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Pacientes vivem incertezas Já são três meses sem medicamentos necessários para os mais variados
tratamento contra o câncer
Pacientes com câncer do Hospital Ophir Loyola denunciam que estão enfrentando longos períodos sem medicação e
que alguns tratamentos estão prejudicados há cerca de três meses. Quem reclama escuta todo tipo de explicação,
mas quase sempre a justificativa informal dos funcionários é falta de verbas para compra dos remédios. Nunca há
previsão de quando os estoques voltarão ao normal. Enquanto isso, novos pacientes chegam do interior a todo
momento e só encontram atendimentos incompletos. O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) já recebeu
algumas denúncias, oficialmente, e aguarda o posicionamento do hospital para tomar alguma medida.
Obra em UPA que custou quase R$ 6 milhões está parada e sem prazo para entrega
De acordo com moradores do bairro do Jurunas, a Unidade de Saúde que está sendo construída na região já teve o prazo de
entrega prorrogado quatro vezes.
09/11/2018 17h05
Estoque de sangue para doação no Hemopa está 60% abaixo do normal (Foto: Arquivo) Para tentar evitar os prejuízos, a coleta foi
descentralizada e está sendo feita inclusive em shoppings da cidade (Foto: Arquivo)
A Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa) está convocando doadores voluntários de todos os tipos de sangue
para suprir estoque que está com capacidade de atendimento de apenas 40% da demanda transfusional da rede hospitalar pública e
privada do estado, que corresponde a mais de 200 hospitais. Somente na capital paraense são cerca de 95.
A diminuição no número de coletas, que baixou cerca de 60%, pode interferir no atendimento satisfatório das solicitações de transfusão aos
pacientes. Segundo a gerente de Captação, a assistente social Juciara Farias, para favorecer o acesso aos serviços, descentralizou a
coleta de sangue com a implantação da Estação de Coleta Castanheira, Estação de Coleta Pátio Belém e coleta na última semana de cada
mês, na Estação Cidadania Icoaraci. A assistente social explica que o número ideal de bolsas coletadas diariamente é de 300 bolsas de
sangue.
Para ser um candidato à doação de sangue, é necessário ter entre 16 e 69 anos (menores devem estar acompanhados do responsável
legal), ter mais de 50 kg, estar bem de saúde e portar documento de identificação oficial, original e com foto. Homens podem doar com
intervalo de dois meses e mulheres, a cada três meses.
Na Região Metropolitana de Belém, as doações de sangue podem ser feitas de segunda a sexta-feira, de 7h30 às 18h, e aos sábados, de
7h30 às 17h, tanto no Hemocentro Coordenador (Padre Eutíquio, 2109) quanto na Estação de Coleta Castanheira (acesso ao Pórtico
Metrópole). De segunda a sexta-feira, de 10h às 17h, na Estação de Coleta Pátio Belém, no primeiro piso do Shopping Pátio Belém, dentro
da Estação Cidadania.
Estado deve ter cerca de 700 novos casos de câncer de mama este ano
Estado deve ter cerca de 700 novos casos de câncer de mama este ano (Foto: Irene Almeida) Josiane Damasceno faz terapia alvo
a cada 21 dias contra a doença
No mundo todo, o câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres, representando cerca de 25% de todos os casos novos da
doença. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada ano surgem 1,38 milhão de novos casos e 458 mil mortes pela
patologia. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estimou o surgimento de 59.700 novos casos em 2018. No Pará, a estimativa foi
de 740 novos casos neste ano, sendo 360 somente em Belém.
Dentro desse contexto, a difusão de informações sobre o tema é um dos fatores que contribuem para a conscientização do público
feminino sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce. Por isso, o Centro de Tratamento Oncológico (CTO), sediado em
Belém, promove até amanhã o primeiro Simpósio Amazônico de Câncer de Mama, na capital paraense.
O evento reúne mastologistas, oncologistas, enfermeiros, psicólogos e outros profissionais da área da saúde que formam equipes
multidisciplinares para atuar no tratamento da doença. Acadêmicos das áreas e pacientes com câncer também participam do evento.
O mastologista Fábio Botelho de Almeida, da comissão organizadora do evento - que atua na CTO e no Hospital Ophir Loyola –, ressalta
que a medicina evolui muito nos últimos anos no campo da oncologia e hoje oferta diversos tipos de tratamento às pacientes, sempre com
uma atenção multidisciplinar. “O câncer de mama é uma doença grave, mas quando é diagnosticado precocemente as chances de cura
podem chegar a 95%. Além disso, o tratamento costuma ser menos invasivo”, explica o mastologista, que acrescenta que a ideia da CTO é
dar continuidade ao evento pelos próximos anos, inclusive leva-lo para outras capitais do País.
BATALHA
Há dois anos, a administradora Josiane Damasceno, 46, descobriu um nódulo na mama direita durante o banho, quando fazia um simples
exame de toque. Ela conta que havia feito a última mamografia – exame que diagnostica a doença – um ano antes. A paciente precisou
repetir a mamografia e, em seguida, uma biópsia confirmou que o caroço era maligno. Josiane viajou para São Paulo, onde deu início ao
tratamento. Mas, oito meses depois, quando passava por exame pré-operatórios para retirar a mama, ela recebeu a notícia de que havia
tido uma metástase óssea e pulmonar.
