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CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM

COORDENAÇÃO GERAL
Dalva Marques

RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES DE ESTÁGIO CURRICULAR


SUPERVISIONADO

Edson José Ferreira Gomes


RA: 02410028261
BRASÍLIA - DF

2017
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIPLAN
CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM

COORDENAÇÃO GERAL DE ATIVIDADE PRÁTICA


SUPERVISIONADA UNIPLAN

RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES DE ESTÁGIO CURRICULAR


SUPERVISIONADO

Edson José Ferreira Gomes


RA: 02410028261

Relatório Final de Atividades de Estágio


Supervisionado apresentado ao Centro
Universitário UNIPLAN, BRASÍLIA - DF, sob
supervisão do professor de Enfermagem Alberto
César da Silva Lopes e Professor Responsável
pelas Atividades Práticas Supervisionadas Alberto
César da Silva Lopes, como exigência para
conclusão do Curso de Bacharelado em
Enfermagem.

BRASÍLIA – DF
2017
Discente: Edson José Ferreira Gomes Matrícula: 02410028261
Período letivo: 4º/2017 Cenário/Campo: Centro Cirúrgico

Disciplina: Enfermagem em Professor responsável pela APS:


Centro Cirúrgico Alberto César da Silva Lopes

SALA OPERATÓRIA:

Setor: Centro Cirúrgico

Organização física:

Unidade/Ambiente: Sala grande de cirurgia, (ortopedia, neurologia, cardiologia, etc.),


(36,0 m², com dimensão mínima = 5,0 m²), (cada sala só pode conter uma única mesa
cirúrgica;

Quantificação Mínima: 2 salas. Para cada 50 leitos não


especializados ou 1 sala para 15 leitos cirúrgicos;

Instalações: Oxigênio, óxido nitroso, ar comprimido medicinal, vácuo clínico, ar


condicionado, elétrica de emergência, elétrica diferenciada, exaustão, (RDC 50 ANVISA,
2002).

Áreas Assépticas:
 não restrita: vestiários, secretaria, recepção interna, anatomia patológica, RX,
conforto da equipe;

 semi-restrita: área de atendimento assistencial no pré e pós-operatório: SRPA,


guarda de materiais e equipamentos, corredores;

 restrita: área de atendimento ao paciente no período intra-operatório e guarda de


material estéril: sala cirurgia. (SOBECC, 2013)

Ambientes de apoio:
-Sala de utilidades;
-Copa;
-Banheiros com vestiários para funcionários (barreira);
-Sala de espera para acompanhantes (anexa à unidade);
-Sala administrativa
-Sanitários para acompanhantes (sala de espera);
-Laboratório para revelação de chapas ("in loco” ou não);
-Sala de estar para funcionários;
-DML;
-Área para guarda de macas e cadeira de rodas;
-Depósito de equipamentos e materiais;
-Área de biópsia de congelamento;
-Sala de distribuição de hemocomponentes (“in loco” ou não);
-Sala de biópsia de congelação;
-Sala de preparo de equipamentos/material, (RDC 50 ANVISA, 2002).

Equipamentos da Sala de Operação: Segundo (POSSARI, 2004), são equipamentos da


sala de operações:

I – Equipamentos e Acessórios Móveis da Sala de Operações:


 Aparelho de anestesia;

 Aspirador portátil elétrico;

 Banco giratório;

 Balde para lixo;

 Balança para pesar compressas;

 Bisturi eletrônico;

 Carro abastecedor (compressas, campos e aventais, cubas rim, cúpulas,


manoplas, entre outros);

 Carro com medicamentos;

 Coxins;
 Escada com dois degraus;

 Estrados;

 Foco auxiliar;

 Mesa de operação com todos os acessórios (arco de narcose, ombreiras,


suportes laterais, porta-coxas, munhequeiras, colchonetes em espuma);

 Mesa auxiliar para acondicionar pacote de aventais;

 Mesa de mayo;

 Mesa para instrumental cirúrgico (simples e com traves de suportes);

 Suporte de braço;

 Suporte de hamper;

 Suporte de soro.

