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SEMIOLOGIA DO APARELHO

RESPIRATÓRIO

Prof. Esp. Carlos Eduardo


de C Passos
SISTEMA RESPIRATÓRIO
• O sistema respiratório
humano é constituído por um
par de pulmões e por vários
órgãos que conduzem o ar
para dentro e para fora das
cavidades pulmonares.
Esses órgãos são as fossas
nasais, a boca, a faringe, a
laringe, a traquéia, os
brônquios, os bronquíolos e
os alvéolos, os três últimos
localizados nos pulmões.

Fonte: www.csj.g12.br
Anatomia e Fisiologia Clínica
• Vias aéreas e pulmões;

• Faringe;

• Laringe;

• Traquéia;

• Pulmões.
Fonte: http://www.afh.bio.br/resp/resp1.asp
Fisiologia
• Respiração

Ventilação pulmonar
Fonte: http://www.afh.bio.br/resp/resp2.asp

Transporte de gases
respiratórios

Fonte: http://www.afh.bio.br/resp/resp2.asp
Fisiologia

Fonte: http://www.afh.bio.br/resp/resp2.asp
Aspectos Anatômicos
• O termo tórax identifica a porção do corpo
que se estende desde a base do pescoço
até a altura do diafragma.

• Essa caixa torácica é formada pelo


esterno e 12 pares de costela.

• O esterno localiza-se no centro da porção


anterior do tórax e divide-se em três
partes: o manúbrio, o corpo e o processo
xifóide
Aspectos Anatômicos
• O ponto em que o manúbrio se articula
com o corpo do esterno é conhecido como
ângulo esternal ou ângulo de Louis.

• Para descrever uma localização em torno


da circunferência da parede torácica, são
utilizadas linhas verticais imaginárias
sobre a parede torácica.
Pontos de referência, linhas e
regiões torácicas
• A numeração das costelas e dos espaços
intercostais é feita de cima para baixo. A
1ª costela não é acessível à palpação por
estar situada atrás das clavículas.

• Para o reconhecimento da 2ª costela,


toma-se como ponto de referência o
ângulo de Louis.
Linhas torácicas
• A primeira linha torácica é traçada
verticalmente pelo centro do esterno.
Recebe o nome de linha médio-esternal.
As linhas que correm junto às bordas
deste osso, denomina-se linha esternal De
E.

• A linha que nasce no meio das clavículas


chama-se linhas hemiclaviculares.

• Na parede lateral, são traçadas 3 linhas:


linha axilar anterior, linha axilar média e
linha axilar posterior.
Linhas torácicas
• Na parede posterior,
encontramos as linhas
médio- espinhal ou linha
vertebral, as linhas
escapulares, que passam
pelo ângulo inferior das
omoplatas para traçar
hipoteticamente estas
linhas posteriores o
paciente deve permanecer
com os braços pendentes
junto ao tórax.
Regiões torácicas
O tórax é dividido nas seguintes
regiões:
PORÇÃO ANTERIOR
• Região Supraclavicular
• Região Clavicular:
• Região Infraclavicular:
• Região Mamária
• Região Inframamária
• Região Supra-esternal
• Região Esternal Superior
• Região Esternal Inferior
Região Supra-esternal

Região Supraclavicular
Região Clavicular

Região Infraclavicular
Região Mamária

Região Infra Mamária

Região Esternal Região Esternal Inferior


Superior
Clavícula


Regiões torácicas
PORÇÃO LATERAL

• Região Axilar
• Região Infra-axilar
Região
Axilar

Região infra-
axilar
Regiões torácicas
PORÇÃO POSTERIOR

• Região Supra-escapular
• Região Supra-espinhosa
• Região Infra-espinhosa
• Região Infra-escapular
• Região Interescápulo-vertebral
Região Supra-escapular

