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A Serviço do Mestre!
Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei... Gálatas 4:4.
Novo
Testamento
A História da Igreja Primitiva
Quebrando Paradigmas
APOSTILA DE ESTUDO TEOLÓGICO
A SERVIÇO DO MESTRE!
GILVAN NASCIMENTO
PROFESSOR
BACHAREL EM TEOLOGIA
LICENCIANDO EM GREGO
NOVO TESTAMENTO
A HISTÓRIA DA IGREJA PRIMITIVA
QUEBRANDO PARADIGMAS
Salvador
2009
APRESENTAÇÃO
NOVO TESTAMENTO
A HISTÓRIA DA IGREJA PRIMITIVA
QUEBRANDO PARADIGMAS
“Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de
mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de
recebermos a adoção de filhos”. Gl 4.4-5
Salvador
2009
Sumário
O Contexto Histórico
Os Romanos ........................................................................................... 08
Conclusão .............................................................................................. 13
A Biografia de Jesus
Introdução ............................................................................................. 14
Conclusão .............................................................................................. 18 - 20
A Expansão do Cristianismo
As Doutrinas de Jesus
Apocalipse .............................................................................................. 48 - 49
Conclusão .............................................................................................. 50
Bibliografia ............................................................................................. 51
Apresentação
4
O Contexto Histórico - Introdução
“Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de
mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de
recebermos a adoção de filhos”.
Cenário
A nação de Israel apostatou da fé, quebrou a aliança com o Deus criador dos
céus e da terra, e por isso foi extremamente afligido com os cativeiros Assírio (721 a.C.)
e Babilônico (606-536). No período do exílio babilônico surgiram as sinagogas, local onde
os israelitas se reuniam para estudar, copiar e ensinar as Escrituras.
Obs.: O reino do sul (Judá) foi tomado pela Babilônia em 586 a.C.
5
Alexandre o Grande
Nesse período o império passou de uma mão para outra mão, por várias
vezes até 301 a.C., quando o Egito e a Síria mediram forças (Egito: 301-198 / Síria:
198-167).
Embora tenha reinado por um período bastante curto, mas foi muito rápido e
passou a influenciar o mundo da época como nunca antes havia ocorrido. Disseminou a
cultura e a língua grega por toda extensão do seu império.
Antioco Epifânio
Em 175 a.C., subiu ao trono da Síria, Antíoco Epifânio (Antíoco IV). Ele
colocou em seu coração o desejo de exterminar os judeus e em 168 a.C., arrasou
Jerusalém, profanou o templo erigindo um altar a Júpiter e sacrificou uma porca sobre o
altar do holocaustos. Como se não bastasse, também decretou pena de morte para quem
praticasse a circuncisão e adorasse a Deus. E também destruiu todas as cópias que
encontrou das Escrituras.
6
A Revolta dos Macabeus
Jerusalém mais uma vez estava arrasada, seu povo revoltado com a
situação que se encontravam, até que Matatias, que vivia em Modim (entre Jope e
Jerusalém), podemos assim dizer: “deu o grito de independência”. Com muita bravura
venceu diversas batalhas, mas no ano 167 a.C., no mesmo ano da revolta veio a falecer.
Os Macabeus Romano
167 476 d.C.
63 Queda do Império Ocidental
---
1453 d.C.
Império Oriental
Queda de Constantinopla 7
Os Romanos
- Hircano II (63-40):
- Antígano II (40-37):
- Herodes o Grande (37-4 a.C.):
“E tendo nascido Jesus em Belém da Judéia, no tempo do rei Herodes..., eis que uns
magos vieram do oriente a Jerusalém, dizendo: onde está aquele que é nascido rei dos
judeus? Porque vimos sua estrela no oriente e vimos a adorá-lo. E Herodes, ouvindo isto,
perturbou-se, e toda Jerusalém com ele.” Mt 2.1-3
Diversas Contribuições
Contribuição Romana
8
Militar: Pompeu tinha varrido os piratas do mediterrâneo e os soldados
romanos mantinham a paz nas estradas da Ásia, África e Europa. Isso foi uma porta
aberta para pregação do evangelho a todos os homens.
