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Guia de Consulta
Brasília
2006
2006 Fundescola/DIPRO/FNDE/MEC
1a impressão: 2002
Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida desde que citada a fonte
Coordenação técnica
Maria Luiza Faraone Silveira
Elaboração
Kira Naida Kozaczuk, Maria Beatriz Afflalo Brandão, Maria Claudia do Nascimento,
Maria Luiza Faraone Silveira, Nilva Prado Fridman
Colaboradores
Angela Maria Guimarães de Azevedo, Armênio Gomes Pinto, Denise Medeiros Accioly,
Flavia Tavares Homem de Carvalho, Ibiraci Vieira Pinto, José Maria de Araújo Souza,
Maria Marluce Farias de Oliveira, Ricardo Grisólia Esteves
CDD 372.230981
CDU 373.3/.4(81)
Fundescola
Via N1 Leste – Pavilhão das Metas – Brasília (DF) – 70150-900;
Fone: (61)3212 5908; Fax (61) 3212 5910;
www.fnde.gov.br
Esta obra foi editada para atender aos objetivos do Programa Fundescola/DIPRO/FNDE, em conformidade
com o Acordo de Empréstimo n. 7122/BR com o Banco Mundial, no âmbito do Projeto BRA/00/27 do
PNUD e do Projeto BRA 914/1111 da Unesco.
APRESENTAÇÃO
Balizado pelas disposições legais nacionais A Parte 2, Espaço Educativo, tem como
e pelos compromissos assumidos pelo Programa objetivo fornecer critérios para avaliação do es-
FUNDESCOLA , o presente trabalho focaliza os pa- paço escolar existente, bem como recomenda-
drões mínimos de funcionamento da escola de en- ções a serem observadas de modo a garantir pa-
sino fundamental, no que diz respeito ao am- drão mínimo de qualidade aos serviços executa-
biente físico escolar, e os padrões mínimos de dos e materiais empregados.
qualidade dos elementos componentes desse
A Parte 3, Mobiliário e Equipamento Es-
ambiente: espaço educativo, mobiliário e equi-
colar, objetiva fornecer critérios para avalia-
pamento escolar, além de material didático.
ção dos recursos existentes nas escolas, assim
Ao dedicar-se a essa dimensão do tema, como recomendações a serem observadas, ga-
oferece uma contribuição às ações voltadas à rantindo padrão mínimo de qualidade aos bens
melhoria da qualidade da escola, movimento que, adquiridos.
de acordo com o consenso atual, está associado
A Parte 4, Material Didático, tem como
à melhoria da qualidade do ensino e, finalmente,
objetivo fornecer aos sistemas de ensino infor-
à melhoria da qualidade geral da educação, aten-
mações para subsidiar a seleção e a utilização de
dendo aos dispositivos e intenções expressos na
material, para garantir padrão mínimo de quali-
Constituição Federal, na Emenda Constitucional
dade aos materiais adquiridos e enriquecer o am-
no 14, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação
biente escolar.
Nacional, no Plano Decenal de Educação para
Todos e no Plano Nacional de Educação. As informações e recomendações constan-
tes nas partes do trabalho que tratam dos temas
Atende, também, aos objetivos e compro-
específicos podem, pois, tanto ser utilizadas no
missos do Programa FUNDESCOLA, especialmente
âmbito das ações voltadas à elevação das escolas
no que se refere à criação de capacidade local, ao
aos padrões mínimos de funcionamento, como
oferecer, aos gestores educacionais, subsídios
em qualquer circunstância de realização de in-
para a elevação de suas escolas ao padrão míni-
tervenções no espaço educativo (manutenções,
mo de funcionamento, consistindo não em pro-
reformas, ampliações) ou de aquisição de bens
duto acabado, mas em orientação permanente
(móveis, equipamentos e materiais didáticos).
para a gestão.
Ressalte-se, assim, a relativa independên-
O trabalho é apresentado em quatro par-
cia entre a Parte 1 do documento e as demais. Os
tes.
sistemas poderão desenvolver ações nos dois ní-
A Parte 1 é dedicada à proposta propria- veis: os que têm como objetivo o alcance dos pa-
mente dita de alcance dos padrões mínimos de drões mínimos de funcionamento das escolas e os
funcionamento pelas escolas de ensino fundamen- destinados a garantir padrão mínimo de quali-
tal, com base na busca de soluções para a oferta dade aos recursos materiais empregados. Outros
dos serviços educativos essenciais. sistemas, já operando em nível compatível com
os padrões mínimos ou em nível superior, dedi-
carão sua atenção à qualidade dos recursos dis-
poníveis.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INTRODUÇÃO
A Constituição Federal de 1988 incluiu, Especialmente durante a segunda metade
entre os princípios orientadores da oferta de en- da década de 90, iniciativas do governo federal,
sino no país, a “igualdade de condições para o aces- consubstanciadas na legislação em planos, proje-
so e a permanência na escola e a garantia de pa- tos e ações do Ministério da Educação, focaliza-
drão de qualidade” (art. 206, I e VII). ram diferentes dimensões associadas aos padrões
Tais dispositivos constitucionais, reafirma- mínimos de funcionamento das escolas. Ações
dos e detalhados em instrumentos de política relacionadas à distribuição de recursos financei-
educacional, como leis e planos, expressam a ros, à criação de referenciais curriculares nacio-
consciência de que, malgrado a expansão experi- nais, à capacitação e valorização dos profissio-
mentada em décadas anteriores, o sistema edu- nais da educação e à gestão da escola pautaram-se
cacional brasileiro vinha mostrando incapacida- pelos objetivos comuns de promoção da qualida-
de de associar ao acesso, a permanência bem-su- de do ensino e de redução das desigualdades no
cedida dos alunos na escola. que diz respeito ao usufruto dos serviços escola-
Essa constatação conduziu a uma visão res. O Programa F UNDESCOLA teve e vem tendo
mais ampla da universalização do ensino funda- papel decisivo em algumas dessas linhas de ação.
mental: não se tratava apenas de garantir oportu- Por meio do presente trabalho, o
nidades de escolarização, era necessário trabalhar FUNDESCOLA oferece aos gestores dos sistemas de
para garantir oportunidades de aprendizagem, o ensino sua contribuição ao tratamento de mais
que implicava atuar sobre as condições da oferta uma das dimensões dos padrões mínimos de fun-
do ensino, com base no binômio qualidade e eqüi- cionamento da escola, a que diz respeito ao am-
dade. biente físico escolar, composto pelo espaço
É nesse cenário que toma corpo a necessi- educativo, pelo mobiliário e equipamento escolar,
dade imperiosa de promover o alcance de padrões e pelo material didático.
mínimos de funcionamento por todas as escolas Consoante com o princípio de promoção da
públicas de ensino fundamental, com o objetivo eqüidade que tem orientado as decisões de polí-
de assegurar oportunidades de aprendizagem a tica educacional, a abordagem de padrões míni-
todas as crianças brasileiras. mos contida no trabalho apóia-se no pressupos-
Padrões mínimos de funcionamento das es- to fundamental de que:
colas expressam a presença de um conjunto de • todo e qualquer aluno das escolas pú-
insumos e condições necessários para a realiza- blicas brasileiras tem direito aos mes-
ção das atividades escolares – instalações físi- mos serviços, com padrão equivalente,
cas, equipamentos, recursos pedagógicos, recur- independentemente da localização ou
sos humanos, currículo, gerenciamento 1 . Apa- do tamanho da escola que freqüente.
rentemente simples, o conceito envolve, na ver- Em decorrência desse pressuposto, este
dade, um amplo conjunto de condições huma- documento trata, inicialmente, de identificar os
nas, materiais e organizacionais ou de insumos serviços aos quais todo aluno do ensino fundamen-
e processos. tal tem direito, que são aqueles essenciais ao de-
senvolvimento do processo educativo escolar e, en-
quanto essenciais, são, portanto, mínimos.
É a partir da identificação dos serviços es-
senciais, de suas funções e atividades componen-
1 Ministério da Educação/Projeto Nordeste. Banco Mundial. UNICEF.
tes, que se busca, então, estabelecer as condições
Chamada à ação: combatendo o fracasso escolar no Nordeste. do ambiente físico escolar necessárias a sua ofer-
Programa de Pesquisa e Operacionalização de Políticas Edu-
ta, por toda e qualquer escola.
cacionais. Brasília, 1997.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INTRODUÇÃO
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
16
PARTE 1
6
Medida Provisória n o 1.784, de 14 de dezembro de 1998.
7
Resolução n o 003, de 21 de janeiro de 1999. 8
Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
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PARTE 1
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Áreas de atuação do FUNDESCOLA.
13 14
Ministério da Educação. Programa F UN DES C OL A . Plano de Gestão educacional. Tendências e perspectivas. São Paulo,
carreira e remuneração do magistério público. Brasília, sem CENPEC , 1999. Série Seminários CONSED . Principais tendências
data. regionais e internacionais. Por Juan Carlos Tedesco.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
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PARTE 1
15
Ministério da Educação. Programa FUNDESCOLA. Como elaborar
o Plano de Desenvolvimento da Escola. Brasília, 1999. Por A C
R Xavier e J Amaral Sobrinho. Apresentação.
16 17
Idem. O que é o PDE. Lei n o 10.172, de 09 de janeiro de 2001.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
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PARTE 1
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A Escola Ativa é um sistema que integra estratégias
curriculares, comunitárias, de capacitação de professores e de
administração escolar, visando oferecer o ensino fundamental
completo e introduzir melhorias qualitativas em escolas de
poucos recursos, especialmente aquelas unidocentes e com
classes multisseriadas, localizadas em áreas rurais. Ver:
Ministério da Educação. Banco Mundial. Programa FUNDESCOLA.
Escola Ativa. Capacitação de professores. Brasília, 1999.
25
The World Bank. Project Appraisal Document. School
Improvement Project – FUNDESCOLA II. Annex 2: F UNDESCOLA II
23
The World Bank. Project Appraisal Document. School components. Component 1: Raising schools to minimum
Improvement Project – F UNDESCOLA II. Março de 1999. III. operational standards.
Project Description Summary.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
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PARTE 1
27
Ministério da Educação/Projeto Nordeste. Banco Mundial.
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Síntese extraída de Ministério da Educação. Programa UNICEF . Chamada à ação: combatendo o fracasso escolar no
F UNDESCOLA . Recursos escolares fazem diferença? Por Jacobo Nordeste. Programa de Pesquisa e Operacionalização de
Waiselfisz. Brasília, 2000. Políticas Educacionais. Brasília, 1997.
qualidade do ensino (vista a partir do desempe- sanitários para alunos: enquanto 98%
nho dos alunos), nas microrregiões das capitais das escolas urbanas o possuíam, em
dos estados das regiões Norte, Nordeste e Cen- somente 47% das rurais eram encon-
tro-Oeste 28 , produziu conclusões particularmente trados.
importantes para o presente trabalho. constatou, também, forte associação
O estudo utilizou dados obtidos no Levan- entre disponibilidade do ambiente e
tamento da Situação Escolar – LSE, realizado pelo tamanho da escola, medido (convém
FUNDESCOLA nos anos de 1997 e 1998, restringin- lembrar) pelo número de salas de aula:
do-se aos prédios de propriedade da esfera pú- “Salvo alguns casos de elevada
blica mantenedora da escola. Os dados de desem- universalização” (especialmente, des-
penho dos alunos foram extraídos do Sistema pensa, cozinha e sanitário de alunos)
Nacional de Avaliação da Educação Básica – SAEB, “ou de virtual inexistência” (casos de
aplicação relativa ao ano de 1997. depósito para bujões de gás e depósito
Inicialmente, o pesquisador examinou a para lixo), “a presença dos ambientes
presença de 27 diferentes tipos de ambientes 29 , acompanha, de forma estreita, o núme-
de acordo com a dependência administrativa da ro de salas de aula da unidade esco-
escola (estadual ou municipal), sua localização lar”.
(urbana ou rural) e seu tamanho (medido pelo O segundo passo da pesquisa foi verificar
número de salas de aula permanentes). “em que medida a probabilidade de melhores ser-
Ao fazê-lo, viços educacionais e de oportunidades de apren-
identificou a existência de marcadas dizagem transformam-se em estímulo ou fator
diferenças entre as redes de ensino: na de melhoria da qualidade do ensino e, conseqüen-
totalidade dos ambientes pesquisados, temente, do aproveitamento curricular do alu-
a rede estadual apresentou índices sis- no”.
tematicamente superiores aos da rede Considerando a estreita relação observada
municipal. Enquanto, por exemplo, entre a disponibilidade dos diversos ambientes
38% das escolas estaduais possuíam escolares focalizados e o tamanho da unidade
biblioteca e 31% contavam com sala escolar, bem como o fato de que “a maior parte
de vídeo, entre as municipais as por- desses ambientes representa serviços técnico-
centagens eram, respectivamente, 11% pedagógicos que a escola presta a seus alunos”, o
e 4%. pesquisador admitiu como lógica a suposição de
constatou enormes diferenças de oferta incremento da eficácia pedagógica da escola, as-
de ambientes entre as escolas rurais e sociado a seu porte30 .
as urbanas, destacando o exemplo dos De fato, em todas as séries e componentes
curriculares do ensino fundamental considera-
dos, observaram-se ganhos sistemáticos no desem-
28
Ministério da Educação. Programa F UNDESCOLA . Tamanho da penho dos alunos, à medida que aumentava o ta-
escola, ambientes escolares e qualidade do ensino. Por Jacobo manho da escola.
Waiselfisz. Brasília, 2000.
29
Os tipos de ambientes pesquisados foram: direção, secretaria,
arquivo, almoxarifado, supervisão pedagógica, professor,
reunião, recursos didáticos, biblioteca, leitura, vídeo,
30
informática, cozinha, despensa, refeitório, sanitário Embora o tema não faça parte nem do estudo, cujas conclusões
administrativos, sanitário funcionários, sanitário alunos, recreio estão sendo resumidas, nem do presente trabalho, ambos
coberto, campo esportivo, quadra poliesportiva, depósito, dedicados ao ambiente físico escolar, cabe lembrar que, em
depósito de bujões de gás, depósito de lixo, auditório, sala de geral, também os recursos humanos mais qualificados são
uso múltiplo, sala de pré-escola. atraídos para as escolas mais bem estruturadas.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
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PARTE 1
Como terceiro passo, o estudo examinou Em primeiro lugar, ao demonstrar que fa-
a relação entre o nível educacional familiar dos mílias mais educadas matriculam seus filhos em
alunos e o desempenho demonstrado nos testes escolas de maior porte, com melhores serviços
do SAEB, identificando forte associação entre am- educacionais, o estudo revela como, ao invés de
bos, o que evidencia a grande influência da ori- trabalhar pela promoção da eqüidade, a organi-
gem social dos estudantes sobre seu desempenho zação física da escola pode reforçar a desigualda-
escolar. de. Se, portanto, a educação da família influen-
Com base nesses resultados, o pesquisador cia os resultados escolares das crianças e jovens,
estabeleceu uma nova hipótese: não seriam os independentemente das escolas que freqüentem,
“melhores serviços” (presentes nas escolas de também influencia na escolha da escola, fazendo
maior porte, em decorrência da disponibilidade com que aumentem as chances de sucesso dos
de ambientes) a fonte explicativa do “melhor” alunos com origem familiar favorável.
desempenho dos alunos. Seriam, sim, os setores O segundo aspecto, que se associa ao pri-
da população com melhores condições sociais e meiro, traz fortes implicações para a política de
educacionais que enviariam seus filhos às “me- construção de escolas. O estudo identificou cla-
lhores escolas”. ra relação entre o tamanho da escola (medido
Ao analisar os dados sob a orientação des- pelo número de salas de aula) e o desempenho
sa hipótese, constatou, realmente, forte associa- dos alunos (cabe lembrar, escolas maiores = alu-
ção entre o nível educacional familiar e o tama- nos melhores). Essa relação, contudo, no caso
nho da escola freqüentada pelos alunos, indican- da pesquisa comentada, não foi resultante de pro-
do que famílias com melhores condições realmen- cessos de trabalho ou de relações sociais diferen-
te matriculam seus filhos em escolas de maior tes, segundo o tamanho da escola, mas da presen-
porte, com melhores serviços educacionais. ça de ambientes, que o pesquisador traduziu como
Finalmente, controlando (mantendo cons- oferta de “serviços e oportunidades educacionais”.
tante, estatisticamente) o nível educacional fa- Ora, nenhuma surpresa deriva desse fato,
miliar dos alunos, o pesquisador continuou a en- já que, via de regra, os projetos de construção de
contrar relação entre o porte da escola e os re- escolas efetivamente condicionam a disponibilida-
sultados obtidos pelos alunos, concluindo que, se de de ambientes com funções específicas ao nú-
o nível educacional familiar apresenta forte in- mero de salas de aula da unidade escolar. Desse
fluência no desempenho, a oferta de melhores modo, a própria forma de conceber o espaço
oportunidades de aprendizagem, associada ao ta- educativo acaba por reforçar, fortemente, a pro-
manho da escola, também tem sua dose de influ- babilidade de que crianças e jovens menos favore-
ência nos resultados escolares dos alunos. cidos, social e economicamente, freqüentem es-
A conclusão geral do estudo foi a de que colas que, por sua vez, contam com menores con-
facilidades e oportunidades educacionais ... ain- dições de contribuir para o adequado desenvolvi-
da fazem diferença quanto à qualidade do ensino mento dos processos de ensino e de aprendizagem.
ministrado, influenciando, portanto, a possibili- A questão do tamanho da escola está de tal
dade de sucesso escolar. modo consolidada que, temendo enveredar por
propostas inviáveis, os próprios planos e progra-
2.2 A QUESTÃO DO TAMANHO DA ESCOLA mas educacionais o tomam como condicionante
das ações a serem desenvolvidas. Assim é que o
Dois aspectos, ambos de grande importân- Plano Nacional de Educação prevê a elaboração
cia, podem ser destacados, com base no estudo de padrões mínimos nacionais de infra-estrutura
comentado. para o ensino fundamental, compatíveis com o
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
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PARTE 1
delimitadas nas nove capitais dos estados estu- das capitais dos nove estados considerados, a
dados, 66 não necessitarão de novas escolas para matrícula rural, em 1999, superava a urbana,
atendimento à clientela do ensino fundamental denotando a existência e a importância da de-
prevista para 2003. Em muitos casos, pelo con- manda por escolarização, nessas áreas.
trário, a ociosidade deverá corresponder a par- O que se constatou tem implicações, tanto
celas consideráveis da capacidade de matrícula para os sistemas de ensino, como para os órgãos
existente em 1999, especialmente nos bairros e programas que se propõem a apoiá-los tecnica-
mais centrais. As 35 áreas potencialmente defi- mente.
citárias (muitas das quais poderão ter a clientela Em primeiro lugar, é preciso ir além das
residente atendida por escolas de áreas contíguas, orientações para projetos novos, encarando o
dependendo de medidas adotadas pelo poder problema representado pelas muitas escolas
público local) estariam assim distribuídas, quan- construídas sem atenção aos requisitos constru-
to ao porte das escolas necessárias: 1 a 2 salas de tivos mínimos e não adequadamente equipa-
aula = 7 áreas; 3 a 4 salas de aula = 9 áreas; 5 a das 32 , tanto como forma de promover a eqüi-
6 salas = 5 áreas; 9 a 10 salas = 1 área; 11 a 12 dade, como de salvaguardar o investimento já
salas = 4 áreas; mais de 12 salas de aula = 9 realizado.