Região supra-espinhosa

Região infra-espinhosa
Região interescápulo-
vertebral

Região infra-escapular
Exame Clínico - OBTENÇÃO
DO HISTÓRICO DA SAÚDE
• Na anamnese o paciente deve sentir-se à
vontade ao relatar suas queixas, com as
próprias palavras: “tosse impertinente”,
“tosse de cachorro”, “cócegas na garganta”,
“fôlego curto”, “Abafado”, “Falta de ar não
tenho”, “ catarro, só o normal pela manha”,
“é verdade, uma ou duas vezes veio
catarro com sangue”, “senti que era da
garganta”, “As vezes sinto dor, não sei bem
o lado mas é aqui em baixo”, e assim por
diante.
Exame Clínico - OBTENÇÃO
DO HISTÓRICO DA SAÚDE
• Queixa principal Pergunte ao cliente
sobre a queixa principal. Use perguntas
como ”Quando você notou pela primeira
vez que não estava se sentindo bem?”,
ou “O que ocorreu que te trouxe aqui
hoje?”. Como muitos distúrbios
respiratórios são crônicos, compare o
último episódio com o anterior e
verifique que medidas de alivio foram de
ajuda ou inúteis.
Exame Clínico - Histórico atual
Solicite que o pct descreva seus sintomas em ordem cronológica.
Concentre-se nos seguintes aspectos ou sintomas:
•Início: quando o sintoma ocorreu pela primeira vez? O início foi súbito
ou gradual?
•Incidência: com que freqüência ocorreu os sintomas? Por exemplo,
ele descreveria a dor como constante, intermitente, piorando de
forma progressiva ou aumentando e diminuindo?
•Duração: quanto tempo dura o sintoma? Use termos precisos para
descrever as respostas, como 30 minutos após as refeições, duas
vezes por dia ou durante 3 horas.
•Hábito: como o sintoma mudou com o tempo? Em seguida, peça ao
cliente para caracterizar os sintomas. Faça-o descrever:
•Localização: onde ele percebe o sintoma? Ele pode apontá-lo? Ele se
irradia para outras áreas?
•Ambiente: onde ele estava quando o sintoma ocorreu? O que estava
fazendo? Um cliente com um distúrbio respiratório pode queixar-se
de falta de ar, tosse, expectoração, sibilos e dor torácica.
Exame Clínico – Antecedentes
Pessoais e Familiares
• As informações obtidas da história patológica pregressa do
cliente ajudam na compreensão dos sintomas atuais. Permitem
também identificar clientes sob risco de desenvolverem
dificuldades respiratórias. Procure identificar problemas
respiratórios anteriores, pergunte sobre doenças da infância.
Obtenha a história vacinal. Em seguida, pergunte sobre
problemas de que levaram a uma consulta médica ou
hospitalização no passado. Peça ao cliente para descrever o
tratamento que foi feito, e se foi útil. Pergunte se ele fuma se
afirmativo, quando começou e quantos cigarros por dia.
• Pergunte se os parentes próximos tiveram câncer, anemia
falciforme, doença cardíaca ou uma doença crônica, como asma
ou enfisema. Lembre-se de que diabetes pode levar aos
problemas cardíacos e respiratórios.
EXAME FÍSICO DO SISTEMA
RESPIRATÓRIO
• Qualquer cliente pode desenvolver um distúrbio
respiratório. Por meio de uma avaliação sistemática,
você é capaz de detectar alterações respiratórias sutis
ou óbvias. A profundidade de sua avaliação depende
de diversos fatores, incluindo o problema de saúde
principal do cliente e seu risco de desenvolver
complicações respiratórias.
• Um exame físico segue quatro passos:
• Inspeção
• Palpação
• Percussão
• Ausculta.
EXAME FÍSICO - INSPEÇÃO
• Na inspeção estática examina-se a forma do tórax e
suas anomalias congênitas ou adquiridas,
localizadas ou difusas, simétricas ou não. No exame
do tegumento, do tecido celular subcutâneo, da
musculatura, dos ossos e das articulações, devem-
se esquadrinhar os seguintes elementos:
•Pele e suas alterações;
• Presença de cicatrizes - toracotomia, drenagem
torácica e mastectomia e suas descrições;