Contribuição Grega
9
Obs: Os homens até hoje tentam criar uma língua universal para que
possam comunicar suas idéias uns aos outros.
A filosofia apenas aspirava por Deus, fazendo dEle uma abstração, jamais
revelava um Deus pessoal como o do cristianismo.
10
Antigo Testamento – os judeus prepararam o caminho para a vinda do
cristianismo ao legar a igreja em formação um livro sagrado que foi muito utilizado por
Jesus e seus apóstolos.
Aspectos Religiosos
11
numeroso de todos. Jesus denunciou muitas vezes a sua rigidez legalista, que não
respeitava o mais importante - o amor - e juntava muitas outras tradições - a chamada
Lei oral ou "tradição dos antigos" - às prescrições escritas na Bíblia. Admitiam como
canônicos todos os livros da atual Bíblia Hebraica, ou seja, a Lei, os Profetas e outros
Escritos (os do AT que estão nas Bíblias católicas, exceto os Dêuterocanônicos). Sendo
rígidos na observância da Lei, eram progressistas nas idéias religiosas, pois admitiam, ao
contrário dos Saduceus, a ressurreição final e a existência de anjos. Destruído o Templo,
no ano 70, com ele desapareceu também a sua organização cultual: os sacerdotes e os
sacrifícios. Restava a Lei, a Palavra de Deus que estava na mão dos Fariseus da
Sinagoga. E foi a Sinagoga que perpetuou o judaísmo até aos nossos dias.
12
Os Herodianos. Eram os partidários da dinastia de Herodes, o Grande, que
governou os diversos territórios da Palestina a partir do ano 37 a.C. sob a suprema
autoridade dos Imperadores de Roma (ver Lc 13,31-32).
Conclusão
13
A Biografia de Jesus
Introdução
Como sendo a nova aliança, é óbvio a sua importância para Igreja, pois por
essa nova aliança é que alcançamos a salvação, mediante a fé em Jesus. Não por obras,
mas pelo dom gratuito de Deus, a sua graça.
Outro fator importante que nos leva a não nos preocuparmos em seguir a
ordem cronológica dos livros é a importância de preservarmos a ordem lógica dos
acontecimentos, ou seja.
14
A Tradição Oral
15
Os Evangelhos Sinóticos
Peculiaridades Coincidências
Marcos 7 93
Mateus 42 58
Lucas 59 41
João 92 8
João está incluído para mostrar quão grande é a divergência de material entre
ele e os Evangelhos Sinópticos. O quadro acima não significa que as coincidências
estejam em ordem verbal exata, mas, sim, que as coincidências são tão estreitas, que
tanto mostram uma relação quanto uma origem comum.
Ainda há outra observação a ser feita. O quadro acima expressa as relações
ou coincidências entre os quatro Evangelhos, usando Marcos como a unidade básica. Isto
significa que 93 por-cento de Marcos é encontrado ou em Mateus ou em Lucas, mas
somente 58 por-cento de Mateus e 41 porcento de Lucas é encontrado em Marcos (e
apenas 8 por-cento de João é comum a Marcos). O quadro não expressa a relação entre
os outros Evangelhos (Mateus e Lucas ou João e Lucas).
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Quando todo o material comum aos três Sinópticos é extraído, há cerca de
250 versículos que são partilhados por Mateus e Lucas e não são encontrados em
Marcos. Isto deixa cerca de 300 versículos em Mateus (de 1.068) e 580 versículos em
Lucas (de 1.151) que não estão em comum com Marcos ou um com o outro.
As concordâncias e coincidências são bem impressivas no Novo Testamento
grego.