II – Equipamentos fixos da sala de operação

 Foco central;

 Negatoscópio;

 Torre retrátil ou painel de gases medicinais.

III – Equipamentos Utilizados na Sala de Operação

 Aspirador de secreção elétrico;

 Aspirador ultra-sônico;

 Aparelho de anestesia;

 Artroscópio;

 Balão intra-aórtico;

 Bisturi de argônio;

 Bisturi elétrico ou eletrônico;

 Bisturi elétrico/eletrônico com sistema REM;

 Bisturi ultra-sônico;

 Bomba de circulação extracorpórea;


 Cardioversor ou desfibrilador;

 Colchão de água para hiper e hipotermia;

 Criogênico;

 Facoemulsificador;

 Foco cirúrgico;

 Fotofaro;

 Histeroscópio;

 Laser;

 Laparoscópio;

 Litotriptor;

 Manta térmica;

 Mesa de operação;

 Microscópio eletrônico;

 Monitor paramétrico;

 Robótica;

 Trépano/craniótomo;

 Vitreógrafo.

1. Dimensionamento de pessoal: Segundo o Art. 6º da resolução COFEN 543/2017,


o referencial mínimo para o quadro dos profissionais de enfermagem em Centro
Cirúrgico (CC) considera a classificação da Cirurgia, as horas de assistência
segundo o porte cirúrgico, o tempo de limpeza das salas e o tempo de espera das
cirurgias, conforme indicado no estudo de (POSSARI, 2004). Para efeito de cálculo
devem ser considerados:

I – Como horas de enfermagem, por cirurgia no período eletivo:


1) 1,4 horas de enfermagem, por cirurgia de Porte 1;
2) 2,9 horas de enfermagem, por cirurgia de Porte 2;
3) 4,9 horas de enfermagem, por cirurgia de Porte 3;
4) 8,4 horas de enfermagem, por cirurgia de Porte 4.

II – Para cirurgias de urgência/emergência, e outras demandas do bloco cirúrgico


(transporte do paciente, arsenal/farmácia, RPA entre outros), utilizar o Espelho Semanal
Padrão.

III – Como tempo de limpeza, por cirurgia:

1) Cirurgias eletivas – 0,5 horas;


2) Cirurgias de urgência e emergência – 0,6 horas.

IV – Como tempo de espera, por cirurgia:


1) 0,2 horas por cirurgia, (RESOLUÇÃO COFEN 543/2017).

2. Profissionais internos e externos envolvidos no atendimento do paciente:

Pode ser composta, segundo (CARVALHO e BIANCHI, 2007), por: equipe médica;
cirurgião-titular; cirurgião-assistente; anestesiologista; auxiliar de anestesia; instrumentador
cirúrgico; equipe de enfermagem; enfermeiro coordenador; enfermeiro assistencial;
circulante de sala de operações e auxiliar administrativo.

3. Horário de funcionamento e composição da equipe de enfermagem para


noturno e fim de semana:

Como proporção profissional/categoria, nas 24 horas:

a) Relação de 1 enfermeiro para cada três salas cirúrgicas (eletivas);

b) Enfermeiro exclusivo nas salas de cirurgias eletivas e de urgência/emergência de


acordo com o grau de complexidade e porte cirúrgico;

c) Relação de 1 profissional técnico/auxiliar de enfermagem para cada sala como


circulante (de acordo com o porte cirúrgico);
d) Relação de 1 profissional técnico/auxiliar de enfermagem para a instrumentação (de
acordo com o porte cirúrgico).

4. Atividades desenvolvidas para incentivo as Políticas Públicas Sociais.

 Podemos citar como atividades de incentivo os mutirões de Cirurgia de catarata.

Localização dentro do hospital:

Estar localizado em uma área que ofereça a segurança necessária à técnica asséptica,
portanto distante de locais de grande circulação de pessoas, de ruído e poeira.

