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A MAIOR REFERÊNCIA EM VINHOS DO BRAS

PRATOS CERTEIROS
E OUSADOS PARA
HARMONIZAR
COM MALBEC

TERROIR BRASIL
RAIO-X DO NOVO GUIA ADEGA

10 COISAS QUE VOCÊ


PRECISA SABER SOBRE
OS VINHOS DO PIEMONTE

ENOLOGIA REVELADA
EM LIVRO DO SÉCULO I

COMO EVITAR
VINHOS FALSIFICADOS

“OS OUTROS”
DE BORDEAUX
10 PRODUTORES
QUE VOCÊ PRECISA
€ 4,00
N - R$ 18,00 –

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ISSN 1808-3722
ANO XIO-155

DA LISTA DE 1855
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EDITORIAL |

Os “outros”
DIREÇÃO
PUBLISHER
Christian Burgos - christian@innereditora.com.br

DIRETORA DE OPERAÇÕES
Christiane Burgos - christiane@innereditora.com.br

REDAÇÃO
Mouton, Latour, Haut-Brion, Margaux e Laite. É quase impossível falar EDITOR
de Bordeaux sem pensar nesses cinco nomes. Propriedades célebres que Arnaldo Grizzo - a.grizzo@revistaadega.com.br

se tornaram famosas com o tempo e tiveram seu prestígio consagrado na DIRETOR DE ARTE
Ricardo Torquetto - ricardo@innereditora.com.br
histórica Classiicação de 1855, quando foram apontadas como sendo os
produtores dos melhores vinhos bordaleses (Mouton, na verdade, “subiu” Aldeniei ASSISTENTE DE ARTE
Gomes - arte@innereditora.com.br
de nível mais tarde, mas já aparecia na lista da época).
EDITOR DE VINHO
Passaram-se mais de 160 anos dessa classiicação e, até hoje, os Eduardo Milan - eduardo.milan@revistaadega.com.br
vinhos nela listados, majoritariamente da região do Médoc, são os mais CORRESPONDENTES INTERNACIONAIS
lembrados pelos enóilos. Além dos cinco Premiers Crus Classés, há outras Patricio Tapia e Steven Spurrier

quatro categorias inferiores reunindo, ao todo, 61 châteaux. No entanto, COLABORADORES


Bordeaux não se resume ao Médoc. E, por isso, tampouco se restringeMauricio
a
Beto Duarte, Christiane Miguez, Daniel Perches, Guilherme Velloso,
Leme, João Paulo Gentille e Juliana Trombetta Reis (texto)
uma única classiicação. ADEGA então resolveu levantar as outras listas
PUBLICIDADE
de propriedades bordalesas reconhecidas, para que você possa ampliar seu publicidade@innereditora.com.br
mapa da região. +55 (11) 3876-8200 – ramal 11

Nesta edição, também vamos nos embrenhar pelo Piemonte e REPRESENTANTES COMERCIAIS - BRASIL
Renato Scolamieri - renato@rscola.com.br
trazer uma lista de 10 coisas que precisam ser conhecidas sobre essa Carminha Aoki - carminhaaoki.adegasabor@gmail.com
região produtora de alguns dos melhores vinhos italianos. Aqui você vai
RIO GRANDE DO SUL/SANTA CATARINA
encontrar curiosidades e descobrir que os vinhos piemonteses podem ir Sônia Machado - sonia@vistamontes.com.br

muito além do que, em geral, se imagina. MARKETING


Ainda falando da Itália e de curiosidades, levantamos as origens dos marketing@innereditora.com.br

tratados sobre enologia, escritos no século I por Columella e, acredite, INTERNATIONAL SALES
Estados Unidos
com princípios utilizados até hoje. Quais técnicas e ensinamentos Inner Publishing - sales@innerpublishing.net
perduram? FINANCEIRO
ADEGA também vai dar dicas para você tentar reconhecer vinhos inanceiro@innereditora.com.br

falsiicados. Que tipo de detalhes no rótulo, na rolha, na cápsula, na PRODUÇÃO


garrafa etc., devem ser observados para evitar cair em fraudes? Vamos Baunilha Editorial

tratar ainda de possíveis harmonizações com Malbec, com opções certeiras CIRCULAÇÃO
R.Scola Marketing Editorial
e ousadas de pratos que combinam com o vinho símbolo da Argentina.
Aqui também vamos dar uma pequena prévia do Guia ADEGA de ASSINATURAS
assinaturas@innereditora.com.br
Vinhos do Brasil 2018/2019, que será lançado em breve. Levantamos +55 (11) 3876-8200
Distribuição Nacional pela Treelog S.A. Logística e Distribuição
os números e traçamos um panorama do que está acontecendo na
vitivinicultura nacional após oito edições desse guia, que é a principal Machado Rodante ASSESSORIA JURÍDICA
Advocacia - www.machadorodante.com.br
referência de vinhos brasileiros no mercado.
IMPRESSÃO
Trazemos tudo isso juntamente com uma seleção sempre criteriosa EGB Editora Gráica Bernardi LTDA
de rótulos avaliados e também de notícias sobre tudo o que acontece de DISTRIBUIDOR EXCLUSIVO PARA O BRASIL
importante nesse encantador mundo do vinho. Total Publicações

Revista ADEGA
é uma publicação mensal da INNER Editora Ltda.
Saúde, A Inner Editora não se responsabiliza por opiniões, ideias e conceitos
emitidos nos textos publicados e assinados na revista ADEGA, por serem
de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es).
Christian Burgos e Arnaldo Grizzo
www.revistaadega.com.br
Prepare-se para a experiência inédita no Brasil!
Desvende a riqueza e versatilidade da Rainha das
Castas Brancas. De 22 a 27 de outubro em São Paulo.

22/10: Abertura - Palestra + Degustação “Descomplicando o


vinho alemão”
23/10: Master Class Grand Cru Josephshöfer Monopol, com
sua degustação vertical de seis safras (2001/2005/2008/
2010/2012/2015)
24/10: Jantar harmonizado com a presença do
produtor Baron Knyphausen
25/10: Master Class: Riesling de Terroir com degustação
de seis Grand Crus (Saar, Mosel, Vale de Reno, Palatinado,
Württemberg, Baden)
26/10: Master Class sobre Riesling de sobremesa
(Kabinett, Spätlese, Auslese, Beerenauslese,
Trockenbeerenauslese, Eiswein)
27/10: Grande Degustação de 50 Rieslings

E mais: eventos em Campinas e Campos do Jordão

Acompanhe: www.semanariesling.com.br

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40

38 54

38 DEGUSTAÇÃO
Um novo Marques de Casa
Concha para mudar a ilosoia
70 TERROIR BRASIL
Analisamos os números do
novo Guia ADEGA de Vinhos
de uma linha clássica do Brasil

40 LISTA
10 vinhos Crus Classés de
Bordeaux que não são da
74 ESCOLA DO VINHO
Dicas para você saber como
identiicar possíveis vinhos
Classiicação de 1855 falsiicados

54 ESCOLA DO VINHO
Dez coisas que você precisa
saber sobre a região do
78 HARMONIZAÇÃO
Listamos pratos certeiros e
ousados para combinar com
Piemonte, na Itália Malbec
CONTEÚDO |

74

78 85

80 CURIOSIDADES
Os primórdios da enologia,
ainda hoje válidos, em um livro 10|
TODO MÊS
CARTAS
do século I
12| ADEGA RESPONDE

14| PRESENTES
DROPS
16| MUNDOVINO

64 Última garrafa
Vinho de 1921 85| CAVE

66 Meia-idade
Benefícios à saúde
99| CLUBE ADEGA

106| QUEM DISSE

68 Exportação
Números do Brasil
CARTAS| ESCREVA PARA REDACAO@REVISTAADEGA.COM.BR

Caros editores da revista ADEGA, é com bastante pesar que impressionada!


venho, Até que então descobri que estas garrafas, leiloadas p
por meio desta, despedir-me e fazer um breve comentário sobrepreços
a exorbitantes, foram apontadas como falsiicadas. Atualmente,
controversa história do famoso e estimado colecionador de vinhos,
ainda não se sabe a verdade, no entanto, devemos levar em conta que
Hardy Rodenstock, que veio a falecer no dia 19 de maio deste Rodenstock
ano, aos sustentou até o inal de sua vida que estes vinhos eram
76 anos de idade. Desde a minha infância, convivi com um tio autênticos,
que era mesmo após diversas acusações e ações judiciais. Deste
um verdadeiro amante de vinhos e, com o passar dos anos, também
modo, particularmente, preiro continuar acreditando que realmente
passei a contemplá-los. Assim, adquiri certa curiosidade em são,
ler pois, muitas outras pessoas, assim como eu, e especialmente as
histórias sobre o assunto; algumas bem interessantes, por sinal,
que pagaram
outras uma fortuna nessas garrafas, icariam decepcionadas
nem tanto. Em uma destas pesquisas, deparei-me com o livro com
“O esta quebra de expectativas. Estes vinhos foram de grande suces
vinho mais caro da história”, escrito por Benjamin Wallace, que
na época
narra e, até mesmo, atualmente; e Hardy, apesar das acusações,
a “descoberta” de Hardy das famosas garrafas de vinho, aparentemente
mereceu todos os créditos por essa descoberta. Atenciosamente,
do século XVIII, em um porão em Paris, no ano de 1985. Fiquei Arielle N. Santos – Catalão/GO

Apple Maria & Bruce @sommeliercatsGabriel Bosso @vinosdeargentin Horácio Fernandes


Oba! Nossa primeira da assinatura Mis compañeros en la ruta del vino @horacio_fernandes
da #revistaadega chegou @patricioatapia @eduardomilan Bom vinho e boa leitura!
#sommeliercats #revistaadega #revistaadega

Cesar Oliveira @cesaroliveira10Dani Arruda @dani_arruda_somm Paulo Eduardo @duquiristo


Extraordinário. Um branco Muito interessante @revistaadega. Mais Bom dia! Hoje é segunda-feira,
de 14 anos, inteiro, evoluído, uma história para contar quando falamos dia de inspiração para começar a
parecendo até vinho de de vinho: “calendário lunar para enófilos”... semana! Acredito que esse pôr do
sobremesa. Os franceses Adorei! E vocês, meus amigos, acreditam nasol com uma taça de vinho em frente
são mestres. #revistaadega influência das fases da lua na degustação deaos parreirais uruguaios é uma ótima
#montrachet vinhos? #revistaadega inspiração! Bora trabalhar para poder
desfrutar de momentos como este.
Uma ótima semana! #revistaadega

Quer ver sua foto publicada aqui?


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10 A D E G A>> Edição 155
JÉSSICA MARINZECK
É A GANHADORA.
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6 sommeliers visitaram
as melhores vinícolas chilenas
para seleccionar as melhores variedades.
Apresentaram ao público brasileiro,
que escolheu como a “Rainha de Copas"
ADEGA RESPONDE ENVIE SUAS DÚVIDAS PARA REDACAO@REVISTAADEGA.COM

O sommelier
e a rolha
“Por que o sommelier no restaurante saca a rolha e apresenta para o cliente?
O que eu deveria fazer com ela?”, questiona o leitor Jonas Ferrão

O
ritual é sempre o mesmo. Você selecio-Mas, então, se pouco se pode depreender
na o vinho, o sommelier traz a garrafa.
da rolha, por que existe esse hábito de entregá-
Mostra o rótulo para você conferir se
-la éao
o cliente? Acredita-se que isso tenha a ver
vinho que pediu. Você acena com a cabeça comcon-a veriicação de autenticidade dos vinhos
cordando. Ele começa a abrir a garrafa. Saca a ro-
de antigamente. Vale lembrar que os rótulos são
lha e geralmente a coloca em frente ao cliente. E
uma “invenção” relativamente recente e, antes,
agora? Por que isso? O que fazer com essaem rolha?
garrafas sem rótulo, a rolha era uma forma
Devo cheirar a rolha? Você até pode, mas de isso
garantir a origem, pois costuma vir com uma
não vai ajudar muito, a não ser que a rolha apre- do nome produtor e, às vezes, também
gravação
sente algum cheiro estranho que fuja do aroma
da safra. Ainda hoje essa é uma boa forma de evi-
do próprio vinho e da cortiça – o que poderia
tar sig-
possíveis fraudes, pois as gravações da rolha
niicar algum problema de armazenamento. devem condizer com as informações do rótulo.
Consigo detectar bouchonné (doença daPortanto, quando o sommelier lhe apresen-
rolha) ao cheirar a rolha? Não. Você só sentirá
tar a rolha, não se preocupe, apenas veriique
os desagradáveis aromas da infeção pelo se triclo-
não há nada de muito estranho.
ro anisol (TCA) no próprio vinho. Portanto,
cheirar a rolha não vai ajudar nisso.
Devo apertar a rolha? Isso tampouco deve
ser de muita valia. O que se pode depreender
do estado da rolha são pistas sobre como o vinho
pode ter sido conservado. A rolha costuma estar
parcialmente (geralmente só a ponta) úmida.
Se ela estiver completamente úmida, pode ter
ocorrido algum problema (a vedação pode não
ter sido perfeita) e o vinho estar oxidado. Se ela
quebrar ou estiver esfarelando, provavelmente
está ressecada demais e isso também serve de
alerta sobre a conservação, porém não quer di-
zer necessariamente que o vinho estará ruim.

12 A D E G A>> Edição 155


PRESENTES | ACESSÓRIOS COM ESTILO

Elefante
Além do formato inusitado, a bolsa em forma de elefante
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preservação desses mamíferos, pois parte das vendas vão
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Poucos
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Sem nada a esconder


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policarbonato transparente e tão
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tem o que esconder em suas
viagens.
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14 ADEGA >> Edição 155


Som com design
A Constellation Audio criou o LEO, um dispositivo que vem
com um sistema de som estéreo tri-amplificado. O design é um
diferencial, e vem nas cores preto e cinza. Faz parte da linha
Dominium.
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www.constellationaudio.com

Internet com estilo


O sistema WiFi da Plume Design chegou
para ampliar o sinal de internet da
sua casa e com a vantagem de ter
um design que pode combinar com a
sua decoração. O disposto tem forma
hexagonal e vem em quatro cores
metálicas.
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Abertura para o céu


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passageiro, além de manter toda a performance e luxo do modelo.
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Edição 155 >> ADEGA 15


MUNDOVINO | EVENTOS DO MUNDO DO VINHO

Antecipação também em
Champagne e na Alsácia
Calor faz com que colheitas sejam antecipadas em regiões frias da Europa

O clima quente e ensolarado para os vinhos de denominaçõescolhidas,


da em Rheinhessen, em 6
durante os meses de junho e julho
região. de agosto. O instituto de vinhos da
provocou colheitas antecipadas Em Champagne, tem sido umAlemanha disse que havia otimismo
no norte da Europa. Depois de ano de extremos. Os produtoresem torno da qualidade da colheita,
a Alemanha ter registrado uma registraram chuvas recordes deembora alguns produtores tivessem
das colheitas mais antecipadas inverno,
de com 345 mm caindo deenfrentado intenso estresse hídrico e
todos os tempos, chegou a vez denovembro de 2017 a janeiro de precisassem irrigar.
Champagne e da Alsácia também O amadurecimento irregular
2018. Isso supera o recorde anterior
iniciarem os trabalhos antes do de 338 mm estabelecido em 1965. e rápido pode criar um período
Um inverno frio e prolongado deu
previsto, na semana de 20 de agosto. de colheita intenso. “A janela de
De acordo com o Comitê lugar ao bom tempo durante a colheita provavelmente será bem
Champagne, o início se deu em loração no início de junho e houvepequena e esperamos fazer muito
21 de agosto. Já na Alsácia, um horas de temperatura alta e sol trabalho de seleção para separar os
dia depois, para os espumantes.bem acima das médias. O Comitê diferentes níveis de maturação dos
No entanto, a Associação dos estabeleceu rendimentos de 10.800 cachos nas videiras”, disse Ernst
Produtores de Vinho da Alsácia kg por hectare. Loosen, que pretende começar
(AVA) deiniu a data de 3 de Na Alemanha, as primeiras a colheita uma semana antes do
setembro como o início da colheita normal.
uvas para os vinhos de 2018 foram

16 ADEGA >> Edição 155


MUNDOVINO | EVENTOS DO MUNDO DO VINHO

Homenagem
às mulheres
Leilão de caridade
homenageia mulheres
no vinho e supera US$ 1
milhão

O leilão de caridade L'Eté


du Vin de 2018, sua 39ª
edição, decidiu homenagear
as mulheres do vinho.
Realizado entre os dias 2 e 4
de agosto, o evento celebrou
várias mulheres líderes
do setor, destacando seus
vinhos, e ainda arrecadou
mais de US$ 1,2 milhão para
organizações de combate ao
convidadas: Vitalie Taittinger,
câncer, um novo recorde. Desde
da Champagne Taittinger,
1979, o evento já angariou US$
Shannon Staglin, da Staglin
24 milhões.
Family Wines, Pam Starr,
A última vez que o leilão
da Crocker & Starr Wines,
havia homenageado mulheres
Marimar Torres, da Marimar
foi há 20 anos. A enóloga
Estate, Lindy Novak, da
Zelma Long, consultora
Spottswoode Estate e
internacional e a segunda
Jenne Lee Bonaccorsi, da
mulher a se formar na
Bonaccorsi Wine Company.
Universidade da Califórnia,
“Há um tremendo aumento
em Davis, foi homenageada
nas mulheres produtoras de
em 1998 e novamente agora.
vinho, e acho que isso é lógico e
“Minha presença como enóloga
normal, e do jeito que deveria ser”,
sênior e líder por décadas envia uma
disse Marimar Torres.
mensagem de que as mulheres têm sido,
O principal evento do l'Eté du Vin
e continuam a ser grandes contribuintes
ofereceu mais de 60 lotes em leilão, incluindo
para o prazer e presença de vinho na vida das
uma viagem customizada de seis dias a Bordeaux
pessoas”, disse Long.
para quatro pessoas, arrematada por US$ 40.000,
“Achei que era hora de reunir nossas
e uma turnê de vinhos ao Chile de sete dias para
mulheres no vinho – as mulheres têm
seis pessoas, que rendeu US$ 40.500. “Faço o
mais representação no mundo do vinho
leilão há cerca de 10 anos e este foi o
do que nunca”, disse Tom Black,
melhor – muita participação e o
copresidente do evento. Junto
vinho foi fabuloso”, disse o leiloeiro
com Long estavam seis outras
Fritz Hatton.

18 ADEGA >> Edição 155


MUNDOVINO | EVENTOS DO MUNDO DO VINHO

All-Star Wine
LeBron James aproveita férias para degustar grandes vinhos

Enquanto a temporada NBA 2019vinhos não que havia provado juntamente Perguntados sobre as escolhas de
com seu amigo e empresário Maverick
começa, um dos jogadores mais famosos LeBron, os produtores dos vinhos se
do mundo, LeBron James aproveita Carter.
as Entre as garrafas estavammostraram
nada entusiasmados. “Estamos
férias para desfrutar de alguns prazeres
menos que Sassicaia, Screaming extremamente
Eagle, satisfeitos e honrados
do vinho. Em uma noite de segunda-
Guigal Côte-Rôtie La Landonne, pelo fato de Sassicaia estar entre os
feira de agosto, o astro do Caymus Cabernet Sauvignon e vinhos que ele prefere! E se ele é
basquete postou nas redes
Domaine du Pégau Châteauneuf-du-
fã de Sassicaia, nós também somos
sociais uma lista de Pape Cuvée da Capo. todos fãs de LeBron na Tenuta San
Guido!”, airmou Priscilla Incisa
Della Rocchetta. O
dono do Caymus,
Chuck Wagner,
revelou: “Claro
que sou um
grande fã
de LeBron
e estou
felicíssimo
por ele
gostar de
Caymus.”
Philippe
Guigal apontou:
“Sentimo-nos
honrados com a
sua escolha... Boa
jogada e uma vida
longa para ‘King
James’”.

20 ADEGA >> Edição 155


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MUNDOVINO | EVENTOS DO MUNDO DO VINHO

Champagne
du Soleil
Nicolas Feuillatte fechou
acordo com o Cirque du Soleil
A casa de Champagne Nicolas
Feuillatte assinou um acordo
com o grupo Cirque du Soleil
para ser seu fornecedor oicial de
Champagne na América do Norte.
A parceria começou em setembro
e durará até dezembro de 2020. É
a primeira vez que o grupo teatral
escolhe um fornecedor oicial de
Champagne.
Ao longo da parceria, o vinho
da cooperativa será servido em
mais de 800 apresentações por
ano em cidades como Chicago,
Los Angeles, São Francisco,
Vancouver, Toronto e Montreal.
Nicolas Feuillatte patrocinará
um salão para entretenimento
Serviço eficaz privado, enquanto os estandes
das concessionárias também
Empresa lança robô bartender para servir de tudo
venderão seus Champagnes,
Após dois anos de pesquisa e o emprego de ninguém. Nosso objetivo que também serão oferecidos
desenvolvimento, a empresa Robolab,é resolver esses problemas em um em lojas de varejo. “Estamos
da Estônia, divulgou o vídeo de umambiente muito ocupado, criando uma entusiasmados em ter essas
força de trabalho extra por um custo marcas incríveis trabalhando
protótipo do robô bartender, um braço
que baixo e benefícios adicionais”, juntas”, disse Christophe Juarez,
cibernético dentro de um quiosquemuito
a empresa airma que tornará o serviço
disse Alan Adojaan, CEO e fundador daCEO da Champagne Nicolas
de bebidas mais rápido e fácil em locais
Robolab. Feuillatte.
públicos, como aeroportos, salas de A Robolab lançará uma criptomoeda
concertos, espaços esportivos, bares ICOe e planeja lançar um protótipo
discotecas. Yanu, como foi chamado, completo de Yanu até o inal do ano.
pode preparar uma bebida em meio Feitos com três cores (preto, branco e
minuto, trabalhar um turno de 24 vermelho), os Yanus serão distribuídos
horas sem precisar de recarga e, usando
em todo o mundo até julho de 2019,
tecnologia de inteligência artiicial, se tudo correr conforme o plano. Cada
até mesmo fazer piadas ocasionaisunidade
ou Yanu custará cerca de US$
sugerir um coquetel. 150.000. Até o momento, a Robolab
“Há muitos fatores que minam tem parcerias com cinco aeroportos
o lucro do dono de um bar e na Europa e duas empresas de bebidas
causam insatisfação dos clientes. cujos coquetéis estarão entre as
Deinitivamente não pretendemos tirar primeiras especialidades do robô.