Versículos idênticos nos três Evangelhos e idênticos nos dois Evangelhos são
imediatamente evidentes. A concordância, em um grande número de casos, é encontrada
no vocabulário e na ordem de palavras. Em outros exemplos, são usados sinônimos, e é
observada a ordem invertida. Também observa-se que a ordem geral da narrativa de
eventos é seguida. Quando um dos outros dois Evangelhos diverge da ordem de Marcos,
o outro é fiel a Marcos. Mateus e Lucas dificilmente concordam juntos em contraposição a
Marcos.
Este é o Problema Sinóptico. É tarefa do estudante do Novo Testamento tentar
explicar as semelhanças e divergências nos três Evangelhos. Por que eles têm tantas
coisas em comum, e como explicar as diferenças?
É difícil, para muitos, aceitar a idéia de que os escritores dos Evangelhos
poderiam ter usado histórias tanto escritas quanto orais acerca da vida de Cristo. Sua
concepção dos Evangelhos é que o Espírito Santo deu o material a cada um dos
escritores de maneira mecânica; ou seja, os autores dos Evangelhos eram simplesmente
penas nas mãos do Espírito Santo. Contudo, o prefácio do Evangelho de Lucas afirma
muito claramente que ele havia investigado muito inteiramente o material a ser escrito.
O texto do prefácio de Lucas (1:1-4) é:
"Visto que muitos têm empreendido fazer uma narração coordenada dos fatos que entre
nós se realizaram, segundo no-los transmitiram os que desde o princípio foram
testemunhas oculares e ministros da palavra, também a mim, depois de haver
investigado tudo cuidadosamente desde o começo, pareceu-me bem, ó excelentíssimo
Teófilo, escrever-te uma narração em ordem, para que conheças plenamente a verdade
das coisas em que foste instruído."
Porque Lucas expressamente afirma que ele próprio havia verificado com
"testemunhas oculares" e que outros já haviam empreendido a tarefa de escrever o
Evangelho. Isto, portanto, indicaria que Lucas teve acesso a "fontes" tanto orais quanto
escritas. Deve ser presumido, então, que os outros escritores dos Evangelhos também
usaram "fontes" para sua obra.
17
Conclusão
Por que há quatro evangelhos, especialmente quando os três primeiro parecem abranger
quase o mesmo assunto? Um só não seria o suficiente?
18
O leão era o símbolo da tribo de Judá, a tribo real. Em Mateus nosso Senhor é
singularmente "O Leão da Tribo de Judá".
Em Mateus, o evangelho do Rei, vê-se nos primeiros capítulos o Rei dos
Judeus e por Fim o Rei soberano nos céus e na terra, enviando para exigir sua sujeição e
homenagem.
Marcos Escreveu aos Romanos, um povo cujo ideal era o poder e o serviço,
assim Marcos descreveu Cristo o Servo fiel.
O boi é o emblema do trabalho servil. Ele representava entre os antigos do
oriente, o trabalho paciente e produtivo. A ênfase do livro se encontra num Cristo ativo,
um Servo forte, mas humilde.
Em Marcos, o evangelho do grande Servo de Deus, enfatizam-se os atos de
Cristo, não as Suas palavras, Marcos conta a lida incansável do Servo de Jeová.
Lucas Escreveu a um povo culto, os Gregos, cujo objetivo era atingir a
perfeição e assim chegar a ser deus, assim Lucas apresenta Cristo como o Filho do
homem, perfeito em tudo e que chegou a ser Deus.
O homem é símbolo de inteligência, razão, emoção, vontade, conhecimento,
amor.
“Ora, para que saibais que o Filho do homem tem sobre a terra autoridade para perdoar
pecados (disse ao paralítico), a ti te digo: Levanta-te, toma o teu leito e vai para tua
casa.” Lc 5.24
“E diziam à mulher: Já não é pela tua palavra que nós cremos; pois agora nós mesmos
temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo.” Jo 4.42
19
Paralelo Significativo
“E a forma dos seus rostos era como o rosto de homem; e à mão direita todos os quatro
tinham o rosto de leão, e à mão esquerda todos os quatro tinham o rosto de boi; e
também tinham todos os quatro o rosto de águia;” Ez 1.10
Datas e Autorias
João Î (entre 90 – 100 d.C.) Escrito pelo apóstolo que Jesus amava, e
direcionado a todos que os receberam como Senhor e Salvador de suas vidas, à Igreja.
