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Aula n.º 1
Sumário: Apresentação.
1 Parte Geral. (incursão nos impostos em particular: IRS, IRC, IMI e IVA
2 Relação Jurídica.
3 Aspetos substantivos e procedimentais - É tratado nos códigos gerais tributários. CPPT e LGT. Comprar uma
compilação completa com todos os tipos de impostos.
Bibliografia: manual da professora. As aulas não seguem a estrutura do manual. O método é assente na
resolução de casos práticos.
Bibliografia complementar: Manual do prof. Saldanha Sanches (FDUL-2007); Manual do prof. José Casalta
Nabais (FDUC).
Comentário de jurisprudência e monografias.
Dia 30 de Setembro, haverá uma aula com uma professora espanhola convidada.
No site do CIDEEFF estão os links para as monografias da professora Ana Paula Dourado.
http://www.cideeff.pt/pt/quem-somos/Profa-Doutora-Ana-Paula-Dourado/15/
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Aula n.º 2
Sumário: Aula lecionada pelo prof. Dr. Paulo Marques.
3 Tipos de receitas.
I . Tributárias
A. Imposto
Imposto é uma prestação patrimonial com expressão pecuniária. Não é uma prestação de facto.
É coactiva. Eventualmente coerciva. Cumprimento voluntário da prestação, que pode ser coercivo.
Não há relevância da vontade do contribuinte. Não é o mesmo que coerciva.
A prestação coativa, não é coerciva, mas pode se tornar coerciva.
Mas o Estado pode substituir-se ao contribuinte e à sua vontade, por via da penhora, quando não paga nos
prazos estabelecidos nos códigos tributários.
É uma fase eventual, mas residual. A vontade do contribuinte conta muito pouco.
Uma vez verificado o facto tributário, há uma incidência do imposto, logo por imposição da Lei, o contribuinte
é obrigado a pagar.
A sua escolha resume-se a realizar ou não o NJ.
Realizando o NJ é obrigado a pagar o imposto.
Nos contratos civis as partes negoceiam os termos das obrigações.
Nos impostos há um Auto consentimento dos cidadãos porque a obrigação decorre na lei que é aprovada na
AR.
C. Contribuição especial - art. 3 da Lei geral tributária. Se não for um imposto, mas for uma
contribuição especial financeira já não estão submetidos a reserva de Lei do parlamento. Art. 165
Conjugado com o 103/2 da CRP.
Não há um regime geral aprovado para as contribuições especiais sem controlo.
Sinalagma difuso.
A AP pode criar contribuição financeira e não precisa de um DL autorizado.
Podem criar por regulamento.
Não há critérios materiais ou formais para defender o contribuinte.
A contribuição não pode ter um critério ad valorum.
É idêntico e indiferenciado.
Mas as entidades reguladoras criam critérios ad valorum sobre as contribuições especiais. Vazio legal.
Está por ser legislado. É uma lacuna no Dt.Fiscal Português.
II. Patrimoniais
Venda e arrendamento de património do estado.
III. Creditícias
A. Divida pública.
Aula n.º 3
Sumário: Aula lecionada pelo prof. Dr. Paulo Marques.
Como elemento de estudo, há o manual da regente, e a legislação. Veja-se os índices dos códigos.
O que relativamente às taxas e às contribuições exige apenas que o seu regime geral seja criado por lei, ao
contrário , Se o Imposto é devido e está bem calculado, não há lugar a reembolso.
Não é um empréstimo forçado.
Finalidade pública - arrecadação de receitas para sustentar as despesas principais do estado e apenas com fins
públicos, mas com uma concepção cada vez mais extrafiscal.
Unidade do ordenamento jurídico. Dita que os rendimentos ilícitos não deveriam ser tributados.
Mas por uma questão de igualdade o sujeito passivo que ganha com rendimentos ilícitos deverá ser tributado
em igualdade com quem aufere rendimentos lícitos.
CLASSIFICAÇÃO DE IMPOSTOS.
Direitos - O IRS reflecte a capacidade contributiva.
Indirectos - IVA o consumo indicia indiretamente a capacidade contributiva
Critério. Se ele revela, ou não, 4/1 da LGT, a capacidade contributiva do sujeito passivo.
Impostos progressivos - são as próprias taxas que vão aumentando conforme o valor total do rendimento - A
progressividade é tendencial.
Impostos proporcionais - a taxa é a mesma e incide sobre o valor total do rendimento apurado, ou do bem
adquirido.
ATENÇÃO
Em termos legais.
Caducidade - está para a liquidação do imposto. É declarativa.
Prescrição - está para a cobrança. Prazo que a AT tem para liquidar a divida. Art. 36/1 da LGT. O facto gerador
de imposto.
TAXAS
Critério distintivo. Bi-lateralidade. Sinalagma individualizado. O sinalagma não deve ser confundido com
preço.
A taxa não deixa de ser uma prestação coativa. É determinado por lei. Não resulta da autonomia da vontade.
Diferencia-se porque há um sinalagma de aproveitamento individualizado.
Art. 4/2 da LGT.
Artigo 4.º
Pressupostos dos tributos
CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL
Contribuição pecuniária coativa.
Há uma contrapartida. Mas não há uma contraprestação direta ao sujeito passivo.
Por isso se distingue da taxa.
Artigo 4.º
Pressupostos dos tributos
3 - As contribuições especiais que assentam na obtenção pelo sujeito passivo de benefícios ou aumentos de
valor dos seus bens em resultado de obras públicas ou da criação ou ampliação de serviços públicos ou no
especial desgaste de bens públicos ocasionados pelo exercício de uma atividade são consideradas impostos.
Presume-se que haja vantagens de uns quaisquer sujeitos que não estavam inicialmente contemplados.
Beneficiam mais do que a restante maioria dos sujeitos passivos.
V.g.: Ponte Vasco da Gama aumentou o valor dos terrenos de Alcochete.
CONTRIBUIÇÕES DA SS.
Quais são os pilares da SS. Impostos, pagamento da entidade patronal, descontos dos trabalhadores, divida.
A Entidade patronal paga um imposto.
Do lado dos trabalhadores seria uma taxa.
Mas o desconto que é realizado não é para pagar as reformas futuras, mas sim as presentes.
Mas é difícil cada vez mais estabelecer um sinalagma.
E um imposto também não será.
As quotizações pagas pelos trabalhadores não serão taxas.
Serão um prémio de seguro de direito público. Ou um tributo parafiscal. Carácter aleatório.
SUJEITOS DA REL.JURIDICA.
Sujeito ativo. Estado legislador e estado administrador.
O art. 103/2 - Só a AR pode criar o imposto.
Mas é o estado administrador que tributa o imposto.
TÍTULO II
Da relação jurídica tributária
CAPÍTULO I
Sujeitos da relação jurídica tributária
Artigo 15.º
Personalidade tributária
A personalidade tributária consiste na susceptibilidade de ser sujeito de relações jurídicas tributárias.
Artigo 18.º
Sujeitos
1 - O sujeito ativo da relação tributária é a entidade de direito público titular do direito de exigir o
cumprimento das obrigações tributárias, quer diretamente quer através de representante.
2 - Quando o sujeito ativo da relação tributária não for o Estado, todos os documentos emitidos pela
administração tributária mencionarão a denominação do sujeito ativo.
Várias noções.
Contribuinte de facto: o trabalhador, o consumidor.
Contribuinte de direito: A entidade empregadora (entidade substituta), o agente económica que é quem
entrega o imposto ao Estado.
Estado
Entidade patronal
Trabalhador
Art. 20/2 LGT
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Artigo 20.º
Substituição tributária
1 - A substituição tributária verifica-se quando, por imposição da lei, a prestação tributária for exigida a pessoa
diferente do contribuinte.
2 - A substituição tributária é efetivada através do mecanismo da retenção na fonte do imposto devido.
Artigo 23.º
Responsabilidade tributária subsidiária
1 - A responsabilidade subsidiária efetiva-se por reversão do processo de execução fiscal.
2 - A reversão contra o responsável subsidiário depende da fundada insuficiência dos bens
penhoráveis do devedor principal e dos responsáveis solidários, sem prejuízo do benefício da
excussão.
3 - Caso, no momento da reversão, não seja possível determinar a suficiência dos bens penhorados
por não estar definido com precisão o montante a pagar pelo responsável subsidiário, o processo
de execução fiscal fica suspenso desde o termo do prazo de oposição até à completa excussão do
património do executado, sem prejuízo da possibilidade de adopção das medidas cautelares
adequadas nos termos da lei.
4 - A reversão, mesmo nos casos de presunção legal de culpa, é precedida de audição do
responsável subsidiário nos termos da presente lei e da declaração fundamentada dos seus
pressupostos e extensão, a incluir na citação.
5 - O responsável subsidiário fica isento de custas e de juros de mora liquidados no processo de
execução fiscal se, citado para cumprir a dívida constante do título executivo, efectuar o respectivo
pagamento no prazo de oposição.
6 - O disposto no número anterior não prejudica a manutenção da obrigação do devedor principal
ou do responsável solidário de pagarem os juros de mora e as custas, no caso de lhe virem a ser
encontrados bens.
7 - O dever de reversão previsto no n.º 3 deste artigo é extensível às situações em que seja
solicitada a avocação de processos referida no n.º 2 do artigo 181.º do CPPT, só se procedendo ao
envio dos mesmos a tribunal após despacho do órgão da execução fiscal, sem prejuízo da adopção
das medidas cautelares aplicáveis.
Contém as alterações dos seguintes diplomas: Consultar
- Lei n.º 55-A/2010, de 31/12 versões
- Lei n.º 64-B/2011, de 30/12 anteriores
deste
artigo:
-1ª
versão: DL
n.º
398/98, de
17/12
-2ª
versão: Lei
n.º 55-
A/2010, de
31/12
Artigo 24.º
Responsabilidade dos membros de corpos sociais e responsáveis técnicos
1 - Os administradores, diretores e gerentes e outras pessoas que exerçam, ainda que somente
de facto, funções de administração ou gestão em pessoas coletivas e entes fiscalmente
equiparados são subsidiariamente responsáveis em relação a estas e solidariamente entre si:
a) Pelas dívidas tributárias cujo facto constitutivo se tenha verificado no período de exercício do
seu cargo ou cujo prazo legal de pagamento ou entrega tenha terminado depois deste, quando,
em qualquer dos casos, tiver sido por culpa sua que o património da pessoa coletiva ou ente
fiscalmente equiparado se tornou insuficiente para a sua satisfação;
b) Pelas dívidas tributárias cujo prazo legal de pagamento ou entrega tenha terminado no
período do exercício do seu cargo, quando não provem que não lhes foi imputável a falta de
pagamento.
2 - A responsabilidade prevista neste artigo aplica-se aos membros dos órgãos de fiscalização e
revisores oficiais de contas nas pessoas coletivas em que os houver, desde que se demonstre
que a violação dos deveres tributários destas resultou do incumprimento das suas funções de
fiscalização.
3 - A responsabilidade prevista neste artigo aplica-se aos técnicos oficiais de contas desde que se
demonstre a violação dos deveres de assunção de responsabilidade pela regularização técnica
nas áreas contabilística e fiscal ou de assinatura de declarações fiscais, demonstrações
financeiras e seus anexos.
Contém as alterações dos seguintes diplomas:
- Lei n.º 30-G/2000, de 29/12
- Lei n.º 60-A/2005, de 30/12 C
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Artigo 28.º
Responsabilidade em caso de substituição tributária
1 - Em caso de substituição tributária, a entidade obrigada à retenção é responsável pelas
importâncias retidas e não entregues nos cofres do Estado, ficando o substituído desonerado de
qualquer responsabilidade no seu pagamento, sem prejuízo do disposto nos números
seguintes.
2 - Quando a retenção tiver a natureza de pagamento por conta do imposto devido a final, cabe
ao substituído a responsabilidade originária pelo imposto não retido e ao substituto a
responsabilidade subsidiária, ficando este ainda sujeito aos juros compensatórios devidos desde
o termo do prazo de entrega até ao termo do prazo para apresentação da declaração pelo
responsável originário ou até à data da entrega do imposto retido, se anterior.
3 - Nos restantes casos, o substituído é apenas subsidiariamente responsável pelo pagamento
da diferença entre as importâncias que deveriam ter sido deduzidas e as que efectivamente o
foram.
Contém as alterações dos seguintes diplomas: Consultar
- Lei n.º 82-E/2014, de 31/12 versões
anteriores
deste
artigo:
-1ª
versão: DL
n.º
398/98, de
17/12
Artigo 31.º
Obrigações dos sujeitos passivos
1 - Constitui obrigação principal do sujeito passivo efetuar o pagamento da dívida tributária.
2 - São obrigações acessórias do sujeito passivo as que visam possibilitar o apuramento da obrigação de imposto,
nomeadamente a apresentação de declarações, a exibição de documentos fiscalmente relevantes, incluindo a
contabilidade ou escrita, e a prestação de informações.
Orientações do MP
1. Acórdão do Tribunal Constitucional n.º 340/2013:Nestes termos, decide-se:
a) não julgar inconstitucional a norma resultante da interpretação do disposto nos artigos 61.º, n.º 1, d), e 125.º,
do Código de Processo Penal, com o sentido de que os documentos obtidos por uma inspeção tributária, ao abrigo
do dever de cooperação imposto nos artigos 9.º, n.º 1, 28.º, n.º 1 e 2, 29.º e 30.º do Decreto-Lei n.º 413/98, de 31
de dezembro, e nos artigos 31.º, n.º 2, e 59.º, n.º 4, da LGT, podem posteriormente vir a ser usados como prova
em processo criminal pela prática do crime de fraude fiscal movido contra o contribuinte; e, consequentemente,
b) negar provimento ao recurso.
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Aula n.º 4
Sumário: Contribuições especiais.
Início da aula.
Breve resenha da matéria dada na aula passada.
Conceitos de tributos.
Aquando do resgate PT, FR e PT tinham os mesmos valores nominais de dívida e de défice. Mas FR tem mais
riqueza.
Invocar o patriotismo fiscal num mundo global e de mobilização não faz sentido.
Na verdade a função dos impostos têm uma finalidade pública. Mas a redistribuição não é inerente ao conceito
de imposto.
Não há uma finalidade redistributiva dos impostos.
O controlo dos impostos é feita pela reserva de Lei. Tem de ser a AR a autorizar.
Os impostos têm que ser analisados à luz do ano a que dizem respeito.
A redistribuição não pode ser controlada juridicamente. Obedece a uma discricionariedade política.
As entidades reguladoras cobram tributos. Tem características de sinalagma, mas o sinalagma não é perfeito. É
difuso. Benefício do grupo.
V.g.: entidade reguladora das telecomunicações cobra tributo às empresas que prestam serviços de
telecomunicações. E esse tributo deve ser usada em benefício do grupo de entidades reguladas.
Instituições financeiras.
Há um fundo para o qual contribuem várias instituições financeiras que contribuem para um fundo comum, para
assegurar os depósitos a prazo até 100.000. Sinalagma difuso.
O tributo é pago em prol de todo o grupo.
Nas taxas e das contribuições especiais não há critérios de ad valorem como nos impostos.
Mas contrariamente estas contribuições e taxas são quantificadas ad valorem como se de um imposto se
tratassem...
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Aula n.º 5
Sumário: ...
Fontes da classificação:
CRP,
DT.Europeu,
LGT
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Aula n.º 6
Sumário: ...
Para diferenciar os contribuintes de acordo com a sua capacidade contributiva temos taxas proporcionais.
As taxas ad valorem proporcionais permite assegurar essa diferença. Os 23% do IVA permitem aferir diferentes
montantes de imposto.
O mesmo se passa quanto ao IRS.
A progressividade foi introduzida na 2.a metade do séc. XX, associada à eclosão do modelo de estado social de
direito, e foi justificado pelo objectivo da redistribuição.
Na progressividade temos escalões de rendimento. Dentro de cada escalão a taxa é proporcional. Entende-se que
quem tem uma capacidade económica mais elevada deve contribuir mais do que proporcionalmente.
Este paradigma já não colhe pois não há lugar à redistribuição da riqueza por via do pagamento da divida e dos
juros da mesma.
Utilidade marginal decrescente: À medida que se vai consumindo um bem a sua utilidade vai diminuindo. V.g.:
copos de àgua.
O Princípio da Utilidade Marginal Decrescente
Segundo o princípio da utilidade marginal decrescente, quanto maiores as quantidades de um bem forem
consumidas, esse bem irá gerar menos utilidade.
À medida que temos mais rendimento a utilidade que retiramos do mesmo é menor.
A crítica principal a este conceito é que a utilidades não são comparáveis. A utilidade de um 1milhão não é o
mesmo para a pessoa A do que para a pessoa B.
A redistribuição como finalidade de redistribuição está presente na CRP. É essa a ancora legal que justifica o
sistema progressivo.
O imposto regressivo á aquele que aumenta a sua progressividade à medida que menos se aufere.
O imposto por capitação é também regressivo.
Impostos Paretianos. Equilíbrio de Pareto. São contra um princípio de justiça. É a eficiência acima de tudo.
Quando se começa a introduzir distinções, diferenciação gera-se maior complexidade. Isto gera uma ineficiência
de tributação e uma evasão fiscal.
O direito fiscal vive numa tensão permanente entre a eficiência económica e a justiça (proteção da partes mais
fraca).
Os impostos diretos são aqueles em que se consegue identificar o contribuinte e consegue-se ter uma informação
exata e permanente da situação contributiva do sujeito passiva. Incidem sobre manifestações diretas de riqueza.
Impostos sobre o rendimento e os impostos estáticos sobre o património como o IMI. Obrigações declarativas
periódicas. A obrigação permanece enquanto não for comunicada uma alteração.
Os impostos indiretos são aqueles que há uma manifestação indireta de riqueza dos particulares.
Exemplo típico eram o dos impostos sobre o consumo. Mas atualmente com a e-factura, há uma aferição direta
da capacidade contributiva para efeitos de controlo da legalidade.
IVA - tratado de Roma. Deve separar-se o sujeito passivo do sujeito de facto. O consumidor não tem uma relação
direta com a autoridade tributária.
O sujeito passivo do IVA é a entidade prestadora de serviços. Essas entidades entram numa cadeia de valor
acrescentado.
Peças de computador, compradas por uma empresa. A compra a B as peças. A acrescenta valor às peças e pagou
IVA sobre as peças. Esse montante do IVA vai ser deduzido do valor final.
A e B estão registados nas finanças como operadores económicos e estão obrigados à declaração periódica,
independentemente de terem imposto a pagar ou não. O IVA é pago pelos consumidores finais. Em relação aos
operadores económicos o IVA não será um imposto indiretos.
Impostos periódicos - renovam-se anualmente, terminando o ano fiscal. Corresponde ao IVA no caso dos Sujeitos
passivos; ao IRS e ao IMI.
Impostos de obrigação única - IMT, são tributados por cada facto tributário que se constitui e se extingue num
único ato.
Para o consumidor final o IVA é um imposto de obrigação única.
É relevante porque a LGT adota prazos de caducidade e prescrição consoante o tipo de impostos sejam eles
impostos de obrigação única ou periódicos.
É esta a importância das definições e classificações. Para saber qual o regime legal que se aplica.
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Aula n.º 6
Sumário: Como se organiza a RJ tributária.
Artigo 18.º
Sujeitos
1 - O sujeito activo da relação tributária é a entidade de direito público titular do direito de exigir o cumprimento
das obrigações tributárias, quer directamente quer através de representante.
2 - Quando o sujeito activo da relação tributária não for o Estado, todos os documentos emitidos pela
administração tributária mencionarão a denominação do sujeito activo.
3 - O sujeito passivo é a pessoa singular ou colectiva, o património ou a organização de facto ou de direito que,
nos termos da lei, [descrição possível do que é o sujeito passivo, mas não basta. É uma noção genérica. Mas
temos que ir a cada código ver quais são os sujeitos passivos] está vinculado ao cumprimento da prestação
tributária [É a prestação material e a prestação formal. Mas nem sempre o sujeito passivo tem que pagar
imposto. Se não houver aumento patrimonial não há lugar ao pagamento de imposto. Prestação em sentido
amplo. Prestação formal são obrigações declarativas, contabilisticas, de informação. Um sujeito passivo pode
sê-lo mesno que não pague imposto: prestação material. Pode ser também alguém a quem seja requerido uma
prestação formal, como por exemplo: a obrigação do SPasssivo ter contabilidade organizada], seja como
contribuinte directo, [o conceito juridico é o do contribuinte, apenas! O contribuinte é uma categoria de sujeito
passivo relativamente à qual a Lei entende que tem capacidade contribuitiva. É sobre o contribuinte que
recaeem os pressupostos do facto tributário] substituto (art. 18 da LGT) [entidade empregadora que tem o
dever de retenção na fonte parte do vencimento (1) do trabalhador para entregar ao estado (2) - duas
obrigações] [subsituinte: contribuinte - trabalhador, que também é um sujeito passivo] ou
responsável [também é sujeito passivo, mas só assume essa qualidade numa situação patológica, se não
cumprir com os deveres de retenção e entrega do imposto. É responsavel pela dívida de um terceiro]. Qualquer
ilegalidade poder ser imputada, ou qualquer SP pode aceder ao contencioso ou aos recursos hierárquicos.
ENUMERAÇÃO GENÉRICA TEM QUE SER VERIFICADA EM CADA CÓDIGO!
Em tese todos as Pessoas Singulares serão Sujeitos Passivos porque mesmo não trabalhando e auferindo
rendimentos têm a obrigação de apresentar as declarações de IRS à AT. - prestação tributária formal
4 - Não é sujeito passivo quem:
a) Suporte o encargo do imposto por repercussão legal, sem prejuízo do direito de reclamação, recurso,
impugnação ou de pedido de pronúncia arbitral nos termos das leis tributárias; [permite cobrir os casos do IVA.
No caso do consumidor final há um encargo com o IVA por reprecussão legal. Mas o consumidor não é sujeito
passivo, mas a lei concede o direito de reclamar]
b) Deva prestar informações sobre assuntos tributários de terceiros, exibir documentos, emitir laudo em processo
administrativo ou judicial ou permitir o acesso a imóveis ou locais de trabalho.
Contém as alterações introduzidas pelos seguintes
diplomas:
- Lei n.º 55-A/2010, de 31 de Dezembro
Versões anteriores deste artigo:
- 1ª versão: DL n.º 398/98, de 17 de
Dezembro
Técnica legislativa é a que nos permite identificar a sequencia. Tatbestand sistemático e sequencial do imposto.
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Aula n.º 7
Sumário: Como se organiza a RJ tributária.
Retenções na fonte
Taxas liberatórias vs Retenção por conta.
Retenções na fonte - substituição tributária. Equivalência de situações. A entidade será um substituto tributário.
Empregador - substituto - dois deveres. Dever de reter o imposto na fonte e entregar o imposto retido ao fisco.
Trabalhador - substituído - recebe o seu rendimento líquido de imposto.
Caso de não residentes no território PT. A lei impõe que as entidades devedoras de imposto entreguem ao estado
este mesmo imposto.
A retenção na fonte apareceu no UK no final do sec. XIX como forma de auxiliar o fisco e prevenir a evasão fiscal.
Retenções por conta - retenções por conta do imposto devido afinado. No caso dos residentes. Rendimento do
trabalho dependente.
Sendo o imposto de rendimento acréscimo patrimonial no rendimento líquido, mas que só se apura no final do
ano fiscal. A retenção é um adiantamento de receitas ao estado, findo o qual é feito um certo. A retenção é por
conta, não definitiva.