22 ADEGA >> Edição 155


MUNDOVINO | EVENTOS DO MUNDO DO VINHO

Fogo na porta
de Zanzibar
Polícia investiga vandalismo
contra o Château Cos d’Estournel
Na noite de 25 de julho, a equipe do Château
Cos d’Estournel foi alertada para um incêndio
em uma de suas portas. O fogo, que daniicou em
parte a famosa entrada da “porta de Zanzibar” do
château em Saint-Estèphe, foi apontado como
uma “ação odiosa e criminosa” pela propriedade
e está sendo investigado como um ato de
vandalismo pela polícia.
Um porta-voz de Cos d'Estournel disse que o
Fogo na Califórnia,
novamente
ato foi uma tentativa de destruir uma obra de arte
“inestimável”. A porta foi apenas parcialmente
daniicada no ataque e esforços estavam sendo Desta vez, porém, as vinícolas foram menos
feitos para a restauração. A arquitetura do afetadas do que no ano passado
château é toda inspirada em templos indianos.
Incêndios lorestais estão o CalFire, o serviço de
A polícia iniciou uma investigação por
preocupando cada vez maisbombeiros do estado, disse
suspeita de vandalismo. Um porta-voz disse
os produtores de vinho em que o incêndio estava 50%
que nunca tinha visto nada do tipo antes e que,
algumas regiões do planeta. contido.
no momento, não sabia dizer como o incêndio
No ano passado, Portugal, Os viticultores de
poderia ter sido iniciado ou por quê.
Chile e Estados Unidos Mendocino relataram
A imponente porta de madeira esculpida,
sofreram com incêndios que que o fogo em sua área
importada do palácio do sultão de Zanzibar,
chegaram a devastar algumas rapidamente se deslocou para
foi instalada pelo primeiro proprietário de Cos
áreas vinícolas. E, mesmo o leste, mantendo vinhedos
d’Estournel, Louis Gaspard d’Estournel, no
quando não houve perdas e vinícolas fora de perigo. A
início do século XIX. Ele também construiu as
diretas, a fumaça se tornoufumaça também desapareceu
torres exóticas de estilo pagode que fazem do
um fator de preocupação. nos últimos dias. No entanto,
château um marco em Bordeaux.
Em 2018, novamente umpelo menos duas vinícolas do
grande incêndio lorestal secondado receberam ordens
alastrou pela Califórnia, nosde evacuação. A equipe da
Estados Unidos, destruindoFetzer Vineyards evacuou
casas e plantações. Ele foi a área de 27 a 31 de julho,
apontado como o maior da embora o fogo não tenha
história na região, abrangendo
atingido sua propriedade.
uma área equivalente à cidadeApesar de a fumaça não ter
de Los Angeles. E, por sorte,sido tão intensa como no
até recentemente, nenhuma ano passado e em 2008, os
vinícola havia sido afetada.produtores farão testes em
Apesar de destruir mais suas uvas para avaliar o grau
de 100 casas, o fogo queimou de contaminação e tomar
principalmente através de medidas para que isso não
lorestas. No dia 8 de agosto,inluencie no vinho.

24 ADEGA >> Edição 155


A Luigi Bosca convida você
ê para viver uma noite muito premiada.

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te/MG: (31) 3287-3618
Blumenau/SC: (47) 3326-0111
Brasília/DF: (61) 3349-1943
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que/SC (47) 3351 7972
Campo Grande/MS: (67) 3383-3207
Curitiba Batel/PR: (41) 3039-2333
Florianópolis/SC:
lis/SC: (48)
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3223-5565
5565
Jaraguá do Sul/SC: (47) 3054-0098
Joinville/SC: (47) 3434-4466
Londrina/PR: (43) 3024-0010
Marília/SP: (14) 3453-5679
Piracicaba/SP: (19) 3402-8462
Porto Alegre/RS: (51) 3508.7968
Rio Preto/SP: (17) 3234-3358
Santos/SP: (13) 2104-7555 A verdade do vinho.
São Bento do Sul/SC: (47)3633-6290
São Paulo/SP: (11) 3702-2020
MUNDOVINO | EVENTOS DO MUNDO DO VINHO

Vinho azul Vitória bordalesa


até na França? na China
Representantes de Bordeaux
Marca de “vinho azul natural” passou a ser comemoram prisão de falsiicadores
comercializada na França
O Conseil Interprofessionnel du Vin de
Produzido na Bodegas Perfer, na região espanhola de Bordeaux (CIVB), órgão que representa mais
Almeria, o Vindigo, é feito de uvas Chardonnay que de 7 mil produtores em Bordeaux, venceu
foram maceradas com as cascas e daí teria a cor azul, um caso histórico contra falsiicadores. O
segundo o empresário francês caso, julgado em julho, é o mais recente
René Le Bail. “O Vindigo sucesso na luta de Bordeaux contra os
deve sua elegante cor azul PRIMEIRO?
Em 2016, uma empresa fraudadores de vinho na China, que se
a um pigmento natural tornou seu maior e mais lucrativo mercado,
espanhola lançou um vinho
encontrado na casca azul chamado “Gik”, também abrigando 40% das exportações anuais em
da uva, a antocianina”, usando o pigmento da pele da volume.
aponta a página da uva e um corante alimentar para
chegar à cor azul. No entanto, as De acordo com Thomas Jullien,
empresa no Facebook, regras da União Europeia levaram representante do CIVB na China, o
que complementa: a empresa a ser proibida de falsiicador está baseado na principal região
“Tem aromas agradáveis rotular seu produto como produtora de vinho do país, em Penglai, na
vinho.
de cereja, framboesa e península de Shandong, e produz vinhos
maracujá”. falsos com os rótulos de Bordeaux e Médoc.
A bebida chegou aos Ele foi condenado a dois anos de prisão.
mercados franceses há pouco tempo e parece ter “Para nós, isso é um forte sinal de que,
tido vendas expressivas. Atualmente, não existe uma nessa área, as autoridades locais levam a
categoria de “vinho azul” pelas regras da União sério a iscalização. Para nós, é importante,
Europeia, mas a Vindigo é o mais recente de vários Penglai é uma área que também ambiciona
produtos desse tipo a serem lançados nos últimos a produção de vinho. Para proteger o nome
dois anos. Segundo a empresa, “Vindigo está sendo de Penglai, eles precisam garantir que não
comercializado em regiões da França, mas as entregas tenham maus atores na área”, disse Jullien.
são possíveis em todo o mundo”. Cada garrafa é A vitória vem logo após a outra batalha
vendida por aproximadamente € 12. legal do conselho em Xangai em dezembro
do ano passado, quando três falsiicadores
foram condenados e multados em mais de
US$ 145.000. “Este é o primeiro caso. É o
primeiro caso de denominação de origem na
China, então estabelece um precedente”,
falou Jullien.
Jullien revelou que, desde 2011, além
do registro de marcas, o conselho tem
treinado policiais, autoridades alfandegárias
e autoridades da indústria e do comércio
em rótulos de vinhos relacionados a
denominações de origem. Ainda há casos em
andamento em que a CIVB está tentando
invalidar ou cancelar direitos de marca
registrada por alguns “posseiros de marca”.

26 ADEGA >> Edição 155


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MUNDOVINO | EVENTOS DO MUNDO DO VINHO

De olho no clima
Marca alemã cria rótulos inspirados nos mapas climáticos
a 30 minutos de Hamburgo, pelosairmou Hübner.
produtores Leon Zijlstra e Jörn Ele desenvolveu um sistema
Andresen. Hübner disse que o projeto
que gera simulações dos principais
foi pensado para “usar os próprios elementos climáticos usando software
elementos da natureza como força personalizado. Cada safra do vinho
motriz para desenvolver uma nova será
e embrulhada em papel que retrata
inovadora marca de vinho cultivada visualmente
no o clima suportado pela
clima brutal de Hamburgo”. vinha ao longo do ano. O sistema
“O cultivo de vinho em Hamburgo de Hübner pode ser visto online em
parecia uma escolha estranha, quase3D e tem a opção de ser animado. O
ousada, e exigia uma história nova esquema de cores muda conforme o
para levar as pessoas a abandonar anosuas
tenha sido quente ou frio, enquanto
A marca alemã Brute se associouexpectativas
à de como um ‘bom vinho’
o tamanho e a forma dos pontos e da
consultoria Landor e ao diretor dedeveria ser. Assim, a desvantagem linha
do são alterados dependendo do nível
criação Patrik Hübner para usar dados
clima tornou-se o elemento deinidordo vento, chuva e sol.
meteorológicos em tempo real deda suahistória. Uma história dos elementos
Brute plantou suas vinhas em junho
vinícola para criar uma imagem de brutais e as pessoas que cultivamdeste
este ano e produzirá vinhos brancos,
uma simulação de partículas 3D em vinho contra todas as probabilidades.
incluindo
E Riesel, que é uma variedade
seus rótulos. a história de um vinho que é marcado
híbrida suíça desenvolvida ao cruzar a
O vinho de edição limitada é por seus ingredientes deinidores de Cabernet Sauvignon com “um parceiro
produzido em uma vinícola orgânicavento, chuva, sol e… um algoritmo”,não revelado resistente a doenças”.

BatViti
Morcegos estão sendo usados como “pesticidas” em Bordeaux
Um estudo, encomendado pelo a traça da videira.
Conseil Interprofessionnel du Vin dePara garantir que esse
Bordeaux (CIVB), juntamente comcomportamento não se deva
a consultoria Eliomys e o Institutoà presença de outros insetos, o
Nacional de Pesquisa Agrícola (INRA),
estudo avaliou a dieta dos morcegos
descobriu que morcegos poderiam e analisou
ser seu excremento. O DNA
usados para ajudar a controlar a traça
da traça da videira formou um grande
constituinte
da videira. A pesquisa foi publicada no das fezes do morcego
início deste ano e concluiu que certas
em áreas de cultivo de videiras,
espécies caçam, sim, essa praga.mesmo quando havia um número
Nos 23 lotes de terra estudados relativamente baixo de mariposas.
no departamento de Gironde, que Sendo assim, produtores de vinho realizados nos próximos três anos.
inclui Bordeaux, 19 das 22 espéciesemde Bordeaux estão instalando caixas
O BatViti, como é conhecido, foi
morcegos que habitam a área foram de morcegos em torno de suas vinhas
estabelecido em 2016 e vem ganhando
registradas pelo menos uma vez. para força depois da publicação do estudo.
Alémincentivar os mamíferos voadores
disso, o estudo descobriu que certas
a agir como um “pesticida” natural.
O projeto faz parte do esforço da
espécies de morcegos aumentaram Cerca
suade 20 propriedades estão câmara de agricultura para reduzir
envolvidas com testes que devemsigniicativamente
atividade de caça quando encontraram ser o uso de pesticidas.

28 ADEGA >> Edição 155


MUNDOVINO | EVENTOS DO MUNDO DO VINHO

Vinho e maconha, em crescimento


Uma das maiores empresas de vinho norte-americanas vai investir em produtor de canna

A Constellation Brands, uma acordo deverá ser concluído em de cannabis”, airma Rob Sands,
das maiores empresas da indústria outubro deste ano. “No ano passado,
diretor executivo da Constellation
da bebida nos Estados Brands.
Unidos, pretende Fundada em 2013 e
aumentar sua participação sediada em Ontário, a
na Canopy Growth, Canopy Growth já está
empresa canadense de presente em 11 países e é
produção de maconha especializada em inovação
medicinal, investindo de produção e pesquisa
US$ 4 bilhões para clínica. Em abril de 2014,
adquirir 38% do negócio. tornou-se a primeira
O acordo posicionaria a empresa de maconha na
Canopy Growth como América do Norte a ser
“líder global em produção negociada publicamente.
de cannabis, marca, Desde o investimento
propriedade intelectual e inicial da Constellation
varejo”. Brands no ano passado,
A empresa adquiriu o setor de cannabis tem
sua participação inicial em recebido considerável
outubro do ano passado atenção das empresas
por US$ 179 milhões, de bebidas. No início
quando a Canopy de agosto, a cervejaria
Growth tinha um valor Molson Coors fez uma
de mercado de US$ 1,6 parceria com a produtora
bilhão. O novo acordo, canadense de maconha,
“o maior até hoje no The Hydropothecary
mercado de cannabis”, Corporation, para lançar
cimenta a Canopy Growth um negócio autônomo
como a parceira mundial exclusiva entenderemos
de melhor o mercadode destartups para desenvolver “bebidas
cannabis para a Constellation. cannabis, a enorme oportunidadenão-alcoólicas com infusão de
Após o acordo, que ainda está de crescimento que ele apresentacannabis
e para o mercado canadense
sujeito a aprovação regulatória, os recursos da Canopy neste espaço.
após a legalização”. No entanto,
a Constellation indicará quatro Estamos ansiosos para apoiar a diversos produtores de vinho estão se
diretores para a diretoria da Canopy
Canopy à medida que eles aumentamassociando a produtores de maconha
Growth, presidida por Bruce Linton.
sua reconhecida posição de liderança
para criar produtos assim que a droga
for legalizada.
“Se for concedida a aprovação, o global no espaço médico e recreativo

30 ADEGA >> Edição 155


MUNDOVINO | EVENTOS DO MUNDO DO VINHO

Addio Rinaldi
Faleceu o enólogo Giuseppe
Rinaldi, ícone de Barolo

Giuseppe “Beppe” Rinaldiceu fale


no início de setembro. Elehatinh
70
anos e foi um dos mais respeita
ados
produtores de Barolo de suaração.
ge
Filho de Battista Rinaldi, que
foi prefeito de Barolo, Giusepp
e
originalmente se formou nário,
veteri
mas se envolveu na vinícola família
da
em 1967.
Conhecido como “Beppe” e e

“Camisinha do vinho” apelidado de “Citrico” (cítrico)


)
por seus comentários, ele era o
se tornou bom negócio último sobrevivente de um trio
de importantes produtores de
Acessório aparentemente “esdrúxulo” acumulou Barolo, incluindo Teobaldo
vendas de mais de um milhão de dólares Cappellano e Bartolo
Quando foi lançada em depois que Bartlett chegou Mascarello.
2014 em uma campanha da casa de um vizinho certa Ele sempre foi muito
de crowdfunding, a “Winenoite com uma garrafa de crítico em relação aos
Condom”, a “camisinha dovinho lacrada com ilme Barolos “prontos para beber”,
vinho” era algo chamativo, plástico e elásticos. Ao ver a preferindo vinhos longevos.
mas parecia não ter grande cena, Strahan brincou que Ele também era cético em
futuro comercial. No parecia um preservativo de relação à Mga (menzione
entanto, com o tempo, vinho. Meses depois, ele geograica aggiuntiva),
parece que se tornou um decidiu fazer o seu próprio. preferindo a harmonia e
bom negócio para seus A dupla arrecadou US$ o equilíbrio de misturar
idealizadores. 7.500 em crowdfunding diferentes “Bric”, “Ciabot” ou
Na época, o empresárioem 2014 para lançar “Sorì”, como são chamadas as
Mitch Strahan e sua mãe o produto. Mas, para colinas de Langhe.
de 51 anos de idade, Laura desenvolver, necessitava Rinaldi mostrou-se cético
Bartlett, descreveram seude capital adicional, então em relação à extensão da o região
produto como “a melhor Bartlett vendeu sua casa. DOCG Barolo, que aumentou
proteção para os amantesOs dopreservativos provaram- em 30 hectares em 2018, depois de
se tão populares que foram ter sido ampliada em 10 ha em 2017. Ele também
vinho”. Ele foi pensado para
enóilos que procuram selar comprados em grandes criticou o aumento dos preços das terras. Algumas
o vinho, e o “preservativo”quantidades por amantes de estimativas sugerem que o preço por hectare é de até
de látex descartável, vinho experientes e vendidos dois milhões de euros para as melhores parcelas.
desenvolvido por uma por mais de US$ 100 a cada A reputação de Rinaldi para criar vinhos com
empresa especializada emseis unidades. Atualmente, a elegância excepcional será levada adiante pelas ilhas
alimentos, pode ser usadodupla
em de mãe e ilho airma Marta e Carlotta; responsáveis pela adega e pelas
qualquer garrafa. que o negócio superou a cifra vinhas, respectivamente.
de um milhão de dólares.
A ideia do produto surgiu

32 ADEGA >> Edição 155


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MUNDOVINO | EVENTOS DO MUNDO DO VINHO

Mudanças na Niepoort
Dirk Niepoort, depois mudar a gestão, está mudando a equipe enológica

A vinícola Niepoort, no Vale


do Douro,
d
em Portugal, anunciou umanova nequipe
de viniicação. Carlos Raposo
deixará a
empresa e Luís Pedro Cândid
o e Marco
Niepoort, ilho de Dirk Niepo
oort, estarão no
comando da enologia dos hosvinhtranquilos.
A equipa de produção de hoVinh
do Porto
permanecerá a mesma.
A Niepoort foi fundadam 1842
em e
sempre foi uma empresa liar.
famiDirk
Niepoort, juntou-se à empresa
a em 1987 e,
sob a sua liderança, a Niepoor
rt adquiriu
vinhas no Douro, investiu produção
na de
vinho não fortiicado e tornou
u-se uma marca
reconhecida mundialmente.A empresa
A
produz aproximadamente 0.000150caixas de
vinho por ano.
Mas por vários anos, lutou
Dirk l com
problemas de gestão. No o iníci
deste ano, ele
comprou as ações pertencente
es à sua irmã e
à sua mãe e agora possui% da 95%
empresa.
Os 5% restantes pertencem
m ao gerente
geral José Teles. “A admi
nistração agora
é mais ágil e rápida,
m reuniões
se
intermináveis”, disse
Niepoort.
A nova equipe
de dviniicação
tem anos de exper
riência na
Niepoort e conhe
ce bem sua
ilosoia. Por mais
s de 20 anos,
Dirk tem sido umforte defensor
de vinhos mais leves
s e menos
alcoólicos, mais focado
os na acidez
que na concentração edurecimento.
amad
Até certo ponto, essa foitivação
a mot por
trás da recente expansão estimentos
e inv
estratégicos da empresagiõesnas re do Dão,
da Bairrada e, mais recenteme
ente, do Vinho
Verde.

34 ADEGA >> Edição 155


MUNDOVINO | EVENTOS DO MUNDO DO VINHO

Vestido equipado
Noiva aluga vestido feito com armação que suporta 50 taças de Prosecco

Kelly McMillan, de Pilton, um salão de cabeleireiro em


Edimburgo, decidiu encomendar Newhaven, e um dos meus clientes
uma armação de metal feita sob viu um vestido semelhante on-
medida para ajustar ao redor line e disse ‘isso é absolutamente
de seu vestido para a recepçãoperfeito para você’ e eu concordei.
de casamento. Ela foi criada Fui ao David, que é um ferreiro,
pelo ferreiro David Wright, da e perguntei se ele poderia fazer
Powderhall Bronze. A estrutura um. Então, ele trouxe no dia
é composta por quatro ilas de como presente de casamento. Foi
suportes para taças de vinho capaz
fantástico, é muito mais pessoal
de acomodar 50. A estrutura pesa
do que simplesmente colocar uma
mesa cheia de Prosecco. Espero
30 quilos e foi pintada de branco.
Publicada na seção de compraque outras noivas também possam
e venda do grupo EGG-Sells, comse divertir, não quero que essa
sede em Edimburgo, McMillan peça seja desperdiçada”, apontou
colocou a estrutura de aço paraa noiva.
alugar por 100 libras. “Eu possuo

Ecce Homo
Tentativa frustrada de restauração inspira vinho espanhol
Uma tentativa fracassada de restaurarque umicou conhecida como “Ecce Mono”
afresco em uma igreja na cidade espanhola
(“Eis o macaco”).
de Borja inspirou a vinícola Bodegas Apesar do fracasso como restauração, o
Aragonesas a criar um vinho tinto baseado
trabalho se tornou famoso e atraiu turistas,
em Garnacha. A garrafa leva no rótuloquea começaram a se reunir para fotografar
a pintura, o que fez com que Giménez se
versão distorcida feita por Cecilia Giménez
na tentativa de recuperar uma pinturatornasse uma celebridade. Ela conseguiu
antiga. transformar seu empreendimento
Em 2012, Cecilia, de 81 anos, tentouartístico desastroso em algo lucrativo, já
restaurar um afresco de Jesus de 1930que a igreja cobra € 1 para ver o afresco
pintado na parede da igreja do Santuário
e os rendimentos são doados para uma
de Misericórdia, em Borja, na provínciainstituição de caridade local. Metade
espanhola de Zaragoza. A tentativa icoudos lucros vai para Giménez, que usa o
famosa devido à distorção criada na obra
dinheiro para cuidar de seu ilho, que tem
intitulada “Ecce Homo” (“Eis o homem”),paralisia cerebral.