•Presença e localização de fístulas;
• Sistema venoso visível normalmente e circulação
venosa colateral;
•Presença de edema, atrofias musculares e Alterações
ósseas e articulares
EXAME FÍSICO – INSPEÇÃO
• Inspeção Dinâmica
• MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS:
FREQUÊNCIA E SINCRONIA
• ALTERAÇÕES DO RÍTMO
• EXPANSIBILIDADE TORÁCICA
• RETRAÇÕES INSPIRATÓRIAS:
TIRAGEM E SINAL DE HOOVER
• CORNAGEM
• USO DE MUSCULATURA ACESSÓRIA
EXAME FÍSICO – INSPEÇÃO - Forma
do Tórax
• A forma do tórax apresenta variações em
relação à idade, ao sexo e ao biótipo. As
formas anormais mais freqüentes são:
•Tórax Chato ou Plano
•Tórax em barril ou globoso
•Tórax infudibuliforme ou tórax em funil
•Tórax cariniforme ou em quilha
•Tórax cônico ou em sino
•Tórax cifótico
•Tórax cifoescoliótico
- Forma do Tórax
Tórax Chato
• Apresenta reduzido
diâmetro ântero-posterior;
• Além do achatamento, as
escápulas sobressaem
claramente no relevo
torácico;
• É mais comum nos
longelíneos;
• Não possui significado
patológico
- Forma do Tórax
• Tórax em Tonel ou Barril
• Chama a atenção a
magnitude do diâmetro
ântero-posterior que
praticamente iguala-se ao
transversal;
• Lembra a forma de um tonel
ou barrica
• A causa mais comum é o
enfisema pulmonar;
• Pode aparecer em pessoas
idosas sem qualquer doença
pulmonar
- Forma do Tórax
• Tórax Infundibuliforme
ou Tórax de Sapateiro
• Caracteriza-se pela presença de
uma depressão mais ou menos
acentuada ao nível do terço
inferior do esterno (pectus
excavatum);
• Pode ser congênito ou adquirido;
• O raquitismo constitui a causa
mais importante de tórax
infundibuliforme;
• Quando muito acentuado poderá
produzir distúrbio pulmonar
restritivo.
- Forma do Tórax
• Tórax Cariniforme
• Nota-se ao nível do esterno
uma saliência em forma de
peito de pombo (pectus
carinatum) ou quilha de
navio;
• Pode ser congênito ou
adquirido;
• O raquitismo infantil é
também a principal causa
deste tipo de tórax;
• Não compromete a
ventilação
- Forma do Tórax
• Tórax em Sino ou
Piriforme
• A porção inferior
torna-se alargada
como a boca de um
sino, lembrando um
cone de base inferior;
• Aparece nas
hepatoesplenomegali
as e na ascite
volumosa
- Forma do Tórax
• Tórax Cifótico
• Tem como característica
principal a curvatura da
coluna dorsal, formando
uma gibosidade. Pode ser
de origem congênita ou
resultar de postura
defeituosa. Também a
tuberculose óssea, a
osteomielite ou neoplasia
podem ser responsáveis por
essa deformidade.
- Forma do Tórax
• Tórax
cifoescoliótico
• Decorre da combinação de
uma alteração cifótica, com
desvio lateral da coluna
vertebral (escoliose);
• A cifoescoliose pode
produzir restrição grave da
expansão torácica,
causando insuficiência
respiratória.
- Forma do Tórax
EXAME FÍSICO – INSPEÇÃO - Inspeção
dinâmica
• Tipo respiratório
Para o reconhecimento do tipo respiratório, observa-se
atentamente a movimentação do tórax e do abdome, com o
objetivo de reconhecer em que regiões os movimentos são
mais amplos. Em pessoas sadias, na posição de pé ou
sentada, predomina a respiração torácica ou costal,
caracterizada pela movimentação, predominantemente da
caixa torácica. Na posição deitada, a respiração é
predominantemente diafragmática, prevalecendo à
movimentação da metade inferior do tórax e do andar
superior do abdome. A observação do tipo respiratório tem
importância no diagnóstico da fadiga e da paralisia
diafragmática, condições em que a parede abdominal
tende a se retrair na inspiração, ao contrário do que ocorre
na respiração diafragmática normal.
Tipo respiratório
• Observa-se atentamente a movimentação do
tórax e do abdome;
• Costal superior e toracoabdominal;
• A respiração costal superior é observada
