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Ainda na analise do que venha ser a hermenêutica que traz uma idéia sobre o
objeto, a ser entendido, o sentido encontrara em sua etimologia desde tempos remotos
vários significados, conceitos tais como explanação, explicação, exegese, interpretação
e hoje o mais usados pelos hermeneutas, compreensão sedo constantemente empregados
como sinônimos. Mas o que seria esta idéia trazida pela técnica ou arte da interpretação,
esta reflexão aparecerá quando surgi o desafio de transição da tradição religiosa, sobre
tudo com o advento do império macedônico com Alexandre o grande período que se
tornou conhecido como helenístico, em que o objetivo seria equipara o logos racional
com a filosofia não sendo conveniente a deuses ou a razão, de suas ocorrências
demasiadamente humanas ou de ciúmes no olimpo grego no período épico, ou mítico.
Essa linguagem mítica já não servia mais como anteriormente, quer dizer ao pé da letra ou
em sentido literário exigindo-se uma interpretação “alegórica”. Tendo o seu início com os
estoicos que elabora uma interpretação sistemática, racionalizante e posteriormente
alegórica dos mitos. Ao se expressar o espírito comunica algo de interno para o externo o
seja para fora, tornando-os conhecidos ao púplico os conteúdos internos enquanto a
interpretação procurará dissertar a expressão que foi lançada para fora de suas entranhas.
Em ambas o que estará em jogo será a compreensão ou um mediação dos sentidos. A
interpretação procura o sentido interno o que está por trás do que foi expresso, enquanto
ao se expressar anuncia a sua parte de algo interior. Nisto consistirá o que veria ser o
expressar como um interpretar, como uma hermeneúein.
2. A interpretação em Agostinho
Agostinho em sua obra intitulada de a doutrina cristã ou em latim De Doctrina
Christiana que foi escrita no início de seu episcopado em 397, tem por objetivo instruir
os cristãos de sua época vindo a termina-lo trinta anos após uma revisão de sua obras,
ao se referir a um sermão por ele pregado oito anos antes em Cesaréia da Mauritânia em
418. É interessante observarmos que a interpretação é considerada uma espécie de
desvelamento do texto bíblico algo que se apresenta oculto e misterioso, tendo a
possibilidade de abertura para a o descobrimento e esclarecimento dos códigos e
metáforas, para o círculo da época era uma espécie de status social interpretar textos que
se apresentavam como herméticos.
Os que depositam nos sentidos corporais julgam o próprio Deus ser o céu ou até
o próprio mundo real, mas se espera-lo além deste mundo então imaginam ser algo mais
luminoso, mas em suas vãs ficção o fazem um ser infinito e dotado de uma forma que
lhes forneça uma superioridade sobre todas as coisas, e para o caso daqueles que não
creem na sua existência de um Deus onipotente, onipresente e onisciente como único
sobre todos os deuses mas ao contrário creem em múltiplos deuses os representando em
seus espíritos atribuindo feição física como bem entende.
Em seguida Agostinho discorrera sobre vários aspectos da vida religiosa enumerando
cada ponto concernente a vida religiosa, falando sobre a sabedoria a imutabilidade, a
trindade, a encarnação de Cristo em que o verbo se fez carne e habitou andou como
homem entre nós.
Mas falaremos um pouco sobre a filosofia de santo Agostinho no circulo
contemporâneo ao qual foi recebida pelo jovem Heidegger assim como Gadamer,
filósofos da contemporaneidade que resolveram enxergar um pouco atrás para um
sacerdote que viveu a tanto tempo antes deles, para assim então reconhecerem que em
Agostinho já havia os primeiros rudimentos de Hermenêutica, é claro que Aristóteles
também já os havia lançados no seu Peri Hermenêia numa tentativa de estabelecer
regras para a interpretação das poesias e teatro grego, mas Heidegger um jovem que se
na perspectiva fenomenológica em uma de suas palestras de verão no ano de 1921, ao
ministrar um curso sobre neoplatonismo e santo Agostinho, e ainda no ano de 1930 em
uma conferência mas também as referências a ele feita em sua obra Ser e Tempo, me
parecem positivas sobre o que fez Agostinho em seus escritos hermenêuticos, Heidegger
tendo em vista já o seu comprometimento com a destruição da crítica da história
ontológica ocidental.
Considerações finais:
Referências Bibliográficas: