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Universidade Federal Fluminense

Instalações Prediais II
5ª Edição – 02/2009

Prof. Eliana Moreira Siciliano


1

Instalações Prediais
1. Projetos Envolvidos
1.1 Entrada de Energia em B.T. ou A.T.
1.2 Instalações Elétricas de B.T.
1.3 Instalações Especiais (Tel/TV/CFTV/Interfone/Dados e etc.).
1.4 Instalações Hidráulicas (água fria e quente).
1.5 Instalações Sanitárias.
1.6 Águas Pluviais
1.7 Instalação de Gás Combustível (canalizado ou GLP).
1.8 Instalação Contra Incêndio e Pânico.
1.9 Refrigeração (conforto ambiental).
1.10 Exaustão Mecânica.

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Projetos de Instalações Prediais
1. Conteúdo Mínimo
1.1 Plantas baixas dos pavimentos (escala 1/50)
1.2 Legendas
1.3 Esquemas verticais (sem escala)
1.4 Diagramas unifilares e quadros de carga (projeto elétrico).
1.5 Esquemas Hidráulicos.
1.6 Memória de Cálculo (dimensionamento).
1.7 Especificação dos materiais e equipamentos (memorial descritivo do projeto)
1.8 Levantamento quantitativo.

2. Plantas Executivas
2.1 O que são e para que servem.
2.2 Plantas executivas mais usuais em instalações prediais:

a. Para projeto de instalação hidráulica:

• Perspectiva isométrica ou vistas (escala 1/20).


b. Para projeto de instalação sanitária:

• Detalhe de esgoto em planta baixa (escala 1/20).

c. Planta de Fôrma com a “Furação” das Lajes e Vigas.


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Aprovações
Concessionárias Envolvidas
a. Energia Elétrica (somente até a medição).
b. Telefonia (somente até o PTR).
c. Abastecimento e Saneamento.
d. Gás Canalizado.
e. Corpo de Bombeiros.
f. Prefeitura.

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IDENTIFICAÇÃO DAS TUBULAÇÕES POR CORES
(segundo a NBR6493)
CINZA-ESCURO - ELETRODUTO

VERDE-EMBLEMA – ÁGUA, EXCETO A DESTINADA A COMBATER INCÊNDIO

VERMELHO-SEGURANÇA – INCÊNDIO

AZUL-SEGURANÇA – AR COMPRIMIDO

COR-DE-ALUMÍNIO – GASES LIQUEFEITOS

AMARELO-SEGURANÇA – GASES NÃO LIQUEFEITOS

PRETO – INFLAMÁVEIS / ESGOTO SANITÁRIO

ALARANJADO-SEGURANÇA – PRODUTOS QUÍMICOS NÃO GASOSOS

CINZA-CLARO – VÁCUO

BRANCO - VAPOR

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5 SISTEMAS DE ABASTECIMENTO
1- DIRETO (ASCENDENTE / DA REDE DE DISTRIBUIÇÃO ATÉ OS PONTOS DE CONSUMO)
2- INDIRETO (DESCENDENTE / COM RESERVATÓRIO)
2.1- SEM BOMBEAMENTO (APENAS COM RESERVATÓRIO SUPERIOR )
2.2- COM BOMBEAMENTO (DOIS RESERVATÓRIOS E BOMBA DE RECALQUE)

ESQUEMA GERAL DE ABASTECIMENTO DESCENDENTE COM BOMBEAMENTO


OBS.:
1) Situações em que podemos não ter:
1.1) Válvula de pé;
1.2) Válvula de retenção.
(RESERVATÓRIOS SUPERIOR)
2) Cuidados com a localização da casa de bombas de recalque x visitas. (Cavitação) LADRÃO VISITA VISITA
LADRÃO
(P/ A.P.) RG RG (P/ A.P.)
1- DISTRIBUIDOR PÚBLICO
TUB.REC.
2- COLAR DE TOMADA
3- REG. DE DERIVAÇÃO
RTI RTI
4- RAMAL DE ENTRADA LIMPEZA
5- BÓIA RG
RG (P/ A.P.)
6- VÁLVULA DE PÉ OU CRIVO
7- VÁLVULA DE RETENÇÃO RG (BARRILETE DE INC.)
UNIÃO C.B.REC. RG RG
RG
P/B.INC.
RG RG
3/4" RG
RG (BARRILETE
RG
HIDRÔMETRO B1 RG DE DIST.AF)
VISITA 7
4 4
B2
1
TUB.SUC.

3 5
2
(P/ DISTRIB.)

h 6
(CISTERNA)
h > 10cm
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6 ALGUNS EQUIPAMENTOS IMPORTANTES NA CASA DE BOMBA DE RECALQUE

BÓIA COLAR DE TOMADA VÁLVULA


DE RETENÇÃO

INST. DAS
VÁLVULAS DE PÉ
UNIÃO VÁLVULA DE PÉ E DE RETENÇÃO

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ESQUEMA HIDRÁULICO TÍPICO DA INSTALAÇÃO DE


DUAS BOMBAS DE RECALQUE (UMA RESERVA) DE
UMA EDIFICAÇÃO DE USO COLETIVO

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REGISTROS DE GAVETA E DE PRESSÃO
A) BRUTOS:

REG. DE REG. DE
GAVETA PRESSÃO
BRUTO BRUTO

B) BASES (PARA RECEBEREM ACABAMENTOS):

REG. DE REG. DE
GAVETA PRESSÃO BASE
BASE

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VANTAGENS E DESVANTAGENS ENTRE: CAIXAS E VÁLVULAS DE DESCARGA

VÁLVULA DE
DESCARGA

CAIXA DE
DESCARGA
CAIXA DE DESCARGA
ACOPLADA
EMBUTIDA

CAIXA DE DESCARGA
APARENTE

1) QUANDO É MAIS CONVENIENTE A INSTALAÇÃO DE CADA


UMA DELAS E O POR QUÊ?
2) CUIDADOS ESPECIAIS COM AS COLUNAS DE ABASTECIMENTO
QUANDO INSTALAMOS VÁLVULAS DE DESCARGA (INCLUSIVE
COM O MATERIAL EMPREGADO).
3) DIFERENÇAS ENTRE VAZÃO X PRESSÃO DE SERVIÇO PARA
A INSTALAÇÃO DE CADA UMA DELAS.

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10 EXCESSO DE PRESSÃO
ESQUEMA VERTICAL DE ÁGUA C/ BARRILETES
DESCENDENTE E ASCENDENTE
(VÁLV. REDUTORA DE PRESSÃO)

OBS.: AS TUBULAÇÕES DEVEM SER DIMEN-


SIONADAS DE MODO A GARANTIR:

1- VAZÃO ADEQUADA NOS PONTOS DE CONSUMO,


SEM INCORRER NO SUPERDIMENSIONAMENTO.

2- A VELOCIDADE DE ESCOAMENTO NÃO ATINJA


VALORES SUPERIORES A 3m/s.

3- EM QUALQUER PONTO DA REDE PREDIAL


DE DISTRIBUIÇÃO, A PRESSÃO DA ÁGUA EM
CONDIÇÕES DINÂMICAS, NÃO SEJA INFERIOR A
1mca (EXCETO P/ OS PONTOS DE CX. DE DESC. E
DE VÁLV. DE DESC.-0,5mca E 1,5mca, RESPECTI-
VAMENTE).

4- EM CONDIÇÕES ESTÁTICAS, A MESMA NÃO DEVE


SER SUPERIOR A 40mca.

5- NO DIMENSIONAMENTO DAS TUBULAÇOES,


DEVEM SER CONSIDERADAS AS SOBREPRESSÕES
DEVIDAS A TRANSIENTES HIDRÁULICOS, DESDE
QUE NÃO SUPEREM O VALOR DE 20mca.

a) Barriiletes ascendentes (ou invertidos)

RRV = Pm_____
Pj + 14mca

RRV – Relação de redução da VRP


Pm – Pressão a montante
Pj – Pressão a jusante (à vencer)
14mca – Valor de tolerância à pressão de jusante

b) Barriletes descendentes (ou intermediários)


Relação de redução da VRP = 3:1
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VÁVULAS REDUTORAS DE PRESSÃO
VERTICAL E HORIZONTAL

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FALTA DE PRESSÃO
1) UTILIZANDO UM SISTEMA HIDROPNEUMÁTICO
1.1) COMO PRESSURIZADOR APENAS 1.2) COMO PRESSURIZADOR E BOMBEAMENTO

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2) UTILIZANDO UM PRESSURIZADOR ELETRÔNICO

SEM TANQUE

* PERMANECE LIGADO
EQUANTO ALGUM PONTO
DO ABASTECIMENTO
PRESSURIZADO ESTIVER
ABERTO

ESQUEMA HIDRÁULICO

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14 HIDROPNEUMÁTICO (COMO ALTERNATIVA DE SISTEMA DE
ABASTECIMENTO)

SUBSTITUINDO O
RESERVATÓRIO
SUPERIOR

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Exemplo de Desenho de Projeto
* Planta Baixa
e Isométrica
Inst.Hidráulica
Água Fria

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ALTURAS VERTICAIS PARA OS PONTOS
DE ÁGUA E DE ESGOTO
PONTOS DE SAÍDA DE ÁGUA
ALTURAS EM m
(piso pronto e em eixo de tubulação)
VÁLVULA DE DESCARGA 1.00
VASO SANITÁRIO 0.33
PONTOS DE SAÍDA DE ESGOTO
ALTURAS EM m
CAIXA ACOPLADA 0.20
(piso pronto e em eixo de tubulação)
LAVATÓRIO 0.60 TANQUE 0.40
BIDÊ 0.20 MÁQUINA DE LAVAR ROUPA 0.80
DUCHA DE MÃO 0.45 PIA DE COZINHA 0.55
CHUVEIRO 2.10 A 2.20 LAVATÓRIO 0.55
REGISTRO DE PRESSÃO DO CHUV. 1.00 MÁQUINA DE LAVARPRATO (SOB A BANCA) 0.15 A 0.25
TANQUE 1.10 MÁQ. DE LAVAR PRATO (SOBRE A BANCA) 1.00
MÁQUINA DE LAVAR ROUPA 0.80 BEBEDOURO 0.75
PIA DE COZINHA (BICA NA BANCA) 0.60 MICTÓRIO COM SIFÃO INTEGRADO 0.50
PIA DE COZINHA (BICA NA PAREDE) 1.10 MICTÓRIO SEM SIFÃO INTEGRADO 0.35
TORNEIRA 0.60
FILTRO 1.80
BEBEDOURO 0.75
MÁQUINA DE LAVAR PRATO (SOB A BANCA) 0.50
MÁQ. DE LAVAR PRATO (SOBRE A BANCA) 1.00
AQUECEDOR DE PASSAGEM À GÁS 1.45
MICTÓRIO 1.05
SAUNA 0.60

PVC MARROM COBRE - CPVC FERRO GALVANIZ.

EQUIVALÊNCIA DE (VARAS DE 3m E 6m)


1/2" - 20mm
(VARAS DE 5m)
1/2" - 15mm
(VARAS DE 3m E 6m)
1/2" - 16mm
DIÂMETROS 3/4" - 25mm
1" - 32mm
3/4" - 22mm 3/4" - 20mm
1" - 25mm
1" - 28mm
1.1/4" - 40mm 1.1/4" - 35mm 1.1/4" - 32mm
PARA AS TUBULAÇÕES DE ÁGUA FRIA E QUENTE 1.1/2" - 50mm 1.1/2" - 42mm 1.1/2" - 40mm
2" - 60mm 2" - 54mm 2" - 50mm
2.1/2" - 75mm 2.1/2" - 66mm 2.1/2" - 63mm
3" - 85mm 3" - 79mm 3" - 75mm
4" - 110mm 4" - 104mm 4" - 100mm

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MATERIAIS USUAIS PARA ÁGUA FRIA
PVC MARROM SOLDÁVEL
PVC MARROM ELUMAPLAST
TUBOS (P/ TERMINAÇÕES) (PARA TERMINAÇÕES)

JOELHO DE 90º

JOELHO DE 90º SOLDA-ROSCA


LUVA
(SIMPLES E DE CORRER)

PVC AZUL JOELHO DE 90º SOLDA-ROSCA (BRONZE)


BUCHA DE REDUÇÃO
(CURTA E LONGA) (P/ TERMINAÇÕES)

CURVA DE TRANSPOSIÇÃO

JOELHO DE 90º C/ BUCHA DE LATÃO


ADAPTADOR
P/ REGISTRO LUVA SOLDA-ROSCA (BRONZE)

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DIMENSIONAMENTOS
1) DIMENSIONAMENTO DOS RESERVATÓRIOS:
CONSUMO DIÁRIO
1.1) PRÉDIOS RESIDENCIAIS:

1.1.1) TAXA DE OCUPAÇÃO:


•DUAS PESSOAS PARA CADA QUARTO SOCIAL E UMA PARA CADA
QUARTO DE SERVIÇO.

1.1.2) CONSUMO DIÁRIO:


* 200 LITROS POR PESSOA.

TAXA DE OCUPAÇÃO

RESERVA MÍNIMA: UM DIA DE CONSUMO

RESERVA MÁXIMA: TRÊS DIAS DE CONSUMO

NOTA: NO CASO DE PRÉDIOS, ATENÇÃO PARA A RES. TÉCNICA DE INCÊNDIO.

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TABELA Nº2
19 2) DIMENSIONAMENTO DOS SUB-RAMAIS:
(DIÂMETROS MÍNIMOS EM FUNÇÃO DOS APARELHOS)
TABELA Nº1

NA PRÁTICA, EVITA-SE O USO


DAS TUBULAÇÕES DE ½” 0,3
(20mm P/ PVC MARROM). 0,4

APLICA-SE COMO O MÍNIMO,


0,3
DIÂMETRO DE ¾” (25mm P/
PVC MARROM).
20 1/2

0,7

32
20 ½

3) DIMENSIONAMENTO DOS RAMAIS: 3.2) MÉTODO DAS VAZÕES (CONSUMO MÁXIMO PROVÁVEL)
3.1) MÉTODO DAS SEÇÕES EQUIVALENTES
(CONSUMO MÁXIMO POSSÍVEL) Quanto maior o número de peças, menor a probabilidade de
uso simultâneo.(salvo casos especiais)
TABELA Nº3 O método a seguir, baseia-se no cálculo de probabilidades,
bem como na análise prática das instalações hidráulicas.
Convencionou-se adotar “pesos” para as diversas peças de
utilização, fornecidos na Tab. Nº2.
As vazões também podem ser obtidas a partir da fórmula:
___
Q = C x √ ∑P Q – vazão em l/s
C – coeficiente de descarga = 0,30l/s
P – soma dos pesos das peças do trecho

(VER FIG. Nº4 / PÁG. 20 – VAZÕES E DIÂMETROS EM


FUNÇÃO DOS PESOS)
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FIGURA Nº4 – PESOS, VAZÕES E DIÂMETROS


O Nomograma apresentado ao lado, que mostra de modo
gráfico a correlação entre os pesos, vazões prováveis e os
diâmetros (em PVC Marrom), já levou em consideração a
velocidade máxima admitida por norma.