A localização ideal do CC, contexto hospitalar, deve ser a mais próxima das Unidades de
Internação, do Pronto Socorro e da Unida de Terapia Intensiva, de modo a contribuir com a
intervenção imediata e melhor fluxo de pacientes, (POSSARI, 2004).

RDC nº 50 da ANVISA 21/02/2002

UNIDADE FUNCIONAL: 4 - APOIO AO DIAGNÓSTICO E TERAPIA (cont.)


Nº ATIV. UNIDADE / DIMENSIONAMENTO INSTALAÇÕES
AMBIENTE
QUANTIFICAÇÃ DIMENSÃO(min
O (min.) .)
4.6 Centro
Cirúrgico ¹
4.6.1 Área de 1 Suficiente para o
recepção de recebimento de
paciente uma maca
4.6.2 Sala de guarda 4,0 m² HF;FAM
e preparo de
anestésicos
4.6.2 Área de 2 macas no HF;FN;FVC;FO;
indução mínimo, com FAM;AC;EE;ED
anestésica distância entre
estas igual a 0,8
m, entre macas e
paredes, exceto
cabeceira, igual à
0,6 m e com
espaço suficiente
para manobra da
maca junto ao pé
dessa.
4.6.3 Área de Até 2 salas 1,10 m² por HF;HQ
escovação cirúrgicas = 2 torneira com dim.
torneiras por cada mínima = 1,0 m
sala. Mais de 2
salas cirúrgicas = 2
torneiras a cada
novo par de salas
ou fração
4.6.4; Sala pequena 2 salas. Para cada S. pequena: 20,0 FO;FN;FAM;
4.6.5;4.6. de cirurgia ( 50 leitos não m² com dimensão FVC;AC;EE;ED;
8 oftalmologia , especializados ou mínima = 3,45 m.
endoscopia , 15 leitos cirúrgi- S. média: 25,0 m²
otorrinolaringo com dimensão
-logia, etc) mínima = 4,65 m
Sala média de cos deve haver S. grande 36,0 E; ADE
cirurgia (geral) uma sala. Estabe- m²com dim.
lecimentos mínima = 5,0 m.
especializados Cada sala só pode
(cardiolo-gia, cirur conter uma única
gia, etc ) tem de mesa cirúrgica.
fazer um
Sala grande de cálculo específico Pé-direito mínimo
cirurgia ( = 2,7 m
ortopedia,
neurologia,
cardiologia,
etc )
4.6.4; Sala de apoio 12,0 m² HF;AC;EE;
4.6.9 às cirurgias ED
especializadas
4.6.6 Área para 2,0 m² EE
prescrição
médica
4.6.6 Posto de 1 a cada 12 leitos 6,0 m² HF;AC;EE
enfermagem e de recuperação
serviços pós-anestésica
4.6.7 Área de 1 2 macas no HF;FO;FAM;AC;FVC;EE;E
recuperação mínimo, com D
pós-anestésica distância entre
estas igual a 0,8
m, entre macas e
paredes, exceto
cabeceira, igual à
0,6 m e com
espaço suficiente
para manobra da
maca junto ao pé
dessa. O nº de
macas deve ser
igual ao nº de
salas cirúrgicas +
1. No caso de
cirurgias de alta
complexidade a
recuperação pode
se dar diretamente
na UTI. Nesse
caso, o cálculo do
nº de macas deve
considerar
somente as salas
para cirurgias
menos complexas.
NEUROCIRURGIA
Cirurgia DVP – (Derivação ventrículo-peritoneal).
1. Descrição do procedimento: Desvio do líquor do sistema ventricular intracraniano
para a cavidade peritoneal. Inclui revisões do sistema.
 Faz-se incisão em forma de ferradura à direita ou à esquerda da linha média,
ao longo da linha papilar. A pele e o periósteo são elevados.
 O sangramento no couro cabeludo é controlado e é afastado o retalho de pele.
 Faz-se um orifício de trépano, e a dura é coagulada e recebe incisão. A UEC
bipolar é usada para eletrocoagular a pia no ponto de inserção do cateter.
 O cateter ventricular com um introdutor é inserido perpendicularmente no
ventrículo lateral, aproximadamente 4,5 no lactente e 6,5 no adulto. Quando o
ventrículo é penetrado, o introdutor é removido, verifica-se o fluxo de LCR e
o reservatório e a válvula são fixados e presos com amarras de seda 2-0.
 Cria-se um túnel subcutâneo do orifício do trepano até uma incisão no
pescoço, onde o cateter peritoneal é, então, conectado.
 A incisão abdominal é feita subxifóidea ou lateralmente. Expõe-se o
peritônio.
 Estende-se o túnel ao tórax e ao abdome, evitando os mamilos e a cicatriz
umbilical. O cateter atravessa o dispositivo de túnel até a incisão abdominal.
Depois de verificado o fluxo espontâneo distal de LCR, a extremidade distal
do cateter peritoneal é passada até a cavidade peritoneal, deixando
comprimento suficiente para permitir crescimento no criança e movimento no
adulto.
 O cateter é preso ao peritônio com uma sutura de bolsa de tabaco. Todas as
incisões são fechadas, havendo cuidado em não puncionar o sistema da
derivação com uma agulha de sutura.