36 ADEGA >> Edição 155


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DEGUSTAÇÃO |p o r GUILHERME VELLOSO

Novo Marques
Etiqueta Negra muda filosofia da
clássica linha da Concha y Toro
O
Etiqueta Negra, até hoje o mais
limitadas. Entre os primeiros, como esperado, i-
ambiciosolançamentoda co- guram, além de Cabernet Sauvignon, Chardon-
nhecida linha Marques de Casanay, Merlot, Carménère, Syrah e Pinot Noir. No
Concha, da Concha y Toro, segundo grupo, há, por exemplo, um País/Cin-
marca importante mudança sault,na lançado com a safra 2014, que na prática é
ilosoia que orientou o desenvolvimento um dessa
varietal, já que a primeira contribui com 85%
linha, calcado em dois pilares: vinhos varietais,
do corte; e um rosé à base de Cinsault.
ainda que, em alguns casos, outras cepas entrem Ao criar o Etiqueta Negra, Papa está reali-
no blend inal; e “single vineyards”, ou seja, pro- pelo menos em parte, o antigo sonho de
zando,
venientes de um único vinhedo. Em sua primeira
acrescentar um Cabernet Franc à prestigiosa li-
safra, 2016, o Etiqueta Negra é um corte tipica-
nha. A qualidade que essa casta alcança nos vi-
mente bordalês de Cabernet Sauvignonnhedos (60%),do Maipo é muito alta e Papa contempla
Cabernet Franc (32%) e Petit Verdot (8%).essa possibilidade há muitos anos. Mas enfrenta
A seu favor, além da qualidade, pode-seum dizer
concorrente de peso internamente. Parte da
que o Etiqueta Negra é uma espécie de volta às
Cabernet Franc (e também da Petit Verdot, no
origens. As uvas das três castas que o compõem
2015) se destina a complementar a Cabernet
provêm do vinhedo de Puente Alto, nas cerca-
Sauvignon, sempre majoritária no corte do vi-
nias de Santiago, o mais famoso da Concha nho ícone y da empresa, o Don Melchor. Ainal,
Toro, que também abastece o Don Melchor, eleohomenageia o próprio fundador da empresa,
Almaviva (parceria entre Concha y Toro e DonMou-Melchor de Santiago Concha y Toro, o séti-
ton Rothschild) e o Viñedo Chadwick, este da
mo Marques de Casa Concha.
Errázuriz. Assim, mesmo não sendo um “varie-
tal”, ele é a melhor expressão de um terroir de
excelência, o Alto Maipo, o mesmo conceito que
orienta os demais vinhos da linha. AD 93 pontos
Não por acaso, o primeiro Marques, lança-MARQUES DE CASA CONCHA ETIQUETA NEGRA 2016
do em 1976, ainda com o prenome “Reserva Concha y Toro, Alto Maipo, Chile da linha, Marcelo Papa, além de
Especial” no rótulo, era um 100% Cabernet (VCT R$ 229). Embora integre a notas terrosas, de especiarias,
Sauvignon de Puente Alto, da safra 1972. E tal- linha Marques de Casa Concha, tabaco, embutidos e até uma
vez não seja coincidência que tenha sido lan- pode-se dizer que o Etiqueta Negraponta de grafite. Na boca, potência
é um irmão mais moço e abusadoe elegância convivem de forma
çado no mesmo ano em que ocorreu o célebre
do Don Melchor. Em comum, alémharmônica. De um lado, boa acidez,
“Julgamento de Paris”. Marcelo Papa, enólogo do celebrado terroir de Puente frescor e muita fruta; de outro,
responsável pela linha Marques desde 1999, Alto, que fornece uvas também uma estrutura tânica ainda bem
hoje também diretor técnico da Concha y Toro, para o Viñedo Chadwick, o corte depresente, mas de excelente textura,
lembra que os anos 1970 foram marcados pela Cabernet Sauvignon/Cabernet Franc madeira muito bem dosada (16
popularização do conceito de vinhos varietais, e Petit Verdot. A grande diferençameses em barricas de carvalho,
mas apenas 60% de primeiro uso)
entre os dois é que, enquanto o Don
liderada por produtores como Robert MondaviMelchor é quase uma expressão da e álcool sem exageros, à altura
e turbinada pelo sucesso dos vinhos norte-ame- Cabernet Sauvignon, que contribuido conjunto. Por ser um vinho
ricanos no evento parisiense. sempre com mais de 90% do muito saboroso em boca, já dá até
O crescimento da linha Marques é quase para bebê-lo com prazer agora,
corte, o Etiqueta Negra é um típico
uma linha do tempo da própria evolução do vi- corte bordalês: 60% Cabernet se acompanhado por carnes de
Sauvignon, 32% Cabernet Franc, caça (javali) num molho de vinho
nho chileno nos últimos 40 anos, mas também
8% Petit Verdot. O resultado é umou de uma boa picanha. Mas seria
foi inluenciado por mudanças no gosto do con-vinho rubi escuro, que, mesmo uma pena, porque ele ficará ainda
sumidor e, obviamente, por razões comerciais. ainda bem jovem, já oferece muitamelhor num prazo de (pelo menos!)
Hoje, com a recente adição do Etiqueta Negra riqueza
e aromática, com destaque três a cinco anos, quando trocar um
de um Malbec, ela abriga 12 rótulos. Alguns são para o característico cassis do pouco da potência atual por mais
Maipo, como ressalta o enólogo elegância. Álcool 13,5%. GV
permanentes e contemplam as principais castas
chilenas; outros integram as chamadas edições

Edição 155 >> ADEGA 39


LISTA |p o r ARNALDO GRIZZO

Os outros
CRUS CLASSÉS
A classificação de Bordeaux de 1855 ainda hoje é a grande
referência da região, no entanto, há outras listas nas
quais você pode encontrar grandes vinhos

40 ADEGA >> Edição 155


Edição 155 >> ADEGA 41
A
té hoje, quando se fala de Bordeaux,
uma das primeiras referências são os
vinhos ditos Crus Classés (proprieda-
des classiicadas). E obviamente que
os nomes mais lembrados são sem-
pre os dos Châteaux incluídos na famosa Classii-
cação de 1855, que elencou os vinhos do Médoc
em cinco categorias. No entanto, apesar de essa
deinitivamente ser a classiicação mais notória
da região, Bordeaux não se restringe a ela.
Dentro de Bordeaux, há, pelo menos, mais
quatro classiicações oiciais de vinhos de diferen-
tes regiões. Além da “Classiication oficielle des
vins de Bordeaux” de 1855, há os Crus Classés
de Graves, os Grand Crus de Saint-Émilion, os
Crus Bourgeois e os Crus Artisans. Isso sem falar
na classiicação dos vinhos doces de Sauternes
e Barsac, que também foi feita em 1855, mas é
bem menos comentada do que a dos tintos.
Boa parte dessas listas foram criadas para su-
prir uma óbvia lacuna deixada pela Classiicação
de 1855, que se concentrou em propriedades do
Médoc (e apenas uma de Graves – Haut-Brion).
Diversos nomes icaram de fora, como Cheval
Blanc, por exemplo. Daí Saint-Émilion criou sua
própria lista. Mas ainda hoje, mesmo com mais
listas,propriedadescomo Pétrus,Laleur, Le
Pin etc. continuam não pertencendo a qualquer
classiicação oicial. E isso demonstra que a repu-
tação e a qualidade não estão necessariamente
vinculadas a uma classiicação.
Ainda assim, conhecer essas listas é uma boa
forma de compreender Bordeaux e, por isso, ADE-
François Poincet

GA decidiu apresentar essas classiicações menos


comentadas e apontar dois Châteaux de cada uma
delas que você precisa conhecer. Conira.

42 ADEGA >> Edição 155


ANTECEDENTES DE 1855
A “Classification officielle
des vins de Bordeaux” foi
feita a pedido do imperador
Napoleão III (Luis Napoleão
Bonaparte, sobrinho de
Napoleão) à Câmara de
Comércio de Bordeaux como
contribuição a Exposition
Universelle de Paris de 1855.
Os critérios usados para a
divisão dos vinhos em cinco
faixas foram suas reputações
e seus preços de venda. Na
época, a classificação contava
com 58 propriedades,
classificadas em Premiers
Crus, Deuxièmes Crus,
Troisièmes Crus, Quatrièmes
Crus e Cinquièmes Crus.
E ela se manteve quase
inalterada até hoje. A primeira
alteração ocorreu um ano
após a classificação, quando
o Château Cantemerle entrou
para os Cinquièmes Crus. Em
1970, houve a eliminação do
Château Dubignon, vendido
e incorporado ao Château
Malescot St. Exupéry. Depois
disso, em 1973, o Château
Mouton Rothschild, subiu ao
grupo dos Premiers Crus.
Mas antes de 1855, listas
“não oficiais” já haviam sido
montadas. O famoso crítico
Andre Jullien publicou em
1816 a primeira edição do
“Topographie de Tous Les
Vignobles Connus”, que faz
menção do que viria a ser a
caracterização convencional
dos Premiers Crus e listou
sete Deuxièmes Crus, além
de expor as comunas da
região seguindo o critério
de qualidade. Em 1824, o
négociant alemão Wilhelm
Franck elencou 408
propriedades em 41 comunas
no Médoc e estabeleceu
quatro classes. Mais tarde,
o professor inglês Charles
Cocks e o livreiro francês
Michel Féret publicaram
obras em que incluíram
vinhos na lista de Franck,
sempre com revisões e
acréscimos. Tentativas de
classificação também foram
feitas por grandes enófilos,
como Thomas Jefferson, por
exemplo. Por fim, em 1855,
instituiu-se a classificação
oficial.

Edição 155 >> ADEGA 43


François Poincet

Classiicação
de Sauternes e Barsac
Na mesma época em que os vinhos tintos me Crus.
do Ao todo, 26 Châteaux foram listados, e
Médoc eram classiicados na famosa Exposition
eles representam 45% da área da denominação e
Universelle de Paris de 1855, as propriedades
são responsáveis
de por 30% da produção. Apenas um
Sauternes e Barsac também foram listadasprodutor
pelosfoi condecorado com um status superior
comerciantes. Elas, porém, foram divididas
aos em
demais, o Château d’Yquem, cuja classiicação
apenas duas categorias: Premiers Crus eé literalmente:
Deuxiè- Premier Cru Supérieur.

44 ADEGA >> Edição 155


divulgação
Château Climens
Os Château Climens e Coutet são as duas úni-
Château Rieussec cas propriedades de Barsac classiicadas como
Premier Cru, todas as outras são de Sauternes
Dentre os nove Premier Crus de Sauternes (os outros dois são Climens atualmente pertence à família Lurton,
da região de Barsac), o Château Rieussec está entre os mais que está envolvida em algumas das melhores
celebrados e não à toa foi adquirido pelo Domaines Barons propriedades de Bordeaux, como Cheval Blanc
de Rothschild (Laite) em 1984. Historicamente, a proprieda- e Yquem, por exemplo. Sua fama na região é ta-
de pertencia aos monges carmelitas de Langon até ser conis- manha que chegou a receber o título de “Lorde
cada na Revolução Francesa e vendida para M. Marheilhac, de Barsac”.
proprietário do Château La Louvière, em Léognan, na época. Climens mudou de mãos apenas cinco vezes
Depois, Rieussec passou por diversas mãos até chegar aos her-em cinco séculos. A estrutura e a superfície per-
deiros de Laite. maneceram inalteradas por, pelo menos, dois sé-
A propriedade possui 110 hectares, sendo 68 de vinhas. O vi-culos. A primeira menção ao Château é de 1547,
nhedo é adjacente ao Château d’Yquem. A Sémillon domina o quando Guirault Roborel, promotor público em
vinhedo com 90%, complementada por Sauvignon Blanc (7%) Barsac, herdou a propriedade de seu pai. Mais
e Muscadelle (3%). A colheita é feita em vários períodos (de seis
tarde, o nome da família Roborel é acrescido de
a oito semanas) de acordo com o estado de maturação das uvas Climens. Lucien Lurton adquiriu a propriedade
e a evolução da botrytis cinerea (podridão nobre). em 1971, apesar da crise em Sauternes. Sua ilha
Após assumirem na década de 1980, os Rothschild imple- Bérénice Lurton assumiu o Château em 1992.
mentaram diversas mudanças, principalmente na qualidade eO nome Climens signiicaria “terra ingrata”.
quantidade do vinho, ao fazer uma seleção cada vez mais rigoro-São 30 hectares de terra vermelha com seixos que
sa, o que fez com que, em duas safras desde então (1993 e 2012)consistem de uma ina camada de areias argilo-
não fosse produzida uma única gota do principal vinho da casa.sas rica em ferro sobre uma base de calcário. Lá
Na safra 2001, a revista Wine Spectator apontou Rieussec como prospera somente a Sémillon em produção bio-
vinho do ano de 2004. dinâmica.

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Château Graves de Pez
Nos anos 1960, Paul e Paulette Bussier, de uma
tradicional família de Cognac, decidiram se ins-
talar em Saint-Esthèpe a pedido da família Tesse-
ron para gerir o Château Lafon-Rochet. Durante
mais de 30 anos, eles administraram esse Cru
Classé, mas também, aos poucos, foram adqui-
rindo terras para si, para um projeto próprio. No
entanto, por falta de tempo, nunca conseguiram
Crus Artisans viniicar seus próprios vinhos, levando as uvas
para as cooperativas.
Diz-se que o termo “Crus Artisans” existe oicialmente há maisEm 2008, com apenas 21 anos, Maxime Saint
de 150 anos no Médoc e representaria as pequenas vinícolas Martin, sobrinho da família, decidiu comprar a
pertencentes a singelos produtores, à margem das grandesvinha pro- de seu tio. Em 2009, ele deixou a coopera-
priedades. Em 1989, com a criação do Syndicat des Crus Arti- tiva e fez sua primeira colheita com a ajuda dos
sans du Médoc, originou-se essa classiicação que reunia “pro- enólogos Jacques e Eric Boissenot (consultores
priedades autônomas, de pequena e média dimensão, nas quais de alguns dos principais Crus de Bordeaux), sob
o gestor está ativamente envolvido nas operações da sua vinha,o olhar atento de seu pai Lamarque. Ele se tor-
produz vinhos AOC e vende a produção que é engarrafada no nou o enólogo mais jovem da região.
château”. Para ingressar, o Château não pode ter mais do queEm 5 2012, Maxime comprou as caves que até
hectares e estar nas denominações: Médoc, Haut-Médoc, Lis- então alugava. A parcela de 3 hectares de vinhas
trac, Moulis, Margaux, Saint-Julien, Pauillac e Saint-Estèphe.de 45 anos ica no planalto de Saint-Estèphe,
Na época, foram 44 propriedades listadas. Mas ela icou próximoes- aos célebres Châteaux Montrose, Cos
quecida por um tempo até que, recentemente, a classiicação d’Estournel
foi e Haut Marbuzet.Saint Martin
retomada, desta vez com 36 propriedades. Ela deve ser revisadaproduz apenas dois vinhos, sendo um deles o
de cinco em cinco anos. Agora, porém, alguns critérios também L’Irrésistible, do qual são feitas apenas mil gar-
mudaram e não há mais tamanho máximo da propriedade, rafas. pois, Ele ainda foi eleito em 2016 presidente do
segundo o diretor do sindicato, é uma questão de escolha ilosóica.
Syndicat des Crus Artisans du Médoc.

46 ADEGA >> Edição 155


Château Tour Bel Air
Esta propriedade de 7,8 hectares ica em Cissac
e é gerida por uma pequena equipe de apaixo-
nados pela vitivinicultura, como Patrice Belly,
gerente, engenheiro agrônomo, e ex-professor
da escola secundária Blanquefort em economia
e enologia. As vinhas possuem idade média de 35
anos e apenas com varietais de Merlot e Caber-
net Sauvignon, divididos em partes iguais.
Uma pequena parte da colheita (de vinhas
muito velhas) é feita à mão, mas o restante é co-
lhido por uma máquina que eles mantêm em so-
ciedade com outra propriedade. São produzidos
cerca de 400 hectolitros por ano e feitas viniica-
ções separadas em 12 tanques de aço.
São produzidos quatro rótulos: Cuvée Plaisir,
Cuvée Plénitude, Cuvée Prestige e Cuvée Pas-
sion, este último produzido somente em anos
especiais de vinhos selecionados das melhores
barricas e compostos apenas por Cabernet Sau-
vignon. Além de Belly, a propriedade é gerida
fotos: divulgação

por Fabien Sclafer Lagarde, Baptiste Gonzalez,


CatherineOccelli, Bruno Millet, Christophe
Millet e Jacques Decoeur.

Edição 155 >> ADEGA 47


Château
La Mission-Haut-Brion
O termo “La Mission” vem de São Vicente de
Paulo, dito “pai dos pobres”, que fundou, em
1625, a Congregação da Missão, também conhe-
cida como Lazaristas (pois estava estabelecida no
colégio de São Lázaro, em Paris) ou Padres Vi-
centinos. Em 1650, Olive de Lestonnac, conhe-
cida como Dama de Margaux, resolveu deixar
uma anuidade para obras de caridade cristãs e,
entre seu legado para a igreja, estavam terras de
Haut-Brion e La Mission-Haut-Brion.
Durante o século XVIII, o vinho
feito pelos lazaristas era considerad
do
um dos melhores da paróquia dif
fe-e,
rentemente de outros que sósa- eram us
dos para as celebrações das La
missas, L
Mission era negociado no mercado
de
Bordeaux e icou conhecido dos e- pode
rosos da época, como o Duque de
Richelieu (sobrinho do poderoso
Cardeal Richelieu).
François Poincet

Depois depassar por mui-


tas mãos, em 1983, o Château
acabou comprado pela família
Dillon, que já era proprietária
do Haut-Brion. Sob direção do
Crus Classés de Graves Príncipe Robert de Luxembur-
go, a propriedadepassoupor
Em 1855, apenas um vinho de fora do Médoc entrou na lista, o diversas renovações. O vinhedo
Château Haut-Brion, da região de Graves. Quase 100 anos de- de La Mission ica em uma tra-
pois, o Syndicat de défense de l’appellation des Graves decidiuvessa das comunas de Talence
que era necessário fazer uma classiicação também das proprie-e Péssac, em frente ao Château
dades da denominação que se situa dentro de Péssac-Léognan.Haut-Brion, com o qual divide
Em 1953, um júri de proissionais reunidos pelo Institutoo mesmo tipo de solo pedregoso
Nacional de Denominações de Origem (INAO) estabeleceu e elevado. A principal diferença
um ranking para os vinhos locais, mas sem divisões. Eles foramé que o terreno de La Mission
apenas classiicados como Crus Classés, sem hierarquia, dividi- é menos ondulado e um pouco
dos apenas por tipo de vinho (tinto ou branco). Foram listadas mais rico.
16 propriedades, sendo que apenas seis foram reconhecidas tan- São 29 hectares,sendo27
to por seus tintos quanto brancos, sete apenas pelos tintos e três
plantados com cepas tintas (40%
unicamente pelos brancos. de Merlot, 50% de Cabernet Sauvignon e 10%
A lista ratiicada em agosto de 1953, foi ligeiramente amplia-de Cabernet Franc) e 3 com uvas brancas (80%
da em 1959 e esse ranking que prevalece até hoje sem alterações de Sémillon e 20% de Sauvignon Blanc), que dão
e, assim como a lista de 1855, não está sujeita a revisões. Haut-
vida a quatro vinhos: La Mission Haut-Brion, La
-Brion, portanto, é o único vinho que aparece em duas classii- Chapelle de La Mission Haut-Brion, La Mission
cações bordalesas. Haut-Brion Blanc e La Clarté de Haut-Brion.

48 ADEGA >> Edição 155


Mathieu Mamontoff
Château Pape-Clément
Durante o papado de Bertrand de Gouth, ou Clemente V, a Igr
ja Católica passou por uma de suas principais crises. Em 1309
ocorreu o Grande Cisma do Ocidente, quando a sede papal foi
transferida para Avignon, onde permaneceu até 1377. Clemen
antes de ser eleito papa com apoio do rei Felipe IV da França,
foi arcebispo de Bordeaux, onde possuía vinhedos em La Moth
propriedade na região de Péssac. Após se tornar o líder da igre
cedeu a propriedade em Bordeaux para seu sucessor na
diocese de Bordeaux, que deu nome ao lugar de Château Pape
Clement, em homenagem a seu antigo proprietário.
Nos anos 1980, o famoso empresário Bernard Magrez, assu
miu o Château e realizou várias transformações. Uma delas fo
chamar o renomado consultor Michel Rolland. São 60 hectares
de vinhas nos terraços aluviais mais antigos. A diversidade do
roir de Pape Clément torna possível cultivar Cabernet Sauvig-
non, Merlot, Cabernet Franc e Petit Verdot além de Sauvignon
Blanc, Sauvignon Gris, Sémillon e Muscadelle.
O Château Pape Clément faz parte de um círculo muit
pequeno dos Châteaux Certiicados de “Alto Valor Ambiental”.
Esta certiicação HVE 3 é, segundo o Estado francês, a mais alt
distinção ambiental.

Edição 155 >> ADEGA 49


Cru Bourgeois Château Chasse Spleen
O termo Cru Bourgeois teria sido cunhado na Idade Média, quandoAinda no século XVIII, o senhor Gressier adqui-
os cidadãos (burgueses) residentes do “burgh” (burgo) de Bordeaux,
riu terras e um Château até então denominado
adquiriram as melhores terras da região e se deram essa designação.
Grand Poujeaux. Em 1822, porém, um proble-
No início do século XIX, os Crus Bourgeois (cerca de 300 Châteaux)
ma na divisão hereditária da propriedade deixou
ainda existiam e seus preços já haviam sido estabelecidos como umasen-parte da família com o Château e outra
do mais altos do que os dos Crus Artisans e Crus Paysans. com o vinhedo, mas sem poder usar o nome Pou-
Depois de 1855, as autoridades planejavam criar classes adicio-
jeaux. Acredita-se que o nome Chasse Spleen
nais e incorporar alguns dos Crus Bourgeois. Naquela época, 248tenha surgido de uma visita que o poeta Lord
Crus Bourgeois foram listados. O livro de d’Armailhac, publicado
Byron teria feito à propriedade e dito que o vinho
em 1858, lista 34 superiores, 64 bons e 150 ordinários. Em 1932,
“tirava
po- a melancolia” (Spleen – termo usado por
rém, os Crus Bourgeois foram agrupados em uma lista estabelecida
Baudelaire para exprimir um estado de tristeza
pelos comerciantes de vinhos de Bordeaux, sob a égide da Câmarameditativa). Assim Rosa Ferrière, viúva herdeira
de Comércio de Bordeaux e da Câmara de Agricultura de Gironde. da propriedade, teria escolhido o nome para usar
Ao todo, 444 foram listados. em seus vinhos que enviou para a Feira Universal
As primeiras modiicações começaram a ocorrer ainda na década
realizada em Londres em 1862.
de 1960 até que nos anos 2000 tentou-se realmente fazer uma clas- O Château se manteve nas mãos da família
siicação com níveis, que seria adotada a partir de 2003: Crus Bour-
Castaing até o começo do século XX, quando foi
geois Exceptionnels, Crus Bourgeois Supérieurs e Crus Bourgeois.
mudando de mãos até chegar à família Merlaut.
Foram selecionadas 247 propriedades de 409 postulantes. No entan-
A ilha de Jacques Merlaut, Bernadette Villars,
to, diversas contestações izeram com que a classiicação fosse anu-
e seu marido assumiram o controle da proprie-
lada. Somente a partir de 2010 passou-se a criar uma lista renovada
dade e, com a colaboração do professor Émile
anualmente com os Crus Bourgeois. Desde então, porém, algumas Peynaud, transformaram o Château. Em 2003,
propriedades deixaram de participar da seleção por não concorda-
a família comprou a propriedade vizinha do
rem com os métodos de escolha. A última lista publicada refere-se
Château Gressier-Grand-Poujeaux e novamen-
à safra de 2015 e tem 271 propriedades listadas. ADEGA, porém, te uniu as terras que foram separadas em 1822.
lista a seguir dois dos nove Châteaux que foram considerados Crus
Atualmente, Chasse Spleen é gerido por Céline
Bourgeois Exceptionnels em 2003. Villars-Foubet.