Imposto dual, sistema dual - países nórdicos - Implica o rendimento englobado. Significa que podemos tratar de
forma mais vantajosa o capital ao trabalho e vice-versa. O crivo da igualdade implica tratar os impostos todos da
mesma forma. Como há mobilidade de capitais, esta noção é meramente teórica. Os rendimentos de capitais
começaram a ser discriminados positivamente em relação aos rendimentos do trabalho. Começou-se a tributar os
rendimentos dos capitais em taxas proporcionais e não progressivas como no caso do rendimento do trabalho.
Desvio do principio da igualde.
Alguns rendimentos são submetidos a retenção da fonte e outros são submetidos a taxa liberatória por estarem
submetidos a taxas proporcionais e não progressivas.
Taxas liberatórias: rendimentos brutos vs rendimentos líquidos: art. 71.º do CIRS: 28%, 25%.
Deve ser sobre os rendimentos brutos em nome do princípio da praticabilidade.
Deve ser sobre os rendimentos líquidos por haverem custos e gastos fáceis de enunciar.
Do ponto de vista do contribuinte pode ser ou não indiferente precisar as deduções à coleta.
Caso de um profissional que é o substituído, e presta um serviço a uma entidade substituta. Quais as despesas
associadas a estas prestações.
Custos vários.
Á partida do ponto de vista do contribuinte é mais justo que certos custos possam ser deduzidos à coleta.
Imagine-se o caso oposto: um profissional PT a prestar um acto único na Holanda. Será que as despesas
praticadas nos outros países serão dedutíveis em PT?
Do ponto de vista do contribuinte à interesse em que o rendimento sujeito a taxa liberatória fosse o rendimento
líquido e não o bruto.
O TJUE, decidiu, impõe que se tenham em conta os rendimentos líquidos, se na situação
Se se tratar de um residente, se o residente ficou submetido a uma retenção na fonte apenas por conta e vai
poder deduzir os seus gastos então o não residente também terá o mesmo direito. Corolário do princípio da
igualdade, princípio da não discriminação.
Quais são os gastos aceites? São aqueles que estão intrinsecamente ligados à actividade prestada, de acordo com
a jurisprudência do TJUE.
O problema é que estamos numa relação de substituto/substituido. Quem faz a análise dos custos, e da retenção,
é a entidade substituta. E é a essa entidade que o Estado irá requerer o pagamento desse montante. O substituto
tributário é que terão que entrar com os impostos que vierem a faltar. O ónus não é do fisco mas da entidade
particular.
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Aula n.º 8
Sumário: Responsabilidade tributária.
A fig.da responsabilidade tributária aplica-se sempre a uma dívida de outrém. Partindo da relação tributária.
Temos substituto e substituído.
Se o empregador não reter na fonte, ou entregar o imposto retido na fonte, ele será o responsabilizado, ainda
que a divida seja do contribuinte.
Dois deveres - retenção e entrega. Supondo que não há retenção. Não havendo retenção, também não há
entrega. O fisco pode agir por dias vias.
Responsabilidade a titulo principal: Quando há retenção mas não há entrega. A responsabilidade é do substituto.
A lei prevê que o substituido fica liberto de quaisquer obrirgações relativametne a esse encargo. O substituto é
chamdo a responder a titulo principal.
Art. 28 da LGT.
Artigo 28.º
Responsabilidade em caso de substituição tributária
1 - Em caso de substituição tributária, a entidade obrigada à retenção é responsável pelas importâncias retidas e
não entregues nos cofres do Estado, ficando o substituído desonerado de qualquer responsabilidade no seu
pagamento, sem prejuízo do disposto nos números seguintes.
Stricto sensu não é uma resposnabildiade, é uma obrgiação tributrária.
2 - Quando a retenção tiver a natureza de pagamento por conta do imposto devido a final, cabe ao substituído a
responsabilidade originária pelo imposto não retido e ao substituto a responsabilidade subsidiária, ficando este
ainda sujeito aos juros compensatórios devidos desde o termo do prazo de entrega até ao termo do prazo para
apresentação da declaração pelo responsável originário ou até à data da entrega do imposto retido, se anterior.
Responsabilidade subsidiária.
3 - Nos restantes casos, o substituído é apenas subsidiariamente responsável pelo pagamento da diferença entre
as importâncias que deveriam ter sido deduzidas e as que efectivamente o foram.
Restantes casos: Quando há uma diferença entre aquilo que devia ser retido e o que foi retido.
Há uma situação não expressamente tratada que é a das retenções a titulo definitivo.
O que a lei prevê uma responsabilidade solidária entre a entidade obrigada a reter e o substituído.
Quando o substituído não é residente em território Português, pede-se os montantes ao substituto. Corolário do
principio da practibildade.
A solução é a de colocar em primeira linha o substituto porque é mais fácil ao fisco garantir o imposto.
A entidade tem o direito de regresso sobre o substituído, caso
Se tivermos novamente, trabalho dependente, um substituto residente que tem a obrigação de fazer a retenção.
E temos um substituído não residente. O substituto não fez a retenção. Quem beneficiou foi o substituído.
Todavia o fisco por questões de praticabilidade agridem o património do substituto.
Sobre o direito de regresso entre substituto e substituído o direito fiscal já não entra. Nestas situação regula o
direito privado.
Artigo 24.º
Responsabilidade dos membros de corpos sociais e responsáveis técnicos
1 - Os administradores, directores e gerentes e outras pessoas que exerçam, ainda que somente de facto, funções
de administração ou gestão em pessoas colectivas e entes fiscalmente equiparados são subsidiariamente
responsáveis em relação a estas e solidariamente entre si:
Temos uma sociedade que é a entidade empregadora. É o substituto tributário, e o substituido. Devia ter existido
uma retenção por conta. E suponha-se que não houve retenção. Em primeira linha o fisco agride o património do
substituido. Caso este seja inexistente agride-se o património do substituto. E se este também for inexistente,
afere-se a culpa da inexistência de património da empresa dos gestores ou responsáveis técnicos, e agride-se o
património destes.
3 níveis
Trabalhador;
Sociedade Comercial;
Corpos sociais e responsáveis técnicos. Vai provocar uma responsabilidade na gestão muito grande sobre os
órgãos sociais.
O TC obrigou a uma aferição da culpa. Actualmente entendem que a culpa é objectiva, e não subjectiva.
Na letra original deste artigo a culpa era objectiva.
a) Pelas dívidas tributárias cujo facto constitutivo se tenha verificado no período de exercício do seu cargo ou cujo
prazo legal de pagamento ou entrega tenha terminado depois deste, quando, em qualquer dos casos, tiver sido
por culpa sua que o património da pessoa colectiva ou ente fiscalmente equiparado se tornou insuficiente para a
sua satisfação;
Um administrador de uma sociedade em que a dívida tributária tenha tido início durante o período em que
exerceu o cargo, mesmo que ele já não esteja.
b) Pelas dívidas tributárias cujo prazo legal de pagamento ou entrega tenha terminado no período do exercício do
seu cargo, quando não provem que não lhes foi imputável a falta de pagamento.
Qualquer dos administradores pode ser responsável.
2 - A responsabilidade prevista neste artigo aplica-se aos membros dos órgãos de fiscalização e revisores oficiais
de contas nas pessoas colectivas em que os houver, desde que se demonstre que a violação dos deveres
tributários destas resultou do incumprimento das suas funções de fiscalização.
3 - A responsabilidade prevista neste artigo aplica-se aos técnicos oficiais de contas desde que se demonstre a
violação dos deveres de assunção de responsabilidade pela regularização técnica nas áreas contabilística e fiscal
ou de assinatura de declarações fiscais, demonstrações financeiras e
Este artigo 24 é um caso único em temos de direito comparado. A lei presume uma probabilidade maior de que a
culpa tenha sido maior a do gestor que estava no cargo à data do termo do prazo do pagamento. Chama-se, em
primeiro lugar, a pessoa que estava no cargo aquando do termo do prazo de pagamento da divida e não o gestor
que originou a divida ao fisco em primeiro lugar.
CULPA.
1.a Situação inicial - situação da retenção na fonte; IRC da sociedade. Não foi pago porque o património é
insuficiente.
2.a situação.
3.a situação - IVA - no caso da sociedade ter cobrado o IVA [não é um caso de substituição] mas não foi entregue
ao estado, e o seu património for insuficiente, agride-se imediatamente o património dos responsáveis da
sociedade comercial.
No exemplo do IVA há uma grande aproximação da culpa do gestor que decidiu entre não entregar o IVA para o
aplicar noutra finalidade, e a culpa objectiva. Quase nunca se desculpa essa situação. A sociedade é um mero
depositário do imposto.
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Aula n.º 9
Sumário: Responsabilidade tributária. Cont. Aula dada pelo Dr. Paulo Marques.
A sociedade comercial não tem uma vontade própria. A vontade emerge da vontade de um órgão de gestão:
administração ou gerência. São eles que vinculam a sociedade perante terceiros. Já não é só um mero
interesse strito sensu, tem que ter em causa todos os que se relacionam com a empresa, um deles é o fisco.
Art. 18.º Sujeito Activo.
Artigo 22.º
Responsabilidade tributária
1 - A responsabilidade tributária abrange, nos termos fixados na lei, a totalidade da dívida tributária, os juros e
demais encargos legais.
2 - Para além dos sujeitos passivos originários, a responsabilidade tributária pode abranger solidária ou
subsidiariamente outras pessoas.
3 - A responsabilidade do cônjuge do sujeito passivo é a que decorre da lei civil, sem prejuízo do disposto em
lei especial.
4 - A responsabilidade tributária por dívidas de outrem é, salvo determinação em contrário, apenas
subsidiária.
5 - As pessoas solidária ou subsidiariamente responsáveis poderão reclamar ou impugnar a dívida cuja
responsabilidade lhes for atribuída nos mesmos termos do devedor principal, devendo, para o efeito, a
notificação ou citação conter os elementos essenciais da sua liquidação, incluindo a fundamentação nos
termos legais.
Contém as alterações introduzidas pelos seguintes
diplomas:
- Lei n.º 82-E/2014, de 31 de Dezembro
Versões anteriores deste artigo:
- 1ª versão: DL n.º 398/98, de 17 de
Dezembro
A administração fiscal deve tudo fazer para a cobrança dos tributos, ex vi interesse público.
Só depois de se procurar agredir os devedores origários: sujeitos passivos originários, é que se passa para os
devedores subsidiários.
Artigo 23.º
Responsabilidade tributária subsidiária
1 - A responsabilidade subsidiária efectiva-se por reversão do processo de execução fiscal.
2 - A reversão contra o responsável subsidiário depende da fundada insuficiência dos bens penhoráveis do
devedor principal e dos responsáveis solidários, sem prejuízo do benefício da excussão.
3 - Caso, no momento da reversão, não seja possível determinar a suficiência dos bens penhorados por não
estar definido com precisão o montante a pagar pelo responsável subsidiário, o processo de execução fiscal
fica suspenso desde o termo do prazo de oposição até à completa excussão do património do executado, sem
prejuízo da possibilidade de adopção das medidas cautelares adequadas nos termos da lei.
4 - A reversão, mesmo nos casos de presunção legal de culpa, é precedida de audição do responsável
subsidiário nos termos da presente lei e da declaração fundamentada dos seus pressupostos e extensão, a
incluir na citação.
5 - O responsável subsidiário fica isento de custas e de juros de mora liquidados no processo de execução fiscal
se, citado para cumprir a dívida constante do título executivo, efectuar o respectivo pagamento no prazo de
oposição.
6 - O disposto no número anterior não prejudica a manutenção da obrigação do devedor principal ou do
responsável solidário de pagarem os juros de mora e as custas, no caso de lhe virem a ser encontrados bens.