áreas. Em segundo, é preciso encontrar formas
Se essa é a situação vigente em áreas urba- para que também as pequenas escolas ofereçam
nas, às quais se restringe o diagnóstico, ela não as facilidades e oportunidades educacionais que
será diferente nas zonas rurais, onde, se associam positivamente ao desempenho dos
sabidamente, pequenas escolas são necessárias, alunos, independentemente de sua localização e
dada a dispersão espacial da população. E a im- de sua dependência administrativa.
portância do ensino fundamental na zona rural Ambas as questões constituem justificati-
não pode ser minimizada, especialmente em cer- vas poderosas para a abordagem dos padrões
tas regiões do país: em 21 dos 75 municípios an- mínimos de funcionamento da escola adotada no
tes mencionados, componentes das microrregiões trabalho.
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Os Levantamentos da Situação Escolar - LSE realizados pelo
F UNDESCOLA nas áreas-alvo do Programa documentam o fato.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
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PARTE 1
sentido a cada uma das funções. Por A seleção dos serviços e a identificação de
exemplo, desembalar, higienizar e pre- funções e atividades foram pautadas pelos pró-
parar os alimentos são atividades que prios instrumentos norteadores da política edu-
fazem parte da função de preparo da cacional para o ensino fundamental, bem como
merenda escolar, uma das que por iniciativas do governo central destinadas a
viabilizam o serviço de alimentação. favorecer a melhoria das condições de oferta
Ambiente é o espaço físico criado e or- do ensino. Assim, foram considerados como
ganizado para abrigar as mais diversas balizadores da seleção de serviços essenciais ou
atividades de indivíduos e grupos. Os mínimos e da identificação de funções e ativi-
ambientes escolares são, pois, os espa- dades:
ços educativos organizados, com mó- a Lei de Diretrizes e Bases da Educa-
veis e equipamentos, para permitir a ção Nacional, especialmente seus arti-
realização das atividades que dão con- gos 12 e 13, que definem, respectiva-
teúdo às funções que, por sua vez, mente, as responsabilidades dos esta-
viabilizam a oferta dos serviços. belecimentos de ensino e dos docen-
Atividades afins, no âmbito do traba- tes;
lho, são aquelas que exigem caracterís- os Parâmetros Curriculares Nacionais
ticas semelhantes do ambiente onde são para o Ensino Fundamental;
desenvolvidas. programas mantidos ou apoiados pelo
MEC, por intermédio do FNDE, tais como
3.2 SELEÇÃO DE SERVIÇOS E IDENTIFICAÇÃO DE o Programa Nacional do Livro Didáti-
FUNÇÕES E ATIVIDADES co – PNLD, o Programa Nacional Biblio-
teca da Escola – PNBE, o Programa Na-
O foco preferencial nos serviços e não nos cional de Alimentação Escolar –
ambientes escolares – ou seja, nos fins ou na mis- PNAE , o Programa Nacional de Saúde
são da escola e não no prédio escolar ou nos re- Escolar – PNSE , o Programa Nacional
cursos materiais – exigiu que fossem identifica- de Informática na Educação – PROINFO,
dos aqueles serviços aos quais todo e qualquer a TV Escola, o Programa de Apoio Tec-
aluno tem direito, independentemente dos mei- nológico.
os adotados pelas escolas e pelos sistemas de en- Considerou-se que, analiticamente, os ser-
sino para ofertá-los. Passou-se, então, a buscar a viços desenvolvidos em uma escola podem ser
seleção dos serviços essenciais ao desenvolvimen- classificados em duas grandes categorias:
to do processo educativo escolar que, enquanto os serviços com foco direto no aluno,
essenciais, são, portanto, mínimos. nos quais ele participa como protago-
Selecionados os serviços, o próximo passo nista e, ao mesmo tempo, beneficiário
consistiu na identificação das funções necessárias principal. Nessa categoria, incluem-se:
para viabilizar sua oferta e, em seguida, das ati- • a docência (desenvolvimento das au-
vidades nas quais cada uma dessas funções pode las e atividades curriculares regulares,
ser detalhada. de reforço e recuperação ou voltadas
Cabe ressaltar que, sempre focalizando a à regularização da trajetória escolar);
ação da escola, buscou-se relacionar todas as fun- • as atividades que favorecem o conví-
ções necessárias à oferta de cada serviço, bem como vio escolar extraclasse;
todas as atividades requeridas para o completo • os serviços suplementares de alimen-
exercício de cada função. tação, higiene e assistência à saúde.
os serviços com foco indireto no alu- contudo, se modifique, de modo substantivo, seu
no, que propiciam as condições para significado. A organização apresentada no docu-
um adequado desenvolvimento dos mento é fruto do consenso do grupo responsável
serviços diretos. Nessa categoria, in- pelo desenvolvimento do trabalho, levando em
cluem-se: consideração opiniões de diversos profissionais,
• o apoio à ação docente (por meio de atuantes em diferentes áreas da educação.
atividades de educação continuada ou O quadro 1, a seguir, relaciona os serviços
disponibilização de recursos didáticos); considerados mínimos ou essenciais, a serem
• a manutenção e conservação do am- prestados, portanto, por qualquer escola pública
biente físico escolar; brasileira de ensino fundamental, e as funções
• as atividades administrativas; necessárias para viabilizar sua oferta.
• a segurança. No quadro 2, estão detalhadas as ativida-
A titulação dos serviços, funções e ativida- des que foram consideradas como necessárias para
des pode suscitar opiniões diferentes, sem que, dar sentido a cada uma das funções.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
32
PARTE 1
Docência
Promoção do acesso à
informação
Serviços com foco direto no aluno
Apoio educacional
Alimentação
Saúde e higiene
Promoção da convivência
Suporte pedagógico à
docência
Serviços com foco indireto no aluno
Administração
Manutenção, conservação e
segurança
Integração com a
comunidade
Serviço: Docência
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
34
PARTE 1
Serviço: Alimentação
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
36
PARTE 1
Serviço: Administração
Limpeza
Manutenção de mobiliário e
equipamentos
Vigilância
Manutenção de colegiados e
instituições escolares
Realização de eventos
Cessão de ambientes
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
38
PARTE 1
3.3 ASSOCIAÇÃO ENTRE SERVIÇOS , FUNÇÕES , Entre as atividades que podem ou devem
ATIVIDADES E AMBIENTES ESCOLARES ocorrer em vários ambientes, sem exigir deles
nenhuma adequação, estão aquelas que se refe-
Examinando-se as atividades que dão rem à colocação de cartazes e avisos, bem como
conteúdo a cada uma das funções necessárias à observação de alunos e da movimentação de
para viabilizar a oferta de um serviço, e refle- pessoas.
tindo-se sobre os ambientes escolares que se- Finalmente, as atividades que têm como
riam necessários para que todas elas possam objeto os próprios ambientes são, tipicamente, as
ser realizadas, constata-se que existem ativi- de limpeza e manutenção predial ou da área des-
dades que: coberta.
embora façam parte de funções dife- Considerando a ocorrência dessas quatro
rentes podem, por suas características, situações, foram identificados seis tipos básicos
compartilhar o mesmo ambiente; de ambientes escolares que podem dar conta da
realização de todas as atividades requeridas, para
podem valer-se de um mobiliário ade-
quado, como substitutivo de um am- que a escola de ensino fundamental preste a alu-
biente; nos, professores, funcionários, pais e comunida-
de local todos os serviços essenciais ou mínimos.
podem ou devem ocorrer em vários
Para tanto, faz-se necessária sua utilização
ambientes, sem exigir deles nenhuma
de forma flexível, otimizada ou múltipla, o que
característica especial;
permite que a escola alcance os padrões mínimos
têm como objeto os próprios ambien-
de funcionamento, em relação ao ambiente físico
tes, sem relacionar-se a um deles em
escolar.
particular.
A idéia de uso flexível do ambiente se
As atividades que podem compartilhar o
contrapõe à idéia de uso especializado. Por
mesmo ambiente foram consideradas atividades
exemplo, o ambiente específico para alimen-
afins. O critério de afinidade é, nesse caso, o tipo
tação dos alunos seria um refeitório. É possí-
de característica exigida do ambiente, para que a
vel, no entanto, que a merenda seja
atividade possa ser realizada. Por exemplo, entre
consumida, em condições perfeitamente ade-
as atividades relacionadas como componentes das
quadas, em um recreio coberto, desde que esse
diferentes funções, em cada um dos serviços,
uso do ambiente tenha sido pensado e os ajus-
encontram-se diversas que envolvem várias tur-
tes pertinentes, no espaço e no mobiliário,
mas de alunos e/ou a comunidade. Todas essas
tenham sido realizados. Um outro exemplo
atividades podem, portanto, fazer uso de um
são reuniões de vários tipos entre professores
mesmo ambiente, a partir de adequações viáveis
ou de todos com a direção da escola. Uma sala
e levando-se em conta a alternância de horários
de reuniões pode ser ideal. Mas é possível
de uso.
viabilizar esses encontros em um ambiente onde
As atividades que podem ter o ambiente
mesas de uso geral possam ser convenientemen-
substituído por mobiliário adequado são, de modo
te agrupadas, formando uma mesa de reuni-
geral, as que dizem respeito à guarda de materi-
ões. Os exemplos são inúmeros e é exatamente
ais. É possível, por exemplo, guardar materiais
a ocorrência dessas situações que permite afir-
de limpeza e manutenção, utensílios e ferramen-
mar que, em seis tipos básicos de ambientes,
tas em um móvel fechado e colocado em local
todos os serviços essenciais podem ser ofereci-
conveniente, sem que seja necessário dispor de
dos pela escola.
um depósito.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
40
PARTE 1
Quadro 3 – Serviços, funções, atividades e tipos básicos de ambientes, na escola de ensino fundamental
Lembrar que:
Serviços são os produtos oferecidos pela escola a alunos, pais, professores, funcionários e
comunidade local.
Funções são etapas do processo de oferta do serviço, ou seja, é preciso que elas sejam executadas
para viabilizar a oferta do serviço.
Atividades são as partes específicas nas quais cada função pode ser dividida, ou seja, são as ações
necessárias para dar sentido a cada uma das funções.
Atividades afins são aquelas que exigem características semelhantes do ambiente escolar onde
são executadas.
Tipo básico de ambiente escolar é o espaço organizado, com móveis, equipamentos e materiais
didáticos, de modo a ser usado de forma flexível, múltipla ou otimizada, para abrigar atividades
afins.
Quadro 3 – continuação
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
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PARTE 1
Quadro 3 – continuação
Quadro 3 – continuação
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
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PARTE 1
Quadro 3 – continuação
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
46
PARTE 1
É necessário estar atento, porém, para o tar ao máximo a linguagem que o material ofere-
fato de que não somente a tecnologia “moderna” ce, fazendo dele uma extensão de seu poder de
ou “de ponta” oferece interessante auxílio aos comunicação.
professores. Existem materiais que vêm atraves- Assim, a escolha do material didático deve
sando anos sem perder sua eficiência. O giz e o estar, necessariamente, vinculada à definição da
quadro, se bem utilizados, podem, muitas vezes, ação pedagógica, fazendo parte, portanto, da pro-
trazer resultados mais positivos, do que um ma- posta pedagógica da escola.
terial de alta tecnologia mal utilizado. O cerne
da questão não está, portanto, no tipo de mate- 4.2 ORIENTAÇÕES TÉCNICAS PARA ORGANIZAÇÃO
rial, mas em sua utilização adequada. DE AMBIENTES ESCOLARES MULTIFUNCIONAIS
Neste trabalho, a distinção entre os diver-
sos tipos de materiais ou recursos didáticos de- Tomando como base as atividades passíveis
corre, exclusivamente, de razões práticas e é fei- de realização em cada um dos seis tipos de ambi-
ta com base em sua natureza física e não em sua entes escolares propostos, as recomendações que
função. Dada sua forma de construção, quadros seguem têm como objetivo orientar a organiza-
– de giz, branco, mural – são incluídos na catego- ção de cada um deles.
ria de mobiliário e aparelhos – de som, televisão,
vídeo, computador – são tratados na categoria A – Ambiente para atividades coleti-
de equipamentos. Note-se, ainda, que ambos os
vas com, no máximo, uma turma de alunos, com
tipos de recursos precisam ser instalados, exi-
professores e funcionários ou com pais.
gindo que o espaço educativo apresente caracte-
Para a composição do ambiente, devem ser
rísticas que permitam essa instalação. Por sua vez,
consideradas todas as atividades que podem ser
os meios que “carregam” a informação propria-
nele desenvolvidas, como:
mente dita – as fitas de vídeo e áudio, os CDs, os
• Preparação do ambiente de aula.
disquetes com programas de computador – são
• Desenvolvimento de aulas regulares
considerados entre os materiais didáticos que já
dos componentes curriculares do en-
fazem parte das tecnologias informacionais utili-
sino fundamental.
zadas pela escola há muito mais tempo, como os
livros, os dicionários, os mapas, os materiais para • Desenvolvimento de aulas de reforço
experimentos, o material dourado, os sólidos e recuperação, com a finalidade de re-
geométricos ou os fantoches. solver dificuldades específicas de alu-
No tocante a qualquer dos tipos de mate- nos ou grupos de alunos e/ou de ate-
rial, o trabalho prevê a utilização e trata da insta- nuar as defasagens de aprendizagem.
lação e da guarda ordenada e, sempre que viável, • Desenvolvimento de aulas de acelera-
do eventual transporte para os locais de desen- ção da aprendizagem, destinadas à cor-
volvimento das aulas. Não se propõe, porém, reção da trajetória escolar de alunos
valorizar um tipo em detrimento de outro, nem com defasagem idade/série.
definir quantos e quais. • Disponibilização de meios e condições
É a partir da discussão dos conteúdos, dos para uso de material impresso (leitu-
métodos e estratégias de ensino a serem adota- ra).
dos que a equipe escolar deve selecionar o mate- • Disponibilização de meios e condições
rial didático a ser utilizado. Tão importante quan- para uso de material sonoro.
to o domínio desses conteúdos, métodos e estra- • Disponibilização de meios e condições
tégias, é a capacidade do professor para aprovei- para uso de material visual e TV.
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Aulas regulares dos componentes curricu- • Nas paredes existentes, devem ser co-
lares do ensino fundamental também poderão ser locadas tomadas de energia elétrica
desenvolvidas, de acordo com as estratégias di- aterradas e protegidas, para permitir
dáticas definidas pelos professores, em seus pla- o uso de aparelho de som.
nos de trabalho, já que se trata de um ambiente • Em uma das paredes, deve existir to-
propício para dramatizações e jogos pedagógicos. mada para antena de televisão, próxi-
Aulas de educação física também poderão ser aí ma a de energia elétrica, para permitir
desenvolvidas. o uso de aparelhos de TV e vídeo.
O período de ociosidade, durante as au- • Lavatórios deverão ser instalados, em
las, torna o ambiente adequado para reunião quantidade compatível com o número
de pequenos grupos de alunos, desenvolvendo de usuários, para lavagem das mãos e
atividades de reforço e recuperação, ou envol- escovação dos dentes. Se possível,
vidos em aulas de aceleração da aprendizagem. aproveitar para a instalação os pontos
O ambiente também deverá estar prepara- de água do ambiente contíguo, de pre-
do para o consumo da merenda escolar. paro de alimentos (ambiente E).
• A cigarra, para determinar o início e o
término do período de aulas, deve es-
Adequação ao uso
Para avaliar o ambiente do ponto de vista tar instalada neste ambiente.
de adequação ao uso, deve-se considerar a capa- Nota importante: devem ser obser-
cidade máxima da escola por turno, levando em vadas todas as recomendações que
conta que a área por usuário deve ser, no míni- constam na Parte 2 – Espaço edu-
mo, igual a 0,50 m2. cativo, capítulo 2 – Avaliação do
O ambiente deve estar localizado próximo espaço educativo existente e capítu-
aos acessos e às circulações, e articular-se com lo 4 – Espaços educativos: recomen-
os ambientes para preparo de alimentos (ambi- dações específicas, item: pátio/re-
ente E) e para atividades de higiene pessoal (am- creio coberto.
biente F).
Na parede voltada para o ambiente de pre- Recomendações básicas para o mobi-
paro de alimentos, deve haver abertura com bal- liário
cão para distribuição da merenda e devolução dos • As necessidades de mobiliário, para
utensílios. permitir que o ambiente abrigue todas
as funções previstas, são de três tipos:
a) mobiliário para atividades cotidia-
Recomendações básicas para o espa-
ço educativo nas e reuniões; b) mobiliário para con-
sumo da merenda; c) mobiliário para
• O pé direito não pode ser inferior a
eventos.
3,00 m.