2. Caráter de Indicação: Pode ser realizado tanto em caráter de urgência como de


emergência.

3. Exames da Indicação: Ultrassom do crânio, Tomografia computadorizada do


crânio, Ressonância Magnética do crânio, (SOCIEDADE BRASILEIRA DE
NEUROCIRURGIA, 2017).

A hidrocefalia é uma afecção marcada por acúmulo excessivo de LCR decorrente da dilatação do
sistema ventricular (onde o LCR é feito e circula) e PIC.
A colocação de um cateter de ventriculostomia exteriorizado exige um orifício de trépano para o acesso
ao ventrículo lateral direito e ao esquerdo. O cateter ventricular é passado ao ventrículo. Verifica-se o
fluxo de LCR. Faz-se um túnel na extremidade distal do cateter abaixo do couro cabeludo,
posteriormente ao orifício de trépano, que é exteriorizado e preso ao couro cabeludo com sutura. Este
sistema permite derivação temporária de pacientes com PIC e hidrocefalia de qualquer causa.
Para controle mais permanente da hidrocefalia, coloca-se uma derivação ventricular
interiorizada. Três acessos para inserção ventricular são frontal, parietal e occipital.
Se a drenagem no peritônio for inadequada em razão de infecções e aderências,
outros pontos distais possíveis de inserção incluem o átrio direito, a cavidade pleural
e a vesícula.
O sistema de derivação VP compreende um cateter ventricular (proximal), um
reservatório, uma válvula e um cateter peritoneal (distal), (ALEXANDER, 2007).

Indicação: Alivio da hidrocefalia e da hipertensão intraventricular.

Contraindicação: Gradiente de pressão entre compartimentos intracranianos e


infecção intracraniana, (SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEUROCIRURGIA, 2017).

Composição da bandeja cirúrgica:

 02 Bicos de aspiração delicados;


 01 Descolador de duramater;
 01 Cabo de bisturi Nº 03;
 01 Cabo de bisturi Nº 04;
 01 Cabo de bisturi Nº 07;
 01 Descolador de periósteo;
 01 Descolador free;
 02 Pinça dente de rato;
 02 Pinça baionetas sem dente;
 02 Pinça Adson sem dente 12cm;
 02 Pinça Adson com dente 12cm;
 02 Pinça dissecção 16cm;
 02 afastadores Farabeuf 12cm;
 02 afastadores Farabeuf 14cm;
 01 Autostático de 10cm;
 02 autostáticos de 16cm;
 02 curetas delicadas;
 06 Pinças Halstead reta de 12cm;
 06 Pinças Halstead curva de 12cm;
 04 Pinças Kelly reta de 14cm;
 04 Pinças Kelly curva de 14cm;
 01 Pinça Bozmann;
 01 Porta agulha de 15cm;
 01 Porta agulha de 20cm;
 01 Pinça Cheron de 20cm;
 08 Pinças Backhaus de 11cm;
 02 Pinça Kerrison;
 02 Goivas articuladas;
 01 Tesoura de Metzembaum curva de 18cm;
 01 Tesoura de Metzembaum reta de 18cm;
 Tesoura de Mayo reta de 20cm;
 02 Cubas redonda;
 01 Cuba rim

