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APRESENTAÇÃO
SUMÁRIO
2. O constitucionalismo contemporâneo.
10. Conclusão
11. Referências
a) submissão ao império da lei, sendo a lei considerada como ato imanado formalmente do
poder legislativo, composto de representantes do povo;
2. O constitucionalismo contemporâneo.
Uma outra classificação dos direitos e garantias individuais é possível, segundo Carl
Schmitt (Teoría de la Constituición. Madrid: Alianza Editorial, 2011, p. 231):
A forma visível da norma jurídica, ou seja, o seu texto, é apenas o ponto de partida
para a sua correta interpretação. É preciso entender que a norma jurídica não existe e não é
interpretada de maneira isolada, mas dentro de um sistema jurídico articulado e
sistematizado. Para articular a interpretação da norma, a “teoria da norma jurídica” fornece a
estrutura básica dos componentes essenciais da norma jurídica. Para compreender como a
norma jurídica faz parte de um sistema jurídico, é preciso da chamada “teoria do
ordenamento jurídico”. Passaremos a descrever os pontos essenciais da teoria da norma e
da teoria do ordenamento.
O número de normas jurídicas que afetam as nossas ações cotidianas é tão grande
que enumerá-las por completo seria uma tarefa análoga a contar os grãos de areia em uma
praia. Um dos maiores juristas italianos da 2ª metade do século XX, chamado Norberto
Bobbio, descrevia como exemplo para ilustrar esta característica o simples ato de enviar
uma carta: a compra dos selos postais é um negócio jurídico, mais precisamente um
contrato de compra e venda, regulado detalhadamente pelo Código Civil. A quantidade de
selos e as tarifas postais estão reguladas igualmente por normas detalhadas, que fazem a
tarifa depender das dimensões da carta, do seu peso, da rapidez da sua entrega no destino,
da maior ou menor garantia da sua entrega, do seguro ou não do seu conteúdo, etc. Há, no
mesmo sentido, outras normas que afetam o conteúdo da carta, pois haverão conteúdos
permitidos e conteúdos proibidos. Uma vez que a carta inicia o trajeto ao seu destino, há
uma obrigação do serviço postal de entregá-la. E por fim, uma simples carta compromete
também o diploma legal mais importante, como a nossa Constituição, uma vez que o seu
art. 5º, inc. XII, garante o sigilo das correspondências, ou seja, o serviço postal ou um
terceiro não pode arbitrariamente violar o segredo da correspondência.
Uma vez que tenhamos ciente como o fenômeno normativo permeia a nossa vida
cotidiana, podemos passar agora a analisar as características básicas das normas jurídicas.
Toda norma jurídica é presumida que seja válida, ou seja, ela, ao possuir validez, sua
existência e eficácia também são presumidas. A validade das normas jurídicas podem ser
contestada, mas este é um processo complexo e estaria fora do propósito da presente
exposição. É importante notar que há basicamente quatro dimensões ou quatro âmbitos da
validez de uma norma jurídica.
Uma norma pode delimitar sua validez temporalmente: é proibido estacionar das 8hs
às 17hs; também pode delimitar espacialmente: é proibido estacionar no lado direito do
quarteirão; ou delimitar pessoalmente: é proibido estacionar, exceto idosos e portadores de
deficiência; e por fim, pode delimitar materialmente: proibido estacionar carros e motos.
Uma norma pode combinar uns ou todos estes âmbitos de validez. Se a norma não
define explicitamente seu âmbito de validez temporal, espacial, pessoal e material, podem
haver critérios definidores implícitos, não sendo necessário que sempre uma norma jurídica
tenha que explicitamente os definir. Por exemplo, uma lei estadual possui uma validez
dentro do território de um estado da federação e não em outro estado. Caso não seja
possível identificar os âmbitos de validez de uma norma, dúvidas interpretativas podem
surgir e serão dirimidas no processo de aplicação da norma ao caso concreto.
A norma jurídica possui uma estrutura geral e abstrata, a qual permite descrever
basicamente como as normas jurídicas são sistematizadas dentre dos códigos e dos
diplomas legais. Esta estrutura é formada por duas partes: primeira, os fatos operativos, e
segunda, as consequências normativas. Uma vez que os fatos operativos sejam satisfeitos,
seguem-se as consequências normativas, portanto, entre a primeira e a segunda parte há
uma estrutura condicional. Este conceito pode ser melhor descrito pelo esquema abaixo.