principalmente no sexo feminino; há o
predomínio dos músculos escaleno e
esternocleidomastóideo.
• Na respiração toracoabdominal, predominante
no sexo masculino, a musculatura
diafragmática tem grande importância.
Também é o tipo respiratório encontrado em
crianças de ambos os sexos e em pacientes
deitados.
Ritmo Respiratório
• Respiração Dispnéica
Desconforto respiratório
• Platipnéia
Dificuldade para respirar na posição ereta
• Ortopnéia
Dificuldade para respirar na posição
deitada
• Trepopnéia
Paciente mais confortável em decúbitp
lateral
• Respiraçã de Cheyne-Stokes
• Respiração de Kussmaul
• Respiração de Biot
• Respiração Suspirosa
Amplitude da Respiração
• Respiração Profunda
• Respiração Superficial
Frequência Respiratória
•Freqüência normal: 16 a 20 incursões por minuto
•Bradipnéia: redução na freqüência respiratória,
menos de 16 incursões por minuto;
•Taquipnéia: aumento na freqüência respiratória,
mais de 20 incursões por minuto.
•Apnéia: parada da respiração.
Retratação Inspiratória
Tiragem - Sinal de Hoover
• Tiragem é a depressão inspiratória dos
espaços intercostais e das regiões supra-
esternal e supraclaviculares que ocorre
durante toda a inspiração. A tiragem indica a
presença de dificuldade na expansão
pulmonar;
• Observa-se o sinal de Hoover em pacientes
portadores de hiperinsuflação pulmonar
grave, cujo diafragma se mantém retificado e
rebaixado.
EXAME FÍSICO - PALPAÇÃO
• CONDIÇÕES DAS PARTES MOLES E
ARCABOUÇO ÓSSEO,
SENSIBILIDADE, ENFISEMA
SUBCUTÂNEO, CONTRATURA E
ATROFIA MUSCULARES, CALOS
ÓSSEOS
• EXPANSIBILIDADE TORÁCICA
• FRÊMITO TÓRACO VOCAL (FTV)
• FRÊMITO BRÔNQUICO
• FRÊMITO PLEURAL
Expansibilidade Torácica
• Normalmente, a expansibilidade é simétrica e
igual nos dois hemitórax. Qualquer doença
que afete a caixa torácica, sua musculatura, o
diafragma, a pleura ou o pulmão de um lado,
pode ser precocemente percebido pela
assimetria dos movimentos ventilátorios, ao
se compararem ambos os hemitórax.
• Respiração paradoxal – Normalmente, a
expansão do gradeado costal, por causa da
ação dos músculos inspiratórios, ocorre
concomitantemente com a expansão do
abdome, conseqüente à descida do diafragma
Expansibilidade Torácica
Frêmito Toracovocal
• Denomina-se frêmito toracovocal às vibrações
percebidas na parede torácica pela mão do
examinador, quando o paciente emite algum som.
• Aumento do frêmito traduz consolidação de uma área
pulmonar (pneumonias, infarto do pulmão).
• Diminuição ou desaparecimento do frêmito relaciona-
se à existência de alguma anormalidade que impeça,
parcial ou totalmente a transmissão das ondas sonoras
originadas na laringe (derrame pleural, espessamento
da pleura, atelectasia por oclusão brônquica,
pneumotórax e enfisema pulmonar).
FRÊMITO TÓRACO-VOCAL
(FTV)
• FTV ↓ = OBSTRUÇÃO
BRÔNQUICA E
BARREIRA
• FTV ↑ =
CONSOLIDAÇÃO
• MAIS INTENSO NO HTD
• MELHOR TRANSMITIDO
EM MEIO SÓLIDO
• DEPENDENTE DA
PERMEABILIDADE DAS
VIAS AÉREAS
FRÊMITO TÓRACO-VOCAL
FRÊMITOS
FRÊMITO BRÔNQUICO
• modifica com tosse
• aparece tanto na ins como na expiração
• aparece em qualquer lugar do tórax
• não se modifica com a compressão da parede
toráxica
FRÊMITOS PLEURAL
• aparece nas regiões antero-laterais
• não se modifica com tosse
• aparece na ins e início da expiração
• aumenta com a compressão da parede toráxica
EXAME FÍSICO - PERCUSSÃO
• O terceiro componente do exame físico do tórax é a
percussão, que consiste em produzir vibrações na
parede torácica que transmitem aos órgãos e tecidos
subjacentes.
• Percussão dígito-digital
• Percussão torácica coloca em movimento a parede e os
tecidos subjacentes → produção de sons audíveis →
tecidos adjacentes com ar / líquido / sólido até a 5 a 7 cm
de profundidade