20
O Evangelho Segundo Mateus
1) Mt 4:12: “Ouvindo, porém, Jesus que João fora preso, retirou-se para a
Galiléia”.
Entre estes dois pontos, vemos o ministério de Jesus na Galiléia (que ocupa a
maior parte do livro).
Veja:
21
• Os termos chaves de Mateus: “O Reino dos Céus”; “para que se cumprisse o
que foi dito”.
• O uso de parábolas é marcante. O objetivo do uso de parábolas: um povo
cujo coração estava endurecido, cujos olhos olhavam, mas não viam, cujos ouvidos
ouviam, mas não escutavam. Jesus queria lhes facilitar o entendimento para que
pudessem se converter e receber cura (Mt 13:13-15; Mc 4:33).
Jesus, ao se referir à lei escrita, dizia: “Está escrito” (4: 4 6,7; 11:10; 21:13;
26:24, 31), enquanto que ao se referir à lei oral dizia:
“Foi dito... eu, porém vos digo” (5:21, 22, 27, 28, 31, 32, 33, 34, 38, 39, 43,
44).
O caso do 6º mandamento é típico: “Não matarás” era a lei escrita; “e quem
matar estará sujeito a julgamento” é o adendo da lei oral.
Em Marcos não há genealogia, pois foi escrito visando o público romano, que
não se importava com genealogias.
Marcos já inicia com Jesus sendo batizado no rio Jordão, e logo em seguida
começa o relato dos milagres (ação!).
22
Marcos não se ocupa tanto com o que Jesus disse, mas com o que Jesus fez! A
palavra-chave no evangelho de Marcos é “imediatamente” (“na mesma hora”).
A maioria dos capítulos começa com a conjunção “E”, dando seqüência rápida
à narrativa.
Jesus é apresentado como servo, sem que com isso perca a dignidade e a
majestade (Mc 10:42-45). Suas mãos estão sempre trabalhando (Marcos fala muito das
mãos de Jesus).
23
O Evangelho Segundo Lucas
Este é o mais longo dos Evangelhos. Lucas também é o autor de Atos dos
Apóstolos, o que faz dele o maior escritor do Novo Testamento em termos de quantidade
de material escrito.
24
Lucas mostra Jesus orando como em nenhum outro dos evangelhos (o lado
humano ⇒ dependência).
Lucas dá destaque aos pobres. Jesus anuncia que veio pregar o Evangelho aos
pobres (4:18), recomenda auxílio aos pobres (14:13), fala sobre o rico e o pobre Lázaro
(16:19-31).
25
O Evangelho Segundo João.
SINÓTICOS JOÃO
Mostram o que Jesus é. Mostra quem Jesus é.
São uma apresentação de Jesus. É uma interpretação de Jesus.
Mostram Jesus exteriormente. O interpreta interiormente.
Enfatizam aspectos humanos. Enfatizam aspectos divinos.
O Leão, o boi, o homem. A Águia.
Discursos públicos. Discursos particulares.
Ministério na Galiléia. Ministério na Judéia.
Mostram fatos. É doutrinário.
Genealogia humana. Revelação divina anterior à criação.
26
Atos dos Apóstolos
Também escrito por Lucas (depois de 80 d.C.), pode-se considerar o livro dos
atos do Espírito Santo atuando nas vidas dos apóstolos de Jesus Cristo.
Este livro mostra a história do início da Igreja, desde a ascensão de Cristo, até
o fim de 2 anos de aprisionamento de Paulo em Roma.
