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LINCENCIATURA EM ENGENHARIA HIDRÁULICA

VIAS DE COMUNICAÇÃO

Materiais da Camada de sub-base


Discentes: Docente:

Délio Amós Baúle Eng. Celso L. Faife

Félix Fernando Muxlhanga

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INTRODUÇÃO

Em alguns locais nem sempre há uma pavimentação adequada,


ou nem mesmo qualquer pavimentação, mas é importante
que se entenda que um projeto de um pavimento bem
estruturado e bem executado pode trazer benefícios não só
para motoristas e sim para a população como um todo.
Logo, a pavimentação é de importância muito significativa para a
população, pois, em um mundo globalizado é impossível não
necessitar de vias pavimentadas para se locomover.

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OBJECTIVOS
Geral
 Efectuar uma abordagem a camada de sub-base;
Especificos
 Descrever todos os materiais utilizados na sub-base;
 Abordar acerca das propriedades dos materiais utilizados na
sub-base;
 Descrever os ensaios realizados nos tais materiais.

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METODOLOGIA DO TRABALHO

Foi possivel comecar este trabalho com ajuda de


certos manuais electronicos fornecidos pelo
colegas que ja fizeram a cadeira de vias de
comunicação e com base nas pesquisas efectudas
na internet pelo grupo, com os website
referenciados na bibliografia.

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PAVIMENTAÇÃO

Um pavimento é uma estrutura contituida por um conjunto de multi –


camadas colocadas sobre uma plataforma de suporte, como
representado na figura 01. Abaixo da plataforma, sobre a qual assenta
o pavimento, tem – se a fundação do pavimento, geralmente contituida
pelo solo de fundacção e pelo leito do pavimento.
C:\Users\MLC\Desktop\Para Trabalho\Figura01.jpg

O comportamento de cada camada do pavimento depende das


características e propriedades do material que a constitui, da
espessura e de sua posição relativa na estrutura do pavimento.
As espessuras de cada uma das camadas dependerá do projeto de
dimensionamento estrutural

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PAVIMENTO FLEXIVEL
Segundo Balbo (2007), é o pavimento no qual a absorção de esforços dá-se
de forma dividida entre várias camadas, encontrando-se as tensões verticais
em camadas inferiores, concentradas em região próxima da área de
aplicação da carga.

Segundo o Manual de Pavimentação do DNIT, pavimento flexível é aquele


em que todas as camadas sofrem deformação elástica significativa sob o
carregamento aplicado e, portanto, a carga se distribui em parcelas
aproximadamente equivalentes entre as camadas.

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CAMADA DE SUB - BASE
É a camada complementar à base, quando, por circunstâncias técnicas e
econômicas, não for aconselhável construir a base diretamente sobre a
regularização ou reforço do subleito.
Segundo a regra geral — com exceção dos pavimentos de estrutura
invertida - o material constituinte da sub-base deverá ter características
tecnológicas superiores às do material de reforço; por sua vez, o material
da base deverá ser de melhor qualidade que o material da sub-base
(BALBO, 2007).
Figura.jpg

Principais finalidades:
 Resistir e distribuir esforços verticais;
 Proteger durante a fase construtiva as camadas inferiores
 Proteger a base da subida de agua capilar;
 Drenagem interna do pavimento; e
 Resistencia a erosao
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CAMADA DE SUB - BASE

Os materiais utilizados nestas camadas repartem as pressões sobre a


plataforma de forma a manter as deformações ao nível dos limites
admissíveis.
São geralmente camadas constituídas por:
- Materiais estabilizados granulometricamente
– Materiais estabilizados com aditivos
Figura02.jpg

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Os materiais de base e sub-base são classificados segundo sua natureza
e seu comportamento aos esforços:
Materiais granulares e solos
Trabalham principalmente aos esforços de compressão. Os solos com
fração de finos (silte + argila) exibem coesão, mas resistem fracamente à
tração.
Materiais com adição de asfalto
Materiais que possuem suas partículas de agregados ou de solo unidas
por ligantes asfálticos que conferem aumento de resistência à
compressão e à tração com relação ao material de origem.

