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Colégio Sagrado Coração de Jesus

Aluna: Tauana Letícia

Série: 2° ano ‘B’

Nome da Obra: Lucíola

Porto Nacional, 2011


1-Identificação:

 Nome do autor: José Martiniano de Alencar


 Obra: Lucíola
 Edição: 27.ª edição
 Editora: Ática
 Número de páginas: 127

2-Estrutura da obra:

Enredo:

A obra Lucíola é contada em cartas onde estas foram escritas por Paulo,
o narrador da história, ele as envia para uma mulher chamada de Senhora, e
pede a ela que de um título para aquelas páginas, dando assim o destino que
elas merecem. Expressa na carta um vazio e tristeza, ainda assim pedindo
desculpas que se em alguma parte fizeste a corar. E assim começa toda uma
história de amor e barreiras.

Paulo era um jovem de 20 anos, sonhador e sem muitos recursos


financeiros, foi para o Rio de Janeiro com o intuito de estudar e abrir negócios,
pouco depois de chegar Dr. Sá o levou na festa da gloria, era uma das festas
populares da corte, foi nesta ocasião que Paulo viu Lúcia e ficou admirado com
a sua beleza, perguntou então ao seu amigo quem era aquela senhora, e ele
com um ar de ironia respondeu que não era uma senhora e sim uma mulher
bonita, logo ele compreendeu.

Sá apresentou Paulo a Lúcia, e a chamou para sair, mas ela disse que
não poderia. Logo depois Paulo teve a sensação de que a conhecia de algum
lugar. De noite quando se deitou lembrou-se da ocasião a qual havia a visto
pela primeira vez.

Foi no dia da sua chegada, quando passava pela Rua das Mangueiras, e
ela estava dentro de um luxuoso carro, sentada ao lado de uma senhora idosa,
observou então a sua suavidade e beleza, Lúcia se assustara e deixara cair um
leque, Paulo então pegou e a entregou, ela o agradeceu com um lindo sorriso,
e depois destas lembranças Paulo adormeceu.

Depois deste dia ele a vira algumas vezes, em casa do Desmarais (As
principais lojas e casas de comercio daquela época), outra vez fora no Teatro.
Ele a seguiu até a sua casa e ela mostrou não o reconhecer a princípio, mas
logo depois conversaram sobre mil coisas, menos o motivo ao qual havia o
levado a casa dela, e saiu de lá com o convite de retornar no dia seguinte.
Paulo estava admirado consigo mesmo, pois sabendo de tudo daquela mulher
ele parecia apaixonar-se por ela. Mais tarde encontrou Sá e este o convidou
para um ceia em sua casa no sábado, depois do teatro, onde Lúcia também
estaria presente.

No dia seguinte ele voltou a casa e encontrou Lúcia tocando piano,


conversaram sobre o primeiro encontro e sobre diversos outros assuntos. Logo
chegara sábado, e ambos foram ao teatro, na saída ele a perguntou se poderia
acompanhá-la.

Sá tinha 30 anos, era solteiro e milionário, morava um pouco distante em


uma belíssima casa, já se encontrava lá Lúcia, 3 belas mulheres, Sr. Couto, um
homem já de idade, Sr. Rochinha, um jovem já bastante desgastado, Sá e
Paulo. A ceia foi servida a meia noite, a maioria dos convidados já estavam
embriagados.

Logo depois Sá começou a falar de seus quadros exóticos, todos estavam


curiosos para ver, mas quem foi mostrá-los foi Lúcia e de traje a rigor. Segundo
o narrador foi uma das cenas mais vergonhosas para uma mulher, Paulo não
agüentou a cena e foi para o jardim.

Lúcia ao terminar seu número de extrema imoralidade, sentiu a falta de


Paulo e foi procurá-lo, o encontrou do lado de fora, ela estava muito mal, e
depois de muita conversa acabaram se amando no jardim e ela prometeu a
Paulo que nunca mais chegaria tão baixo, depois ambos partiram.

Ao amanhecer Paulo foi fazer seus cálculos, separou o necessário para


sua subsistência durante dois anos, e queria viver dois meses de pura
extravagância. Comprou algumas jóias e foi para a casa de Lúcia, deu-lhe
então os presentes ao qual ela gostou bastante, passaram a tarde juntos,
jantaram e dormiram.