7 - O dever de reversão previsto no n.º 3 deste artigo é extensível às situações em que seja solicitada a
avocação de processos referida no n.º 2 do artigo 181.º do CPPT, só se procedendo ao envio dos mesmos a
tribunal após despacho do órgão da execução fiscal, sem prejuízo da adopção das medidas cautelares
aplicáveis.
Contém as alterações introduzidas pelos seguintes
diplomas:
- Lei n.º 55-A/2010, de 31 de Dezembro
- Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro
Versões anteriores deste artigo:
- 1ª versão: DL n.º 398/98, de 17 de
Dezembro
- 2ª versão: Lei n.º 55-A/2010, de 31 de
Dezembro
O contribuinte quando não cumpre com as obrigações, é instaurado um processo de execução fiscal. O credor
é simultaneamente o executor: Autoridade Tributária. Privilégio de execução prévia. O exequente terá que
fazer tudo para executar os créditos ao executado. Uso de poderes de autoridade.
O art. 23/1 só acontece já na fase patológica. Já depois do processo de execução fiscal. O acto de reversão é
um acto administrativo e não um acto judicial. Vide art. 23/4.
A citação é relativa ao revertido. Decisão da AT de executar o seu património sem prejuízo de este poder
voluntariamente poder solver o montante em dívida.
Para ir para o devedor subsidiário a AT tem que estar certa de que o património do devedor original não é
suficiente para solver o crédito.
Artigo 24.º
Responsabilidade dos membros de corpos sociais e responsáveis técnicos
1 - Os administradores, directores e gerentes e outras pessoas que exerçam, ainda que somente de facto,
funções de administração ou gestão em pessoas colectivas e entes fiscalmente equiparados são
subsidiariamente responsáveis em relação a estas e solidariamente entre si:
a) Pelas dívidas tributárias cujo facto constitutivo se tenha verificado no período de exercício do seu cargo ou
cujo prazo legal de pagamento ou entrega tenha terminado depois deste, quando, em qualquer dos casos,
tiver sido por culpa sua que o património da pessoa colectiva ou ente fiscalmente equiparado se tornou
insuficiente para a sua satisfação;
b) Pelas dívidas tributárias cujo prazo legal de pagamento ou entrega tenha terminado no período do exercício
do seu cargo, quando não provem que não lhes foi imputável a falta de pagamento. PRESUNÇÃO LEGAL. Iuris
et de iure.
2 - A responsabilidade prevista neste artigo aplica-se aos membros dos órgãos de fiscalização e revisores
oficiais de contas nas pessoas colectivas em que os houver, desde que se demonstre que a violação dos
deveres tributários destas resultou do incumprimento das suas funções de fiscalização.
3 - A responsabilidade prevista neste artigo aplica-se aos técnicos oficiais de contas desde que se demonstre a
violação dos deveres de assunção de responsabilidade pela regularização técnica nas áreas contabilística e
fiscal ou de assinatura de declarações fiscais, demonstrações financeiras e seus anexos.
Art. 24
Acento tónico da alína a) diminuição do património. Cabe à AT provar a culpa do gestor.
Alíena b) imputação do incumprimento ao gestor por congnoscência do montante tribitário liquidado.
Se a retenção na fonte que foram feitas, mas não foram entregues, então é fácil provar-se a culpa. A verba não
era da empresa, já era do estado. O ente colectivo funciona a titulo de mero depositário.
A responsabilidade tributária é reserva de Lei por via do art. 103/2 ex vi art. 165/1 i).
A jurisprudência insiste que é apenas o gestor de facto, que deve ser responsabilizado, e que deve ser a AT a
provar.
Quem assina os cheques são os gerentes efectivos, mas a culpa é atribuida aos gerentes de facto. Cabe ao
gerente efectivo provar que não teve culpa.
É possível o arresto dos bens do responsável subsidiário? Fundado receio de algo que ainda não aconteceu.
Antecipação da penhora. Imposto liquidado ou em vias de liquidação.
O arresto ou a penhora não retira a titularidade do bem. A transmissão da titularidade e do direito real só
acontece com o acto de execução de venda. O arresto e a penhora não retiram o bem ao contribuinte.
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Aula n.º 10
Sumário: Não houve aula.
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Aula n.º 11
Sumário: RJ tributária: conclusão.
O controlo do cidadão contribuinte é feito pela Lei da AR. Representantes eleitos pelo contribuinte. No
taxation without representation. Revolu.Americama.
Depois de aprovada a Lei com os elementos essenciais do imposto, não podem as "partes" e alterar esses
elementos. Sob pena de violação do Principio de reserva de lei e princípio da igualdade.
CASO DA APPLE
Dt da EU.
Art. 107 do TFUE
A Irlanda criou auxílios que beneficiam em termos de preços de transferência para a Apple, lesando o principio
da concorrência.
Os auxílios de estado podem ser conferidos por diversos modos. Positivos - criação de um subsídio ; negativos
- criação de um benefício fiscal, isenção.
A Irlanda negociou um "acordo secreto" com a Apple, é uma informação vinculativa apenas para aquele
contribuinte para o beneficiar em termos de preços de transferência. Informações vinculativas.
RESERVA DE LEI, o imposto é unilateral, elementos essenciais do tatbestand, respeita-se ao mesmo tempo
legalidade e igualdade; mas depois há figuras em que o contribuinte pode negociar um determinado regime
com o fisco.
Como se justificam estes figuras perante o princípio da indisponibilidade dos impostos e do crédito cedido pelo
fisco.
A parte do dt.UE, o TFUE proibe os auxilios de estado, de forma positiva ou negativa (alterando os elementos
dos impostos e baixando os impostos).
A Apple não pagou todo o imposto que é devido a todos os contribuintes e negociou receber apenas 1%, a
aligota, a taxa, o quantum.
A comissão europeia considera isto um auxilio de estado, e como foi dado este auxilio de estado sem
autorização prévia. O gov. Irlandês não informou a C.E. o contribuinte é obrigado a repor o imposto até à taxa
geral. A Apple terá que devolver todo este imposto que não pagou.
Gera uma guerra entre os EUA e a Europa, porque os EUA afirmam que a Europa está a perseguir as
multinacionais Norte-americanas.
Até que ponto é que um Estado pode negociar com um contribuinte este tipo de negociações.
Desde logo porque é um acordo secreto - viola o princípio da igualdade. Não há publicidade.
Os acordos secretos não são sindicáveis pelos tribunais e por empresas concorrentes nessas mesmas
condições.
Os privilégios são particulares.
Art. 37 da LGT
Contratos fiscais - igualdade versus discricionariedade
Tem que se admitir os elementos de quantificação - são os elementos que permitem uma margem de livre
apreciação.
A Starbucks PT compra à delta o produto final, mas como é muito caro, compra aos EUA.
A patente está numa sociedade comercial sediada na Holanda (Starbucks 2). A quem a Starbucks PT paga
royalties, outro gasto/despesa.
A Starbucks transfere os lucros para os Estados que têm tributação mais favorável.
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O PLF não é algo apenas teórico. É um dos princípios mais operativos do sistema fiscal e sistema jurídico.
Só é imposto aquilo que for criado como imposto por Lei ou DL autorizado.
O princípio da legalidade incito nas democracias modernas está ligado à soberania. É a lei que cria os
impostos.
Mesmo durante o memorando da troika, foi sempre a AR a decretar os impostos.
A ideia de soberania fiscal é tão forte, e é uma manifestação do princípio da legalidade vem da Magna Carta.
No taxation without representation. Escócia.
A gota d'água na independencia dos EUA foi o aumento de uma tarifa, aprovada pela coroa, Boston tea party,
sobre os colónos dos EUA.
Exemplos históricos sobre o modo de como o aumento dos impostos ao arrepio do princípio da legalidade
formal. Tributação sem representação parlamentar.
Impostos - ablação patrimonial, é de tal forma agressivo que só pode ser realizado pelos representantes.
Mas não é só a criação que obedece ao princípio da legalidade. Reserva de Lei. Aspecto formal.
Qual a utilidade de se obrigar a que um imposto pudesse ser feito por lei e a criação de um benefício fiscal ser
feito por DL.
Isentar a incidência dos impostos por parte do Gov é impedido por via do princípio da legalidade material.
Criação, Incidência (núcleo mais importante na criação dos tributos - vertente subjectiva sobre quem incide,
sobre o que é que incide, vertente objectiva), Taxa, Benefícios fiscais (retira força à incidência) e garantias aos
contribuintes.
Quantas vezes a obrigação do IVA não acaba num Domingo e o Min.Finanças envia uma circular permitir a
liquidação no dia seguinte. É uma mera regra administrativa.
A taxa de imposto - art. 103/2, é o factor o que multiplica a matéria colectável (a.k.a. alíquota).
A liquidação do imposto é matéria colectável vezes a taxa.
Princípio da tipicidade. Já não é a vertente de os impostos serem criados por Lei, mas sim só são impostos
aqueles criados por lei.
A cada imposto tem que caber um tipo. A incidência tem que ser completamente clara. V.g.: Quando surgiram
as primeiras moto-quatro. Não se sabia o que era e aplicava-se o imposto ao automóvel. Mas não era um
automóvel, nem um motociclo. Problema da tipicidade. Listas alfandegário. Problema de tipicidade fiscal.
INCIDÊNCIA = TIPO.
Com o caso das moto-quatro teve de se criar um tipo novo com uma incidência mais vasta para acomodar este
novo tipo de veículos.
A opção contrária à tipicidade fechada, numerus clausus, é uma tipicidade aberta. Em vez de discriminar por
funções, discrimina-se por quantum de rendimentos.
Art. 2 do CIRS
Artigo 2.º
Rendimentos da categoria A
1 - Consideram-se rendimentos do trabalho dependente todas as remunerações pagas ou postas à disposição
do seu titular provenientes de:
(...)
Elenco.
Admite-se que a regulamentação administrativa possa vir a densificar os tipos abertos a nível de incidência.
O Prof. Alberto Xavier defendia a tipicidade fechada nos termos do art. 103/2; não aceitando, por isso, que as
AL definissem as taxas. Mas com a evolução este conceito de tipicidade fechada preclude em detrimento da
tipicidade aberta, com recurso a conceitos indeterminados determináveis. Descricionariedade técnica.
A solução sufragada pelo TC, diz que a Lei cria o tipo, o intervalo de incidência (0.3 a 0.5) e essa será a margem
discricionária das autarquias locais que são quem define a taxa precisa.
Principio da tipicidade e sua densificação administrativa. O que tem que resultar da lei é que se determine o
sentido regulador. Ao regulamento é impedido contrariar a lei. O regulamento pode densificar o conceito
indeterminado determinável da Lei.
A passagem de uma tipicidade fechada para uma tipicidade aberta, vem por via das Grandes Guerras. Em
período de guerra, o parlamento não funcionava, mas tinha que se aumentar os impostos. Na Inglaterra
aumentou 19 vezes e na alemanhã 32 vezes.
A tributação era quase arbitrária.
A reacção à IIWW foi a tipicidade fechada.
Até aos anos 90 colheu este entendimento.
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Aula n.º 12
Sumário: Princípio da legalidade fiscal. Cont.
Art. 165/1 a) i)
Art. 238/4 - não é um poder próprio - é dado por lei. Ou DL autorizado ou Lei da AR.
Poder de adaptação dos impostos nacionais às especificidades regionais. É um poder originário, porque é
atribuido pela CRP.
Qual é o alcance próprio do poder tributário das Reg.Autónonas? É tudo aquilo que não colidir com os
impostos nacionais.
Poder de adaptação às especificidades regionais gera-se por via dos impostos nacionais.
Na Lei Quadro das Reg. Autónomas que é aprovada pela AR, tem um capítulo que é o poder de
adaptação. Redução de taxas ou alíquotas.
O poder tributário das reg.autónomas conforma-se numa concorrência com o restante território.
Reserva competência
Órgãos de soberania - podem criar impostos e alterar os seus elementos.
