quem sou eu para fazer esses apelos?
Mas de qualquer modo, não entendo e acho que não é compreensível a posição do PSD sobre essa
matéria. Nós discutimos moções hoje até quase à meia-noite, vai ser um problema também para a
autodisciplina dos diversos partidos, apresentarão objetivamente e obrigatoriamente têm que
apresentar menos documentos, o debate democrático far-se-á na mesma e fá-lo-emos mais
concentrados e acho que tem que ser assim mesmo. Depois outra questão, nós desde o primeiro
momento, manifestámos contra o tempo atribuído por direito próprio ao eleito do Presidente da
Junta de Freguesia de Fernão Ferro, não havia volta a dar a este assunto, era uma entorse
democrática o Regimento não prever que um eleito tinha o tempo que disponibilizasse entender
para intervir, ele se não quiser intervir está no seu direito, esse problema acho que é elementar e
era isto que eu queria dizer o limite das assembleias municipais é importante. O problema do
funcionamento dos grupos de trabalho vamos agora iniciar esse funcionamento, acho que é muito
positivo os grupos de trabalho terem que apresentar um plano de trabalho e um relatório da sua
atividade e também é positivo outro facto que está neste Regimento em que é está
regimentalmente decidido e determinado que pelo menos uma vez por ano a Assembleia
Municipal terá que promover um debate sobre um assunto de interesse nacional, local e esse será
um debate público e os temas serão decididos e discutidos na conferência de líderes e é evidente
que a Assembleia Municipal não pode fazer mais que um, mas pelo um é obrigatório que faça, são
aspetos relevantes de melhorias que este Regimento é relativamente ao anterior e merece a
nossa aprovação, trabalhámos para isso e fazia sentido se ele fosse aprovado por unanimidade
seria melhor, se não for também não morre ninguém mas achamos que o trabalho que fizemos
merecia essa tomada de posição com a ressalva que a gente pode sempre mudar as coisas, se
virmos que elas não estão a funcionar de acordo com o que cada um pensa, voltamos ao debate
se nós tivéssemos aqui a decidir uma coisa intocável para o mandato e que jamais lhe pudéssemos
tocar eu acho que podia fazer sentido alguma incomodidade com as decisões que aqui vamos
tomar, mas não sendo esse o caso, tenho dificuldade em perceber a posição do PSD sobre isso, já
o disse”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “André Nunes”.
André Nunes, do PAN, disse: “Eu vou intervir e vou tentar ser o mais sucinto possível, só mesmo
para memória futura e para que conste, começar por fazer jus ao trabalho da Dra. Madalena
porque é de todo justo fazer essa ressalva. Em relação ao Regimento propriamente dito o PAN
enquanto um partido com um único eleito não sente minimamente acautelado face a este novo
Regimento que vai ser aparentemente aprovado, não tanto pela questão do tempo, honra me
farão nunca foi para mim um cavalo de batalha percebo perfeitamente que quem tem mais eleitos
deve falar mais tempo, nomeadamente na forma como os partidos com um só eleito têm pouco
tempo para trabalhar, todo o trabalho que envolve a assembleia. Nós propusemos um prazo mais
dilatado para que nas entregas dos documentos fosse feita e desse tempo para que os mesmos
fossem analisados. Fizemos, inclusivamente, também uma proposta para que a rotatividade das
peças, a forma como elas são votadas acautelasse, isso mais ou menos foi mitigado, mas da forma
como nós entendemos ser a melhor e nesse aspeto, não obstante perceber o desejo de consenso,
eu não me sentiria bem comigo se aprovasse o Regimento porque entendo que, de facto, partidos