• A manutenção, no ambiente, de alguns
• O piso deve ser de material lavável,
bancos coletivos, para deixar boa par-
antiderrapante e resistente a tráfego
te do espaço livre, atenderá às necessi-
intenso e à abrasão.
dades de acomodação dos alunos em
• As paredes devem possuir barra la-
descanso/recreação nos intervalos de
vável, impermeável, até a altura de
aulas. Esses mesmos bancos poderão
1,80 m, no mínimo.
ser dispostos de forma conveniente,
• As cores utilizadas devem ser claras.
nos casos de realização de palestras e
debates, de reuniões com pais de alu- ainda, de mesas e cadeiras (festas te-
nos e de atividades do grêmio estudan- máticas, algumas atividades esporti-
til. vas, bailes). De qualquer forma, o uso
• Para o consumo da merenda escolar, é de mesas e cadeiras de outros ambi-
necessária a utilização de mesas e ca- entes da escola será necessário, na
deiras. É conveniente que as mesas se- maior parte das vezes. É importante,
jam dobráveis e as cadeiras, empilhá- pois, observar algumas características
veis, para que ocupem espaço reduzi- do mobiliário que poderão facilitar seu
do nos períodos em que não estejam uso nos casos de eventos.
sendo utilizadas, garantindo a disponi- • Se as mesas de uso geral da escola (usa-
bilidade do ambiente para as outras das no ambiente destinado às ativida-
inúmeras atividades. Para diminuir a des administrativas, no ambiente de
quantidade de mobiliário necessário, a promoção do acesso à informação pe-
distribuição da merenda pode ser rea- los professores) forem todas iguais,
lizada em turnos. será possível fazer diversos arranjos,
• As mesas e cadeiras usadas para a utilizando-as separadas ou agrupadas,
merenda serão úteis, também, à reali- conforme a necessidade (ver Parte 3
zação de várias outras atividades pre- – Mobiliário e equipamento escolar,
vistas que necessitam de local para capítulo 5 – Mobiliário e equipamen-
apoiar materiais e para escrever. Po- to escolar: recomendações específi-
derão, assim, ser utilizadas nas aulas cas, item: Mesas de uso geral e ban-
de reforço e recuperação ou de acele- cadas). Da mesma forma, se todas as
ração da aprendizagem; para eleições cadeiras de uso geral forem empilhá-
do grêmio estudantil ou de colegiados veis e de fácil transporte, o trabalho
escolares; para o aconselhamento de de montar e desmontar os eventos fica
alunos; para desenvolvimento de aulas facilitado.
de artesanato, para pessoas da comu- • Alguns tipos de eventos necessitarão
nidade local. de material esportivo; para outros,
• Os eventos (festas, comemorações, será necessário utilizar o aparelho de
apresentações artísticas, atividades es- som; outros precisarão dos aparelhos
portivas, mostras de trabalhos, apre- de TV e vídeo. Nenhum material, po-
sentações de filmes), conforme o tipo, rém, deve ser guardado neste ambien-
terão necessidades específicas que de- te, por se tratar de área semi-aberta.
vem ser solucionadas com o mobiliá- O material esportivo pode ser guarda-
rio que já existe em outros ambientes do em armários fechados, instalados
da escola, além das mesas e cadeiras na área de circulação da escola. Os
usadas para consumo da merenda e aparelhos de som, de TV e de vídeo de-
dos bancos existentes. Alguns even- vem ser sempre guardados no ambi-
tos precisarão somente de mesas para ente para promoção do acesso à infor-
formar bancadas (mostras de traba- mação (ambiente C).
lhos, por exemplo); outros necessita- • As atividades que decorrem da pre-
rão apenas de cadeiras (apresentações sença de alunos no ambiente (obser-
de filmes, apresentações artísticas, al- vação de aulas, registro de rendimen-
gumas atividades esportivas); outros, to e assiduidade, identificação de
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C APÍTULO 1 E SPAÇO EDUCATIVO NO B RASIL República, com o poder público passando a ser
mais intensamente solicitado para a ampliação
A arquitetura nasce com o objetivo de abri- da oferta de educação, principalmente como de-
gar o homem das intempéries e de agentes hos- corrência do estabelecimento de novos centros
tis, visando permitir-lhe uma convivência pacífi- urbanos, um complexo sistema educacional co-
ca com o ambiente. No processo de aumento da meça a ser formado, conduzindo a uma grande
complexidade da vida social, o espaço, criado e diversidade na tipologia das instituições de en-
organizado pelo próprio homem, transforma-se sino.
em palco de suas relações com o meio, abrigan- Para fazer frente à demanda da época, sur-
do as mais diversas atividades do indivíduo e dos gem os chamados “projetos-tipo”. Os prédios
grupos. O espaço, meramente físico, passa, en- escolares, apesar do esmero na forma, eram sin-
tão, a constituir um ambiente. gelos em sua configuração física, sendo compos-
Do amplo leque de atividades humanas, tos por espaços administrativos (uma secretaria
esta parte do trabalho destaca aquelas que se re- e a sala do diretor), acrescidos de salas de aulas
sumem nos conceitos de aprender e ensinar, ge- (organizadas na tradicional configuração de qua-
rando um espaço específico: o espaço educativo. dro de giz, mesa do professor e carteiras de alu-
A arquitetura escolar, que se ocupa de es- nos), tendo o apoio de banheiros feminino e mas-
tudar e propor alternativas para acolher os servi- culino. A preocupação com a separação de gêne-
ços oferecidos pelos sistemas de ensino, respon- ros determinava a existência de salas de aula se-
dendo às atualizações que se fazem necessárias paradas para alunas e para alunos.
como resultado de novas visões surgidas no pro- Imponentes na forma e extremamente su-
cesso dinâmico que é a educação, tem evidencia- mários na tipologia dos espaços, os prédios esco-
do diferentes configurações e propostas para o lares da época possuíam inegável qualidade cons-
espaço educativo, ao longo do tempo. As perió- trutiva, proporcionando, por exemplo, um signi-
dicas reformas de ensino, ao incidir sobre a or- ficativo conforto ambiental, no tocante a isola-
ganização curricular, geram demandas de novas mento térmico e acústico. Até os dias de hoje,
tipologias para os espaços da escola, resultando destacam-se, por sua imponência, alguns prédi-
em especificações de ambientes com configura- os escolares públicos, principalmente aqueles
ções variadas, que procuram corresponder às originalmente destinados à formação de profes-
necessidades emanadas das propostas pedagógi- sores, as Escolas Normais, depois transformados
cas vigentes. em Institutos de Educação.
As instituições que têm a responsabilidade No final da década de 60 e início da década
de criar e manter os espaços educativos têm en- de 70, a equipe do Ministério da Educação que
frentado grandes desafios para acompanhar o rit- vinha apoiando o desenvolvimento das secretari-
mo das mudanças, incorporando as diferentes as estaduais de Educação, nas atividades de for-
dimensões que decorrem de novos enfoques dos mulação de planos, programas e projetos, tinha
processos de ensino e de aprendizagem. Manter amadurecido a proposta pedagógica do “Ginásio
a atualização, diante de novos requisitos sociais, Orientado para o Trabalho” ou “Escola Poliva-
culturais e políticos, entre outros, tem sido o ob- lente” e, como decorrência, as características es-
jetivo perseguido ao longo da história da arquite- paciais dos prédios escolares.
tura escolar, em particular pelas instituições que Atendendo o nível de ensino à época deno-
se ocupam da escola pública. minado “ginásio” – 5a a 8a série do ensino funda-
Uma retrospectiva da história da arquite- mental – a escola polivalente pretendia, por meio
tura escolar no Brasil mostra que, a partir da de um currículo mais amplo, evitar a evasão.
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Durante a década de 80, estados e muni- As políticas públicas praticadas não ape-
cípios intensificaram a oferta de serviços edu- nas no Brasil, mas na maior parte dos países lati-
cacionais e, em alguns casos, buscou-se ampliar no-americanos, concentradas, basicamente, em
o tempo de permanência da criança na escola. diminuir o déficit educacional mediante amplia-
Por essa época, surgem os Centros Integrados de ção da oferta de vagas escolares, acabou por ser-
Educação Pública – CIEPS, nos quais novos espa- vir de justificativa à execução de obras de baixo
ços foram criados, tais como centro médico, co- custo e sem a imprescindível fiscalização. Um
zinha industrial, refeitório, salão polivalente (que incontável número de obras não atendeu aos re-
abrigava a quadra coberta, com arquibancada), e quisitos construtivos mínimos exigidos para as
residência de alunos. edificações escolares, contrariando, por um lado,
No mesmo período, para solucionar situa- a própria razão de ser da expansão – o de favore-
ções de adequação construtiva em áreas de baixa cer o acesso à boa educação – e, por outro, o
renda da periferia de grandes centros urbanos e objetivo primordial de redução dos custos de
em áreas rurais, o MEC viabilizou estudos, pesqui- manutenção de prédios, como forma de elimina-
sas e projetos que fugiam da ortodoxia técnica ção de desperdícios, no uso dos recursos públi-
consagrada. Surgiram, então, os sistemas pré-fa- cos.
bricados, utilizando materiais diversos, como a Do lado institucional, com a extinção do
argamassa armada, a madeira, o concreto leve, o CEDATE, em 1989, uma rede nacional que mal co-
aço. A flexibilidade, os aspectos positivos no que meçava a se estruturar, também se desfez. Os
diz respeito ao conforto ambiental, a resistência, técnicos já treinados dispersaram-se por vários
o baixo custo, a utilização mais intensa de mão- órgãos e a cultura relativa ao espaço educativo
de-obra não qualificada (a população do entorno que se buscava instaurar no país perdeu seus pon-
das áreas envolvidas) foram aspectos extrema- tos de apoio e irradiação, contribuindo para o
mente inovadores das alternativas mencionadas. rebaixamento do padrão construtivo das escolas
É forçoso reconhecer, no entanto, que a públicas no país.
partir de um dado momento, as construções es-
colares sofreram sério rebaixamento em seu pa-
drão.
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PARTE 2
C APÍTULO 2 A VALIAÇÃO DO ESPAÇO EDUCATIVO EXISTENTE exemplo, instalações elétricas mal executadas ou
sobrecarregadas ou pisos escorregadios em áre-
Neste capítulo, advoga-se que a avaliação as molhadas) ou as de estabilidade (problemas
do espaço educativo existente se inicie com uma de estrutura do prédio) ou mesmo as que dizem
revisão de conceitos, privilegiando-se os fins em respeito à satisfação de necessidades indiscutí-
relação aos meios, e sempre procurando adotar veis de higiene (como a construção de sanitários,
uma postura isenta de vícios de utilização e fun- onde não existam). Não se tratando de tais ca-
cionamento. O estudo dos espaços disponíveis sos, as necessidades dos processos de ensino e de
deve ser feito com sensibilidade, serenidade e bom aprendizagem ditarão o estabelecimento das pri-
senso, fundamentais para a detecção e resolução oridades.
dos eventuais problemas encontrados. A avaliação das alternativas de intervenção,
Para avaliação do espaço educativo, deve- em busca das soluções mais viáveis, deve levar
rão ser considerados o terreno (quanto a sua to- em conta primordialmente o objetivo a ser atin-
pografia, infra-estrutura e entorno) e as edifica- gido, mas também deve preocupar-se com os
ções (nos seus aspectos funcionais, construtivos, custos a serem incorridos, observando-se, aten-
de conforto e de segurança). Para tanto, é impor- tamente, os prós e contras de cada uma delas.
tante dispor do levantamento cadastral e topo- Durante a realização das intervenções, o
gráfico do imóvel, bem como dos projetos de acompanhamento cuidadoso das atividades, des-
arquitetura e complementares, que permitam de a aquisição dos materiais, até a execução dos
identificar os ambientes, suas interligações e as trabalhos, ajudará a garantir a utilização criterio-
instalações existentes. sa dos recursos e a qualidade final dos serviços.
Esse conjunto de informações possivelmen-
te poderá ser obtido junto aos órgãos técnicos da 2.1 P OSTURAS PARA PRESERVAÇÃO DO MEIO
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PARTE 2
dade de seus componentes. O uso de menor nú- 2.4.2.2 OUTROS COMPONENTES DA COBERTURA
mero de sentidos de caimento de águas, a ausên- De acordo com seu tipo, a cobertura po-
cia de rincões, o uso racional de calhas e seu di- derá contar com outros componentes, tais como
mensionamento conferem maior durabilidade à os descritos e comentados a seguir.
cobertura. Calhas e condutores: servem para im-
pedir que o caimento direto das águas
2.4.2.1 ESTRUTURA E TELHAMENTO pluviais sobre o solo provoque ero-
A estrutura da cobertura poderá ser de são ou desgaste nos pisos e paredes
madeira, metálica, de concreto ou de alvenaria. próximas, além de evitar respingos
O uso de cada uma dessas alternativas depende que provocam umidade. Podem ser
do tipo de telha escolhido. metálicos, de PVC, fibra de vidro, cha-
A seleção do material empregado, tanto pa galvanizada ou concreto. Seu di-
na estrutura, como no telhamento, deve estar mensionamento é sempre muito im-
atrelada à facilidade de aquisição, transporte, portante e deve ser calculado em fun-
simplicidade de execução, manutenção e, prin- ção dos índices pluviométricos de cada
cipalmente, da região onde estiver localizada a localidade.
escola. Platibandas: são fechamentos, em al-
Os tipos de telhas mais comumente utili- venaria ou concreto, que servem para
zados são: arrematar o telhado, quando não se
Telhas de alumínio ou metálicas: em- quer que telhas e calhas fiquem à vis-
bora, sozinhas, possuam péssimo de- ta.
sempenho termo-acústico, quando usa- Beirais: são prolongamentos da cober-
das com isolamento, tipo sanduíche ou tura que têm a finalidade de proteger
painel, são bastante eficientes. São le- o espaço externo da edificação da chuva
ves e duráveis, exigem estrutura sim- e do sol. Os beirais colaboram para o
ples e pequeno caimento. São mais conforto térmico do edifício, devendo-
caras, mas a facilidade de manutenção se, no entanto, evitar seu uso exagera-
e a durabilidade compensam o custo do que pode acarretar diminuição da
inicial. iluminação natural dos espaços e in-
Telhas de barro cozido: são fáceis de en- terferir na circulação de ar.
contrar, em todo o país, nos mais di- Lanternins e clarabóias: são aberturas
versos modelos e dimensões, e são de protegidas nas coberturas, que propor-
fácil colocação. Necessitam de estru- cionam aeração das telhas, funcionam
tura mais trabalhosa, porém seu uso e como chaminés e ajudam a diminuir o
método de colocação são amplamente calor, com a saída do ar quente. Seu
conhecidos, mesmo nas regiões mais uso é de grande valia nas regiões onde
afastadas das grandes cidades. A incon- as temperaturas são elevadas.
veniência de seu uso reside na alta taxa Rincões: são canais formados por dois
de manutenção, pois são frágeis, ra- panos convergentes de telhado, por
cham ou quebram com relativa facili- onde corre a água pluvial. Constitu-
dade, o que pode provocar goteiras e em sempre áreas responsáveis por in-
infiltrações. Devem ser usadas com a filtrações. Sua utilização só deve ser
inclinação correta, de acordo com o admitida quando não houver outra
tipo selecionado. solução.
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Em caso de ampliação das edificações es- segurança, que o conforto ambiental dos espa-
colares existentes, deverá ser verificada a capa- ços educativos é fator determinante para a saúde
cidade da rede hidráulica e sua conexão com a de seus usuários e decisivo para o desenvolvimen-
área de acréscimo. Nesses casos, bem como em to dos processos de ensino-aprendizagem.
eventuais reformas, a oportunidade deve ser apro- Cada elemento físico existente no espaço
veitada para instalação de equipamentos hidráu- ou em seu entorno deve ser tratado com a finali-
licos de alta resistência e que racionalizem o con- dade de contribuir para o conforto ambiental do
sumo de água. espaço educativo e, portanto, para a melhoria de
Os aspectos a seguir são importantes para sua qualidade. A radiação do calor, a reflexão da
a funcionalidade das instalações hidráulicas. luz, os ventos, a poeira, os resíduos poluentes, os
Os ramais de esgoto dos sanitários de- ruídos, a vegetação, entre outros, interferem no
vem ser independentes para bacia ou nível de conforto que pode ser obtido e é preciso
conjunto de bacias, de modo a assegu- estar atento para otimizar seus efeitos positivos
rar sempre seu funcionamento, mes- e minimizar os efeitos negativos.
mo que parcial, em caso de entupimen- As normas da Associação Brasileira de
to ou indisponibilidade. Normas Técnicas, os códigos de posturas e os
códigos sanitários servem de referencial para o
As caixas de inspeção e de gordura de-
estabelecimento do padrão exigido para cada
vem ser situadas em áreas demarcadas
espaço educativo, fazendo-se necessário, porém,
e identificadas, permitindo a manuten-
identificar os meios mais adequados para o al-
ção periódica, sem prejuízo da rotina
cance desses padrões, levando em conta as ca-
escolar e sem necessidade de obras em
racterísticas locais e regionais.
áreas com grande fluxo de pessoas.
Para garantir o conforto ambiental de um
As bacias sanitárias devem ser alimen- espaço é sempre necessário considerar que algu-
tadas com limitação de descarga de
mas soluções para o conforto térmico são incom-
água, visando à racionalização do con-
patíveis com o conforto acústico ou mesmo lu-
sumo e à proteção de recursos natu-
minotécnico. Melhorar a ventilação cruzada, por
rais.
exemplo, contribui para o conforto térmico, mas
Todos os ralos devem ser sifonados. pode diminuir o conforto acústico, ao deixar o
Deve ser assegurado destino ordena- ruído externo entrar pelas mesmas aberturas que
do das águas pluviais e sua infiltração permitem a necessária passagem do ar. Diminuir
no solo. a entrada da luz solar pode melhorar o nível de
Sempre que possível, captar as águas calor interno, mas o ambiente, provavelmente,
pluviais para uso seletivo das instala- ficará mais escuro. Dessa forma, a escolha das
ções hidrossanitárias, com o devido su- soluções deve levar em conta suas vantagens e
porte de tratamento e normas de ope- desvantagens. Sempre será uma questão de bom
ração. senso, saber dosar até que ponto ir em cada caso.
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PARTE 2
A ventilação é uma aliada eficaz para a re- consideradas obstáculos. Internamente, paredes
novação do ar e o estabelecimento de conforto ou móveis que impeçam o ar de cruzar o espaço
térmico. É necessário que existam entradas e sa- educativo podem prejudicar sua boa ventilação.