EXERCÍCIO PROPOSTO:
Dimensionar o ramal para o sanitário abaixo, primeiro pelo método
das seções equivalentes e, depois usando o método das vazões em
função dos pesos acumulados.
AF1

4 CHUVEIROS 6 LAVATÓRIOS

4 CHUVEIROS

6 LAVATÓRIOS

* NA PRÁTICA, TENTAMOS SEMPRE UNIFORMIZAR OS DIÂMETROS.


* CUIDADO ESPECIAL DEVERÁ SER TOMADO NO DIMENSIONAMEN-
TO DOS RAMAIS DAS INSTALAÇÕES EM BAIXA PRESSÃO, QUAN-
DO MAIORES DIÂMETROS DEVERÃO SER ADOTADOS.

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21 4) DIMENSIONAMENTO DAS COLUNAS DE DISTRIBUIÇÃO (MÉTODO DE HUNTER)
* As colunas deverão ser dimensionadas trecho a trecho, à cada derivação.
* Nem sempre pequeno n° de colunas e conseqüentemente, ramais muito longos, serão convenientes.

Fórmulas:
MEMÓRIA DE CÁLCULO: V = Q/S

V – velocidade em m/s
1) Esquema vertical das colunas (marcando c/ letras à cada derivação). Q – vazão em m3/s
2) Determinar o “peso” de cada peça (Tab. nº2- Pág.19) S – área seção transversal do tubo em m2
3) Determinar os pesos acumulados em cada trecho. S = (3,14 x D2) : 4
4) Determinar a vazão acumulada em cada trecho em l/s e os diâmetros (Fig. nº4 - Pág.20) D – diâmetro útil
5) Obter pela (Fig.nº5 – Pág.22), os valores de velocidade (m/s) e perda de carga unitária Atenção:
j (m/m). Verificar a velocidade que não poderá ser superior a 3,0m/s. 1)‘Prestar atenção para as unidades!!!
6) Obter pelo projeto o comprimento real (Lr) da tubulação em metros, de cada trecho. 2)Usar o diâmetro útil nas fórmulas, isto é, não
7) Determinar o comprimento equivalente (Leq) em metros, em função das perdas localizadas. usar direto os valores dos diâmetros nominais
(Fig.nº7 – Pág.23) das tubulações porque não indicam a seção
interna.
L total = Lr + Leq Usar para o diâmetro útil os valores em
8) Determinar a pressão disponível até a 1ª derivação (h) em mca, pelo projeto. milímetros do diâmetro interno das tubulações
indicados nos catálogos dos fabricantes
(Considerar nível médio do reservatório superior)
multiplicados por 10-3 para se obter o valor em
9) Obter a perda de carga total (H) em mca. metros.
H=J(m/m) x L total (m) P ex.: 40mm PVC soldável
Espessura de parede = 2,4mm
10) Determinar a pressão dinâmica a jusante em mca (Pdisp.) Diâmetro interno (útil) = 40 – 4,8 = 35,20 mm
Pdisp. = (h – H)
Formula de Fair-Whipple-Hsiao:

11) Conferir os valores de Pdisp. , em cada trecho. (Tab. nº6 – Pág.22) Q = 55,934 x J0,571 x D2,714

Q – vazão em m3/s
OBS.: J – perda de carga unitária em m/m
Se, o valor da Pdisp. para determinado trecho, for inferior ao mín. tabelado, arbitrar um D – diâmetro útil em metros
diâmetro maior a refazer os cálculos a partir do item nº5 da memória de cálculo.

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FIGURA Nº 5 – ÁBACO DE FLAMANT
(TUBOS DE PVC OU COBRE)
(VELOCIDADE E PERDA DE CARGA UNITÁRIA
EM FUNÇÃO DO DIÂMETRO E DA VAZÃO)

TABELA Nº 6 – PRESSÕES
DINÂMICAS E ESTÁTICAS
(NOS PONTOS DE UTILIZAÇÃO)

(acumulação)
(acumulação)

Aquecedores de passagem a gás – sob consulta aos fabricantes

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TABELA Nº 7 – COMPRIMENTOS EQUIVALENTES EM m
DE TUBULAÇÕES EM PVC OU COBRE
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FIGURA Nº 8 – CURVAS DAS PERCENTAGENS PROVÁVEIS EM FUNÇÃO DAS VAZÕES EM l/min
(PARA O DIMENSIONAMENTO DO BARRILETE)

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25 5) DIMENSIONAMENTO DO BARRILETE:

Q (barrilete) = ∑ Q (todas as peças de utilização do projeto) x Fator


de Uso
Fator de Uso (Fig. Nº8 – Pág.24) – Atenção para as diferenças de unidades!!!

6) DIMENSIONAMENTO DO EXTRAVASOR (LADRÃO):

No mínimo, duas bitolas acima do recalque.

7) DIMENSIONAMENTO DO RAMAL PREDIAL(ENTRADA DE ÁGUA):

Determinado pela concessionária

No mínimo igual a ¾” ou 25mm (PVC MARROM)

8) DIMENSIONAMENTO DAS TUBUL. DE SUCÇÃO, RECALQUE E DA BOMBA CENTRÍFUGA DE


RECALQUE:
Determina-se a perda de carga por atrito nas tubulações e nas conexões, pelas Tabelas 9 e 10 na Pág. 26.

Calcula-se, então, a altura manométrica total – (Hman. = Hman. Sucção + Hman. Recalque)

(Lembrar que Hman. = h estática + h) , onde: h = perda de carga total

Escolher a bomba adequada pela Tabela de seleção do fabricante. (Tab. Nº11 – Pág.27 - DANCOR)

Entrar com os valores de vazão horária (aproximadamente ½ consumo diário) e Hman. total de projeto

OBS.:NEM SEMPRE O DIÂMETRO DIMENSIONADO PARA AS TUBULAÇÕES DE SUCÇÃO E RECALQUE IRÃO COINCIDIR COM OS DA
BOMBA ESPECIFICADA. NESTES CASOS, USAR BUCHAS DE REDUÇÃO JUNTO À ENTRADA E A SAÍDA DAS TUBULAÇÕES NA
BOMBA.
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TABELA Nº 9 – DIMENSIONAMENTO DE BOMBAS CENTRÍFUGAS DE RECALQUE

NOTAS: a) TUBOS DE PVC, DEDUZIR 20% DOS COEFICIENTES ACIMA.


b) TUBOS GALVAN., ACRESCENTAR AOS COEFICIENTES ACIMA, 3% PARA CADA ANO
DE USO.

TABELA Nº 10 – DIMENSIONAMENTO DE BOMBAS CENTRÍFUGAS DE RECALQUE


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TABELA Nº 11 – SELEÇÃO DE BOMBAS CENTRÍFUGAS DE RECALQUE MONOESTÁGIO (DANCOR)

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EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO DE UMA COLUNA DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA FRIA

Dados.: a) Pé direito = 2,88m


b) Tubulação de PVC.
c) Comprimento real tubulação (trecho AB) = 11,00m

Obs.: Neste exemplo foi adotado como diâmetro mínimo 25mm.

Dados de entrada para a tabela:

Coluna 1 - Dados obtidos através do projeto;


Coluna 2 - Tab. nº 2, pág. 19;
6,00m Colunas 3 e 4 - Fig. nº 4, pág. 20;
Coluna 5 - Fig. nº 5, pág. 22;
A J90º Coluna 6 - Dados obtidos através do projeto;
J90º B 25mm { cx desc+chuv.+lav.+dch mão} Coluna 7 -Tab. nº 7, pág. 23;
T Coluna 8 - coluna 6 + coluna 7;
C 25mm { cx desc+chuv.+lav.+dch mão}
T Coluna 9 - coluna 6 + coluna 12 (linha anterior);
D 25mm { cx desc+chuv.+lav.+dch mão} Coluna 10 - Fig. nº 5, pág. 22;
T
Coluna 11 - coluna 8 x coluna 10;
E 25mm { cx desc+chuv.+lav.+dch mão}
T Coluna 12 - coluna 9 - coluna 11;
F 25mm { cx desc+chuv.+lav.+dch mão}
J90º

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
comprimento Pressão Pressão
Peso Vazões Diâm. Veloc. Perda de Carga
Trecho (m) Disp. Jusante Verificação
Acum. (L/s) (mm) (m/s) OBS.: Não poderemos ter colunas
Real Equiv. Total (mca) Unit. Total (mca) com diâmetros menores que
AB 5,5 0,70 32 1,39 11,00 3,40 14,40 6,00 0,100 1,44 4,56 OK os especificados para os ra-
BC 4,4 0,63 25 2,21 2,88 0,80 3,68 7,44 0,323 1,19 6,25 OK mais.
CD 3,3 0,54 25 1,91 2,88 0,80 3,68 9,13 0,251 0,92 8,21 OK
DE 2,2 0,44 25 1,56 2,88 0,80 3,68 11,09 0,176 0,65 10,44 OK
EF 1,1 0,31 25 1,10 2,88 1,20 4,08 13,32 0,096 0,39 12,93 OK
< 3,00
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EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO
DE UMA BOMBA CENTRÍFUGA DE RECALQUE

MATERIAL DA INSTALAÇÃO:

a) Tubulação de sucção: Tubos de PVC;


b) Tubulação de elevação: Tubos de PVC;
c) Conexões: Cotovelos de PVC.

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30 Problema:
Transportar água de uma cisterna para um reservatório superior.
Vazão necessária: 20m3/h.

1a fase: Calcular a AMS 2a fase: Calcular a AME


(Altura Manométrica de Sucção) (Altura Manométrica de Elevação)
Dados: Desnível de Sucção = 2,00m Dados: Desnível de Elevação = 0,50m + 5,00m + 10,00m = 15,50m
Tubulação de Sucção (comprimento): 7,00m + 2,00m = 9,00m Tubulação de Elevação (comprim.): 5,00 + 2,00 + 10,00 + 16,00 = 33,00m
1 cotovelo 90° - Φ2.1/2” (75mm em PVC) 3 cotovelos 90° - Φ2” (60mm em PVC)
1 válvula de pé - Φ2.1/2” 1 válvula de retenção - Φ2”
1 registro de gaveta - Φ2”
Cálculos:

1a fase = AMS:
Desnível de Sucção..........................................................................2,00m
Comprimento Total da Tubulação................................. = 9,00m
1 válvula de pé - Φ2.1/2” (comprimento equivalente) = 44,00m (Tab.Nº10/Pág.26) Cálculo Final AMT (Altura Manométrica Total)
1 cotovelo 90° - Φ2.1/2” (comprimento equivalente)...... = 2,20m
SOMA = 55,20m AMS + AME = AMT
4,52 + 22,74 = 27,26

Fator de Perda por Atrito p/ 20m3/h, Tab.Nº9 (Pág.26 ) = 5,70%


Fator de Redução = 5,70% x 0,80 = 4,56% (Nota “a”, Pág.26 ) Conclusão:
Perda por Atrito Real = 55,20m x 4,56%........................................2,52m A bomba calculada conforme descrito nesta página, deverá
AMS = 4,52m atender as seguintes especificações:

AMT ≅ 28mca
2a fase = AME:
Desnível de Elevação..........................................................................15,50m Vazão = 20m3/h.
Comprimento Total da Tubulação..................................... = 33,00m
1 válvula de retenção - Φ2” (comprimento equivalente) = 3,40m (Tab.Nº10 – Pág.26)
1 registro de gaveta - Φ2” (comprimento equivalente) = 0,28m Tab. Nº11 (Pág. 27)
3 cotovelos 90° - Φ2” (3 x 1,80m) (comp. equivalente) = 5,40m
SOMA = 42,08m ( PROPOSTO: ESPECIFIQUE A BOMBA DE RECALQUE )

Fator de Perda por Atrito p/ 20m3/h, Tab.Nº9 (Pág.26 ) = 21,50%


Fator de Redução = 21,50% x 0,80 = 17,20% (Nota “a”, Pág.26 )
Perda por Atrito Real = 42,08m x 17,20%...........................................7,24m
AME = 22,74m

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INSTALAÇÃO DE ÁGUA QUENTE
TIPOS DE AQUECEDORES: (de passagem e de acumulação / a gás ou elétrico)
1) DE PASSAGEM A GÁS :

2) DE ACUMULAÇÃO A GÁS (BOILER):


(A GÁS SOMENTE VERTICAL)

OBS.:
1) OS EQUIPAMENTOS A GÁS SÓ
PODERÃO SER INSTALADOS EM LOCAIS
AMPLAMENTE VENTILADOS.
(VENTILAÇÃO PERMANENTE)

2) É PROIBIDA A INSTALAÇÃO DE
AQUECEDORES A GÁS NO INTERIOR DOS
BANHEIROS, A MENOS DOS AQUECEDORES
HERMÉTICAMENTE ISOLADOS.

3) É OBRIGATÓRIO O USO DE
CHAMINÉS.

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32 3) DE PASSAGEM ELÉTRICO:
KDT – INST. COM DUAS TUB.
(ÁGUA FRIA E QUENTE)

4) DE ACUMULAÇÃO ELÉTRICO (BOILER):

(VERTICAL E HORIZONTAL) KDT – (INST. COM APENAS


UMA TUBULAÇÃO)

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33
AQUECEDOR DE PASSAGEM A GÁS (instalação em
áreas de serviço)
EM VISTA

EM PLANTA

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34
BOILER A GÁS (instalação em áreas de serviço)

OBS.:1) COLUNAS EXCLUSIVAS EM 3) É PROIBIDA A INSTALAÇÃO


COBRE NA ALIMENTAÇÃO DA AF. DE VÁLVULA DE RETENÇÃO.

2) BARRILETE EXCLUSIVO EM 4) OBSERVAR SIFÃO NA ENTRA-


COBRE. DA DA AF.(EVITA QUE O BOILER
TRABALHE VAZIO)

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BOILER A GÁS (instalação em residências)

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36
BOILER ELÉTRICO (instalação vertical e horizontal
em prédios)

VERTICAL

HORIZONTAL

OBS.:
1) COLUNAS EXCLUSIVAS EM COBRE
NA ALIMENTAÇÃO DA AF.
2) BARRILETE EXCLUSIVO EM COBRE.