50 ADEGA >> Edição 155


Château Potensac
A propriedade pertente à família Delon, dono do
Château Léoville Las Cases e Clos du Marquis,
entre outras. E, curiosamente, sempre foi gerida
por mulheres. O atual proprietário, Jean-Hubert
Delon, herdou a propriedade de sua avó pater-
na, Georgette Liquard. Embora perto do rio, Po-
tensac está situado em um ponto alto no norte
do Médoc. Vale lembrar que os Cru Bourgeois
listam Châteaux de outras regiões como Haut-
-Médoc, Listrac, Moulis, Margaux, Saint-Julien,
Pauillac e Saint-Estèphe.
O Château Potensac ica no distrito de Or-
donnac e as vinhas se estendem por 84 hectares.
O vinhedo de Potensac se estende sobre montes
com um subsolo de calcário coberto de argila
e que contém uma alta proporção de cascalho
(“graves”). Alguns lotes de Cabernet Sauvignon
e Cabernet Franc há mais de 80 anos ainda pro-
duzem, mas a variedade principal é a Merlot
(49,6%). Cabernet Sauvignon (33,7%), Cabernet
Franc (15,7%) e Petit Verdot (0,9%) completam
fotos: divulgação

a lista. A propriedade faz dois vinhos, sendo que


o segundo leva o nome de Chapelle de Potensac
e foi criado em 2002.

Edição 155 >> ADEGA 51


Classiicação
de Saint-Émilion
A Appellation d’Origine Contrôlée Saint-Émilion foi criada em
1936. Em 1948, um controle de qualidade baseado em degusta-
ção foi criado para cada safra e para todos os vinhos que deseja-
vam estar sob a denominação. Quatro anos depois, um primeiro
projeto de classiicação foi desenvolvido pelo INAO. O texto
inal foi aprovado em 1954.
A classiicação dos Crus de Saint-Émilion tem três catego-
rias: Saint-Émilion Grand Cru Classé, Saint-Émilion Premier
Grand Cru Classé e Saint-Émilion Premier Grand Cru Classé
A. O ranking deve ser revisado a cada 10 anos. A primeira classi-
icação de 1955 avaliou 75 Châteaux. A segunda, em 1969, 84.
Em 1986, o terceiro ranking teve 74 e, em 1996, 68. Finalmen-
te, o ranking de 2012 apontou 82 propriedades. Ao longo das
décadas, o número de Premiers Grands Crus foi entre 11 e 18.
Os Grands Crus foram entre 55 e 64.
O procedimento de classiicação foi completamente revisa-
do em 2011 após uma disputa judicial sobre o ranking publica-
do em 2006. O Ministério da Agricultura e o INAO agora super-
visionam o processo. Além disso, uma comissão é responsável
por todos os procedimentos, e ela é composta por sete persona-
lidades reconhecidas do mundo do vinho e de fora da região de
Bordeaux. Durante as provas de 2012, o júri examinou 10 safras
para o Grand Cru e 15 safras para os rótulos Premier Grand Cru
Classé. Quase mil amostras foram degustadas.
fotos: divulgação

O ranking de 2012 estabeleceu 18 Châteaux como Premier


Grand Cru Classé, sendo que quatro deles foram apontados
como de categoria “A”, Angélus, Ausone, Cheval Blanc e Pavie.

52 ADEGA >> Edição 155


Château Angélus
A instituição da oração do Angelus teve ori-
gem no século XV com o papa Calixto III,
que, depois da batalha vitoriosa do Sacro Im-
pério Romano sobre o exército otomano em
1456, ordenou em ação de graças que todos
os sinos da cristandade tocassem todas as ma-
nhãs, ao meio-dia e à noite. Esta oração to-
mou então o nome de Angelus em me-
mória da Anunciação de Maria pelo
arcanjo Gabriel. Daí vem o nome
de um dos mais célebres vinhos da
região de Saint-Émilion. Diz-se que
do vinhedo do Château Angélus, os
trabalhadores podiam ouvir clara-
mente as badalas das três igrejas
da região: a da capela de Ma-
zerat,a de Saint-Martinde
Mazerat e a de Saint-Émilion
propriamente.
Foi no inal do século
XVIII, em 1782, que Jean de
Boüard de Laforest, o guarda-
-costas do rei da França, mu-
dou-se para Saint-Émilion.
Sua ilha, Catherine Sophie
de Boüard de Laforest, casou-
-se com Charles Souffrain de Château Valandraud
Lavergne em 1795 e estabele-
ceu-se na propriedade Maze- Jean-Luc Thunevin é sinônimo de vinho de garagem. Ele e sua
rat, de seu marido. No início esposa, Murielle Andraud, começaram fazendo seus vinhos em
do século XX, Maurice de tanques que icavam na garagem de sua casa em Saint-Émilion
Boüard de Laforest herdou o no início dos anos 1990. E Robert Parker, que provou o
local e o ampliou, acrescen- Thunevin estava fazendo, cunhou a expressão “Vin de Garage
tando, em 1920, um vinhedo Em 1989, Thunevin comprou 0,6 hectares (hoje possui 8,8 ha)
de três hectares chamado An- de uma propriedade em um vale perto de Saint-Émilion, entre
gélus. os Châteaux Pavie-Macquin e La Clotte, chamada Vallon d
O sucessodo Châteause Fongaban. E assim criou o Château Valandraud (junção de Val
deu com Hubert de Boüard de Laforest e seu com Andraud, sobrenome de Murielle).
primo Jean-Bernard Grenié, que o levaram a Thunevin é chamado de o “Bad Boy” (o garoto malvado) de
se tornar um dos quatro Premier Grand Cru Saint-Émilion, pois não costuma respeitar as tradições de Bor-
Classé A. Vale lembrar que o vinho de Angé- deaux na hora de produzir seus vinhos e chegou a ter v
lus tem foco na Merlot e na Cabernet Franc, “desclassiicados” pela denominação devido ao uso de técnica
principalmente nesta última cepa, que ape- proibidas. Em 2012, com pouco mais de 20 anos de existência
sar de raramente ser majoritária no blend, é Valandraud adquiriu o status de Premier Grand Cru Classé de
quem dá o tom. Saint-Émilion.

Edição 155 >> ADEGA 53


ESCOLA DO VINHO |p o r A R N A L D O GRIZZO

Piemonte
Confira 10 coisas que você precisa saber para entender melhor
uma das regiões mais clássicas do vinho italiano

H
á quem diga que Bordeaux está Quando se fala em Piemonte, obviamen-
para a Toscana assim como te que
a a primeira referência que surge é a sua
Borgonha está para o Piemon- uva tinta típica. É ela a base para as duas de-
te. Apesar de termos de nominações
fazer de origem mais faladas dessa re-
algumas ponderações,essa gião italiana, Barolo e Barbaresco. No entan-
correlação até que pode ser feita. E muitoto, da
assim como a Borgonha não se restringe à
ligação que os enóilos fazem da Borgonha Pinot Noir, o território piemontês traz muito
com o Piemonte se deve pelas variedades mais variedade
de do que se imagina, com uvas
uva tradicionais, a Pinot Noir no caso francês
e denominações menos comentadas, mas não
e a Nebbiolo no caso italiano, que, de menos
certa
importantes. ADEGA então vai apontar
forma, apresentam algumas características aquiem10 coisas que você precisa saber sobre essa
comum. importante região vitivinícola italiana.

54 ADEGA >> Edição 155


Edição 155 >> ADEGA 55
TRADICIONALISTAS
X MODERNISTAS
Em 1975, Elio Altare
viu uma safra nos
vinhedos de sua família
não ser colhida até o
mês seguinte quando
os compradores de
Alba ofereceram
preços ridículos. Isso
inspirou Altare e um
pequeno grupo de
colegas a visitar a
Borgonha e mudar
o panorama local,
propondo vinhos mais
“modernos”. Em
meados da década de
1980, começaram as
“Guerras de Barolo”.
De um lado estavam
os “modernistas”,
indo para os single
vineyard maturados
em barricas francesas,
buscando “potência,
concentração e
sabores de café
expresso, chocolate
e baunilha” tão Barolo metodo di fare e conservare i vini in Piemonte”,
admirados por críticos. A cidade de Barolo ica ao sul de Alba, por publicado
um ca- em 1835. Teria sido ele o enólogo cha-
Do outro lado, os minho tortuoso que leva até o famoso Castello
madodipelo Conde de Cavour para trabalhar em
“tradicionalistas”
preferiam “a Barolo, com casas históricas de muitos produto-
sua propriedade em Grinzane entre 1836 e 1841.
complexidade do res, hospedarias e enotecas. Essa cidade dáA tarefa
nomede Staglieno era produzir vinhos de qua-
couro, alcatrão e ao mais famoso vinho da região do Piemonte.lidadeO voltados para envelhecimento e estáveis o
rosas, elegância acima
prestígio de Barolo, contudo, só surgiu a partir
suiciente
de para serem exportados, algo que na épo-
dos músculos”. Essa
divisão continuou meados do século XIX. Até então, o vinho ca lá pro-
icou conhecido como “o método Staglieno”.
durante os anos 1990 duzido nada tinha a ver com o que encontramos Barolo é um dos vinhos mais aclamados do
e, somente perto da hoje, sendo geralmente doces, devido a uma mundofer- atualmente, comparados aos grandes Pi-
virada do século,
uma pequena trégua mentação muitas vezes incompleta da Nebbiolo.
not Noirs da Borgonha. Eles costumam ser bas-
foi declarada com Uma pesquisa de Kerin O’Keefe airma que tanteo tânicos quando jovens, porém evoluem
um estilo no meio do grande transformador de Barolo foi Paolo (por
Frances-
cerca de 30 anos em garrafa) para um néctar
caminho.
co Staglieno. Ele foi o autor de um manualcomplexo,
de vi- com inúmeros aromas, que vão dos
niicação chamado “Istruzione intorno al miglior
lorais aos frutados e com toques de especiarias.

56 ADEGA >> Edição 155


Barbaresco
Durante anos, Barolo sempre foi o grande vinho do
Piemonte. Seu reinado não era disputado. Hoje,
Barolo e Barbaresco apresentam uma fama quase
similar. No entanto, até a década de 1960, Barba-
resco estava relegado a um papel de menor rele-
vância. A história de Barbaresco começou a mudar
quando um jovem empreendedor decidiu interferir
na vinícola familiar que seu bisavô fundara há mais
de 100 anos. Angelo Gaja – que se tornaria uma
lenda – resolveu implementar inúmeras mudanças,

fotos: divulgação
rompendo com tradições seculares, escandalizando
não só os produtores da região como também seus
próprios familiares, especialmente seu pai.
Como os Gaja só possuíam terras na região
A história de Barbaresco se
de Barbaresco, ele decidiu que a família não faria mistura com a de Angelo Gaja, o
mais Barolo, ou seja, não compraria mais a família
uvas comprasse algumas áreas especíicasgrande
de nome da região
das terras vizinhas. Foi uma decisão arrojada,
vinhedos das colinas da região – as em que a neve
pois Barbaresco era um vinho desacreditado derretia
na mais cedo depois do inverno, ditas Sorí.
época. Mas Angelo foi além e resolveu inovar na percebeu a excelência desses terrenos e
Angelo
viniicação, adquirindo barricas de carvalhocomeçou
para a produzir vinhos Single Vineyard, que
envelhecer os vinhos e sendo o primeiro ase fazer
tornaram seus maiores ícones (Sorí Tildin, em
fermentação malolática no Piemonte. homenagem à avó, é um deles). O empreende-
Muitos anos antes de ele decidir “romper”
dorismo de Angelo fez com que Barbaresco hoje
com Barolo, sua avó, Clotilde Rey, sugeriufosse
que um “rival” à altura de Barolo.

Edição 155 >> ADEGA 57


fotos: divulgação

Barbera e Dolcetto
A Nebbiolo é indiscutivelmente a uva tinta mais
prestigiada do Piemonte, no entanto, não se pode
deixar de lado duas outras variedades tradicionais
da região: a Barbera e a Dolcetto. Enquanto a
Nebbiolo costuma dar vinhos mais complexos,
Barbera e Asti
que tendem a demandar tempo para se abrir por
Dolcetto
completo, Barbera e Dolcetto, por outro lado,
costumeiramente são vinhos mais diretos, fáceis
A comuna de Asti ica quase que literalmente no ce
tro da região do Piemonte. Juntamente com Alba, e
de beber mesmo quando jovens. são duas formam os dois povoados mais famosos dessa áre
variedades vinícola. No período romano, a cidade era conhecid
Os vinhos feitos de Barbera geralmente se
mostram muito fragrantes e com muitas frutas
de destaquecomo
vermelhas, levemente ácidas, em boca. São duas
Hasta Pompeia. A região, todavia, tornou-se
mosa por suas uvas Moscatel e, especialmente, po
no Piemonteespumante Moscato d’Asti, que deu origem ao fam
as regiões famosas pela produção de seus Barbe-
ra, as denominações de origem Barbera d’Asti, método Asti de fermentação. Diz-se que o process
uma região que compreende toda a província espumatização do Moscato foi elaborado prime
de Asti e parte de Alessandria, e Barbera d’Alba, mente por Carlo Gancia, em meados do século XIX
uma área menor ao redor de Alba. Há ainda os Gancia teria trabalhado na casa Piper Heidsieck e,
Barbera del Monferrato, dentro da região de Asti. chegar à vila de Canelli, tentou reproduzir o que h
Os Asti são considerados os principais Barbera e, aprendido na França.
entre os melhores estão os que ostentam a desig- Conhecido como “método Asti”, ele é uma
nação Vigna no rótulo, indicando alguma sub- variação do Método Charmat, pois o processo
-região renomada. fermentativotambémocorredentro deauto-
A Dolcetto tende a ser ainda menos prestigiada claves. Ele produz o espumante com apenas
que a Nebbiolo e a Barbera, mas produz um vinho uma fermentação, interrompendo o processo,
repleto de notas de cerejas, costumeiramente sem por meio de choque térmico, quando o açúcar
grandes pretensões, muito fácil de agradar, feito das uvas (Moscatel) ainda não foi inteiramente
para acompanhar qualquer refeição. Assim como transformado em álcool. Isso garante um produto
a Barbera, a Dolcetto tem duas denominações mais adocicado e de menor teor alcoólico. Essa
principais, Dolcetto d’Asti e Dolcetto d’Alba. Po- técnica de produzir vinhos com uvas Moscatel se
rém, ao contrário da Barbera, desta vez os melho- alastrou pelo mundo. Os Moscato d’Asti costu-
res exemplares costumam vir da região de Alba, mam surpreender por sua delicadeza, sendo óti-
próximo das colinas de Barolo e Barbaresco. mos para combinar com sobremesas leves.

58 ADEGA >> Edição 155


Nebbiolo vem da palavra
italiana “nebbia” que
Neblina significa névoa
Piemonte signiica “aos pés da montanha”.tembro
Essa e outubro e esse fato parece dar o nome
montanha nada mais é do que os Alpes, que à uva:
cir- Nebbiolo vem da palavra italiana “nebbia”
cundam quase toda a região. E um dos quepontos
signiica névoa.
cruciais do clima piemontês está ligado à nebli-
A Nebbiolo é uma uva de maturação tardia e
na, que parece impregnada nos vinhedos cultivo
que sur- delicado, que chega ao auge justamente
ge principalmente nas manhãs das épocasquando
mais a neblina da mudança de estação come-
quentes. Acredita-se que esse clima tenha ça a dado
cobrir os campos. Ela é naturalmente rica
nome à principal variedade da região. em Muitos
taninos e pobre em coloração. Ela é conheci-
ampelógrafos consideram a Nebbiolo como daten-
pela inesse e a delicadeza de um vinho com
do surgido nas colinas do Piemonte, entremuita
as ci- estrutura, taninos extremamente marcan-
dades de Milão e Turim. Seu primeiro tes registro
e muita personalidade, não à toa isso se re-
oicial é de 1268. Seus vinhedos costumamleteicarem seus dois principais expoentes: Barolo e
encobertos de neblina durante os meses Barbaresco.
de se-

Edição 155 >> ADEGA 59


A partir da década
de 1960, produtores Single Vineyard
começaram a criar os Um dos vínculos que os enóilos costumam nômeno fa- é bastante recente. Acredita-se que um
primeiros rótulos Single
Vineyard, principalmente zer entre a Borgonha e o Piemonte está nãodosso-
primeiros a criar vinhos de vinhedos especí-
em Barolo mente nas similaridades entre a Pinot icos Noirfoi
e Alfredo
a Currado, da Vietti, na região de
Nebbiolo, mas também nas divisões cada Barolo.
vez Na década de 1960, ele teria deixado de
mais detalhadas do terroir local. Se na Borgonha
misturar uvas de Barolo de diversas regiões para
historicamente os produtores (e especialmente
criar osos primeiros rótulos Single Vineyard. Seu
monges cistercienses) delimitaram cada vezexemplo
mais acabou sendo seguido por outros que
os principais vinhedos, criando os Grand Cru
cadae vez mais, e não somente em Barolo, mas em
Premier Cru, no Piemonte, os produtores, outras
com o denominações piemontesas, passaram a
tempo, também decidiram apontar seus melho-
apontar tanto as sub-regiões de origem das uvas
res terroirs designando-os como Single Vineyard.
como Serralunga, La Morra, Castiglione, Mon-
Ao contrário da Borgonha, no Piemonte esseforte
fe-etc., como parcelas de vinhedos especíicos.

60 ADEGA >> Edição 155


Roero Arneis e Cortese di Gavi
fotos: divulgação

Duas uvas brancas de destaque no Piemonte são


a Arneis e a Cortese. A primeira é bastante produ
zida ao redor da região de Barolo e costumava se
acrescentada à Nebbiolo para suavizá-la. Ela cos-
Brachetto, Freisa e tumava ser uma variedade pouco explorada pelos
Outras variedades Grignolino são algumas produtores até renascer por volta dos anos 1980,
das variedades autóctones
Nebbiolo, Barbera, Dolcetto, Arneis,Cortese...
piemontesas principalmente na região de Roero. De acordo
além dessas variedades mais conhecidas, a viti- com o dialeto piemontês, “Arneis” signiica algo
culturado Piemonteapresenta outrascastas, como rebelde ou ranzinza, graças ao seu cultivo
muitas delas autóctones, que produzem vinhos complicado. Hoje, porém, a casta é prestigiada e
surpreendentes. Uma delas é a Brachetto, que alguns chegam a chama-la de Barolo Bianco.
produz tanto um vinho tinto doce quanto um es- Assim como a Arneis, a Cortese adquiriu gran-
pumante também com fundo adocicado. Outra de fama na década de 1980 com a denominação
é a Freisa, que produz vinhos bastante tânicos e Cortese di Gavi, que icou conhecida somente
ácidos, mas também é usada em espumantes que como Gavi ou Gavi di Gavi. Ela vem de uma
lembram o Lambrusco. Já a Grignolino tende região fronteiriça com a Lombardia. As primeiras
a resultar em vinhos mais leves e frutados. Pelo menções ao vinho da comuna de Gavi, contu-
lado dos brancos, há a curiosa uva Favorita, que do, são do ano de 972. A Cortese é famosa pela
está ligada à Vermentino, e a Erbaluce, costu- acidez e frescor, seus vinhos possuem sabores e
meiramente usada para produzir um vinho doce aromas frutados, com maçã, pêssego e melão e
tipo passito de grande longevidade. tons herbáceos.