Os municípios não tem poder tributário próprio, apenas regulamentar. Não podem criar
Para que a reserva de lei não fiquem esvaziadas de conteúdo, o art. 103/2 concerne aos elementos essenciais
que têm que constar nas autorizações legislativa.
Benefícios e garantias
Taxa - alíquota
Incidência.
Incidência - tem de ser entendida em sentido amplo - objecto em sentido amplo - facto tributário e sujeito
passivo.
A reserva de lei serve para criar uma previsibilidade quanto ao imposto que se irá pagar. Preocupação de
segurança juridica.
Tem de abranger os elementos de quantificação. Deduções à coleta - aferição da matéria tributável - taxa
(alíquota) matéria tributária.
Distinguir questões politicas de questões técnicas. Exemplo das amortizações. Exemplo de fronteira. Dedução
de gastos no quadro do IRC ao longo de um espaço de anos. Há questões técnicas que podem ser decretadas
automaticamente pelo gov. Mas há outras questões que por serem politicas tem que ser debatidas na AR. O
método das amortizações não é uma assunto meramente técnico e deve ser contemplado nas autorizações
legislativas.
.Os apectos técnicos podem ser desenvolvidos pelo Gov.e pela Adminstração Fiscal.
Não há discrecionariedade no caso da indeterminação legal. A última palavra é sempre dos tribunais.
As leis têm que ser sempre
O juízo descrecionário é sempre um juizo de oportunidade ou juizo politico. Sói se aplica no caso dos
beneficios fiscais. Contrato fiscal.
I. O tatbestand de garantia
1. Incidência - "an" - objecto e sujeito passivo
2. Incidência - "quantum" - base tributável e qualquer outra quantificação
3. Taxa (alíquota) - quantificação
Sempre que há reserva de lei a indeterminação não signfica discrecionariedade e o controlo tem que ser feito
pelos tribunais.
Há um conceito no CIRC - razões económicas válidas. O que se defende é que a Foggia pode deduzir os
prejuízos da sociedade 2 se houverem razões económicas válidas (conceito indeterminado. Tem que ser
analisado caso a caso, mas não admite a discricionariedade).
Razões Económicas Válidas - se as razões forem essencialmente fiscais não se admite as deduções.
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Aula n.º 13
Sumário: Retroactividade.
Art. 12 da LGT.
Retroactividade no dt.fiscal significa fazer a distinção dos impostos de obrigação única e obrigação periódica.
Facto tributário está concluído. Se o facto tributário não estiver concluído então qualquer alteração a meio do
ano, antes da conclusão do facto, com efeitos desde o dia 01 de Jan é uma restrospectividade, retroactividade
imprópria. Não é uma retroactividade autêntica. O facto só se conclúi no dia 31 de Dezembro. Passa o crivo do
art. 103/3. Obriga um segundo juízo o da protecção da confiança.
A retroactividade autêntica só existe quando diz respeito a factos tributários já ocorridos. No que diz respeito
a impostos periódicos temos de ter em atenção ao ano fiscal.
"Super princípio", princípio chapéu é o de protecção da confiança, que conforma o art. 103/3. Sendo que se
for introduzido um benefício fiscal, descida de impostos, pode-se pois não afecta a segurança juridica. Ver
melhor no manual.
Só falha se a tributação for mais onerosa.
O art. 12 da LGT serve para distinguir os factos tributários de formação sucessiva dos factos de conclusão
imediata.
Art. 12 da LGT.
N.2 Factos tributários de formação sucessiva [impostos periódicos]: período decorrido a partir da entrada em
vigor.
N.3 Normas sobre procedimento e processo: Aplicação imediata
N.4 Normas de desenvolvimento da incidência tributária: Proibição. Em termos de reserva de lei, art. 103/2, a
reserva de lei pretende tornar previsível o novo imposto a pagar. Esclarece este aspecto em termos de
retroactividade. Seguem o regime substantivo. Não são normas procedimentais.
B. Se for uma lei interpretativa em sentido próprio - devia entender-se que poderia ser aplicada para o
passado. O TC vem dizer, todavia, que não.
Retrospectividade - a lei aplica-se a situações passadas mas ainda não concluídas . Impostos periódicos IRC,
IRS.
A tributação autónoma é uma tributação sobre a despesa, e de obrigação único - segundo o TC apesar de estar
nos códigos dos impostos periódicos, maxime CIRC, neste caso.
Primeiro analisa-se se há retroactividade própria. Se sim ou se apenas houver Retrospectividade tem que se
analisar o princípio da confiança.
A. Afectação das expectativas do contribuinte em sentido desfavorável se o contribuinte não poderia esperar
essas alterações
B. Prevalência do interesse público. Sobrepõe-se ao princípio da confiança. Em todos os estados da OCE.
O TC determina que pode haver aumentos retrospecivos em nome do interesse público.
4 testes
.e necessário que o estado tenha iniciado comportamentos gerar nos privados expectativas de contiunuidade.
.devem tais expectativas serem legítimas, justificadas e fundadas em boas razões.
.devem os privados ter feito planos de vida tendo em contra a perspectiva de continuidade do comportamento
estável
.é ainda necessário que não existam razões de interesse público que legitimem a restrospectividade.
Ver o caso dos PEC. Passaram os impostos retrospectivos pelo crivo do TC.
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Aula n.º 14
Sumário: Progressividade.
Do art. 104 da CRP depreende-se o englobamento sujeito a progressividade atinente a todas as categorias do
IRS.
IMPOSTO ÚNICO
A realidade não corresponde à exigência constitucional do art. 104/1. Mais valia fazer uma interpretação
abrogante do 104/4. É letra morta.
A questão da unicidade surge por Schanz-Haig e Simons que o rendimento devia ser um rendimento acréscimo
e o que fazia sentido era o de tributar o rendimento único. Não tributar mais umas do que as outras. A
unicidade é o que faz mais sentido em termos de igualdade.
Na lógica de imposto pessoal como o IRS o que se pretende afectar é o rendimento acréscimo.
Livre circulação de capitais, faz com que não se submeta ao englobamento alguns rendimentos de capitais.
Sistema dual. Rendimentos de capitais e incrementos patrimoniais são submetidos a taxas proporcionais, mais
favoráveis. A unicidade do 104/1 não é respeitado.
.Rendimento líquido
.rendimentos de capitais v. incrementos patrimoniais: a questão é que é muito dificil distinguir entre uma
categoria e outra.
A reforma de 2014 veio aproximar as duas categorias, mas manteve-as, pois a sua natureza é a mesma.
RENDIMENTOS DE CAPITAIS.
.Rendimentos de capitais - art. 5 do CIRS
.frutos e vantagens económicas procedentes de elementos patrimoniais de natureza mobiliária, com excepção
dos ganhos e outros rendimentos tributados noutras categorias. DETENÇÃO DOS RENDIMENTOS diferente de
ALIENAÇÃO = MAIS VALIAS.
Esta categoria é residual.
A parte final do artigo pode aplicar-se no confronto com o trabalho dependente. Vantagens dadas aos
gestores das empresas. Prémios de participação nos dividendos da sociedade (acções). Se este elemento fizer
parte do contrato de trabalho entra directamente na categoria A.
MAIS-VALIAS ou INCREMENTOS PATRIMONIAIS
.Art. 10.º ganhos que não sendo rendimentos de capitais ou prediais resultem... (INCREMENTOS
PATRIMONIAIS)
.alienação onerosa. (MAIS-VALIAS)
Em termos de interpretação sistemática, a categoria G será residual e não a categoria E. 1.º verifica-se se é
rendimento de capital.
.incrementos patrimoniais, art. 9 do CIRS
.Indmnuzações para reparação não patrimoniais, excepto se fixadas ju
.impontantcias auferidas em vuntaride da assunção de obrigações nde não concorrencia.
.incrementos patrimoniais não justificados.
.Art. 13. - Sujeito Passivo - Residentes (O IRS é só para residentes) e não residentes
.Art. 13/2 - agregado familiar (o agregado familiar [cônjuge] deturpa a aferição da capacidade contributiva
singular)
.Englobamento e progressividade
.Englobamento dos rendimentos excepto os sujeitos a taxas liberatórias (categorias E e G): 71 e 72, mas com
opção de englobamento.
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Aula n.º 15
Sumário: Continuação da aula anterior.
O tatbestand garantistico é aquele que está presente na letra do art. 103/2 e 165/2
Duas interpretações.
Tributos próprios - podem ser criados pelo próprio município. O Município não pode isentar o IMI.
Tributo próprio enquanto receita própria - não é rigoroso. O IMI está consignado ao orçamento dos
municípios. Daí que os municípios sejam o sujeito activo do IMI.
UNICIDADE E PROGRESSIVIDADE
.Residentes e não residentes
.Não residentes e taxas liberatórias
.Princípio da fonte e vinculo económico, social e cultural
.Trabalhadores transfronteiríços [quando os trabalhadores de um estado trabalham noutros estados. V.g.:
Bélgica, Lux, Alem.
.A doutrina Schumacker (morava na Bélgica, era na Bélgica que tinha o sua morada de familia (residência). Mas
auferia rendimentos na Almenhã, onde fazia a retenção na fonte a titulo de taxa liberatória (fonte). Invocou a
livre circulação de trabalhadores e que estava a ser discriminado por não poder deduzir as despesas no estado
em que ganhava claro.
Teoria do acto claro. Quando um Ac do TJUE é claro, as decisões do TJUE devem ser adoptadas por todos os
Estados-membros.
O domiclio fiscal é um termo meramente operativo em termos operativos. Não releva em termos de teoria.
A Tributação do rendimento real das empresas: art. 104/2 da CRP. (Fundamentalmente, não totalmente.)
É real, no sentido normativo. Para apurar a capacidade contributiva individualizada.
Este artigo serve como reacção à reforma de 1988-89 do IRS.
Objecto:
.Lucro - actividades empresariais
.Rendimento global - soma algébrica categorias IRS - actividades não empresariais
.Lucro - estabelecimento estável (EE) de não residentes. (sociedades residentes no exterior, que tenham uma
actividade ocasional em território PT. Tributação da categoria do IRS mas à taxa do IRC.
.Rendimentos das diferentes categorias - não residentes sem EE
.Rendimentos de cessão ou utilização temporária de patentes, desenhos ou modelos industriais - 50% do seu
valor. à partida o que se pretende tributar é o incremento patrimonial - não há categorias no IRC porque tudo
vai ser acréscimo patrimonial. Tudo é "lucro".
Esta é uma excepção a essa lógica. Regimes de atracção de patente e propriedade intelectual.
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Aula n.º 16
Sumário: Continuação da aula anterior.
Incidência do IRC.
Diferença entre a tributação das entidades singulares e entidades colectivas.
Para as PC a retenção na fonte é a mesma coisa quando as mesmas têm EE em PT. Com base na contabilidade
organizada a relação entre proveitos e gastos.
O IRC prevê a retenção na fonte a PC sem EE. Não se tributa o rendimento acréscimo. Apenas o rendimento
bruto.
Como regra que no IRC como no IRS é a tributação por métodos directos.
Documentação que deve ser guardada pelo contribuinte, prevista na lei,
A tributação directa pretende atingir o rendimento real.
Mas o sujeito pode não cumprir os deveres formais na Lei. Não apresentar certa contabilidade. Rasuras na
contabilidade, etc.. Nestes casos não é possível tributar de acordo com o método directo.
Temos de passar para os métodos indirectos. Solução do segundo óptimo. Deveres de colaboração e
organização de escrita. Se não forem cumpridas não se pode beneficiar o infractor. Há uma solução fiscal (não
é uma sansão).
Art.s 87 e ss. Da LGT.
Art. 88 - incorrecções de tipo formal. Juízo formal. Não é um juízo de mérito ou oportunidade.
Aplicação dos métodos indirectos - art. 90. O fisco deve aplicar o máximo de alíneas.
Art.90/1 a) compara com as margens médias. Não tributa a capacidade individual, mas sim as médias.