3) É PROIBIDA A INSTALAÇÃO DE VÁL-


VULA DE RETENÇÃO.
4) OBSERVAR SIFÃO NA ENTRADA DA
AF (EVITA QUE O BOILER TRABALHE
VAZIO)
UFF
37
BOILER ELÉTRICO (instalação vertical e horizontal em
residências)
VERTICAL HORIZONTAL

DIMENSIONAMENTO DOS RESERVATÓRIOS DE ÁGUA QUENTE:

RESIDÊNCIA / APART. : 45 L POR PESSOA POR DIA (FATOR DE USO = 50%)


BANHEIRAS (50% DO VOLUME)

PRÉDIOS RESIDENCIAIS: 60l POR PESSOA POR DIA


(SISTEMA COLETIVO) FATOR DE USO – ATÉ 30 APART. = 1/6
ACIMA DE 30 APART. = 1/9
BANHEIRAS (50% DO VOLUME / COM FATOR DE USO = 1/6)
UFF
38
Exemplos de Desenho de Projeto
* Planta Baixa e
Isométrica

Instalação Hidráulica
Água Fria e Quente

UFF
39
Exemplos de Desenho de Projeto
*Planta Baixa e Vista
Instalação Hidráulica
Água Fria e Quente

UFF
40
MATERIAIS USUAIS PARA ÁGUA QUENTE
CPVC
COBRE
(DISPENSA ISOLAMENTO PPR (SUPORTA TEMPERATURAS
TÉRMICO) (DISPENSA ISOLAMENTO ELEVADÍSSIMAS / REQUER
TÉRMICO) ISOLAMENTO TÉRMICO)

TUBOS

TUBOS AQUATHERM

TUBOS PPR JOELHO 90º


(POLIPROPILENO)
CONECTOR

COTOVELO
90º

TE 90º ADAPTADOR CONEXÕES

COTOVELO DE
TRANSIÇÃO

JOELHO DE TERMOFUSOR
TRANSIÇÃO
TÊ MISTURADOR

ATENÇÃO: COLUNAS DE ÁGUA QUENTE DEVERÃO TER JUNTAS DE EXPANSÃO OU LIRAS


UFF
41
Instalações Prediais de Esgotos Sanitários
ÁGUAS SERVIDAS Provenientes de lavagem e limpeza

DOMÉSTICOS

ÁGUAS IMUNDAS Esgoto que contém matéria fecal


ESGOTOS

Águas que passaram


INDUSTRIAIS DESPEJOS INSDUSTRIAIS
por processos industriais

DEFINIÇÕES:
1) Desconectores:dispositivos providos de uma camada líquida chamada de fecho hídrico, destinada a vedar a
passagem dos gases contidos nos esgotos.
(Exemplo: caixa ou ralo sifonado e vaso sanitário)

UFF
42

2) Sifões: desconector destinado a receber efluentes da instalação sanitária.

3) Instalação primária de esgotos: conjunto de tubulações e dispositivos que contêm gases provenientes do
coletor público ou dos dispositivos de tratamento.

4) Instalação secundária de esgotos: conjunto de tubulações e dispositivos onde não têm acesso os gases
referidos anteriormente. Nesse caso, a passagem dos gases é bloqueada pelos fechos hídricos dos desconectores ou
sifões.

5) Ramal de descarga: é a tubulação que recebe diretamente os efluentes dos aparelhos sanitários.

6) Ramal de esgoto: recebe os efluentes dos ramais de descarga.

7) Tubos de queda: é a tubulação vertical, existente nos prédios de dois ou mais pavimentos, e que recebe os
efluentes dos ramais de esgoto e dos ramais de descarga. (Primários, secundários e de gordura)

8) Subcoletor: é a tubulação horizontal que recebe os efluentes de um ou mais tubos de queda ou de ramais de
esgoto.

9) Coletor predial: trecho de tubulação compreendida entre a última inserção de subcoletor e o coletor público.
(Diâmetro mínimo Ø100mm)

10) Unidade de Hunter de contribuição: fator numérico que representa a contribuição considerada em função da
utilização habitual de cada tipo de aparelho sanitário.(UHC)

11) Coluna de ventilação: tubo vertical que se prolonga através de um ou mais andares e cuja extremidade
superior é aberta à atmosfera, ou ligada a tubo ventilador primário ou a barrilete de ventilação.(Possibilita a
circulação de ar no interior do sistema de esgoto, protegendo o fecho hídrico dos desconectores e encaminhando os
gases p/ a atmosfera)

UFF
43

12) Ramal de ventilação:tubo ventilador que interliga o desconector, ou ramal de descarga, ou ramal de
esgoto de um ou mais aparelhos sanitários a uma coluna de ventilação ou a um tubo ventilador primário.

13) Tubo ventilador primário:prolongamento do tubo de queda primário acima do ramal mais alto a ele ligado e
com a extremidade superior aberta à atmosfera situada acima da cobertura do prédio.

14) Tubo ventilador secundário: conjunto de tubos e conexões com a finalidade de promover a ventilação
secundária do sistema predial de esgoto sanitário.

15) Barrilete de ventilação: tubulação horizontal com saída para a atmosfera em um ponto, destinada a receber
dois ou mais tubos ventiladores.

16) Caixa de inspeção: caixa destinada a permitir a inspeção, limpeza, desobstrução, junção, mudanças de
declividade e/ou direção das tubulações de esgoto primário.

17) Caixa de passagem: caixa destinada a permitir a inspeção, limpeza, desobstrução, junção, mudanças de
declividade e/ou direção das tubulações de esgoto secundário.

18) Caixa sifonada: caixa provida de desconector, destinada a receber efluentes da instalação secundária de
esgoto.

19) Caixa retentora (por exemplo:caixa de gordura, cx retentora de óleo, etc.):caixa destinada a reter, na
sua parte superior, as gorduras, graxas e óleos contidos no esgoto, formando camadas que devem ser removidas
periodicamente, evitando que estes componentes escoem livremente pela rede, obstruindo a mesma.

20) Caixa coletora: caixa onde se reúnem os efluentes líquidos, cuja disposição exija elevação mecânica.
(Quando recebe somente esgoto secundário - caixa de águas servidas)

UFF
44 CONSIDERAÇÕES GERAIS:
1) Quando as tubulações forem enterradas, as interligações de ramais de descarga, ramais de esgoto e
subcoletores, devem ser feitas através de caixas de inspeção , de passagem ou poços de visita. Quando as
tubulações não forem enterradas, devem ser usadas junções a 45°, com peças de inspeção nos trechos
adjacentes, não sendo permitidas peças em “T” ou duplo “T”.
2) As tubulações horizontais de esgoto sanitário, devem apresentar declividades constantes e não menores que: 2%
para diâmetro igual ou inferior a 75mm; e 1% para diâmetro igual ou superior a 100mm.

3) As mudanças de direção nos trechos horizontais devem ser feitas com peças com ângulo central igual a 45°.

4) As mudanças de direção (horizontal p/ vertical e vice-versa) podem ser executadas com peças com ângulo
central igual a 90°.
5) Nenhum vaso sanitário deve descarregar em tubo de queda de diâmetro inferior a DN 100mm.
6) Nenhum tubo de queda que receba descarga de pias de cozinha deve ter diâmetro inferior a DN 75mm.

7) Para os prédios residenciais, no dimensionamento dos coletores e subcoletores, deve ser considerado apenas
o aparelho de maior descarga de cada banheiro p/ cômputo do número de UHC. Nos demais casos, devem
ser considerados todos os aparelhos contribuintes para o cálculo do n° de UHC.
8) O coletor predial deve ter diâmetro nominal mínimo DN 100mm.
9) A distância entre cxs. de inspeção, poços de visita ou peças de inspeção, não deve ser superior a 25m.

10) A distância entre a ligação do coletor predial com o coletor público e a caixa de inspeção ou poço de visita
mais próximo, não deve ser superior a 15m.
11) Os comprimentos dos trechos dos ramais de descarga e de esgoto de vasos sanitários, caixas retentoras
e caixas sifonadas, medidos entre os mesmos e as caixas de inspeção, poços de visita ou peças de inspeção,
não devem ser maiores que 10m.
12) Os poços de visita devem ter profundidade maior que 1,00m, forma prismática ou cilíndrica com diâmetro
interno mínimo de 1,10m, degraus p/ acesso ao seu interior e fundo construído de modo a assegurar
UFF
rápido escoamento e evitar formação de sedimentos.
45 CONSIDERAÇÕES GERAIS (CONTINUAÇÃO):
13) Toda tubulação de ventilação deve ter:
a) Diâmetro uniforme.
b) A extremidade inferior ligada a um subcoletor ou a um tubo de queda, em ponto situado abaixo da ligação
do 1º ramal de esgoto ou de descarga, ou neste ramal de esgoto ou de descarga.
c) A extremidade superior situada acima da cobertura do edifício, ou ligada a um tubo ventilador primário a
15cm ou mais, acima do nível de transbordamento do mais elevado aparelho sanitário por ele servido.

14) Toda tubulação de ventilação deve ser instalada de modo que qualquer líquido que por ventura nela venha a ter
ingresso, possa escoar-se corretamente por gravidade, para dentro do tubo de queda, ramal de descarga ou
desconector em que o ventilador tenha origem.

15) Quando não for conveniente o prolongamento de tubos ventiladores até acima da cobertura, pode ser usado
um barrilete de ventilação.

16) Consideram-se ventilados os desconectores das caixas retentoras e das caixas sifonadas quando instaladas em
pavimento térreo e ligadas diretamente a um subcoletor devidamente ventilado.
17) É dispensada a ventilação do ramal de descarga do vaso sanitário auto-sifonado quando houver qualquer
desconector ligado a esse ramal a 2,40m, no máximo, do vaso sanitário e ventilado por ramal de ventilação de,
no mínimo, DN 50mm.
18) É dispensada a ventilação do ramal de descarga do vaso sanitário auto-sifonado ligado através de ramal
exclusivo a um tubo de queda a uma distância máxima de 2,40m, desde que esse tubo de queda receba, no
mesmo pavimento, imediatamente abaixo, outros ramais de esgoto ou de descarga devidamente ventilados.
(Ver figura página 47)

19) Quando não for possível ventilar o ramal de descarga do vaso sanitário autosifonado ligado diretamente ao
tubo de queda e não existindo as condições previstas no ítem 18, o tubo de queda deve ser ventilado
imediatamente abaixo da ligação do ramal do vaso sanitário. (Ver figura página 47)

20) Vasos sanitários auto-sifonados instalados em bateria, devem ser ventilados por um tubo ventilador de circuito,
ligando a coluna de ventilação ao ramal de esgoto na região entre o último e o penúltimo vaso sanitário.(Pg 48)
UFF
46 CONSIDERAÇÕES GERAIS (CONTINUAÇÃO):
21) Quando o ramal de esgoto servir a mais de três vasos e houver aparelhos em andares superiores
descarregando no tubo de queda, é necessário a instalação de tubo ventilador suplementar ligando o tubo
ventilador de circuito ao ramal de esgoto na região entre o tubo de queda e o 1º vaso.

22) É necessário a instalação de tubo ventilador suplementar a cada grupo de , no máximo, oito vasos sanitários,
contados a partir do mais próximo ao tubo de queda.

23) Os efluentes de aparelhos sanitários e de dispositivos instalados em nível inferior ao do logradouro, devem ser
reunidos em uma caixa coletora, colocada de modo a recebê-los por gravidade, de onde devem ser recalcados
para o coletor predial por meio de bombas.

24) Nenhum aparelho sanitário (caixa sifonada, retentora, etc.) deve descarregar diretamente na caixa coletora e
sim em uma ou mais caixas de inspeção, as quais devem ser ligadas à caixa coletora.

25) No caso de subsolos, quando existirem unicamente esgotos provenientes de lavagens de pisos ou de
automóveis, dispensa-se o uso de caixa de inspeção, devendo os efluentes dos ralos e valetas serem
encaminhados a uma caixa sifonada de diâmetro mínimo de 400mm, que pode ser ligada diretamente a uma
caixa coletora.

26) A caixa coletora deve ter sua capacidade calculada de modo a evitar a freqüência exagerada de partidas e
paradas das bombas por um volume insuficiente, bem como a ocorrência de estado séptico por volume
exagerado.

27) A caixa coletora quando receber efluentes de vasos sanitários, deve ter a profundidade mínima de 90cm a
contar do nível da geratriz inferior da tubulação afluente mais baixa, e o fundo ser suficientemente inclinado
para impedir a deposição de matérias sólidas. Nos demais casos, a profundidade mínima deve ser de 60cm.

28) A caixa coletora sempre que receber efluentes de vasos sanitários ou mictórios, deve ser ventilada por um tubo
ventilador primário independente de qualquer outra ventilação da instalação do prédio, e com diâmetro não
UFF inferior ao da tubulação de recalque.
47
EXEMPLOS DE LIGAÇÕES P/ O RAMAL DE VENTILAÇÃO

DISPENSA DE VENTILAÇÃO DE RAMAL


DE DESCARGA DE BACIA SANITÁRIA

LIGAÇÃO DE RAMAL DE VENTILAÇÃO QUANDO DA


IMPOSSIBILIDADE DE VENTILAÇÃO DO RAMAL DE
DESCARGA DA BACIA SANITÁRIA

UFF
48 EXEMPLOS DE LIGAÇÕES P/ O RAMAL DE VENTILAÇÃO
VENTILAÇÃO EM CIRCUITO (VASOS AUTO-SIFONADOS)

UFF
49 DIMENSIONAMENTO DAS TUBULAÇÕES DE ESGOTO E DE VENTILAÇÃO
TABELA Nº1 – UNIDADES HUNTER DE CONTRIBUIÇÃO DOS APARELHOS
E DIÂMETRO NOMINAL DOS RAMAIS DE DESCARGA
Diâmetro nominal mínimo
Número de Unidades de
Aparelho Sanitário do ramal de descarga
Hunter de contribuição
DN TABELA Nº2 – UHC PARA APARELHOS
Bacia sanitária 6 100 NÃO RELACIONADOS NA TAB. Nº1
Banheira de residência 2 40
Bebedouro 0,5 40 Diâmetro nominal mínimo do Número de unidades de
Bidê 1 40 ramal de descarga Hunter de contribuição
De residência 2 40 DN UHC
Chuveiro
Coletivo 4 40
40 2
De residência 1 40
Lavatório 50 3
De uso geral 2 40
Válvula de descarga 6 75 75 5
Caixa de descarga 5 50 100 6
Mictório
Descarga automática 2 40
De calha 2* 50
Pia de cozinha residencial 3 50
Preparação 3 50
Pia de cozinha industrial
Lavagem de panelas 4 50
Tanque de lavar roupas 3 40
Máquina de lavar louças 2 50
Máquina de lavar roupas 3 50
* POR METRO DE CALHA – CONSIDERAR COMO RAMAL DE ESGOTO

TABELA Nº4 – TUBOS DE QUEDA


Diâmetro nominal do tubo Número máximo de unidades de Hunter de contribuição
TABELA Nº3 – RAMAIS DE ESGOTO DN Prédio de até três pavimentos Prédio com mais de três pavimentos
40 4 8
Diâmetro nominal Número máximo de unidades 50 10 24
mínimo do tubo de Hunter de contribuição 75 30 70
DN UHC 100 240 500
40 3 150 960 1900
50 6 200 2200 3600
75 20 250 3800 5600
100 160 300 6000 8400

UFF
50 DIMENSIONAMENTO DAS TUBULAÇÕES DE ESGOTO E DE VENTILAÇÃO
TABELA Nº5 – COLETORES PREDIAIS E SUBCOLETORES
(VER ITEM7 – PÁG 44)
TABELA Nº7 – DISTÂNCIA MÁXIMA DE UM
Número máximo de unidades de Hunter de DESCONECTOR AO TUBO VENTILADOR
Diâmetro nominal do tubo contribuição em função das declividades mínimas
DN %
0,5 1 2 4
100 - 180 216 250
150 - 700 840 1000
200 1400 1600 1920 2300
250 2500 2900 3500 4200
300 3900 4600 5600 6700
400 7000 8300 10000 12000

TABELA Nº6 – COLUNAS E BARRILETE DE VENTILAÇÃO

TABELA Nº8 – RAMAIS DE VENTILAÇÃO

UFF
51
EXEMPLO DA INSTALAÇÃO DE UM BANHEIRO DE UM PRÉDIO EM ELEVAÇÃO

* RAMAL DE VENTILAÇÃO EM “TÊ”

OU EM JUNÇÃO NO SENTIDO

CONTRÁRIO DO ESCOAMENTO.