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com um só eleito não têm a vida nada facilitada e acho que não houve sensibilidade para
compreender isso”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Paulo Galvão”.
Paulo Galvão, do CDS, disse: “Em relação ao Regimento ficámos um bocado desapontados em
relação à transmissão on-line que tem sido um pedido que já veio do outro mandato pelo meu
colega que estava cá eleito, na altura o Humberto Batardo, que falou sobre essa situação da
transmissão on-line; mais uma vez ficou de se analisar e depois não houve mais nenhuma
resposta, ficámos um bocado dececionados sobre esse assunto mas visto que o Regimento não
está fechado, é um documento aberto e que pode ser melhorado, temos esperança ainda que isso
volte a acontecer porque sabemos que há muita gente que dada as horas a que a assembleia
decorre por vezes não é fácil poderem-se dirigir e podendo ligar um computador podem estar a
assistir à Assembleia Municipal e pelo menos ter conhecimento do que se está a passar aqui, não
podendo de uma forma participar mas conseguem pelo menos saber o que é que se está a passar
aqui dentro. Em relação ainda aos tempos eu continuo com as minhas dúvidas acerca do eleito de
Fernão Ferro visto que ele não se candidatou à Assembleia Municipal, apenas se candidatou à
Junta de Freguesia, não se constituiu como grupo e tem direito a tempo dentro do período de
tempo dos grupos municipais, essa foi a minha dúvida, até agora não foi esclarecida o que nos
deixa algumas dúvidas acerca do Regimento, se iremos votar favoravelmente ou não”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma intervenção? Apenas duas notas, para
além do que já dissemos notas de forma objetiva, em relação ao eleito de Fernão Ferro a questão
esclarecida foi, basta ir à Lei e ler a Lei! Está lá, que os eleitos em listas de cidadãos para as juntas
de freguesia têm o estatuto de grupo municipal se o entenderem tendo o estatuto grupo
municipal podem usa-lo ou não, têm naturalmente que ter tempo ao mesmo nível da
proporcionalidade dos outros eleitos, não há um problema, está escrito! Aliás, o legislador fez
questão, independentemente do que nós entendamos de como é que é a representação e sobre
esta matéria, há aqui opiniões ao longo do tempo sobre o papel da participação dos eleitos das
juntas de freguesia nas assembleias municipais e o legislador fez questão que esta matéria fosse
clarinha. Não há dúvidas sobre isso, não é um problema de não esclarecimento, é ler a Lei. Nós
vimos isso nas nossas reuniões, mais que uma vez. Em relação à transmissão on-line já foi dito, por
um lado o Regimento é exatamente isso, o Regimento não é um modelo de funcionamento da
Assembleia fechado, nada disso! Já foi dito e é importante que isso se refira. A transmissão on-line
é um entendimento também já aqui transmitido. Portanto, a questão da transmissão on-line e nós
responsavelmente a mesa e os líderes entenderam assim, terá lugar logo que e se for essa a opção
a partir de uma questão que é responsável que é saber quais são os meios, quanto é que custa e
onde é que pretendemos chegar, foi o entendimento que tivemos, portanto não está fora
decidiremos em consonância mas de forma responsável, não decidimos gratuitamente sem mais
nada, sem ter ideia quanto é que custa e quais são os meios, isso não é uma boa decisão em
democracia e em qualquer órgão. Em relação à questão dos tempos, repito o que disse há
bocadinho: por exemplo, a proporcionalidade do PAN, o PAN tem uma proporcionalidade de 1
para 3, o PSD de 1 para 2 e a CDU e o PS é de 1 para 1. Encontrou-se aqui um quadro, mais que
isto o que era? Era acabar com a representatividade democrática e a proporcionalidade. Não é um
problema da Assembleia, é uma questão boa da democracia e aqui quem escolhe é a população,
evidentemente. Sendo assim, vamos votar e eu pergunto em relação à proposta de Regimento
para este mandato 2017-2021 quem vota a favor?