Para ilustrar como este esquema geral e abstrato funciona, basta que pensemos em
um exemplo simples como a obtenção do passaporte comum. A polícia federal exigirá vários
ORIENTAÇÕES PARA NORMALIZAÇÃO DE APOST
documentos, que são a prova dos fatos operativos, como: documento de identidade e CPF,
título de eleitor e comprovante de votação nas últimas eleições, comprovante de
regularidade do serviço militar obrigatório (se homens) , pagamento da taxa de expedição e
preenchimento do formulário. Satisfeitos estes requisitos, segue-se que o cidadão receberá
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o documento específico, o seu passaporte, e com ele poderá gozar de todas as suas
consequências normativas, que incluem a possibilidade de viajar para os países com os
quais o Brasil tenha relações diplomáticas, etc.
Este esquema vale basicamente para todas as normas jurídicas, inclusive para as
normas penais. Nesse caso os fatos operativos serão os componentes da definição de
algum crime, e as consequências normativas serão o conjunto de sanções impostas pelo
cometimento do crime.
Outra observação importante é que este esquema geral não é um espelho de cada
norma jurídica específica: é apenas interpretando várias normas, dentro de um quadro
normativo, é que conseguimos edificar conceitualmente a estrutura geral e abstrata das
normas jurídicas dentro de um único quadro composto pelos fatos operativos FO (dados por
várias normas) e ligado às CN consequências normativas (também dadas por várias
normas).
Uma primeira distinção entre princípios e regras é que os primeiros são dotados de
um grau alto de generalidade, enquanto as regras são específicas. Por exemplo, o princípio
da liberdade religiosa é bastante amplo, enquanto que a norma que permite que um preso
tem o direito de converter outros presos é uma regra, pois aplica-se em uma situação
específica. Portanto, uma primeira distinção é a que os princípios são gerais e as regras são
específicas.
Outra distinção importante utilizada pelos juristas no raciocínio com normas é que os
princípios são aplicados de uma maneira diferente das regras. As regras, por serem
específicas, são aplicadas em um regime de “tudo ou nada”, ou seja, aplicam-se ou não
aplicam-se. Já para os princípios, este regime de aplicação não seria possível, pois dada a
generalidade do princípio, ele aplica-se segundo uma dimensão de peso, de força, que pode
ser modulada pelo intérprete no caso concreto.
Robert Alexy, um dos teóricos do Direito mais importantes com relação à teoria dos
princípios, também conceitua os princípios como mandados de otimização: são normas que
ordenam que algo seja realizado na maior medida possível, dentro das possibilidades
jurídicas e reais existentes.
É fato comum, em muitos sistemas jurídicos, que as regras colidam entre si. Basta
pensar que os sistemas jurídicos são compostos por dezenas de milhares de normas, ou
mesmo de centenas de milhares, e seria estranho que estas regras não entrassem em
conflito. Os juristas tradicionalmente trabalham com critérios interpretativos que visam
solucionar os conflitos entre regras, e os principais são basicamente três: o critério
hierárquico, o critério temporal e o critério da especialidade.
O critério hierárquico afirma basicamente que a lei superior derroga a lei inferior em
caso de conflito. Por essa razão é que o sistemas jurídicos possuem o chamada controle de
constitucionalidade, o qual visa garantir, de modo geral, que as leis infraconstitucionais
sejam promulgadas e aplicadas em conformidade com a lei superior do ordenamento
jurídico, ou seja , a Constituição Federal. O critério hierárquico é o primeiro critério a ser
aplicado no caso de conflito entre regras jurídicas.
O critério temporal afirma que a lei posterior derroga a lei anterior. Em caso de
conflito entre duas regras, prevalece a regra que tenha sido proferida posteriormente. No
mesmo sentido opera o critério da especialidade, ou seja, entre uma lei geral e uma lei
específica, deve prevalecer a lei específica.
No caso do conflito entre uma regra anterior-especial que contraria outra regra
posterior-geral, em geral deve ser adotada a interpretação de que a regra anterior
permaneça no sistema jurídico como um caso especial da lei posterior-geral, pois
geralmente os juristas costumam, ao interpretar as regras do sistema, adotar uma
interpretação conciliatória das regras em conflito, tentando harmonizar as regras e
preservando o máximo de regras possíveis no sistema.
E por último, no caso do conflito entre uma norma superior-geral que colide com uma
norma inferior-especial, como afirma Norberto Bobbio, não é possível afirmar qual regra
deve prevalecer. O critério hierárquico é um critério do sistema jurídico, do valor da sua
autoridade, porém, o critério da especialidade é um critério do valor da equidade, da
adaptação da generalidade da lei aos casos concretos, de modo que os conflitos são
dirimidos ora em favor da hierarquia do sistema, prevalecendo a norma superior-geral, ora
em favor da adaptação do sistema a situações novas e específicas, prevalecendo a norma
inferior-geral.