Edição 155 >> ADEGA 61


fotos: divulgação

Chardonnay
Uma uva tão melindrosa quanto a Pinot Noir e vi-
nhedos cada vez mais delimitados. Esses dois deta
lhes aproximam o Piemonte da Borgonha, todavia,
Acredita-se que Filippo recentemente a região tem demonstrado ter poten
Asinari, conde de San
Cavour e unificação Marzano e Costigliole, teria cial para desenvolver uma variedade que também
A região do Piemonte tem uma história rica plantado
e de- mudas vindas se consagrou na Borgonha, a Chardonnay.
de Montrachet na região
ve-se apontar que alguns personagens piemonte-
de Asti Acredita-se que essa casta tenha sido implan-
ses foram determinantes na história da Itália. Um tada na região no começo do século XIX. Naque-
deles foi Camilo Benso, conde de Cavour. Após la época, durante a dominação francesa na Itália
voltar de viagens pela França, Inglaterra e Suíça, por parte do exército de Napoleão, Filippo Asi-
ele decidiu implementar o que havia aprendido nari, conde de San Marzano e Costigliole, caiu
em termos de agricultura e administração em sua nas graças de Bonaparte. Além de hábil político,
região. Por volta de 1830, ele decidiu investir na Asinari mostrou-se interessado em viticultura e
Nebbiolo, para tornar os vinhos locais tão bons airma-se que ele teria plantado mudas vindas de
quanto os que havia provado na corte de Savoia. Montrachet na região de Asti. E elas teriam se
Diz-se que ele foi um dos principais responsáveis adaptado bem ao solo calcário-argiloso local.
por tornar Barolo conhecido mundialmente. Ao Diz-se ainda que Carlo Gancia, a quem se
mesmo tempo, Cavour foi um dos mais ativos na atribui o método Asti e a criação do famoso Mos-
propaganda pela uniicação da Itália, sendo um cato espumante da região, também teria testado
dos personagens centrais juntamente com Giu- os métodos que aprendeu na França com a Char-
seppe Garibaldi e Giuseppe Mazzini. Quando donnay e Pinot Noir (cultivada principalmente
Vitor Emanuel II declarou o Reino da Itália in- em Oltrepò Pavese, que atualmente faz parte da
dependente em 17 de março de 1861, Cavour foi Lombardia, mas que antes se chamava de Vec
nomeado primeiro-ministro. Ele, contudo, não chio Piemonte – Velho Piemonte).
viveu muito para ver o restante da glória italiana Desde meados dos anos 1980, a Chardonna
e de Barolo, falecendo quatro meses depois. No piemontesa tem chamado a atenção, com vinhos
entanto, graças a seus esforços, Barolo recebeu a que lembram o estilo borgonhês, com grande capa
alcunha de “o vinho dos reis e o rei dos vinhos”, cidade de envelhecimento, feitos por produtores d
por estar presente na corte italiana. renome como Coppo, Gaja, Pio Cesare etc.

62 ADEGA >> Edição 155


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!POIO 2EALIZAǭǥO
DROPS |p o r ARNALDO GRIZZO

A última
garrafa
Gut Hermannsberg coloca em leilão o último vinho de
uma das safras mais célebres do século XX

A
credita-se que o ano de 1921 pode foi homenageado em festividades em
denburg
ter sido a “safra do século” na Ale-
Colônia. Aí, Hindenburg recebeu um vinho do
manha, tanto que quando alguém Domínio
se do Estado da Prússia, seu preferido. Na
depara com uma garrafa desse festa,
anoem 31 de março de 1926, foi servido um
não hesita em comprar. No entan-Kupfergrube Trockenbeerenauslese de 1921.
to, pouquíssimas ainda sobrevivem no mercado. Uma última garrafa deste mesmo vinho está
Logo após a I Guerra, o Vale do Nahe foi ocu-
para ser leiloada agora. O enólogo da Gut Her-
pado pela França, e os vinhos do Domínio mannsberg,
Vi- Karsten Peter, substituiu a rolha há
tivinícolado Estado PrussianoNiederhausendois anos e, ao examinar as condições do vinho,
Schlossböckelheim (hoje Gut Hermannsberg) icoudaespantado com a sua concentração, com-
safra de 1921 teriam, portanto, icado sob plexidade
a ad- e frescor. Gut Hermannsberg certa-
ministração francesa. Mas os diretores puderam
mente alcançará um novo recorde no leilão VDP
vender as garrafas em Frankfurt am Main (em antesque os produtores alemães oferecem seus
que os franceses assumissem o controle. vinhos) com esta garrafa. No ano passado, um
Quando o governo alemão conseguiu aTrockenbeerenauslese
saída de 2015 foi arrematado
das forças de ocupação, o presidente von por €Hin-
10.600.

64 ADEGA >> Edição 155


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DROPS |p o r ARNALDO GRIZZO

meia-idade,
UMA TAÇA Estudo mostra que quem bebe moderadamente na meia-
idade tem menor probabilidade de desenvolver demência

U
ma pesquisamais de 14 unidades por semana, cada sete doses
publicada cionais aumentava o risco de demência em 17%.
em agosto O estudo aponta que as causas subjacentes par
apontou a aumento do risco são provavelmente diferentes pa
ligação en- cada um dos dois grupos de maior risco. Os abstin
tre o consumo moderadotes, de por exemplo, mostraram ter uma maior preva
bebidasalcoólicasdurante lência de doença cardiometabólica (acidente vascu
a meia-idade e uma menor lar cerebral, doença coronariana, ibrilação atria
chance de desenvolverinsuiciência
de- cardíaca e diabetes), o que poderi
mência. As descobertascontribuir
são para o desenvolvimento da demência. O
baseadas em dados do estu-
pesquisadores também descobriram que o históric
do Whitehall II, um projeto
de internação hospitalar por doenças relacionadas
que acompanha a saúdeálcoolde estava associado a um risco quatro vezes m
funcionários públicos britâ-
de demência.
Segundo pesquisa, nicos que estavam entre as idades de 35 e 55 anos
abstêmios e quem
bebe em excesso em 1985 (quando o projeto começou). Para Diferentes
a nova bebidas
apresentam pesquisa, a equipe de cientistas francesesOe estudo
britânicos
foi focado principalmente no consumo de
risco maior de
desenvolver algum reuniu 23 anos de dados de 9.087 participantes
álcool de forma genérica, mas os autores notaram
tipo de demência Whitehall II, incluindo registros hospitalares
ume padrão
níveis entre os diferentes tipos de bebidas. O
de consumo de álcool. participantes do grupo de 1 a 14 unidades por sem
Os participantes classiicados como “abstêmios”
na eram mais propensos a beber vinho, enqua
foram os que se abstiveram totalmente doaquelesálcool, osque consumiam mais de 14 unidades
que pararam de beber no início do estudo semana
e os quebebiam mais cerveja.
bebiam com pouca frequência durante o período. Os pesquisadores também reconheceram alg
Aqueles que bebiam regularmente foram divididos
mas das deiciências do estudo. “Uma limitação fun
em dois grupos adicionais: os que bebiamdamental,
entre 1 e como em outros estudos observacionais
14 unidades de álcool (uma unidade equivale é a medição
a 10 do consumo de álcool usando apenas
mililitros de álcool puro, ou um pouco maisque da ome-
paciente fornece de dados”, diz. Outra grand
tade de uma taça de vinho comum) por semana limitaçãoe osé a forma como bebedores e abstêmios f
que bebiam acima dessa taxa. ram categorizados. Como os participantes só come
çaram a registrar seus hábitos de consumo durant
Com base em 397 casos de demência registrados
em hospitais, os pesquisadores descobriram meia-idade,
que o faltam informações sobre o quanto ele
grupo que se absteve de álcool e o grupo beberam
que bebeu nos primeiros anos; e esses padrões pod
mais de 14 unidades por semana mostraram riam estar
ter tido
em um efeito. Além disso, o amplo uso do
maior risco de desenvolver demência do que termoos be-
“abstêmios” para incluir aqueles que ocasio
bedores moderados. Além disso, entre os nalmente
que bebiam bebiam pode ter resultados distorcidos.

66 ADEGA >> Edição 155


DROPS |p o r ARNALDO GRIZZO

BOM
MOMENTO
EXPORTAÇÕES
Janeiro a
Junho 2018
PARA EXPORTAR PRINCIPAIS
DESTINOS DAS
Exportações de vinhos e espumantes EXPORTAÇÕES
(Valor)
brasileiros crescem no
primeiro semestre
Vinhos tranquilos Vinhos e espumantes
1.450.301
Volume (litros) 1º
3.013.070 3º

Valor (US$/FOB) 4º

Vinhos

Espumantes

142.836 2º
Volume (litros) 3º

631.671 5º
Valor (US$/FOB)

Espumantes

Total 1º
1.593.137 3º

Volume (litros)

3.644.741 5º
Valor (US$/FOB)

A
s exportações de vinhos e espuman- Principal em valor. Os vinhos tranquilos, que representam
tes brasileiros tiveram alta de 39,3%destino a maior fatia das vendas, tiveram incremento de
em volume e 32,8% em valor no dos vinhos 37,4% no volume e 33,6% em valor.
primeiro semestre deste ano – em “Além dos mercados-alvosChina, Estados
comparação com o mesmo período
brasileiros Unidos e Reino Unido, pretendemos aumentar
do ano passado. Os produtos foram comercializa-
foi o as iniciativas de promoção e aprimorar a distr
Paraguai.
dos para 29 países, somando 1.593.137 litros e o buição em países próximos ao Brasil, como Pa-
montante de US$ 3,6 milhões. Os cinco princi- Chile é raguai, Colômbia, Chile e Peru, em função de
o maior
pais destinos são: Paraguai, Estados Unidos, Cin- vantagens competitivas, como logística e peril
gapura, Colômbia e Reino Unido. comprador dede produto. Os latino-americanos possuem pala-
Entre janeiro e junho de 2018, o melhor de-espumantes dar similar aos brasileiros, o que favorece nossa
sempenho icou com os espumantes, que obti- penetração”, explica Diego Bertolini, gerente de
veram crescimento de 61,2% em litros e 29,2% promoção do Ibravin.

68 ADEGA >> Edição 155


DESCUBRA OS MI TO S E V
SOBRE VINHOS COM QUE
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Raio-X do vinho
brasileiro
Novo Guia ADEGA de Vinhos do Brasil traz uma reflexão
sobre o que está acontecendo no mercado nacional

D
esde sua primeira edição em nature,2011, que tiveram média de quase 91 pontos.
o Guia ADEGA de Vinhos do Bra- Podemos airmar categoricamente que é difícil
sil vem acompanhando de perto encontrar
a espumantes importados até R$ 100
evoluçãoda produçãovitivinícola que rivalizem em qualidade com grande parte
nacional. Seus desaios e suas conquistas, dos espumantes nacionais dessa mesma
sempre evoluindo e ganhando consis- faixa de preço.
tência, ano após ano. NÚMEROS DO Falando de brancos,perce-
Nesse período, passaram por GUIA ADEGA VINHOS bemos um incremento da con-
DO BRASIL 2018-2019
nossas taças mais de 3.500 vinhos sistência e do nível médio dos
nacionais, dos mais variados esti-
los. Na primeira edição, avalia- 440
vinhos selecionados
vinhos provados(talvez in-
luenciado pela ótima safra
mos pouco mais de 220 amos- 2018),com resultadosmais
tras e, nessa oitava, a 2018/2019, que satisfatórios
nas diversas
degustamos quase 600 (um recor- 68
vinícolas
regiões do Rio Grande do Sul
de), de mais de 65 vinícolas. (Serra Gaúcha, Campanha Gaú-
Apesar de nosso principal objeti- cha, Serra do Sudeste), merecendo
vo com esse livro ser sempre um guia ao atenção especial os produzidos na Ser-
consumidor, para orientá-lo sobre o que ele ra pode
Catarinense, com a Sauvignon Blanc e com
e deve experimentar, acabamos, indiretamente,cepas italianas (ainda resumido a alguns poucos
traçando um verdadeiro e detalhado panorama produtores,
do mas de qualidade acima da média).
vinho brasileiro. Isso sem falar dos Chardonnay, que, no geral, ti-
Mais uma vez, os espumantes foram o desta-veram média superior a 89 pontos.
que, independentemente do estilo (brut, nature, Com relação aos tintos, assim como nos
extra brut ou Moscatel), mostrando consistência
brancos, percebe-se a consistência dos rótulos.
e qualidade. Os números comprovam. De As maismaiores médias deste ano novamente esti-
de 70 amostras feitas com método tradicional,veram no Vale dos Vinhedos e Pinto Bandeira.
a média raspou os 90 pontos. Destaque para Nasosdemais regiões, incluindo a Serra Gaúcha,

70 ADEGA >> Edição 155


MÉDIA DE PONTOS POR VARIEDADE MÉDIA DE PONTOS POR REGIÃO

Merlot
Quantidade: 30
Média: 88,2

Pinot Noir Tannat


Quantidade: 9 Quantidade: 15
Média: 89,11 Média: 88,13
VALE DOS
VINHEDOS
Sauvignon Quantidade: 56
Blanc Média: 89,32
Quantidade: 14
Média: 88,85
CAMPANHA
Cabernet GAÚCHA SÃO PAULO
Chardonnay
Sauvignon Quantidade: 32 Quantidade: 47 Quantidade: 13
Quantidade: 24 Média: 89,12 Média: 88,87 Média: 88,9
Média: 87,91
SANTA
PNOT CATARINA
Blend branco BANDEIRA
RIO GRANDE Quantidade: 20
Quantidade: 13 Quantidade: 20 Média: 89,5
DO SUL
Média: 88,53 Média: 89,5
Quantidade: 274
Blend tinto Média: 88,63
Quantidade: 42
Média: 88,66

MÉDIA DE PONTOS POR ESTILO DE ESPUMANTE

Charmat Tradicional Asti Brut Nature Extra Brut Moscatel Brut Rosé

87,66 89,9 88,02 90,75 90,41 88,43 88,78 88,34

Edição 155 >> ADEGA 71


% DE VINHOS
% DE VINHOS AVALIADOS POR TIPO POR FAIXA DE PREÇO
E MÉDIA DE PONTOS POR TIPO

MÉDIA
DE PREÇOS

50% R$
68, 73

$
40% 45,00% 15%
MÉDIA GERAL
$$
32,50% 88,66
30% PTS
27%
MÉDIA MÉDIA

20%
88,72
PTS
88,44
PTS
$$$

18,41%
29%
MÉDIA MÉDIA

10% 88,53 89,66


PTS PTS
$$$$
16%
MÉDIA
Quantidade

88,85
PTS
3,41%
0,68%
$$$$$
Espumantes Tintos Brancos Rosés Doces 13%

CampanhaGaúcha, Serra Catarinense(que nho num determinado estilo por alguma cren-
teve média acima de 89 pontos) e o interior
ça,de
por exemplo, do que é comercial ou do que
São Paulo, temos tido, nos últimos dois anos,
é moda,
re- seria muito mais produtivo em médio/
sultados que merecem destaque. longo prazo buscar cada vez mais estudar o solo,
o microclima, as variedades mais adaptáveis, en-
Descobrir uma identidade im, um aprofundamento para tirar o que me-
Porém,no geral,mas principalmentequando lhor se pode de nossas regiões vitivinícolas; vi-
pensamos em tintos e brancos, uma questão nhos mais
que tenham de fato a nossa cara (para isso
ideológica do que propriamente de qualidade
precisamos
vem descobrir que cara temos), que reli-
à tona. Não temos dúvidas da capacidadetam técnica
um lugar, antes de mais nada, que tenham
dos enólogos atuantes no mercado nacional,umajáidentidade.
que
os vinhos provados raramente apresentam os Nós,defei-
de ADEGA, temos a certeza de que o
tos que eram muito comuns no passado. caminho da sobrematuração, da sobre-extração
Quando citamos questão ideológica, do referi-
uso excessivo da madeira, por exemplo, so
mo-nos ao que se busca ao elaborar um mentevinho.
cria vinhos que, independentemente de
E o que está dentro da taça nos diz, pela maioria
gostarmos ou não, podem ser feitos em qualquer
dos rótulos provados, que estamos emulandolugarum do mundo. Se já estamos satisfeitos em fa-
estilo que, de modo geral, não seria o “natural”
zer vinhos de qualidade, ótimo, mas se quisermos
para os nossos vinhos. mais (e, com certeza, podemos mais), ainda há
Ou seja, mais do que buscar elaborar umumvi-lindo e longo caminho pela frente.

72 ADEGA >> Edição 155


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Fique de olho Confira os detalhes aos quais deve prestar


atenção para não comprar vinhos falsificados

N
ão há dados exatos sobre falsiica-
safras
sa asa i as asddii
ii entt e ll po
os.Se
ções de vinhos no mercado bra- es e Exc ção:: as de lotes
e. s
sileiro. Aliás, é difícil encontrar
an goss arro os e,à vezes,rotuladosova--
esse tipo de estatística em qual-mentep pe los produtor
o es.
quer lugar do mundo. As únicas
coisas que aparecem na mídia são as -grandes Ele está rasgado? Manchado? Arranhado? Des-
apreensões de bebidas contrabandeadas por botado?
parte Se estiver rasgado, esses rasgos parecem
da polícia (como em casos recorrentes na China)
ter sido produzidos por manuseio descuidado?
ou então casos extremamente notórios em Se estiver
que manchado, as manchas de umidade
muitas pessoas foram lesadas por um falsiicador
parecem genuínas? Se estiver arranhado, tam-
(como o caso de Rudy Kurniawan). bém parece problema de manuseio? Se estiver
Aí, você pode pensar que esse tipo de coisadesbotado,
dii- ele icou exposto à luz?
cilmente aconteceria por aqui e que está restrito a
um nível de vinhos de alta gama, mas não- devemos
O tamanho do rótulo está certo? Ele está posi-
nos enganar. O mercado de vinhos colecionáveiscionado corretamente na garrafa? Além dele,
no Brasil tem se aquecido e pode atrair algumas
deveriafor-haver alguma etiqueta no pescoço? As
mas de contrabando, e também, por que não, fontes
falsi-e imagens usadas condizem com as de
icação. Contudo, apesar de os vinhos de maior rótulos
va- de safras anteriores ou com o padrão
lor costumarem ser os principais alvos, não conhecido
se pode desse produtor?
desprezar o potencial de falsiicação dos de entrada.
Sendo assim, uma das formas de se garantir
- Há números de série? Se sim, uma boa ideia é che-
é evitar garrafas suspeitas. E o que faz comca-los
que com os produtores. Se esse número não pu-
uma garrafa se torne suspeita? ADEGA fez uma der ser veriicado, melhor não comprar a garrafa.
pequena lista com detalhes aos quais você deve
estar atento para evitar dissabores. - Há erros de ortograia? Há problemas na im-
pressão? Os nomes estão todos escritos corre-
Cuidados com o rótulo tamente? Não há nada estranho? Se houver,
- Ele parece condizer com sua idade? Rótulos de
certamente é uma falsiicação.

74 ADEGA >> Edição 155


Edição 155 >> A EGA 75
CUIDADO COM - Veriique se a safra está correta e se o vinho
- A garrafa
foi real-vem em caixa originalmente? De que
SAFRAS MUITO mente produzido e vendido pelo produtor tipo:naque-
madeira ou papelão? Não há nada de es-
ANTIGAS le ano. Cuidado ao negociar com quem vende, tranho ou algum sinal de adulteração nessa
Diante de safras
muito antigas, você
por exemplo, uma safra 1972 de Yquem, ano em
caixa?
deve pensar na que o Château não produziu seu famoso vinho.
quantidade de vinho Cuidados com a rolha
produzida e vendida - Há manchas de cola no rótulo? Se sim, cuidado,
- Se o vinho não tiver cápsula, é possível veriicar
por aquele produtor
em relação ao ele pode ter sido aplicado recentemente. se a rolha tem o nome do produtor gravado, as-
montante provável de sim como a safra. Se os dados veriicados na ro-
ter sido consumido - Há sinais de tentativa de adulteração?lha Mudar
não condizerem com as informações do ró-
ao longo dos anos.
No caso das safras uma safra de 1985 para 1988, por exemplo? tulo, desconie. Desconie também se imagem
mais antigas, a e fontes usadas não forem compatíveis com as
quantidade disponível - Há etiquetas de comerciantes dos Estadoscomumente
Uni- usadas pelo produtor.
no mercado
diminuirá. Também
dos ou de outros países? Se houver, tente ave-
vale ter cuidado Cuidados com a cápsula
riguar a autenticidade. Há indícios de remoção
especial com garrafas de alguma etiqueta? Fique atento. - Ela é feita de metal ou de cera? Qual é o padrão
fora do padrão,
do produtor? Ela possui gravações característi-
como magnums.
Elas tendem a ser Cuidados com a garrafa e embalagemcas do produtor?
feitas em menor - O tamanho e o formado da garrafa condizem com
quantidade e, Cuidados
o padrão daquele produtor e daquela safra? Até com o nível de vinho
dependendo do ano e
do produtor, é pouco mesmo a cor do vidro pode indicar falsiicação.
- Mesmo as garrafas mais bem conservadas ten-
provável que alguma dem a perder um pouco do volume do vinho
ainda possa estar no - Há marcas na garrafa? Há códigos de identiica-
com o passar dos anos. Portanto, se uma garrafa
mercado.
ção? Isso pode ajudar a saber quem foi o fabri-
extremamente antiga tiver o mesmo nível de
cante e a data de produção. uma nova, é melhor suspeitar.

76 ADEGA >> Edição 155


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HARMONIZAÇÃO |p o r ARNALDO GRIZZO

Carne e
muito mais
Ideias de pratos para harmonizar com diferentes
versões de Malbec argentinos

M
albec está diretamente associada ao
churrasco,ou à parrillada,como
dizem (e fazem tão bem) os argen-
tinos. Aquelas carnes na brasa, especialmente
as mais gordas, combinam muito bem com o
vinho que se tornou símbolo da vitivinicultura
argentina, o Malbec. Então, quando falamos
de harmonização com carnes, talvez este seja o
varietal que primeiro nos vem à mente.
No entanto, assim como outras cepas, a
Malbec não possui uma única expressão, mes-
mo na Argentina. Então, é possível pensar em
diversos tipos de harmonizações além de um
belo corte de carne vermelha. Para nos ajudar
a pensar sobre o assunto, ADEGA convidou o
sommelier Manuel Luz, da Sonoma, para dar
algumas dicas.
Ele começa: “A uva Malbec é absoluta-
mente associada à Argentina, e é claro, à região
de Mendoza. O que temos que ter em mente
é que Mendoza é uma região vasta, e possui
diferentes altitudes e tipos de solo. A uva sofre
a inluência do clima e do solo, e este é um
ponto crucial na hora de levar uma garrafa de
Malbec para casa e harmonizar com comida”.
Seguem suas sugestões.

78 ADEGA >> Edição 155


CORDEIRO OU CHOCOLATE?
Os Malbec de Luján de Cuyo costumam
ser potentes, escuros, encorpados e muito
frutados, geralmente envelhecidos em car-
valho. Essas condições juntas geram um
vinho de paladar redondo, “gordo”, com
bastante aroma e sabor de tosta. Com este
tipo de tinto, a harmonização ica mais
interessante para a carne na brasa, o que
intensiica a tosta. Uma carne mais “doce”,
como a de cordeiro, reforça as notas de fru-
tas vermelhas. Um toque de hortelã fresco e
tudo ica mais intenso e perfumado.
Se você quer experimentar uma harmoniza-
ção fora da curva, saiba que os grandes Malbecs
Gran Reserva de Luján de Cuyo vão muito bem
acompanhando chocolate amargo ao im de uma
refeição.