A paciente precisou retomar as sessões de quimioterapia e a metástase óssea e pulmonar ficaram inativas. “A doença tem controle, mas
não tem cura. Para não voltar a ficar ativa, faço a terapia alvo a cada 21 dias. Faço parte de uma ONG de São Paulo que ensina que
precisamos conhecer o tipo da doença, qual tratamento serve e, assim, fica mais fácil lidar”, diz.
O Simpósio Amazônico de Câncer de Mama vai até amanhã, no salão Empire State, do Edifício Metropolitan Tower, em Belém.
Hospital Abelardo Santos, em Icoaraci, será o maior do Estado do Pará
11/11/2018 07:00h
As obras estruturais no Hospital Abelardo Santos, no distrito de Icoaraci, na Grande Belém, já estão quase 100% concluídas. A unidade de
saúde será a maior do Pará, com 10 andares, 269 leitos e portas abertas para atender cerca de 2 milhões de pessoas somente na região
metropolitana, além de ser mais uma opção para desafogar o atendimento dos municípios da região das ilhas e nordeste do estado.
Até o início de dezembro, o hospital, antes com capacidade para 50 leitos em somente um pavimento, será inaugurado. A unidade de
saúde está 95% pronta, faltando apenas a instalação dos equipamentos médico-assistenciais e as obras de acabamento do andar térreo.
“Um diferencial desse projeto é o porte da obra, que o coloca como o maior hospital público do Pará, em área construída e número de
leitos. Teremos até piscina para fisioterapia no andar térreo”, afirmou o arquiteto Joaquim Meira, que integra o grupo da Secretaria de
Estado de Saúde Pública (Sespa), responsável pela elaboração do perfil assistencial do hospital.
Com mais de 28 mil m², a obra de construção e aparelhamento do novo hospital tem aporte financeiro do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com investimentos de R$ 196 milhões.
Mais de 300 operários estiveram em um trabalho simultâneo em todos os andares para garantir a entrega do Hospital Abelardo Santos.
Serviços – Após a entrega, a população passará a contar com serviços de clínica pediátrica, cirúrgica, médica e de traumatologia, terapia
renal, unidade de transplante, maternidade, unidade de tratamento intensivo (UTI) infantil e adulto, centro cirúrgico com seis salas,
laboratório de análise clínicas, serviço de reabilitação e centro de diagnóstico por imagem, que fará exames mais completos de
mamografia, ressonância magnética e tomografia computadorizada.
O Abelardo Santos é um dos seis novos hospitais públicos construídos em diversas regiões do estado, com o objetivo de ampliar e
descentralizar o atendimento na rede pública, melhorando a assistência à população em todo o Pará.
Estrutura - De alta complexidade, o novo hospital ofertará à população 269 leitos – mais 100 com a obra de ampliação. Desses, 90 serão
de UTI – que ocuparão um andar inteiro –, além de 150 leitos operacionais de internação, mais cinco leitos de PPP (pré-parto, parto e
puerpério) da Rede Cegonha e 28 leitos de observação de urgência/emergência, a partir do perfil assistencial estabelecido, no qual já
estão contemplados ambientes e serviços referentes ao Programa da Rede Cegonha, Neonatologia Completa - com UTI e UCIs (Unidades
de Cuidados Intermediários) -, UTIs Adulta e Pediátrica, Banco de Leite Humano, Centro Cirúrgico/Obstétrico e Unidades de Internação
Pediátrica e Obstétrica.
Ecologicamente correto, o hospital terá em seu 10º andar uma laje técnica, espaço para instalação de parte dos equipamentos de ar-
condicionado, placas solares e boiler-tanque, que armazena e mantém a água sempre aquecida. O 8º e o 9º pavimentos serão destinados
à expansão de leitos de internação.
Acabamento – A obra prossegue nas demais áreas internas dos pavimentos, do 7º ao térreo. Neste último, o trabalho está em fase de
acabamento final, e logo entrará na fase da pintura..
Para o governador Simão Jatene, espaços que ainda possam ser inseridos à obra “servirão para que não só os pacientes e familiares, mas
também os funcionários, médicos e enfermeiros tenham plenas condições de trabalho”.
Segundo o governador, o novo Hospital Abelardo Santos significa, “ao lado da construção dos outros hospitais regionais, um divisor de
águas na história do atendimento à população na área de saúde”.
Referência – O novo Hospital Regional Abelardo Santos abrigará o Centro de Referência Estadual em Pacientes de Fissura Labiopalatal
Palatal e será implantada uma Câmara Técnica para discutir o protocolo de atendimento a esse tipo de paciente no Estado do Pará.