PEDRO PAULO
1º Sermão – cap. 2 1º Sermão – cap. 13
Cura de um coxo – 3 Cura de um coxo – 14
Influência da sombra – 5 Influência dos lenços – 19
Imposição das mãos – 8 Imposição das mãos – 19
Pedro adorado – 10 Paulo adorado – 14
Ressurreição de Tabita– 9 Ressurreição de Êutico – 20
Prisão de Pedro – 12 Prisão de Paulo - 28
O Espírito Santo tem destaque especial no livro de Atos (Marcos cita o Espírito
Santo 6 vezes; Mateus 12 vezes; Lucas 18 vezes - Atos 57 vezes!).
Jesus alerta seus discípulos para não deixar Jerusalém, mas para ali esperar
pela vinda do Espírito Santo (At 1:4).
Atos nos mostra que o Espírito Santo é uma pessoa ((10:19); 13:2 ; 21:11),
por ser Deus, Ele decide e direciona o curso da Igreja (13:2 ; 16:6); Ele dá testemunho
do Cristo ressureto (5:32); Jesus dá ordens aos discípulos através do Espírito Santo (1:2
; 8:29 ; 10:19 ; 11:12-28 ; 13: 2-4 ; 15:28 ; 16:6); é Ele quem converte o incrédulo
(2:38 ; 9:17 ; 10:47 ; 11:16 ; 19:6 ; 8:15). É Ele que dá sabedoria para testemunhar
(6:9-10) e traz consolo e alegria (9:31; 13:32).
27
1) O ataque contra Estevão ⇒ marca uma mudança no curso da história da
Igreja.
a) Estevão tinha um ministério comprovado por sinais e milagres (6:8), porém
marcado pela perseguição dos judeus (6:9-15);
Jerusalém permanece como centro histórico (os apóstolos ficam lá); Antioquia,
centro estratégico.
b) Até este evento, os líderes da Igreja eram homens que conheceram a Jesus
na carne; Paulo inaugura uma nova geração, que vinha com uma nova visão dada pelo
Senhor: alcançar os gentios. Esta missão é descrita de forma emocionante através das
viagens de Paulo.
28
3) A entrada dos gentios na Igreja.
Seu final é “sui generis”, por ser reticente, como se não tivesse acabado. Por
que? Cremos que isto também foi um ato sobrenatural do Espírito Santo, que continua
completando a história da Igreja, até o dia em que veremos com nossos olhos o
fechamento desta fase, com o evento da 2ª vinda do Senhor!
29
As Epistolas Paulinas
Gálatas Î (49 ou 50 d.C.) Epistola escrita pelo apóstolo Paulo, 14 anos depois
de sua conversão, após a visita de fome que veio sobre Jerusalém (At 11.27) e antes do
seu concílio (At 15), muito provavelmente enviada de Corinto.
Obs.: Houve uma epistola escrita aos laodicenses também nesse período que
foi perdida.
30
Romanos.
Nacional (cap. 9-11) ⇒ fala como o evangelho está ligado a Israel – o cap. 9
mostra que o evangelho sendo para o mundo inteiro, não cancela o propósito de Deus
para com Israel. O cap. 10 mostra que o evangelho ao invés de abolir o plano de Deus
para Israel, cumpre a promessa feita a esse povo (apesar da promessa da salvação pela
fé, Israel tenta a salvação por obras – v. 1-4, e tropeça no problema da incredulidade –
v.18-21). O cap. 11 ⇒ o evangelho confirma a grande perspectiva diante da nação (v.
25-29).
Prática (cap. 12-16) ⇒ fala como o evangelho influencia a conduta – são
capítulos eminentemente práticos e de fácil entendimento.
31
1 Coríntios
Num meio como este não é surpresa que a Igreja de Corinto estivesse
contaminada com numerosos problemas, e apesar de ter manifestações dos dons do
Espírito em abundância, era uma igreja imatura e não-espiritual (3:1-4).