O mesmo vale para o princípio da necessidade. Esse princípio pede que, de dois
meios que geralmente fomentam igualmente um princípio P1, deve-se escolher aquele que
menos intensamente intervém em outro princípio P2. Se existe um meio menos
intensivamente interveniente e igualmente idôneo, então uma posição de conflitos entre
princípios pode ser melhorada, sem que surjam custos para a outra.
A ponderação pode ser decomposta em três passos. Em um primeiro passo deve ser
comprovado o grau de não cumprimento ou prejuízo de um princípio. A isso deve seguir, em
um segundo passo, a comprovação da importância do cumprimento do princípio em sentido
contrário. Em um terceiro passo deve, finalmente, ser comprovado, se a importância do
cumprimento do princípio em sentido contrário justifica o prejuízo ou não cumprimento do
outro.
Segundo Robert Alexy, no conflito entre princípios deve-se buscar a situação ótima
de Pareto, ou seja, deve-se buscar a melhor solução possível e que cause o menor prejuízo
possível a um dos princípios em colisão.
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É importante reter que os juízes e tribunais não precisam explicar sua ações,
apenas justificá-las.
A teoriaORIENTAÇÕES PARA
da argumentação preocupa-se NORMALIZAÇÃO
principalmente com a justificaçãoDE APOST
externa.
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Regras fundamentais:
Nenhum falante pode contradizer-se.
Todo falante somente pode afirmar aquilo que ele mesmo crê.
Toda falante que aplique um predicado F a um objeto A deve estar disposto a aplicar
F também a qualquer outro objeto igual a A em todos os aspectos relevantes.
Distintos falantes não podem usar a mesma expressão com distintos significados.
Regras de razão
Todo falante deve, quando lhe é pedido, fundamentar o que afirma, a não ser que
possa dar razões que justifiquem a recusa de uma fundamentação.
Quem pode falar pode tomar parte no discurso.
Todos podem problematizar qualquer asserção.
Todos podem introduzir qualquer asserção no discurso.
Todos podem expressar suas opiniões, desejos e necessidades.
Nenhum falante pode ser impedido de exercer seus direitos fixados nas duas
primeiras Regras de Razão, mediante coerção interna ou externa ao discurso.
Quem pretende tratar uma pessoa A de maneira distinta de uma pessoa B, está
obrigado a fundamentar a distinção.
Quem ataca uma proposição ou norma que não é objeto da discussão deve dar uma
razão para tal.
Quem aduziu um argumento somente está obrigado a dar mais argumentos em caso
de contra-argumentos.
Quem introduz no discurso uma afirmação ou manifestação sobre suas opiniões,
desejos ou necessidades que não se refira como argumento a uma anterior
manifestação tem, se lhe pedem, que fundamentar porque introduziu esta afirmação
ou manifestação.
Regras de fundamentação
Quem afirma uma proposição normativa que pressupõe uma regra para a satisfação
dos interessesORIENTAÇÕES
de outras pessoas, deve PARA NORMALIZAÇÃO
poder aceitar as consequências de ditaDE APOST
regra também no caso hipotético de que ele se encontrasse na situação daquelas
pessoas.
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Regras de transição
Deve resultar saturada toda forma de argumento que esteja entre os cânones da
interpretação.
Os argumentos que expressam uma vinculação ao teor literal da lei ou à vontade do
legislador histórico prevalecem sobre outros argumentos, a não ser que possam
aduzir-se outros motivos racionais que concedam prioridade a outros argumentos.
A determinação do peso de argumentos de distintas formas deve ter lugar segundo
regras de ponderação.
Há que se tomar em consideração todos os argumentos que sejam possíveis propor
e que possam incluir-se por sua forma entre os cânones da interpretação.
Quando se pode citar um precedente a favor ou contra uma decisão, deve-se fazê-
lo.
Quem quiser apartar-se de um precedente assume a carga da argumentação.
Princípio 13
Com o fim de se conseguir um ordenamento mais racional dos recursos e melhorar
assim as condições ambientais, os Estados deveriam adotar um enfoque integrado e
coordenado de planejamento de seu desenvolvimento, de modo a que fique
assegurada a compatibilidade entre o desenvolvimento e a necessidade de proteger
e melhorar o meio ambiente humano em benefício de sua população.
Ele consiste na determinação que não se licencie uma atividade, toda vez que
não se tenha certeza ou se não é possível estabelecer que ela não causará danos
irreversíveis ao meio ambiente.
Princípio 13
Os Estados devem desenvolver legislação nacional relativa a responsabilidade e
indenização das vítimas de poluição e outros danos ambientais. Os estados devem
ainda cooperar de forma expedita e determinada para o desenvolvimento de normas
de direito ambiental internacional relativas a responsabilidade e indenização por
efeitos adversos de danos ambientais causados, em áreas fora de sua jurisdição,
por atividades dentro de sua jurisdição ou sob seu controle.