• Técnica : dedo plexímetro → médio ou indicador


esquerdo
dedo plexor → médio direito
percussão simétrica e comparativa
EXAME FÍSICO – PERCUSSÃO
- Sons a percussão
• NORMAL: SOM CLARO PULMONAR
• Maciço: Curto, agudo, muito surdo. Condensação,
como na atelectasia e no derrame pleural extenso.
• Submaciço: Intensidade e altura médias, duração
moderada. Área sólida, como em derrame pleural,
massa ou pneumonia lombar.
• Hipersonoro: Muito alto ou grave. Pulmão
hiperinflado, como em enfisema ou pneumotórax.
• Timpânico: Alto, agudo, de duração moderada,
como um tambor. Coleção de ar, como grande
pneumotórax.
EXAME FÍSICO – PERCUSSÃO - Sons a
percussão
• SONS DA PERCUSSÃO
intensidade tom duração exemp de localização
MACIÇO mais suave agudo muito curta coxa/fígado/coração

SUBMACIÇO suave agudo curta fígado

TIMPÂNICO alta agudo espaço de Traube/intestino

CLARO PULMONAR alta grave longa tórax normal

HIPERSONORIDADE mais alta mais grave mais longa normalmente nenhuma


EXAME FÍSICO – PERCUSSÃO - TÉCNICA
• TÓRAX É UMA CAIXA DE RESSONÂNCIA DE
SEUS COMPONENTES: OSSOS, PARTES MOLES
E AR
SEMIOTÉCNICA
Posição do paciente
Posição do examinador
Roteiro: face anterior → regiões laterais →
face posterior
cima para baixo
comparativamente
Intensidade: igual para regiões simétricas
variável de acordo com a
espessura da parede
EXAME FÍSICO – PERCUSSÃO - TÉCNICA
SONS OBTIDOS À PERCUSSÃO DO TÓRAX
NORMAL
REGIÃO ANTERIOR
• Som claro pulmonar – maior parte do tórax
• Som maciço do 3º ao 6º espaço intercostal
esquerdo – macicez cardíaca a partir do 4º
intercosto direito – submacicez hepática a
partir do 5º ou 6º espaço intercostal direito –
macicez hepática
• Som timpânico
espaço de Traube – projeção do fundo
gástrico a partir da 6ª cartilagem costal
esquerda no esterno
SONS OBTIDOS À PERCUSSÃO DO TÓRAX
NORMAL
REGIÃO ANTERIOR
SONS OBTIDOS À PERCUSSÃO DO TÓRAX
NORMAL
REGIÃO POSTERIOR
Som claro pulmonar – maior parte do
tórax
Som maciço
a partir do 11º intercosto à esquerda
a partir da 8 ou 9ª costela à direita
COLUNA VERTEBRAL
Som claro pulmonar – da 7ª VC até a
11ª VT
Som maciço – acima e abaixo desses
limites
EXAME FÍSICO - AUSCULTA
• A ausculta é o método semiológico básico no exame
físico dos pulmões, ela permite a obtenção rápida e
pouco dispendiosa de numerosas informações sobre
diferentes patologias broncopulmonares. É a fase do
exame do tórax que fornece mais informações.
Avalia o fluxo aéreo pela árvore traqueobrônquica
Avalia as condições dos pulmões e do espaço
pleural

Ouvir os sons gerados pela respiração


Ouvir ruídos adventícios
Ouvir os sons da voz falada e sussurrada
EXAME FÍSICO - AUSCULTA
SEMIOTÉCNICA

paciente sentado

tórax descoberto

respiração mais profunda com lábios semi-


abertos

receptor mais adequado – diafragma

comparativa e simétrica
EXAME FÍSICO - AUSCULTA
SONS PLEUROPULMONARES
SONS NORMAIS
Som traqueal
Respiração brônquica
Murmúrio vesicular
Respiração broncovesicular
SONS ANORMAIS OU RUÍDOS
ADVENTÍCIOS
SONS VOCAIS – RESSONÂNCIA VOCAL
Broncofonia
Egofonia
Pectorilóquia fônica e áfona
EXAME FÍSICO - AUSCULTA
SONS NORMAIS