No dia seguinte Paulo se encontrou com Sá, que o contou que Lúcia
havia lhe mandado uma carta, agradecendo pelo presente que neste caso era
ele. Sá começou a falar para ele tomar cuidado, pois ela não era o que parecia,
era cheia de caprichos e desejos.

Paulo foi se encontrar com Lúcia e ao chegar a sua casa Laura, uma de
suas companheiras de ceia, estava lá a agradecendo, devido esta ter lhe
ajudado com um dinheiro para pagar o aluguel, mas Lúcia ao ver Paulo ficou
com raiva e ignorante, pois não queria que ele a visse fazendo uma caridade.

As relações deles já duravam por volta de um mês, as pessoas de fora já


comentavam que Paulo estava sendo sustentado por Lúcia, e por isso esta já
estava falida, mas tudo não se passava de um mero engano, pois os motivos
dela não freqüentar o teatro, não passear todos os dias e comprar coisas caras
era o amor que já estava sentindo por Paulo, muitas vezes ele a ofendia com
suas palavras de ignorância.
Certo dia Paulo se queixou com Lúcia sobre os comentários, ela ficou
bastante revoltada, pois ele a havia ofendido, foi ai que estiveram uma grande
briga, e Paulo a mandou caçar um amante, ao mesmo dia este estava a subir
as escadas da casa de Lúcia, ao chegar ela estava se arrumando para sair
com o Sr. Couto, iam a um baile bastante famoso da corte, esta disse que
ficaria com Paulo e não iria mais, mas este se recusou, acabou-se com Lúcia
saindo com o Sr. Couto.

Paulo também foi à festa, mas com o pretexto de desprezá-la, ao ver


Nina, uma mulher formosa, procurou fazer ciúmes combinando de ir à casa de
outra mulher, terminara às duas horas e Lúcia saiu de carro com seu
companheiro, Rochina ficou conversando com seu amigo que não seria
possível que o Couto fosse seu amante, pois ele a perseguia há muito tempo e
ela só o desprezava, chegando até mesmo a ficar insuportável no dia em que o
via isto deixou Paulo mais consolado e com uma ponta de esperança.

Paulo então se dirigiu a casa até a casa de sua amada, e permaneceu lá


até de manhã, mais nada dela chegar foi ai que resolveu ir para o hotel
repousar e se lembrou de Nina, pois a devia um pedido de desculpas,
chegando a casa desta pensou que ela estaria brava, mas foi totalmente o
contrario estava esbanjando alegria, foi ai que descobriu que Lúcia tinha
enviado uma pulseira em nome de Paulo, esta qual ele havia lhe dado de
presente, ele ficou muito chateado e se dirigiu até a casa de sua amada.

Ao chegar conversaram e se entenderam, pois tudo não passara de um


grande desentendido, porque Lúcia estava fazendo a mesma coisa que Paulo a
noite toda, andando na calçada esperando seu amado chegar.

Já se passavam vinte dias, numa tarde foi então a casa de Lúcia e se


deparou com ela escondendo algo no vestido, foi ai que descobriu que esta era
uma grande admiradora de livros, certo dia Paulo chegou e uma mulher de
nome de Jesuína estava lá, se queixando de que Lúcia estava doente, mas na
verdade era o amor, pois ela não deixava mais ninguém a tocar até mesmo
Paulo.

Já fazia uns quinze dias que ele não a visitara, havia lhe encontrado
algumas vezes na rua, mas fingia não a vê-la, numa bela manhã ela resolveu ir
à casa de Paulo e o perguntou o que precisava fazer para passar o dia em sua
presença, acabou então combinando que no dia seguinte passariam todo o dia
juntos, com a condição dele não tocá-la.

Quando Paulo chegou a casa, estava tudo arrumado, seu escritório não
estava mais desorganizado, suas roupas estavam costuradas, havia moveis
novos, a casa estava totalmente brilhando se deparou com Lúcia na cozinha,
se queixou com ela, pois não a chamara para passar o dia com ele, para servir
de empregada, e sim para ficarem juntos.
Passaram então o tempo todo conversando sobre diversas coisas, mas
Lúcia não era mais a mesma, não usava seus vestidos de luxou, suas jóias,
mas mesmo assim permanecia linda como sempre.

No dia seguinte Paulo se dirigiu até a casa de Lúcia e a encontrou


embriagada, ele então percebeu que ela estava passando por uma fase
bastante difícil, ela o chamou para fazer um passeio, e para agradá-la ele
aceitou, partiram de madrugada, foram a São Domingos na casa em que Lúcia
passara sua infância, mas não quis comentar sobre esta naquele momento.