Por Natália Mello
Novos hospitais aumentam para quase cinco mil o número de leitos no Pará
O hospital de Itaituba terá, entre os serviços, um centro de hemodiálise com 22 máquinas
09/11/2018 11:14h
Quatro novos hospitais estão sendo construídos pelo Governo do Estado e vão incorporar mais 678 novos leitos na rede estadual
de saúde. A oferta dos leitos de internação nos últimos anos soma 4.221 leitos. Atualmente, estão cadastrados 10.796 leitos do
Sistema Único de Saúde (SUS) no Pará.
Entre as unidades em construção, destaque para o novo Hospital Abelardo Santos, no distrito de Icoaraci, cuja obra está em fase
de acabamento. Previsto para ser entregue em dezembro, o centro de saúde será o maior hospital público da região
metropolitana de Belém.
Orçada em R$ 213 milhões, a obra é financiada com recursos que o Estado obteve junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES). O prédio principal de 10 andares já está pronto e terá 269 leitos. É um hospital com ampla
cobertura e com a oferta dos seguintes serviços: clínica pediátrica, médica e de traumatologia; terapia renal; transplante;
maternidade; 60 Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) - 20 pediátrica, 20 neonatal e 20 adulta); centro cirúrgico com cinco
salas; laboratório de análises clínicas, exames de mamografia, ressonância magnética e tomografia.
Nos municípios de Itaituba, Castanhal e Capanema estão sendo finalizados três hospitais regionais. O Regional do Tapajós, em
Itaituba, terá 170 leitos, sendo 30 Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) - 10 adulta, 10 neonatal e 10 pediátrica. O novo
hospital terá, entre os serviços, um centro de hemodiálise com 22 máquinas. A obra está orçada em R$ 148 milhões e a previsão
de conclusão é até o final de dezembro.
Em Castanhal, o Hospital Regional do município é outro que o Governo do Estado vai entregar até o final de 2018. Terá 179
leitos, sendo 40 de Unidades de Tratamento Intensivo - 20 adulta e 20 pediátrica; um Centro Cirúrgico com seis salas; serviços de
urgência e emergência; radioterapia, quimioterapia e hemodiálise.
Em Capanema, está sendo construído o Hospital Regional dos Caetés. É mais uma unidade de saúde estratégica na cobertura
de alta e média complexidade; atenderá a população de 17 municípios da Região Nordeste. Além disso, terá capacidade para
assistir 500 grávidas ao mês com serviços semelhantes aos da Santa Casa de Misericórdia do Pará. São 60 leitos, incluindo 20
UTIs - 10 adulta e 10 neonatal. A obra já está com 56% executada e o projeto é orçado em R$ 37 milhões.
Essas novas unidades se juntarão aos hospitais que já operam em alta e média complexidade instalados em Belém, Santarém,
Marabá, Altamira, Paragominas, Breves, Conceição do Araguaia, Redenção, Salinópolis, Cametá e Tucuruí. Só na capital, o
Estado instalou cinco grandes hospitais: Metropolitano, Santa Casa, Galileu, Hospital do Câncer Infantil e Jean Bitar. Em Garrafão
do Norte; Ipixuna e Barcarena já contam com hospitais em pleno funcionamento.
Descentralização - Na área da oncologia infanto-juvenil, a população tem como referência o Oncológico Infantil para tratamento
do câncer em crianças e jovens. Já em 2016, o Governo do Pará inaugurou a Unidade de Alta Complexidade em Oncologia
(Unacon) Dr. Vitor Moutinho, de Tucuruí, no Sudeste do Pará. A Unacon de Tucuruí atende demandas referentes ao tratamento e
prevenção do câncer nas regiões do Lago de Tucuruí. Em Santarém, oeste do Pará, cerca de 1.776 pacientes estão em
tratamento oncológico no Hospital Regional do Baixo Amazonas e desses: 625 são casos de câncer de mama, 448 de câncer de
próstata, 157 de câncer de colo do útero e 128 de câncer de pele. Santarém é um polo de tratamento de câncer.
Barcarena - O município conta com uma nova maternidade para gestação de alto risco. Com modernas instalações, o Hospital
Materno-Infantil conta com 65 leitos, sendo 10 para Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) adulta, 10 de UTI neonatal e 10 de
Unidade de Cuidados Intermediários (UCI).
Localizado no Bairro Novo, as instalações ocupam cinco blocos construídos em uma área de 10.710 mil m². São seis
consultórios; dois laboratórios; Raio-X; ultrassonografia e mamografia; salas de emergência, observação infantil e adulto, de
inalação, curativos e isolamento; bloco com três salas cirúrgicas e uma sala de recuperação pós-cirúrgica. A unidade hospitalar
também possui nove enfermarias materno-infantil; brinquedoteca; cinco salas de parto (duas com banheiras para parto
humanizado) e uma área para doação de leite materno.
Essas obras somam-se ao programa de descentralização e requalificação dos hospitais municipais, que desde 2015 está
viabilizando a construção, reforma e ampliação de hospitais de pequeno porte, em parceria com as prefeituras. Algumas obras
são executadas em convênio com as prefeituras.
Por Márcio Flexa
Hemopa convoca doadores de todos os tipos de sangue