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SUB-BASES GRANULARES

 Estabilização Granulométrica
Camada de material constituído por solo, mistura de vários tipos de
solos, mistura de solo e materiais pétreos ou produtos totais de
britagem que atendem determinadas faixas granulométricas e
demais parâmetros preconizados nas especificações:
Figura03.jpg
Figura04.jpg
−𝑠𝑜𝑙𝑜 𝑏𝑟𝑖𝑡𝑎(𝑆𝐵)
Figura05.jpg −𝐵𝑟𝑖𝑡𝑎 𝐺𝑟𝑎𝑑𝑢𝑎𝑑𝑎(𝐵𝐺)
Figura06.jpg −𝐵𝑟𝑖𝑡𝑎 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑖𝑑𝑎(𝐵𝐶)
−𝑅𝑎𝑐ℎ𝑎𝑜
−𝑆𝑜𝑙𝑜 𝑎𝑟𝑒𝑛𝑜𝑠𝑜 𝑓𝑖𝑛𝑜 𝑙𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑡𝑖𝑐𝑜 (𝑆𝐴𝐹𝐿)

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SUB-BASES GRANULARES

 Macadame Hidraulico
o Materiais componentes: Agregados graúdos nominais de
Agregado graúdo; grande dimensão: 100, 75 ou 63mm.
Agregado miúdo (material Escolha depende da espessura da
de enchimento); e camada.
Agua.
Preenchimento dos vazios restantes
O macadame seco, alem de
pelos agregados miúdos com auxílio
simplificar o processo de
de água, seguido de compressão.
construção evita o
Figura07.jpg
enchercamento, sempre
Figura08.jpg
indesejavel, do subleito.

 Macadame Seco
Materiais similares ao macadame hidráulico,
porém sem o uso da água.
Figura09.jpg 11
SUB-BASES ESTABILIZADAS(COM ADITIVOS)

 Solo-Cimento
Mistura devidamente compactada de solo, cimento Portland e água; a
mistura solo-cimento deve satisfazer a certos requisitos de densidade,
durabilidade e resistência, dando como resultado um material duro,
cimentado, de acentuda rigidez à flexão. O teor de cimento adotado
usualmente é da ordem de 65 a 10%.

Figura10.jpg

 Solo Melhorado com cimento

Obtida mediante a adição de pequenos teores de cimento (2% a 4%),


modificando no solo, a plasticidade e sensibilidade à água, sem
cimentação acentuada, são consideradas flexiveis.
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SUB-BASES ESTABILIZADAS(COM ADITIVOS)
 Solo-cal
solo areno-argiloso ou silto-argiloso, de preferência;
cal hidratada: em geral superior a 4% em relação ao peso seco;
água;
Solos argilosos são tratados com cal para melhorar sua
trabalhabilidade.
Figura11.jpg

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ENSAIOS SUBMETIDOS OS MATERIAIS DA
CAMADA DA SUB-BASE

Os parâmetros especificados para as variadas fases da


construção de sub-bases (granulometria, CBR, GC) devem
ser submetidos a uma análise estatística para aceitação.
Os valores máximos e mínimos decorrentes da amostragem a
serem confrontados com os valores especificados serão
calculados pelas fórmulas de controle estatístico
recomendadas pelo contratante.

Para a camada de sub-base são realizados três


ensaios importantes:
 Ensaio de Identificação do solo
 Ensaio de CBR ou ISC; e
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 Ensaio de Compactação do solo.
ENSAIO DE IDENTIFICAÇÃO DO SOLO

A técnica de preparação de amostras de solo para ensaios de


Identificação, tal como são recebidas do campo: Preparação por via
seca de amostras para Ensaios de identificação.
O esquema da figura 12 apresenta-se as diferentes fases dessa técnica.
Figura12.jpg

O ensaio de identificação do solo permite determinar a granulometria do


solo e os limites de Consistência conhecidos como Limites de Atteberg

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Analise Granulométrica dos solos
Granulometria é a distribuição, em porcentagem, dos diversos tamanhos
de grãos.
Para se proceder uma análise granulométrica de um solo, é necessário
fazer com que as componentes deste atravessem peneiras, as quais são
dispostas ordenadamente, superpondo-as na ordem de série, sempre
iniciando com a de maior abertura de malha.Figura.jpg - Granulometria-
Peneiras.jpg
A análise granulométrica consiste, em geral, em duas fases distintas:
peneiramento e sedimentação
A determinação das dimensões das partículas do solo e
das proporções relativas em que elas se encontram, é
representada, graficamente, pela curva granulométrica.
Figura13.jpg
Figura14.jpg
Figura15.jpg 16
IG  0, 2a  0,005ac  0,01bd