Certo dia ao chegar à casa de Lúcia a encontrou na alcova com Jacinto,


homem que cuidava de seus negócios, e ficou surpreendido quando este lhe
deu um maço de bilhetes no banco ao qual ela guardara bastante contente nos
seios. A sua primeira impressão foi que ela estava tendo um caso com aquele
senhor, acabou então a humilhando, mas logo depois veio descobrir que era
tudo um grande desentendido, pois o Sr. Jacinto havia lhe comprado sua casa
e Lúcia comprara uma pequena e simples moradia para ela, e o motivo disto
era o grande amor que sentia por Paulo, este foi então se desculpar.

Lúcia então fez as pazes com ele, e resolveu contar-lhe sobre sua
infância esta por partes bastante sofridas.

Lúcia, ou melhor, “Maria da Gloria” nome escolhido pela sua madrinha,


havia se mudado com sua família para a corte viveu muitos momentos felizes
na presença de seus familiares até chegar à febre amarela em 1850, sua mãe,
seu pai e seus irmãos ficaram bastante doentes, e depois disto sua vida e
inocência de menina nunca mais foi à mesma.

Lucia ao ver aquela cena não sabia o que fazer precisava de dinheiro
para ajudá-los, começou então a pedir dinheiro para as pessoas que passavam
na rua, foi ai que ela viu o Sr. Couto que a levou a sua casa e lhe deu o
dinheiro, mas em troca a possuiu tirando assim toda a sua inocência.

Os momentos de enfermos tinham se passado, seu pai então foi lhe


perguntar aonde havia conseguido aquele dinheiro e ela contou todo o ocorrido
ao seu pai, ele então a expulsou de casa e sem opção alguma só poderia virar
uma prostituta.

Uma mulher de nome Jesuína, esta qual fora citada, mas acima na
história, que a acolheu, deste dia adiante sua vida havia mudado
completamente, e o Jacinto que a colocou no mundo da prostituição.

Lúcia dissera a Paulo para ir buscá-la no dia seguinte para levá-la até a
casa nova ela agora ia morar com sua irmã que sairia do colégio, agora levaria
uma vida tranqüila e cheia de simplicidade diferente dos luxos ao qual ela se
acostumara.
Quase todos os dias Paulo ia visitá-las para conversarem, passearem no
bosque, lêem livros, simplesmente para fazer companhia, isso já se durava
quase um mês. Eles carregavam um grande amor, mas este não era vivido, já
se fazia alguns dias que Lúcia não parecia estar muito bem com algumas
indisposições, certo dia ela pedira a Paulo que se casasse com Ana, sua irmã,
tudo parecia uma loucura, até que ela revelou que estava grávida, foi uma
felicidade e tanto, mas Lúcia não compartilhava desta.

Chamaram o médico e este para acalmá-la disse que o seu filho iria viver
e tudo ia acabar bem, ao anoitecer começou febres intensas que a faziam
delirar, logo ao amanhecer Lúcia pedira novamente que Paulo se casasse com
sua irmã.

O médico foi visitá-la e lhe disse que era necessário que se fizesse um
aborto e só assim ela poderia viver, todos concordaram menos Lúcia, pois ela
não mataria um ser ainda, mas sendo gerado por ela, resolveu ir embora então
com seu filho.

Paulo servira de pai para Ana cumprindo assim a vontade de sua amada,
Ana agora estava casada vivendo feliz com o homem ao qual amava.

“Amanhã mudo-me. Venha-me buscar ao romper do dia. Desejo careço


de entrar apoiada ao seu braço na casa onde vou viver a minha nova
existência.” POG: 112

Assunto:

O autor coloca o amor como o tema central da obra, ele procura mostrar a
posição da sociedade daquela época em relação à situação social e familiar da
mulher, onde esta era Lúcia uma cortesã de luxo que acaba se apaixonando e
tentando viver um amor totalmente impossível na visão da sociedade.

“... já a mais velha das moças se tinha aproximado, e arrancando a


pulseira das mãos de sua irmã, atirou-a por cima da grade:
-Não toques em coisa que pertence a esta mulher! È uma perdida!”“.
PG: 117

Clímax:

O trecho do Livro que mais me chamou a atenção foi à ocasião onde


Lúcia revela toda a sua História a Paulo, sobre a sua família e sua infância por
partes bastante sofrida.

