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Energia Potencial
Para descrever os movimentos, baseando-nos em conceitos de
energia, precisamos definir mais um tipo de…
…grandeza escalar associada a um estado de um ou mais corpos.
A energia potencial U é a energia que pode ser associada com a
configuração (ou arranjo) de um sistema de objetos, que exercem
forças uns sobre os outros. Se a configuração muda, a energia
potencial também pode mudar.
U W
Energia potencial: definição
Variação de energia potencial (movimento unidimensional)
U W F ( x )dx
x0
x
U ( x ) U ( x0 ) U U ( x0 ) F ( x )dx
x0
Energia potencial: definição (continuação)
Do ponto de vista físico, apenas as variações de energia potencial são
relevantes. Pode-se sempre atribuir o valor zero à configuração de
referência:
U ( x0 ) 0
x
U ( x ) 0 ( k ) xdx
0
Ou:
1 2
U ( x ) kx
2
Sistema massa-mola isolado
Sistema isolado: não ocorrem transferências de energia através das
fronteiras do sistema.
1 1 2
mv kx E U K 0
2
2 2
http://www.ii.metu.edu.tr/emkodtu/met106/lectures/conservation_of_energy/page4.html
Conservação de energia mecânica
em sistemas isolados
Pontos de retorno
v0
2 E kx 2
Conservação de energia: v
m m
Conservação de energia mecânica
2
1 2 1 2 kA
mv kx E E
2 2 2
Força peso (sistema isolado: bola-Terra)
y
U ( y ) 0 ( mg )dy
0
ou
U ( y ) mgy
K K bola
K U 0
K U
Sistema bola – Terra…
1
mv mgy Emec cte
2
2
d
Forças conservativas:
Einterna Watrito
K U Eint cte
Exemplo:
sem atrito: velocidade máxima do bloco ao passar pela posição de equilíbrio
1 2
K kd kd 2
2 v
d 2
mv max kd 2 m
1 2
K U Watr kd mgd
2
d
kd 2
v 2gd
m
Voltando às forças conservativas:
d B
A
C
WA WB WC mgd mgLsen 0 0
Forças conservativas e energia potencial
xf
W F dx U
xi
x
dU
Fx
dx
Pontos de retorno
Posição de equilíbrio
Diagramas de energia e estabilidade do
equilíbrio
Posição de equilíbrio
1. Hidroelétricas
Numa usina hidroelétrica a energia potencial da água armazenada em represa é utilizada
para girar turbinas que geram energia elétrica. Nos exemplos práticos do dia-a-dia sempre
há perda de energia, porque o sistema não é ideal e não está totalmente isolado.
2. Energia Muscular
A energia muscular resulta da transformação das substâncias armazenadas no
organismo humano. O açúcar ou a gordura é queimada para fornecer energia aos
músculos, causando a contração de alguns e a distensão de outros sob o comando do
cérebro, de tal modo que o corpo consiga empurrar, por exemplo, um veículo
quebrado.
3. Energia solar
O Sol é uma estrela que emite muita energia proveniente de reações nucleares de fusão.
Dada a sua temperatura, que na superfície é da ordem de 6000K, a matéria solar é
constituída de núcleos e elétrons separados e não átomos. A reação que ocorre na matéria
solar é de fusão dos núcleos, isto é, junção dos núcleos, que libera muita energia além de
muitas partículas, os raios cósmicos.
4. Energia solar e a fotossintese
Uma parte da energia solar é absorvida pelas plantas para sintetizar açúcares a partir de
gás carbônico e de água. Esses açúcares são utilizados pelas plantas para produzir flores,
frutos, folhas e raízes, fontes de alimentação de animais e homens. Na fotossíntese é
produzido ainda oxigênio, purificando assim o ar.
Algumas residências são dotadas de coletores solares planos instalados nos telhados,
para o aquecimento parcial da água. Existem também coletores solares côncavos, que
fazem a concentração dos raios solares, gerando energia térmica utilizável de diversas
maneiras.