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Aprovada a Deliberação n.º 4/XII/2018 por unanimidade e em minuta com:


Trinta e um (31) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 16
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do Presidente da Junta de Fernão Ferro: 1
Cinco (5) votos contra dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do PAN: 1
Uma (1) abstenção dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “O Regimento foi aprovado com os votos a favor da
CDU, do PS, do Bloco de Esquerda, do Sr. Presidente de Fernão Ferro e a abstenção do CDS e os
votos contra do PSD e do PAN”.
III.8. Regulamento dos Serviços Municipais. Alteração.
(Documento anexo à ata com o número 13)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Sr. Presidente da Câmara”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Na sequência das anteriores deliberações, quer da
Câmara Municipal, quer da Assembleia Municipal com a adequação da estrutura orgânica da
Câmara Municipal, com a criação de uma nova divisão e dois gabinetes e com a adequação em
termos funcionais desta nova realidade com a alteração de mais outras unidades orgânicas
trazemos a esta Assembleia Municipal a alteração ao regulamento dos serviços municipais que
visa estabilizar do ponto de vista do conteúdo funcional as alterações que foram propostas em
deliberações anteriores”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções sobre este ponto? Bruno Barata”.
Bruno Barata, do PS, disse: “De uma forma muito breve esta alteração ao regulamento da Câmara
e também ao organograma, só uma pequena consideração: os organogramas por si, não valem
nada; o que é mais importante são as pessoas e, neste caso, os trabalhadores da Câmara, dos
quais o Partido Socialista muito se orgulha de trabalharem para este município que sabemos que
fazem sempre o melhor e, portanto, é mais importante este quadro de cima que a Câmara
Municipal do Seixal e o seu executivo, que têm a responsabilidade de organizar e motivar os
trabalhadores. Posto isto, e como não nos queremos imiscuir no poder executivo que foi eleito
para tal, damos a liberdade ao poder executivo de se organizar como melhor entender; certo que
esta, e para o Partido Socialista, não seria a forma de organização que nós escolheríamos para a
Câmara, mas tendo em consideração que é este executivo que tem que se organizar para atingir
os objetivos a que se propôs, o Partido Socialista vai-se abster desta proposta de alteração”.

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Ata n.º 2/2018
1ª Sessão Ordinária – 19 de fevereiro de 2018

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Não registo pedidos de


intervenção. Pergunto ao Sr. Presidente da Câmara. Também não! Portanto, vamos colocar á
votação”.
Aprovada a Deliberação n.º 5/XII/2018 por unanimidade e em minuta com:
Vinte (20) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 16
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do Presidente da Junta de Fernão Ferro: 1
Dezassete (17) abstenções dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do PAN: 1
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A proposta foi aprovada com o voto a favor da CDU
e do Bloco de Esquerda, do Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Fernão Ferro a abstenção do
PS, do PSD, do CDS e do PAN”.
III.3. Minuta da Ata
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Consideramos a ata aprovada em minuta e está
encerrada a Assembleia Municipal, até à próxima com um novo Regimento”.
Aprovada a Deliberação n.º 6/XII/2017 por unanimidade e em minuta com:
• Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 16
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do grupo municipal do PAN: 1
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
- Do Presidente da Junta de Fernão Ferro: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “
Nada mais havendo a tratar, O Presidente da Assembleia Municipal deu os trabalhos por
encerrados, agradecendo a presença do executivo municipal e dos membros deste Órgão.
A sessão terminou cerca das 1.20 horas do dia 31 de janeiro.
Nos termos do art.º 5.º do Decreto-Lei n.º 45362 de 21 de novembro de 1963 (com a redação
atualizada pelo Decreto-Lei n.º 334/82 de 19 de Agosto, e de acordo com uma interpretação

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Ata n.º 2/2018
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extensiva), os documentos mencionados são arquivados, ora em pasta anexa à presente ata, ora
no respetivo processo.
Sempre que se indicou ter sido tomada qualquer deliberação, dever-se-á entender ter sido
aprovado nos termos e para efeitos do disposto no art.º 92.º da Lei n.º 169/99, de 18 de
setembro, com a redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro, e com as alterações
introduzidas pela Lei n.º 67/2007, de 31 de dezembro e pela Lei nº 75/2013, de 12 de setembro.
Para constar se lavrou a presente ata que vai ser assinada pelo Presidente e Secretários em
exercício:
O Presidente da Assembleia Municipal:

O Primeiro Secretário:

A Segunda Secretária:

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