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AEE e Deficiências Múltiplas

Prof.: Rosângela Castelo Branco


O que é Educação Especial?
Profª Rosângela Castelo Branco

• É uma modalidade de ensino, de caráter


essencialmente transversal, que visa garantir
aos alunos com deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento e altas
habilidades / superdotação o direito à escola
comum (matrícula e aprendizagem), em todos
o níveis de ensino.
Profª Rosângela Castelo Branco

• Por muitas décadas, o termo “Educação


Especial” foi entendido como atendimento e
escolarização oferecidos a alunos com
deficiência (principalmente) em espaços
segregados e com caráter bastante clínico.
O que é Educação Especial na
perspectiva inclusiva?
Profª Rosângela Castelo Branco

• Transversalidade da EE, desde a educação infantil até a educação


superior;
• Atendimento Educacional Especializado;
• Continuidade da escolarização nos níveis mais elevados do ensino;
• Formação de professores para o atendimento educacional
especializado e demais profissionais da educação para a inclusão
escolar;
• Participação da família e da comunidade;
• Acessibilidade urbanística, arquitetônica, nos mobiliários e
equipamentos, nos transportes, na comunicação e informação; e
• Articulação intersetorial na implementação das políticas públicas.

Fonte: Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2009)


O que é o AEE?
Profª Rosângela Castelo Branco

• Decreto 6.571 (17 de setembro de 2008)


Art. 1o :

• § 1º Considera-se atendimento educacional especializado o


conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e pedagógicos
organizados institucionalmente, prestado de forma complementar
ou suplementar à formação dos alunos no ensino regular.

• § 2o O atendimento educacional especializado deve integrar a


proposta pedagógica da escola, envolver a participação da família e
ser realizado em articulação com as demais políticas públicas.
Profª Rosângela Castelo Branco

Um serviço da Educação Especial que:

• Identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e


de acessibilidade que eliminem as barreiras para a
plena participação dos alunos, considerando as suas
necessidades específicas
• O AEE tem caráter complementar e/ou suplementar a
formação do aluno com vistas à autonomia e
independência na escola e fora dela. Deve ser
oferecido no turno inverso ao da classe comum
• Apoia o desenvolvimento dos estudantes matriculados
na classe comum
Quais objetivos do AEE?
Profª Rosângela Castelo Branco

• Decreto 6.571 (17 de setembro de 2008)


• Art. 2º: São objetivos do atendimento educacional especializado:

• I - prover condições de acesso, participação e aprendizagem no ensino


regular aos alunos referidos no art. 1º;

• II - garantir a transversalidade das ações da educação especial no ensino


regular;

• III - fomentar o desenvolvimento de recursos didáticos e pedagógicos que


eliminem as barreiras no processo de ensino e aprendizagem; e

• IV - assegurar condições para a continuidade de estudos nos demais níveis


de ensino.
A que alunos o professor do
AEE atende?
Profª Rosângela Castelo Branco

• O AEE é destinado a alunos público-alvo da


Educação Especial:

 alunos com deficiência (intelectual; física; baixa


visão e cegueira; deficiência auditiva e surdez; e
deficiência múltipla);
 alunos com transtornos globais do
desenvolvimento;
 estudantes com altas habilidades/superdotação.
Quais são as principais leis que
sustentam a inclusão?
Profª Rosângela Castelo Branco

• Geral
• As leis brasileiras determinam que a matrícula é
obrigatória para crianças e jovens entre 4 e 17 anos, o
que configura a chamada Educação Básica.
• É dever do estado oferecer igualmente condições de
acesso (vagas) para os demais níveis de ensino (Creche
e Ensino Superior), assim como para outras
modalidades (como a Educação de Jovens e Adultos,
para aqueles que não tiveram acesso à escolarização
na idade apropriada).
Profª Rosângela Castelo Branco

• Educação Especial

• 1. Constituição de 1988 (artigo 208).

• Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia
de:

• I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos


de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não
tiveram acesso na idade própria;

• II - progressiva universalização do ensino médio gratuito;

• III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,


preferencialmente na rede regular de ensino;

• Continua...
Profª Rosângela Castelo Branco

• IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5


(cinco) anos de idade;

• V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da


criação artística, segundo a capacidade de cada um;

• VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do


educando;

• VII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação


básica, por meio de programas suplementares de material didático-
escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.