1) Imagine que você deixa cair (abandonado) um objeto de massa m e de altura de
51,2 metros. Determine a velocidade desse objeto ao tocar o solo.
a) v = 50 m/s
b) v = 40 m/s
c) v = 32 m/s
d) v = 20 m/s
e) v = 10 m/s
Resposta:
a) v ≈ 1,41 m/s
b) v ≈ 28 m/s
c) v ≈ 41 m/s
d) v ≈ 5,61 m/s
e) v ≈ 14,1 m/s
Nesse exercício, ao desprezarmos a resistência do ar e atrito, o sistema passa a ser
conservativo. Assim, temos:
Como o carrinho parte do repouso, temos que a velocidade no ponto mais alto é zero. Já
no ponto mais baixo, a altura é igual a zero. Assim, temos:
Alternativa E
3) Um bloco de massa igual a 10kg se desloca com velocidade constante igual
a 12m/s, ao encontrar uma mola de constante elástica igual a 2000N/m este
diminui sua velocidade até parar, qual a compressão na mola neste
momento?
Caloria
Caloria (símbolo: cal) é uma unidade de medida de energia que não pertence ao Sistema
Internacional de Unidades.
Com a evolução das técnicas de medida, verificou-se que o calor específico não era
constante com a temperatura. Por isso buscou-se padronizá-lo para uma faixa estreita, e a
caloria foi então redefinida como sendo o calor trocado quando a massa de um grama de
água passa de 14,5 °C para 15,5 °C.
Pelo menos é esse valor que aparece escrito nas embalagens de alimento. Uma pessoa que pratique atletismo, outro esporte exigente, ou
faça trabalho pesado deve consumir bem mais do que isso: umas 4 horas de atividade pesada por dia, como natação, trabalho na
agricultura, ou alpinismo pode fazer com que uma pessoa precise comer duas vezes mais do que comeria na ausência dessas atividades. Já
crianças ou pessoas de idade avançada e com pouca atividade física consomem bem menos. Em geral, mulheres consomem um pouco
menos de energia do que homens. Entretanto, lactantes e grávidas podem precisar de alguma coisa como 300 kcal a 500 kcal a mais por dia
para que possam dar conta das exigências adicionais a que estão submetidas. O valor “usual” de 2000 kcal/dia é bastante típico para
grande parte dos adultos em atividades também “usuais”.
Essa energia é usada para manter nosso organismo em funcionamento, como coração,
pulmões e os demais órgãos internos, e também para fornecer alguma capacidade de
trabalho externo que é feito durante praticamente todo o dia. Em condições de repouso,
cerca de 30% da energia é consumida pelos músculos esqueléticos e praticamente outro
tanto é consumida pelos órgãos abdominais. Em repouso o cérebro consome cerca de 20% e
o coração 10% da energia total consumida pelo corpo.
É interessante verificar que nosso corpo tem uma eficiência relativamente alta quando
faz trabalho mecânico, mas está longe se ser totalmente eficiente. Assim, apenas cerca da
décima parte da energia consumida pelo coração corresponde à energia necessária para
empurrar o sangue; o restante é gasto de energia que não se traduz em movimento
mecânico de coisa alguma.
Energia e potência
Primeiro vamos transformar aquelas 2.000 kcal consumida durante todo o dia em joules
(1j=4,18 cal):
Para calcular a potência em W precisamos dividir essa energia pelo número de segundos
em um dia:
Aí está: produzimos e consumimos, em atividade normal, aproximadamente 100 W de
potência, o equivalente ao consumo de eletricidade de uma lâmpada de uso caseiro.
Se o coração é responsável pelo gasto de cerca de 10% da energia que consumimos, então
ele consome cerca de 10 W;
Se a potência média consumida é de 100 W, isso quer dizer que temos capacidade
suficiente para manter uma lâmpada acesa, girando a manivela de um gerador de
eletricidade, e conseguir iluminar uma sala em caso de falta de energia?
Sim, mas por pouco tempo e apenas uma pessoa bem treinada consegue fazer isso por
alguns minutos.
Capacidade de produção de energia externa de uma pessoa
Vamos fazer alguns cálculos para determinar com que velocidade uma pessoa de 80 kg
deve subir uma escada para que a potência mecânica dissipada pelo corpo seja de 100 W:
y=0,15 m
então a cada segundo ela deverá subir 0,15m, aproximadamente um degrau de escada por
segundo.
Energia nos alimentos
A energia que consumimos vem dos alimentos que ingerimos. Quando no rótulo de
um determinado alimento está escrito alguma coisa do tipo “cada 100 g deste produto
contém 400 kcal”, quer dizer que ao digerirmos esse alimento nosso organismo será capaz
de produzir 400 kcal.
Se você souber do que é composto um alimento, é fácil calcular quanto de energia ele é
capaz de nos oferecer.
Por exemplo, um grama de carboidrato (o elemento energético contido no trigo, no arroz,
na batata, no açúcar, etc) ou de proteína contém cerca de 4 kcal.