IG =0 Solos óptimos
IG=20 solos péssimos

Solos granulares IG - entre 0 a 4


Solos siltosos IG - entre 1 a 12
Solos Argilosos IG - entre 1 a 20 17
(Índice de Suporte Califórnia)
O índice de suporte Califórnia irá determinar qual a expansão do solo e a
sua resistência, o que será muito importante para a analise e definição de
espessura de camada e qualquer tratamento que se faça necessário para
evitar desgaste precoce do pavimento.

A norma NORMA DNIT 172/2016 – ME tem por objetivo fixar as condições


para determinação do Índice de Suporte Califórnia de solos, utilizando
amostras não trabalhadas.

O ensaio do índice de suporte Califórnia deve ser complemento do ensaio


de compactação do solo.

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Ensaio de Compactação do solo
A norma DNER-ME 162/94 estabelece um método para determinar a
correlação entre o teor de umidade e a massa especifica do solo seco.
Com essa norma podemos definir a curva de compactação, a massa
especifica aparente máxima do solo seco e a umidade ótima do solo.
Figura16.jpg

O objetivo do ensaio é obter a curva de compactação e definir o teor de


umidade ótimo e densidade seca máxima para uma energia
especificada.
Ao se definir estes parâmetros experimentalmente passa-se a controlar o
grau de compactação (GC)

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Este controle é feito, normalmente de 100 em 100m, alternando-se o
local de verificação, ou seja, o controle é feito na sequência: bordo
direito, eixo, bordo esquerdo, eixo, bordo direito.
Ensaio de Proctor Normal – NBR 7182
• preparação da amostra:
– secar ao Ar.
– destorroar
– acrescentar água até w = 5%
– colocação no cilindro padrão

• Compactação:
– determinação de gd e w %
– w aumentada (ou diminuida) em 2% para novo ensaio
Figura.jpg - Protor.jpg

A espessura de compactação mínima é de 10cm e


a máxima é de 20cm.
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Parâmetro determinado pelo ensaio e o recomendado para
projectos de estrada Sub-base:
 CBR ≥ 20%;
 Expansão ≤ 1%; e
 IG=0.

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CONCLUSÃO

Em geral conclui-se que para que nao haja problemas prematuros nas
vias, é importante que se realize todas a s etapas do projecto de
acordo com os parametros determinados nos ensaios(in situ e
laboratoriais) para garantir um pavimento com uma vida útil máxima
possivel, pois as condições das das vias e da sua pavimentação afecta
directamente a sociedade e melhor funcionamento do tráfego, sejam
elas positivas ou negativas.
Com isso é necessário que se faça o controle de execução das camadas
para garantir que sejam atendidas as especificações de materiais e
serviços para que o pavimento possa apresentar o melhor
desempenho possivel, atendendo ao trafégo para qual foi
dimensionado o durante toda vida vida útil do projecto.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÂFICA

[1]. ROSSI, Ana Carolina, Etapas de uma obra de pavimentação e


Dimensionamento de pavimento para uma via na ilha de Fundao, 1.ed. Rio de
Janeiro:UFRJ/Escola Politecnica, 2016;
[2]. MARQUES, Geraldo L., Notas de aula de disciplina de pavimentação, 1.ed., Rio
de Janeiro:UFJF, 2006;
[3]. Liedi Bariam Bernucci… et al. Pavimentação asfaltica: formação basica para
engenheiros, 1.ed. Rio de Janeiro: PETROBRAS:ABEDA, 2006;
[4]. HISTÓRIA DAS RODOVIAS. 2004. Disponível em: <http://estradas.com.br>.
Acesso em: 1/8/2006;
[5]. BALBO, J. T. Pavimentação Asfáltica: materiais, projetos e restauração. São
Paulo: Oficina de Textos, 2007; e
[6]. FATEC – FACULDADE DE TECNOLOGIA DE PAVIMENTAÇÃO. Disponível em:
http://www.professoredmoura.com.br/download/Class.-HRB.pdf. Acesso em
09/02/2017.

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