 02 Bicos de aspiração delicados;


 01 Descolador de duramater;
 01 Cabo de bisturi Nº 03;
 01 Cabo de bisturi Nº 04;
Fios de suturas recomendados:
Vicryl: É uma fibra sintética, hidrofóbico, resistente, trançada, composta de ácido
glicólico e láctico, em uma proporção de 9:1. Esta sutura é trançada para melhorar o
manuseio. O mecanismo de absorção é a (hidrólise), e ocorre entre 60 e 90 dias após o
implante.
Nylon: O nylon é um termoplástico que contém aminas e é derivado do ácido adipico. Pode
ser usado em qualquer tecido, porém não é recomendado para cavidade serosa ou sinovial,
devido a irritação pela fricção de suas pontas.
Seda 0 agulhado: A seda é obtida da larva do bicho da seda. Está disponível na forma torcida
ou trançada e é não absorvível.

Tipos de anestesias utilizadas:

 Geral.

Rede de gases, equipamentos.

 Oxigênio, gás carbônico, ar comprimido medicinal.


 Pinça bipolar, caneta elétrica, aspirador cirúrgico, Drill (craniótomo),
aparelho de tricotomia, aspirador.

Indicação: Alivio da hidrocefalia e da hipertensão intraventricular.

Contraindicação: Gradiente de pressão entre compartimentos intracranianos e infecção


intracraniana, (SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEUROCIRURGIA, 2017).

Cuidados de Enfermagem com Paciente em uso de derivações


ventriculares

 Verificar e registrar sinais vitais


 Pesar paciente diariamente
 Avaliar o funcionamento da válvula.
 Observar e registrar entrada e saída de
 líquidos.
 Manter cabeceira elevada em 30º.
 Evitar posicionar o paciente sobre o lado
 operado
 Oferecer refeições pequenas e frequentes
 Medir diariamente o perímetro occiptofrontal.
 Monitorar sinais de infecção no local da
 inserção;
 Observar e avaliar o nível de consciência.
 Observar e registrar sinais de hipertensão
 intracraniana
 Realizar troca de curativos conforme necessidade*.
 Orientar família.

Pré-operatório:

 Observar e registrar sinais de irritabilidade, letargia ou atividade convulsiva.


* Indica Patologia avançada.

 Palpar as fontanelas e linhas de sutura quanto ao tamanho, sinais de abaulamento,


tensão e separação.

 Medir diariamente o perímetro cefálico e pesar. Avaliar a evolução da hidrocefalia.

 Verificar e registrar sinais vitais.


* Ver a evolução e estabilidade do quadro.

 Evitar alimentação antes ou após movimentação.


* Pode precipitar episódios de vômitos.

 Observar e registrar aceitação da dieta alimentar.


* Evitar desnutrição.

 Orientar jejum de 6h antes da cirurgia.


* Evitar complicações durante a cirurgia.

 Evitar tensão extra sobre o pescoço.

 Promover mudança de decúbito a cada 2 horas.


* Evitar pneumopatia hipostática e úlcera de decúbito.

 Observar e registrar entrada e saída de líquidos.


* Avaliar retensão líquida.

 Observar e registrar características das eliminações intestinais.


* Evitar possível obstipação e/ou distensão abdominal.

 Instituir medidas de higiene geral e cuidados à pele.


* Prevenir úlceras por pressão.