Aproximar o mais possível da realidade.
Art. 87/1 a) o regime simplificado não exige escrita/contabilidade organizada. É um regime optativo. E só colhe
a partir de rendimentos abaixo dos 9.999.99 eur por ano.
Os indicadores presentes no art. 87/1 c) nunca foram aprovados por lei, logo nunca se aplica esta norma.
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Aula n.º 17
Sumário: Continuação da aula anterior.
Foggia 3
2
Foggia SGPS
3
Querer beneficiar de um regime fiscal mais vantajoso tem de haver outras razões para além das razões
fiscais.
|<------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------->|
Actos ou elição ou abuso Ilícitos, crimes, ou contra-ordenações
negócios fiscal. (dt.penal fiscal)
Se a letra da lei coincidir com espirito
Da lei - art. 38 da LGT
Não existe duvidas.
Interpretação da lei fiscal é uma interpretação que parte do direito privado, mas não tem que corresponder ao
sentido do direito privado.
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Aula n.º 18
Sumário: Continuação da aula anterior.
O abuso fiscal resolve-se por via de aplicação supletiva do art. 38/2 LGT.
Se não aplicam-se normas específicas do CIRC
Por exemplo:
Art.s 66
Esta norma cobre situações de sociedades em território PT e em paraíso fiscal. Entidade não residente.
A fonte e a residência estão no paraíso fiscal.
PT pode tributar se a sociedade residente no paraíso fiscal enviar dividendos para a sociedade.
O art. 66 (regra CFC) - presume que quem tenha afiliadas em paraísos fiscais recebe sempre lucros.
Desconsidera-se a PJ e tributa-se À sociedade não residente, que está em PT.
O art. 66 presume o abuso!
No caso do art. 38/2 da LGT o ónus da prova de que o esquema é artificial cabe ao fisco. É mais difícil. Não se
pode falar em fraude. Fraude é crime. Deve referir-se a elisão fiscal ou abuso.
Depois do exemplo dos EUA, a OCDE sugeriu que se criassem normas CFC.
As regras CFCs têm como objectivo dissuadir os paraísos fiscais.
A Suíça e o Luxemburgo já admitem a troca de informações - responde a todos os pedidos sem pedir sequer a
fundamentação. E a lei exige que o pedido seja fundamentado.
Desde 1998.
Limites ao endividamento -
Preços de transferência.
Esquema de "Trump".
Impostos patrimoniais
Perdas - CIRC e CIRS (cat.B)
Deduções
Avaliação abaixo dos imóveis
Licenças Royalties - serão tributados nos EUA ou num paraíso fiscal?
Aula n.º 1
Sumário: Primeira aula prática.
Art. 3 e 4 da LGT
36/1 da LGT
A liquidação declara uma situação passada.
pmjm@fd.ulisboa
Da CRP
103,
104,
165/1 i)
Distinção entre taxa e imposto: sinalagma perfeita. Bilateralidade da taxa, unilateralidade do imposto.
Artigo 4.º
Pressupostos dos tributos
1 - Os impostos assentam essencialmente na capacidade contributiva, revelada, nos termos da lei, através do
rendimento ou da sua utilização e do património.
2 - As taxas assentam na prestação concreta de um serviço público (1), na utilização de um bem do domínio
público (2) ou na remoção de um obstáculo jurídico ao comportamento dos particulares (3).
3 - As contribuições especiais que assentam na obtenção pelo sujeito passivo de benefícios ou aumentos de
valor dos seus bens em resultado de obras públicas ou da criação ou ampliação de
serviços públicos ou no especial desgaste de bens públicos ocasionados pelo exercício de uma actividade são
consideradas impostos
O TC inicialmente entendia que não havia o sinalgma perfeito. E eram afixadas em domínio privado.
Só seriam taxa se fosse o terceiro elemento do conceito.
O AcTC 177/2010 vem defender que é uma taxa. A taxa não se limita a arrecadar tributo. Tem de haver uma
finalidade. Tem de haver um benefício.
Finalidade de ordenação urbanística e social, já teriamos uma componente de que a rua seria um espaco
público. Interfere no bem de domínio público. Obstáculo artificial. Remoção deste obstáculo juridico.
Nas taxas moderadoras, por haver isenções, não se pode dar este exemplo como um exemplo paradigmático
porque neste tipo de taxas entra a capacidade contributiva dos sujeitos passivos.
Capacidade contributiva - critério distitintivo entre a taxa e o imposto. A taxa obedece a um princípio de
equivalência juridica.
A taxa não atende à capacidade criativa.
Imposto directo
Art. 104/1 corroborado pelo art. 6 da LGT. É um imposto directo.
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Aula n.º 2
Sumário: Primeira aula prática.
Contra-prestação individualizada.
A jurisprudência desde 2010 já evoluiu sendo que o acórdão mais paradigmático é o Acórdão do TC 177/2010
de 5 de Maio.
Por oposição ao principio da capacidade contributiva dos impostos temos o princípio da proporcionalidade da
taxa e o princípio da equivalência juridica que é quantificado pelo princípio da proporcionalidade.
Regime Geral
L 53-E/2006 29 Dez. REGIME GERAL DAS TAXAS DAS AUTARQUIAS LOCAIS
L 73/2013, de 3 de Set. REGIME FINANCEIRO DAS AUTARQUIAS LOCAIS E ENTIDADES INTERMUNICIPAIS
Contribuições financeiras.
Artigo 4.º
Pressupostos dos tributos
1 - Os impostos assentam essencialmente na capacidade contributiva, revelada, nos termos da lei, através do
rendimento ou da sua utilização e do património.
2 - As taxas assentam na prestação concreta de um serviço público, na utilização de um bem do domínio
público ou na remoção de um obstáculo jurídico ao comportamento dos particulares.
3 - As contribuições especiais que assentam na obtenção pelo sujeito passivo de benefícios ou aumentos de
valor dos seus bens em resultado de obras públicas ou da criação ou ampliação de serviços públicos ou no
especial desgaste de bens públicos ocasionados pelo exercício de uma actividade são consideradas impostos.
As contribuições especiais são equiparadas a impostos. É dificil de definir este tributo.
Não existe um regime geral de taxas. A Legislação é omissa.
Não é imposto porque não é unilateral como o imposto. Mas o sinalagma é difuso ao contrário da taxa.
Contribuições de melhoria.
Liquidação oficiosa é quando não há liquidação. Ou liquidação adicional quando se adiciona um valor de
liquidação ao declarado.
Liquidação oficiosa: quando a liquidação não foi feita voluntariamente pelo sujeito passivo.
Liquidação adicional: quando foi declarado menos do que a AT apurou.
Liquidação correctiva: Não é uma nova liquidação. Esta liquidação está dentro da liquidação primitiva.
Farto dos garridos reclamos e anúncios luminosos na cobertura de prédios lisboetas, que segundo presidente
da CML desarmonizavam a estética da cidade e afastavam os turistas, o executivo camarário de Lisboa
apresentou à respectiva Assembleia Municipal uma proposta de criação de uma Taxa Especial a incidir sobre
todo e qualquer objecto e estrutura publicitária colocado na cobertura ou telhado dos imóveis sitos nos
bairros históricos do Castelo, Mouraria, Príncipe Real e Chiado. Ainda de acordo com a proposta, o tributo
deveria assentar sobre
(i) o valor tributário dos prédios e, sempre que este valor se revele manifestamente desactualizado,
(ii) sobre uma ponderação da média dos rendimentos sujeitos a IRS declarados pelos proprietários desses
imóveis. A referida proposta propunha também a criação de isenções específicas para (i) os imóveis cujo valor
patrimonial não excedesse os € 2500 e para (ii) as sedes dos partidos políticos.
A regra é a dos impostos directos (incidem sobre uma pessoa singular ou colectiva concreta e definida) terem
taxas progressivas como o IRS por exemplo, por causa do princípio da capacidade contributiva.
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Aula n.º 5
Sumário: Exercício.
CRP
Artigo 238.º
Património e finanças locais
1. As autarquias locais têm património e finanças próprios.
2. O regime das finanças locais será estabelecido por lei e visará a justa repartição dos recursos públicos pelo
Estado e pelas autarquias e a necessária correcção de desigualdades entre autarquias do mesmo grau.
3. As receitas próprias das autarquias locais incluem obrigatoriamente as provenientes da gestão do seu
património e as cobradas pela utilização dos seus serviços.
4. As autarquias locais podem dispor de poderes tributários, nos casos e nos termos previstos na lei.
Artigo 103.º
Sistema fiscal
1. O sistema fiscal visa a satisfação das necessidades financeiras do Estado e outras entidades públicas e uma
repartição justa dos rendimentos e da riqueza.
Ainda sobre o exercício anterior. Questão das isenções. Uma isenção, apesar de ser um benefício fiscal
também têm que passar o crivo do princípio da igualdade e da proporcionalidade - art. 18.º.
AS taxas não estão incluídas em reserva de lei da AR. As autarquias podem isentar taxas. Art. 165/1 i)
Por via da Lei n.º 73/2013, de 03 de Setembro (versão actualizada) parece que a Administração Autónoma tem
legitimidade para criar isenções. Mas há questões técnicas e de igualdade e de proporcionalidade que
levantam muitas reservas sobre a constitucionalidade da lei. VER TAMBÉM O ART. 30/2; 36/2; maxime art.
37.º da LGT, que define muito restritivamente os benefícios e isenções..
Artigo 15.º
Poderes tributários
Os municípios dispõem de poderes tributários relativamente a impostos e outros tributos a cuja receita
tenham direito, nomeadamente:
a) Acesso à informação atualizada dos impostos municipais e da derrama, liquidados e cobrados, quando a
liquidação e cobrança seja assegurada pelos serviços do Estado, nos termos do n.º 6 do artigo 17.º;
b) Possibilidade de liquidação e cobrança dos impostos e outros tributos a cuja receita tenham direito, nos
termos a definir por diploma próprio;
c) Possibilidade de cobrança coerciva de impostos e outros tributos a cuja receita tenham direito, nos termos a
definir por diploma próprio;
d) Concessão de isenções e benefícios fiscais, nos termos do n.º 2 do artigo seguinte;
e) Compensação pela concessão de benefícios fiscais relativos a impostos e outros tributos a cuja receita
tenham direito, por parte do Governo, nos termos do n.º 4 do artigo seguinte;
f) Outros poderes previstos em legislação tributária.
Artigo 16.º
Isenções e benefícios fiscais
1 - O Estado, as Regiões Autónomas e qualquer dos seus serviços, estabelecimentos e organismos, ainda que
personalizados, compreendendo os institutos públicos que não tenham caráter empresarial, bem como os
municípios e freguesias e as suas associações, estão isentos de pagamento de todos os impostos previstos na
presente lei, com exceção da isenção do IMI dos
edifícios não afetos a atividades de interesse público.
2 - A assembleia municipal pode, por proposta da câmara municipal, através de deliberação fundamentada
que inclui a estimativa da respetiva despesa fiscal, conceder isenções totais ou parciais relativamente aos
impostos e outros tributos próprios.
3 - Os benefícios fiscais referidos no número anterior não podem ser concedidos por mais de cinco anos,
sendo possível a sua renovação por uma vez com igual limite temporal.
4 - Nos casos de benefícios fiscais relativos a impostos municipais que constituam contrapartida contratual da
fixação de grandes projetos de investimento de interesse para a economia nacional, o reconhecimento dos
mesmos compete ao Governo, ouvidos o município ou os municípios envolvidos, que se pronunciam no prazo
máximo de 45 dias, nos termos da lei, havendo lugar a
compensação em caso de discordância expressa do respetivo município comunicada dentro daquele prazo,
através de verba a inscrever na Lei do Orçamento do Estado.
5 - Para efeitos do número anterior, consideram-se grandes projetos de investimento, aqueles que estão
definidos nos termos e nos limites do n.º 1 do artigo 41.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais.