GALETO OU TAMBAQUI?
Os Malbecs de La Consulta, no
Vale de Uco, icam em altitudes
maiorese são mais leves,menos
encorpados e robustos. Neste caso,
arriscar um galeto seria o ponto exa-
to para contrapor, sem massacrar o
vinho. Se o galeto estiver com bas-
tante tomilho, toda a matiz de ervas
frescas e loral típica dos vinhos de
Tupungato se ampliam.
Para ousar,arriscariasem medo
uma costelinha suína ao molho mole
mexicano, aquele que tem base de choco-
late amargo e pimenta seca. Uma costela de
peixe tambaqui com alho assado dá água na
boca, embora o vinho seja tinto, há gordura
suiciente no peixe para suportar o corpo do
vinho.

Edição 155 >> ADEGA 79


CURIOSIDADES |p o r ARNALDO GRIZZO

De Re Rustica
Como os princípios da vitivinicultura, definidos
em um livro do primeiro século, ainda são válidos

80 ADEGA >> Edição 155


55
A
domesticação da vinha epro- a sem ferimentos;
dução do vinho são ancestrairais. para uma en-
Estão entre as primeiras
ras ativida- costa,um que
des conhecidase documentadas resiste à seca e
do homemm. Milênios
M se passaramao vento. Ele
desde que descob
cobrimos como produzir vinho,atribuirá
buirá à ter-
as tecnolo
ologias avançaram, mas, cada vez , mais,
ra gorda e fértil
ve
vemos uma retomada da simplicidade
das téc-dasuma
t videira que
nicas antigas nessa indústria.
O vinh
vinho de hoje é delgadae não
não é o mesmo produto consumido
con na anti-muito produtiva
guidade clássica,
porém,
poré suas bases continuam por natureza; para
quase as esmas.
mesm terra magra, uma videi-
Para quem duvida, uma boa referência éra prolíica; para terra pe-
o livro “De Re Rustica” (“Da Agricultura”) sada, uma videira vigorosa que
de Lucius Iunius Moderatus Columella, con- gera muita madeirae folhagem;
siderado uma das principaisobrassobre cul- para amplo e rico solo, que tem poucas gemas. Obra de Lucius Iunius
Moderatus Columella, que
tivo de plantas e animais da época romana. Ele saberá que não é apropriado colocarviveu em durante o período
Mais especiicamente, seu livro, divididoum emlugar úmido uma videira com frutas dode imperador Nero, ainda
é atual
12 capítulos, traz uma ampla descriçãocasca sobreina e uvas extraordinariamente grandes,
detalhes da vitivinicultura de seu tempo, des-mas uma cujo fruto seja de casca dura, peque-
de a maneira como a vinha deve ser plantada, na e cheia de sementes”.
passando pela seleção dos frutos maduros, até Columella reconhece que a seleção da varie-
como o vinho deve ser feito e conservado.dade Ele exata para cada tipo de solo é essencial e as
enumera princípios e técnicas usadas por mudanças
seus podem “descaracterizar” essas uvas.
contemporâneos, e muitos deles perduram “Todos
até os países e quase todos os distritos desses
os nossos dias. países têm seus tipos peculiares de videiras, que
Columella nasceu em Cádiz, na Espanha, eles designam de acordo com sua própria moda;
no século I d.C. Ele teria vivido durante o rei-
algumas cepas também mudaram seus nomes
nado do famoso imperador Nero. Deduz-se de acordo com os lugares onde são cultivadas;
que sua mais famosa obra foi escrita entre os já dito, afastaram-se tanto de seu cará-
e alguns,
anos 60 e 70 do primeiro século. Acredita-se ter peculiar, através de uma mudança de lugar,
ainda que ele tinha diversas propriedades a ponto
ao de serem irreconhecíveis”. O que seria
redor de Roma e, portanto, seus escritos seriam
isso senão a ideia do terroir e de que cada inte-
baseados em experiências próprias. ração entre solo, clima e uva é único?

Concepção de terroir Cuidados com a terra


No terceiro livro de “De Re Rustica”, Colu-
“O solo deve ser mais quente do que frio, mais
mella detalha diversos aspectos da viticultura,
seco que úmido, mais macio do que compac-
como a seleção de solos e variedades de uvas,
to”, airma Columella, quando indica o tipo de
formas de preparar a videira, poda etc. Apesar
local para o cultivo da vinha. Aqui, ele diz es-
de os franceses assumirem para si a ideia tar seguindo
de o que Julius Graecinus, um gene-
terroir, o escritor romano já deinia essa ralcon-
romano, já havia constatado. Em um ponto
cepção falando sobre a interação entre o solo,
diz: “o solo argiloso é considerado útil para a
as variedades, o clima e os métodos de plantio,
videira: mas, por si só, a argila que os ceramis-
como no trecho abaixo: tas usam é a mais hostil; e não menos que o
“O sábio fazendeiro terá descoberto,faminto
por cascalho”.
teste, que o tipo de vinha apropriada para áreas
Logo em seguida, ele também cita outros
planas é aquele que resiste a névoas e geadas
autores que falam sobre a exposição solar ideal

Edição 155 >> ADEGA 81


Sobre a época do plantio, Columella apon-
ta que “está devidamente estabelecido na pri-
mavera ou no outono; preferencialmente na
primavera, se o tempo estiver chuvoso ou frio,
ou se o terreno for gordo ou liso e molhado; no
outono, por outro lado, se o clima é seco ou
quente, se é uma planície pobre e seca ou uma
colina íngreme”.
Para ele, o plantio deve ser “feito preferen-
cialmente em terra preparada, bem limpa, gra-
deada e nivelada, deixando 1,5 metro entre as
ileiras em terreno seco e 1,8 metro solo mé-
dio. Mas em terra irme intervalos de 2 metros
devem ser permitidos, de modo a deixar um
maior espaço de terreno aberto sobre o qual os
numerosos e longos ramos possam se espalhar”.

A preocupação com as variedades


Uma das principais preocupações de Columel-
la era com a separação entre as variedades de
uva. Ele acreditava que um vinhedo em que
várias castas diferentes estavam plantadas dava
mais trabalho ao agricultor e resultados piores
no vinho. “Não tenho dúvidas de que as vi-
nhas devem ser separadas de acordo com suas
Livro traz detalhes sobre a
espécies e colocadas em seus lotes adequados,
produção de uva, conselhos e marcadas por caminhos e linhas divisórias”,
sobre as variedades, dos vinhedos. Aqui ele diz ser contra odiz, que
mas logo em seguida aponta: “Não que eu
tipos de solo e clima, e
fala sobre a colheita e a Virgílio prega: “Não incline seus vinhedos mesmo
em tenha conseguido obter isso em minha
vinificação direção ao sol poente”. Ele conta ainda quecasa,
De- ou que qualquer um daqueles antes de
mócrito e Mago favorecem a exposição “seten-
mim tenha conseguido isso. Pois esta é a tare-
trional, porque acham que os vinhedos expos-
fa mais difícil do agricultor, porque requer o
tos a ele se tornam os mais produtivos”, embora
máximo cuidado na seleção de plantas e, ao
não apresentem a melhor qualidade em separá-las,
seus há necessidade de sorte combinada
vinhos. Segundo Columella, “parece melhor com a sabedoria”.
orientar, em geral, que as vinhas tenham, em Mas ele especiica o porquê de sua prefe-
regiões frias, uma exposição meridionalrência(sul), pela separação das variedades. “Quando
e que, em regiões quentes, elas iquem face vinhas
o de diferentes tipos amadurecem ao mes-
leste; sob condição, no entanto, de que nãomose-tempo, o sabor do melhor tipo é estragado
jam assoladas pelos ventos do sul e do sudeste”.
pelo pior, e o sabor de muitos, quando mistu-

82 ADEGA >> Edição 155


rado em um, torna-se intolerante com a ida-
de. E assim a necessidade obriga o agricultor
a comercializar seu vinho quando ele é novo,
embora teria um preço melhor se a venda pu-
desse ser adiada por um ano, ou pelo menos até
o verão”. Aqui já se nota um entendimento que
os sabores do vinho se tornam melhores com
um tempo mínimo de guarda na adega antes
de ir para o mercado.
Columella continua suas observações sobre
a mistura de variedades com um conselho: “A
distribuiçãoordenadadas variedades é uma
grande vantagem; e, se você não puder efetuar
tal arranjo, o segundo melhor método é não
plantar videiras de diferentes tipos, exceto aque-
las que têm um sabor similar e produzem frutos
que atingem a maturidade ao mesmo tempo”.

Da vinha ao vinho
No quarto capítulo, Columella detalha as for-
mas como e quando as vinhas devem ser con-
duzidas, podadas (chega a falar sobre o formato
das facas usadas na poda da vinha), enxertadas
e colhidas. Ele cita até mesmo questões de ren-
dimento por planta e idade dos vinhedos, preservar
o que o vinho (antecipando a pasteuriza-
““Não tenho dúvidas de
que as vinhas devem ser
determinaria a qualidade dos vinhos. Comenta
ção?). No entanto, ele aponta que os melhoresseparadas de acordo com
ainda a altura das treliças como fator importan-
vinhos não deveriam levar conservantes:suas “Osespécies e colocadas
em seus lotes adequados”
te no sabor do vinho: “A altura adequada para
vinhos de maior excelência dão mais prazer
uma videira é de 1,5 metro; e não há dúvida
porde sua qualidade natural”.
que a videira produz vinho de melhor sabor emDiversas referências à vinha e ao vinho no tra-
relação à altura”. balho do Columella ainda se mostram atuais e isso
Sobre a colheita, Columella revela que deinitivamente revela o quanto a vitivinicultura se
muitos viticultores avaliam a maturidade baseia
das em tradições ancestrais e o quanto o vinho
uvas provando-as, mas ele tende a recomendar
depende delas, mesmo tendo se transformado ao
que o ponto de maturação seja veriicado pela
longo do tempo. E, por im, uma máxima do au-
cor das sementes, método que até hoje é tor
usadoromano também continua atual: “Acredite na
por enólogos. O autor romano conirma aindaminha experiência, Silvinus [seu discípulo], que
a importância da higiene das adegas para um vinhedo
re- bem plantado, de boa espécie, e sob
ceber as uvas, incentivando a fumigação. os cuidados
Ele de um bom viticultor, nunca deixou
ainda fala sobre ferver o mosto para ajudar
de recompensá-lo
a com grande interesse”.

Edição 155 >> ADEGA 83


CAVE CADERNO DE AVALIAÇÃO DE

Para esta edição, a equipe de


ADEGA
Tabela de avaliação
avaliadores de ADEGA provou mais Classificação Pontos
de 500 vinhos, dos quais 52 Extraordinário 95A 100
que estão em nossas páginas Excelente 91A 94
Ótimo 89A 90
Muito Bom 87A 88
Avaliações por
Bom 85A 86
Editor de vinho:
Regular 82A 84
Eduardo Milan (EM)
Fraco ABAIXODE 82

Beto Duarte (BD), Evolução


Christian Burgos (CB),
Christiane Miguez (CM), = Beber
Daniel Perches (DP), = Beber ou Guardar
Guilhermeelloso
V (GV), = Guardar
João Paulo Gentille (JPG), Observações
Juliana Trombeta Reis (JTR) = BEST BUY - Melhor custo-benefício
e Mauricio Leme (MSL) Os preços são aproximados no varejo e
O
www.oMelhorVinho.com.br itos à variação.
= Vinhos degustados em ocasiões
ciais – lançamentos e raridades –
Degustações realizadas no restaurante
Praça São Lourenço com ajuda do sommelier e, portanto, não às cegas.
Gustavo dos Santos Barros

Espumantes, página
Brancos, página
Rosé, página 8
Tintos, página 8
Doces, página 9
Eventos, página

Hora do saca-ro
ESPUMANTES BRANCOS

AD 88 pontos AD 87 pontos AD 88 pontos AD 89 pontos AD 90 pontos


GARIBALDI MOSCATEL MARCUS JAMES BRUT STRAVAGANZZA BRUT CASA VALDUGA ORIGEM CHAN DE ROSAS
ROSÉ ESPUMANTE Aurora, Bento Don Giovanni, Pinto CHARDONNAY 2018 CLÁSICO ALBARIÑO 2016
Cooperativa Vinícola Gonçalves, Brasil Bandeira, Brasil (R$ Casa Valduga, Vale dosPremium Fincas,
Garibaldi, Garibaldi, (R$ 29). Espumante 60). Espumante brancoVinhedos, Brasil (R$ Rías Baixas, Espanha
Brasil (R$ 30). branco brut elaborado brut pelo método 47). Branco elaborado (Porto a Porto R$ 113).
Espumante rosado pelo método Charmat tradicional a partir exclusivamente a partirBranco elaborado
doce elaborado pelo exclusivamente a de 75% Chardonnay de uvas Chardonnay, exclusivamente a
método Asti composto partir de Chardonnay. e 25% Pinot Noir, sem passagem por partir de Albariño, sem
de Moscato de Sempre consistente, mantido por pelos madeira. Uma versão passagem por madeira,
Hamburgo e Moscato mostra refrescante menos 12 meses fresca, vibrante e cheiamas mantido em
de Alexandria. Nessa acidez e gostosa textura, em contato com as de frutas tropicais e contato com as borras.
versão, mostra o que apoiam toda sua leveduras. Apesar do cítricas. Tem ótima Mostra típicas notas
costumeiro estilo de fruta cítrica e tropical. peril de maior dulçor acidez, gostosa texturalorais, minerais e de
frutas vermelhas e Acessível e fácil de e de frutas brancas e de e inal agradável, com frutos secos envolvendo
brancas mais maduras,agradar, muito gostosocaroço mais maduras, toques salinos e de as frutas de caroço e
mas dessa vez tem em sua simplicidade. tem gostosa acidez limão, que o tornam tropicais, tudo num
vibrante acidez que trazÁlcool 12%. EM e boa estrutura, que ideal para acompanhar contexto de gostosa
vivacidade ao vinho. equilibram o conjunto. entradas leves ou acidez, boa textura
Tem inal agradável, Tem inal cremoso e aperitivos em geral. e inal persistente
com toques cítricos. persistente, com toques
Álcool 11,5%. EM e equilibrado, com
Álcool 7,5%. EM cítricos e salinos. toques salinos e cítricos,
Álcool 12%. EM pedindo mais um gole.
Álcool 13%. EM

86 ADEGA >> Edição 155


>>

AD 89 pontos AD 88 pontos AD 87 pontos


ESPORÃO 2 CASTAS 2016LUIS FELIPE EDWARDS MENA KAHO
Esporão, Alentejo, RESERVA RIESLING 2017MOSCATELLO DI MONTAGNA
Portugal (Qualimpor R$Luis Felipe Edwards, Mena Kaho, Bento
102). Para produzir esseLeyda, Chile (Pão Gonçalves, Brasil (R$
vinho, os enólogos da de Açúcar R$ 60). 20). O fato de não
vinícola Esporão devemBranco elaborado ter indicação de safra
encontrar, na safra do exclusivamente a e o próprio preço
ano, duas castas que partir de Riesling, sem revelam que esse é um
melhor se combinem e passagem por madeira.vinho simples, para
se complementem. Na Mostra aromas de consumo imediato.
safra 2016, as escolhidas
frutas brancas e de Apresenta aromas
foram a Roupeiro e a caroço acompanhadas predominantemente
Viosinho. Este resultou de notas lorais, lorais (característicos
em um vinho complexoherbáceas e minerais. da casta) e de frutas
nos aromas, lembrandoLeve e refrescante, tembrancas, não muito
frutas cítricas com boa acidez, gostosa intensos. Na boca,
um fundo loral. Na textura e inal médio, mostra boa acidez,
boca, tem acidez conirmando o nariz. corpo de leve para
bastante moderada. Despretensioso e médio e baixo teor
Gastronômico e versátil,fácil de agradar, é alcoólico, o que não é
podendo combinar comideal para o aperitivo, defeito. Simples, mas
pratos até mais untuososacompanhando entradas correto, para bebericar
à base de queijo ou leves. Álcool 12,5%. EMcomo aperitivo.
molhos brancos. Álcool 10,5%. GV
Álcool 13,5%. DP Foto: Johnny Mazzilli

Rua Cônego Eugênio Leite, 523


Pinheiros São Paulo SP
T 11 3088 4920 | 11 3064 www.percussi.com.br
4094
ROSÉ

AD 89 pontos AD 89 pontos AD 91 pontos AD 89 pontos AD 86 pontos


PRETTO VERMENTINO 2014 SERRAS DO AZEITÃO TAPADA DO CHAVES TOBELOS BLANCO BERINGER MAIN & VINE
La Cerretella, Toscana, BRANCO 2016 BRANCO 2014 FERMENTADO EN WHITE ZINFANDEL 2016
Itália (Italia Mais R$ Bacalhôa, Península Tapada do Chaves, BARRICA 2015 Beringer, Califórnia,
149). Os Vermentino, de Setúbal, Portugal Alentejo, Portugal Tobelos Bodegas y Estados Unidos (La
presentes em muitas (Portus R$ 77). (Adega Alentejana R$ Viñedos, Rioja, EspanhaPastina R$ 77). Rosé
partes do litoral Branco composto de 294). Branco que traz (Wine Lovers R$ 98). claro e brilhante, este
italiano, são, em geral, 50% Fernão Pires, uma carga histórica do A Viura, que é a uva vinho produzido com
vinhos para beber mais40% Verdelho e 10% Alentejo, mostrando branca da Rioja, entra a uva tinta Zinfandel
jovens, que combinam Arinto, sem passagem o potencial da região com 75% do corte, tem essa coloração
com sol e frutos do por madeira. Sempre para produzir vinhos deixando 25% para a por conta do pouco
mar. Mas, alguns consistente, mostra de grande classe e Garnacha Blanca. É umcontato que permanece
exemplares, como esse,profusão de frutas longevidade. Clássico belo branco. No nariz, ascom a casca durante o
da Toscana, comprovam brancas e de caroço e austero, com aromas notas de limão sicilianoprocesso de viniicação.
sua capacidade de maduras acompanhadas tímidos no início dominam no início, No nariz, é bastante
evolução. No nariz, de notas lorais e de e que se abrem ao mas logo aparecem frutado, remetendo
conserva aromas lorais,ervas frescas, que se longo do tempo na notas de manteiga e dea frutas vermelhas
com um frutado mais conirmam no palato. taça. Encanta pelos pão tostado. Na boca, ébem maduras, como
contido, compensado De médio corpo e seus toques de frutas encorpado, seco e com framboesas, cerejas e
pela atraente nota gostosa textura, tem maduras mesclados boa acidez. O sabor é morangos. No paladar, é
mineral. Na boca, tem acidez refrescante e com um toque lácteo aointenso, com o cítrico também muito frutado
boa acidez, bom corpo inal agradável, com fundo. Gastronômico se misturando com e prevalece um dulçor
e álcool equilibrado. toques cítricos e salinos.
e ideal para escoltar um toque de baunilha típico dos vinhos suaves.
Melhor bebê-lo Álcool 13%. EM pratos à base de frutos e manteiga. Vinho Álcool 10%. JTR
logo, de preferência do mar com molhos persistente e untuoso.
acompanhado de um mais encorpados. PodeTem 13% de álcool. BD
linguado ao molho de ser degustado a uma
camarões. temperatura um pouco
Álcool 12,5%. GV acima da média dos
brancos, em torno de
15ºC. Álcool 13,5%. DP

