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CALIBRAÇÃO E AFERIÇÃO DO MODELO

HDM-4 PARA AS CONDIÇÕES DA REDE DE


RODOVIAS DO BRASIL
HDM – 4 ????
Highway Development and Management model
HDM-4: Modelo de desenvolvimento e gestão de
estradas

A HDM-4 é uma ferramenta desenhada para apoiar a tomada de


decisões relacionadas principalmente à gestão da conservação e à
reabilitação de pavimentos de redes viárias, em aplicações dirigidas
ao planejamento estratégico, à programação de atividades de
intervenção e à avaliação econômica de planos e políticas de
conservação.
Nota: A versão mais recente é 2.10
Administração do HDM-4

HDMGLOBAL é um consórcio internacional integrado por organizações


acadêmicas e empresas consultoras que formaram parceria para a
administração do HDM-4. A concessão por cinco anos foi outorgada pela
PIARC e começou a partir de Junho de 2005 com os direitos exclusivos para
sua distribuição. A Concessão é renovada a cada 5 anos.
Desenvolvimento Histórico do HDM-4
Banco Mundial Revisão bibliográfica, HCM
TRRL estudo teórico (HDM-I)
LCPC (1968-1972) 1972

HDM
TRRL Estudo de campo em
(HDM-II)
Banco Mundial Kenia (1971-1975)
1979

Estudo de campo no
TRRL
Caribe (1977-1983)

Estudo de campo no
UNDP
Brasil (1975-1984)

Estudo de campo na
CRRI
India (1977-1983)

HDM-III HDM-PC VOC HDM-Q HDM-ADM


Banco Mundial
1984 1989 1989 1994 1994

Banco Mundial, HDM-4 1.3


Estudo ISOHDM HDM-4 1.0 2002
ADB, DFID, SNRA
(1993-1996) 2001
FINNRA, FICEM

Consórcio HDM-4 2.0 HDM-4 2.08 HDM-4 2,09 HDM-4 2,10


PIARC
HDMGlobal 2005 2011 2015 2015
(2005- hoy)
Sistema de Gerência de Infraestrutura Rodoviária
Apesar do HDM-4 ser um Inventários por Bases de
software… levantamentos dados

…é preciso considerar que


esta ferramenta deve fazer
parte de um sistema de
gestão… Ferramentas Softwar Profissionais
de e experientes
Análise
… e não considerar que o
HDM-4 seja o Sistema em si
mesmo, como muitos
Especificações,
afirmam, erroneamente. Equipamento
protocolos,
de medição
normas, etc.

Não se deve reduzir sua potencialidade a um simples programa de computador


Metodologia de Análise HDM-4
Administradores por Gestão
Modelos

Rede de Frota
Trabalhos Configuração
estradas veicular
RDWE RUE SEE

Ferramentas de análise
RDWE : Road Deteriorationand Works Effects
RUE : Road User Effects
Se : Safety Energy and Environmental Effects
Projeto Programa Estratégia PMS : Pavement Management
System
Metodologia de Análise HDM-4
Contexto
Indicadores de
rentabilidade

Padrões de
conservação e
melhoramento

Modelagem do
efeito das
intervenções
Clima Modelagem da
deterioração Fluxo de
custos

Rede viária Fluxo de


benefícios

Solicitações de Modelagem do
tráfego efeito sobre os
Características e usuários
custos da frota
Implementação do HDM-4

Por onde começar?

Responsáveis, envolvidos…?

… Rede ou Projeto?
Implementação do HDM-4
Preparar e adaptar a informação para Parametrizar a ferramenta de acordo com
o HDM-4. as condições locais.
• Estabelecer fontes de informação. Identificar a
• Configurar o HDM-4.
ausência de fontes ou de dados específicos
requeridos.
• Definir as frotas veiculares representativas.
• Verificar a existência de registros históricos de
informação viária. • Definir os Padrões de conservação de
acordo com as políticas de manutenção
• Verificar a disponibilidade e atualidade dos existentes no órgão.
dados.
• Definir os padrões para adequação viária e
• Verificar a compatibilidade da informação construção de acordo com as políticas
existente com a requerida pela ferramenta. existentes no órgão.