A Igreja de Corinto foi fundada por Paulo (At 18:1-17), onde permaneceu
ensinando por 18 meses (1 ½ ano), auxiliado por Áquila e Priscila, Silas e Timóteo.
32
culto público (o uso de véu, a Ceia do Senhor, os dons do Espírito, a importância do
amor, ressurreição dos mortos etc.).
2 Coríntos
Paulo os relembra de sua conduta entre eles, que fora ética e honrosa,
causando transformação de vidas através da mensagem do Evangelho.
Após esta carta, Paulo fez uma 2ª (e provavelmente a última) visita à Igreja
de Corinto (At 20:1-4).
33
A carta pode ser dividida em 3 partes:
Gálatas
Esta epístola foi motivada pela infiltração dos “judaizantes” com seu legalismo
no meio da Igreja, induzindo os gálatas a erro.
ª Gl 1:6-7: “Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos
chamou na graça de Cristo, para outro evangelho; o qual não é outro, senão que há
algum que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo”.
Se alguém lhe dá uma maçã e depois uma laranja, ambas são frutas, mas a
segunda é heteros, outra fruta, mas de espécie diferente.
Mas se lhe dão uma segunda maçã, então é allos, outra fruta, mas da mesma
espécie.
Mas será que existem evangelhos diferentes, mas da mesma espécie (“allos”)?
34
Mas quando algo além da GRAÇA é misturado ao Evangelho, ele deixa de ser
uma forma diferente do mesmo Evangelho, e passa a ser um outro evangelho.
Efésios
35
Efésios nos revela a riqueza do crente em união com Cristo; retrata a glória da
nossa salvação e enfatiza a natureza da Igreja como Corpo de Cristo.
Filipenses
Era uma Igreja amada por Paulo, sendo chamada por ele de “minha alegria e
coroa”, que sempre o apoiara até mesmo financeiramente (4:10-19).
Uma passagem marcante está no cap. 2:5-11, onde somos exortados a ter a
mesma atitude de Jesus, que esvaziou-se de si mesmo, assumiu forma de servo, foi
obediente ao Pai (KENOSIS).
36
Colossenses
O que motivou o apóstolo Paulo a escrever esta carta foi o fato de uma nova
falsa doutrina, chamada Gnosticismo ter se infiltrado na igreja. Era uma mistura de
filosofia com religião que modificava a mensagem do Evangelho.
37
1 e 2 Tessalonicenses
Tal tema é abordado na 1ª epístola e aprofundado na 2ª, uma vez que parece
que certos ensinos haviam sido erroneamente interpretados.
38
1 e 2 Timóteo
Era necessário:
Por não ser mais uma pequena comunidade, mas uma igreja que estava
causando impacto não somente em Éfeso, mas em toda a Ásia menor, era necessário
considerar e orientar os crentes quanto ao lado público de sua fé (1 Tm 2:1-7);
39
a mulher. Gálatas 3:28⇒ “Dessarte não poder haver judeu nem grego; nem escravo,
nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus”. Em
Éfeso, era impossível que as mulheres participassem ativamente da vida e da liderança
da igreja, por sua condição cultural (as mulheres eram proibidas, por lei, de receber
educação acadêmica ou religiosa). Hoje, não somente a participação feminina é possível,
como é de suma importância.
Tito
Tito era grego de nascimento, e embora seu nome não apareça no livro de
Atos, ficamos sabendo através das epístolas que ele se converteu logo no início do
ministério de Paulo, pois o acompanhou em sua visita a Jerusalém, quando discutia-se a
necessidade ou não dos gentios convertidos manterem a lei mosaica (Gl 2:1-4). Foi
também emissário de Paulo à igreja de Corinto durante a 3ª viagem missionária (2 Co
7:6-7; 8:6-16), tendo desempenhado com grande sucesso a tarefa recebida.