ZONAS DE SOBREPRESSÃO

OBS.:
1) Não efetuar ligações de tubulações de
esgoto ou de ventilação nas regiões de
ocorrência de sobrepressão.

2) Instalar dispositivos com a finalidade de


evitar o retorno de espuma.

3) Essas considerações também são válidas


para águas pluviais.

UFF
52
Exemplos de Desenho de Projeto
• Planta Baixa 1/50 e detalhe executivo 1/20
• Instalação Sanitária

UFF
53
EXEMPLO DE DESVIO PARA AS COLUNAS DE ESGOTO

OBS.: ESSAS CONSIDERAÇÕES TAMBÉM SÃO


UFF
VÁLIDAS PARA ÁGUAS PLUVIAIS.
Exemplos de Desenho de Projeto 54

UFF
* Planta Baixa 1/50 – Tipo desvio / Instalação Sanitária
Exemplos de Desenho de Projeto 55

UFF
* Planta Baixa Detalhe 1/20 – Tipo desvio / Instalação Sanitária
56
CAIXAS
1) CAIXA DE INSPEÇÃO OU DE PASSAGEM :

•As caixas de inspeção devem ter:


a) Profundidade máxima de 1,00m.
b) Forma prismática de base quadrada ou retangular
com dimensões internas de 60cm de lado mínimo,
ou cilíndrica com diâmetro mínimo igual a 60cm.
c) Tampa facilmente removível e de perfeita vedação.
d) Fundo construído de modo a assegurar rápido esco
amento evitando formação de depósitos.

2) CAIXA RETENTORA DUPLA:

•As caixas retentoras de gordura podem ser dos seguintes tipos:


a) Pequena (CGP) – Cilíndrica, com diâmetro interno de 30cm, capacidade de retenção de 18l, e diâmetro nominal da tubulação
de saída DN 75mm.
b) Simples (CGS) – Cilíndrica, com diâmetro interno de 40cm, capacidade de retenção de 31l, e diâmetro nominal da tubulação
de saída DN 75mm.
c)Dupla (CGD) - Cilíndrica, com diâmetro interno de 60cm, capacidade de retenção de 120l, e diâmetro nominal da tubulação
de saída DN 100mm.
d) Especial (CGE) – Prismática, de base retangular, com dimensionamento de acordo com a Tabela Nº9 – Pág. 57.
UFF
57
CAIXA SIFONADA ESPECIAL

UFF
58 ESGOTAMENTO DE MÁQ. DE LAVAR LOUÇA
a) Com ramal em cobre e sifão de resfriamento (coluna de gordura em PVC – Série Normal)

b) Com ramal em PVC – Série Reforçada SEM sifão de resfriamento (col. de gord. também em PVC – SR)

ESGOTAMENTO DE M.L. ROUPA, TANQUES E RALOS EM ÁREAS DE SERV.


(evitar o retorno de espuma)

a) Colunas separadas para MLR, tanques e ralos.

b) Com uma só coluna para os tanques e ralos, usar ralo com dispositivo antiespuma. ( somente adaptá-
veis em ralos sifonados ou no ralo seco articulado da Tigre, quando o tubo prolongador poderá ser usado)
UFF
59 DISPOSITIVO ANTIESPUMA
(p/ evitar retorno de espuma)

RALO ARTICULADO
TIGRE TIGRE
AMANCO

TERMINAÇÃO PARA RAMAL


DE MLR E MLLÇ
(p/ evitar retorno de
espuma e arrematar)

TIGRE
AMANCO
UFF
60
Instalações Prediais de Águas Pluviais
ÁGUAS PLUVIAIS: são aquelas águas que se originam a partir das precipitações ou chuvas.
* Devem ser conduzidas por tubulações independentes das que recebem os efluentes do esgoto sanitário.
(dispensam tratamento)
* Inconvenientes de quando são reunidas no mesmo subcoletor.
* As calhas, ralos, drenos e etc., recolhem as águas dos telhados, terraços e outros; encaminhando-as a um
condutor vertical (tubo de descida), que por sua vez são direcionados para as caixas de areia.
* Caixa de areia – é uma caixa, normalmente enterrada, utilizada para recolher detritos contidos nas tubulações de
águas pluviais; além de permitir a inspeção e a limpeza do sistema. Esses detritos depositam-se no fundo da caixa.

ELEMENTOS DE HIDROLOGIA
* Intensidade Pluviométrica – É a medida (mm/h) do quanto de chuva que cai num determinado local num espaço
de tempo. Mede-se esse valor com um equipamento denominado pluviógrafo, que registra a intensidade da chuva.
* Tempo de Retorno (ou tempo de recorrência) – Estudando-se os registros de intensidade da chuva num local
pode-se concluir que chuvas com determinada intensidade repetem-se a cada “X” anos. Assim, pode-se afirmar que
chuvas pouco intensas ocorrem todos os anos. Chuvas muito intensas só a cada “Y” anos. Ao projetar um sistema
pluvial, cabe escolher o período de retorno que a chuva, com essa intensidade, costuma acontecer.
*Tempo de Duração – É o período de tempo que dura uma chuva. Dados estatísticos nos mostram que chuvas
fortes duram pouco (são chuvas de verão, que duram alguns minutos) e chuvas fracas duram muito (horas e até
dias)
* Tempo de Concentração – É o tempo que uma bacia hidrográfica (área contribuinte) leva para toda ela estar
contribuindo para o ponto considerado. Nos telhados e áreas que interessam a este estudo, o tempo de
concentração é no máximo de um minuto, ou seja, depois de um minuto de chuva, já se tem a máxima vazão
sendo coletada no tubo coletor; por conseguinte, após um minuto no fim da chuva não deverá haver água correndo
no sistema. Para sistemas maiores, o tempo de concentração é de horas ou dias.
UFF
61 * Cada obra, em face do seu vulto ou responsabilidade, deve ter seu tempo de retorno (grau segurança hidrológico)
adotado e deverá ser:

T = 1 ano para obras externas onde um eventual alagamento pode ser tolerado;
T = 5 anos para coberturas e telhados;
T = 25 anos onde um empoçamento seja inaceitável.

(Num projeto, deve-se verificar a intensidade pluviométrica do local pelas tabelas fornecidas pelas Prefeituras, ou
nos livros de instalações prediais ou ainda pela Norma – NBR 10844 / 1989 – Anexo 5)

DIMENSIONAMENTOS Q – Vazão de projeto, em L/min

VAZÃO DE PROJETO: Q= ixA i – Intensidade pluviométrica, em mm/h


60
A – Área de contribuição, em m 2

* DECLIVIDADE MÍNIMA = 0,5% (Tanto p/ as tubulações horizontais como para as calhas)

1) CALHAS:

a) Semicirculares (n=0,011)

b) Retangulares (n= 0, 012)

Onde “n”´representa o coeficiente de rugosidade do material empregado.


1. Plástico, fibrocimento, alumínio, aço inoxidável,aço galvanizado, cobre e latão (n=0,011)
2. Ferro fundido, concreto alisado e alvenaria revestida (n=0,012)
3. Cerâmica e concreto não alisado (n=0,013)
4. Alvenaria de tijolos não revestida (n=0,015)
UFF
62
* Observar fatores multiplicativos da vazão do projeto, antes de usar as tabelas de dimensionamento
para as calhas.

* Observar a declividade. TABELA Nº3 – COEFICIENTES MULTIPLICATIVOS


DA VAZÃO DE PROJETO
TABELA Nº1 – CALHAS SEMICIRCULARES Curva a menos de Curva entre 2 e 4m
CAPACIDADE EM l/min Tipo de curvas 2m da saída da
calha da saída da calha
Diâmetro Canto reto 1,2 1,1
DECLIVIDADES Canto arredondado 1,1 1,05
interno D
(mm)
0,50% 1% 2% TABELA Nº2 – CALHAS RETANGULARES
100 130 183 256
125 236 339 466 CAPACIDADE EM l/min
150 384 541 757
200 829 1.167 1.634 D Dimensões (m) Declividade

a b 0,50% 1% 2%
0,2 0,1 245 349 495
0,3 0,2 1.260 1.800 2.545
0,4 0,3 2.940 4.200 5.939
b 0,5 0,4 5.947 8.497 12.015
b/2 0,6 0,5 10.500 15.000 21.215
0,7 0,6 16.170 23.100 32.600
0,8 0,7 23.400 33.552 47.449
a
0,9 0,8 35.280 50.400 71.275
1 0,9 45.675 65.250 92.276

NOTA: As vazões foram calculadas utilizando-se a fórmula de Manning-Strickler, com lâmina d’água a meia altura.

Q = K x S/n x RH2/3 x d 1/2 Q – vazão do projeto em l/min S – área da seção molhada em m2


n – coeficiente de rugosidade RH – S/P – raio hidráulico em m
K – 60.000 P – perímetro molhado em m d – declividade da calha em m/m
UFF
63
•TABELAS PRÁTICAS, PRÉ-FIXANDO
2
ÁREA(m ) Ø (mm)
O VALOR DE “ i “ EM: 150mm/h
46 50
2) CONDUTORES VERTICAIS: 130 75

288 100

780 150

1616 200

3) CONDUTORES HORIZONTAIS:
2
ÁREA EM (m )
Ø (mm) DECLIVIDADE (% )
0,50% 1,00% 2,00% 4,00%
50 - - 35 50

75 - 75 105 150

100 - 150 215 310

150 300 420 600 840

200 590 870 1190 1740

250 980 1520 1960 3040

300 1590 2470 3180 4940

UFF
64 Instalações Prediais de Águas Pluviais (em edificações com mais de três
pavimentos)
* Em edificações com mais de três pavimentos, devemos utilizar tubos e conexões do tipo reforçado para os
condutores verticais de águas pluviais.

* São tubos e conexões de paredes reforçadas – maior espessura - que suportam as subpressões que podem
ocorrer nesses condutores.

* Situações em que podem ocorrer pressões negativas (vácuo) no interior das tubulações de águas pluviais:

1º) Sub-dimensionamento dos tubos de queda de águas pluviais, ocasionando acúmulo excessivo de água no
interior das calhas.
2º) Acúmulo de sujeira e de folhas na entrada do bocal.

* Como essas situações nem sempre são evitáveis, recomenda-se o uso de tubulações reforçadas, capazes de
suportarem as condições de subpressão.

UFF
65
Legenda para esgoto e águas pluviais:

. . . .
............

UFF
66
MATERIAIS USUAIS PARA INSTALAÇÃO DE ESGOTO E ÁGUAS PLUVIAIS
* JUNTAS SOLDÁVEIS (SÓ PARA DIÂMETROS DE 40mm)
* JUNTAS ELÁSTICAS (ANEL DE BORRACHA) SÃO AS MAIS INDICADAS P/ OS TRECHOS LONGOS DE
TUBULAÇÕES VERTICAIS OU HORIZONTAIS.

JOELHO
90º 40mm JUNÇAO RALO
SIMPLES SIFONADO

JOELHO DE 90º
40mm C/ ANEL DE BORR.

JUNÇÃO TÊ DE
DUPLA INSPEÇÃO

TÊ DE 90º

BUCHA DE RED. TUBO PARA


EXCÊNTRICA ESGOTO

OBS.: NUNCA USAR ANEL DE BORRACHA E ADESIVO AO MESMO TEMPO.


UFF
67
PVC MARROM SOLDÁVEL
Espaçamento
D
(máx. entre apoios)
(mm)
(m)
FIXAÇÃO DAS TUB. AÉREAS 20 0,9
25 1,0
(PVC MARROM SOLDÁVEL 32 1,1
40 1,3

PARA ÁGUA) 50
60
1,5
1,7
75 1,9
85 2,1
110 2,5

a) Quando houver pesos concentrados, devido à presença de registros, estes deverão ser apoiados
independentemente do sistema de tubos.

b) Os apoios deverão estar sempre o mais perto possível das mudanças de direção.

c) Os apoios deverão ter um cumprimento de contato mínimo de 5cm e um ângulo de abraçamento


de 180º, isto é, envolvendo a metade inferior do tubo, inclusive acompanhando a sua forma.

d) Num sistema de apoios, apenas um deverá ser fixado ao tubo; os demais deverão permitir o livre
deslocamento, (causado pelo efeito da dilatação térmica), no sentido longitudinal dos tubos.

UFF
68 FIXAÇÃO DAS TUB. AÉREAS (PVC série normal p/ esgoto)
Nas instalações aéreas, a fixação dos tubos é feita com braçadeiras ou suportes. Deverá haver uma
pequena folga para que os tubos possam trabalhar.

Os suportes ou braçadeiras devem ter uma área de apoio bastante larga e isentos de canto vivos.

P/ AS CANALIZAÇÕES HORIZONTAIS: a distância


entre as braçadeiras deve ser, no máximo, igual
a 10 vezes o diâmetro dos tubos.

P/ AS CANALIZAÇÕES VERTICAIS: a distância


é fixada em 2 m para todos os diâmetros.

UFF
69
FIXAÇÃO DAS TUB. SÉRIE REFORÇADA AÉREAS (PVC série R)

DISTÂNCIA MÁXIMA ENTRE APOIOS (20°C)


Espaçamento
DN
(m)
75 1,5 P/ AS CANALIZAÇÕES HORIZONTAIS
100 1,8
150 2,3

P/ AS CANALIZAÇÕES VERTICAIS: a distância


é fixada em 2 m para todos os diâmetros.

UFF
70 TUBULAÇÕES ENTERRADAS
a)Executar uma vala, envolvendo a tubulação na mesma com areia, compactando-a bem e manualmente,
em camadas sucessivas de 15cm, assim como a base de assentamento. (fundo da vala / ver des. abaixo)

h = 80cm, para tubulações assentadas sob leito de


ruas ou onde haja tráfego de veículos.

h = 60cm, para tubulações assentadas em passeios.

h = 30cm, para tubulações assentadas no interior


dos lotes.