ídas eficientes para o ar, assegurando a necessá- Cortinas não são recomendáveis, pois, embora
ria movimentação e exaustão. Deve-se buscar o possam proteger da radiação solar, constituem
equilíbrio nas aberturas das paredes (janelas e obstáculos à ventilação e exigem constante ma-
portas), considerando a tipologia do clima regio- nutenção.
nal e impedindo, sempre, a radiação solar direta É fundamental lembrar a importância da
sobre o aluno. vegetação 3 para o sombreamento, a absorção da
Os materiais construtivos possuem propri- radiação solar e a proteção do ofuscamento do
edades seletivas e inerciais, isto é, controlam a sol. As árvores, a vegetação de forração e os ar-
radiação, o vento, a temperatura e podem arma- bustos proporcionam um efeito moderador so-
zenar calor, redistribuindo-o no tempo e no es- bre o clima local, no tocante à temperatura, à
paço. Esses aspectos devem ser levados em con- umidade e à movimentação do ar. Deve-se pro-
ta na seleção do material a ser utilizado nos com- curar manter uma vegetação que proteja as fa-
ponentes construtivos. Para paredes de vedação, chadas de maior insolação, no verão, e que, no
por exemplo, deve ser selecionado material que inverno, possibilitem uma boa insolação, nas
possibilite um bom isolamento térmico (como, mesmas fachadas. A escolha das espécies vege-
por exemplo, tijolo de barro), pois ele desem- tais a serem plantadas deve, portanto, priorizar o
penhará o papel de filtro de temperatura, ao mes- uso daquelas que possuem folhas caducas no in-
mo tempo em que retardará a troca de tempe- verno, para possibilitar essa insolação. Uma su-
ratura. Além disso, uma parede mais larga será perfície gramada, junto às áreas construídas, po-
mais adequada que uma parede extremamente derá absorver significativamente a radiação so-
delgada. lar e manter a umidade da área. Jardins com pér-
Em espaços de longa permanência, será gulas, fontes, espelhos e jatos de água também
preciso contar com componentes de forro abai- podem oferecer benefícios, funcionando como
xo da cobertura, para que haja isolamento do col- dissipadores de calor intenso em determinadas
chão de ar quente que se forma entre ela e o regiões.
ambiente. Algumas vezes, é necessário, confor- Um problema que não é incomum é o fato
me o material utilizado na cobertura, que se per- de a escola ter sido construída com a orientação
mita uma exaustão da camada de ar quente que incorreta em relação à posição do sol, resultan-
se acumula entre a cobertura e o forro. Essa do em situação desconfortável para os alunos, que
exaustão deve funcionar como uma chaminé, recebem toda a radiação solar direta. Nesses ca-
puxando o ar quente para fora. Poderão ser ins- sos, é necessária a criação de algum tipo de som-
talados lanternins para ventilação, chaminés para breamento, sempre, porém, resguardando a ven-
tiragem do ar quente, exaustores mecânicos na tilação. Toldos, persianas/venezianas para áreas
cobertura, entre outras soluções. externas, elementos vazados ou árvores situadas
No que se refere à ventilação, é necessário estrategicamente e com características para ser-
considerar, ainda, não somente os materiais e virem de sombra constituem alguns dos recur-
componentes construtivos, mas também os obs- sos a serem empregados. Especialistas poderão
táculos que se interpõem na direção dos ventos, indicar o detalhamento para as soluções, como a
prejudicando ou minimizando o efeito da movi- angulação das peças do quebra-sol a ser usada
mentação do ar. Esses obstáculos podem ser in-
ternos ao espaço ou externos. Externamente,
barreiras de vegetação ou edificações podem ser
3
Ver item 2.5.7 – Paisagismo.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
82
PARTE 2
das atividades escolares e depende do controle perfícies refletoras (texturas lisas e cores claras
de ruídos tanto externos como internos. Espaços para ambos).
situados precariamente, tal como salas de aula Na utilização de luz artificial, é necessário
voltadas para avenidas movimentadas e barulhen- considerar que, em termos gerais, os aspectos que
tas ou contíguas a pátios ou quadras, necessitam incidem para o perfeito conforto visual são:
de cuidadosa análise e adoção de soluções para a intensidade da luz;
controle dos ruídos causadores de desconforto. ausência de ofuscamento;
Não obstante as dificuldades que se apresentam,
nível de brilho das superfícies;
existem soluções aplicáveis, tais como:
a cor da luz;
tratamento apropriado do espaço onde
distribuição das luminárias no forro,
o som tem origem, reduzindo-se sua in-
de modo a não deixar zonas escuras
tensidade mediante utilização de super-
nos planos de trabalho das salas.
fícies absorventes;
A intensidade da luz (ou nível de ilumi-
execução de barreiras arquitetônicas namento) é fator fundamental para a visão,
ou paisagísticas entre a fonte sonora e pois possibilita a percepção de detalhes. Sua
as áreas onde sejam necessários ambi- distribuição nos espaços educativos, especial-
entes sossegados e menos ruidosos. mente sobre os planos de trabalho, deve ser
Paredes, muros ou painéis podem ser homogênea, não devendo produzir sombra
utilizados como elementos de isolamen- projetada. Um outro aspecto a ser considera-
to acústico, com alturas compatíveis do é o brilho de certas superfícies, que emi-
para desvio do som; tem ou refletem a luz, obrigando o olho a
planejamento do uso dos espaços, sepa- grande esforço para adaptação ao espaço.
rando os ruidosos dos tranqüilos por Quando o brilho é muito acentuado, pode cau-
ambientes de médio ruído e distanci- sar ofuscamento ou deslumbramento, ambos
ando das fontes sonoras, ao máximo, prejudiciais à visão.
os mais sensíveis aos ruídos; Com relação à cor, a luz por excelência para
eliminação, sempre que possível, de o olho humano é a luz branca do sol. Sob essa
aberturas (como janelas e portas) para luz, a exata cor dos objetos é percebida. Luzes
as fontes sonoras; artificiais com composição diferente da luz branca
revestimento das superfícies com ma- do sol alteram o padrão natural da cor, acarre-
terial isolante acústico. tando sensações, por vezes, bastante desagradá-
veis.
2.5.3 CONFORTO LUMINOTÉCNICO A sensação de conforto visual depende,
A visão é um dos meios mais importantes contudo, do tipo de atividade exercida. A leitura,
de comunicação das pessoas com seu entorno. É a escrita, os jogos, entre outras atividades esco-
através dela que se estabelecem contatos com lares, têm solicitações diferentes quanto à inten-
pessoas e se identificam objetos, sendo necessá- sidade da luz. Para cada atividade existe um nível
rios cuidados para que seja criado um nível ade- adequado e graus maiores ou menores são preju-
quado de conforto visual. A funcionalidade das diciais a seu desempenho. Quanto maior preci-
edificações e de seus espaços está relacionada di- são uma tarefa necessitar, maior a densidade ne-
retamente ao fator iluminação. cessária: uma atividade de jogo, por exemplo,
A fonte natural de luz diurna é o sol, de- exigirá um nível menor que uma de leitura.
vendo-se potencializar seus efeitos para o con- O nível de iluminamento é um índice que
forto visual nos prédios escolares, mediante uti- se traduz por “lux”. Exemplos do uso da medida
lização adequada das paredes e tetos como su- são dados a seguir, em diferentes espaços educa-
tivos. Os três níveis mencionados são aceitos: o Cada espaço educativo deverá obedecer ao
nível baixo constitui o mínimo admissível, o nível de iluminamento determinado em normas
médio é o usualmente solicitado e o nível alto técnicas, códigos de posturas e códigos sanitári-
traduz o máximo de iluminamento necessário. os. Custos de manutenção e consumo devem ser
Sala de aula genérica levados em conta, para escolha do tipo de lâm-
Nível baixo = 200 lux pada a ser utilizada. A preferência deve ser dada
Nível médio = 300 lux a luminárias e lâmpadas com maior desempenho
Nível alto = 500 lux e custo de manutenção menor quanto à reposi-
Por exemplo, para se conseguir o nível de ção. Via de regra, as lâmpadas mais eficientes
iluminamento médio de 300 lux em uma sala de são de investimento inicial mais caro, porém os
aula com 48 m² (6 m x 8 m) ou 49 m² (7 m x 7 m) custos de consumo e de reposição (em função de
são necessárias 6 luminárias com 2 lâmpadas flu- sua durabilidade) são menores, fazendo com que
orescentes de 40 watts cada. Para atingir 500 haja equilíbrio ou até vantagem no custo final.
lux seriam necessárias 9 luminárias com 2 lâm- Também não se pode deixar de considerar
padas fluorescentes de 40 watts cada; no caso de a crise energética que o país e o mundo vêm en-
lâmpadas incandescentes, 16 lâmpadas de 100 frentando. É essa uma razão adicional para que a
watts para atingir o nível médio de 300 lux. utilização de fontes naturais de iluminação seja
Ginásio de esportes ou quadra de otimizada e que a cor do piso, teto e paredes seja
tênis definida de maneira a proporcionar adequada
Nível baixo = 300 lux reflexão de luz.
Nível médio = 500 lux
Nível alto = 750 lux 2.5.4 COMUNICAÇÃO VISUAL
A programação visual de orientação e iden-
Biblioteca ou sala de leitura
Nível baixo = 300 lux tificação do espaço educativo tem a função de
Nível médio = 500 lux informar, organizar os espaços, sinalizar e orien-
Nível alto = 750 lux tar os fluxos de circulação, permitindo aos usuá-
Uma idéia da magnitude dos níveis de ilu- rios e visitantes uma rápida e precisa compreen-
minamento mencionados pode ser dada por sua são da escola. Torna, também, o espaço mais
comparação com o fornecido por fontes natu- bonito e agradável ao aluno, favorecendo, enfim,
rais: a integração e a interação do usuário com o meio
físico.
Luar = 0,2 lux
A identificação dos espaços e das instala-
Luz do dia, interior = 500 a 2.000 lux
ções pode ser solucionada por meio da utilização
Luz do dia, exterior, nas sombras =
de diversos recursos, sempre, porém, procuran-
1.000 a 10.000 lux
do manter uma unidade visual. No caso de ele-
Luz do dia, exterior, luz do sol direta mentos de identificação externos, é importante,
= 50.000 a 100.000 lux
ainda, verificar a exigência de padronização, jun-
Em resumo, os elementos que influenciam
to aos órgãos públicos responsáveis pela unidade
diretamente na qualidade da iluminação artifici-
escolar.
al – e, portanto, no conforto visual – são intensi-
Os principais elementos da identidade vi-
dade, luminosidade e distribuição da luz. É pre-
sual da escola são:
ciso que haja a correta intensidade, com o grau
externos: têm a finalidade de marcar a
de luminosidade em equilíbrio, distribuído ade-
presença da escola. Podem ser consi-
quadamente no espaço.
deradas as seguintes possibilidades:
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84
PARTE 2
vez que abriga atividades que promovem e esti- ção. No início e final da rampa, deve
mulam as relações entre pessoas. haver prolongamento horizontal de, no
Uma das possibilidades de que essa inte- mínimo, 1,20 m. A declividade máxi-
gração realmente ocorra, está alicerçada na eli- ma admitida é de 8,33%.
minação das barreiras e bloqueios físicos para Corrimão: deve ser colocado em, pelo
acesso e permanência do indivíduo na convivên- menos, um dos lados da rampa e dos
cia com seus semelhantes. É com base no pres- patamares, não devendo ser interrom-
suposto de que a acessibilidade aos bens e servi- pido. Deve ter altura de 0,80 m, com
ços deva ser um bem comum a todos os cida- prolongamento de 0,45 m nas extre-
dãos e, nunca, um fator de exclusão, que esse midades da rampa, tomando-se o cui-
aspecto deve ser considerado essencial para a dado para que tal prolongamento não
qualidade do espaço educativo, promovendo a interfira na circulação. O corrimão
eqüidade de oportunidades. deve ter perfil circular, diâmetro apro-
É necessário, portanto, promover as mo- ximado de 0,04 m, guardar separação
dificações requeridas para adaptação do espaço mínima de 0,04 m da parede e super-
educativo, garantindo a acessibilidade universal. fície lisa, para permitir boa empunha-
Alguns aspectos de caráter genérico, a serem dura e fácil deslizamento.
observados para a garantia da acessibilidade, na Portas: devem possuir largura útil mí-
escola, são relacionados a seguir. nima de 0,90 m, maçanetas do tipo
“alavanca” e pegador auxiliar para fa-
Perfil: a entrada, ao nível da calçada,
deverá ter perfil adequado, facilitando cilitar o fechamento por pessoas em
cadeira de rodas.
o trânsito de portadores de necessida-
Circulação interna: o piso da área de
des especiais.
circulação deve ser contínuo, unifor-
Travessias: deverão ser sinalizadas, com
me e antiderrapante. Quando houver
faixas, tendo o meio-fio rebaixado. No
ressalto, sua altura não deve ultrapas-
caso de haver desnível nos acessos e
sar 0,03 m e suas quinas devem ser ar-
circulações externos, prever rampas
redondadas ou chanfradas.
com declividade máxima de 8,33%.
Sanitários: devem ter porta com lar-
Estacionamento: em todo estaciona- gura mínima de 0,90 m, piso antider-
mento, devem existir vagas preferen- rapante, plano e uniforme, espaço in-
ciais, reservadas para veículos utiliza- terno livre que permita a circulação e
dos por pessoa portadora de deficiên- o giro completo da cadeira de rodas.
cia. Essas vagas devem ser as mais pró- O compartimento do vaso sanitário
ximas do acesso à entrada do estabe- tem de ter, no mínimo, 1,50 m de lar-
lecimento, ter piso nivelado e serem gura por 1,70 m de comprimento.
adequadamente sinalizadas. O lavatório deve ser fixado na parede,
Entradas: pelo menos uma das entra- com a borda superior localizada a uma
das do estabelecimento deve permitir altura de 0,80 m do piso. Sifão e tubos
o acesso ao portador de necessidades de instalação devem estar situados a
especiais e estar sinalizada. 0,25 m da borda da frente, para per-
Rampas: devem ter largura mínima útil mitir o acesso de pessoa em cadeira
de 1,20 m, piso antiderrapante e pata- de rodas. As torneiras devem ser do
mar intermediário de repouso a cada tipo a l a v a n c a , o p e r á v e i s c o m u m
9 m ou em caso de mudança de dire- único movimento.
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PARTE 2
Normas ABNT: a norma NBR-9050, de com aspectos técnicos de conforto, mas também
setembro de 1994, é o documento mais com aspectos subjetivos de bem-estar.
importante sobre a acessibilidade uni- Para elaboração de uma proposta paisagís-
versal, devendo ser consultada antes de tica para a escola, em primeiro lugar, é preciso
toda e qualquer adaptação ou implan- identificar a área disponível que determinará as
tação realizada com o objetivo de ga- possibilidades de criação de um ou mais espa-
ranti-la. ços, influenciará a seleção das espécies a serem
É importante observar que, quando a es- plantadas e definirá, entre as já existentes, as que
cola não possuir acessos externos universais, sua serão preservadas. O entorno também deve ser
execução é obrigatória. O acesso à sala de aula analisado, com o objetivo de se obter integração
e a circulação, dentro dela, são aspectos que po- ambiental. Deve ser pensado um paisagismo bá-
dem ser resolvidos, criteriosamente, em algu- sico, onde se garanta o máximo aproveitamento
mas salas, escolhendo-se para adequação as que funcional e estético da vegetação utilizada, pre-
apresentem maior facilidade, preservando-se os vendo a complementação pelos próprios usuári-
direitos do portador de necessidades especiais, os. A fluidez entre os espaços abertos tratados
sem prejuízo da capacidade de atendimento da deve garantir a máxima mobilidade do aluno.
escola. Identificada a área disponível e definido o
ambiente desejado – um jardim ornamental, uma
2.5.7 PAISAGISMO horta, um pomar, um viveiro, um jardim de ci-
Além de contribuir para o conforto térmi- ências, sozinhos ou combinados –, três aspectos
co, acústico e visual, o tratamento paisagístico básicos devem ser levados em consideração.
dos espaços externos ao prédio escolar propor- A forma define o aspecto final da área
ciona oportunidades de aprendizagem e vantajo- a ser tratada. No caso de um jardim,
sos resultados utilitários. Jardins, hortas e poma- por exemplo, ela é dada pela posição
res devem ser encarados como locais privilegia- das plantas mais altas, das áreas de for-
dos para perceber o habitat de seres vivos e suas ração para pisoteio, das bordaduras
relações, favorecendo o exercício da aprendiza- para delimitar espaços. No caso de uma
gem. Bordaduras executadas com plantas herbá- horta, as dimensões dos canteiros, sua
ceas ou arbustivas podem delimitar áreas de cir- contenção e limites definem a forma.
culação ou espaços destinados a atividades espe- No caso do pomar, a definição da lo-
cíficas. Cercas-vivas proporcionam vedações, sem cação do plantio das diversas espécies
a frieza de um alambrado ou um muro e assim e seu agrupamento darão a configura-
por diante. ção da forma final.
A topografia determina o movimento
2.5.7.1 CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO PAISAGISMO da área, bem como os elementos de
NA ESCOLA proteção necessários, tais como mu-
Ao criar, reformular ou adaptar uma área ros de arrimo, escadas, rampas, cana-
de jardim, horta ou pomar na escola, é necessá- letas de escoamento de águas pluviais.
rio ter a clareza de que se está estruturando um A divisão, realizada por meio de vege-
ambiente e que essa intervenção irá alterar a pai- tação (forração, arbustos, árvores), de
sagem local, positiva ou negativamente. Para de- elementos construtivos (pérgulas, pas-
senvolver um ambiente que tenha resultados seios, muretas, meio-fio) ou mobiliá-
positivos, é preciso fazer uma análise da paisa- rio (bancos, mesas, vasos, bancadas),
gem, entendendo que se está lidando não apenas corresponde ao zoneamento da área,
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PARTE 2
de e localização corretas; com iluminação de até a base do telhado. A área de proteção é equi-
emergência; com sinalização de emergência, in- valente a um círculo de raio 2h (h = altura) até
clusive com rotas de fuga, além de brigadas con- o chão, a partir da extremidade do pára-raios.
tra incêndio, compostas por funcionários treina- Nas proximidades do solo, deve haver proteção
dos periodicamente. A existência de reservató- isolante no cabo, evitando o contato de pessoas.
rio de água para atender às instalações de pre- O aterramento deve ser localizado, no mínimo, a
venção e combate a incêndio é fundamental, 10 m da edificação e deverá procurar atingir o
quando houver rede de hidrantes. lençol freático ou, ao menos, a zona úmida do
terreno. A manutenção do pára-raios deve ser
2.6.2 PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉ- exec u t a d a a n u a l m e n t e o u s e m p r e q u e seja
RICAS observada alguma parte chamuscada.
O raio é um fenômeno atmosférico de con- A proteção total só ocorre quando toda a
seqüências danosas, resultante do acúmulo de estrutura é envolvida por uma rede de pára-rai-
cargas elétricas em uma nuvem, seguido de uma os. É importante observar que ele protege tão
descarga sobre o solo ou qualquer estrutura que somente a construção. A segurança de aparelhos
ofereça condições favoráveis para tanto. A ação elétricos e eletrônicos necessita de estabilizado-
destruidora dos raios se deve a sua elevada cor- res de tensão.
rente de tensão (voltagem), causando aquecimen-
to (ação explosiva e incendiária). 2.6.3 PROTEÇÃO CONTRA PRAGAS E EPIDEMIAS
O primeiro passo na prevenção desse tipo É necessário manter o espaço educativo lim-
de acidente é determinar os locais de maior pro- po, com alto índice de higiene e salubridade, sem
babilidade de ocorrência de descargas. Diferen- pontos de alagamento e poças de água. Também
temente do que se imagina, o raio prefere terre- é necessário que existam locais adequados ao
nos maus condutores, como os graníticos e xis- acondicionamento e descarte de lixo. Periodica-
tosos. Outros alvos freqüentes são as cercas, ár- mente, devem ser feitas limpeza dos reservatóri-
vores, edificações e, principalmente, fins de li- os de água e dedetização dos ambientes.
nhas elétricas, onde grandes quantidades de car-
2.6.4 SEGURANÇA PATRIMONIAL
gas acabam por criar uma zona ionizada, extre-
A segurança patrimonial ideal é aquela que
mamente propícia à descarga elétrica. Como es-
já é prevista no projeto original. Como nem sem-
sas linhas estão freqüentemente próximas a cons-
pre isso ocorre, alguns paliativos podem minimi-
truções, os danos são sempre consideráveis.
zar o problema de vandalismo e invasões, a co-
Existem vários tipos de pára-raios. Os mais
meçar com o fechamento do terreno, que pode
recomendados para escolas, porém, são os tipos
ser feito de várias formas.