Lúcia, ou melhor, “Maria da Gloria” nome escolhido pela sua madrinha,


havia se mudado com sua família para a corte viveu muitos momentos felizes
na presença de seus familiares até chegar à febre amarela em 1850, sua mãe,
seu pai e seus irmãos ficaram bastante doentes, e depois disto sua vida e
inocência de menina nunca mais foi à mesma.

Lucia ao ver aquela cena não sabia o que fazer precisava de dinheiro
para ajudá-los, começou então a pedir dinheiro para as pessoas que passavam
na rua, foi ai que ela viu o Sr. Couto que a levou a sua casa e lhe deu o
dinheiro, mas em troca a possuiu tirando assim toda a sua inocência.

Os momentos de enfermos tinham se passado, seu pai então foi lhe


perguntar aonde havia conseguido aquele dinheiro e ela contou todo o ocorrido
ao seu pai, ele então a expulsou de casa e sem opção alguma só poderia virar
uma prostituta.

“O dinheiro ganho com a minha vergonha salvou a vida de meu pai e


trouxe-nos um raio de esperança” PG: 109

Desfecho:

Depois de tantos conflitos e revelações, Lucia resolveu se redimir e


nunca mais ser tocada por homem algum, agora era via Paulo não como um
amor carnal e sim como um espiritual. Resolveu-se mudar para uma casa
simples e suficiente para duas pessoas, pois Lúcia ia morar com sua irmã que
sairia do colégio, agora ela levava uma vida tranqüila e cheia de simplicidade
diferente dos luxos ao qual ela se acostumara.

Quase todos os dias Paulo ia visitá-las para conversarem, passearem no


bosque, lêem livros, simplesmente para fazer companhia, isso já se durava
quase um mês. Eles carregavam um grande amor, mas este não era vivido, já
se fazia alguns dias que Lúcia não parecia estar muito bem com algumas
indisposições, certo dia ela pedira a Paulo que se casasse com Ana, sua irmã,
tudo parecia uma loucura, até que ela revelou que estava grávida, foi uma
felicidade e tanto, mas Lúcia não compartilhava desta.

Chamaram o médico e este para acalmá-la disse que o seu filho iria viver
e tudo ia acabar bem, ao anoitecer começou febres intensas que a faziam
delirar, logo ao amanhecer Lúcia pedira novamente que Paulo se casasse com
sua irmã.

O médico foi visitá-la e lhe disse que era necessário que se fizesse um
aborto e só assim ela poderia viver, todos concordaram menos Lúcia, pois ela
não mataria um ser ainda mas sendo gerado por ela, resolveu ir embora então
com seu filho.

Paulo servira de pai para Ana cumprindo assim a vontade de sua amada,
Ana agora estava casada vivendo feliz com o homem ao qual amava.
“Iremos juntos!... murmurou descaindo inerte sobre as almofadas do leito.
Sua mãe lhe servira de túmulo.” PG: 124

3-Pesquisa:

Biografia do autor:

José de Alencar nasceu no Ceara em 1829, Antes de iniciar sua vida


literária, atuou como advogado, jornalista, deputado e ministro da justiça. Aos
26 anos publicou sua primeira obra: “Cinco Minutos”.
Podemos considerar Alencar como o precursor do romantismo no Brasil
dentro das quatro características: indianista, psicológico, regional e histórico.
Escritor de obras com estilos variados, este escritor cearense criou
romances que abordam o cotidiano. Deste estilo literário, também conhecido
como romance de costumes, destacam-se os livros: Diva, Lucíola e A Viuvinha.
Foram também de sua autoria os romances regionalistas: O Sertanejo, O
Tronco do Ipê, O Gaúcho e Til. Dos romances históricos fazem parte: As Minas
de Prata e A Guerra dos Mascates.
Este autor brasileiro utilizou como tema o índio e o sertão do Brasil e, ao
contrário de outros romancistas de sua época que escreviam com se vivessem
em Portugal, Alencar valorizava a língua falada no Brasil.
Apesar de ser mais conhecido por suas obras literárias, o escritor
brasileiro José de Alencar fez também algumas peças de teatro: Nas
Asas de um Anjo, Mãe, O Demônio Familiar.
Sua obra é da mais alta significação nas letras brasileiras, não só pela
seriedade, ciência e consciência técnica e artesanal com que a escreveu, mas
também pelas sugestões e soluções que ofereceu, facilitando a tarefa da
nacionalização da literatura no Brasil e da consolidação do romance brasileiro,
do qual foi o verdadeiro criador. Sendo a primeira figura das nossas letras, foi
chamado “o patriarca da literatura brasileira”. Sua imensa obra causa
admiração não só pela qualidade, como pelo volume, se considerarmos o
pouco tempo que José de Alencar pôde dedicar-lhe numa vida curta. Faleceu
no Rio de Janeiro, de tuberculose, aos 48 anos de idade.