Caso não seja possível adotar essas medidas, deve-se prever um sistema de proteção especial dos tubos
(ver desenho abaixo)

UFF
71 CONSUMOS DE ADESIVO E SOLUÇÃO LIMPADORA
(PARA TUBOS DE PVC MARROM SOLDÁVEL P/ ÁGUA)
TABELA DE CONSUMO APROXIMADO DE
ADESIVO E SOLUÇÃO LIMPADORA
Diâmetro Solução
Adesivo
Externo Limpadora
(cm³/junta)
(mm) (cm³/junta)
20 1,5 3,0
25 2,5 4,0
32 3,5 5,5
40 5,0 7,0
50 7,5 11,0
60 10,0 15,0
75 17,0 26,0
85 20,0 30,0
110 30,0 46,0

CONSUMOS DE PASTA LUBRIFICANTE, ADESIVO E SOLUÇÃO LIMPADORA


(PARA TUBOS DE PVC BRANCO P/ESGOTO)
Pasta Solução
Bitola Adesivo
Lubrificante Limpadora
DN cm³/junta
g/junta cm³/junta

40 - 5 7,5
50 10 7,5 11
75 15 17 26
100 23 25 40
150 33 50 75
UFF
72 Exemplos de Desenho de Projeto
* Planta de Forma com “Furação” de Lajes e Vigas

UFF
73
INSTALAÇÃO CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO
DEVEM OBEDECER AS NORMAS DAS SEGUINTES ENTIDADES:

ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS


NFPA – NATIONAL FIRE PROTECTION ASSOCIATION
CORPO DE BOMBEIROS ESTADUAL - NO RIO DE JANEIRO, O DECRETO 897 DE 21/09/1976 (COSCIP)

1- MEDIDAS DE PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS:

Estas devem ser consideradas desde o momento em que se inicia um projeto arquitetônico e se elaboram as especificações dos materiais
de construção. O confinamento do incêndio pelo isolamento das áreas com portas corta-fogo; o uso em maior escala possível de materia-
ais incombustíveis; a previsão de saídas de emergência; escadas enclausuradas; antecâmaras devidamente ventiladas; instalações elétri-
cas bem dimensionadas e com dispositivos de segurança necessários; reservação de água; são alguns dos pontos a merecer consideração.

2- CLASSES DE INCÊNDIO:

O COSCIP dá a seguinte classificação para os incêndios, conforme a natureza do material a proteger:

CLASSE “A”– Fogo em materiais combustíveis comuns, tais como materiais celulósicos(madeira, tecidos, algodão, papéis); onde o efeito
do “resfriamento” pela água é de primordial importância.

CLASSE “B”– Fogo em líquidos inflamáveis, graxas, óleos,vernizes e similares; onde o efeito do “abafamento” é essencial.

CLASSE “C”– Fogo em equipamentos elétricos energizados(motores, aparelhos de ar condicionado, televisores, rádios e similares); onde
a extinção deve ser realizada com material não condutor de eletricidade.

CLASSE “D”– Fogo em metais especiais ou piróforos e suas ligas(magnésio, potássio, alumínio e outros); onde a extinção deverá ser feita
por meios especiais.

3 – AGENTES EXTINTORES:

a) Água pressurizada: a água é o agente mais utilizado por causa de suas propriedades de resfriamento, abafamento, diluição e emulsio-
namento. A extinção só ocorre quando o agente atinge o ponto onde existe a combustão. O método convencional de extinção é aplicar,
na base do fogo, jato pleno, mediante linhas de mangueiras, ou com extintores do tipo carga de água. Outra maneira convencional e fre-
quentemente mais eficaz, é aplicar água em forma de neblina. Isto se faz através de esguichos especiais, pulverizados e dispositivos simi-
lares.
UFF
74
b) Espuma química: a espuma para combate a incêndio é um agregado de bolhas cheias de gás, geradas de soluções aquosas. Sua
densidade é menor do que a dos líquidos inflamáveis e combustíveis. É utilizada principalmente, para formar uma capa flutuante
de cobertura. Extingue o incêndio neste líquido, cobrindo e resfriando o combustível, de forma a interromper a evolução dos vapores
e impedir o acesso do oxigênio.

c) Pó químico: os pós extintores têm base em bicarbonato, os quais são usados para extinguir incêndios das classes “B”, “C” e “D”. Ao
ser aplicado diretamente na área do incêndio, o agente pó para extinção de incêndio faz com que as chamas se apaguem
completamente no momento da aplicação, interferindo na reação química da combustão.

d) Gás carbônico: o gás carbônico tem várias propriedades que recomendam sua aplicação na extinção de incêndios. Não é
combustível e não reage com a maioria das substâncias. Sendo gás, pode penetrar e espalhar-se em todas as partes da área
incendiada. Não conduz eletricidade e pode ser, portanto, usado em equipamentos elétricos energizados. É eficiente como agente
extintor porque reduz o conteúdo de oxigênio no ar a um ponto em que este deixa de apoiar a combustão.

4- COMBATE AO INCÊNDIO:

4.1- DISPOSITIVOS PREVENTIVOS MÓVEIS (proteção através de extintores portáteis)

O sistema de proteção por extintores portáteis quanto ao número mínimo, tipo e a capacidade, obedecerão aos seguintes requisitos:
a natureza do fogo a extinguir; a substância utilizada para a extinção do fogo, classe de risco e a quantidade dessa substância e sua cor-
respondente unidade extintora.

TIPO E CAPACIDADE DOS EXTINTORES:

* Os extintores para a classe “A” serão os de água com capacidade mínima de 10 litros.
* Os extintores para a classe “B” serão os de espuma com capacidade mínima de 10 litros, os de gás carbônico com capacidade mínima
de 6 quilos e os de pó químico com capacidade mínima de 4 quilos.
* Os extintores para a classe “C” serão os de gás carbônico com capacidade mínima de 6 quilos e os de pó químico com capacidade mí-
nima de 4 quilos.
* Os extintores para a classe “D” serão os de gás carbônico com capacidade mínima de 6 quilos e os de pó químico com capacidade mí-
nima de 4 quilos.

UFF
75
ÁREA MÁXIMA A DISTÂNCIA MÁXIMA
SER
RISCO PARA ALCANCE
PROTEGIDA POR
QUANTIDADE DE EXTINTORES: EXTINTOR
DO OPERADOR

PEQUENO
(residência, escritórios, 250 m2 20 m
etc)

MÉDIO
4.2 – DISPOSITIVOS PREVENTIVOS FIXOS (oficinas, fábricas, etc) 150 m2 15 m

GRANDE
4.2.1 – Sistema de proteção através da canalização preventiva (dep.combust., 100 m2 10 m
(rede de hidrantes) refinarias,etc)

As tubulações empregadas na rede de hidrantes deverão ser de ferro galvanizado ou cobre com o diâmetro mínimo de 65mm(2.1/2”).
Essas tubulações deverão sair do fundo do reservatório de água (seja superior ou inferior),de forma a garantir através da diferença de ní-
vel com a tubulação de consumo, a reserva técnica de incêndio (RTI). Logo a seguir, deverá ser instalado um registro globo e uma válvula
de retenção (ou válvula de pé com crivo, para o caso de reservatório inferior); com a finalidade de controlar e impedir,no caso de recalque,
que a água retorne para o reservatório. Em prosseguimento, alimentará o sistema de pressurização e na saída deste, alimentará a rede(ou
coluna) principal e suas ramificações para todos os hidrantes(ou caixas de incêndio), terminando no hidrante de recalque(ou de passeio ou
de fachada).

HIDRANTES:

Os hidrantes deverão ter uma saída controlada por válvula globo de 65mm
(2.1/2”) e adaptação para junta “storz” de 65 x 38 mm (2.1/2”x1.1/2”), de
acordo com o diâmetro exigido para a mangueira.

As linhas de mangueira deverão ter diâmetro de 38mm (1.1/2”), com 15m de


comprimento em cada lance e conexão tipo “storz” para engate rápido nas
extremidades.

UFF
76
4.2.2 – Sistema de proteção através da canalização de chuveiros automáticos (SPK – sprinklers)

As redes de bicos de sprinklers ou chuveiros automáticos tem por finalidade extinguir um incêndio mediante o acionamento automático,
isto é, o sistema processa a descarga automática de água sob a forma de neblina ou chuveiro sob o foco do incêndio em uma densidade
satisfatória para controlá-lo ou extinguí-lo em sua fase inicial. Com o acionamento de um ou mais chuveiros através do aumento da
temperatura local, temos também o acionamento simultâneo do alarme e da descarga d’água destinada a abastecer o bico de sprinkler.

Os chuveiros serão automáticos, providos de um mecanismo comandado por um elemento termosensível (ampola de vidro), que os
mantêm hermeticamente fechados. Automaticamente entram em funcionamento pela própria ação do calor de um incêndio. Serão do
tipo “padrão spray”, pendentes ou para cima, cujo defletor é desenhado para permitir que a água descarregada seja projetada
para baixo, com uma quantidade mínima ou nenhuma dirigida para o teto.

Para locais de risco leve, a área máxima a ser protegida por chuveiro não deverá exceder a 18,6m2. Para risco médio 12m2 e para risco
extraordinário 8,4m2.

As tubulações serão de ferro galvanizado ou cobre, com diâmetro mínimo de 25mm (1”) e de acordo com o dimensionamento. As
tubulações deverão ser suficientemente apoiadas por suportes a uma distância máxima entre eles não superior a 3,70m para os tubos
de 25mm(1”) a 32mm(1.1/4”); e 4,60m para os tubos de 40mm(1.1/2”) ou maiores.

MODELO UP RIGHT MODELO PENDENTE

UFF
77 Temperatura Temperatura Cor do líquido
máxima no recomendada do da ampola
telhado(ºC) chuveiro(ºC)
CLASSIFICAÇÃO DAS TEMPERATURAS E CORES DOS CHUVEIROS 38 57 Laranja
AUTOMÁTICOS
COM ELEMENTO TERMOSENSSÍVEL TIPO AMPOLA 49 68 Vermelha
60 79 Amarela
74 93 Verde

DRENAGEM: 121 141 Azul


152 182 Roxa
No sistema de proteção através de chuveiros automáticos deverá existir a possibi-
lidade de drenagem ao nível de cada pavimento e toda a rede, com diâmetro entre 175/238 204/260 Preta
25mm(1”) a 50mm(2”). Para possibilitar a drenagem ao nível de cada pavimento,
deverá existir uma declividade de 2mm/m com direção a coluna de dreno.

UFF
78 DIMENSIONAMENTO DAS TUBULAÇÕES PARA CHUVEIROS AUTOMÁTICOS

OCUPAÇÕES DE RISCO LEVE OCUPAÇÕES DE RISCO ORDINÁRIO


Tubo de aço Tubo de cobre Tubo de aço Tubo de cobre
Diâmetro nominal (mm) Diâmetro nominal (mm)
Quant. máx chuv. Quant. máx chuv. Quant. máx chuv. Quant. máx chuv.

25 2 2
25 2 2
32 3 3
32 3 3
40 5 5
40 5 5
50 10 12
50 10 12
65 20 25
65 30 40
80 40 45
80 60 65 100 100 115

100 Notas a e b Notas a e b 150 275 300

200 Nota a Nota a


OCUPAÇÕES DE RISCO EXTRAORDINÁRIO
Tubo de aço Tubo de cobre
Diâmetro nominal (mm) Notas:
Quant. máx chuv. Quant. máx chuv.

25 1 1
a) Cada jogo de válvulas deve controlar no máximo uma
área de 5000 m2 de pavimento.
32 2 2
b) Quando existirem em um pavimento áreas únicas
40 5 5 acima de 1000 m2, este passa a ser considerado como
ocupação de risco ordinário.
50 8 8
c) Cada jogo de válvulas deve controlar no máximo uma
65 15 20
área de 3000 m2 de pavimento.
80 27 30
d) Um único jogo de válvula de 200 mm de diâmetro
100 55 65 pode controlar áreas de ocupação de risco ordinário e
risco extraordinário, desde que as áreas de risco
150 150 170 extraordinário não excedam a 3000 m2 e a somatória das
áreas, de 5000 m2.
200 Notas c e d Notas c e d

UFF
79 SISTEMAS DE PRESSURIZAÇÃO
O sistema de pressurização por bombas deverá garantir pressão e vazão constantes nas canalizações preventiva e de chuveiros
automáticos. Seu acionamento deverá ser independente e automático, dotado de dispositivos de alarme que denunciem o seu
funcionamento.
O sistema de pressurização será constituído por no mínimo uma bomba centrífuga com motor elétrico que atenda no hidrante mais
desfavorável, os parâmetros de pressão igual a 10 mca e vazão de 100 l/min. A pressão máxima não deverá exceder 40 mca.
Nos chuveiros a pressão mínima deverá ser de 5 mca e a vazão em função do risco .
Risco leve – 1000 l/min
Risco ordinário – 1800 a 4500 l/min
Risco extraordinário – 6000 l/min

O sistema de pressurização com a bomba abastecida por reservatório superior, deverá possuir uma passagem livre (by-pass) para
o fluxo de água direto do reservatório. O sistema de pressurização de bombas com sucção negativa, deverá possuir caixa d’água de
100 l, a 2m de altura do eixo da bomba, para escorva automática da tubulação de sucção, com abastecimento d’água permanente.

O sistema de bombas deverá possuir um cilindro (tanque) com volume mínimo de 10 l, que funcionará como câmara de
compensação para quedas de pressão causada por pequenos vazamentos.

O sistema de pressurização deverá possuir alimentação de energia elétrica independente da instalação geral da edificação, de
maneira que se possa desligá-lo sem interromper a alimentação das bombas de incêndio.

As bombas deverão ficar abrigadas em um compartimento (casa de máquinas de incêndio), com dimensões mínimas de 1,50 x 1,50
m e 2,00 m de altura, sendo seu acesso através de portas corta-fogo com dimensões mínimas de 0,60m x 1,80 m de altura. A sua
ventilação bem como o sentido da abertura da porta corta-fogo são opcionais, devendo existir um ponto de luz no seu interior.

RESERVA TÉCNICA DE INCÊNDIO (RTI)

A RTI é obrigatória em todas as edificações que possuam dispositivos preventivos fixos.


Para os hidrantes, qualquer que seja o risco, é definida da seguinte forma:
- Até quatro hidrantes = 6.000 l
- Acima de quatro hidrantes = 6.000 l + 500 l por hidrante excedente a quatro.
Para os chuveiros automáticos, a RTI deverá ser calculada em função do tempo mínimo de duração de funcionamento do sistema
para cada classe de risco de ocupação.
Risco leve – 30 minutos
Risco ordinário – 60 minutos
Risco extraordinário – 90 minutos
UFF
80 HIDRANTE DE RECALQUE

Junto à via de acesso de viaturas do CB, sobre o passeio, deverá


ESQUEMA HIDRÁULICO DE UMA ser instalado o hidrante de recalque ou de passeio, de modo que
CASA DE BOMBA DE INCÊNDIO possa ser operado com facilidade. Terá um registro controlador
de 2.1/2”,adaptador para junta “storz” com o mesmo diâmetro e
tampão com junta “storz” para proteção contra detritos, animais
ou insetos. Este conjunto será protegido por uma caixa com
tampa metálica em ferro fundido, medindo 30 x 40 cm, tendo na
tampa a inscrição INCÊNDIO.

UFF
81
O COSCIP EXIGE OS DISPOSITIVOS FIXOS DE ACORDO COM A CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES.
ENTRE ESTES CRITÉRIOS PODEMOS RESSALTAR:

1) Edificações residenciais: com três pavimentos e área total superior a 900 m2, será exigida a canalização preventiva.
com quatro ou mais pavimentos, serão exigidas CP, portas corta-fogo e escadas enclausuradas.
com altura superior a 30 m, idem anterior e rede de chuveiros automáticos tipo “sprinklers”.

