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ECOS DO PASSADO
Mundo da diversidade,
Inúteis palavras da comunicação,
Festas, heróis e sodomias,
Princípio do fim,
Delírios levianos,
Mentes sem luz ou arcanos,
Vidas, loucuras, fantasias.
ÁGUAS E FOGO
...
Magazines, encantamentos,
Sinos, luzezinhas, isopor,
Heróis, presépios, histórias,
Símbolos que são e que vêm,
Tento e consigo transpor!
Comemora a emoção,
Envolve o clima, abraça a festa,
Sob o céu Halley cometa,
E viagens siderais.
Terra. Véus escuros sobre esta!
Magnífico João!
Novamente o profeta,
Doze tribos, Israel,
Cento e quarenta e quatro mil,
De quantos mais será a meta?
...
OLHARES DE EGO
Estúpido eu sou,
Rocio, alvorada,
Orvalhar, madrugada.
Solene mover, mistério Ser!
Repetir-se, esvaecer...
Matutina – estrela linda,
Vênus prata, em astro ainda,
Dalva aurora, ao sol nascente,
Vésper guia, ao sol poente.
Estúpido eu sou,
Segredos de Gaia,
Ardores brotando, magias de Maia,
Terras e húmus assim como estão,
Tempo, outro tempo, essas terras serão,
Eflúvios e cheiros, coisas benditas,
Mulheres, feitiços, coisas malditas.
Pedras, esfinges, portas, portais,
Nuvens e brumas e seres costais.
Estúpido eu sou,
Caminhos da lida,
Árvore, ramos, sementes de vida,
Frutos do bem e do mal,
Tibi sunt Malkuth – a ordem real,
Reino, poder e glória, são meus,
Bato à porta, não podem ser teus.
Idílios, amantes, Maithuna sem fim,
Sem gozo, com gozo, importa-me assim.
Estúpido eu sou,
Magia de templos,
Invoco, evoco seguidos exemplos,
Só creio que eu faço: aqui eu serei,
Mente, sentença: poderes terei!
Caminhos se mostram de outros trilhar,
Me prendo, ignoro eu quero ficar.
Não saio, protejo, apreendo e guardo,
Alivio meu ego ou aumento meu fardo?
Estúpido eu sou,
Tempos são outros,
Procuro olhares a ver novos rostos,
Busco lá fora sentir Nova Era,
Coisa sem nexo eis tudo me espera.
Mídia danada às imagens guiar,
Almas sem guarda do não despertar,
Não mantos internos; paixões e gaiolas,
Tsunamis a vista e ondas e olas.
Estúpido eu sou,
Brasil minha terra.
Profético sonho que aqui se encerra,
Homens, governo, déspota mão,
Dinheiro a rodo a falta do pão,
Crimes de mortes, coisas horrendas,
Povo que implora novas contendas,
Treva grassante haverá dissipar,
Comunas de frente não hão de ficar.
Estúpido eu sou,
Pensar que é saber,
Coisa tão fácil jamais pode ser,
Análise, cruz, aresto, implosão,
Palavras ferinas, sem dó, compaixão.
Juras não servem, não sei mais dizer,
Ego impoluto que mais posso ser,
Perdão meu amigo, agora me vou,
Estúpido eu sou, estúpido eu sou!
...
IMPLOSÕES
Unidades carbono,
Milhares, bilhões,
Ideias travadas.
Terras inférteis,
Corpos andantes,
Cabeças domadas.
Sangue impiedoso,
Lágrimas frias,
Em vão derramadas.
Mortes e mortes,
Preces sem ecos,
Graças negadas.
Mapa do jogo,
Cavalos, peões,
Peças jogadas.
Rainhas e reis,
Espúrias as leis,
As mãos ocultadas.
Promessas de paz,
Mentiras sagazes,
Guerras forjadas.
Humanos robôs,
Dinheiro a rodo,
Panelas furadas.
Dias de medo,
Planeta ferido,
Pessoas caladas.
Venenos no ar,
Dragão pelos céus,
Bestas amadas.
Templos escuros,
Rezas e fúrias,
Janelas fechadas.
Astros, perigos,
Ciência sem luz,
Razões apagadas.
Núpcias do Pai,
Noiva estelar,
Idades douradas.
Terror escondido,
Portas abertas,
Cortinas rasgadas.
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CRISÁLIDAS
Quem sois,
A desejar viajar ao mundo e sofrer por nós?
A este planeta cheio de generais,
De falsos heróis a pseudo santos,
De pregadores políticos a roqueiros sem lar,
Mensageiros de todas as espécies,
De profetas eletrônicos,
A tantos milhares de Barrabás?
Dizei-me, dizei-me ..., se sois capaz!
Com pés no chão e olhos presos no horizonte,
Sem a mente ilusionada por diversas vacilações,
Nem códigos, credos e sutras,
Lidos, relidos, sortidos,
Quantos dizeres terrenos, ó nosso Pai,
Amalgamados às nostalgias do tempo,
Que não vos ecoem mais?
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ENLEVOS
Autoria de Rayom Ra
Rayom Ra
http://arcadeouro.blogspot.com.br