 Encorajar a participação nos cuidados.

 Oferecer apoio emocional e explicar os procedimentos. Demonstrar vontade e

 disposição em ouvir as preocupações.


* Amenizar a ansiedade.
Trans operatório:
 A porta da sala cirúrgica deve ser mantida fechada;

 Na sala cirúrgica entrará estritamente o necessário ao ato cirúrgico;

 Todos os artigos e instrumentais utilizados no campo operatório devem ser estéreis;

 Restringir o número de pessoas circulando na sala durante a cirurgia;

 Todas as pessoas presentes na sala cirúrgica devem estar utilizando máscara


cirúrgica cobrindo completamente nariz e boca e gorro cobrindo cabelo e couro
cabeludo, bem como aventais de mangas longas e propés (cobertura de sapatos);

 Utilizar técnica cirúrgica asséptica e criteriosa;

 Manusear os tecidos delicadamente a fim de minimizar o trauma da região;

 Durante a cirurgia, os membros da equipe que já se escovaram, deverão manusear


apenas objetos esterilizados, bem como aqueles que ainda não se paramentaram,
devem evitar tocar ou contaminar qualquer coisa que esteja estéril.

Pós operatório:

 As incisões fechadas por primeira intenção devem ser protegidas com curativo
estéril, no
 pós-operatório imediato, por 12 a 24 horas;

 Ao trocar o curativo, lavar a ferida operatória com soro fisiológico 0,9% e gaze
estéril,
 usando sempre técnica asséptica;

 Manter a ferida operatória limpa e seca;

 Proteger e não remover o curativo durante o banho. Se molhar o mesmo deverá ser
trocado
 imediatamente;

 Observar sinais de infecção, hemorragias, deiscência e evisceração;

 Lavagem das mãos antes e depois de trocar os curativos e em qualquer contato com
o sítio
 cirúrgico;

 Orientar o paciente e a família sobre os cuidados com a incisão, sinais de infecção e


 necessidade de comunicar esses sinais.
Sala de recuperação pós anestésica:
• Avaliar os sinais vitais, observando taquicardia, hipertensão e aumento da respiração,
mesmo se o paciente nega a dor;

• Manter as vias aéreas do paciente desobstruídas pela elevação da cabeça, hiperextensão da


mandíbula, cânula orofaríngea;

• auscultar os sons respiratórios;

• Observar frequência e a profundidade respiratórias, expansão do tórax, uso de músculos


acessórios, retração ou dilatação das narinas, cor da pele; observar o fluxo de ar;

• Monitorar os sinais vitais continuamente;

• Avaliar a pressão arterial e a frequência cardíaca, comparando com os resultados pré-


operatórios;

• Avaliar a coloração e a umidade da pele;

• Avaliar os pulsos periféricos e o tempo de enchimento capilar, principalmente em


cirurgias vasculares e ortopédicas;

• Monitorizar/registrar arritmias cardíacas;

• Realizar controle hídrico;

• Monitorar a temperatura do paciente e do ambiente;

• Comunicar valores de temperatura axilar abaixo de 35ºC;

• Aquecer o paciente com cobertores ou mantas térmicas, quando necessário;

• Substituir roupas molhadas por secas;

• Evitar descobrir os pacientes sem necessidade;

• Assegurar o manuseio asséptico dos acessos intravenosos;

• Utilizar técnicas assépticas no cuidado da ferida operatória;

• Verificar esterilidade de todos os itens manufaturados;

• Avaliar sinais de infecção/sinais flogísticos (dor, calor, edema);

• Examinar a pele quanto a lesões ou irritações, sinais de infecção;

• Aplicar curativos estéreis (PASSOS, 2012, p.18).


Responsabilidade profissional:
 Neurocirurgião/Anestesista

Equipe que compõe a sala:


 Anestesista, neurocirurgião, auxiliar, instrumentador, circulante da sala,
representante do OPME.