2) Hotéis e edificações hospitalares: com dois pavimentos e área total superior a 900 m2, será exigida a canalização preventiva.
com três ou mais pavimentos, serão exigidas CP, portas corta-fogo e escadas enclausuradas.
com altura superior a 12 m, idem anterior e rede de chuveiros automáticos tipo “sprinklers”.

3) Edificação escolar, comercial e industrial:


com dois pavimentos e área total superior a 900 m2 e todas as de três pavimentos, será exigida a canalização preventiva.
com quatro ou mais pavimentos, serão exigidas CP, portas corta-fogo e escadas enclausuradas.
com altura superior a 30 m, idem anterior e rede de chuveiros automáticos tipo “sprinklers”.

4) Shoppings: com mais de 1000 m2 em cada pavimento, será exigida a CP, portas corta-fogo, escadas enclausuradas e rede de
chuveiros automáticos tipo “sprinklers”.

NOTA: a critério do Corpo de Bombeiros, qualquer edificação com mais de 12 m de altura que, devido a arquitetura ou
ao relevo existente não permita o acesso da escada mecânica aos andares superiores, poderá ser exigida a rede
de chuveiros automáticos.

UFF
82 PISCINAS
1) Sistemas de recirculação e tratamento:

A figura abaixo mostra uma piscina com seu sistema de recirculação e tratamento. Nela podem ser vistos os equipamentos e dispositivos
mais utilizados. É indicado apenas um elemento de cada tipo mas, à medida que a piscina vai aumentando de dimensão, pode-se ter
vários elementos de cada tipo.
No sistema de recirculação, a água que sai da piscina pelo ralo de fundo e/ou coadeira(skimmer), succionada pela bomba, é direcionada
para o filtro, passando antes pelo préfiltro, e retorna à piscina pelos bocais de retorno.
Opcionalmente, antes dos bocais de retorno, ela pode passar por medidores de vazão, aquecedores e dosadores de produtos químicos.

Figura nº1 – Esquema hidráulico simplificado


do sistema de recirculação e tratamento.

2) Componentes de recirculação e tratamento:

2.1) Ralos de fundo: São dispositivos colocados no fundo da piscina para permitir o escoamento da água. Os materiais mais utilizados
na fabricação dos ralos de fundo são ABS e bronze cromado.

A sua localização deve ser cuidadosamente estudada,


pois dela depende a perfeita circulação de água na
piscina, garantindo uma dispersão uniforme do
desinfetante residual, a inexistência de regiões
estagnadas e a adequada redução de detritos, resíduos,
impurezas e sujeiras no interior da piscina. Pelo menos
um ralo de fundo deve ser colocado na parte mais Cuidados: a) Grelhas – aberturas de, no máximo, 10mm de largura.
profunda da piscina, para possibilitar sua drenagem
completa. b) Velocidade – da água através das grelhas, no máximo de
0,6m/s.
UFF
83 Observação: Não é permitida a saída da água da piscina por um único ralo de fundo provido de grade. Por isso, deve ser utilizada uma
das seguintes alternativas:
* No mínimo dois ralos de grade interligados entre si.
* Um ralo de fundo interligado com a coadeira, sem válvula ou registro na interligação.
* Utilizar um dreno antiturbilhão em lugar do ralo de fundo de grade.

2.2) Coadeiras (skimmer): A finalidade das coadeiras é fazer com que toda a sujeira na superfície como folhas, insetos e pequenas
partículas, sejam aspiradas diretamente para o filtro. Sem elas, essas partículas levariam muito tempo para serem filtradas. Só quando
chegarem ao fundo da piscina serão retiradas pelo aspirador.
O uso das coadeiras é aconselhável para eliminar, além do citado acima, impurezas levadas pelo ser humano, tais como: cabelo, óleo,
cosméticos, bronzeador, etc.
As coadeiras devem conter em seu interior uma tela ou um cesto coletor de fácil remoção e limpeza, pelo qual deve passar a água que
flui por suas barragens flutuantes.

Obtém-se um bom funcionamento instalando-se:


* Em piscinas coletivas, uma coadeira para cada 50m2 de superfície de água.
* Em piscinas privativas, uma coadeira para cada 75m2 de superfície de água.

Devem ser instaladas de forma a assegurar uma perfeita limpeza da superfície da água, devendo-se levar em conta o esquema de
circulação adotado, o formato da piscina e a direção dos ventos predominantes.

Possibilidade hidráulicas das coadeiras:


Fig. a) Básica
Fig. b) Básica com mais de uma coadeira
Fig. c) Adaptação do aspirador na coadeira
Fig. d) Ligação da coadeira com o ralo de fundo
Fig. e) Ligação da coadeira com um equalizador

UFF
84
Tipos de skimmers em função
dos tipos de piscinas

2.3) Bocais de aspiração: São dispositivos colocados na parede da piscina e destinados à conexão do aspirador. São fabricados em
ABS para todos os tipos de piscinas e em bronze cromado somente para as piscinas de concreto.
Devem ser instalados de 20 a 40 cm abaixo do nível da água. A localização deve facilitar para que
todas as partes do interior da piscina sejam alcançadas pelo aspirador.

2.4) Bocais de retorno: São dispositivos colocados na parede da piscina para direcionar ou regular a vazão da água proveniente da
tubulação de retorno. É através deles que a água filtrada e/ou aquecida volta para a piscina. São fabricados em ABS para todos os
tipos de piscinas e em bronze cromado somente para as piscinas de concreto.
A quantidade de bocais de retorno é calculada com base em:
* Um bocal de retorno para cada 50m2 de superfície de água.
* Um bocal de retorno para cada 50m3 de volume de água.

Deve-se adotar a maior quantidade obtida, sendo o mínimo de dois bocais de retorno por piscina.
A velocidade mínima da água na saída do bocal de retorno deverá ser de 3m/s.
Devem ser instalados de 30 a 50 cm abaixo do nível da água. Em piscinas aquecidas, o ideal é que os bocais de retorno fiquem de 30
a 40 cm acima do piso da piscina. Devem ser distribuídos levando-se em conta o esquema de circulação adotado e o formato da
piscina. Deve-se concentrar a maior quantidade de bocais de retorno nas partes mais rasas da piscina e nas regiões onde haja
tendência a estagnação de água.
UFF
85
2.5) Tubulações: De aspiração, de coadeira, de esgoto, de interligação bomba-filtro, do préfiltro, do ralo de fundo e de retorno.

Com exceção das grandes instalações, o material dos tubos deve ser o PVC soldável que oferece uma série de vantagens.
Atenção especial deverá ser dada a acessibilidade das tubulações.

Diâmet.
do tubo 25 32 40 50 60 75 85 110
(mm)

Máximas vazões recomendadas para as Vazão


tubulações de sucção e retorno em fun- máxima 2,2 3,7 6,2 9 15 21 32 50
ção de seu diâmetro. na
sucção
(m3/h)
Vazão
máxima 3,6 6,2 10 15 25 35 53 83
no
retorno
(m3/h)

2.6) Visores de lavagem: São equipamentos colocados na tubulação de esgoto do filtro que possuem uma parte
de plástico ou vidro transparente para se observar a turbidez da água. A finalidade desses visores é fazer com que a
retrolavagem seja realizada no menor tempo possível, evitando-se desperdício de água e produtos químicos.

2.7) Medidores de vazão: São aparelhos colocados nas tubulações de retorno para medirem a vazão da
água que passa nessas tubulações. Quando indicam vazões inferiores às do projeto, mostram que algo está
errado no sistema de recirculação.

2.8) Sistemas dosadores: São equipamentos que adicionam produtos químicos, geralmente na forma
líquida ou em solução, que servem para corrigir o PH e o teor sanitizante (cloro, bromo, etc) na água da
piscina.
Os dosadores devem ser instalados na tubulação de retorno, após o filtro e no caso de uso de aquecedor,
depois dele. Entre o filtro (e/ou aquecedor) e os dosadores, deve-se instalar uma válvula de retenção.
UFF
86

Posição do dosador no 1- Piscina


sistema hidráulico 2- Coadeira
3- Ralo de fundo
4- Válvula de três vias
5- Bomba
6- Sifão
7- Filtro
8- Aquecedor
9- Válvula de retenção
10- Dosador

2.9) Exemplos corretos de distribuição dos dispositivos de sucção e retorno:

Fig. 2 e 3 - Piscina residencial


com 5x10m e profundidade
média de 1,10m.
Área = 50m2
Volume = 55m3
Pela ABNT são necessários, no
mínimo, 1 coadeira, 1 dreno Fig. 2 Fig. 3
antiturbilhão e 2 bocais de
retorno.

Fig. 4 e 5 – Piscina semi-olímpica


com 12,5x22m e profundidade
média de 1,50m. Bocais de aspiração Coadeiras
Área = 312,50m2 Ralo de fundo
Volume = 469m3
Bocais de
Pela ABNT, são necessários, no retorno
mínimo, 7 coadeiras, 2 ralos de Fig. 4 Fig. 5
fundo(30x30cm) e 10 bocais de
retorno.

UFF
87
2.10) considerações sobre a casa de máquinas:
*Deve ter fácil acesso para a entrada e retirada dos equipamentos.
*Deve dispor de espaço suficiente para os equipamentos e permitir
a circulação para a manutenção.
*A ventilação quando natural, deve ter área igual a ¼ da área de
piso ou ventilação forçada equivalente.
*O piso deve possuir sistema de drenagem.
*Deve estar, sempre que possível, próxima da piscina e, de
preferência, mais próxima do(s) ralo(s) de fundo.
*O nível da água da piscina deve ser superior ao nível da entrada
da água na bomba. Melhor ainda se o nível do ralo de fundo for
superior ao nível da entrada da água na bomba. Com bombas
afogadas, os problemas de sucção são menores.
*Em piscinas de grande porte, procurar usar nas tubulações
hidráulicas localizadas na casa de máquinas, medidores de vazão,
termômetros, vacuômetros e manômetros. Esses equipamentos
fornecem dados para uma melhor performance e acompanhamento
dos equipamentos da casa de máquinas.

2.11) Filtros: Sua função é remover partículas sólidas em suspensão pela passagem da água através de um meio filtrante. A
qualidade de filtração está relacionada com o menor tamanho das partículas que o filtro consegue reter.
Os filtros para piscina apresentam-se numa variedade muito grande de tamanhos e de meios filtrantes. Existem três tipos de filtro: de
areia, de cartucho e de diatomita.

Filtros de areia (o único fabricado no Brasil)


No início dos anos 50, surgiram os filtros de areia denominados filtros de alta vazão. São compactos, fáceis de operar e apresentam
grande eficiência.
Os filtros de areia de alta vazão têm a capacidade de reter partículas de dimensões iguais ou superiores a 20 micra, podendo reter
partículas menores, à medida que o filtro vai ficando sujo, mas isto ocorre com uma concomitante redução da vazão no sistema de
recirculação.
Utilizam válvulas seletoras de seis posições nos filtros de menor capacidade, e de quatro posições nos maiores; para realizarem as
diversas operações.
A qualidade do meio filtrante é regenerada por intermédio da operação de retrolavagem.
Os filtros de areia são os que apresentam maior diversidade de tamanho. Os menores pesam poucos quilos e utilizam bombas muito
pequenas(1/3 cv), enquanto os maiores, de até três metros de diâmetro, pesam várias toneladas e utilizam bombas de 30 cv ou mais.
Enquanto os filtros menores são de plástico, os maiores são de f ibra de vidro reforçado ou de aço. Os filtros de aço devem possu ir um ou
mais anodos de sacrifício de magnésio, com a finalidade de evitar ou diminuir a corrosão.
UFF
88 Vantagens:
* Por serem os mais antigos, os filtros de areia são mais
conhecidos e tradicionais, proporcionando uma manutenção 1) Entrada de água
mais fácil. 2) Saída de água
* O manuseio é muito simples, principalmente na operação 3) Válvula seletora
4) Manômetro(não visível)
de retrolavar, quando não é necessária a troca da areia. 5) Distribuidor de água
6) Corpo
Desvantagens: 7) Areia
* Os filtros de areia são muito pesados, de diâmetros 8) Tubo coletor
maiores, difíceis de transportar e ocupando mais espaço, 9) Coletor de água
quando comparados a outros tipos de filtros de mesmo 10) Dreno(não visível)
porte.
* A qualidade de filtração dos filtros de areia é inferior à dos
filtros de diatomita.
Filtros de cartucho:
Apareceram nos anos 50, mas só foram introduzidos no mercado nos anos 70. Inicialmente
utilizados apenas em piscinas pequenas, hoje já são aplicados até em piscinas de grande porte.
O meio filtrante é um cartucho de material sintético feito de tecido de poliéster. Os seus elementos
filtrantes são semelhantes, em aspecto, aos dos filtros de ar utilizados nos carros.
Estes filtros retêm partículas de dimensões iguais ou superiores a 15 micra.
Esses filtros não utilizam válvulas seletoras usam, normalmente, dois registros de gaveta ou esfera,
um entre a bomba e o filtro e outro entre a bomba e a tubulação de esgoto.
A limpeza do filtro se dá através de jatos d’água com pressão relativa, tomando-se cuidado para
que a sujeira no interior das pregas do filtro sejam retiradas, porém sem danificar o filtro por
excesso de pressão. Após a limpeza física, muitas vezes também é necessária uma limpeza
química. Esse processo é bastante complicado e muitas vezes é preciso trocar o filtro por danos
causados durante a limpeza. Além disso, cada ciclo completo de limpeza do cartucho reduz sua
área útil de filtração em, aproximadamente, 30%.
São comercializados em vários tamanhos, que vão desde os de um único cartucho, com
aproximadamente 2,5m2 de área de filtração; até os com quatro cartuchos, perfazendo uma área
de 40m2 de filtração.
Vantagens: 1) Manômetro
2) Botão de fechamento
* São extremamente leves e de pequenas dimensões. 3) Válvula de purga
* Dispensa o uso de válvulas seletoras, passíveis de muitos defeitos. 4) Tampa
5) Corpo
Desvantagens: 6) Cartucho
* O preço de manutenção é elevado nas constantes reposições de cartuchos. 7) Entrada de água
* Trabalho excessivo de manutenção com a lavagem dos cartuchos. 8) Saída de água
* A qualidade de filtração dos filtros de cartucho é inferior à dos filtros de diatomita 9) Dreno(não visível)
10) Base
UFF
89 Filtros de diatomita:
O meio filtrante é composto por restos fossilizados de pequenos animais marinhos, há mais de
5 milhões de anos, denominados “diatomácias”. Têm a aparência de um pó muito fino e
branco, como o talco.
Dentre os filtros é o mais eficiente na remoção de partículas, podendo remover partículas com
dimensões iguais ou superiores a 2 micra.
Os filtros de diatomita usam válvulas seletoras de seis vias e o seu posicionamento é sempre
na lateral do filtro.
A qualidade do meio filtrante é recuperada parcialmente através da retrolavagem, quando boa
parte da diatomita é perdida, e totalmente através do desmonte e lavagem total do filtro,
quando a diatomita deverá ser totalmente reposta.
Esses filtros são fornecidos em vários tamanhos. Os maiores comercializados atualmente no
Brasil, podem trabalhar com vazões de até 33m3/h, com bombas de 2 a 3 cv.
Vantagens:
* Praticamente a única vantagem dos filtros de diatomita é a retenção de partículas muito 1) Septo
2) Manômetro
pequenas, vantagem insuperável para as academias de natação. 3) Válvula de purga
4) Corpo
Desvantagens: 5) Cinta de vedação
* Dificuldades na lavagem interna do filtro. 6) Válvula seletora
* Riscos de volta da diatomita para a piscina. (É necessário o uso de válvula de retenção na 7) Saída de água
linha de sucção) 8) Entrada de água
* Problemas ecológicos com a diatomita que é descartada na retrolavagem. 9) Base
10) Dreno

Preços relativos:
Os filtros de diatomita são ligeiramente mais caros que os equivalentes de cartucho. Em relação aos filtros de areia apresentam, nas
dimensões menores, preços similares e, nas dimensões maiores, preços iguais ou mais baixos.