Era este o caso da igreja de Creta, uma ilha grega, aonde o evangelho
chegara através de Paulo, mas estava sendo infiltrada por vícios e desvio da cultura
grega, e, para variar, pelos malfadados judaizantes. Paulo, então, envia para ser o líder,
pastor, administrador e orientador (função episcopal) o seu amado e hábil Tito, com a
função de corrigir os erros doutrinários que houvessem, descobrir homens com chamado
ministerial e ordená-los, enviando-os para as cidades ao redor onde havia igrejas
passando por problemas semelhantes.
40
Filemon
A epístola trata do caso de Onésimo, que era um escravo de Filemon, que por
sua vez era colaborador de Paulo (v. 1) e líder de uma igreja (v. 2). Áfia era
provavelmente sua esposa e Arquipo seu filho, também colaborador de Paulo e ministro
do evangelho (Cl 4:17).
Onésimo havia fugido e ao que indica o v. 18, roubou uma soma de dinheiro,
indo para Roma, refúgio de muitos escravos fugitivos. Em Roma, Onésimo se converteu
sob o ministério de Paulo.
Não sabemos ao certo o destino de Onésimo. Mas seu nome aparece em uma
carta escrita por Inácio de Antioquia, um conhecido bispo da igreja primitiva. Este foi
preso e durante sua prisão escreveu para o novo bispo que ocupara seu lugar, de nome
Onésimo. Acredita-se que era o mesmo Onésimo da epístola de Filemom, que uma vez
retornado foi perdoado e usado na obra de Deus como fiel colaborador.
41
As Epistolas Gerais
Hebreus.
Esta epístola tem grande relação com o A.T., em especial o livro de Levítico.
Em Levítico vemos os sacrifícios que deviam ser apresentados dia após dia; comparados
com Jesus, que ofereceu sacrifício único e definitivo (Hb 10:11-12).
Isto não significa que não há mensagem para nós hoje. Nesta epístola
aprendemos sobre o ministério atual de Jesus (ministério sacerdotal, intercessório);
aprendemos a superioridade do Evangelho sobre rituais religiosos; aprendemos que em
Jesus temos sacrifício pleno e definitivo não se podendo melhorá-lo ou superá-lo, seja
acrescentando-lhe, seja misturando-lhe algo.
A palavra-chave em Hb é “superior”.
Jesus também é superior aos anjos (caps. 1 e 2), a Moisés (3), Josué (4), a
Arão (5-7).
42
Nos capítulos 10:19 ao final, sobre a fé como resposta à pessoa e a obra de
Cristo.
Este livro é de grande importância porque:
Nos responde questões quanto à verdadeira religião e nos mostra como obter
acesso a Deus;
Tiago
Escrita pelo mais velho entre os irmãos carnais de Jesus (filho de Maria e José
– veja Mc 6:3). Foi incrédulo até a época da crucificação, mas converteu-se após a
ressurreição (1 Co 15:7), transformando-se em um homem de oração (diz a tradição que
se tornou-se conhecido como “Tiago joelhos de camelo”, devido aos calos que se
desenvolveram pelo hábito de orar ajoelhado), vindo a ser designado líder (bispo) da
igreja de Jerusalém (At 15:13-21).
43
Com isto, devemos concluir que Tiago não constitui uma resposta contrária
aos escritos de Paulo (como querem alguns), pois estes ainda não haviam sido redigidos.
Os assuntos tratados na epístola são muitos, mas Tiago jamais teoriza; sua
exortação por toda a epístola é visando o cristianismo prático.
Tiago não defende as boas obras como um meio de salvação, mas como um
produto desta.
Idéia básica de Tiago: “se a sua fé não afeta a sua conduta, o seu cristianismo
é falso”.
1 Pedro
A epístola foi escrita por Silas (também chamado Silvano), que serviu de
amanuense (secretário) de Pedro, o que explica o seu grego refinado (5:12).
O local onde a carta foi escrita é descrito como “Babilônia” (5:13), nome-
código usado para simbolizar Roma, o estado Romano e seu sistema, com intuito de
evitar problemas maiores com autoridades romanas.