Som Localização normal Duração Intensidade


I/E expiração

Vesicular maior parte do pulmão +++/++ suave

Broncovesicular região infraclavicular ++/++ intermediária


e interescápulo-vertebral

Brônquico área de projeção ++/+++ alta


dos brônquios principais

Traqueal área de projeção +++/++++ muito alta


da traquéia
EXAME FÍSICO - AUSCULTA

SONS NORMAIS
som origem
Vesicular turbulência do ar circulante ao chocar-se contra as
bifurcações brônquicas e cavidades de diferentes tamanhos
Broncovesicular
Brônquico
Traqueal passagem do ar através da fenda glótica e
da traquéia
EXAME FÍSICO - AUSCULTA
SONS NORMAIS
origem

Som Traqueal

Som
broncovesicular

Murmúrio vesicular
EXAME FÍSICO - AUSCULTA
MURMÚRIO VESICULAR
Aumento – respiração profunda / após esforço
físico / em crianças / em pessoas magras /
Diminuição – presença de ar, líquido ou tecido
sólido na cavidade pleural enfisema / dor
torácica de qualquer etiologia obstrução das
vias aéreas superiores obstrução parcial ou
total de brônquios e bronquíolos.
RESPIRAÇÃO BRÔNQUICA OU BRONCOVESICULAR
EM REGIÕES DO MURMÚRIO VESICULAR
Condensação pulmonar
Atelectasia
Caverna
EXAME FÍSICO - AUSCULTA
• SONS ANORMAIS OU RUÍDOS ADVENTÍCIOS
Sons adicionais superpostos aos sons respiratórios
normais

SONS DESCONTÍNUOS
estertores finos
estertores grossos

SONS CONTÍNUOS
roncos
sibilos
estridor

SOM ANORMAL DE ORIGEM PLEURAL


Atrito pleural
SONS DESCONTÍNUOS
ORIGEM
Estertores finos
Abertura seqüencial de vias aéreas fechadas
por pressão exercida pela presença de
líquido ou exsudato no parênquima pulmonar
(congestão pulmonar / pneumonia) ou por
alteração no tecido de suporte das paredes
brônquicas (pneumopatias intersticiais)
Estertores grossos
Abertura e fechamento de vias aéreas com
secreção viscosa e espessa (bronquite
crônica) e afrouxamento da estrutura de
suporte das paredes brônquicas
(bronquiectasia)
SONS DESCONTÍNUOS
ORIGEM
SONS CONTÍNUOS
RONCOS
sons graves / inspiratórios e/ou expiratórios / fugazes
/ mutáveis
Origem–vibrações das paredes brônquicas e do seu
conteúdo, quando há estreitamento por espasmo ou
edema da parede, ou secreção (asma brônquica,
bronquite, bronquiectasia, obstrução brônquica
localizada)
SIBILOS
sons agudos / inspiratórios e/ou expiratórios / mutáveis
Origem – vibrações das paredes bronquiolares e de
seu conteúdo com estreitamento por espasmo ou
edema da parede ou presença de secreção,
múltiplos e disseminados (asma brônquica /
bronquite) ou localizados (obstrução por corpo
estranho ou neoplasia)
SONS ANORMAIS OU
RUÍDOS ADVENTÍCIOS
SONS CONTÍNUOS
ESTRIDOR

som produzido pela obstrução da


laringe ou traquéia
(laringite aguda / difteria / tumor de
laringe / estenose da traquéia)
• SONS ANORMAIS OU RUÍDOS
ADVENTÍCIOS