• Continua...
Profª Rosângela Castelo Branco

• 2. Lei nº 7.853, de 1989, dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de


deficiência, sua integração social.

• 3. Estatuto da Criança e do adolescente, de 1990.

• 4. Declaração de Salamanca, de 10 de junho de 1994, sobre princípios,


políticas e práticas na área das necessidades educacionais especiais.

• 5. Capítulo da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), de


1996, sobre Educação Especial.

• 6. Decreto nº 3.298, de 1999, regulamenta a Lei nº 7.853, de 24 de


outubro de 1989, dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da
Pessoa Portadora de Deficiência.
• Continua...
Profª Rosângela Castelo Branco

• 7. Lei nº 10.172, de 2001, aprova o Plano Nacional de Educação que


estabelece vinte e oito objetivos e metas para a educação das
pessoas com necessidades educacionais especiais.

• 8. Resolução nº 2, de 11 de setembro de 2001 que institui Diretrizes


Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica.

• 9. Decreto nº 3.956, de outubro de 2001, promulga a Convenção


Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de
Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência
(Convenção da Guatemala).

• 10. Resolução do CNE nº 1/2002, define que universidades devem


prever formação de docentes para a atenção à diversidade e às
especificidades de alunos com necessidades educacionais especiais.
• Continua...
Profª Rosângela Castelo Branco

• 11. A lei nº 10.436/02, reconhece a Língua Brasileira de Sinais como


meio legal de comunicação e expressão.

• 12. Decreto nº 5.626/05, dispõe sobre a inclusão da Libras como


disciplina curricular, a formação e a certificação de professor,
instrutor e tradutor/intérprete de Libras.

• 13. Decreto nº 6.571, de 17 de setembro de 2008, que dispõe sobre


o atendimento educacional especializado.

• 14. A Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da


Educação Inclusiva (de setembro de 2008).

• 15. Resolução No. 4, de outubro de 2009, que institui diretrizes


operacionais para o AEE na Educação Básica.
Como pensa uma escola
inclusiva?
Profª Rosângela Castelo Branco

• Uma escola que se propõe a atuar na Perspectiva


da Educação Inclusiva é aquela que entende, em
primeiro lugar, o direito universal e indisponível à
educação de qualidade.
• A instituição inclusiva leva em conta as
peculiaridades de cada um e, justamente com
base na heterogeneidade, busca criar estratégias
para que todos aprendam (juntos e respeitando o
ritmo e as possibilidades individuais).
Como se organiza uma Escola
Inclusiva?
Profª Rosângela Castelo Branco

Regente

Planejamento
PPP inclusivo
coletivo AEE
Aluno

Demais
Que espaços a escola inclusiva
Profª Rosângela Castelo Branco
oferece?

Demais
Sala comum Sala do AEE
dependências
SALAS DE RECURSOS
Profª Rosângela Castelo Branco

GENERALISTA DEFICIÊNCIA FÍSICA,


INTELECTUAL, MÚLTIPLA E
TRANSTORNO GLOBAL DO
SALA DE DESENVOLVIMENTO
RECURSOS
DEFICIÊNCIA AUDITIVA

ESPECÍFICA

DEFICIÊNCIA VISUAL

ALTAS HABILIDADES
CENTROS DE ENSINO ESPECIAL
Profª Rosângela Castelo Branco

Atendimento Exclusivo Atendimento Complementar


• Alunos não • Alunos incluídos
incluídos
Os CEE oferecem atividades
complementares para alunos
especiais das escolas regulares, em
turno contrário, conforme
disponibilidade de vagas e interesse
das famílias:
Dança, música, equoterapia,
natação, artes...
SALAS DE RECURSOS
Profª Rosângela Castelo Branco