É aconselhável ter um arquivo Object oficial que contenha as condições


locais sob as quais recomenda-se utilizar o HDM-4.
Configuração do HDM-4

Modelos de Tráfego

Tipo de Velocidade /
Capacidade
Zonas climáticas

Moedas

Parâmetros
globais
Configuração do HDM-4

Projetos, Pesquisa
Nacional de Tráfego,
Pedágios Construtores, Órgãos Comuns,
Concessionárias

Projetistas

Analistas de Viabilidade
Configuração do HDM-4
 Tráfego  Níveis de Serviço
Alto, Médio, Baixo Bom, Regular, Ruim

 Resistência do
Pavimento.
 Capas Asfálticas
 Deterioração Normas, Manuais,
Superficial Instruções de Serviço e
 Textura Superficial Termos de Referência
 Irregularidade
 Qualidade da
Compactação
Configuração do HDM-4
OBRAS

Definir trabalhos Definição de preços Definição de efeitos


e critérios de unitários das obras. dos trabalhos.
aplicação.

Definir características
do trabalho que será
realizado.

Asset Value

É indispensável conhecer e entender as políticas e


padrões de conservação do órgão executor.
Configuração do HDM-4
FROTA VEICULAR

Identificação de Definir fatores de Definição de Definição do valor


veículos tipo. equivalência de preços unitários de do tempo de
carga. consumo. viagem.

Informação fundamental para Informação fundamental para


o cálculo de solicitação por uma avaliação econômica com
carga dos pavimentos. HDM-4.
É aconselhável
considerar como base as
categorias de contagem
e pesagem utilizadas
localmente.
Parametrização
FROTA VEICULAR

Identificação
de veículos Federação Nacional da
tipo. Distribuição de Veículos
Automotores do Brasil

Associação Nacional de
Veículos Automotores do
Brasil (ANFAVEA)

PESQUISAS NACIONAIS DE TRÁFEGO


O Projeto
CALIBRAÇÃO E AFERIÇÃO DO MODELO HDM-4 ÀS CONDIÇÕES DAS RODOVIAS BRASILEIRAS,
FASE II – NÍVEL 3.

Deterioração
A calibração de um modelo de deterioração de
pavimentos consiste no ajuste das previsões do Modelo
modelo com o comportamento real do HDM4
pavimento. Para tanto, o desempenho do Observado
pavimento é então medido de forma repetida
com ciclos anuais, no decorrer de cinco anos.
Idade
O Projeto
Treinamento
em HDM4

•REVISÃO FASE 1: Revisão, validação, atualização e


complementação dos resultados da fase I, níveis 1 e 2. Validação
Fase I

•SELEÇÃO DOS TRECHOS: Definição e seleção de 50 Calibração e


Adaptação
trechos experimentais representativos da malha Fase II, Nível 3

rodoviária federal.

•ATIVIDADES DE CAMPO: Pesquisa e monitoramento das


condições das seções selecionadas.

•ANÁLISE DE DADOS: Identificação e validação de segmentos homogêneos, alimentação do


banco de dados do SGP e Proposta e validação de calibração final resultante para fase II, nível 3.

•TREINAMENTOS: Realização de treinamentos em HDM-4.


O Projeto
Obtenção de respostas e soluções realistas em diferentes regiões. No caso do
Brasil, um país extenso, com diversas zonas climáticas e condições geológicas e
geotécnicas tão diferentes entre si, é de altíssima importância a determinação de
parâmetros específicos que permitam caracterizar o comportamento estrutural e
funcional do pavimento.

O registro das informações da condição e comportamento do pavimento de forma


consistente e comparativa, além de permitir a aferição dos modelos de previsão de
desempenho das rodovias pavimentadas, também permite avaliar a efetividade
das técnicas e políticas de manutenção.

Aperfeiçoar as ferramentas para tomar as melhores decisões relacionadas à


gestão e planejamento de políticas de conservação e reabilitação de redes e
projetos rodoviários.
O Projeto
Calibrações de Referência no Mundo Grécia
Estônia Rússia

USA,
Washington
Filipinas

Colômbia Nova Zelândia


Índia

Chile

Brasil Austrália
Seleção dos Trechos Experimentais
Seleção dos Trechos Experimentais
Grupos Estatísticos

Variáveis explicativas não mutáveis, que são


instrumentais para definir a deterioração da
população rodoviária, as quais concordam com o pré-
requisito de serem definidas como variáveis no
modelo HDM-4 e que estão prontamente disponíveis
no banco de dados do DNIT.
Seleção dos Trechos Experimentais
Grupos Estatísticos
Monitoramento
Calibração

Calibrar é modificar as previsões


dos modelos através de
coeficientes numéricos (Ki),
minimizando a diferença entre
valores previstos e observados.
Calibração
Níveis

Nível 1: Aplicação Básica Orientada aos parâmetros mais


críticos, estudos de escritório.