Para conseguirmos as 2.000 kcal que gastamos durante o dia precisamos consumir cerca de
500 g de carboidrato ou a metade disso em gordura ou uma saudável (e de preferência
apetitosa) mistura dessas coisas.
É fácil determinar a quantidade de energia contida em cada grama de um alimento:
basta queimá-lo e medir o quanto de energia ele produziu.
E para fazer isso basta medir o quanto uma certa quantidade de água, submetida à
chama provocada pelo alimento ao se queimar, se aqueceu.
É um pouco difícil queimar arroz ou feijão e aquecer água com a chama produzida. Para
fazer isso você precisaria de uma atmosfera enriquecida em oxigênio. Com batata seria
ainda mais difícil, porque a sua maior parte é água e esta precisaria ser eliminada antes
de queimar. Mas com amendoim, castanha de caju ou outra coisa bastante gordurosa a
coisa se torna mais fácil. Acendendo uma castanha de caju – isso mesmo, acendendo
segurando-a com uma pinça ou alicate – e, com a chama produzida, aquecendo um
pouco de água, pode-se medir a variação da temperatura da água depois que a castanha
foi completamente queimada é possível determinar a quantidade de energia liberada. É
essa mesma energia que a castanha nos fornece se for ingerida.
Eficiência mecânica do corpo humano
Isso depende do nível de atividade, do tipo de atividade física (levantar pesos, andar
de bicicleta ou correr) e também varia de pessoa para pessoa.
P=dW/dt=Fcosdx/dt= Fv cos
Com uma eficiência de 25%, esse atleta deverá gastar cerca de 2.800 kcal.
Por exemplo, ele pode comer 700 g de carboidrato: um belo prato de arroz com feijão, uma
macarronada ou uma pizza só para ele.
Refrigerando o corpo
Mas nós não podemos deixar que o corpo se aqueça muito além dos 370C. Para isso, temos
que resfriá-lo, pois uma temperatura excessiva prejudica o controle motor, o desempenho de
um atleta e pode levar, em casos extremos, à morte.
Se produzimos internamente cerca de 100 W, precisamos eliminar exatamente 100 W para
que a temperatura do corpo não se altere.
O corpo humano, e dos demais animais, tem algumas formas de refrigeração: irradiação,
aquecimento do ar próximo à pele – e esse ar se vai, sendo substituído por outro mais frio – e
evaporação de água. Note que mesmo em dias ou regiões frias precisamos eliminar os 100
W: as roupas grossas são necessárias para que eliminemos apenas esses 100 W, não mais, o
que faria com que a temperatura do corpo ficasse demasiadamente baixa. Se estamos em
atividade física, a potência dissipada é maior e, portanto, a necessidade de refrigeração
também é maior.
Por irradiação e sem roupa nenhuma, perdemos cerca de 10 W para cada OC de diferença
de temperatura entre nossa pele e o ambiente.
Por exemplo, com a pele a cerca de 34OC você se sentirá confortável em uma noite na praia,
com pouco roupa e com uma brisa de 1 m/s, se a temperatura do ar for de
aproximadamente 29OC; acima disso, você sentirá calor e abaixo disso, frio. Entretanto,
vestido e em um ambiente fechado, sentimos calor a 29OC e, provavelmente, começaremos
a suar, pois os mecanismos de irradiação e de aquecimento do ar próximo à pele não são
suficientes para eliminar os 100 W que produzimos.
Ao nadar, a perda de energia pelo corpo é da ordem de 50 W para cada grau célsius de
diferença entre a nossa pele e a água, desde que esta esteja abaixo de 30OC.
E os outros animais?
Há uma “lei de escala” que permite avaliar as necessidades energéticas dos diferentes
animais. Vamos descobrir essa lei de escala. Primeiro, a necessidade energética deve ser
proporcional à massa do animal: quanto maior um animal maior será seu sistema
circulatório; seu peso a ser sustentado pelos músculos, etc. Assim, poderíamos desconfiar
que o consumo de energia cresce com a massa do animal,
P~m
Mas, por outro lado, todo o animal deve resfriar seu corpo e os principais mecanismos de
refrigeração ocorrem pela superfície do corpo: nossa pele. Essa superfície é proporcional ao
quadrado da dimensão do animal, digamos l. Como a massa é proporcional ao cubo da
dimensão do animal, m ~l3 ,concluímos que a capacidade de refrigeração será proporcional
à m2/3.
Com m em kg.
P=90 m ¾
Com P em cal/dia e m em kg