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Lionel Robbins, em seu clássico The Nature and Sgnificance of Economic Science [Um

Ensaio sobre a Natureza e o Significado da Ciências Econômicas] (1935), está bem


perto do ponto de vista austríaco, mas ele é mais conhecido por sua definição de
Economia como “a ciência que estuda comportamento humano como uma relação entre
fins e meios escassos que têm usos alternativos”.

De acordo com esta definição, a Economia não está preocupada com qualquer classe
particular de fenômenos sociais (como produção, distribuição, troca ou consumo). A
Economia, em vez disso, está preocupada com um aspecto particular do
comportamento humano: a escolha racional. Por exemplo, decisões de ter filhos ou ser
infiel ao cônjuge são, por esta definição, parte da Economia assim como a oferta e a
procura por atum!

Robbins, com efeito, estabelece a definição de Economia como a ciência da escolha


racional – que é como se vê a teoria neoclássica. Tais redefinições são características de
do desenvolvimento científico. A definição de Robbins continua a ser controversa,
uma vez que exclui da Economia trabalhos que a maioria das pessoas consideram como
típico da Economia, tais como a teoria macroeconômica keynesiana.

Robbins, Knight, e os austríacos salientam o individualismo metodológico e a


subjetividade da Economia. Todos eles enfatizam as peculiaridades da ação humana
como objeto de investigação científica. Eles também concordam com Mill que as
premissas básicas da Economia estão bem estabelecidas e que tais premissas não são
impugnadas por falhas empíricas da teoria. De fato, os austríacos vão além e
argumentam que as premissas básicas são a priori verdadeiras!

Com a invasão dos pontos de vista dos positivistas lógicos, na década de 1930, veio a
primeira mudança importante no ponto de vista da profissão sobre a justificação da
teoria econômica. Em 1938, Terence Hutchison publica The Significance and Basic
Postulates of Economic Theory [O Significado e Postulados Básicos da Teoria
Econômica].

Neste livro, que é um marco, Hutchison argumenta que a Economia, como outras
ciências, deve formular generalizações testáveis e submetê-los a sérios testes. As
afirmações a partir da Teoria Pura, referentes à atividade econômica, Hutchison
argumenta, são vazias “verdades por definição”. Proposições em Economia estão tão
cobertas com qualificações tipo ceteris paribus que elas não são testáveis.

Com o peso do positivismo lógico contemporâneo por atrás dele, Hutchison insistiu que
já era hora para os economistas começarem a se comportar como cientistas
responsáveis. O desenvolvimento da Teoria da Preferência Revelada e a defesa do que
ele chama de “operacionalismo” de Paul Samuelson também apoiou a exigência de que
a Economia devia ser reformulada com base em teorias testáveis.

As críticas de Hutchison foram imediatamente refutadas por economistas como Knight,


mas elas permaneceram perturbadoras. Poderia ser que a Economia científica se ela
não fez o cumprimento das normas da ciência empírica?

Alguns, como Knight e os austríacos, foram preparados para dizer que as normas das
Ciências Naturais não se aplicam à Economia. Mas a maioria dos escritores sobre
metodologia econômica fizeram alguma tentativa para mostrar que a economia satisfaz
os critérios mais sofisticados (e também os mais fracos) a que os positivistas lógicos
exigem.

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