88 ADEGA >> Edição 155


TINTOS >>

AD 92 pontos AD 90 pontos AD 88 pontos


3 MONOS CARIGNAN ALTOSUR RESERVE ARBO TANNAT
GARNACHA 2015 MALBEC 2017 Casa Perini, Vale
Los Tres Monos, Itata, Finca Sophenia, Trentino, Brasil (R$
Chile (SemiD’oro R$ Mendoza, Argentina 28). Com mais de
180). O nome se refere(World Wine R$ 130 anos de tradição
aos donos. São três 69). Tinto elaborado vinícola na Serra
amigos que selecionamexclusivamente a Gaúcha, a Casa Perini
vinhedos para comprarpartir de uvas Malbec elabora esse tinto
as uvas e elaborar os advindas do vale do exclusivamente a
vinhos. Esse vem de Uco, Tupungato e partir de uvas Tannat.
vinhas velhas. No Gualtallary, sem Para beber aos litros,
nariz, é pura fruta. passagem por madeira.perfeito exemplo de
Cereja, cassis, amora…Chama atenção pela que menos, muitas
No corte, a Carignan textura dos taninos, vezes, é mais. Gostoso,
entra com 60% e a pela vibrante acidez e frutado e cativante
Garnacha, com 40%. pelas ameixas e cassis em sua simplicidade.
Na boca, é encorpado, de peril mais fresco, Suculento, cheio de
seco, taninos com que se conirmam fruta negra madura,
textura granulada bem na boca. Frutado, com boa acidez e
ina, boa acidez e exuberante e muito taninos que pedem
persistência. No inal, gostoso de beber, carnes grelhadas.
aparecem notas lorais tem inal persistente, Álcool 11,8%. EM
de violeta e o vinho convidando a uma
ica ainda mais gostoso.segunda taça. O
Tem 15% de álcool. BDcompanheiro perfeito
para o churrasco.
Álcool 14%. EM
AD 88 pontos AD 90 pontos AD 90 pontos AD 91 pontos AD 88 pontos
ARGENTO BONARDA 2015
ARMANDO BONARDA 2016
ARRAYÁN SYRAH 2011 ASSOBIO TINTO 2016 CALEL CABERNET
Argento, Mendoza, La Posta, Mendoza, Bodegas Arrayán, Toledo,
Quinta dos Murças, SAUVIGNON 2017
Argentina (Domno R$ Argentina (Vinci Espanha (Sonoma R$ Douro, Portugal Calel, Mendoza,
51). Tinto elaborado US$ 24). La Posta 130). Viscoso, quase (Qualimpor R$ 109). Argentina (Winebrands
exclusivamente a é propriedade de licoroso, com cor Tinto elaborado a R$ 53). Vinho de cor
partir de uvas Bonarda Laura Catena, ilha rubi fechada e bonita. partir de uvas Touriga rubi e aroma limpo
advindas de Rivadavia,do visionário Nicolás Possui aroma contido, Nacional, Tinta Roriz de frutas vermelhas
com estágio de quatro Catena, e elabora este pimenta preta, tabaco e Touriga Franca, sem lembrando morangos
meses em barricas de tinto exclusivamente e toques minerais. Tem passagem por madeira,em calda e cassis. Tem
carvalho americano. a partir de Bonarda, médio corpo e textura mas com estágio em boa estrutura e mostra
Mostra aromas de com estágio de 10 brilhante, com taninos tanques de concreto. peril de fruta mais
frutas negras, como meses em barricas de bem macios e acidez Sem dúvida, essa é a madura em evidência.
amoras e ameixas, carvalho francês (70%)alta muito encontrada. melhor versão deste Tem acidez refrescante
acompanhados de notas e americano (30%). Possui fruta negra vinho, que ano após ano acompanhando os
lorais, tostadas e de Sempre consistente, suculenta e balanceada,vem caminhando em taninos de gostosa
especiarias doces, alémmostra ameixas e com traços minerais direção a um estilo de textura. Possui média
de toques defumados amoras acompanhadasde pedra e especiarias. mais frescor e tensão. duração e salgadinho
e de ervas secas. de notas lorais, terrosas,
Vinho que dura bastanteCheio de fruta vermelhainal gostoso. Vinho
Mostra profusão de de especiarias doces em boca, com madurez e negra crocante e despretensioso e fácil
frutas maduras, bem e de ervas, que se doce, extrato e tensão vibrante acompanhada de entender, para beber
sustentada por taninos conirmam na boca. de um belo vinho. de notas lorais, fresco, sem pensar muito.
macios, acidez na De boa tipicidade Bastante equilíbrio e minerais, de especiariasÁlcool 13,5%. JPG
medida e inal cheio e estruturado, tem personalidade nesse e de ervas frescas,
e agradável. Álcool refrescante acidez, classudo e potente Syrah.
tudo num contexto de
13,5%. EM taninos sedosos e Álcool 14,5%. JPG gostosa acidez, taninos
inal médio/longo, de ótima textura e inal
com toques de frutas persistente, com toques
vermelhas. de graite e de violetas.
Álcool 14%. EM Álcool 14%. EM

90 ADEGA >> Edição 155


>>

AD 93 pontos AD 88 pontos AD 89 pontos AD 89 pontos AD 88 pontos


CA’MARCANDA CARDAL TINTO 2016 CASA SCALECCI CASSONE EDICIÓN ESPECIAL
CHAKANA MALBEC 2016
PROMIS 2013 Quinta da Alorna, Tejo, MASSARO 2015 MALBEC - CABERNET Chakana, Mendoza,
Angelo Gaja, Toscana, Portugal (Obra Prima Casa Scalecci, Sicília, SAUVIGNON 2014 Argentina (La Pastina
Itália (Mistral US$ 90). R$ 52). Tinto compostoItália (Casa Scalecci Familia Cassone, R$ 50). Fundada
Ca’Marcanda é o projeto de Touriga Nacional, R$ 95). Tinto compostoMendoza, Argentina em 2002, a Bodega
de Gaja, mítico produtor Castelão e Trincadeira de Nero d’Avola e (Família Cassone R$ Chakana elabora este
do Piemonte, em Preta, sem passagem Cabernet Sauvignon, 99). Corte de 65% tinto exclusivamente a
Bolgheri, na Toscana. por madeira. Cheio com estágio em Malbec e 35% Cabernetpartir de uvas Malbec,
Blend de 55% Cabernetde frutas, tem taninos barricas de carvalho. Sauvignon, que une sem passagem por
Sauvignon, 35% Syrah macios, corpo médio Num estilo mais bem as duas castas, madeira. De boa
e 10% Sangiovese, come gostosa acidez, tudo gastronômico, vertical resultando em um tipicidade, mostra
estágio de 18 meses escoltado por ameixas e orgânico, mostra vinho com aromas ameixas acompanhadas
em barricas usadas acompanhadas de aromas de cerejas e levemente adocicados de notas lorais e de
de carvalho francês. notas lorais, terrosas ameixas escoltados de frutas vermelhas, ervas, que se conirmam
Desde o início, mostra e de especiarias doces.por notas terrosas, com um toque vegetal. na boca. De médio
exuberantes aromas Gastronômico e herbáceas, de couro e Equilibrado na boca, corpo e muito gostoso
de frutas vermelhas e gostoso de beber, devede especiarias doces, com taninos irmes. de beber, tem taninos
negras acompanhados icar ainda melhor na que se conirmam no Gastronômico e versátil, macios, boa acidez e
de notas lorais, de companhia de carnes palato. Estruturado, depode ser harmonizado inal também médio,
ervas e de especiarias vermelhas mais magras. bom corpo e gostoso decom diversos pratos, que pede a companhia
doces. Estruturado e Álcool 13%. EM beber, tem taninos de com maior vocação parade carnes na brasa.
balanceado, tem acidez ótima textura, acidez acompanhar carnes Álcool 13%. EM
refrescante, taninos de refrescante e inal grelhadas, suportando
ótima textura e inal mineral, com toques detemperos mais intensos.
persistente, com toques ervas frescas. Pronto para beber agora.
terrosos e de ameixas. Álcool 13,5%. EM Álcool 14,5%. DP
Deinitivamente, um
ótimo exemplar da
região, com a mão
elegante e precisa,
presente em todos os
vinhos de Angelo Gaja.
Álcool 13,5%. EM

Edição 155 >> ADEGA 91


AD 89 pontos AD 90 pontos AD 91 pontos AD 92 pontos AD 89 pontos
CLUB DES SOMMELIERS COLLE PETRITO CORDILLERA DE LOS CRAGGY RANGE FOND DE CAVE
RESERVA VINHO REGIONAL
AGLIANICO 2013 ANDES RESERVA ESPECIAL
PINOT NOIR 2016 RESERVA CABERNET
ALENTEJANO 2015 Colle Petrito, Puglia, Craggy Range,
CABERNET SAUVIGNON 2014 SAUVIGNON 2015
Club des Sommeliers, Itália (Adega AlentejanaTorres, Maipo, Chile Martinborough, Nova Trapiche, Mendoza,
Alentejo, Portugal (Pão R$ 94). Aroma aberto (Devinum R$ 141). Zelândia (Decanter R$ Argentina (Interfood R$
de Açúcar R$ 60). De que lembra licor de Um típico Cabernet 311). Tinto elaborado 78). Aroma explosivo
coloração vermelho- café intenso e limpo Sauvignon do Chile, exclusivamente a típico da casta,
rubi intenso, esse vinhode fruta, notas de cola com uma explosão partir de Pinot Noir, mentol, ervas frescas,
tem aroma frutado, e levedura trazem de aromas de frutas fermentado em tinas pimenta e ameixa
com destaque para sabores distintos. No vermelhas, pimentões, de carvalho francês fresca intensa, além
tâmaras doces e secas paladar, apresenta especiarias e cacau. com 15% de cachos de traço mineral. Seu
e inalizando com leve médio corpo, acidez Complexo, com inteiros, estagiado paladar é encorpado e
defumado. Em boca, bem alta e textura camadas de aromas que durante nove meses mostra impacto desde
apresenta taninos equilibrada. Seus vão se abrindo com o em barricas francesas, o primeiro gole, frutas
marcantes na medida taninos conseguem ser tempo. Merece um sendo 7% novas. Mostra negras e vermelhas
com bom corpo e macios e delicados, é tempo de aeração paraótima estrutura, taninosredondas e de
persistência. bem suculento e tem se apresentar melhor. aveludados e de grãos qualidade, seguidas de
Álcool 13%. CM impressionante frescor O vinho passa 12 meses inos, deliciosa acidez, frescor agradável, com
pela sua acidez. Finalizaem barricas de carvalhotudo envolvendo suas sua acidez marcante e
com azedinho gostoso, e, na boca, traz uma frutas vermelhas tensascontínua. Seus taninos
dulçor característico boa carga de taninos, e crocantes. Tem inal são bem equilibrados,
com surpreendente que são bem macios e longo e carnudo, com tem boa persistência na
equilíbrio. Dura marcantes. Vinho para toques salinos e de boca, inal de fruta vibra
bastante tempo na acompanhar comida, decerejas. Álcool 13%. EMcom estilo e equilíbrio,
boca e agrada diversos preferência encorpada. mesmo com madeira
paladares. Fica melhor Álcool 14%. DP em boa presença. Deve
acompanhado de acompanhar bem aves
refeição. Vinho de e carnes assadas bem
excelente relação entre temperadas.
preço e qualidade. Álcool 14%. JPG
Álcool 14%. JPG

92 ADEGA >> Edição 155


>>

AD 90 pontos AD 90 pontos AD 91 pontos AD 89 pontos AD 91 pontos


GUAYQUIL EL ELEGIDO 2009
HERDADE SÃO MIGUEL JADDICO ROSSO LES JAMELLES ONA SPECIAL RESERVE
Huarpe Wines, COLHEITA SELECIONADARISERVA 2013 GRENACHE 2015 RED BLEND 2014
Mendoza, Argentina TINTO 2016 Tenute Rubino, Puglia, Les Jamelles, Anakena, Cachapoal,
(BEV Group R$ 300). Casa Agrícola Itália (Clarets R$ Languedoc-Roussillon, Chile (Winebrands R$
Tinto composto de Alexandre Relvas, 199). Tinto composto França (Winebrands R$152). Tinto composto
Malbec, Cabernet Alentejo, Portugal de 80% Negroamaro 75). Tinto elaborado de 55% Cabernet
Sauvignon, Petit Verdot(Cantu R$ 88). Tinto e o restante de exclusivamente a Sauvignon, 25%
e Bonarda, com estágiocomposto de Alicante Sussumaniello, com partir de Grenache, Carménère e 20%
de 24 meses em barris Bouschet, Cabernet estágio entre oito com estágio de 25% Syrah, com estágio
de carvalho francês Sauvignon, Syrah e e nove meses em do vinho durante entre 14 e 16 meses em
de 500 litros. Bem Touriga Nacional, barricas de carvalho nove meses em barricas de carvalho
feito em seu estilo com estágio de 50% francês. Estruturado e barricas novas e francês. Notas de
opulento e de fruta do vinho durante seis untuoso, mostra frutas usadas de carvalho especiarias doces e
negra mais madura, meses em barris de vermelhas e negras de francês. Puro suco de picantes envolvem
quase em compota. 400 litros de carvalho peril mais maduro cerejas e groselhas, os aromas de frutas
Potente e estruturado, francês. Esbanja frescoracompanhadas de acompanhado de negras mais maduras,
tem taninos de ótima e tensão, tudo em notas lorais, minerais notas lorais e de ervas que se conirmam na
textura e acidez na meio a muita fruta e de especiarias doces.frescas, tudo em meio boca. Estruturado e
medida, que trazem como ameixas, cassis eSuculento, tem acidez a taninos de ótima corpulento, tem taninos
equilíbrio e sustentaçãoamoras, acompanhadasrefrescante e taninos textura, gostosa acidezde grãos inos e gostosa
ao conjunto. Tem inal de notas lorais e de macios e de ótima e boa persistência. acidez, que apoiam e
cheio e carnudo, com especiarias doces, que textura, que trazem Fácil de gostar e de trazem equilíbrio ao
toques de alcaçuz e de se conirmam no palato.tensão e equilíbrio a entender, parece ser conjunto. Tem inal
chocolate. Cativante e gostoso de toda sua madurez. Seu menos complexo do cheio e persistente,
Álcool 14,1%. EM beber, tem boa acidez, inal é cheio e sedutor, que realmente é. com toques minerais e
ótima textura de taninos
com deliciosos toques Álcool 13%. EM especiados.
e inal suculento, de chocolate. Álcool 14,5%. EM
pedindo mais um gole. Álcool 14,5%. EM
Álcool 14%. EM

Edição 155 >> ADEGA 93


>>

AD 90 pontos AD 94 pontos AD 88 pontos AD 90 pontos AD 88 pontos


PLAISIR D’EULALIE 2014 POLIGONOS DEL VALLE DO
PREMIER RENDEZ-VOUS QUINTA DA NEVE QUINTA DE BONS-VENTOS
Château Sainte UCO TUPUNGATO ALTO CABERNET MERLOT 2016PINOT NOIR 2011 TINTO 2016
Eulalie, Minervois, MALBEC 2015 LGI Wines, Languedoc- Quinta da Neve, São Casa Santos Lima,
França (Club du Zuccardi, Mendoza, Roussillon, França Joaquim, Brasil (R$ Lisboa, Portugal (Cantu
Taste-vin R$ 87). Argentina (Grand (World Wine R$ 72). 127). Tinto elaborado R$ 43). Tinto composto
Tinto composto de Cru R$ 275). Tinto composto de exclusivamente a de Touriga Nacional,
40% Carignan, 30% Tinto elaborado Cabernet Sauvignon partir de Pinot Noir, Castelão, Camarate
Grenache e 30% exclusivamente a e Merlot em partes com estágio de seis e Tinta Miúda, com
Syrah, sem passagem partir de uvas Malbec iguais, sem passagem meses em barricas de estágio entre três e
por madeira, mas com advindas de Gualtallary, por madeira. Gostoso carvalho francês de quatro meses em
18 meses de estágio fermentado com em sua simplicidade, segundo e terceiro uso.carvalho. Cativante
em cubas. Suculento leveduras indígenas mostra frutas vermelhasDe boa tipicidade, e gostoso de beber,
e gostoso de beber, e estagiado parte em e negras de peril mais mostra frutas vermelhas mostra frutas vermelhas
esbanja ameixas e tanques de concreto maduro, acompanhadasacompanhadas de envoltas por notas
amoras acompanhadassem epóxi e parte em de notas lorais, de ervas notas terrosas, de ervasterrosas, especiadas,
de notas lorais, foudres de carvalho. e de especiarias, que seseca e de especiarias, lorais e de ervas, tudo
minerais, de ervas e Compacto, tenso e conirmam no palato. tudo bem suportado emoldurado por taninos
de especiarias, que vertical, impressiona De médio corpo, tem por vibrante acidez de ótima textura,
se conirmam na pela pureza de frutas acidez refrescante e e taninos de ótima acidez refrescante e
boca. Direto, sem negras e vermelhas taninos de boa textura,textura. Tem inal inal médio/longo, com
arestas e equilibrado, de peril mais fresco que trazem equilíbrio médio/longo, com toques de ameixas e
tem refrescante envoltas por notas ao se lado mais toques minerais e de cerejas. Álcool 13%. EM
acidez, taninos de lorais, minerais e adocicado. Versátil, cerejas ácidas.
ótima textura e inal de ervas. Austero pode acompanhar desde Álcool 12,5%. EM
persistente e cativante,e estruturado, tem pizzas até uma tábua de
pedindo uma segunda vibrante acidez, taninosfrios. Álcool 13,5%. EM
taça. Álcool 13,5%. EM de textura lembrando
giz e inal profundo
e persistente, com
toques de violeta e de
cinzas frias. Mais que
um Malbec, este vinho
retrata um lugar.
Álcool 13,5%. EM

94 ADEGA >> Edição 155


Os melhores vinhos das melhores
importadoras em um clube único:
Mistral, World Wine, Winebrands, Qualimpor,
Adega Alentejana, Portus, Grand Cru,
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AD 89 pontos AD 91 pontos AD 91 pontos AD 89 pontos AD 90 pontos


RHEBOKSKLOOF VINEYARDSAINT CLAIR VICAR`S TERRE DI SAN TRAMATO PRIMITIVO 2016
BORGES RESERVA RUBY
SELECTION SHIRAZ 2013CHOICE PINOT NOIR 2015
LEONARDO 2014 Cantine Due Borges, Douro,
Rhebokskloof , Paarl, Saint Clair, Tenuta San Leonardo, Palme, Puglia, Itália Portugal (Taste Wines
África do Sul (Divvino Martinborough, Trentino, Itália (World Wine R$ R$ 155). O vinho
R$ 120). A uva Shiraz Nova Zelândia (Mistral US$ 49). 77). Tinto elaborado possui características
está bem representada(Grand Cru R$ 159). Reconhecidamente exclusivamente a típicas de Vinho do
neste vinho, trazendo Tinto elaborado entre os melhores partir de Primitivo, Porto Ruby, como
seus aromas típicos, exclusivamente a partirprodutores de tintos com breve estágio intensa cor, aromas
lembrando as frutas de Pinot Noir, com do norte da Itália, o de três meses em doces de frutas em
vermelhas, com um estágio entre três e seisTerre é um blend de barricas de carvalho. calda e acentuado
toque de pimenta preta.meses em barris de Cabernet Sauvignon, Generoso em frutas dulçor na boca, porém,
Em sua elaboração, carvalho. Mostra frutas Merlot, Cabernet Franc vermelhas e negras de este tem mais frescor
passa 18 meses em vermelhas, bem como e Carménère, com peril mais maduro do que o habitual,
barricas. Percebe-se o notas herbáceas, lorais,estágio de 80% do vinho acompanhadas de notas tornando-se um vinho
bom trabalho por contaterrosas e de especiarias durante 18 meses em lorais, defumadas e mais fácil de ser
dos taninos macios e tanto no nariz quanto tonéis de carvalho do de especiarias doces. bebido, lembrando até
bem trabalhados. Se na boca. Suculento, tem leste europeu, enquantoCativante e fácil de os mais envelhecidos.
aerado, libera aromas ótima acidez, taninos os 20% restantes passam entender, tem taninos Presta-se muito bem
novos e ainda mais de boa textura e inal seis meses em barricassedosos, acidez na para as sobremesas
interessantes, como persistente, com toquesde carvalho francês. medida e inal cheio, à base de chocolate,
ervas. Álcool 14%. DP cerejas e morangos. Mostra agradáveis notas que pede mais um mas devido a esse
Álcool 14%. EM de ervas e de especiarias
gole, de preferência na frescor acima da média,
acompanhando as companhia de massas pode ser apreciado ao
frutas vermelhas como escoltadas por molhos a inal da refeição sem
ameixas. De peril base de carnes. acompanhamento.
gastronômico, mostra Álcool 13%. EM Álcool 19%. DP
vibrante acidez, taninos
inos e inal reinado
e persistente, com
toques terrosos e de
cerejas, que pedem a
companhia de massas
ao molho tipo ragu.
Álcool 13%. EM

96 ADEGA >> Edição 155


CLASSIFICADOS • PARA ANUNCIAR, LIGUE 11 3876 8200 • CLASSIFICADOS

CLASSIFICADOS • PARA ANUNCIAR, LIGUE 11 3876 8200 • CLASSIFICADOS


EVENTOS ||

ALMOÇO COM FRANCISCO


ALMOÇO COM FRANCISCO
JANTAR COM CELSO ALMOÇO COM ALMOÇO COM
BAETTIG E MARIA BAETTIG E MARIA LAPASTINA E MATIAS RICCITELLI MATIAS RICCITELLI
EUGENIA CHADWICK EUGENIA CHADWICK NOELIA TORRES
AD 91 pontos AD 90 pontos
AD 95 pontos AD 94 pontos AD 90 pontos BLANCO DE LA CASA 2017
TINTO DE LA CASA 2016
DON MAXIMIANO 2015 LAS PIZARRAS RUCA MALEN Riccitelli, Mendoza, Riccitelli, Mendoza,
Errázuriz, Aconcágua, CHARDONNAY 2016 CHARDONNAY 2016 Argentina (Winebrands Argentina (Winebrands
Chile (Grand Cru R$ Errázuriz, Aconcágua Ruca Malen, Mendoza, R$ 229). Intenso e R$ 229). Corte Malbec-
649). Um clássico. Costa, Chile (Grand CruArgentina (La Pastina vibrante, este é um Malbec, ou seja, com
Mergulhe no equilíbrio R$ 739). A proximidadeR$ 82). De vinhedos delicioso corte de uvas provenientes
deste corte bordalês ao mar e solo de xisto em no Vale de Uco nasce Sauvignon Blanc de dois vinhedos
com sotaque sul- decomposição marcam este vinho de estilo com (40%), Sémillon (40%) (Las Compuertas e
americano – 67% de este vinho. Seu nome a elegância e a pureza e Chardonnay (20%), Gualtallary) distintos.
Cabernet Sauvignon, vem justamente dessasque devem vigorar na que fermenta e estagiaElas são colhidas no
15% de Carménère, 8%rochas em decomposição. visão da nova e talentosapor oito meses em ovosmesmo dia, ainda
de Malbec, 7% Petit Quando compraram a enóloga da casa, Noeliade concreto. Cítrico que não estejam
Verdot e 3% Cabernet área, a busca era por clima Torres. Deliciosamente e mineral nos aromas, no mesmo grau de
Franc. Um lorde de frio para Sauvignon Blanc.
fora da moda por ser em boca é pura tensão:maturação. Depois,
tão elegante. Mineral, Por sorte, encontraram um Chardonnay sem muito seco, mas nem são cofermentadas e
fresco, com a acidez este solo. Francisco madeira. Isso contribui por isso austero, com passam 12 meses em
perfeitamente integrada Baettig falou em plantar para o equilíbrio, e muita fruta fresca, cubas (1000 litros) de
ao conjunto. Fruta 7 hectares de Pinot Noir,deixa brilhar a fruta corpo médio e perfeito carvalho francês. O
mas
silvestre azul muito viva Eduardo Chadwick tropical ao lado da parte
equilíbrio entre acidez resultado é um ótimo
amparada pelos taninosnão faz nada pequeno ebranca da laranja, que e álcool. Gastronômico Malbec, que combina
e uso de madeira dos hoje têm 70 hectares de é sua marca em boca. por excelência, é um fruta madura, notas de
Bordeaux. Traços de Pinot Noir e Chardonnay. Depois ainda encantampar perfeito para ostrasespeciarias e o loral da
nectarina, ervas e loresEste nasce de 3 parcelas o frescor que se frescas e frutos do mar casta, com boa acidez,
com um leve mentol que compõem 4,5 combina com estruturaem geral. Álcool 13%. taninos inos e álcool
que refresca o im de hectares de Chardonnay. e mineralidade. ApenasGV equilibrado, sem aquele
boca, mas não sobra noExuberante como seu 12% de álcool. Um dulçor inal quase
nariz. Seus vinhedos irmão mais novo, o 2015, exemplo de que não enjoativo de muitos
antigos de Cabernet é alegre, com belíssimaprecisamos gastar de seus pares. Álcool
foram plantados fruta, estrutura e textura.
muito para tomar um 13,5%. GV
em Panquehue no Nariz loral. Vibrante vinho capaz de agradar
Aconcágua em 1978. acidez sempre com im de iniciantes e iniciados.
Pronto para hoje e paraboca a pêssego, pera fresca
CB
mais uma década. CB e sutil untuosidade. CB