2.12) Válvulas seletoras de quatro ou seis posições: Possui uma alavanca que, ao ser girada, muda a sua operação. Para os filtros
menores, até 75 cm de diâmetro, utiliza-se a de seis posições; já para os maiores usa-se a de quatro posições.

1ª - Filtrar: Nesta posição, a água está sendo filtrada. Pode-se aspirar a piscina com a válvula nesta posição para se evitar desperdício de
água. Já quando a piscina está muito suja, recomenda-se a aspiração com a válvula na posição drenar.

2ª - Retrolavar: Nesta posição, o fluxo da água é invertido em relação à filtração, promovendo a limpeza da areia ou a remoção da
diatomita. A água suja da retrolavagem é lançada diretamente no dreno do esgoto.

UFF
3ª - Enxaguar(só na de seis posições): Esta operação, realizada depois da retrolavagem, tem a finalidade
90 de eliminar as partículas de sujeira remanescentes da retrolavagem, evitando o seu retorno para a piscina.
Nessa operação, a água, passando pelo filtro, é enviada para o esgoto, levando cerca de um minuto no
processo.

4ª- Recircular: A água da piscina é recirculada sem passar pelo filtro. Essa operação é realizada quando
se quer fazer uma homogeneização dos produtos químicos jogados na piscina.

5ª - Drenar: É realizada quando se faz a aspiração do fundo da piscina, jogando a água e a sujeira
diretamente para o esgoto. Também é utilizada para se drenar total ou parcialmente a piscina.

6ª - Testar(só na de seis posições): Esta operação verifica eventuais vazamentos na válvula seletora,
indicando a necessidade de manutenção no filtro.

2.13) Bombas de recirculação: Obriga a água a fluir através do filtro e retornar a piscina. Ela
deve ser dimensionada de acordo com as características do filtro e com a perda de carga nas
tubulações.
Um préfiltro deverá ser instalado antes do bocal de sucção da bomba, para reter partículas
maiores (folhas, papel, etc) em um cesto coletor, evitando-se a obstrução do rotor da bomba.
O conjunto motor/bomba é o coração do sistema de circulação e tratamento de água. As
bombas utilizadas em piscinas são do tipo centrífugas e geralmente auto-escorvantes. As auto-
escorvantes succionam a água, mesmo quando a entrada de água na bomba esteja em nível
superior ao da piscina, sem a necessidade do uso de válvula de retenção. Ainda assim, estas
bombas têm algumas limitações: o préfiltro deve estar cheio de água e a diferença entre o nível
da água da piscina e a entrada da bomba, não pode ser superior a 1,5m; além disso, o
comprimento da tubulação de sucção na horizontal não deve ser maior que 5m. Motobomba com préfiltro incorporado

2.24) Iluminação subaquática: A iluminação subaquática tem somente a finalidade estética,


portanto a sua instalação é opcional.

Existem dois tipos : a iluminação convencional e a de fibra ótica, cada uma delas com vantagens
e desvantagens.

A iluminação convencional utiliza refletores subaquáticos instalados na parede da piscina e


trabalham com lâmpadas halógenas de 115W/12V. Pode-se adotar como base de cálculo, de 5 a
10 W/m2 . Os projetores são instalados em nichos. Atualmente, os nichos são do tipo molhado, NICHO
isto é, a água da piscina está presente em seu interior, refrigerando todo o projetor.
UFF
91 Os projetores devem ser instalados, sempre que possível, a 75 cm abaixo
do nível da água, e são fornecidos com cabos de três fios com três metros
de comprimento. A sobra desse cabo deverá ficar enrolada no interior do
nicho, não devendo ser cortada sob pena de se prejudicar a manutenção
com a troca da lâmpada.
Na instalação da iluminação subaquática convencional deveremos ter um
transformador(127 ou 220 / 12 V), dispositivo DR de alta sensibilidade e
uma caixa de passagem no deck junto ao refletor. Atenção especial deverá
ser dada quanto a localização do transformador em relação a lâmpada, para TRANSFORMADOR REFLETOR
viabilizarmos a instalação do refletor (problemas com queda de tensão
excessiva / distância máxima de 15 m).

A iluminação por meio de fibra ótica funciona a partir de uma fonte luminosa central, onde se encontra uma lâmpada. Cabos de fibra
ótica conduzem a luz até a parede da piscina onde se encontram lentes que difundem a luz. Podemos usar a iluminação pontual,
semelhante a convencional, como também a de perímetro. Como base de cálculo, pode-se usar 5 W/m2 .
A quantidade e a localização ideais para as lentes são sugeridas nos esquemas abaixo. As lentes deverão ficar de 0,4 a 0,6 m abaixo do
nível da água, dependendo da profundidade da piscina. A distância entre o iluminador e a piscina deve ser a menor possível, sendo a
distância máxima recomendável igual a 12 m.

Vantagens do sistema convencional: Iluminação superior na piscina com lâmpadas de potências


iguais e menor preço.

Vantagens da fibra ótica: Circuito elétrico e manutenção mais simples, melhor efeito estético,
possibilidade de efeito colorido dinâmico e possibilidade de iluminação perimetral também nas
diferentes cores.

UFF
92 ACESSÓRIOS

RODO DE FUNDO MANGUEIRA

PENEIRA DE
SUPERFÍCIE

ESCADAS HIDRÁULICAS

1) CABO TELESCÓPIO
DOSADOR 2) CABO FIXO
(KIT P/ TRATAMENTO
QUÍMICO DA ÁGUA) (EM ALUMÍNIO)

UFF
93 COMPACTADORES DE LIXO
A palavra lixo, derivada do termo latim lix, significa “cinza”. No dicionário, ela é definida como sujeira, imundice, coisas inúteis, velhas,
sem valor.
Na linguagem técnica, é sinônimo de resíduos sólidos e é representado por materiais descartados pelas atividades humanas.
Hoje, vivemos na era dos descartáveis, em que a maior parte dos produtos – desde guardanapos de papel e latas de refrigerante, até
computadores – são inutilizados e jogados fora com enorme rapidez. Houve, portanto, um aumento considerável do volume de lixo
produzido , ao mesmo tempo que as áreas disponíveis para depósito de lixo vão se tornando cada vez mais escassas. A questão é: o que
fazer com tanto lixo?
Nota-se uma tendência mundial em reaproveitar cada vez mais os produtos jogados no lixo para a fabricação de novos objetos, através
dos processos de reciclagem.
Assim, o conceito de lixo tende a ser modificado, podendo ser entendido como “coisas que podem ser úteis e aproveitáveis pelo homem”.

TIPOS DE LIXO:

Lixo urbano: Formado por resíduos sólidos em áreas urbanas.


Lixo residencial: Formado pelos resíduos sólidos de atividades residenciais (contém muita quantidade de matéria orgânica, plástico, lata e
vidro).
Lixo comercial: Formado pelos resíduos sólidos das áreas comerciais.
Lixo público: Formado por resíduos sólidos produto de limpeza pública (areia, papéis, folhagem e poda de árvores).
Lixo especial: Resíduos industriais que merecem tratamento, manipulação e transporte especiais. São eles: pilhas, baterias, embalagens
de agrotóxicos, embalagens de combustíveis, de remédios ou venenos.
Lixo industrial: Resíduos produzidos por indústria.
Lixo de serviço de saúde: Resíduos sépticos, resultados de curativos e aplicação de medicamentos, que em contato com o meio ambiente
ou misturado ao lixo doméstico, poderão ser vetores de doenças. Esse tipo de lixo deve ser destinado a incineração.
Lixo atômico / radioativo: A elevada radioatividade constitui um grave perigo ao meio ambiente e à saúde da população, por isso deve
ser enterrado em local próprio.

TEMPO NECESSÁRIO PARA A DECOMPOSIÇÃO DE ALGUNS MATERIAIS

MATERIAL RECICLADO PRESERVAÇÃO DECOMPOSIÇÃO


1000 kg DE PAPEL O CORTE DE 20 ÁRVORES 1 A 3 MESES
Fonte: A Embalagem e 1000 kg DE PLÁSTICO EXTRAÇÃO DE MILHARES DE LITROS DE 200 A 450 ANOS
o meio ambiente PETRÓLEO

1000 kg DE ALUMÍNIO EXTRAÇÃO DE 5000 kg DE MINÉRIO 100 A 500 ANOS

1000 kg DE VIDRO EXTRAÇÃO DE 1300 kg DE AREIA 4000 ANOS

UFF
94
O Brasil, além de suas dimensões continentais, possui características típicas ao que diz respeito ao mercado de equipamentos para a
coleta de lixo.
Algumas informações numéricas são interessantes para análise:
A geração média de lixo por habitante é de 1,5 kg por dia. Cerca de apenas 18% do lixo gerado é coletado por equipamentos
compactadores.
Historicamente, no Brasil saõ comercializados 800 equipamentos por ano. Não existe sazonalidade ou ciclo regular que auxilie para
análise mercadológicas.
A geração de lixo no Brasil enquadra-se em níveis de países desenvolvidos. Já o baixo percentual coletado de forma mecanizada, indica
claramente a grande potencialidade deste mercado. Porém, a quantidade comercializada anualmente não apresenta índice de
crescimento compatível. Por outro lado, deparamos com uma outra grande dificuldade que é a destinação final do lixo.
A amenização deste problema encontra-se na coleta seletiva para reciclagem, que possibilitará o aumento de 40% na vida útil dos
aterros sanitários.

Devemos ter a consciência de que não basta apenas reduzir o volume de lixo para facilitar o seu transporte e manuseio. As autoridades
competentes deveriam exigir, não somente a compactação, mas também a coleta seletiva do lixo. Um esforço coletivo nesse sentido
seria um grande passo para a conservação do meio ambiente e da saúde da população.

O compactador de lixo, exigido por algumas Prefeituras para as instalações prediais, consiste em um equipamento elétrico e hidráulico,
semelhante a uma prensa. O consumo de energia elétrica é relativamente pequeno. O motor é trifásico e fornecido em 220 V ou 380 V.
Existem vários tipos de compactadores, desde os mais simples, que dependem de um operador; aos mais modernos, totalmente
automatizados.

Suas dimensões variam em função do tipo e da sua capacidade (consultar catálogos dos fabricantes).
O local onde será instalado o compactador de lixo deverá ter uma área útil mínima de 8m2, com a menor dimensão de, no mínimo, 2m.

A redução do volume dependerá, não só do tipo do equipamento mas também do tipo de resíduos.

Compactação média:

Lixo residencial – 5 vezes Fast-food – 10


Industrial – 6 vezes Escritório – 6 vezes
Hospitalar – 5 vezes Escola – 5 vezes
Supermercado – 3 vezes Hotel – 5 vezes
Restaurante – 4 vezes

UFF
95
COMPACTADOR NÃO AUTOMATIZADO
(COM OU SEM ADAPTADOR PARA DESCIDA)

O equipamento foi projetado para operação por uma única pessoa.


Retira-se a caixa de compactação e coloca-se o saco de lixo. Pela abertura(ou duto), jaga-se o lixo e com a
alavanca abaixa-se a prensa até o fim do curso. Em seguida, com a mesma alavanca, sobe-se a prensa e
joga-se mais lixo, repetindo-se a operação. Quando a prensa chegar ao fim do curso e acender uma lâmpada,
significa que o fardo está pronto.Retira-se a caixa de compactação e depois o fardo, que deverá ser
amarrado. Fecha-se a caixa novamente e recomeça-se a operação.

COMPACTADOR TOTALMENTE AUTOMATIZADO

Além de compactar, injeta o lixo em sacos, ou em containers, proporcionando um armazenamento higiênico e de fácil manuseio.
Através de um tubo coletor, ou diretamente, o lixo é lançado na câmara de carga. Ao interromper o feixe luminoso da foto-célula, o
compactador de lixo começa a funcionar. O carro recua e os refugos caem na câmara de compactação. Em seguida, o carro avança,
comprimindo os refugos na câmara de extrusão (no tipo ensacador) ou no container.
Antes de ser compactado, o lixo recebe um jato de desodorante-desinfetante. O compactador de lixo é equipado com um sistema de
sinalização remota para indicar a necessidade de substituição do saco ou do container.

Fig. a) Lixo lançado na câmara de carga interrompe o feixe luminoso Fig. c) O carro avança comprimindo o lixo na câmara
da foto-célula, dando início a operação. de extrusão ou no container.

Fig. b) O carro recua e o lixo cai na câmara de compactação. Fig. d) O lixo comprimido empurra o saco para adiante. Quando o último saco
O lixo recebe um jato de desodorante-desinfetante. (ou o container) está cheio, o compactador desliga automaticamente e acende
a lâmpada de sinalização remota, avisando ao operador para trocar o saco
(ou container)
UFF
96 SISTEMA DE SACO MÚLTIPLO

Alguns compactadores de lixo utilizam o sistema de saco múltiplo, apresentado a seguir:

Fig. a) O lixo é compactado e vai sendo empurrado Fig. b) A medida que mais lixo é introduzido,
para dentro do saco. o saco vai se distendendo.

Fig. c)O saco múltiplo apresenta, de espaço em Fig. d) Para destacar os sacos, o operador os estrangula
espaço, uma parte sanfonada. no local da sanfona, amarra-os em dois pontos próximos
e corta ao meio. Nenhum lixo é derramado.

Resultado obtido após compactação

UFF
97 INSTALAÇÕES PREDIAIS DE GÁS
Condições mínimas exigíveis para o projeto e a execução das instalações internas de gás, destinadas a operar com gás natural(GN) ou
com gás liqüefeito de petróleo(GLP) na fase vapor, com pressão de trabalho máxima de 150 kPa (1,53 kgf/cm2 ou 15 mca).