4-Personagens:

Personagens principais-

1. Lúcia/Maria da Glória: Era jovem tinha o habito da leitura e do


estudo seu livro favorito era a Bíblia, era a mais rica, e mais bela cortesã da
época, tinha 19 anos, nasceu dia 15 de Agosto, já havia sofrido bastante na
vida era bastante elegante e radiante, seus olhos eram grandes e negros.
“Lúcia tinha 19 anos...” PG 115
“... Olhar-me com os seus grandes olhos negros...” PG: 61
2. Paulo: Tinha 20 anos, era bem pobre, mas estava independente,
formado, se encontrava no auge de sua vida sem deveres de família, era rico
em esperanças e muitas vezes mostrou seu lado estúpido e ignorante mas se
mostrava bastante romântico e apaixonado.
“Era bem pobre; mas estava independente, formado, no ardor da sua
mocidade e sem encargos de família” PG: 48

Personagens secundários-
1. Dr. Sá: Tinha 30 anos de idade, um caráter fleumático e uma
imaginação ardente, era milionário, bastante elegante e tinha muitos sonhos.
“Com trinta anos de idade, um caráter fleumático e uma imaginação
ardente, o meu amigo tinha errado a sua vocação; a natureza o destinara para
milionário, tal era o desprezo pelo dinheiro quando se tratava de realizar uns de
seus mil sonhos dourados” PG: 32

2. Sr. Couto: um senhor já velho, mas que esforçava para continuar


jovem tinha os cabelos e a barba brancos, gostava de galantear as moças e se
vestia com esmero extremo, mas com alguma excentricidade inglesa.
“... e um senhor de cabelos barbas brancas, vestido com esmero extremo,
mas com alguma excentricidade inglesa; um desses velhos ainda verdes que
se esforçam em reconstruir sobre os últimos rescaldos de fogos extintos, com o
auxílio de um empertigamento cômico, uma atividade elástica e um fátuo
repertório de anedotas galantes, a mocidade fictícia que só eles próprios ilude”
PG: 33

5- Ambiente:

O cenário onde se desenrola a ação é o Rio de Janeiro. Há referências de


seus bairros (Santa Teresa), ruas (das Mangueiras), população, festas (a da
Glória), teatros, lojas elegantes, etc.

“Íamos, se não me angano, pela Rua das Mangueiras...” PG: 16

“Dr. Sá, levou-me à festa da Glória; uma das poucas festas populares da
corte.” PG: 14

6-Tempo:

1855, século XIX, época de D. Pedro II, com seus salões, sua burguesia,
suas vitrinas chiques na Rua do Ouvidor com mercadorias elegantes vindas de
Paris ou Londres, seus tílburis, seu vestuário, etc.

“A primeira vez que vim ao Rio de Janeiro foi em 1855.” PG: 13


7-Estilo:

Foco narrativo: Foco narrativo limitado, o narrador conta a história


através de uma perspectiva de dentro da mesma, pois este participa dos
acontecimentos e tem deles a visão que a sociedade lhe impõe, como impõem
seu prejuízo a própria protagonista, vitima inocente das distorções desta
mesma sociedade.

“Quando a mulher se desnuda para o prazer, os olhos do amante a


vestem de um fluido que cega; quando a mulher se desnuda para a arte, a
inspiração a transporta a mundos ideais, onde a matéria se depura ao hálito de
Deus; quando, porém a mulher se desnuda para cevar, mesmo com a vista, a
concupiscência de muitos, há nisto uma profanação da beleza e da criatura
humana, que não tem nome.” PG: 43

“È mais do que a prostituição: é a brutalidade da jumenta ciosa que se


precipita pelo campo, mordendo os cavalos para despertar-lhes o tardo
apetite.” PG: 44

Tipo de Narrador: Narrador-personagem narra os fatos na 1ª pessoa


onde o narrador é Paulo um dos protagonistas da história. Ele tem uma relação
íntima com os outros elementos da narrativa. Sua maneira de contar é
fortemente marcada por características subjetivas, emocionais. Essa
proximidade com o mundo narrado revela fatos e situações que um narrador de
fora não poderia conhecer. Ao mesmo tempo, essa mesma proximidade faz
com que a narrativa seja parcial, impregnada pelo ponto de vista do narrador.

