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Mas o processo de ver depende também da mente que interpreta os Interior da Igreja de La Tourette. Fonte: www.arcspace.com
estímulos luminosos, porque o ser humano olha o tempo todo, mas
realmente vê somente aquilo que sua mente está interessada assimilar.
Sua experiência de vida, desejos e aversões influenciam no ato de
visualizar o que o rodeia. Disso decorre então ser capaz de projetar
ambientes visualmente confortáveis dependendo do modo pelos quais
estuda esses problemas.(8)
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O estudo da luz passa a ser então qualquer coisa “mais” que mera
investigação sobre iluminação, porque luz e lugar se pertencem. “Luz,
acontecimentos e lugares podem somente ser compreendidos em sua
mútua relação. A fenomenologia dos acontecimentos e lugares é também
a fenomenologia da luz. Em geral, eles todos se relacionam à
fenomenologia da Terra e do Céu. O Céu é a origem da luz, e a Terra sua
manifestação”. (9) Por essa razão a matéria luminosa torna-se a base
unificante do mundo, que sempre é o mesmo e sempre é diferente. Ela
permite elaborar uma poesia da vida cotidiana, uma poesia de vivência
que busca o estabelecimento de lugares e não de espaços amorfos.
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opostos.
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batistério e o plano curvo que indica sua entrada. Todos visíveis para
quem transita pela Avenida dos Ministérios.
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Essa relação com a luz do edifício romano ocorreria em outro projeto, não
construído: a Mesquita de Argel (1968), onde uma abertura zenital
projetaria um feixe de luz vertical como um relógio de sol, irradiando luz
sólida na forma rotunda de suas paredes, inserindo assim uma solene
monumentalidade, uma relação direta entre o sagrado e o homem. Nela
predominaria uma única linha curva que sairia do pavimento térreo e
seguiria sem interrupção até o vértice da zenital vertendo luz. O edifício
flutuaria todo branco sobre um espelho d’água e sua forma ganharia uma
qualidade etérea, leve, elegante.
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praça superior – local por onde deveriam entrar aqueles que ainda não
tinham sido batizados, conforme as tradições antigas. As paredes do
batistério são revestidas com pequenos azulejos azuis, verdes e brancos,
formando um painel assinado por Athos Bulcão.
Disso tudo decorre que uma visita a Catedral faz permanecer na memória
das pessoas a forma expressiva e as experiências proporcionadas pela
manipulação da luz como diretriz de projeto, tanto em relação à
luminosidade quanto aos ambientes mais escuros. A simplicidade na
proposta simbólica conduz o usuário a refletir sobre o sagrado, curvar-se
ao descer por uma rampa em penumbra, visualizar uma possibilidade de
redenção no final do túnel e entrar num espaço de luz mágica.
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ânimo das pessoas e sua percepção geral dos ambientes que vivenciam.
Notas
1
O artigo que enviamos é parte do primeiro capítulo de: BARNABÉ, Paulo Marcos Mottos. "A luz
natural como diretriz de projeto para a concepção do espaço e da forma na obra dos arquitetos
modernos brasileiros – 1930/60". Tese de doutorado. São Paulo, FAU-USP, 2005.
2
Numerosas civilizações adotaram a estética “claritas” (clareza e luminosidade) ao correlacionar
Deus e luz: o Baal semítico, o Rá egípcio, o Ahura Mazda iraniano, o Kinich Ahau Maia, o Guaraci
Tupi, são exemplos da materialização do sol ou da benéfica ação de sua luminosidade. ECO,
Umberto (org.). História da Beleza. Rio de Janeiro: Record, 2004, p.102.
3
PLATÃO. A República. Tradução: Pietro Nassetti. São Paulo: Martin Claret, 2001.
4
DIERNA, Salvatore. In: PONTE, Silvio de. Architetture di luce. Luminoso e sublime notturno nelle
discipline progettuali e di produzione estetica. Roma: Gangemi, 1999, p.15.
5
LE CORBUSIER. Por uma arquitetura. São Paulo: Perspectiva,1973, p.10.
6
SANTAELLA, Lúcia. In: BARROS, Anna. A arte da Percepção. Um namoro entre a luz e o espaço.
São Paulo: Annablume, 1999, p.11.
7
DONDIS, Donis A. Sintaxe da linguagem visual. São Paulo: Martins Fontes, 1997 [1993], pp.60-
61.
8
KALFF, L.C. Criative light. Londres:Macmillan, 1971, p.3.
9
NORBERG-SCHULZ, Christian. In: PLUMMER, Henry. Poetics of light. Tókio: A+U, n.12, 1987,
p.5.
10
KAHN, Louis apud NORBERG-SCHULZ, Christian. Louis Kahn. Idea e imagem. Madrid: Xarait,
1981, p.12.
11
RASMUSSEN, Steen Eiler. Arquitetura vivenciada. São Paulo: Martins Fontes, 1986, p. 82.
12
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CREMONINI, Lorenzino. Luce naturale, luce artificiale. Firenze: Alínea, 1992, p.8.
13
PONTE, op. cit., p.23.
14
UNWIN, Simon. Análisis de la arquitectura. Barcelona: Gili, 2003, p.25.
15
LE CORBUSIER apud MILLET, Marietta S. Light revealing architecture. New York: Nostrand
Reinhold, 1996, p.76.
16
PORTOGHESI, Paolo. In: FUTAGAWA, Yukio (org.). Light & Space. Modern architecture. Tókio:
GA especial, ADA. Tokio Co., 1994, p.17.
17
NIEMEYER, Oscar. A catedral. Módulo, Rio de Janeiro, n.11, 1958, p.7.
18
Idem, ibidem, p.8.
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