Nível 2: Calibração Levantamento de alguns parâmetros-


chave. Realiza pesquisas de campo
limitadas.

Nível 3: Adaptação Grandes levantamentos de


campo para estabelecer relações
de monitoramento de longo prazo.
Os Modelos
Fases

Os modelos dos defeitos 100


correspondentes a 90
Fase de Fase de
trincamento, 80 Iniciação Progressão

70
desintegração e panelas 60
são analisados nas duas
Área afetada (%)
50

fases e os demais 40

30
defeitos se apresentam
20
somente na fase de 10

progressão. 0
Idade do Pavimento
Os Modelos
Fases RUPTURA DE
EDGEBREAK
BORDA
TEXTURE
ALTURA DE AREIA
DEPTH

Iniciação de Trincas
DESAGREGAÇÃO
RAVELLING
AFUNDAMENTO
RUTTING

FISSURAÇÃO
CRACKING

Progressão de Trincas SKID À


RESISTÊNCIA
DERRAPAGEM
RESISTANCE

PANELAS
POTHOLES RUGOSIDADE
ROUGHNESS
Os Modelos
Sensibilidade

Como resultado das análises de Impacto Classe de Impacto


sensibilidade, encontra-se a Sensibilidade Elasticidade
elasticidade do impacto, sendo a Alto S-I >0,5
relação percentual entre a variação Médio S-II 0.5-0,20
do resultado de uma saída de um Baixo S-III 0,05-0,20
Insignificante S-IV <0,05
modelo a respeito da variação de um
parâmetro de entrada, mantendo
constante o restante dos
parâmetros.
Os Modelos
Sensibilidade
100
90
80
Trincamento Total ( %)

70
60
50
40
30
20
10
0
0 5 10 15 20
Anos

SN= 2 SN= 3 SN= 5

A variação unitária do valor do SN, sob as mesmas condições climáticas e com as mesmas
solicitações de tráfego pode gerar uma diferença de 2 anos para desenvolver o mesmo percentual
de área trincada.
Os Modelos
Sensibilidade
Clima Equatorial Clima Tropical Brasil Central

100
100
90

Trincamento Total ( %)
90
80
Trincamento Total %

80
70
70
60
60
50
50
40
40
30
30
20
20
10 10
0 0
0 5 10 15 20 0 5 10 15 20
Anos
Anos
SN= 2 SN= 3 SN= 5
SN= 2 SN= 3 SN= 5

Observa-se que no clima Equatorial a variação do SN não é incidente no resultado do trincamento. No entanto,
em menos de 5 anos obtém-se altos valores de trincamento se comparado com o clima Tropical Brasil Central,
onde a degradação se retarda ante fatores climáticos, precipitação e umidade menos agressivas.
Metodologia
Seleção das UA’s - Criação de Subgrupos Estatísticos
Metodologia
Idade do Pavimento
Tráfego
A categorização do tráfego se realiza a partir do ESAL ou eixos equivalentes, obtidos
das campanhas de contagens e pesagens realizadas nas UA’s como parte das
pesquisas de campo. Considera-se que o ESAL reúne todos os parâmetros para
dimensionar as solicitações de carga, como VMD, distribuição da frota, taxa de
crescimento e fatores de carga.
Metodologia
Resistência do Pavimento

A resistência do pavimento (SN) expressa numericamente o


comportamento do pacote estrutural ante as cargas do tráfego e outros
fatores como o clima