“A primeira vez que vim ao Rio de Janeiro foi em 1855.” PG: 13

Tipo de linguagem: A linguagem da obra Lucíola é culta, poética, com


frases rebuscadas e com compromissos gramaticais.

“Embora não pudesse ouvir-nos, a minha história seria uma profanação


na atmosfera que ela purificava com os perfumes de sua inocência...” PG: 13

Figuras de linguagem:

1. Antítese: consiste na aproximação de termos contrários, de


palavras que se opõem pelo sentido.
“De resto, a senhora sabe que não é possível pintar sem que a luz projete
claros e escuros” PG: 13

2. Prosopopéia: consiste em atribuir a seres inanimados predicativos


que são próprios de seres animados.
“... palpites de emoções que iam acordar em minha alma” PG: 13
3. Metáfora: consiste em empregar um termo com significado
diferente do habitual, com base numa relação de similaridade entre o sentido
próprio e o sentido figurado. A metáfora implica, pois, uma comparação em que
o conectivo comparativo fica subentendido.
“... gentil menina de 16 anos, flor cândida e suave” PG: 13

4. Gradação: apresentação de idéias em progressão ascendente


(clímax) ou descendente (anticlímax)
“Só então notei que aquela moça estava só, e que a ausência de um pai,
de um marido, ou de um irmão, devia-me ter feito suspeitar a verdade” PG: 15

5. Comparação: Como o próprio nome diz, essa figura de linguagem


é uma comparação feita entre dois termos com o uso de um conectivo.
“Acompanhando a direção desse olhar, ela enrubesceu como uma
menina...” PG: 15

6. Hipérbole: trata-se de exagerar uma idéia com finalidade enfática.


“E continuávamos a conversar tranquilamente de mil coisas...” PG: 20

7. Ironia: Sugestão pela entonação e pelo contexto de algo contraria


que pensamos, geralmente com intenção sarcástica.
“Não é uma senhora, Paulo! É uma mulher bonita” PG: 15
8-Opinião:

Brasil um problema social

Em pleno sec. XXI o Brasil ainda se coloca como um país bastante


heterogêneo tanto nos costumes quanto nos problemas sociais, entre estes se
encontram a prostituição que vem somente se elevando, a exploração sexual
de menores, e até mesmo a questão do preconceito étnico que é uma ofensa a
dignidade humana.

O público alvo da prostituição até uns anos atrás eram as mulheres, em


principal as adolescentes, mas atualmente este público tornou-se bem mais
abrangente, esta pode ser vista como uma das profissões mais vergonhosas,
onde pessoas são capazes de vender o seu próprio corpo sem sentimentalismo
algum.

O abuso sexual de menor é um fato bastante freqüente no nosso dia-a-


dia, torno de 352 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos são
exploradas sexualmente por ano, aonde esta muitas vezes chega a acontecer
dentro da nossa própria residência, tendo como o explorador um familiar sendo
este muitas vezes bastante próximo da vítima

A sociedade se encontra em um período de total discriminação, tendo


esta se amenizado bastante nos últimos anos, mas a diversidade de classe,
raça ainda se encontra elevada, e devido a isto acabamos infligindo o código
dos direitos humanos, nos tornando cada vez mais pessoas ignorantes e
vazias de sentimento e sabedoria.

De acordo com o dissertado no Brasil encontramos diversos problemas


sociais, e para a melhoria destes se faz necessário uma educação de
qualidade, onde os governantes se preocupem de verdade com a população,
pois não basta somente o pensar o essencial é agir e quanto mais rápido
melhor.

Centraliza-se no receptor; o emissor procura influenciar o comportamento do


receptor. Como o emissor se dirige ao receptor, é comum o uso de tu e você,
ou o nome da pessoa, além dos vocativos e imperativos. Usada nos discursos,
sermões e propagandas que se dirigem diretamente ao consumidor.

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