6 - Os municípios são ouvidos antes da concessão, por parte do Estado, de isenções fiscais subjetivas relativas
a impostos municipais, no que respeita à fundamentação da decisão de conceder a referida isenção, e são
informados quanto à despesa fiscal envolvida, havendo lugar a compensação em caso de discordância
expressa do respetivo município.
7 - Excluem-se do disposto do número anterior as isenções automáticas e as que decorram de obrigações de
direito internacional a que o Estado Português esteja vinculado.
8 - Os municípios têm acesso à respetiva informação desagregada respeitante à despesa fiscal adveniente da
concessão de benefícios fiscais relativos aos impostos municipais.
9 - Nos termos do princípio da legalidade tributária, as isenções totais ou parciais previstas no presente artigo
apenas podem ser concedidas pelos municípios quando exista lei que defina os termos e condições para a sua
atribuição.
Artigo 18.º
Sujeitos
1 - O sujeito activo da relação tributária é a entidade de direito público titular do direito de exigir o
cumprimento das obrigações tributárias, quer directamente quer através de representante.
2 - Quando o sujeito activo da relação tributária não for o Estado, todos os documentos emitidos pela
administração tributária mencionarão a denominação do sujeito activo.
= SUJEITO ACTIVO - é quem tem o direito a exigir o imposto.
Administração tributária será o polo activo. O municipio é o titular, sujeito activo, da receita, mas é diferente
da autoridade que cobra o imposto.
Sujeito Activo
3 sentidos
.PODER: legislador que cria os impostos
.CAPACIDADE:/COMPETÊNCIA: para cobrança. Art. 1/3.
.TITULAR DA RECEITA: quem é o beneficiário da receita.
Art. 1.º
3 - Integram a administração tributária, para efeitos do número anterior, a Direcção-Geral dos Impostos, a
Direcção-Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo, a Direcção-Geral de Informática e
Apoio aos Serviços Tributários e Aduaneiros, as demais entidades públicas legalmente incumbidas da
liquidação e cobrança dos tributos, o Ministro das Finanças ou outro membro do Governo competente,
quando exerçam competências administrativas no domínio tributário, e os órgãos igualmente competentes
dos Governos Regionais e autarquias locais.
...
Após a outorga, por parte da Assembleia da República, de uma lei de autorização legislativa, onde se permitia
ao Governo «tributar em IRS todos os rendimentos pessoais que decorram de uma relação de trabalho
dependente», é aprovado um Decreto-Lei que prevê:
«1 – As prestações a que o trabalhador tenha direito por efeito da lei ou do contrato de trabalho, assim como
as despesas cujo encargo a entidade patronal assuma no predominante interesse daquele, serão tributadas
em IRS.
2 – O valor tributável das prestações e despesas a que se refere o número anterior será o seu valor nominal
ou, na falta deste, o valor mais próximo das condições normais de mercado.
3 – As despesas do n.º 1 não serão dedutíveis para efeitos do apuramento do lucro tributável em IRC e, acaso
se mostrem excessivas, serão tributadas autonomamente à taxa de 42%.
4 – Será fixada, por Portaria, a lista das prestações a que referem os ns.º 1, 2 e 3, bem como os critérios
concretos para apuramento do seu valor.
5 – São isentados do pagamento do imposto os trabalhadores da construção naval.»
____________________________________________________-
Aula n.º 7
Sumário: Continuação.
3 pontos essenciais.
Parecer para deferir ou indeferir a conformidade dos edifícios ao regulamento de segurança contra incêndios.
...
Princípio da legalidade.
A ablação patrimonial antes da Magna Carta era onerosa, e agridia a liberdade económica e da propriedade
privada dos privados, tem que haver um interesse público muito relevante para cercear estes direitos
fundamentais - é necessário o auto-consentimento dos cidadãos, por via do princípio democrático. O imposto
é unilateral. Não recebe uma contraprestação.
Criação do imposto
Coerência e unidade do sistema fiscal
4 elementos
incidência - quando e quantum - taxas sobre a matéria tributável
Garantias dos contribuintes.
...
...
Preocupação do princípio da igualdade.
São matérias em relação às quais têm que ser ouvidos os cidadãos através da representatividade democrática.
Lei formal e lei substancial. Princípio da tipicidade. Numerus clausus. Só é facto tributário aquele facto que se
subsume aos modelos descritos na lei, ao arrepiu da regra de livre iniciativa económica.
O art. 11/4 da LGT proíbe analogias mas pode haver interpretação extensiva, quando há uma norma. A
analogia é por via de uma integração de lacunas, quando não há uma norma específica para o caso.
A tipicidade dos números clausus é cada vez menor.
CAPÍTULO II (LGT)
Normas tributárias
Artigo 11.º
Interpretação
1 - Na determinação do sentido das normas fiscais e na qualificação dos factos a que as mesmas se aplicam são
observadas as regras e princípios gerais de interpretação e aplicação das leis.
2 - Sempre que, nas normas fiscais, se empreguem termos próprios de outros ramos de direito, devem os
mesmos ser interpretados no mesmo sentido daquele que aí têm, salvo se outro decorrer directamente da lei.
3 - Persistindo a dúvida sobre o sentido das normas de incidência a aplicar, deve atender-se à substância
económica dos factos tributários.
4 - As lacunas resultantes de normas tributárias abrangidas na reserva de lei da Assembleia da República não
são susceptíveis de integração analógica.
Lei neste caso entende-se como acto legislativo. Pode ser DL.
Preferência ou precedência da Lei em sentido amplo.
Reserva relativa.
Princípio da segurança juridica.
*Lei parlamentar da AR.
**Lei em sentido amplo.
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Aula n.º 8
Sumário: Continuação.
CASO 1
Fazer uso dos conceitos. AcTC 2010.
A primeira ideia a reter é que não há uma dupla tributação. Há duas tributações distintas de factos distintos.
O valor patrimonial tem relevância não só em termos de IMI, mas sim IMT também.
Em que é que o valor patrimonial releva.
Não basta a finalidade. Se se está a relevar a capacidade contributiva então não será uma taxa, mas sim um
imposto.
Art. 6 da LGT.
Possibilidade de isenção de taxas. O regime geral tem que ser aprovado com reserva de lei.
Tem que se respeitar o art. 18/2 da CRP. Decisão fundamentada da Assembleia Municipal.
Se for uma taxa temos de a caracterizar como tal.
A taxa não releva a capacidade contributiva. A prestação pode ser imediata ou futura. A prestação co-activa. É
obrigatória para ambas as partes.
O contrato
CAPÍTULO III
Constituição e alteração da relação jurídica tributária
Artigo 36.º
Regras gerais
1 - A relação jurídica tributária constitui-se com o facto tributário.
2 - Os elementos essenciais da relação jurídica tributária não podem ser alterados por vontade das partes.
3 - A administração tributária não pode conceder moratórias no pagamento das obrigações tributárias, salvo
nos casos expressamente previstos na lei.
4 - A qualificação do negócio jurídico efectuada pelas partes, mesmo em documento autêntico, não vincula a
administração tributária.
5 - A administração tributária pode subordinar a atribuição de benefícios fiscais ou a aplicação de regimes
fiscais de natureza especial, que não sejam de concessão inteiramente vinculada, ao cumprimento de
condições por parte do sujeito passivo, inclusivamente, nos casos previstos na lei, por meio de contratos
fiscais.
Próxima aula:
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Aula n.º 9
Sumário: Continuação.
O que é o conceito de rendimento real? Contabilidade. Presume-se que a contabilidade está correcta.
A contabilidade deve transmitir o mais possível a situação real da empresa.
A taxa liberatória é um imposto de obrigação única. Não atende a uma previsão do aumento do património
tributável.
É uma retenção por conta.
A taxa de tributação autónoma é um imposto que incide sobre a despesa e não sobre o rendimento. É um
imposto fora do IRC. É independentemente da matéria colectável em IRC.
Mas em 2008, o OE alterou a matéria da Tributação Autónoma, aumentou para 5% . O TC foi chamado a
pronunciar-se no AcTC 310/2012 de 20-06-2012
e
AcSTA 6-07-2011; Proc. 0281/11
Não está muito claro a natureza da tributação autónoma. A ideia é penalizar o sujeito que paga as despesas
não documentadas.
CASO 2.
Questão do ponto 3.
A LAL apenas permitia, como objecto, legislar sobre o IRS e não sobre o IRC. Inconstitucionalidade orgânica.
Não há problema a nível de inconstitucionalidade material.
Questão do ponto 5
Questão da igualdade quanto aos trabalhadores da Construção Naval - vai para além do objecto da LAL. Os
benefícios fiscais são de reserva de Lei.
O TC veio dizer que a Tributação autónoma é um imposto sobre a despesa - imposto de prestação única e não
sobre o rendimento.
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Aula n.º 10
Sumário: Continuação. CASO 3
Ideia de que há uma zona cinzenta propícia à evasão fiscal, vertente empresarial ou vertente pessoal? Carro
comprado em nome da empresa para uso próprio - é esta zona cinzenta que é alvo da tributação autónoma.
Problemas com o número 3 da hipótese. critério indeterminável. Seria a Lei de concretizar os casos excessivos.
Pressupostos da própria incidência. Levanta reservas.
CASO 3
O Gov apenas podia alterar o imposto com uma LAL, o que o enunciado não especifica.
"outros factores relevantes" - critério indeterminado e indeterminável. Põe em causa o elenco que vem atrás.
Esvazia o conteúdo material da lei. O Estado administração pode criar outros factores.
Violação do art. 9 do CC.
"Grandes cidades" - podia ser concretizável a nível infra-legal.
Art. 112 do CIMI
Ver AcTC 57/95 de 16/12/1995
Podiam as Assembleias Municipais concretizarem as taxas nos termos dos intervalos maiores.
Apologia do princípio da legalidade, reserva de lei. Mitigado pelo princípio da autonomia local.
Aspecto de previsibilidade. Temos de admitir uma certa previsibilidade.
A diferenciação das taxas aplicadas não violarem o princípio da igualdade.
A maioria da doutrina, em que se insere a Prof.a Ana Paula Dourado, não concorda que as AL possam conceder
benefícios fiscais. Colide com o princípio da reserva de Lei.
Benefícios fiscais - discriminação positiva dos contribuintes.
Em regra os benefícios fiscais são decretados por Lei da AR ou em DL autorizado. Benefício fiscal -
fundamentação na extra-fiscalidade.
As taxas podem ser criadas livremente pelas AL desde que fundamentadamente sobre o Regime Geral de
Taxas das AL.
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Aula n.º 11
Sumário: Aplicação na lei no tempo do direito fiscal.
Aplicação na lei no tempo do direito fiscal: aplicação de regimes gerais subsidiários noutros ramos do direito.
Razões de previsibilidade e segurança juridica. Em regra são reguladas pela lei vigente no tempo de acção dos
factos.
V.g.: Reforma de '89. entrada em vigor do IRS. Regime transitório das mais valias.
1.grau.
Factos que se verificaram integralmente ao abrigo da lei vigente.
IRS de 2014, v.g.
2.grau
O facto já se verificou por inteiro ao abrigo anterior, mas parte dos seus efeitos continuam a verificar-se ao
abrigo da lei nova.
Alteração das taxas de imposto quando o facto constitutivo já se verificou, mas a liquidação ainda não se
verificou.
3.grau.
O facto não se verificou por inteiro, na vigência da lei anterior, e parte dos efeitos não se verificaram também
na lei antiga e verteram para a lei posterior.
Impostos periódicos. IMI, IRS, IRC.
Tributação autónomo . Despesas dedutíveis todas aquelas que não são documentadas. Art. 23-A. As despesas
em si são dedutíveis e contribuem para o apuramento do imposto periódico anual.
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Aula n.º 12
Sumário: Resolução do caso IV.
O art. 103, antes da revisão de 97 era o 106, não definia a proibição da retroactividade do imposto.