44
2) A Graça nos capacita a um comportamento de submissão a autoridade
(1:11; 3:12).
2 Pedro
A primeira carta foi escrita em torno do ano 60, a segunda, cerca de 68 a.D.,
ano em que Pedro foi martirizado. Neste intervalo de tempo surgiram falsos mestres que
causavam confusão e divisão.
45
1 João
Escrita pelo apóstolo João, cerca de 90 A.D.; nesta época João era o único
sobrevivente dos 12 apóstolos.
A carta foi motivada pela presença dos “mestres” gnósticos (já vimos sobre o
gnosticismo quando analisamos Gálatas), que se infiltraram nas igrejas. Os gnósticos
ensinavam que o corpo era malígno, e precisava ser tratado duramente, havendo um
antagonismo insolúvel entre a matéria e o espírito. Dessa forma, Jesus como espírito
puro não poderia jamais ter tido um corpo material (seu corpo seria penas virtual, uma
espécie de fantasma), e ainda que fosse real, seria apenas o corpo de Jesus-homem,
mas não do Cristo-Espírito. O Cristo-Espírito entrara em Jesus no seu batismo nas águas,
mas deixou-o pouco antes da crucificação.
2 e 3 João
Estas são epístolas pessoais (embora alguns creiam que a “senhora eleita e
seus filhos” a quem 2 Jo é dirigida trate-se da própria igreja).
46
Durante os 2 primeiros séculos, o Evangelho era levado de lugar em lugar por
evangelistas e mestres intinerantes.
Judas
Escrita por um dos irmãos de Jesus (Mt 13:55 e Mc 6:3), irmão de Tiago.
Mais uma vez o motivo que levou a escrever tal carta foi a infiltração dos
falsos mestres (gnósticos) (o objetivo inicial era escrever sobre salvação – v. 3).
47
A linguagem da epístola é severa, mas o problema abordado exigia tal
severidade, pois implicava no destino eterno das pessoas; no entanto, Judas nos
relembra que ao lutar pela fé, devemos permanecer no amor de Deus.
Esta epístola costuma ser chamada “epístola gêmea de 2 Pedro”, pois há
várias referências comuns.
Apocalipse.
O livro nos mostra claramente que foi escrito num período em que os cristãos
estavam sendo ameaçados por Roma, sob pressão para que renunciassem à sua fé,
aceitando o culto ao imperador. Alguns crêem que foi escrito durante a perseguição
promovida por Nero depois do incêndio de Roma em 64 A.D.. No entanto, os estudiosos,
em sua maioria, concordam uma data mais recente, em torno de 90 A.D., durante o
reinado de Domiciano, um imperador perverso que reinou no período de 81-96 A.D.,
tendo promovido uma perseguição das mais terríveis que se tem notícia na história da
cristandade. Esta data mais recente é também sustentada por escritores cristãos antigos
(os chamados “pais da Igreja”), como é o caso de Irineu (130 – 200 A.D.), além de se
enquadrar melhor com o quadro de complacência e deserção das igrejas nos capítulos 2
e 3.
A interpretação do Apocalipse de João tem se tornado assunto polêmico, mas
podemos considerar quatro linhas interpretativas básicas:
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que os planos divinos são realizados através de dois povos diferentes: o Israel nacional e
a Igreja, existindo portanto dois programas proféticos distintos.
De acordo com esta visão, Cristo voltará para destruir a besta, prender a
Satanás e então iniciar um período de mil anos (o “milênio”) de paz sobre a terra,
através de um regime judaico, onde a lei de Moisés, assim como os sacrifícios de animais
e o templo de Jerusalém seriam restaurados.
Seja qual for à linha que se pretende seguir, é importante entender a chave
da interpretação do Apocalipse: a própria Bíblia (chave esta ignorada por muitos
intérpretes modernos).
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Conclusão
“Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo“.
(Jo 1.17)
Gilvan Nascimento
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Bibliografias
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