GENERALISTA DEFICIÊNCIA FÍSICA,


INTELECTUAL, MÚLTIPLA E
TRANSTORNO GLOBAL DO
SALA DE DESENVOLVIMENTO
RECURSOS
DEFICIÊNCIA AUDITIVA

ESPECÍFICA

DEFICIÊNCIA VISUAL

ALTAS HABILIDADES
SALAS DE RECURSOS
Profª Rosângela Castelo Branco
ALUNOS COM DEFICIÊNCIA E TGD
DA PRÓPRIA ESCOLA
PÚBLICO ALVO
ALUNOS COM DEFICIÊNCIA E TGD
DE OUTRAS ESCOLAS (Polo/tributária)

TURNO INVERSO
HORÁRIO DE PRÓPRIO TURNO DE AULA
ATENDIMENTO DOS (Em casos extraordinários)
ANEEs

Ed. Inf. e SI: 1 professor


MODULAÇÃO
SF e EM : 2 professores
1 de cada área modulação específica
Algumas atribuições comuns de todos os
Profissionais de Salas de Recursos
Profª Rosângela Castelo Branco

• Atuar como docente nas atividades de


complementação ou de suplementação curricular
específica

• Atuar de forma colaborativa com o professor da


classe comum para a definição de estratégias
pedagógicas que favoreçam o acesso do estudante
com deficiência, TGD ou altas
habilidades/superdotação ao currículo e a sua
interação no grupo

• Promover as condições de inclusão desses


estudantes em todas as atividades da instituição
educacional
Profª Rosângela Castelo Branco

• Orientar as famílias para o seu envolvimento e a


sua participação no processo educacional
• Orientar a elaboração de material didático-
pedagógico que possa ser utilizado pelos
estudantes nas classes comuns do ensino
regular
• Indicar e orientar o uso de equipamentos e de
materiais específicos
Profª Rosângela Castelo Branco

• Responsabilizar-se junto aos docentes pela


garantia da realização das adequações
curriculares necessárias ao processo
educacional do estudante
• Realizar atividades que estimulem o
desenvolvimento dos processos mentais:
atenção, percepção, memória, raciocínio,
imaginação etc.
O que é acessibilidade?
Profª Rosângela Castelo Branco

Segundo a Resolução nº 04 do Conselho


Nacional de Educação, de outubro de
2009, consideram-se recursos de
acessibilidade na educação aqueles que
asseguram condições de acesso ao
currículo dos alunos com deficiência ou
mobilidade reduzida, promovendo a
utilização dos materiais didáticos e
pedagógicos, dos espaços, dos
mobiliários e equipamentos, dos
sistemas de comunicação e informação, Símbolo internacional de acessibilidade
dos transportes e dos demais serviços.
O que a sala de AEE oferece?
Profª Rosângela Castelo Branco

O MEC envia às escolas, de acordo com


o perfil dos alunos matriculados, dois
tipos de sala multifuncional:
Tipo 1 – mobiliário, microcomputador,
scanner, impressora, softwares e
materiais como jogos e recursos de
tecnologia assistiva.
Tipo 2 – os componentes da primeira +
recursos para alunos cegos, como globo
terrestre adaptado e máquina braile.
Quantas SRM o MEC já
entregou no país?
Profª Rosângela Castelo Branco

 De 2005 a 2006: 626

 Em 2007: 625

 Em 2008: 4.300

 Em 2009 e 2010: 15.000


Sala de Recursos Multifuncionais
Qual o perfil do
professor de AEE?
Profª Rosângela Castelo Branco

A mudança significativa na configuração da escola é recente e resulta das


políticas públicas implantadas a partir de 2003 pelo Governo Federal (data do
último censo do MEC “Profissionais do Magistério”).
Não há dados estatísticos consistentes sobre o perfil desse novo profissional.
Verifica-se in loco, por exemplo, que muitas escolas preenchem o censo escolar
de forma equivocada porque os funcionários não sabem, sequer, a diferença
entre classe especial e sala de AEE.
Podemos dizer, em linhas gerais, que o professor do AEE é:
• Profissional advindo de escolas/classes especiais;
• Docente da escola comum que buscou formação;
• Egresso de curso superior, incentivado por currículo que contempla a inclusão.
Quais os desafios do professor
do AEE?
Profª Rosângela Castelo Branco