A proibição da retroactividade não é absoluta. Tudo depende, salvo a autêntica ou a forte. A mesma é aferida
no teste do princípio da protecção da confiança e segurança juridica dos contribuintes. É este o compasso que
dita o andamento do juízo sobre o grau de retroactividade.
AcTc 128/2009
O TC tem sustentando em regra que nem todas as leis retroactivas são vedadas. Mas apenas aquelas que os
factos se verificaram inteiramente ao abrigo da lei anterior e em que os efeitos já se extinguiram.
A tributação autónoma seria um facto instantâneo, uma prestação única.
Factos passados que já produziram todos os seus efeitos, o novo imposto não pode ser aplicado a estas
situações. Impostos de obrigação única.
Mas a retroactividade inautêntica pode ser admitida se for para benefício para o contribuinte.
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5. Apesar de estarmos perante uma retroactividade inautêntica, não passaria o teste do princípio da protecção
da confiança e segurança juridica.
Esta nova lei, em princípio, iria revogar o art. 19 do Estatuto dos Benefícios Fiscais.
1 - Para a determinação do lucro tributável dos sujeitos passivos de IRC e dos sujeitos passivos de IRS com
contabilidade organizada, os encargos correspondentes à criação líquida de postos de trabalho para jovens e
para desempregados de longa duração, admitidos por contrato de trabalho por tempo indeterminado, são
considerados em 150 % do respectivo montante, contabilizado como custo do exercício.
2 - Para efeitos do disposto no número anterior, consideram-se:
a) 'Jovens' os trabalhadores com idade superior a 16 e inferior a 35 anos, inclusive, aferida na data da
celebração do contrato de trabalho, com excepção dos jovens com menos de 23 anos, que não tenham
concluído o ensino secundário, e que não estejam a frequentar uma oferta de educação-formação que
permita elevar o nível de escolaridade ou qualificação profissional para assegurar a conclusão desse nível de
ensino; (Redacção da Lei n.º10/2009-10/03)
b) 'Desempregados de longa duração' os trabalhadores disponíveis para o trabalho, nos termos do Decreto-Lei
n.º 220/2006, de 3 de Novembro, que se encontrem desempregados e inscritos nos centros de emprego há
mais de 9 meses, sem prejuízo de terem sido celebrados, durante esse período, contratos a termo por período
inferior a 6 meses, cuja duração conjunta não ultrapasse os 12 meses; (Redacção da Lei n.º10/2009-10/03)
c) «Encargos» os montantes suportados pela entidade empregadora com o trabalhador, a título da
remuneração fixa e das contribuições para a segurança social a cargo da mesma entidade;
d) «Criação líquida de postos de trabalho» a diferença positiva, num dado exercício económico, entre o
número de contratações elegíveis nos termos do n.º 1 e o número de saídas de trabalhadores que, à data da
respectiva admissão, se encontravam nas mesmas condições.
Nota - Corresponde ao artigo 17.º, na redacção do EBF que se encontrava em vigor previamente à
republicação do mesmo pelo Decreto-Lei n.º 108/2008, de 26/06
Pelo que estaríamos perante uma retroactividade própria, e não seria legal. Tutelar as espectativas dos
trabalhadores e dos empregadores. O benefício seria duradouro.
6. Vide AcSTA 04 de Dez de 2013, Proc.n.º 01582/13; e AcTSA 16 de Setembro de 2015, proc. 01504/14.
Lei 15/2010 de 26 de JUL, não tem nenhuma norma sobre a aplicação na lei no tempo.
2 situações:
Momento da alienação e geração de mais valias.
Período de detenção.
Direito ao planeamento económico - livre iniciativa económica. Protecção da confiança. Quebra a lógica anual
do imposto periódico.
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Aula n.º 13
Sumário: Continuação da matéria da aula anterior.
Vide AcSTA 04 de Dez de 2013, Proc.n.º 01582/13; e AcTSA 16 de Setembro de 2015, proc. 01504/14, maxime
AcTC 310/2012
Porque é que se fraccionou em termos de incidência as mais valias são consideradas um imposto único.
1.passo.
Quem é que faz a liquidação? Administração fiscal. Sempre. Não é o mesmo que o modelo 22 do IRC.
2.passo
Apuramento dos rendimentos brutos.
Categoria A - rendimentos de trabalho dependente.
Categoria B - Rendimento de trabalho independente - profissionais e empresários
Categoria E - Rendimentos de capitais, rendimentos prediais
Categoria G - Incrementos patrimoniais - Mais valias
Categoria H - Pensões
3.passo
Subtraem-se as deduções específicas. V.g.: dedução de obras no locado. Art. 41 e 42 do CIRS
Cada categoria tem as suas deduções específicas.
4.passo
Subtrair as deduções especificas ao rendimento bruto = rendimento liquido.
Quanto um sujeito tem mais do que uma categoria então somam-se todos os rendimentos das várias
categorias e temos o rendimento liquido total.
5.passo
Rendimento líquido total - abatimentos (art. 56º do CIRS e 56-A do CIRS = rendimento colectável
6.passo
Rendimento colectável x taxa (taxas gerais = art. 68.º) = colecta (imposto)
NOTA: ver o caso do quoficiente conjugal.
7.passo
Depois de apurada a colecta, realizam-se as deduções à colecta (estas últimas são benefícios fiscais).
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Aula n.º 14
Sumário: Continuação da matéria da aula anterior.
O que está previsto desde o início do ano é que no dia 9 de Nov. iria ser lançado um caso prático com um
prazo de 24h para resolução. Fica adiado para 6fa. Podendo ser entregue até ao final de Sábado.
Deduções à colecta
Imposto liquidado
Retenção na fonte - arts 98 e ss.
Pagamentos por conta - art.102
sobretaxa
Imposto a pagar
ou
receber.
...
TAXAS GERAIS.
<7.000
7.000 - 20.000
20.000 - 40.000
40.000 - 80.000 - 80.000 taxado a 37.613% (média B)
>80.000 - 10.000 taxado a 48% (normal A)
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Aula n.º 15
Sumário: Continuação da matéria da aula anterior.
Do CIRS
Artigo 15.º
Âmbito da sujeição
1 - Sendo as pessoas residentes em território português, o IRS incide sobre a totalidade dos seus rendimentos,
incluindo os obtidos fora desse território.
2 - Tratando-se de não residentes, o IRS incide unicamente sobre os rendimentos obtidos em território
português.
3 - O disposto nos números anteriores aplica-se aos casos de residência parcial previstos nos n.os 3 e 4
do artigo seguinte, relativamente a cada um dos estatutos de residência.
Os contribuintes não optam pela opção de englobar as taxas liberatórias IRS para evitar o aumento do
escalão.
Incidência (subjectiva)
Art. 13, 14, 15 e 16
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Aula n.º 17
Sumário: Continuação da matéria da aula anterior.
Índice do IRS.
Art. 41 e ss.
Substituição tributária
20-28-34.
Para ser culpa - tem que haver culpa presumida - responsabilidade subjectiva. Nunca objectiva.
Art. 22/4 - divida de outrém
Questão do englobamento.
Ao operar remete as categorias todas para as taxas gerais.
Em casos específicos só opera por vontade do contribuinte.
Caso contrário operam as taxas relativas a cada categoria. E o englobamento será por via de opção do sujeito
passivo.
P:
Hermínia, funcionária de uma empresa, quer saber como enquadrar os seus rendimentos na nível do IRS, bem
como saber se pode deduzir as suas despesas de educação e despesas de saúde do filho. Que já tem 28 anos.
A empresa onde a D. Hermínia labora, faculta-lhe um veículo automóvel para que se desloque. Integra o
rendimento bruto para efeitos de IRS?
Sim, ex vi art. 2.º, n.º 9) do CIRS.
Incidência objectiva.
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Aula n.º 18
Sumário: Continuação da matéria da aula anterior.
Art. 28 a 31 do CIRS.
i. Categoria A e B - art. 31º. Opção da tributação conjunta. Salário dele - cat.A; salário dela - cat.B.
ii. categoria E - taxa liberatória; dividendos de acções é lucro - categoria E - taxa liberatória
iii. Categoria G - mais-valias
Deduções à colecta - 78/1 a) - ascendente dependente.
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Aula n.º 19
Sumário: Correcção do caso prático.
Xavier Fortunato
Tem que pagar 100 euros por taxa.
Liquidação
Licensa municipal.
Distinguir se é taxa, se é imposto. LGT. art. 3/2.
Teve-se em conta a capacidade contributiva no benefício - art. 4/1. Logo pode ser um imposto oculto.
Alteração da jurisprudencia constitucional desde 2010 que entendia que eram impostos ocultos e passaram a
ser considerados taxas.
Grupo 2
IVA imposto de obrigação única.
Ambos estavam presentes na verifciação do facto tributário.
Grupo 3
Retroactividade em sentido próprio.
...
CASO 5
Art. 10 da LGT, art. 2 do CIRS e do CIRC.
IMPOSTOS
Unilateral
Co-activo
Não sinalagmático
Não tem carácter sancionatório.
No caso sub judice o aumento da taxa poderia ser considerado uma sansão.
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Aula n.º 20
Sumário: Correcção do caso prático.
Quando as taxas fazem uma diferenciação baseada na capacidade contributiva então trata-se de um imposto
oculto.
Art. 1
Art. 2
Art. 3
Art. 4
Art. 6 - Transparência fiscal.
Art. 12 - Transparência fiscal.
Art. 15 e 16
Art. 17 e 18
Art. 21
Art. 23 e 23-A - maxime art. 23
Despesas não documentadas
Art. 24
Art. 58 - reg. Simplificado.
Art. 69
Art. 64
Art. 66
Art. 67
Art. 86-A
Art. 89
Art. 105 e ss. Pagamento por conta.
No caso prático anterior a Advogada poderia estar inscrita numa sociedade de advogados. CIRC.
Os administradores da sociedade não sabem o que pensar de tudo isto, enquanto o Revisor Oficial de Contas
(ROC) da sociedade, por seu lado, não está minimamente convencido com a análise. Em particular, o ROC acha
que a proposta não vai resultar e que vai trazer até mais encargos em IRS e IRC do que se nada se fizesse.
Quem tem razão ?
Primeiro paragrafo. Art. 23-A n.1 al. r) + Portaria dos paraísos fiscais 150/2004 + art. 88/8 do CIRC
Segundo parágrafo.
Art. 38/2 - 04255/10 do TCAS de 15-02-2011 - VER!!!!!!
Art. 23-A CIRC
Art. 63 - a propósito dos preços de transferência - art. 63/4 a) CIRC
Terceiro parágrafo.
Viola-se o art. 23/1 do CIRC
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CIRC
Art.6
Art. 17
Art.23/1
Capital alheio dos juros.
Art. 23-A - A portaria 292/2011
Art. 55
Art. 56
Art. 63 - preços de transferência.
Art. 66
Art. 87
Art. 88 [taxas de tributação autónoma]
...
CIRS
Art. 2
Art. 2-A
Art. 3
Art. 5
Art. 8
Art.9
Art.13
Art.14
Art.15
Art.16
Art.21
Art.22
Art.24
Art.25 [deduções específicas]
Art.28
Art.30
Art.31
Art.41
Art. 59
Art.60
Art.63
Art. 68
Art.69
Art.71
Art.72
Art.73, maxime nº8
Art.75
Art.78
Art.78-A
Art.78-B
Art.78-C
Art.78-D
Art.78-E
Art.98
Art.99
Art.101-B
Art.102
...
Transparência fiscal.
Mais valias - STA Ac. Lei no tempo. proc. 01504/14 e proc. 0376/15 e proc. 01582/13
Manifestações de fortuna - pelo menos 30% desvio. Tabela no nº4. 89-A LGT.
O que têm em comum as taxas especiais com as taxas liberatórias - são taxas proporcionais, por oposição às
taxas gerais que são progressivas.