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Direito Penal

Crimes - contra a paz pública – Milícia privada

Constituição de milícia privada


(Incluído dada pela Lei nº 12.720, de 2012)
Art. 288-A. Constituir, organizar, integrar, manter ou
custear organização paramilitar, milícia particular, grupo ou
esquadrão com a finalidade de praticar qualquer dos crimes
previstos neste Código: (Incluído dada pela Lei nº 12.720, de
2012)
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos. (Incluído dada
pela Lei nº 12.720, de 2012)

SUJEITO ATIVO
Qualquer pessoa pode praticar esse delito, uma vez que se trata de crime
comum.
Trata-se de concurso necessário, plurissubjetivo ou de condutas paralelas.
No que diz respeito a quantidade de pessoas necessárias para a configuração
do delito, a doutrina diverge em duas posições:
A primeira é no sentido de que para a configuração do crime previsto no
art.288-A do Código Penal, constituição de milícia privada, precisa-se no mínimo de
três pessoas, igual o crime de associação criminosa.
A segunda é no sentindo de que a configuração do crime de constituição de
milícia privada, tem que seguir os parâmetros da tipificação do crime de organização
criminosa, previsto na lei 12850/2013.

SUJEITO PASSIVO
É a coletividade, abalada em sua tranquilidade, tendo em vista que não tem
como se determinar uma pessoa física ou jurídica que sofrerá com a prática do delito.

CONDUTA
A tipificação nova pune as condutas de constituir, organizar, integrar, manter
ou custear organização paramilitar, milícia particular, grupo ou esquadrão (grupo de
extermínio) com a finalidade de praticar qualquer dos crimes previstos no Código
Penal.

Organização paramilitar
Paramilitares são associações civis, armadas e com estrutura semelhante a
militar. Possuem as características de uma força militar, têm a estrutura de e
organização de uma tropa ou exército, sem sê-lo.

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Direito Penal
Crimes - contra a paz pública – Milícia privada

Milícia particular
A milícia privada não tem um conceito de forma determinada no direito penal,
para conceituarmos temos que buscar os estudos da doutrina jurídica e da sociologia.
Com base nisso, podemos conceituar que é um grupo de pessoas que se utilizam de
uma determinada comunidade, depois da expulsão dos traficantes, para trazer de
volta, na ausência do estado, o controle social. Fornece uma sensação de segurança
para os moradores (que não passa de uma utopia). Entretanto, depois que se instala,
começa a impor a ordem de forma agressiva, mediante graves ameaças e a violência,
e também a obrigação das pessoas em contratar determinados produtos e serviços,
monopolizados por esse poder paralelo.

Grupo ou esquadrão
É a reunião de matadores, justiceiros, que atuam na ausência ou inércia do
poder público, tendo como finalidade a matança generalizada, tentando exterminar
determinado tipo de pessoas rotuladas como marginais ou perigosas.

ELEMENTO SUBJETIVO
É o dolo mais o especial fim de agir, que é finalidade de praticar crimes.

CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
O crime se consuma no momento em que é aperfeiçoada a convergência de
vontades entre os agentes para a constituição, organização, integração, manutenção
ou custeio de organização paramilitar, milícia privada, grupo ou esquadrão. Ocorrerá
a consumação para os indivíduos, também, que venham a integrar o depois da sua
configuração.
A tentativa é inadmissível, tendo em vista se tratar de um crime que é punido
pelos atos preparatórios.

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