“Franklin” e “gaiola de Faraday”, sendo este últi-
mo o mais recomendado para projetos novos. O Cerca de arame liso: recomendada,
pára-raios tipo “Franklin”, de mais fácil coloca- principalmente, para áreas rurais, com
ção em prédios já construídos, é composto por altura mínima de 2 m, com os fios es-
um captor, ligado a uma haste isolada da estrutu- paçados, no máximo, 0,25 m entre si
ra sobre a qual está instalado. Um cabo metáli- e fixados em mourões, com distância
co, também isolado, faz a ligação entre a ponta e máxima de 3 m entre um e outro.
o solo, que receberá a descarga. A haste deverá Alambrado com mourões de concreto:
ficar no ponto mais alto possível, localizado aci- deverá ter altura mínima de 2 m e ser
ma de árvores e antenas de comunicação. A pro- afixado em mourões de concreto,
teção desse tipo de pára-raios é restrita ao ângu- com espaçamento máximo de 8 m
lo de 45 o, formado a partir da ponta do captor entre si. A parte inferior da tela de-
verá ser “costurada” com fio de ara- É recomendável que os espaços que guar-
me, para evitar esgarçamento. A par- dam equipamentos, material didático, gêneros ali-
te superior do alambrado deverá ser mentícios e outros materiais sejam dotados de
costurada, preferencialmente, com laje de forro, com o intuito de dificultar o acesso
uma fiada de arame farpado. Alter- através da cobertura. As janelas devem ser segu-
nativamente, a parte superior do ras. Caso não o sejam, é possível equipá-las com
mourão de concreto poderá ser em grades metálicas de proteção.
ângulo voltado para o lado externo, Portões com acesso controlado e uma es-
servindo para fixação de três fios de tratégica localização da portaria colaboram para
arame farpado, com espaçamento a segurança.
máximo de 0,10 m.
Muro de alvenaria: construído em ti- 2.6.5 SEGURANÇA FÍSICA E PSICOLÓGICA DOS
com altura mínima de 2 m a partir do O espaço deve ser seguro e parecer seguro.
piso acabado e dotado, na parte supe- A segurança física dos usuários é promovi-
rior, de estacas de ferro em ângulo, da por meio da utilização de pisos antiderrapan-
destinadas a servir de apoio a três ou tes, de escadas com alturas e larguras dentro dos
quatro fios de arame farpado. padrões recomendados, pela existência de corri-
Fechamento misto: a confecção de par- mãos e guarda-corpos.
tes do muro em alvenaria e partes em Um aspecto associado tanto à seguran-
grades de ferro, apesar de resultar em ça física quanto à psicológica é a correta ilu-
custo mais elevado, além de proporci- minação, pois a visibilidade é ponto de im-
onar segurança, também permite a vi- portância capital para o sentimento de segu-
são interna/externa, possibilitando rança. O sentimento que um espaço seguro
maior controle visual. produz reforça a aceitação da escola por seus
Aliada ao fechamento, a instalação de sis- usuários.
tema de iluminação em todo o perímetro do ter-
reno permite que, mesmo durante a noite, a vi-
sibilidade esteja garantida.
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PARTE 2
sulta a um profissional que possa su- fios elétricos estendidos, cada parede
gerir uma solução específica para o deve possuir uma tomada, colocada na
ambiente. metade de seu comprimento.
• Ventilação cruzada é obrigatória. • Em uma das paredes deve ser coloca-
• As portas devem ter vão livre de da tomada para antena de televisão,
0,90 m. Quando mais estreitas, devem próxima a uma tomada de energia elé-
ser substituídas. Nesse caso, deve-se trica, permitindo o uso desse aparelho.
dar preferência a portas com visores, • Caso a escola pretenda utilizar micro-
que proporcionam maior segurança computadores na sala de leitura (ob-
para a circulação. servar que não é recomendável o des-
• O piso deve ser de material lavável, locamento desse equipamento entre
antiderrapante e resistente a tráfego salas), deve instalar, para cada um de-
intenso e à abrasão. les, tomada com três pinos, aterrada,
• As paredes devem possuir barra lavá- em circuito próprio, pois as tomadas co-
vel, impermeável, até a altura aproxi- muns, para uso geral, não podem ser
mada de 1 m. Pode-se utilizar revesti- compartilhadas com a rede elétrica dos
mento cerâmico, quando possível, ou equipamentos de informática. A esco-
pintura com tinta esmalte sintético, lha das paredes para sua instalação deve
solução rápida e mais barata, mas de levar em conta que a iluminação natu-
ral não deve refletir na tela dos compu-
menor durabilidade.
tadores ou nos olhos dos usuários.
• Utilizar sempre cores claras, de acor-
• Deve estar disponível tomada de tele-
do com as recomendações no item
fone externo, próxima a uma tomada
2.5.5 – Utilização das cores. Cores for-
de energia elétrica, para permitir aces-
tes alegram os espaços, mas, com o
so à internet.
tempo, tornam-se cansativas. Dessa
• Quando necessário, as aberturas para
maneira, é permitida sua utilização em
ventilação e iluminação devem ser
pequenos detalhes, como molduras, ro-
guarnecidas de persianas, para possi-
dapés, arremates, cuja pintura pode,
bilitar o controle da incidência solar
com facilidade, ser modificada.
sobre os equipamentos.
• Conforto térmico, acústico e lumino-
• Utilizar luminárias com duas lâmpa-
técnico é imprescindível, conforme re-
das fluorescentes, no mínimo, de modo
comendações no item 2.5 – Edifica-
a cortar o efeito estroboscópico (“pis-
ção: aspectos de conforto. ca-pisca”).
• As aberturas para iluminação natural • Caso existam ventiladores de teto, suas
devem corresponder a 1/5 da área do pás devem estar em nível superior ao
piso, no mínimo. das lâmpadas da luminária, para não
• As aberturas para ventilação natural causar efeito estroboscópico, quando
devem corresponder a 1/10 da área do em movimento.
piso, no mínimo.
• As tomadas de energia elétrica devem Notas importantes:
ser aterradas e protegidas. Para facili- • Além das recomendações acima, devem
tar os diferentes arranjos da sala e evi- ser consideradas todas as que constam
tar os riscos representados pelo uso de no Capítulo 2 – Avaliação do espaço
extensões e benjamins ou por cabos e educativo existente, fundamentais para
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Notas importantes:
• Além dessas recomendações, devem ser
consideradas todas as que constam no
Capítulo 2 – Avaliação do espaço edu-
cativo existente, fundamentais para a
obtenção de um padrão mínimo de qua-
lidade nos espaços de depósitos.
• Para aprofundamento em questões de
natureza técnica, consultar o documen-
to Subsídios para elaboração de proje-
tos e adequação de edificações escola-
res, citado inicialmente.
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PARTE 3
em alguns casos, é vantajosa. Essa qualidade rentes ao mobiliário escolar já levam em conta
também contribui para a mobilidade e, portan- essas variações. Dessa forma, a cadeira para uso
to, para diferentes arranjos em sala de aula, re- do aluno de menor estatura não pode ser propor-
quisito cada vez mais exigido nas novas estraté- cionalmente menor do que aquela destinada aos
gias de ensino. alunos de maior estatura.
Outra questão relativa ao uso do mobiliá- Por essa razão, as dimensões dos móveis
rio escolar refere-se à socialização do indivíduo e devem ser definidas por critérios antropométri-
a idade escolar é a fase inicial desse processo. O cos, ou seja, as diferentes dimensões do corpo
ambiente à volta do aluno deve favorecer o agru- humano, correspondentes às diferentes estaturas
pamento, contribuindo tanto para o processo de das faixas de crescimento, são determinantes para
aprendizado, como para a socialização. O móvel as variações de dimensão do móvel escolar.
escolar adequado é o que permite tanto o traba- Hábitos dos usuários e influências sociais,
lho individual como em grupo. culturais e psicológicas também devem ser leva-
dos em conta, já que o uso do próprio corpo e
2.2 P ARÂMETROS REFERENTES AO USUÁRIO : dos objetos sofre o reflexo dessas condições. A
ERGONOMIA
regionalidade é igualmente um fator a ser obser-
vado: ambientes e objetos estranhos à cultura
A ergonomia estuda as relações do homem regional costumam ser rejeitados se sua utiliza-
com os objetos. Para se pensar o projeto de qual- ção não for precedida de um processo de
quer objeto, seja um móvel ou uma máquina, aculturação.
devem ser observadas essas relações. O advento do computador, tanto como fer-
Para cumprir o exigido na Lei de Diretrizes ramenta de trabalho dos setores administrativos
escolares como para o aprendizado, introduz no-
e Bases da Educação Nacional, o aluno passa na
vas preocupações relativas à adequada escolha e
escola, obrigatoriamente, 200 dias letivos de, no
dimensionamento dos móveis suportes destas ati-
mínimo, quatro horas, durante aproximadamen-
vidades. Por sua postura estática, relacionada à
te 11 anos de educação básica. A maior parte des-
posição dos periféricos como mouse, teclado e
se tempo, sentado. Se o móvel for inadequado,
monitor, o usuário de computador encontra-se
inevitavelmente ocorrerão danos físicos, principal-
sujeito a riscos de inadequação ergonômica e de
mente aqueles relativos às deformações da colu-
esforços repetitivos que deverão, na medida do
na, que irão se manifestar na idade adulta.
possível, ser minimizados pela escolha do mobi-
É fundamental observar que o aluno não
liário.
tem um ritmo de crescimento constante, ao lon-
go da infância e da adolescência. O crescimento
2.3 P A R Â M E T R O S R E F E R E N T E S A ASPECTOS
do corpo é desproporcional. Cabeça, tronco e
CONSTRUTIVOS: TECNOLOGIA
membros desenvolvem-se gradualmente, varian-
do suas proporções em relação às estaturas. As-
Resistência e robustez são características
sim, o móvel também não pode manter as mes- fundamentais no móvel escolar, deixando o alu-
mas proporções nos diversos tamanhos. Um no seguro no momento de sua utilização. Não
exemplo é a relação entre a profundidade do as- deve ser admitido o uso de estruturas instáveis.
sento e a altura do encosto na cadeira do aluno: O móvel escolar não pode apresentar ele-
como as proporções entre membros e tronco não mentos facilmente removíveis. Os acabamentos
têm a mesma progressão nas diversas fases de e a conformação dos produtos não podem apre-
crescimento, essas dimensões não podem variar sentar elementos passíveis de causar injúrias físi-
na mesma proporção. As normas técnicas refe- cas aos usuários ou ao ambiente escolar.
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PARTE 3
tam essa característica. Observar a integração dos Uma alternativa já bastante difundida é a utiliza-
equipamentos e móveis entre si pode ser um fa- ção de madeiras provenientes de plantio, como o
tor de economia, visto que, em certos casos, essa pinus (pinus eliotis) e o eucalipto (eucaliptus
observação pode resultar na diminuição de itens grandis). Outra alternativa, cujo impacto
a serem comprados. Para isso, é necessário um ambiental pode ser controlado, é a utilização de
levantamento das necessidades de uso do mobi- madeiras provenientes de exploração sustenta-
liário, por atividade e por período de tempo. A da, certificada por instituições oficiais.
partir dessa análise, pode-se, por exemplo, veri- O aço possui particularidades que o apon-
ficar que as cadeiras utilizadas para a biblioteca tam como um ótimo material para estruturas de
podem também ser usadas nas salas de arte, se mobiliário. Seu potencial de reciclagem e alta
não houver coincidência de horários de uso. durabilidade fazem a relação custo x benefício
das estruturas de aço bastante favorável. Sua uti-
2.5 PARÂMETROS REFERENTES A ASPECTOS ECOLÓ- lização pode ser considerada de baixo impacto
GICOS: IMPACTO AMBIENTAL ambiental, considerando-se a longa vida das es-
truturas, a degradação natural isenta de
Um quinto parâmetro a ser observado na subprodutos contaminantes e a indústria da
escolha do produto a ser adquirido refere-se ao reciclagem, bastante disseminada.
impacto ambiental provocado pelos materiais e Os plásticos, por sua versatilidade, intro-
processos de produção adotados. Algumas ma- duziram novas possibilidades de formas e dese-
térias-primas causam mais danos que outras ao nhos, permitindo, com custo relativamente bai-
ambiente, seja no processo de extração, no de xo, a obtenção de formas e cores que, possivel-
transformação, no de fabricação do produto ou mente, nenhum outro material oferece. Sua uti-
em sua degradação, após a inutilização do bem. lização deve ser preferencial em elementos como
A madeira é tradicionalmente um materi- ponteiras, sapatas e fitas para revestimento de
al utilizado na fabricação de móveis e, por suas bordos. O mercado já oferece assentos, encos-
qualidades de manuseio, isolamento térmico e tos, tampos e até estruturas de diversos tipos de
aparência, é, muitas vezes, insubstituível em de- plásticos que, dependendo da qualidade do pro-
terminadas aplicações. Deve-se ter em conta na jeto e do tipo de uso que se faça, podem ser alter-
especificação de produtos ou componentes de nativas econômicas e duráveis para componen-
madeira, porém, que algumas espécies já se en- tes de móveis escolares. Deve-se, no entanto, aten-
contram ameaçadas de extinção ou protegidas tar para o fato de que a maioria dos plásticos
por lei, como, por exemplo, o mogno e a imbuia demora séculos para se decompor naturalmen-
(tradicionalmente utilizada em mobiliário esco- te, não devendo ser descartados no ambiente. A
lar). Pode-se, no entanto, continuar a usufruir das reciclagem, embora muito discutida, ainda é, em
qualidades da madeira, se a escolha das espécies muitos casos, antieconômica e incipiente. A po-
for criteriosa, visando minimizar o impacto cau- luição ambiental por plásticos e polímeros deri-
sado pela demanda de grandes lotes de produtos. vados de petróleo já é, hoje, um fato preocupante.
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PARTE 3
soldas, rebites e parafusos não podem de sala de aula: dois módulos de quadro de giz
apresentar saliências capazes de cau- podem ser instalados juntamente com um de
sar ferimentos; quadro mural em uma parede; na outra, um
todos os parafusos existentes devem ser módulo do quadro branco pode estar junto a dois
bem atarraxados; de quadro mural, possibilitando usos específicos
e arranjos dos conjuntos de aluno divididos em
os acabamentos devem se apresentar
em perfeitas condições e devidamente duas direções.
fixados ou executados; Ao lado da modulação, a padronização dos
itens – ou racionalização dos modelos – é, tam-
os móveis cuja estrutura for feita de
bém, fator que favorece a flexibilidade de uso.
tubos de aço devem possuir ponteiras
Ao adotar uma mesma mesa, com superfície de
em todas as terminações de tubos e
trabalho de 60 x 120 cm, para o conjunto do pro-
sapatas plásticas nos pontos de conta-
fessor, para a mesa da secretaria ou para o refei-
to com o piso.
tório, facilita-se o uso, com adequações simples,
Alguns tipos de mobiliário apresentam a
como a adição de um gaveteiro volante, no caso
alternativa de serem resolvidos na arquitetura do
do atendimento à área administrativa.
prédio, tais como os suportes de comunicação e
Em resumo, a modulação e a padroniza-
os móveis para guardar. Essa alternativa, no en-
ção conferem flexibilidade, favorecendo modi-
tanto, deve ser bem avaliada, já que sua adoção
ficações nos ambientes ou mesmo usos múlti-
dificulta a mobilidade dos elementos, diminuin-
plos e diferenciados, em várias ocasiões. A ado-
do o número de possibilidades de arranjo. O pro-
ção de diversos tipos de produtos, com
blema será bem solucionado se o projeto do in-
especificações e dimensões diferentes, ao con-
terior da sala incluir previsões de arranjos de
trário, impede a flexibilidade de uso, restringin-
mesas e cadeiras, considerando a imobilidade dos
do as opções de instalação.
elementos criados na construção.
