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POLÍCIA CIVIL | RS

DELEGADO DE POLÍCIA

CRIMINOLOGIA - Parte 1
Prof. Christiano Gonzaga
POLÍCIA CIVIL | RS
Delegado de Polícia

CRIMINOLOGIA
Prof. Christiano Gonzaga

www.acasadoconcurseiro.com.br
Edital

CRIMINOLOGIA: 1. Criminologia. 1.1. Conceito. 1.2. Métodos: empirismo e interdisciplinaridade. 1.3.


Objetos da criminologia: delito, delinquente, vítima, controle social. 2. Funções da criminologia. 2.1.
Relações entre criminologia, política criminal e direito penal. 3. Modelos teóricos da criminologia. 3.1.
Teorias sociológicas. 3.2. Prevenção da infração penal no Estado democrático de direito. 3.3. Prevenção
primária. 3.4. Prevenção secundária. 3.5. Prevenção terciária. 3.6. Modelos de reação ao crime. 4.
Criminologia Cultural. 5. Criminologia Feminista. 6. Criminologia Queer.

BANCA: Fundatec
CARGO: Delegado de Polícia
criminologia

CRIMINOLOGIA QUEER, CRIMINOLOGIA CULTURAL

1) Criminologia Queer

De origem inglesa, a palavra queer significa diferente, perverso.


O primeiro teórico a se referir a esse termo, mas ainda não com essa palavra específica foi
o cientista italiano, Cesare Lombroso ao se referir ao “criminoso nato”, aquele que possuía
determinadas características físicas perversas e que, por isso era determinado ao crime.
Lombroso utiliza termo “pederasta” para se referir aos homossexuais.
Durante o século XIX, o preconceito com o diferente ou, no termo técnico queer, se expandiu
ao redor do mundo. Situações extremas como a segregação racial nos Estados Unidos e a
consequente criação de movimentos racistas como Klu Klux Klan (fundado em 1866) reforçaram
o preconceito com o diferente, com o perverso.
Ainda, na contemporaneidade é possível se ver resquícios de segregações perversas como, por
exemplo, no emprego de substantivos como “bicha” e “viado” aos amantes do mesmo sexo.
Essas são nada mais que formas de criminalização do queer, do diferente.
Cura gay: A sociedade brasileira contemporânea prega a hegemonia de valores tradicionais,
como a família, como a heterossexualidade e a normalidade da conduta. Tais importâncias
elencadas pela sociedade como esperadas, entram em conflito com o Queer, com o
homossexual que é diferente de tudo que é esperado pela sociedade tornando-o, assim, alvo
de crime, de criminalização pela diferença: é a criminologia queer.
Os tipos penais mais comuns, praticados em virtude dessa diferença são o homicídio (art. 121)
e a lesão corporal (129).
Essa criminalização, essa diferença geram no cidadão a sensação de que o diferente é uma
doença e ele é a cura: é a cura x doença.
Solução: A criminologia queer trás como solução a modificação das leis como forma de proteção
aos diferentes.

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2) Criminologia cultural

Nesse viés da criminologia, o crime é visto como um produto de consumo.


Na sociedade contemporânea o crime é divulgado, muitas vezes, de maneira comercial pela
mídia em seus mais diversos programas jornalísticos que, além da divulgação do fato em si, dos
bandidos e dos crimes, expõe o maniqueísmo bem x mal.
Exemplo: comerciais, clipes de rappers, músicas de funk, síndrome da barbie etc...

3) Criminologia feminista

Análoga a criminologia queer, em que há hegemonia da heterossexualidade, a criminologia


feminista nasce em reposta à hegemonia de gênero.
Marcada pelo patriarcado em suas mais diversas formas, a sociedade brasileira manifesta
sua hegemonia de gênero de maneira cruel no Direito Penal. Como exemplo é possível citar
a criminalização do aborto e a dúvida que paira sempre sobre o estupro, se o ato realmente
foi forçado ou não, fruto da carga histórica da expressão “mulher honesta” que fazia parte do
Código Penal Brasileiro até 2009.

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