SOM ANORMAL DE ORIGEM PLEURAL

ATRITO PLEURAL

som irregular, descontínuo, mais intenso na


inspiração, comparável ao ranger de couro

Som grave, duração maior , maior


intensidade com aumento da pressão do
estetoscópio, audível nas regiões axilares
inferiores e bases pulmonares
Causa principal - pleurite
SONS VOCAIS
AUSCULTA DA VOZ FALADA E DA VOZ
COCHICHADA
RESSONÂNCIA VOCAL – sons incompreensíveis,
produzidos pela voz e ouvidos na parede torácica
Variação fisiológica – mais intensa nos ápices e
regiões interescápulo-vertebrais, mais forte em
homens
Ressonância vocal normal
Ressonância vocal diminuída – atelectasia /
derrame e espessamento pleural
Ressonância vocal aumentada ou broncofonia –
condensação pulmonar
Pectorilóquia fônica – ausculta nítida da voz
Pectorilóquia afônica – ausculta nítida da voz
cochichada
Pectorilóquia egofônica – qualidade anasalada
Exame Físico do Tórax
Normal: Resumo
INSPEÇÃO
• ESTÁTICA: TÓRAX DE FORMA NORMAL, SEM ALTERAÇÕES DE PARTES
MOLES E ÓSSEAS, SEM ABAULAMENTOS E RETRAÇÕES
• DINÂMICA: FR = 16 MPM; RITMO REGULAR E SINCRÔNICO COM OS
MOVIMENTOS ABDOMINAIS. EXPANSIBILIDADE PRESERVADA E
SIMÉTRICA. AUSÊNCIAS DE RETRAÇÕES.

PALPAÇÃO
• SENSIBILIDADE CONSERVADA, AUSÊNCIA DE CONTRATURA OU ATROFIA
MUSCULARES, AUSÊNCIA DE ENFISEMA SUBCUTÃNEO E CALOS ÓSSEOS.
EXPANSIBILIDADE CONSERVADA E SIMÉTRICA. FTV NORMODISTRIBUIDO.
AUSÊNCIA DE FRÊMITOS BRÔNQUICOS E PLEURAL.

PERCUSSÃO
• SCP PRESENTE E SIMÉTRICO. SUBMACICEZ HEPÁTICA À PARTIR DO 5º
EICD. MOBILIDADE DOS LIMITES PULMONARES PRESERVADA.

AULCULTA
• MV PRESENTE, NORMODISTRIBUÍDO. AUSÊNCIA DE RUÍDOS
ADVENTÍCIOS.
• AUSCULTA DA VOZ NORMAL
SINAIS E SINTOMAS
Os principais sinais e sintomas das afecções
do aparelho respiratório são:
• Dor Torácica;
• Tosse;
• Expectoração;
• Hemoptise;
• Vômica;
• Dispnéia;
• Sibilância;
• Rouquidão;
• Cornagem.
SINAIS E SINTOMAS - Dor torácica
• Se o cliente tem dor torácica, faça essas perguntas:
onde se localiza a dor? Como é a dor? Ela é aguda,
penetrante, em queimação? Ela se move para outra
parte do corpo? Se positivo, que parte? Quanto dura? O
que provoca? O que alivia?
•Dor subesternal, uma dor aguda e penetrante no meio
do tórax, indicando pneumotórax espontâneo;
•Dor traqueal, uma sensação de queimação que aumenta
com a respiração profunda ou com a tosse, sugerindo
toxicidade do oxigênio ou aspiração.
•Dor pleural, associada ao infarto pulmonar, pneumotórax
ou pleurisia, uma dor penetrante, como uma facada que
aumenta com a respiração profunda ou com a tosse.
SINAIS E SINTOMAS - Dor torácica
SINAIS E SINTOMAS - TOSSE
• A tosse resulta de estimulação dos
receptores da mucosa das vias respiratórias.
Os estímulos pode ser de natureza
inflamatória (hiperemia, edema, secreções e
ulcerações), mecânica (poeira, corpo
estranho, aumento ou diminuição da pressão
pleural como ocorre nos derrames e nas
atelectasias), químicas (gases irritantes) e
térmica (frio ou calor excessivo).
SINAIS E SINTOMAS – TOSSE (TIPOS)
• Tosse Produtiva ou úmida: é aquela
acompanhada de secreção;
• Tosse Seca: é aquela inútil, causando apenas
irritação das VRs;
• Tosse Sincope: aquela que, após crise intensa de
tosse, resulta na perda da consciência;
• Tosse Rouca: é própria da laringite crônica,
comum nos fumantes;
• Tosse Reprimida: é aquela que o paciente evita,
em razão da dor torácica ou abdominal que ela
provoca, como acontece nas pleuropneumonias,
pneumotórax, nas neuralgias intercostais e nos
traumatismos.
SINAIS E SINTOMAS - EXPECTORAÇÃO