1) Conquistar o seu espaço dentro da escola, que muitas vezes se


sente obrigada a “aturar” o novo profissional e “seus” alunos
ou a “ceder um cantinho” para ele trabalhar.
2) Encontrar formas de acessar os demais profissionais para que
o trabalho seja de equipe.
3) Ter acesso a outros professores do AEE, uma vez que sua
atuação é isolada dentro da escola (há pouca troca com os
demais e muita expectativa sobre o seu trabalho).
4) Fazer a escola entender que inclusão deve estar no PPP, que
deve ser vivida pela equipe e que pode revolucionar o ensino
(para todos).
Quais os desafios de quem
forma esse professor?
Profª Rosângela Castelo Branco

1. Garantir que o profissional não busque receitas prontas.


2. Mostrar que a inclusão se dá pelo estudo constante, pelo
planejamento (individual e coletivo) e pela escuta da equipe, do
aluno, da família e de outros profissionais.
3. Provocar o professor para que ele busque seu espaço dentro da
escola e mediante os colegas, criando, para isso, situações em
que ele possa compartilhar seus conhecimentos e levar ao grupo
os casos a serem estudados (o professor do AEE pode formar
seus colegas também).
4. Garantir o esclarecimento sobre o marco legal brasileiro.
5. Oferecer um canal aberto para dúvidas e trocas de experiências.
PÚBLICO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
Profª Rosângela Castelo Branco

• A Educação Especial se destina a alunos


com deficiência física, deficiência intelectual,
alunos com surdez, cegueira, baixa visão,
surdocegueira, transtorno global do
desenvolvimento (Autismo, Rett, Asperger,
TID (transtornos invasivos do
desenvolvimento), TDI ( transtorno
dissociativo de identidade) e altas
habilidades/superdotação.
O que é Avaliação Inclusiva?
Profª Rosângela Castelo Branco

• Segundo Luckesi [1], (2007, p. 5) “Avaliar é o


ato de diagnosticar uma experiência, tendo
em vista reorientá-la para produzir o melhor
resultado possível; por isso, não é
classificatória nem seletiva, ao contrário, é
diagnóstica e inclusiva. [...] O ato de avaliar
tem seu foco na construção dos melhores
resultados possíveis, enquanto o ato de
examinar está centrado no julgamento de
aprovação ou reprovação.”
Profª Rosângela Castelo Branco

• Portanto, a avaliação deve ser usada em prol


da inclusão do indivíduo na sociedade através
da construção de um saber matemático e de
um cidadão com criticidade.
Profª Rosângela Castelo Branco

“A inclusão é uma visão, uma


estrada a ser viajada, mas uma
estrada sem fim, com todos os
tipos de barreiras e obstáculos,
alguns dos quais estão em nossas
mentes e em nossos corações”.
(MITTLER, 2003, p. 21)
Profª Rosângela Castelo Branco
CONHEÇA ALGUMAS SIGLAS
Profª Rosângela Castelo Branco

• DI – Deficiência Intelectual
• DA – Deficiência Auditiva: Leve, moderada, severa
• DV – Deficiência Visual
• SC - Surdocegueira
• DF- Deficiência Física
• DF/ANE – Altas Necessidades Educacionais
• DF/MNE – Médias Necessidades Educacionais
• DF/BNE – Baixas Necessidades Educacionais
TECNOLOGIA ASSISTIVA
Profª Rosângela Castelo Branco

• É uma área do conhecimento, de característica


interdisciplinar, que engloba produtos,
recursos, metodologias, estratégias, práticas e
serviços que dão mais autonomia,
independência e qualidade de vida a pessoas
com deficiência, incapacidades ou mobilidade
reduzida.
Profª Rosângela Castelo Branco
Profª Rosângela Castelo Branco
Profª Rosângela Castelo Branco
Profª Rosângela Castelo Branco
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Profª Rosângela Castelo Branco
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Profª Rosângela Castelo Branco
“TEMOS O DIREITO A
Profª Rosângela Castelo Branco

SERMOS IGUAIS
QUANDO A DIFERENÇA NOS
INFERIORIZA; TEMOS O
DIREITO A SERMOS
DIFERENTES QUANDO A
IGUALDADE NOS
DESCARACTERIZA”
Boaventura de Souza Santos
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