  1 
 1  2 
  D 
1  
SN Efectivo  0.0045 * D * 3 E P  1  a  
d 0  1.5 * p * a *  2
  
  D Ep   Ep 
 M r 1   3  
 
  a M r   
   
Metodologia
Segmentação
Nomenclatura das Unidades de Amostragem
de Subtrecho

TE1-5Ano 1 Trecho 1 Faixa Esquerda Segmento 5 Ano 1


TD1-2Ano 1 Trecho 1 Faixa Direita Segmento 2 Ano 1
TD37-4Ano 4 Trecho 37 Faixa Direita Segmento 4 Ano 4

TE1-1 TE1-2 TE1-3 TE1-4 TE1-5

TD1-1 TD1-2 TD1-3 TD1-4 TD1-5

200 m 400m 600m 800m 1000m

Segmentar as unidades de amostragem por faixa a cada 200m, aumenta em 10 vezes as amostras e gera a
possibilidade, não somente de discretizar os dados, como também facilita a tomada de decisões caso seja preciso
descartar algum valor atípico causado por problemas localizados, associados ou não a deficiências estruturais
pontuais.
Metodologia
Dispersão de Dados
Quando se realiza a comparação dos
resultados obtidos de maneira
experimental e real, podem-se
apresentar 4 cenários

Baixo enviesamento – Alta precisão


Baixo enviesamento – Baixa precisão
Alto enviesamento – Alta precisão
Alto enviesamento – Baixa precisão
Metodologia
Algoritmo de Calibração
Metodologia
Curva Teórica HDM-4

100
90
80
70
60

ACA % 50
40
30
20
10
0
0,00E+00 2,00E+00 4,00E+00 6,00E+00 8,00E+00 1,00E+01
ESAL
Modelo Sem Calibrar ACA% HDM-4
Metodologia
Dados Observados

100
90
80
70
60
ACA % 50
40
30
20
10
0
0,00E+00 2,00E+00 4,00E+00 6,00E+00 8,00E+00 1,00E+01
ESAL
Modelo Sem Calibrar ACA% HDM-4 Valores Observados ACA %
Metodologia
Modelo Calibrado

100
90
80
70
60
50
ACA %
40
30
20
10
0
0,00 2,00 4,00 ESAL 6,00 8,00 10,00

Modelo Calibrado ACA% HDM-4


Modelo Sem Calibrar ACA% HDM-4
Valores Observados ACA %
Metodologia
Erro do Modelo Calibrado

O Método dos Mínimos Quadrados é uma técnica de otimização matemática que procura
encontrar o melhor ajuste para um conjunto de dados, tentando minimizar a soma dos
quadrados das diferenças entre o valor estimado e os dados observados (tais diferenças
são chamadas resíduos).
Resultados
Exemplos

100
5
90
4,5
80
4
70 3,5
60 3
ACA % 50 IRI
2,5
(m/km)
40 2
30 1,5
20 1
10 0,5
0 0
0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00 30,00 35,00 40,00 45,00 50,00 0,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00
ESAL
ESAL
Modelo ACA% HDM-4 Modelo ACA% HDM-4 Calibrado Modelo IRI HDM-4 Modelo IRI HDM-4 Calibrado
Valores Observados ACA %
Valores Observados IRI
Resultados Iniciação do Trincamento>>>
Progressão do Trincamento>>
IRI <<
Concreto Asfáltico CBUQ Afundamento>>>

Iniciação e Progressão do
Trincamento>>>
IRI <<
Iniciação do Trincamento<<
Progressão do Trincamento<<
IRI <<
Afundamento<<

Iniciação do Trincamento>>>
Progressão do Trincamento<<
IRI >>>
Afundamento>>>
Iniciação e Progressão do Trincamento>>>
IRI >>>
Afundamento <<
Resultados
Tratamento Superficial Duplo
IRI =
Iniciação Desgaste>>
Progressão Desgaste>>
Panelas>>
Afundamento <<

IRI =
Iniciação Desgaste<<
Progressão Desgaste>>
Panelas =
Afundamento<<
Podemos Confiar nos Modelos do HDM-4?

Sim, os resultados estão suportados e controlados


estatisticamente.

Sim, os modelos resultaram adequados para projetar a


deterioração dos pavimentos do Brasil.

Sim, as mudanças realizadas nos modelos através do ajuste


dos coeficientes representam as tendências da deterioração
dos pavimentos em nível regional do Brasil.
Dúvidas, perguntas, discussões…

Obrigada!
Luisa Arango

www.tnmlimited.com brasil@tnmlimited.com

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