98 ADEGA >> Edição 155


INFORMATIVO
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1977, 1989, 1999, 2006 e 2013 de seu ícone Mas La Plana, que • 10% de desconto em produtos
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Descorchados 2019
BE A
LU
C

ARTE
Castello di Ama tem um projeto de
curadoria em que artistas de renome
são convidados a criar trabalhos em
A seleção Black deste mês reúne suas dependências. Até o momento,
dois dos mais tradicionais vinhos nomes como Michelangelo Pistoletto,
elaborados em suas regiões. Do Anish Kapoor, e Louise Bourgeois já
Alentejo,em Portugal,selecio- deixaram obras por lá.
namos o Grande Reserva Rótulo
de Cortiça, um tinto com grande
capacidadede envelhecimento
feito pela Adegade Borba so-
mente em anos excepcionais. Da
Toscana, na Itália, conseguimos
trazer o Castello di Ama San Lo-
renzo, entre os melhores Chianti COOPERATIVA
Classico produzidos e capaz de DE PESO
rivalizar em qualidade com seus A Adega de Borba foi fun-
vizinhos de Brunello. dada em 1955 e atualmente
conta com mais de 300 viticul-
tores associados, que cultivam
cerca de 3.000 hectares de
vinhas.
AD

92
2 pts

AD

93
pts
CASTELLO DI AMA SAN LORENZO
CHIANTI CLASSICO GRAN SELEZIONE 2011
Castello di Ama / Mistral (R$ 457)
REGIÃO/PAÍS:Toscana, Itália

Tinto composto de 80% Sangiovese, 13% Merlot e 7% Malvasia Nera, com


estágio de, pelo menos, 10 meses em barricas de carvalho francês, sendo
18% novas. Mostra notas florais e de especiarias doces escoltando as frutas
vermelhas e negras de perfil maduro (não sobremaduro). Refinado e preciso,
VGOVCPKPQUFGVGZVWTCNGODTCPFQIK\CEKFG\GNȌVTKECGHKPCNRGTUKUVGPVGE
VQSWGUVGTTQUQUHNQTCKUFGEQWTQGFGCNECȊW\ǩNEQQN'/

ADEGA DE BORBA GRANDE RESERVA RÓTULO DE CORTIÇA 2011


Adega Cooperativa de Borba / Adega Alentejana (R$ 329)
REGIÃO/PAÍS:Alentejo, Portugal

Tinto composto de uvas Trincadeira e Alicante Bouschet cultivadas em solos


de xisto, com estágio de 18 meses em barricas novas de carvalho francês. Um
clássico alentejano somente elaborado em anos excepcionais, mostra profusão
de frutas vermelhas e negras maduras acompanhadas de notas florais, de ervas
GFGGURGEKCTKCUFQEGU0QRCNCVQEJCOCCVGPȊȆQRGNCTGHTGUECPVGCEKFG\GRG
VCPKPQUFGȕVKOCVGZVWTCSWGVTC\GOUWUVGPVCȊȆQCQEQPLWPVQ6GOƒPCNEJGK
NQPIQEQOVQSWGUVQUVCFQUFGVCDCEQGFGEJQEQNCVGǩNEQQN'/
LUCA LABORDE
DOUBLE SELECT SYRAH 2015
Luca / Vinci (R$ 222)
REGIÃO/PAÍS:/GPFQ\C#TIGPVKPC

Luca é a vinícola de propriedade de Laura AD O Platinum deste mês traz verdadeiros


Catena, filha do visionário Nicolás Catena,
e elabora este tinto exclusivamente a 91
pts
achados, vinhos de pequena produ-
partir de uvas Syrah advindas de um velho AD ção, difíceis de serem encontrados. De
vinhedo em latada (parral) plantado na 91
pts
Mendoza, na Argentina, escolhemos o
região de La Consulta, com estágio de 14 SC
ORCHAD Laborde Double Select Syrah, elabo-
meses em barricas de carvalho francês
93 rado pela Luca com uvas de um vinhe-

OS
DE
50% novas. De boa tipicidade, segue o pts do de mais de 70 anos em La Consul-
estilo carnudo e estruturado da casa, em ta. Dali, partimos para a Espanha, de
que prevalecem as frutas negras maduras AD
onde vem o Baloiro Seleccíon en Vig-
seguidas de notas defumadas e de
especiarias, tudo equilibrado por taninos de
92pts na, um Mencía de vinhas velhíssimas
ȕVKOCVGZVWTCGCEKFG\RWNUCPVGSWGVTC\ de Bierzo, um perfeito exemplo de que
frescor ao conjunto. Tem final persistente, é, sim, possível fazer tintos que sejam
EQOVQSWGUFGCOGKZCUǩNEQQN'/ reinados e potentes. Terminamos nos-
sa jornada na Toscana, onde elegemos
o Rosso di Montalcino da Pertimali,
BALOIRO SELECCIÓN
melhor que muitos Brunello disponí-
EN VIGNA MENCÍA 2010
veis no mercado.
$QFGIC.W\FKXKPC#OKIQ
Vind’Ame (R$ 209)
REGIÃO/PAÍS:$KGT\Q'URCPJC

Tinto elaborado exclusivamente a partir


de uvas Mencía advindas de vinhedos
entre 60 e 90 anos, com estágio de 12
meses em barricas de carvalho francês
e depois mais 12 meses em carvalho
americano. Potente, denso e estruturado,
mostra estilo de frutas negras maduras
e em compota seguido de notas florais e
de especiarias doces, tudo sustentado por
taninos de excelente textura e final cheio VINHAS VELHAS
e persistente, com toques de ameixas e A família Luzdivina Amigo está na
de grafite. Um vinho grande em todos os região de Bierzo há várias gerações. A
CURGEVQUǩNEQQN'/ propriedade conta com 12 hectares de
vinhas velhas, que têm entre 50 e 100
anos de idade, todas de cultivo orgânico.
PERTIMALI ROSSO
DI MONTALCINO 2014
Pertimali / Sonoma (R$ 169)
REGIÃO/PAÍS:Toscana, Itália

Tinto elaborado exclusivamente a partir de VOCÊ SABIA


Sangiovese, sem passagem por madeira. QUE...
/QUVTCFGNKEKQUCCEKFG\GVCPKPQUFGȕVKOC Luca é um dos
textura escoltando as frutas vermelhas de projetos pessoais
perfil mais fresco seguidas de notas florais,
de Laura, ilha
de couro e de ervas. Tem final persistente
do mítico Nicolás
e suculento, com cativantes toques de
Catena?
cerejas, que pedem um segundo gole.
ǩNEQQN'/
DDE G
A

GO

AD

91
pts
AD
No Grand Gold dessemês selecio-
namos vinhos de uvas que têm dado DE
SCORCHAD 90
pts

92

OS
ótimos resultados em suas regiões. De pts
Portugal, vem o Aldeia das Serras Touri-
ga Nacional, um tinto frutado e gastro- AD

nômico, que relete na taça toda a tra-


VOCÊ SABIA
91pts
dição do Dão. Da Itália, escolhemos o
Lunatico, um Primitivo em pureza, que QUE...
mostra todas as virtudes dessa cativante estudos de DNA
cepa, sem as interferências da madeira. comprovaram que a Primitivo
Dali, vamos direto para o Chile, onde é a mesma variedade também
pinçamos o Single Vineyard Canelo, conhecida como Zinfandel
um Syrah fresco e cheio de tipicidade nos Estados Unidos?
elaborado pela Viña Leyda.

TRADICIONAL
Apesar de Douro e Alentejo
estarem mais em voga
atualmente, o Dão foi e
continua sendo uma das
regiões mais tradicionais de
Portugal quando o assunto são
vinhos tranquilos, tanto tinto
quanto brancos.

ALDEIA DAS SERRAS LEYDA SINGLE VINE RD LUNATICO PRIMITIVO 2016


TOURIGA NACIONAL 2014 CANELO SYRAH 2015 Farnese / World Wine (R$ 92)
Adega de Silgueiros / Viña Leyda / Grand Cru (R$ 135) REGIÃO/PAÍS:Puglia, Itália
Adega Alentejana (R$ 125) REGIÃO/PAÍS:Leyda, Chile
REGIÃO/PAÍS:Dão,Portugal Tinto elaborado exclusivamente
Tinto elaborado exclusivamente a partira partir de uvas Primitivo, sem
Tinto elaborado exclusivamente a partirde uvas Syrah, cultivadas no vinhedo passagem por madeira. Gostoso de
de Touriga Nacional, com estágio de 10 Canelo, plantado em 2008. Cheio de beber, mostra ameixas e cerejas de
meses em barricas de carvalho francês.frutas vermelhas acompanhadas de nota perfil mais maduro acompanhadas
Refinado e agradável, mostra a cepa de florais, de ervas e de especiarias, tanto de
no notas florais, de ervas e de
um modo mais fresco e austero, com PCTK\ SWCPVQ PC DQEC VWFQ PWO EQPVGZVQ especiarias doces. Frutado e
as típicas notas florais escoltando os FG XKDTCPVG CEKFG\ G VCPKPQU FG DQC
ECTPWFQVGOCEKFG\PCOGFKFC
aromas de cassis e de ameixas, que textura. Tenso e suculento, reflete em seutaninos macios e final médio/longo,
se confirmam no palato. Estruturado RGTƒN OCKU HTGUEQ QU GHGKVQU FGcom WOCtoques
UCHTCde frutas vermelhas
G XGTVKECNVGO XKDTCPVG CEKFG\ VCPKPQU HTKC EQOQ C FG ǩNEQQN '/
maduras, de baunilha e de chocolate.
cheios de textura e final persistente,
ǩNEQQN'/
com toques especiados e de tinta
PCPSWKO ǩNEQQN '/
B E A DDE G
LU A
C

LE SORBOLE ROSSO 2016


Vinosia / World Wine (R$ 66) GOLD
REGIÃO/PAÍS:Campania, Itália
Tinto composto de 85% Aglianico e 15% Piedirosso, sem passagem por
madeira. Chama atenção pela qualidade das frutas como morangos
e cerejas, acompanhadas de notas florais, especiadas e herbáceas.
(TGUEQHTWVCFQGOCEKQVGOȕVKOCVGZVWTCFGVCPKPQUIQUVQUCCEKFG\G
HKPCNCITCFȄNCPȊCFQPQƒPCNFGUVGOȍUŤGQUCUUQEKCFQUXGNGECVKXCPVGRGFKPFQOCKUWOIQNGǩNEQQN'/

O Gold deste mês reúne vinhos ecléti-


MÉNAGE À TROIS RED BLEND 2016 cos, que fogem do lugar comum. Da Itá-
Ménage à Trois Wines / Cantu (R$ 110) lia, trazemos o Le Sorbole, um blend de
REGIÃO/PAÍS:Califórnia, Estados Unidos Aglianico e Piedirosso, feito pela Vino-
sia, atualmente um dos produtores mais
Tinto composto de 48% Zinfandel, 37% Merlot e 15% Cabernet
Sauvignon, com estágio em barricas de carvalho. Sedutor e consistentes da Campania. Viajando até
envolvente, apresenta notas florais, tostadas e especiadas o Languedoc-Roussillon, na França, se-
escoltando os aromas de cassis e ameixas, depois aparecem lecionamos o Les Jamelles, um Grena-
CNECȊW\DCWPKNJCGEJQEQNCVGCNȌOFGVQSWGUJGTDȄNCPȊCFQPQƒPCNFGUVGOȍUŤGQUCUUQEKCFQUEGQU/WKVQ che frutado e cheio de textura. Termina-
HTWVCFQVGODQCCEKFG\VCPKPQUFGȕVKOCVGZVWTCGHKPCNCITCFȄNCPȊCFQPQƒPCNFGUVGOȍUŤGQUCUUQEKCFQUXGNG mos nosso passeio na Califórnia, Estados
RGTUKUVGPVGEQPHKTOCPFQQPCTK\ǩNEQQN'/ Unidos, onde escolhemos o Menàge à
Trois, um blend de Zinfandel, Merlot e
Cabernet, perfeito para o churrasco.
LES JAMELLES GRENACHE 2015
Les Jamelles / Winebrands (R$ 75)
REGIÃO/PAÍS:Languedoc-Roussillon, França
Tinto elaborado exclusivamente a partir de Grenache, com estágio
de 25% do vinho durante nove meses em barricas novas e usadas de
carvalho francês. Puro suco de cerejas e groselhas, acompanhado de
notas florais e de ervas frescas, tudo em meio a taninos de ótima textura,
IQUVQUCCEKFG\GDQCRGTUKUVȍPEKC(ȄNCPȊCFQPQƒPCNFGUVGOȍUŤGQUCUUQEKCFQUEKNFGIQUVCTGFGGPVGPFGTRCTGEG AD
UGTOGPQUEQORNGZQFQSWGTGCNOGPVGȌǩNEQQN'/
89pts

AD

MELHOR 90 AD

90
pts
LUGAR pts
A Grenache (na Espanha
conhecida como Garnacha e
na Catalunha como Garnatxa)
é uma das tintas mais
cultivadas no mundo e se
adapta bem a climas
quentes e secos.

AGLIANICO
Uva muito cultivada na
Campania e na Basilicata, ela
é conhecida pelo seu caráter
gastronômico, pois além da
vibrante acidez, costuma ter
taninos marcantes em sua
juventude.
BE ADEG
LU A
C

SILVER
AIMÉ CABERNET SAUVIGNON 2016
Ruca Malen / La Pastina (R$ 50)
REGIÃO/PAÍS:/GPFQ\C#TIGPVKPC

Tinto elaborado exclusivamente a partir de Cabernet Sauvignon, com breve


passagem por madeira. Acessível e frutado, mostra as típicas notas de ervas e de
especiarias da Cabernet, escoltando as ameixas e cassis de perfil mais maduro.
%CVKXCPVGGCITCFȄNCPȊCFQPQƒPCNFGUVGOȍUŤGQUCUUQEKCFQUXGNFGDGDGTVGODQCCEKFG\VCPKPQUOCEKQUGHKPCNEQOVQSW
Neste mês, o time Silver traz tintos
de frutas negras. Versátil, pode acompanhar desde aperitivos até carnes na brasa.
variados,mesclandodescobertas
do ǩNEQQN'/
Novo e Velho mundo. De Mendoza,
elegemos o argentino Aimé Cabernet
Sauvignon, cheio de tipicidade e ideal CARDAL TINTO 2016
para carnes grelhadas. Do Tejo, emQuinta da Alorna / Obra Prima (R$ 52)
Portugal, selecionamos o Cardal, umREGIÃO/PAÍS:Tejo, Portugal
blend de Touriga Nacional, Castelão
e Trincadeira, perfeito para uma tábuaTinto composto de Touriga Nacional, Castelão e Trincadeira, sem passagem por
madeira. Gastronômico e muito agradável de beber, mostra notas florais, de ervas
de embutidos entre amigos. Termina-
e de especiarias doces envolvendo as ameixas e amoras de perfil maduro. Frutado
mos nossa jornada na Puglia, de onde GFGOȌFKQEQTRQVGOCEKFG\TGHTGUECPVGVCPKPQUFGDQCVGZVWTCGHKPCNOȌFKQ
vem o Miluna, um corte frutado e ca- RGFKPFQCEQORCPJKCFGECTPGUXGTOGNJCUOCITCUǩNEQQN'/
tivante de Negroamaro, Malvasia Nera
e Sangiovese, que vai fazer bonito na
companhia de massas em geral. MILUNA ROSSO 2017
5CP/CT\CPQ / Grand Cru (R$ 50)
REGIÃO/PAÍS:Puglia, Itália

Tinto composto de 45% Malvasia Nera, 45% Negroamaro e 10% Sangiovese,


sem passagem por madeira. Mostra profusão de frutas vermelhas e negras
acompanhadas de notas florais, herbáceas e de especiarias, que se confirmam na
AD DQEC(ȄNCPȊCFQPQƒPCNFGUVGOȍUŤGQUCUUQEKCFQUEKNFGCITCFCTVGOIQUVQUCCEKFG\VCPKPQUOCEKQUGHKPCNUWEWNGPVQEQO
88
pts
toques de amoras e de cerejas, que exigem a companhia de embutidos ou massas
CQOQNJQFGECTPGǩNEQQN'/

AD
VALE CONHECER
88
pts
AD

88 A Negroamaro, também muito


pts
cultivada na Puglia, assim como a
Primitivo, é muito menos conhecida por
aqui e costuma dar tintos de cor escura,
de grande estrutura, complexidade
aromática e de vocação gastronômica.

DO TEJO
Até 2008 conhecida
como Ribatejo, a
região do Tejo obteve o
status de DOC somen-
te no ano de 2000.
B E A DEG
LU A
C

BRANCO

AD

90
pts
REGALEALI BIANCO 2016
Tasca d’Almerita / Mistral (R$ 125)
REGIÃO/PAÍS:Sicília, Itália AD

89
pts
Neste mês, começamos nossa jornada
$TCPEQEQORQUVQFG+P\QNKC AD
30% Grecanico e 30% Catarratto,
sem fermentação malolática e sem
91
pts
na Itália, onde elegemos um blend
com as pouco conhecidas Inzolia, Gre-
passagem por madeira, mas mantido canico e Catarratto, com assinatura da
com as borras por três meses antes Tasca d’Almerita, um dos mais respei-
de ser engarrafado. Mostra frutas tados produtores da Sicília. Das Rías
brancas e de caroço acompanhadas Baixas, escolhemos o Pazo das Bruxas,
de notas florais, minerais e de ervas um Albariño de muita tipicidade, re-
frescas. No palato, é tenso e vibrante,
pleto de frutas brancas e de caroço ma-
VGOȕVKOCCEKFG\IQUVQUCVGZVWTCG
duras. Da Espanha, percorremos um
final persistente, com toques cítricos e
UCNKPQUǩNEQQN'/ longo caminho até o Brasil, no Vale
dos Vinhedos, de onde trazemos o Ori-
gem, um Chardonnay de dicionário,
PAZO DAS BRUXAS produzido pela Casa Valduga.
ALBARIÑO 2016
Torres / Devinum (R$ 125)
REGIÃO/PAÍS: Rías Baixas, Espanha

Branco elaborado exclusivamente a


partir de Albariño, sem passagem por
madeira. De boa tipicidade, mostra IBÉRICA
notas florais e de ervas escoltando os
A uva Albariño ou Alvarinho,
aromas de frutas brancas e de caroço
como é conhecida na região
maduras, que se confirmam na boca.
6GOCEKFG\TGHTGUECPVGDQOXQNWOG do Minho, em Portugal, é uma
de boca, textura cremosa e final cheio das castas brancas de maior
e persistente, com toques minerais. reputação da Península Ibérica,
ǩNEQQN'/ famosa por originar vinhos
brancos frescos e aromáticos.

CASA VALDUGA
ORIGEM CHARDONNAY 2018
Casa Valduga (R$ 47)
REGIÃO/PAÍS: Vale dos Vinhedos, Brasil

Branco elaborado exclusivamente SICÍLIA


a partir de uvas Chardonnay, sem Fundada em 1830 na
passagem por madeira. Uma versão
privilegiada localização de
fresca, vibrante e cheia de frutas
tropicais e cítricas. Tem ótima um antigo domínio feudal
CEKFG\IQUVQUCVGZVWTCGƒPCN siciliano, Tasca d’Almerita
agradável, com toques salinos e é um dos mais famosos e
de limão, que o tornam ideal para históricos produtores de
acompanhar entradas leves ou toda Itália.
CRGTKVKXQUGOIGTCNǩNEQQN'/

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QUEM DISSE | para BEBER e COMENTAR

Eu acho que o principal é tentar se educar


entender que, se você beber, obviamente, beb
que seu corpo permite, mas se você está bebe
uma ou duas garrafas por noite, essa pode nã
a versão mais saudável do consumo de vin
Dwyane Wade, jogador de basquete e produtor de vinho

“Não podemos nos livrar das cartas de vinhos? Nós


realmente temos que ser lembrados toda vez que saím
para um bom restaurante que não temos ideia do que
estamos fazendo? Por que eles não nos dão um teste
trigonometria com o menu? ”
Jerry Seinfeld, personagem de seriado de TV

“Não existe isso de estar perdido em um


vinhedo. Você está sempre no lugar certo”
Anônimo

“Eu guardo meus carboidratos para o vinho


Chamo isso de prioridade”
Carrie Bradshaw, personagem de seriado de TV “Sex and the City”

“A água separa as pessoas do


mundo. O vinho as une”
Anônimo

106 ADEGA >> Edição 155


BEBER VINHO
FAZ BEM.
ORGÂNICO,
MAIS AINDA.
Chegou a primeira
safra de vinhos orgânicos
Club des Sommeliers.
Uma seleção de vinhos Reserva Cabernet
Sauvignon e Carmenère feitos com uvas
orgânicas que harmonizam e realçam
o sabor de carnes vermelhas assadas,
massas à pomodoro ou com molho funghi
e cozidos em geral.

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