A produção dos suportes de comunicação
e dos móveis para guardar, quando obedece ao ASPECTOS ECONÔMICOS
Assim, sob o ponto de vista econômico, do copiadoras para cada tipo de consumidor. A
destacam-se os seguintes critérios para a aquisi- questão se limita aos custos do equipamento e
ção do móvel escolar: da manutenção, em locais próximos à escola.
os móveis devem ser desenvolvidos a
partir de um projeto que racionalize os 3.3 CRITÉRIOS BÁSICOS PARA EQUIPAMENTOS DE
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PARTE 3
jetos ou programas nos quais verbas são repassa- Essa identificação é importante para
das para compras específicas, como alternativa acionamento da garantia, quando e se necessá-
ao envio do próprio bem, seja mediante uso de rio. Deve ser impressa por pirogravura, serigrafia
recursos postos a sua disposição por diferentes ou flexografia, conforme o material adquirido.
fontes, cada vez mais as escolas estão assumindo Etiquetas coladas não são aconselháveis, pois se
a responsabilidade de escolher materiais e forne- desprendem com facilidade. Os dados a serem
cedores, efetuar compras e garantir a manuten- impressos são: identificação do fabricante, data
ção dos bens adquiridos. de fabricação e identificação do sistema de ensi-
Seja qual for o modo de aquisição, os pro- no comprador (nome do órgão estadual ou mu-
cedimentos de controle de qualidade e nicipal de administração da educação). É preciso
gerenciamento de garantia a seguir recomenda- que a exigência seja apresentada na licitação, uma
dos podem e devem ser adotados. Pequenas ade- vez que a identificação do material deve ser feita
quações, de caráter operacional, serão necessá- no processo de produção.
rias, conforme a compra se realize pelo MEC, pelo Apresentação de certificado ou docu-
órgão local de administração da educação ou pela mentação comprobatória da adoção de
própria escola, mas o fundamental é que sejam processo de controle de qualidade, na
mantidos e incorporados por todos os envolvi- produção.
dos. O fabricante pode adotar diferentes méto-
Antes de passar ao registro dos procedi- dos de controle, baseados no preceito de garan-
mentos recomendados, convém dizer uma pala- tia de qualidade durante o processo produtivo.
vra a respeito de doações de mobiliário e equipa- A exigência vem sendo feita, cada mais
mento às escolas. À primeira vista, o recebi- freqüentemente, por empresas que adquirem
mento de toda e qualquer doação pode pare- insumos (como peças e acessórios) de outras
cer vantajoso. Cabe, no entanto, aplicar a es- empresas.
ses casos rigor semelhante ao adotado nas aqui-
sições, tendo em vista não apenas a garantia da 4.3 PROCEDIMENTOS NO RECEBIMENTO DE MOBI-
funcionalidade do material recebido, como LIÁRIO E EQUIPAMENTO ESCOLAR
para que eventuais custos de manutenção não
acabem por anular as vantagens iniciais do re- Por ocasião do recebimento do material
cebimento sem ônus. adquirido, sejam itens de mobiliário ou equipa-
mentos, é indispensável a observância de proce-
4.2 PROCEDIMENTOS NAS COMPRAS DE MOBILIÁ- dimentos de controle de qualidade. É, também,
RIO E EQUIPAMENTO ESCOLAR nesse momento, que o fornecedor deve cumprir
certas exigências, para possibilitar a vigência da
Nos casos em que as compras de mobiliá- garantia, bem como orientar sobre a correta ins-
rio e equipamento escolar são realizadas por lo- talação ou montagem, uso e manutenção do ma-
tes, geralmente de forma centralizada, no pro- terial.
cesso de licitação, juntamente com a completa Cabe observar que os procedimentos reco-
especificação do material a ser adquirido e de- mendados aplicam-se igualmente a compras de lo-
mais informações pertinentes, o órgão responsá- tes de materiais, feitas de forma centralizada, e a
vel deve apresentar ao fornecedor as seguintes compras unitárias, realizadas pela própria escola.
exigências: Em primeiro lugar, juntamente com o
Identificação individual do material for- material adquirido, o fornecedor deve
necido em cada lote. entregar na escola destinatária:
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PARTE 3
• Em cada sala de aula de cerca de 50 m2, critérios gerais relativos aos equipa-
ocupada por 35 a 40 alunos, devem ser mentos elétricos e eletrônicos, funda-
instalados, pelo menos, quatro venti- mentais para a obtenção de um padrão
ladores com 1 m de diâmetro de pás, mínimo de qualidade.
se de teto, ou com 0,60 m de diâmetro
de pás, se de parede. No caso de venti- GARANTIA E CONTROLE DE QUALIDADE
lador de parede, quando se tratar de • O fornecedor deve oferecer garantia
aparelho oscilante, o mínimo pode ser pelo prazo mínimo de um ano.
dois, instalados em um dos eixos da • Observar os procedimentos recomen-
sala, em posição contraposta. dados no capítulo deste documento
• Os ventiladores devem ser instalados relativo a controle de qualidade e ga-
de tal forma que a altura mínima das rantia de mobiliário e equipamento
pás fique a 2,30 m do piso. No caso escolar.
dos ventiladores de teto, suas pás de-
vem estar em nível superior ao das lâm- CONDICIONADOR DE AR
padas das luminárias. No caso dos ven- • Os aparelhos de condicionamento de
tiladores oscilantes, respeitar a altura
ar têm a função principal de renovar o
mínima e direcionar os deslocamentos
ar e mantê-lo nas condições ambientais
para a parte superior da sala, evitando
adequadas de temperatura e umidade
o vento sobre os alunos.
relativa, para conforto dos alunos e
• Todas as partes devem ser bem fixa- professores.
das por meio de parafusos ou rebites e • As escolas e os sistemas de ensino de-
a instalação deve ser feita por pessoal
vem avaliar a real necessidade de aqui-
habilitado, de forma a evitar despren-
sição de condicionadores de ar tendo
dimento de pás ou do próprio apare-
em vista as verdadeiras condições cli-
lho.
máticas locais. Em prédios escolares
• A estrutura dos gabinetes dos moto- onde essas condições, associadas aos
res deve ser de chapa metálica estam- recursos de ventilação, possibilitem
pada, com proteção anticorrosiva e temperaturas abaixo de 30oC, o uso do
pintura em tinta híbrida de poliester condicionador de ar não é indicado.
ou epoxídica. • Evidenciada a necessidade de condici-
• As pás podem ser metálicas ou em onamento de ar, devem ser avaliadas
madeira. Caso sejam de aço carbono, as alternativas possíveis: instalação de
devem sofrer tratamento anticorrosão aparelhos individuais ou a instalação de
à base de fosfato de zinco ou outro sis- um sistema central de condensação e
tema eficiente e acabamento em tinta de aparelhos do tipo multisplit em cada
híbrida, de poliester ou epoxídica. sala de aula.
• A tecnologia de fabricação deve privi- • A solução mais econômica para cada
legiar baixo consumo de energia e pe- escola dependerá de estudos caso a
quena liberação de calor pelo funcio- caso. Provavelmente, para escolas pe-
namento do motor. quenas, com até quatro salas de aula,
Nota importante: Além das recomenda- seja mais econômico adquirir um apa-
ções acima, devem ser observados os relho autônomo para cada sala. Para
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Parte 4
Material Didático
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C APÍTULO 1 S OZINHA , A TECNOLOGIA NÃO FAZ MILAGRES sito de informações (como a televisão, o video-
cassete, o aparelho de som e o computador), dis-
Materiais didáticos podem ser conceitua- tinguindo-os dos demais materiais utilizados com
dos como todos os objetos que ajudam o profes- o objetivo de favorecer as aprendizagens.
sor em sua função educativa 1 . Funcionam, por- É inquestionável a importância, na escola,
tanto, como recursos auxiliares no desenvolvi- das modernas tecnologias de informação e co-
mento dos processos de ensino e de aprendiza- municação, não apenas pelo imenso leque de
gem, não podendo ser desvinculados do método possibilidades que abrem no que se refere ao pa-
de trabalho do professor. pel dos recursos didáticos como auxiliares dos
A principal importância dos materiais di- processos de ensino e de aprendizagem, mas pela
dáticos na escola reside no enriquecimento que necessidade de criação de um ambiente que fa-
podem trazer ao ambiente escolar, desde que es- voreça a incorporação de novos hábitos, compor-
tejam bem claros as possibilidades e os limites tamentos e percepções, exigidos pelas transfor-
de cada um deles e como podem ser utilizados mações sociais e econômicas.
na proposta pedagógica da escola. Como destacado na introdução aos Parâ-
Isso quer dizer que os meios e materiais de metros Curriculares Nacionais, embora o perfil
ensino não têm vida independente dos objetivos do país ainda esteja distante do de uma “socieda-
e conteúdos programáticos, dos métodos e es- de tecnológica”, é inegável o fato de que se vive
tratégias de ensino e da avaliação da aprendiza- um processo irreversível de acelerado desenvol-
gem. Quer dizer, também, que o educador preci- vimento tecnológico, que traz consigo mudanças
sa dominar o recurso que deseja utilizar, a fim de substanciais para a vida em sociedade e nas for-
produzir os resultados desejados. Na ausência mas de trabalho humano 4 . Essa é uma conside-
dessas condições, mesmo os melhores recursos ração obrigatória, quando se parte do pressupos-
pouco interferirão na prática educativa. to de que todo e qualquer aluno das escolas pú-
Materiais didáticos constituem, de modo blicas brasileiras tem direito aos mesmos servi-
geral, recursos tecnológicos, se forem considera- ços, no mesmo padrão de qualidade, independen-
dos como tal quaisquer objetos criados para fa-
temente da localização ou do tamanho da escola
cilitar o trabalho humano2 . Com base nessa con-
que freqüente.
cepção, o giz e o quadro, o livro didático, os jo-
Não basta, porém, a escola integrar-se às
gos e os mapas, a televisão e o computador são,
novas tecnologias: é necessário que professores
todos, materiais didáticos como também recur-
e alunos saibam utilizá-las de maneira a dominar
sos tecnológicos, embora tenha se disseminado a
seu imenso potencial. A questão que se coloca,
prática de chamar tecnológicos aos modernos re-
pois, é a de que professores e alunos, diante da
cursos de base eletrônica 3 que permitem o trân-
abundância de informações que esses meios ofe-
recem, sejam capazes de aprender a localizar, a
1
selecionar, a verificar a pertinência e a utilidade,
Duarte, S G. Dicionário Brasileiro de Educação. São Paulo,
Antares/Nobel, 1986. sempre de maneira crítica.
2
Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental.
Parâmetros Curriculares Nacionais. Terceiro e quarto ciclos do
ensino fundamental. Brasília, 1998. Importância dos recursos
tecnológicos na sociedade contemporânea.
3
Os meios eletrônicos incluem desde as tecnologias mais tradicio-
nais, como o rádio, às mais modernas, como os sistemas multimí-
4
dias. A utilização de meios audiovisuais com finalidade educati- Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamen-
va desenvolveu-se, principalmente, nos Estados Unidos, a partir tal. Parâmetros Curriculares Nacionais. Terceiro e quarto ci-
da década de 40, com os cursos projetados para especialistas clos do ensino fundamental. Brasília, 1998. Importância dos
militares. recursos tecnológicos na sociedade contemporânea.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
148
PARTE 4
Assim, embora reafirmando sua inquesti- democrática, que favorece o empenho da equipe
onável importância na escola, é necessário des- em construir seu plano de ação pedagógica, dan-
tacar o fato de que não apenas a tecnologia “mo- do à escola uma identidade própria, e a conside-
derna” ou de “ponta” fornece interessante auxí- ração das características culturais e psicológicas
lio aos educadores. Existem materiais que vêm da clientela, dado que o universo de conhecimen-
atravessando os anos, sem perder sua eficiência. tos, os códigos de comunicação, os valores, a ida-
O giz e o quadro, se bem utilizados, muitas vezes de e as dificuldades dos alunos são variáveis fun-
trazem resultados mais eficientes do que um damentais para obtenção do êxito na utilização
material de alta tecnologia mal utilizado. O cer- dos materiais. É importante lembrar, ainda, a
ne da questão, portanto, não está no tipo de ma- atenção aos portadores de necessidades especi-
terial, mas em sua utilização adequada. É essen- ais, de modo a adaptar o material didático de
cial que o professor saiba explorá-los corretamen- acordo com seu potencial.
te, tirando deles o maior proveito, em benefício Em resumo, a equipe escolar deve analisar
dos objetivos de aprendizagem a serem alcança- as possibilidades cognitivas que diferentes ma-
dos. Sozinha, a tecnologia não faz milagres. teriais proporcionam, adequá-los ao projeto
A aquisição, a seleção e a utilização de desenvolvido e aos receptores. Permanente-
materiais didáticos implicam, portanto, uma ação mente, deve estar atenta para a análise de seus
planejada, desenvolvida com base em princípios efeitos no desenvolvimento das aprendizagens.
constantes na filosofia educacional, nas teorias Esse processo, desenvolvido de modo constan-
de aprendizagem e de comunicação, na orienta- te, representa, na verdade, evidente oportuni-
ção pedagógica presente na legislação vigente, nas dade de educação continuada da equipe, con-
propostas curriculares e normas oficiais dos sis- tribuindo, significativamente, para a capaci-
temas de ensino e, fundamentalmente, na práti- tação docente.
ca pedagógica da escola. Finalmente, cada escola deve considerar
É a partir da discussão dos conteúdos, dos que os materiais didáticos constituem proprie-
métodos e das estratégias de ensino a serem ado- dade pública e de uso coletivo, requerendo con-
tados que a equipe escolar deve selecionar o ma- dições adequadas para sua guarda e manutenção,
terial didático a ser adquirido. Nesse processo, com vistas a sua preservação e ao fácil acesso
dois aspectos adquirem importância: a gestão para todos.
5
Esses critérios foram adaptados das propostas apresentadas
6
por Almenara para a avaliação dos meios de ensino. Ver Juana Os itens a seguir, aplicáveis a materiais didáticos, foram ex-
M. Sancho, org. Para uma tecnologia educacional. Porto Ale- traídos de trabalho sobre segurança do brinquedo, elaborado
gre, Artes Médicas, 1998. Avaliar para melhorar: meios e ma- pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABTN: Pro-
teriais de ensino. Por Julio Cabero Almenara. jeto de Emenda NBR/11786/1994.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
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PARTE 4
C APÍTULO 3 M ATERIAIS DIDÁTICOS : S SGESTÕES DE USO Embora se faça a apresentação dos mate-
riais por componente curricular e grupos de sé-
O propósito da apresentação de sugestões ries, não há rigidez quanto à correspondência
de materiais didáticos para desenvolvimento entre eles, pois um mesmo material poderá ser
dos conteúdos de cada um dos componentes utilizado em vários componentes e em diferen-
curriculares do ensino fundamental, com indi- tes estágios de desenvolvimento dos alunos, de-
cação das finalidades de sua utilização, é auxi- pendendo da metodologia empregada pelo pro-
liar a equipe escolar e os órgãos técnicos dos fessor. Um professor que trabalha os conteúdos
sistemas de ensino, na tarefa de seleção de re- de forma integrada fará uma utilização dinâmica
cursos auxiliares aos processos de ensino e de e flexível dos materiais.
aprendizagem. Em cada componente curricular estão, ain-
As sugestões, evidentemente, são concebi- da, anotados os blocos de conteúdos – ou eixos
das como um subsídio ao trabalho das escolas e temáticos – sugeridos nos Parâmetros Curricu-
dos sistemas, esperando-se que, em cada caso, lares Nacionais para o ensino fundamental. O
sejam buscados outros materiais, diferentes dos objetivo de sua apresentação é facilitar e organi-
sugeridos, respeitadas as recomendações gerais zar as discussões da equipe escolar e a tomada de
e tendo sempre em vista a proposta pedagógica decisão sobre a seleção e a aquisição de material
da escola. didático.
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PARTE 4
Língua Portuguesa
Blocos de
Material didático sugerido Aplicação Finalidade
conteúdos
Blocos de
Material didático sugerido Aplicação Finalidade
conteúdos
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PARTE 4
Matemática
Matemática – continuação
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PARTE 4
Ciências Naturais
História e Geografia
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PARTE 4
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PARTE 4
Arte
Blocos de
Material didático sugerido Aplicação Finalidade
conteúdos
Educação Física
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PARTE 4
Língua Estrangeira
C APÍTULO 4 M ATERIAIS DIDÁTICOS : INFORMAÇÕES ESPECÍFICAS cer às escolas de sua rede subsídios para a toma-
da de decisões, no que respeita ao uso de recur-
A maior parte dos materiais sugeridos no sos disponíveis para o desenvolvimento e a me-
capítulo anterior é objeto de descrição e de reco- lhoria do ensino7 .
mendações específicas neste capítulo.
Os materiais não incluídos são aqueles dis- ÁBACO – ALUNO
poníveis, com grande diversidade, no mercado COMPONENTE CURRICULAR: MATEMÁTICA
de cultura e entretenimento (casos de fitas de
áudio e vídeo); podem ou devem ser elaborados Descrição
na própria escola (vestuário e adereços, blocos Quadro em madeira, com quatro fileiras
de construção com temas históricos, alguns ti- de contas com dez contas em cada uma, repre-
pos de jogos, cartazes e cartões); devem ser obti- sentando o sistema decimal, para aprendizado das
dos junto a órgãos públicos ou à comunidade operações. Contas esféricas, torneadas em ma-
(planta da escola, do bairro e da cidade; fotos e deira, perfuradas e transpassadas por arame gal-
postais que caracterizam épocas, locais, povos, vanizado.
fatos e situações).
À descrição do material, seguem-se reco- Recomendações
mendações específicas relativas a sua fabricação • Quadro em madeira aparelhada, li-
e apresentação, aos cuidados com a embalagem xada, montado por meio de encai-
e à garantia a ser oferecida pelo fornecedor. Es- xe macho/fêmea, com cola.
sas observações específicas devem somar-se às • Acabamento com seladora para ma-
recomendações gerais, antes apresentadas, e que deira, seguido de aplicação de ver-
devem ser objeto de atenção na compra de todo niz.
e qualquer material. • As seguintes cores são sugeridas
Os materiais descritos estão, de modo ge- para as filas de contas:
ral, disponíveis no mercado. Dessa forma, a com- fila de unidades – cor amarela;
posição de conjuntos ou coleções, as cores e os fila de dezenas – cor azul;
tamanhos mencionados são aqueles usualmente fila de centenas – cor vermelha;
apresentados pelas empresas fabricantes. fila de unidades de milhar – cor la-
Com relação às quantidades sugeridas em ranja.
alguns casos (particularmente, quanto aos ele-
• As contas devem ser pintadas em
mentos de conjuntos ou coleções), a referência é
esmalte sintético atóxico.
uma turma de 35 a 40 alunos. Todos os materiais
• Impressão na borda do quadro, em
podem e devem ser utilizados, em momentos di-
serigrafia, indicando a característica
ferentes, por várias turmas de alunos, não ape-
decimal da fila, da seguinte forma:
nas otimizando os recursos disponíveis para aqui-
“ 1” na fila de unidade;
sição, como também estimulando a cultura da
“ 10” na fila de dezena;
cooperação e da solidariedade, do trabalho em
equipe, tanto entre alunos, como entre professo-
res.
7
Secretaria de Estado da Educação de São Paulo. Descentrali-
A elaboração das informações específicas zação administrativa. Apostando na autonomia da escola. Do-
beneficiou-se, grandemente, da existência de cumentos 2 e 3: Critérios de seleção e orientações para uso dos
materiais pedagógicos. São Paulo, 1998. Documento 5: Rela-
material produzido pela Secretaria de Estado da
ção de materiais. Laboratórios de ciências. Documento 6: Aqui-
Educação de São Paulo, com o objetivo de forne- sição de materiais pedagógicos e contratação de serviços.
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PARTE 4
Descrição Recomendação
Conjunto composto por aquário e terrário, • Todas as bordas das chapas de vi-
com as seguintes características: dro devem possuir cantos lapidados,
• Aquário com tampa, em vidro de modo a evitar ângulos cortantes.
transparente de 6 mm de espes-
sura, dotado de base em borracha Embalagem
e acessórios de aeração, ilumina- • Os itens devem ser embalados indi-
ção e temperatura. vidualmente e acondicionados em
• Caixa de vidro com 50 cm de com- caixa de papelão ondulado ou ma-
primento, 25 cm de largura e 30 cm deira, devidamente estruturada, de
de altura, juntas coladas com bor- modo a evitar danos ocasionados
racha de silicone transparente, com por vibrações, no transporte.
tampa encaixada, dotada de puxa-
dor. Garantia
• Base de borracha de 10 mm de es- • Um ano, contra defeitos de fabri-
pessura, com comprimento e largu- cação ou desconformidade às espe-
ra iguais aos da caixa de vidro. cificações.