Complicações durante e após a realização do procedimento:


 Extrusão do cateter pela pele;

 Fístulas liquóricas e Perfuração de vísceras;

 Subdrenagem;

 Desconexão, rotura ou obstrução do sistema de derivação;

 efeito-sifão, gerado pelas mudanças de posição do paciente, levando ao colapso


ventricular e à formação de hematomas intra-cranianos;

 Ascite;

 Peritonite causada por infecção;

 Migração da ponta do cateter para o escroto causando hidrocele (em homens).

Materiais e EPI’s utilizados:

 Trépano manual;
 Látex;
 Caneta bipolar;
 Tunelizador;
 Campo Universal;
 02 Campos cirúrgico Universal;
 Avental estéril;
 Máscara cirúrgica;
 Luvas cirúrgicas;
 Gorro;
 Propé.
Limpeza, desinfecção e descontaminação:

 Classificação das áreas pelo risco de contaminação


Áreas não-críticas – São todas as áreas não ocupadas por pacientes, assim como
as idênticas às encontradas em qualquer edifício público (por exemplo: escritórios,
depósitos, sanitários, etc.) Devem ser limpas.

Áreas semicríticas – São aquelas ocupadas por pacientes portadores de doenças


infecciosas de baixa transmissibilidade e de doenças não infecciosas (por exemplo:
enfermarias e ambulatórios). Devem ser limpas.

Áreas críticas – São aquelas em que se verifica a depressão da resistência anti-


infecciosa do paciente (por exemplo, sala de parto e de operação, unidade de
tratamento intensivo adulto, infantil e neonatal, sala de hemodiálise, entre outras),
ou de risco aumentado de transmissão de infecção (por exemplo: laboratório de
análise clínicas, banco de sangue, cozinha e lactário, lavanderia). Devem ser
limpas, mas podem sofrer processo de desinfecção.

Produtos indicados:

 fenólicos;
quaternário de amônio;
 compostos orgânicos e inorgânicos liberadores de cloro ativo;
 iodo e derivados;
 álcoois e glicóis;
 biguanidas;
 outros princípios ativos, desde que atendam a legislação específica, (MOURA,
1994).

Tempo para ação:

 10 minutos, (MOURA, 1994).

Medicações mais utilizadas para este tipo de cirurgias:

 Citrato de fentanila (efeito adverso: depressão respiratória grave);


 Cloridrato de midazolam (efeito adverso: pequena irritação venosa);
 Diazepam (efeito adverso: depressão respiratória);
 Sulfato de atropina (efeito adverso: pode produzir bradicardia);
 Sulfato de morfina (efeito adverso: induzir disforia, náuseas, vômitos, depressão
respiratória e agitação ocasional).
Quais profissionais podem administrar:

 Anestesista/técnico de Enfermagem

Via de administração:

 Endovenosa/intramuscular.

Fatores de risco para a cirurgia:

 Infecção neurológica prévia;

 Colonização por BMR;

 Infecção concomitante;

 Infecção do trato urinário;

 Pneumonia;

 Sepse;

 Infecção gastrointestinal;

 Diabetes previa;

 Uso de imunossupressor;

 Corticóide em uso a mais de uma semana;

 Tabagismo;

 Etilismo;
Nº DIAGNOSTICO DE INTERVENÇÕES DE RESULTADOS
ENFERMAGEM ENFERMAGEM (NIC) ESPERADOS(NOC)
(NANDA)
1. Capacidade adaptativa Monitorização Neurológica Diminuição da PIC,
intracraniana
Promoção da Perfusão Melhora da drenagem
diminuída
Cerebral liquóricas.
relacionada ao
Monitorização Hídrica
aumento da PIC
secundária à Cuidados com Derivações
hidrocefalia ou à Ventriculares
hipodrenagem
liquórica Administração de
Medicamentos
Prescritos
2. Risco de desequilíbrio Monitorização Hídrica Promover a
do volume de líquidos cicatrização
Monitorização de Eletrólitos
relacionado aos da ferida por segunda
Controle do Edema
vômitos e/ou
Cerebral intenção
hiperdrenagem
Controle da Nutrição Manter o equilíbrio
liquórica
hídrico
Controle da temperatura
Manter equilíbrio
Corporal
eletrolítico e ácido-
básico
3. Dor aguda relacionada Controle do Ambiente Satisfação do cliente:
a procedimentos controle da dor
Massagem Simples
invasivos e/ou pós- Ações pessoais para
Administração de
operatório controlar a dor
analgésico
Alcance da percepção
Redução da ansiedade
positiva dos cuidados
Aplicação do Calor/Frio de enfermagem para
aliviar a dor.