Princípio 10
A melhor maneira de tratar questões ambientais é assegurar a participação, no nível
apropriado, de todos os cidadãos interessados. No nível nacional, cada indivíduo
deve ter acesso adequado a informações relativas ao meio de que disponham as
autoridades públicas, inclusive informações sobre materiais e atividades perigosas
em suas comunidades, bem como a oportunidade de participar em processos de
tomada de decisões. Os Estados devem facilitar e estimular a conscientização e a
participação pública, colocando a informação à disposição de todos. Deve ser
propiciado acesso efetivo a mecanismos judiciais e administrativos, inclusive no que
diz respeito a compensação e reparação de danos.
Este princípio está materializado na Constituição Federal, art. 225, § 3º: “As
condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os
infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas,
independentemente da obrigação de reparar os danos causados.”
Princípio 16
Tendo em vista que o poluidor deve, em princípio, arcar com o custo decorrente da
poluição, as autoridades nacionais devem promover a internacionalização dos
custos ambientais e o uso de instrumentos econômicos, levando na devida conta o
interesse público, sem distorcer o comércio e os investimentos internacionais.
Estima-se que o mundo utilize entre 500 bilhões e 1 trilhão de sacolas por
ano. No Brasil, cerca de 1,5 milhões de sacolas plásticas são distribuídas por
hora.(http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/producao-e-consumo-
sustentavel/saco-e-um-saco/saiba-mais).
Não obstante, a questão deve ser tratada com a complexidade devida.
ORIENTAÇÕES
Caso ultrapassada a controvérsia quanto PARA NORMALIZAÇÃO
à inconstitucionalidade DE APOST
formal subjetiva
(arts. 2°; 23, II, VI e VII; 30, I e II; 61, § 2o; da CF/88), urge que esta Suprema Corte
manifeste-se acerca da alegação de inconstitucionalidade material, por ofensa aos
princípios da defesa do consumidor, da defesa do meio ambiente, bem como do
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ORIENTAÇÕES
O princípio PARA
da proporcionalidade, NORMALIZAÇÃO
então, apresenta-se DEnaAPOST
de grande valia
aferição da constitucionalidade da norma impugnada, podendo ser submetida ao em
seus três subprincípios. In casu, a proporcionalidade se verifica a partir das
seguintes perguntas: a lei municipal alcança a finalidade de proteção ao meio
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ambiente? Há algum meio tão eficiente de proteção ao meio ambiente que não
represente um custo financeiro e empresarial tao elevado quanto a substituição das
sacolas plásticas convencionais por sacolas oxi-biodegradáveis? O custo à
sociedade e aos cofres públicos é maior que os benefícios decorrentes da eventual
proteção ao meio ambiente?
Note que o trecho abaixo da decisão do Min. Luiz Fux é uma aplicação direta
dos parâmetros acima citados. A questão do uso das sacolas de plástico oxi-
biodegradável é então moldada para responder a um juízo de ponderação e
proporcionalidade em sentido estrito:
10. CONCLUSÃO
No presente módulo pudemos abordar e analisar o tema da ponderação de
princípios no contexto de possíveis colisões entre os princípios de Direito Ambiental
entre si ou com princípios de outros ramos do Direito. No início do módulo pudemos
recordar o Estado de Direito e o Constitucionalismo contemporâneo. As teorias da
norma jurídica e do ordenamento jurídico foram essenciais para entender como os
princípios são normas jurídicas distintas das demais regras, e como o conflito entre
princípios pode ser ponderado pelos princípios da proporcionalidade em sentido
amplo e em sentido restrito.
Expusemos também como a Teoria da Argumentação Jurídica de Robert
Alexy é essencial para o entendimento amplo do raciocínio jurídico. Também
recordamos os principais princípios do Direito Ambiental, para, ao fim do módulo,
visualizarmos como, em um caso real de Direito Ambiental em trâmite no STF -
Supremo Tribunal Federal, o juízo de ponderação e proporcionalidade é operado por
um ministro da Corte. Os parâmetros da ponderação e proporcionalidade podem
então ser entendidos como tópicos gerais que amoldam as circunstâncias
específicas dos diversos casos concretos.
As referências ao final são indicadas para o aprofundamento dos temas aqui
tratados.
REFERÊNCIAS
ALEXY, Robert. Teoria dos Direitos Fundamentais. São Paulo: Malheiros, 2014.
ALEXY, Robert. Teoria Discursiva do Direito. São Paulo: Forense Universitária, 2015.
ÁVIA, Humberto. Teoria dos princípios: da definição à aplicação dos princípios jurídicos. São
Paulo: Malheiros, 2016.
SILVA, José Afonso da. Direito Ambiental Constitucional. São Paulo: Malheiros, 2007.