• Calha com reator e lâmpada fluo-
rescente de 15w, específica para ARCOS PARA GINÁSTICA
aquários (110v). COMPONENTE CURRICULAR: EDUCAÇÃO FÍSICA
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
166
PARTE 4
Embalagem Recomendações
• Caixa de papelão ondulado reforça- • Peças lixadas e envernizadas, deven-
do ou similar. do apresentar cor natural, acaba-
mento liso, sem rebarbas, brilhante
Garantia e homogêneo. Verniz atóxico.
• Contra defeitos de fabricação ou • Bordas arredondadas no assento.
desconformidade às especificações. • Reforços por meio de cantoneiras
em madeira.
BALANÇA MECÂNICA DE PRECISÃO
• Fixação por meio de parafusos
COMPONENTE CURRICULAR: CIÊNCIAS NATURAIS
auto-atarrachantes, pregos e cola.
Descrição
Balança mecânica de precisão com três es- Embalagem
calas (0 a 10 g, com divisão de 0,1 g; 0 a 500 g, • Colocar sobre o assento uma lâmi-
com divisão de 100 g e 0 a 100 g, com divisão de na de papelão ondulado de 600 x
10 g) e um prato, de diâmetro aproximado de 4200 mm, dobrada na parte exce-
135 mm. Capacidade de carga máxima: 1610 g. dente e presa à estrutura por fita
Sensibilidade: 0,1 g. adesiva.
Recomendações Garantia
• Base de alumínio injetado, pintada • Um ano, contra defeitos de fabri-
em epóxi em pó. cação ou desconformidade às espe-
• Travessão confeccionado em aço cificações.
inoxidável, tipo 304; cutela em aço
1070, temperado, montada em BASTÕES DE MADEIRA
mancais de ágata. COMPONENTE CURRICULAR: EDUCAÇÃO FÍSICA
Embalagem
Descrição
• Deve ser envolta em saco plástico Conjunto com, no mínimo, 40 bastões em
transparente e acondicionada em madeira maciça torneada, com 80 cm de com-
caixa de papelão ondulado, com primento e 3,2 cm de diâmetro.
peças de proteção.
Recomendações
Garantia
• Os bastões devem ser na cor natu-
• É obrigatória a assistência técnica
ral, com acabamento liso, em ver-
gratuita pelo período de um ano
niz atóxico, brilho uniforme, sem
contra defeitos de fabricação.
rebarbas.
BANCO SUECO • Devem ser padronizados quanto às
COMPONENTE CURRICULAR: EDUCAÇÃO FÍSICA
dimensões e possuir extremidades
arredondadas.
Descrição
• Banco sueco para ginástica, em ma- Embalagem
deira maciça, com, no mínimo, 100
• Caixa de papelão ondulado ou em-
x 150 cm. balagem plástica resistente.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
168
PARTE 4
Recomendações
Garantia
• As peças devem ser em madeira ma- • Contra defeitos de fabricação ou
ciça, devidamente lixadas e pinta-
desconformidade às especificações.
das com tinta atóxica, com acaba-
mento liso, sem rebarbas e brilhan-
BOLA DE BORRACHA NO 10
te, e padronizadas quanto às dimen-
COMPONENTE CURRICULAR: EDUCAÇÃO FÍSICA
sões.
• As peças devem ser acondicionadas
em caixa de madeira maciça, clara, Descrição
Bola de borracha número 10 (diâmetro de,
com divisões que acomodem ade-
aproximadamente, 160 mm), para ginástica, do-
quadamente os componentes. As
tada de válvula para bico de inflar.
laterais da caixa devem ter espes-
Descrição Embalagem
Bola de futebol de salão, categoria mirim • Caixa de papelão ondulado ou saco
(perímetro da circunferência de 42 cm, aproxi- plástico resistente.
madamente), confeccionada em gomos de cou-
ro macio e lona resistente, sem costura; dotada Garantia
de câmara e válvula para bico de inflar. • Contra defeitos de fabricação ou
desconformidade às especificações.
Recomendações
• Acabamento liso e impermeável. BOLA DE VOLEIBOL
• Peso médio de aproximadamente COMPONENTE CURRICULAR: EDUCAÇÃO FÍSICA
315 gramas.
Descrição
• Pressão de trabalho igual a 8 libras. Bola de voleibol, categoria mirim (períme-
• Pique de 10 a 30 cm. tro da circunferência de 62 cm, aproximadamen-
• Cor predominante branca, com al- te), confeccionada em gomos de couro macio e
guns gomos em preto. lona resistente, sem costura; dotada de câmara e
válvula para bico de inflar.
Embalagem
• Caixa de papelão ondulado ou saco Recomendações
plástico resistente.
• Acabamento liso e impermeável.
• Peso médio de aproximadamente
250 gramas.
Garantia
• Contra defeitos de fabricação ou • Pressão de trabalho igual a 60 libras.
desconformidade às especificações. • Pique de 0,60 a 1,00 m.
• Cor predominante branca.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
170
PARTE 4
Embalagem Embalagem
• Caixa de papelão ondulado ou saco • Plástico transparente resistente, fi-
plástico resistente. xado com fita adesiva.
Garantia Garantia
• Contra defeitos de fabricação ou • Dois anos, contra defeitos de fabri-
desconformidade às especificações. cação ou desconformidade às espe-
cificações.
CAVALETE PARA PINTURA
COMPONENTE CURRICULAR: ARTE CONJUNTO BÁSICO PARA LABORATÓRIO
COMPONENTE CURRICULAR: CIÊNCIAS NATURAIS
Descrição
Cavalete para pintura, em madeira, com Descrição
sistema de ajuste para inclinação e suporte ajus- Conjunto composto de materiais básicos
tável para tela. para uso em laboratório, contendo os seguintes
elementos, nas quantidades sugeridas:
Recomendações • Suporte universal para laboratório,
• Todas as peças devidamente lixadas composto de base retangular, em
e envernizadas, devendo apresentar chapa de aço, pintura “martelada”
acabamento liso e sem rebarbas. e haste rosqueada, em aço zincado;
• Verniz atóxico, inodoro e com apa- peso mínimo de 1 kg (7 unidades).
rência cristalina. • Pinça metálica para tubo de ensaio
• Fixação por encaixe, colada. com pontas em borracha, sem mufa
(7 unidades).
Embalagem • Mufa para fixação de hastes de até
• Caixa de papelão ondulado. ½ polegada (7 unidades).
• Tripé para aquecimento com 10
Garantia mm de diâmetro e 180 mm de altu-
• Um ano, contra defeitos de fabri- ra, em arame de diâmetro mínimo
cação ou desconformidade às espe- de 5 mm, galvanizado (7 unidades).
cificações. • Tela de amianto de 160 mm x 160
mm (7 unidades).
COLCHÃO PARA GINÁSTICA • Lamparina a álcool confeccionada
COMPONENTE CURRICULAR: EDUCAÇÃO FÍSICA
em vidro, com capacidade de 60 ml
e tampa corta-chama (7 unidades).
Descrição
Colchão de espuma para ginástica, densi- Recomendação
dade 26, medindo 2,00 x 1,20 x 0,07 m, revesti- • Observar as recomendações gerais.
do de vinilona com trama de nylon.
Embalagem
Recomendações
• Os itens devem ser embalados indi-
• Costuras reforçadas em fio de nylon vidualmente e acondicionados em
e ilhoses para respiro nas laterais. caixa de papelão ondulado ou ma-
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
172
PARTE 4
Embalagem Recomendações
• Caixa de papelão ondulado ou em- • Em madeira, as peças deverão apre-
balagem plástica resistente. sentar acabamento liso, sem rebar-
bas e brilhante.
Garantia • Em plástico, as peças deverão ser
• Contra defeitos de fabricação ou de material rígido, maciço, atóxico
desconformidade às especificações. e inodoro.
• As peças devem ser padronizadas,
CONJUNTO DE CORDAS COLETIVAS
quanto às dimensões e ao acabamen-
COMPONENTE CURRICULAR: EDUCAÇÃO FÍSICA to.
Descrição Embalagem
Conjunto constituído de quatro cordas co- • Caixa de papel cartonado ou emba-
letivas para atividades de formação motora, sen- lagem plástica resistente.
do uma com 10 m de comprimento e 25 mm de
diâmetro e três com 10 m de comprimento e
Garantia
12,5 mm de diâmetro. • Contra defeitos de fabricação ou
desconformidade às especificações.
Recomendação
• Cordas de sisal, com acabamento
nas extremidades em couro fixado
com costura reforçada.
Descrição
Conjunto básico de instrumentos musicais de percussão, acondicionados em caixa de madeira,
composto dos instrumentos a seguir relacionados, nas quantidades sugeridas.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
174
PARTE 4
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
176
PARTE 4
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
178
PARTE 4
Garantia Recomendações
• Um ano, contra defeitos de fabri- • Todos os mapas devem apresentar
cação ou desconformidade às título, escala, legendas e nomencla-
especificações. turas em português, com indicação
das linhas de latitude e longitude em
CONJUNTO DE MAPAS GEOGRÁFICOS II espaçamento adequado à escala uti-
COMPONENTES CURRICULARES : HISTÓRIA E
lizada.
GEOGRAFIA • Os mapas devem ser impressos em
cores, sobre papel especial
plastificado e entretelado, com alta
Descrição
Conjunto contendo um mapa “Planeta Ter- definição de traços, em formato
ra”, um mapa “Brasil Nossa Terra”, um mapa aproximado de 124 cm x 92 cm.
“Múndi Físico”, um mapa “Brasil Físico”. • Todos os mapas devem receber mol-
• Mapa Planeta Terra: mapa múndi duras em madeira envernizada nas
atualizado, com cada continente bordas superior e inferior, fixadas
mostrado em uma cor e cada país com grampos, cola e fitas de refor-
em uma tonalidade. Pequenos tex- ço; cadarço ou velcro para amarra-
tos sobre economia, clima, história, ção e orifícios com ilhoses para fi-
demografia e geopolítica. Escala xação na parede.
1:30.000.000.
• Mapa Múndi Físico: mapa múndi Embalagem
atualizado, contendo relevos, planí- • Os mapas devem ser acondiciona-
cies, desertos, serras, cordilheiras, dos individualmente em tubos de
destacando bacias hidrográficas, papelão ou similar, com reforço nas
golfos, cabos, baías, rios, mares, extremidades.
ilhas e grandes lagos, relevo subma-
rino e correntes marítimas. Escala Garantia
1:30.000.000. • Um ano, contra defeitos de fabri-
• Mapa Brasil Nossa Terra: mapa do cação ou desconformidade às
Brasil, atualizado, contendo divisão especificações.
regional em cores e estados em to-
nalidades individualizadas; capitais, CONJUNTO DE MAPAS HISTÓRICOS
cidades, rios, rodovias, ferrovias, C OMPONENTES CURRICULARES : HISTÓRIA E
portos, aeroportos, distâncias etc. GEOGRAFIA
Escala 1:50.000.000.
• Mapa Brasil Físico: mapa do Brasil, Descrição
atualizado, destaque de relevo, pla- Conjunto de mapas de História Moderna,
nícies, serras, cordilheiras, bacias Contemporânea e do Brasil, composto da forma
hidrográficas, golfos, cabos, baías, descrita a seguir.
rios, mares, ilhas, lago, relevo sub-
marino e correntes marinhas. Esca- História Moderna
la 1:50.000.000. • Mapa da Expansão Comercial Eu-
ropéia: mapa múndi, abrangendo o
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
180
PARTE 4
MAGNETISMO
Embalagem
COMPONENTE CURRICULAR: CIÊNCIAS NATURAIS • As peças devem ser embaladas in-
dividualmente e acondicionadas em
Descrição caixa de papelão ou madeira, devi-
Conjunto de materiais de eletricidade e damente estruturada, de modo a
magnetismo para uso em laboratório, contendo evitar danos ocasionados por vibra-
os seguintes elementos, nas quantidades ções no transporte.
sugeridas:
• Bússola com 5 cm de diâmetro, base
Garantia
em metal e rosa dos ventos (7 uni- • 180 dias, contra defeitos de fabri-
dades). cação ou desconformidade às
• Cabo de ligação com terminais “ja- especificações.
caré”, com 25 cm de comprimento
(20 unidades).
• Fi o d e c o b r e e s m a l t a d o n o 22
(100 m).
• Fio de cobre esmaltado no 26 (50 m).
• Fio de cobre esmaltado no 40 (20 m).
• Ímã cilíndrico em alnico(*), com
50 mm de comprimento e 5 mm de (*) Alnico: liga contendo alumínio, níquel e cobalto; ímã sintéti-
co, não proveniente do minério magnetita.
diâmetro (28 unidades). ( * * ) m A (miliampere): milésima parte de um ampere.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
182
PARTE 4
Descrição Embalagem
Conjunto de materiais para microscopia e • As peças devem ser embaladas in-
óptica, contendo os seguintes elementos, nas dividualmente e acondicionadas em
quantidades sugeridas: caixa de papelão ou madeira, devi-
• Lâmina de vidro não lapidada, com damente estruturada, de modo a
26 mm x 76 mm, espessura de evitar danos ocasionados por vibra-
1 mm a 1,3 mm (2 caixas com ções no transporte.
50 unidades cada).
• Lamínula de vidro, com 20 mm x Garantia
20 mm (1 caixa com 100 unidades). • 180 dias, contra defeitos de fabri-
• Estojo laminário (1 unidade). cação ou desconformidade às
• Pinça anatômica de ponta fina, em especificações.
aço inox, com 160 mm de compri-
mento (7 unidades). CONJUNTO DE MODELOS ANATÔMICOS
• Espelho convexo, em vidro óptico, COMPONENTE CURRICULAR: CIÊNCIAS NATURAIS
foco de 5 0 m m e d i â m e t r o d e
5 0 mm (7 unidades). Descrição
• Espelho côncavo, em vidro óptico, Conjunto composto de um torso humano
foco d e 5 0 m m e d i â m e t r o d e bissexual com cabeça e dois modelos de arcada
5 0 mm (7 unidades). dentária humana, com escovas apropriadas para
• Espelho plano, com 80 x 80 mm demonstração de higiene dental.
(7 unidades). • Torso humano em tamanho natural,
• Lente divergente de vidro óptico, confeccionado em resina plástica rí-
foco de 5 0 m m e d i â m e t r o d e gida e inquebrável, dotado de órgãos
5 0 m m (7 unidades). genitais masculinos e femininos
• Lente convergente de vidro óptico, intercambiáveis e demais órgãos
desmontáveis, totalizando, no míni-
foc o d e 5 0 m m e d i â m e t r o d e
mo, 24 partes, com as seguintes ca-
50 mm (7 unidades).
racterísticas:
• Lente convergente de vidro óptico,
• cabeça desmontável e removível,
foco de 100 mm e diâmetro de
seccionada para possibilitar a
50 mm (7 unidades).
visualização da parte óssea e da
• Prisma óptico, padrão “ FUNBEC ”,
massa encefálica;
com 30 x 30 x 40 mm (7 unidades).
• pulmões com lóbulos;
• Suporte plástico individual para len-
• coração dividido em duas partes,
tes, para demonstração em experi-
de modo a possibilitar a
ências de óptica (7 unidades).
visualização das quatro cavida-
• Lanterna para 2 pilhas, com pilhas.
des;
• fígado com vesícula biliar;
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
184
PARTE 4
Garantia Recomendações
• Contra defeitos de fabricação ou • Placas em chapa de madeira com-
desconformidade às especificações. pensada ou em fibra de madeira
prensada (tipo eucatex), de 6 mm
CONJUNTO DE REDES de espessura, com bordas arredon-
dadas. Haste em madeira maciça ou
COMPONENTE CURRICULAR: EDUCAÇÃO FÍSICA
em metal, com diâmetro mínimo de
2 cm e altura de 90 cm, do piso ao
Descrição
topo da placa. Placa e haste fixadas
Conjunto constituído de redes para volei-
uma a outra por meio de parafusos
bol (uma rede), futebol de salão (um par) e bas-
auto-atarrachantes. Base suporte
quetebol (um par).
em madeira maciça ou em metal,
com dimensões que garantam esta-
Recomendações
bilidade ao conjunto e dispositivo
• As redes deverão ser confecciona-
para encaixe da haste.
das com náilon “2”, em tamanhos
• Sinais de trânsito pintados com es-
oficiais.
malte sintético, brilhante, atóxico e
• Deverão apresentar lonas de refor-
inodoro, em cores vivas, na face
ço nas bordas superior e inferior e
frontal das placas; selador e verniz
cordão de fixação.
para madeira, atóxico, inodoro e li-
vre de impurezas, na face posterior
Embalagem e nos topos.
• Caixa de papelão ondulado ou em-
balagem plástica resistente.
Embalagem
• Caixa de papelão ondulado ou simi-
Garantia lar.
• Contra defeitos de fabricação ou
desconformidade às especificações.
Garantia
• Um ano, contra defeitos de fabri-
CONJUNTO DE SINAIS DE TRÂNSITO cação ou desconformidade às
COMPONENTES CURRICULARES : HISTÓRIA E especificações.
GEOGRAFIA
CONJUNTO DE TERMÔMETROS
Descrição COMPONENTE CURRICULAR: CIÊNCIAS NATURAIS
Conjunto de sete placas com sinais de trân-
sito, confeccionadas em chapa de madeira, com
Descrição
25 cm de lado e 1 cm de espessura, dotadas de
Conjunto composto de termômetros quí-
haste e base suporte. Cada conjunto deve cons-
micos e de temperatura ambiente, contendo os
tar das seguintes placas: estacionamento proibi-
seguintes elementos, nas quantidades sugeridas:
do, estacionamento permitido, parada obrigató-
• termômetro químico de mercúrio,
ria, velocidade máxima permitida, indicação de
com escala inteira de -10 o C a +
lombada, indicação de travessia de pedestres e
110 oC e comprimento de 260 mm
semáforo (dotado de dispositivo indicador de fa-
(10 unidades);
ses: vermelho, amarelo e verde).
Embalagem
Descrição
• as peças devem ser acondicionadas
Conjunto de 12 trinchas de uma polegada,
em caixas de papelão ou madeira,
confeccionadas com pêlos de orelha de boi mis-
com acomodação individual, de
tos com cerdas porcinas, pontas retas naturais,
modo a oferecer proteção contra
virola de alumínio polido e cabo curto em mate-
quaisquer danos ocasionados por
rial plástico ou madeira envernizada ou laqueada
vibrações no transporte.
em cores.