4. Risco de integridade Controle de Pressão sobre Propiciar a


da pele prejudicada áreas
recuperação
relacionado à do corpo
adequada da pele
imobilidade,
comprometimento
neurológico e/ou Cuidados com locais de
processo infeccioso incisão
Supervisão da Pele
Controle de Infecção
Controle da Nutrição
5. Risco de infecção Controle de Infecção Prevenir infecção
relacionado a evitável.
Cuidado com lesões
procedimentos
Cuidados com cateteres,
invasivos
sondas
e drenos
Monitorização de Sinais
Vitais
Cuidados do Ambiente
6. Incontinência urinária Sondagem Vesical: Integridade estrutural
reflexa relacionada a Intermitente e função fisiológica
dano normal da pele e das
Cuidados na incontinência
mucosas
neurológico
urinária
Cuidados na retenção
urinária
Referências Bibliográficas:

1. SOBECC, 2013, Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico,


Recuperação Pós-Anestésica e Centro de Material e Esterilização (SOBECC). Práticas
recomendadas da SOBECC. 6ª Ed. Ver. e Atual. São Paulo: SOBECC, 2013.

2. Possari, João Francisco, Centro Cirúrgico: Planejamento e gestão / João Francisco


Possari. 1ª Edição, São Paulo: Iátria, 2004.

3. Brasil. Ministério da Saúde. Anvisa. RDC n. 50 de 21 de fevereiro de 2002. Dispõe


sobre o regulamento técnico para planejamento, programação, avaliação e elaboração
de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. Disponível em:
http://www.anvisa.gov.br; acessado em 10/11/2017, 19:32h

4. Carvalho, Rachel de. / BIANCHI, Estela Regina Ferraz. Enfermagem em Centro


Cirúrgico e Recuperação, Barueri, SP, MANOLE, 2007. (Série Enfermagem)

5. Conselho Federal de enfermagem (COFEN), Resolução Nº 543/2017. Atualiza e


estabelece parâmetros para o Dimensionamento do Quadro de Profissionais de
Enfermagem nos serviços/locais em que são realizadas atividades de enfermagem.
Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-5432017_51440.html;
acessado em 10/11/2017, 19:40h

6. Rothrock, Jane C., Alexander Cuidados ao Paciente Crítico; editora responsável


Donna R. McEwen; (tradução Eduardo Ferreira de figueiredo et al). Rio de Janeiro,
Elsevier, 2007.

7. Sociedade Brasileira de Neurocirurgia,


http://portalsbn.org/manualsbn/2016/09/07/3-4-derivacao-ventriculo-peritoneal-
dvp/. Acessado em 11/11/2017, 10:22h.

8. Moura, Maria Lúcia Pimentel de Assis; Enfermagem em Centro Cirúrgico e


Recuperação Anestésica. São Paulo, Editora Senac São Paulo., 1994. – (Série
Apontamentos).

9. Passos, A. P. P. O cuidado da enfermagem ao paciente cirúrgico frente ao ato


anestésico. Pers. Online: biol. saúde, Campos dos Goytacazes, v.6, n. 2, p.14-19, 2012.

10. Ligações NANDA – NOC – NIC: condições clínicas: suporte ao raciocínio e


assistência de qualidade/Marion Johnson... (et al.; tradução de Soraya Imon de
Oliveira... et al.). – Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.

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