• Quando um cliente produz escarro, peça a ele que


avalie a quantidade produzida em colheres de chá ou
outra medida comum. Em geral, a que horas do dia ele
tosse? Qual a cor e a consistência do escarro? Se o
escarro é um problema crônico, alterou-se
recentemente? Como foi a alteração? Ele tosse sangue?
Se afirmativo, quanto e com que freqüência? Se o
cliente tem hemoptises (tosse sangue, isso pode resultar
de tosse violenta ou de distúrbios graves, como
pneumonia, câncer de pulmão, abcesso pulmonar,
tuberculose, embolia pulmonar, bronquiectasia e
insuficiencia cardíaca esquerda.
SINAIS E SINTOMAS - EXPECTORAÇÃO
As características do escarro dependem de
sua composição:
• SEROSO: contém água, eletrólitos, proteínas
e é pobre em células;
• MUCOIDE: embora contenha muita água,
proteínas, inclusive mucoproteinas, eletrólitos,
possui celularidade baixa;
• PURULENTO: é rico em piócitos e tem
celularidade alta;
• HEMOPTÓICO: quando se observa “rajas de
sangue”.
SINAIS E SINTOMAS - HEMOPTISE
É a eliminação de sangue pela boca,
passando através da glote.
As hemoptises pode ser de origem
brônquicas ou alveolares:
• Brônquicas: o mecanismo é a ruptura de
vasos previamente sãos, como ocorre no
carcinoma brônquico, ou de vasos anormais,
dilatados, neoformados, como sucede nas
broquiectasias e na tuberculose.
• Alveolar: a causa é a ruptura de capitales ou
transudação de sangue, sem que haja
solução de continuidade no endotélio.
SINAIS E SINTOMAS - VÔMICA
• É a eliminação mais ou menos brusca,
através da glote, de uma quantidade
abundante de pus ou liquido de outra
natureza.
• Pode ser única ou fracionada, e na maioria
das vezes origina-se de abscessos ou cistos
nem sempre do tórax, mas que drenam para
os brônquios.
• Sua causas mais freqüente são abscesso
pulmonar, o empiema, as mediastinites
supuradas e o abcesso subfrenico.
SINAIS E SINTOMAS - DISPNÉIA
• Significa dificuldade na respiração. Cansaço, falta de
ar, fôlego curto, sufocamento, aperto ou arrocho no
peito são termos populares para expressar a dispnéia.
É definida como uma sensação de desconforto
respiratório gerado por diversos mecanismos:
orgânicos, psicossociais e ambientais. É sintoma
(subjetivo = informado pelo paciente) e é sinal (objetivo
= observado pelo enfermeiro e médico).
• ORTOPNÉIA
• TREPOPNÉIA
SINAIS E SINTOMAS – SIBILÂNCIA -
ROUQUIDÃO - CORNAGEM
• Sibilância: Os sibilos são sons semelhantes a
assovios produzidos durante a respiração e que se
devem à obstrução parcial das vias aéreas. Uma
obstrução em qualquer ponto das vias aéreas produz
sibilos.
• Rouquidão: É a mudança do timbre da voz que
traduz a alteração na dinâmica das cordas vocais.
• Cornagem: é respiração ruidosa, audível a certa
distância e produzida por obstáculos às passagens
do ar no nível das vias aéreas superiores, traquéia
ou laringe.
Exame Radiológico
Traquéia

Botão Aórtico
Brônquio
Arcos Costais
Anteriores
Arcos costais
Posteriores

Átrio Esq.

Átrio Direito
Características de um bom Rx
de tórax
• Está bem inspirada, pois se ve bem o ângulo
costodiafragmaticos.
• Podemos contar de 10 a 11 arcos costais posteriores, o
que indica que está bem inspirada.
• Os arcos costais posteriores, por estarem mais próximos
ao raio são os mais visíveis na chapa. Os arcos anteriores
estão menos visíveis.
• A traquéia e os brônquios estão centrados em relação ao
conjunto.
• Além disso, as cabeças claviculares estão centradas em
relação as apófises espinhosas. Portanto, o RX e bom e
não está rodado.
• Vemos alguns discos e corpos vertebrais atrás do coração,
o que indica que a chapa tem uma exposição correta (nao
e dura nem mole)
• Vemos o abdômen superior e os ombros, o que á
tecnicamente correto.
Lesões Pulmonares
Síndromes Pulmonares
Síndromes Pulmonares
Síndromes Pulmonares
OBRIGADO!!!

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