Garantia
Recomendação
• Um ano, contra defeitos de fabri-
• O cabo de plástico ou madeira deve
cação ou desconformidade às
ser rígido, maciço, confeccionado
especificações.
com material atóxico, inodoro e li-
vre de impurezas. Deve apresentar
CONJUNTO DE TESOURAS
formato anatômico, acabamento
COMPONENTE CURRICULAR: ARTE
liso, sem rebarbas e brilhante.
Descrição
Conjunto de tesouras tipo escolar, sem Embalagem
• Caixa de papel cartonado ou simi-
ponta, em aço inoxidável, com cabo anatômico
lar.
de material plástico, acondicionadas em estojo
individual em plástico transparente, com siste-
ma de fecho. Quantidade sugerida por conjunto: Garantia
• Contra defeitos de fabricação ou
30 unidades.
desconformidade às especificações.
Recomendações
• As tesouras devem ser afiadas, apre- CONJUNTO DE VIDRARIA PARA LABORATÓRIO
sentar corte preciso e articulação COMPONENTE CURRICULAR: CIÊNCIAS NATURAIS
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
186
PARTE 4
Descrição
Descrição
Corda elástica para atividades de forma- Conjunto composto de seis diferentes cír-
ção motora, com 6 m de comprimento e 7 mm culos coloridos para estudo de frações, cada um
de diâmetro, com interior em borracha e acaba- deles com 150 mm de diâmetro, dividido de for-
mento externo em trama de fio sintético. ma a representar o inteiro, com as seguintes ca-
racterísticas:
Recomendação
• Empunhadura desenvolvida na pró- Representação Cores Número
pria corda, nas duas extremidades, sugeridas impresso
fixada por meio de braçadeiras de
metal. Inteiro branca 1
2/2 laranja 1/2
3/3 azul 1/3
Embalagem
4/4 amarela 1/4
• Caixa de papelão ondulado ou saco 5/5 verde 1/5
plástico resistente. 6/6 vermelha 1/6
Garantia Recomendações
• Contra defeitos de fabricação ou • Os círculos devem ser confecciona-
desconformidade às especificações.
dos em material plástico ou, opcio-
nalmente, em fibra de madeira pren-
CORDA INDIVIDUAL PARA PULAR
sada (tipo eucatex), com 6 mm de
COMPONENTE CURRICULAR: EDUCAÇÃO FÍSICA
espessura.
• Se o material utilizado for plástico,
Descrição
deve ser maciço, rígido, inquebrável,
Corda individual para atividades de forma-
injetado, inodoro, livre de impure-
ção motora, com 2,20 m de comprimento e
zas, em cores com pigmentos
10 mm de diâmetro.
atóxicos.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
188
PARTE 4
Recomendações Garantia
• Cada conjunto deve ser acondicio- • Um ano, contra defeitos de fabri-
nado em caixa de madeira, com di- cação ou desconformidade às
visões que acomodem os grupos de especificações.
componentes.
• Todas as peças, incluindo as caixas, ESPELHO DE PAREDE
devem ser lixadas, com acabamen- COMPONENTE CURRICULAR: EDUCAÇÃO FÍSICA
to liso e sem rebarbas.
• Quando em madeira maciça, as pe-
Descrição
ças devem ser seladas, envernizadas
Espelho de parede em cristal plano, com
quando em cor natural, e
espessura mínima de 4 mm, nas dimensões de
esmaltadas quando coloridas, com
0,50 m x 1,10 m, dotado de moldura em alumí-
acabamento brilhante. As peças de-
nio e conjunto de fixação.
vem ser padronizadas quanto às di-
mensões.
Recomendações
• Quando em fibra de madeira pren- • Moldura em sistema de encaixe, do-
sada, as peças devem receber aca-
tada de reforços em “L” nos cantos
bamento em esmalte sintético, bri-
e dispositivo para fixação. Acaba-
lhante, na superfície superior e nos
mento anodisado ou pintura a pó
topos, e selador para madeira, na su-
(em preto).
perfície inferior.
• Fundo em fibra de madeira prensa-
• O verniz utilizado deve ser atóxico, da (tipo eucatex), com espessura de
inodoro, livre de impurezas e com
3 mm, colado ao espelho com cola
aparência cristalina. O esmalte deve
de contato.
ser em cores puras, brilhante,
• Conjunto para fixação na parede
atóxico e inodoro.
composto de 2 parafusos de aço gal-
• A caixa para acondicionamento vanizado, tipo escápulas, e buchas
deve ser em madeira clara, com es-
de nylon.
pessura mínima de 10 mm nas late-
rais, com fixações por encaixe, co-
Embalagem
ladas. A tampa e o fundo devem ser
• O espelho deve ser embalado indi-
em compensado laminado de 4 mm
vidualmente, com papelão ondula-
de espessura, envernizado, ou em lâ-
do ou plástico “bolha”. O conjunto
mina de fibra de madeira prensada,
para fixação deve ser embalado in-
esmaltado em vermelho. As dobra-
dividualmente, em saco plástico.
diças devem ser fixadas por meio
Acondicionar não mais que dois es-
de parafusos e a tampa, possuir fe-
pelhos e dois conjuntos de fixação
cho com trava.
em caixa de papelão ondulado.
Embalagem
Garantia
• Caixa de papelão ondulado ou simi- • Um ano, contra defeitos de fabri-
lar.
cação ou desconformidade às
especificações.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
190
PARTE 4
Descrição Recomendações
Conjunto composto de dez ou mais fanta- • As peças devem ter acabamento em
sias de animais confeccionadas em tecido, em for- costura zig-zag e cabeças com en-
ma de saco de vestir, com altura mínima de 1 m. chimento.
• A caracterização dos personagens e
dos animais deve ser de fácil reco-
Recomendações
• As fantasias devem ser confeccio- nhecimento.
nadas em mescla de algodão/ • As dimensões devem permitir a uti-
poliester, em cores vivas, com apli- lização por crianças e adultos.
ques em feltro e arremates em to-
das as bordas, em linha de algodão Embalagem
resistente. • Caixa de papel cartonado ou emba-
• A caracterização dos animais deve lagem plástica resistente.
ser de fácil reconhecimento.
• As dimensões deverão ser adequa- Garantia
das à estatura de crianças de 7 a 9 • Contra defeitos de fabricação ou
anos. desconformidade às especificações.
Embalagem
• Cada fantoche deve ser acondicio- Garantia
nado em saco plástico transparen- • Contra defeitos de fabricação ou
te, com sistema de fecho. desconformidade às especificações.
• O conjunto de fantoches deve ser
acondicionado em caixa de papelão GLOBO TERRESTRE
ondulado ou embalagem plástica re- COMPONENTES CURRICULARES : HISTÓRIA E
sistente. GEOGRAFIA
Garantia Descrição
• Um ano, contra defeitos de fabri- Globo terrestre giratório, dotado de base,
cação ou desconformidade às
com a configuração política mundial em escala
especificações.
própria, contendo a divisão atualizada dos paí-
ses, com suas respectivas capitais e cidades prin-
FANTOCHES DE PALCO cipais; indicação das linhas dos paralelos e
COMPONENTES CURRICULARES: ARTE, HISTÓRIA meridianos e dos fusos horários.
E GEOGRAFIA, LÍNGUA ESTRANGEIRA E LÍNGUA
PORTUGUESA
Recomendações
• O globo deve apresentar legendas e
Descrição nomenclatura em língua portugue-
Conjunto de fantoches confeccionados em sa e indicação da escala.
feltro e tecido coloridos, com altura aproximada • A esfera deve ser confeccionada em
de 50 cm, contendo três grupos de peças: grupo material plástico rígido e resistente
de animais e aves, grupo de personagens repre- a impactos, revestida em papel es-
sentando a família (adultos e crianças) e grupo pecial plastificado. Impressão com
de personagens representando as diferentes pro- alta definição de traços e contornos.
fissões. Arco ou anel de fixação em materi-
al plástico ou metálico, com escala
Recomendações angular dos paralelos. Base de sus-
• As peças devem ter acabamento em tentação em material plástico ou
costura zig-zag e elementos articu- metálico.
lados (boca, orelha...). • O globo deve ser dotado de sistema
• A caracterização dos personagens e giratório em relação ao seu eixo e
dos animais deve ser de fácil reco- em relação à base de sustentação.
nhecimento. As buchas e pinos de rotação devem
ser em material plástico ou metáli-
Embalagem co.
• Cada fantoche deve ser acondicio-
nado em saco plástico transparen- Embalagem
te, com sistema de fecho. • Caixa de papelão ondulado ou simi-
• O conjunto de fantoches deve ser lar.
acondicionado em caixa de papelão
ondulado ou embalagem plástica re-
sistente.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
192
PARTE 4
Garantia Garantia
• Um ano, contra defeitos de fabri- • Contra defeitos de fabricação ou
cação ou desconformidade às desconformidade às especificações.
especificações.
JOGOS DE SALÃO
JOGOS DE MEMÓRIA COMPONENTE CURRICULAR: MATEMÁTICA
COMPONENTE CURRICULAR: MATEMÁTICA
Descrição
Descrição Conjunto constituído pelos seguintes jogos
Conjunto de três jogos de memória com de salão:
54 peças ou 27 pares em cada jogo, confecciona- • Jogo de damas/trilha com tabuleiro
dos em blocos de madeira prensada (tipo confeccionado em madeira, em for-
eucatex), com 5 cm de lado e espessura de 4 mm. mato de estojo, com aproximada-
Cada jogo representa um grupo temático, sendo: mente 30 x 30 cm, com tampa e
um grupo combinando letras do alfabeto; um fundo em fibra de madeira prensa-
grupo combinando números e quantidades, e um da (tipo eucatex), com espessura de
grupo combinando figuras de estórias infantis. 4 mm, com aplicação de impressão
serigráfica, seguida de verniz. Pedras
Recomendações confeccionadas em madeira ou plás-
• Ilustrações pintadas com esmalte tico, em formato circular, com apro-
sintético, brilhante, atóxico e ximadamente 2,5 cm de diâmetro e
inodoro, em cores vivas, na parte espessura 8 mm, nas quantidades e
superior. Acabamento em verniz cores padronizadas.
para madeira, atóxico e inodoro, na • Jogo de loto com, no mínimo, 48
superfície inferior e nos topos. Aca- cartelas confeccionadas em papelão
bamento liso, sem rebarbas. cartonado plastificado, contendo 15
• As figuras devem ser de fácil reco- números de 01 a 99 na forma de aná-
nhecimento. lise combinatória, sem repetição. Blo-
• Os blocos devem ser acondiciona- cos de madeira ou plástico, com nú-
dos em caixa de madeira maciça, meros impressos de 01 a 99. Saco
clara, com divisões que acomodem plástico ou tecido e cartela para con-
um jogo de 54 peças. As laterais da ferência.
caixa devem ter espessura mínima • Jogo de dominó com 28 peças de
de 8 mm; a tampa e o fundo, 4 mm. apro x i m a d a m e n t e 2 , 5 x 5 , 0 x
As fixações devem ser por encaixe, 0,8 cm, confeccionadas em materi-
coladas. al plástico na cor pérola, com nu-
meração em preto.
Embalagem • Jogo de xadrez com tabuleiro con-
• Caixa de papelão ondulado ou em- feccionado em madeira, em forma-
balagem plástica resistente, com to de estojo, com aproximadamen-
três jogos. te 30 x 30 cm, bordos encabeçados
em madeira maciça, tampo em fi-
bra de madeira prensada (tipo
eucatex), com espessura de 4 mm,
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
194
PARTE 4
Recomendações Recomendação
• A mesa deve ser confeccionada em • O aparelho deve vir acompanhado
madeira aglomerada ou compensa- de capa protetora e de “Manual de
do naval com 18 mm de espessura. Instruções” para utilização.
• Os pés devem ser em madeira ou
tubo metálico, dobráveis, dotados Embalagem
de rodízios reforçados. • O aparelho deve ser acondicionado
• Todas as peças devem estar devida- em caixa de papelão ondulado, com
mente lixadas e pintadas, com aca- moldes de proteção conformados de
bamento liso, sem rebarbas. acordo com o modelo.
Embalagem Garantia
• Papelão ondulado ou plástico bolha. • É obrigatória a assistência técnica
gratuita pelo período de um ano,
Garantia contra defeitos de fabricação.
• Um ano, contra defeitos de fabri-
cação ou desconformidade às MICROSCÓPIO ESTEROSCÓPIO
especificações.
COMPONENTE CURRICULAR: CIÊNCIAS NATURAIS
Garantia Garantia
• É obrigatória a assistência técnica • Um ano, contra defeitos de fabri-
gratuita pelo período de um ano,
cação ou desconformidade às
contra defeitos de fabricação.
especificações.
Descrição Descrição
Conjunto formado por seis pranchas con-
Coleção de 100 peças geométricas planas, em
feccionadas em papel cartão duplex colorido, con-
madeira maciça, com medidas (ângulos e lados)
tendo 20 moldes para montagem de sólidos geo-
adequadas para encaixe, acondicionadas em caixa
métricos. As pranchas são constituídas da seguin-
de madeira maciça, com dimensões que acomo-
te maneira:
dem adequadamente os componentes. Cada cole-
Prancha 1 – moldes para cone, cilindro, pa-
ção deve conter (quantidades e cores sugeridas):
ralelepípedo e octaedro.
Prancha 2 – moldes para cubo, tetraedro, pi-
• 10 hexágonos na cor amarela;
râmide de base triangular e pirâmide de base
• 10 quadrados na cor laranja;
quadrada.
• 20 triângulos na cor verde;
Prancha 3 – moldes para pirâmide de base
• 20 trapézios na cor vermelha;
hexagonal, pirâmide de base retangular; pris-
• 20 paralelogramos na cor azul;
ma de base trapezoidal e prisma de base
• 20 losangos na cor branco
losangular.
Prancha 4 – moldes para prisma oblíquo, Recomendação
prisma de base hexagonal, dodecaedro e
• A caixa deve ser em madeira clara,
na cor natural, lixada e envernizada.
icosaedro.
A espessura mínima das laterais
Prancha 5 – moldes para dois prismas de base
deve ser de 8 mm. As fixações de-
triangular; prisma de base pentagonal e pirâ-
vem ser por encaixe, coladas. A tam-
mide de base pentagonal
pa e o fundo devem ser em com-
Prancha 6 – orientações para montagem e
pensado laminado de 4 mm de es-
identificação dos sólidos planificados.
pessura, envernizado, ou em lâmi-
na de fibra de madeira prensada
Recomendação
(tipo eucatex), esmaltada.
• As pranchas devem ser em papel car-
tão duplex de 0,4 mm de espessura,
• As peças devem ter, aproximada-
mente, 2,5 cm de lado e 0,8 cm de
em cores variadas, com sólidos pla-
espessura.
nificados (4 por prancha) pré-im-
pressos, pré-cortados e vincados,
• Todas as peças devem ser lixadas e
pintadas com material atóxico,
dotados de abas para montagem.
apresentando acabamento liso, sem
rebarbas e brilhante.
Embalagem
• Cada conjunto deverá ser empaco- • As peças poderão ser, alternativa-
mente, em material plástico rígido,
tado com papel craft espesso ou
inquebrável, maciço, em cores com
plástico resistente.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
196
PARTE 4
Embalagem Descrição
• Caixa de papelão ondulado. Conjunto de 67 letras de forma, maiúscu-
las, impressas sobre blocos quadrados de madei-
Garantia ra maciça, acondicionado em caixa de madeira
• Um ano, contra defeitos de fabri- maciça, em cor clara, em dimensões adequadas
cação ou desconformidade às para acomodar o conjunto de componentes
especificações. (aproximadamente 22 cm x 22 cm x 3 cm), com
tampa tipo gaveta no formato de tabuleiro, com
MATERIAL DIDÁTICO: NÚMEROS DE PLÁSTICO impressão serigráfica de 64 casas de aproxima-
COMPONENTE CURRICULAR: MATEMÁTICA damente 2,7 x 2,7 cm, para montagem das pala-
vras cruzadas. As 67 letras devem ser distribuí-
Descrição das nas seguintes quantidades:
Conjunto de algarismos arábicos, conten-
do símbolos de zero a nove, confeccionados em A = 7 Ã = 1 B=2 C = 3 Ç = 1
plástico semi-rígido, com aproximadamente D = 3 E = 6 F = 1 G = 1 H = 1
30 mm de altura, 20 mm de largura, 6 mm de I = 5 J = 1 K=1 L = 2 M = 3
profundidade e 0,75 mm de espessura de pare- N = 2 O = 5 P = 2 Q = 1 R = 3
de, nas seguintes cores (sugeridas): S = 4 T = 3 U = 3 V = 2 X = 1
• 5 conjuntos na cor azul; Y=1 W = 1 Z = 1
• 5 conjuntos na cor vermelha;
• 5 conjuntos na cor amarela. Recomendações
• As laterais da caixa devem ter es-
Recomendações pessura mínima de 8 mm. As fixa-
• Os números devem ter acabamen- ções devem ser por encaixe, cola-
to liso e brilhante, sem rebarbas. O das. A tampa – tabuleiro deve ser
material plástico deve ser atóxico, pintada em vermelho, com impres-
inodoro, livre de impurezas e de apa- são serigráfica da trama em bran-
rência translúcida. co.
• O conjunto deve ser embalado in- • As letras devem ser impressas em
dividualmente, em saco plástico serigrafia, na cor preta, sobre blo-
transparente resistente, com sis- cos de madeira clara, de 2,6 cm x
tema de fecho. 2,6 cm x 1,0 cm, com acabamento
envernizado.
Embalagem • Todas as peças, incluindo a caixa,
• Caixa de papelão ondulado ou simi- devem ser devidamente lixadas e
lar. apresentar acabamento liso, sem
rebarbas e brilhante. O verniz utili-
Garantia zado deve ser atóxico, inodoro, li-
• Um ano, contra defeitos de fabri- vre de impurezas e de aparência cris-
cação ou desconformidade às talina.
especificações.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
198
PARTE 4
Descrição
Conjunto de reproduções de obras da pin- SÓLIDOS GEOMÉTRICOS
tura mundial, apresentadas em pranchas rígidas, COMPONENTE CURRICULAR: MATEMÁTICA
TINTA GUACHE
COMPONENTE CURRICULAR: ARTE
Descrição
Conjunto com cinco potes plásticos trans-
parentes, de 500 ml, de tinta guache escolar, nas
seguintes cores: azul, vermelho, amarelo, preto e
branco.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
200
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