1) Gás natural (GN):

O gás natural é uma energia de origem fóssil, mistura de hidrocarbonetos leves entre os quais se destaca o metano(CH4), que se localiza
no subsolo da terra e é procedente da decomposição da matéria orgânica espalhada entre os extratos rochosos(chamados de
reservatórios). Tal como é extraído das jazidas, o gás natural é um produto incolor e inodoro, não é tóxico e é mais leve que o ar. Além
disso o gás natural é uma energia carente de enxofre e a sua combustão é completa, liberando como produtos da mesma o dióxido de
carbono (CO2) e vapor d’água, sendo os dois componentes não tóxicos, o que faz do gás natural uma energia ecológica e não poluente.
O gás natural é uma fonte de energia pura, embora possa estar associada ou não ao petróleo. Ou seja: o gás associado está dissolvido
no óleo nos reservatórios. Já o gás natural não associado, está quase que totalmente limpo (mínima presença de óleo), sendo
direcionado exclusivamente para o mercado de gases combustíveis, diferente do gás associado, que terá sua produção determinada pela
produção de óleo.
Uma vez extraído do subsolo, o gás natural deve ser transportado até as zonas de consumo, que podem estar perto ou bem distantes. O
transporte, desde as jazidas até estas zonas, é realizado através de tubulações de grande diâmetro, denominadas gasodutos. Quando o
transporte é feito por mar e não é possível construir gasodutos submarinos, o gás é carregado em navios metaneiros. Nestes casos o gás
é liqüefeito a 160º abaixo de zero, reduzindo seu volume 600 vezes para poder ser transportado. No porto receptor, o gás é
descarregado em plantas ou terminais de armazenamento e regasificação.
Sendo assim, o gás permanece armazenado em grandes depósitos na pressão atmosférica e é depois injetado na rede de gasodutos para
ser transportado aos pontos de consumo.
Com densidade específica mais leve que o ar, o gás natural dissipa-se facilmente na atmosfera, reduzindo os riscos de acidentes. Para
que inflame é preciso que seja submetido a uma temperatura superior a 620ºC.
Dentre as fontes de energia, o gás natural se caracteriza por sua eficiência, limpeza e versatilidade. O gás natural pode ser utilizado
tanto no lar quanto no comércio e na indústria, não necessitando de ser armazenado previamente, sendo também um combustível que
não polui.
Atualmente, 95% de quase todo o gás canalizado do mundo corresponde a gás natural. Este tipo de gás é a fonte de energia mais limpa
que existe, uma vez que não produz resíduos em sua combustão e não polui o meio ambiente. Como fonte de energia, o GN tem alto
poder calorífico(quase 2,5 vezes maior que o do gás manufaturado), e é odorizado para que seja percebido em caso de escapamentos.

2) Gás liqüefeito de petróleo (GLP):

O GLP pode ser separado das frações mais leves de petróleo ou das mais pesadas de GN. À pressão atmosférica e temperatura
ambiente, é um produto gasoso, inflamável, inodoro e asfixiante, quando aspirado em altas concentrações.
À temperatura ambiente, mas submetido à pressão de 3 a 15 kgf/cm2(30 a 150 mca), o GLP se apresenta na forma líquida. Deste fato
resultam o seu nome – gás liqüefeito de petróleo – e a sua grande aplicabilidade como combustível, devido a facilidade de
armazenamento e transporte do gás, a partir do seu engarrafamento em vasilhames.
UFF
98
Para que os vazamentos de gás seja facilmente identificados, compostos a base de enxofre são adicionados, apenas para lhe dar um
odor característico, sem lhe atribuir características corrosivas.
O GLP consumido no país provem, em sua maior parte, do refino do petróleo. O GLP é um derivado composto da mistura de
hidrocarbonetos com 3 e 4 átomos de carbono, denominados de propano e butano.
Outro processo de onde é extraído parte do GLP consumido no país é o que ocorre nas Unidades de Processamento de Gás Natural
(UPGN), nas quais as frações mais pesadas do gás são separadas da corrente, produzindo GLP.
De cada barril de petróleo a refinar, o rendimento em derivados varia de acordo com o tipo de petróleo, as condições operacionais e,
por último, com os processos utilizados. Assim sendo, existe uma limitação na quantidade de GLP produzido a partir da refinação do
petróleo. Atualmente, com a gama de tipos de petróleo processados e as unidades em operação nas refinarias brasileiras,
aproximadamente 10% do petróleo refinado é transformado em GLP. A produção nacional de GLP ainda está muito aquém da demanda
média brasileira. A diferença, em torno de 40% do consumo, é completada a partir de GLP importado. Daí a importância da existência
de projetos de racionalização do uso deste combustível.
A opção de se aumentar a oferta de GLP simplesmente a partir do aumento da capacidade de refino, não revela a mais atraente do
ponto de vista de custos, uma vez que o aumento de 60% da capacidade de refino, necessário para atender o mercado, acarretaria
uma sobra considerável de outros combustíveis, principalmente gasolina e óleo combustível, e a conseqüente dificuldade de se
comercializá-los a preços atrativos. Desta forma, a menos que aconteça um rearranjo do perfil de consumo de derivados no país, a
importação de GLP se fará presente ainda por muito tempo.

3) Definições:

3.1) Local de medição de gás: Construção destinada à proteção de um ou mais medidores com seus complementos.
3.2) Alta pressão: Toda pressão acima de 392 kPa (4kgf/cm2).
3.3) Média pressão: Toda pressão compreendida entre 5 kPa (0,05 kgf/cm2) a 392 kPa (4 kgf/cm2).
3.4) Baixa pressão: Toda pressão abaixo de 5kPa (0,05 kgf/cm2) .
3.5) Central de gás: Área devidamente delimitada que contém os recipientes transportáveis ou estacionário(s) e acessórios, destinados ao
armazenamento de GLP para consumo da própria instalação.
3.6) Economia: É a propriedade, servindo de habitação ou ocupação para qualquer finalidade, podendo ser utilizada independentemente
das demais.
3.7) Fator de simultaneidade(F): Relação percentual entre a potência verificada praticamente, com que trabalha simultaneamente um
grupo de aparelhos, servidos por um determinado trecho de tubulação, e a soma da capacidade máxima de consumo desses mesmos
aparelhos.
3.8) Instalação interna: Conjunto de tubulações, medidores, reguladores, registro e aparelhos de utilização de gás, com os necessários
complementos, e destinados à condução e ao uso do gás no interior de uma edificação.
3.9) Medidor coletivo: Aparelho destinado à medição de consumo total de gás de um conjunto de economias.
3.10) Medidor individual: Medidor que indica o consumo de uma só economia.
3.11) Perda de carga: Perda de pressão do gás, devido a atritos ao longo da tubulação e acessórios.
3.12) Potência adotada(PA): Potência utilizada para o dimensionamento do trecho em questão. (PA = PC x F)

UFF
99
3.13) Potência computada: Somatório das potências máximas dos aparelhos de utilização de gás, que potencialmente podem ser
instalados a jusante do trecho.
3.14) Prumada: Tubulação constituinte da rede de distribuição interna (embutida ou aparente, inclusive externa a edificação), que
conduz o gás para um ou mais pavimentos.
3.15) Prumada individual: Prumada que abastece uma única economia.
3.16) Prumada coletiva: Prumada que abastece um grupo de economias sobrepostas.
3.17) Queda máxima de pressão: Queda de pressão admissível causada pela soma da perda de carga nas tubulações e acessórios e pe la
variação de pressão com o desnível, devido à densidade relativa do gás.
3.18) Rede de distribuição interna: Tubulações situadas dentro do limite da propriedade dos consumidores; após o regulador de pressão
de 1º estágio (p/ GLP), e após o regulador de pressão e na inexistência do mesmo, após o limite de propriedade dos consumidores (p/
GN). – Ver desenhos págs. 100 e 101 –
3.19) Rede primária: Trecho da instalação operando no valor máximo de 150 kPa (1,53 kgf/cm2) – Perda de carga máxima admissível =
15 kPa (0,15 kgf/cm2)
3.20) Rede secundária: Trecho da instalação operando no valor máximo de 5 kPa (0,05 kgf/cm2) até o ponto de utilização do gás – Perda
de carga máxima admissível = 20 mmca.

OBS.: Para efeito de dimensionamento, a pressão de cálculo de entrada do GN é de 2 kPa (0,02 kgf/cm2) e do GLP 2,8 kPa (0,027
kgf/cm2). Admiti-se uma variação de pressão junto aos aparelhos de utilização entre +15% e –25% da pressão nominal.

3.21) Registro de corte de fornecimento: Dispositivo destinado a interromper o fornecimento de gás para uma economia.
3.22) Registro geral de corte: Dispositivo destinado a interromper o fornecimento de gás para toda a edificação.
3.23) Regulador de 1º estágio: Dispositivo destinado a reduzir a pressão do gás, antes de sua entrada na rede primária, para o valor de
no máximo 150 kPa (1,53 kgf/cm2).
3.24) Regulador de 2º estágio ou estágio único: Dispositivo destinado a reduzir a pressão do gás, antes de sua entrada na rede
secundária, para um valor adequado ao funcionamento do aparelho de utilização de gás, abaixo de 5 kPa (0,05 kgf/cm2).
3.25) Válvula de alívio: Válvula projetada para reduzir rapidamente a pressão, a jusante dela, quando tal pressão excede o máximo
estabelecido.

UFF
100
EXEMPLOS DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO INTERNA

EM PRUMADA COLETIVA - GLP EM PRUMADA COLETIVA - GLP / GN EM PRUMADA INDIVIDUAL - GLP / GN

UFF
101
EXEMPLO DE REDE DE DISTRIBUIÇÃO INTERNA
PRUMADA INDIVIDUAL E COLETIVA
(GN)

Legenda:
1- Rede geral sob a calçada ou pista de rolamento.
2- Registro de segurança em logradouro público.
3- Limite da propriedade.
4- Regulador de pressão.
5- Fachada do prédio.
6- Cabine de medidores individuais.
7- Caixa de medidor coletivo.
8- Gambiarra.
UFF
102 4) Requisitos gerais:

4.1) Generalidades:
-A instalação de gás deve ser provida de válvulas de fechamento manual em cada ponto em que sejam necessárias para a segurança,
a operação e a manutenção.
-A tubulação não pode ser considerada como elemento estrutural nem ser instalada interna a ele.
-Na travessia de elementos estruturais, deve ser utilizado um tubo luva, vedando-se o espaço entre ele e o tubo de gás.

4.2) Localização:
-A tubulação da rede de distribuição interna não pode passar no interior de:
a) dutos de lixo, ar condicionado, águas pluviais, tiragem de fumaça das escadas enclausuradas;
b) reservatório de água;
c) dutos para incinerador de lixo;
d) poço de elevador;
e) compartimento de equipamento elétrico;
f) compartimento destinado a dormitório, exceto quando embutidas e destinada para ligação de aparelhos de utilização
hermeticamente isolados;
g) poço de ventilação capaz de confinar o gás proveniente de eventual vazamento;
h) qualquer vazio ou parede contígua a qualquer vão formado ou inerente pela estrutura ou alvenaria, ou por estas e o solo, sem a
devida ventilação;
i) qualquer tipo de forro falso ou compartimento não ventilado, exceto quando utilizado tubo luva;
j) duto de sistema de ventilação de ar e, ainda, a menos de um metro de abertura para captação de ar;
l) todo e qualquer local que propicie o acúmulo de gás vazado.
-As tubulações devem:
a) ter um afastamento mínimo de 0,30m de condutores de eletricidade se forem protegidos por eletrodutos; e 0,50m nos casos
contrários;
b) ter um afastamento das demais tubulações suficiente para ser realizada a manutenção das mesmas;
c) ter um afastamento mínimo de 2m de pára-raios e seus respectivos pontos de aterramento;
d) ser envoltas em revestimento maciço quando embutidas em paredes;
e) em caso de superposição de tubulação, a tubulação de GLP deve ficar abaixo e a de GN acima das demais tubulações.

4.3) Instalação da tubulação (rede de distribuição interna):


-A rede de distribuição interna pode ser embutida ou aparente.
-Toda rede de distribuição interna deve ter um registro geral de corte identificado e instalado em local de fácil acesso.
-A ligação dos aparelhos de utilização de gás à rede secundária deve ser feita por meio de tubulações rígidas ou flexíveis, havendo um
registro para cada aparelho para manutenção.
-As tubulações poderão ser instaladas em canaletas, shafts ou aparentes, de modo a facilitar a manutenção.

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4.4) Abrigo de medidores de gás:
-É obrigatória para cada economia, a previsão do local do medidor individual.
-As cabines dos medidores individuais poderão ser colocadas no pavimento
térreo, nos andares,em área de servidão comum, podendo ser agrupadas ou não,
ou ainda no interior das respectivas economias.
-Nas edificações construídas em logradouros onde a pressão da rede de
distribuição precisa ser regulada para a pressão de consumo, deverá ser
construída uma caixa de proteção para o regulador de pressão (ver pág. 101), a
montante do medidor e o mais próximo possível do limite da propriedade, em
local de fácil acesso e pertencente à própria edificação.
-Quando os medidores individuais forem colocados nos andares ou no interior
das economias, deverá ser previsto um local para os medidores gerais no
pavimento térreo.
-Em qualquer das formas de localização de medidores, deverá haver sempre um
registro, em área de servidão comum, que permita fazer o corte de gás de cada
economia individualmente.
-Junto a entrada de cada medidor deverá ser instalado um registro de segurança.
-Os medidores serão abrigados em caixa de proteção ou cabines, su ficientemente
ventiladas, em local devidamente iluminado.
-As caixas de proteção ou cabines serão ventiladas através de aberturas para
arejamento.
-A área total das aberturas para ventilação das caixas de proteção ou cabines,
será de no mínimo, 1/10 da área da planta baixa do compartimento.
-As caixas de proteção ou cabines dos medidores localizadas nos andares
deverão ser ventiladas através de aberturas localizadas na parte baixa das portas,
garantindo uma fresta de 1 cm de altura, e por outra abertura na caixa de
proteção ou cabine, comunicando diretamente com o exterior ou através de duto
vertical adjacente, este com a menor das dimensões igual ou superior a 7 cm. A
área total das aberturas para ventilação, incluindo a fresta e o duto, será no
mínimo igual a 1/10 da área da planta baixa do compartimento.
-As dependências dos edifícios destinadas à localização dos medidores, deverão
ser mantidas amplamente ventiladas e iluminadas.
-No interior das caixas de proteção ou das cabines, não poderá existir
hidrômetro, nem dispositivo capaz de produzir centelha, chama ou calor.
-Nas caixas de proteção ou cabines, não será permitida a colocação de qualquer
outro aparelho, equipamento ou dispositivo elétrico, além do necessário à
iluminação, que deverá ser à prova de explosão.
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104 5) Dimensionamento das tubulações:
Aparelhos
Fogão 4 bocas
Tipo
Com forno
Capac. Nom. kW(kcal/h)
8,1 (7 000)
Fogão 4 bocas Sem forno 5,8 (5 000)
Fogão 6 bocas Com forno 12,8 (11 000)
5.1) Potência nominal dos aparelhos de utilização: Podemos Fogão 6 bocas Sem forno 9,3 (8 000)
utilizar a tabela ao lado na falta da informação do fabricante. Forno de parede - 3,5 (3 000)
Aquecedor acumulação 50-75 (L) 8,7 (7 500)
Aquecedor acumulação 100 - 150 (L) 10,5 (9 000)

TABELA Nº 1 – POTÊNCIA NOMINAL


Aquecedor acumulação 200 - 300 (L) 17,4 (15 000)
Aquecedor passagem 6 L/min 10,5 (9 000)
Aquecedor passagem 8 L/min 14,0 (12 000)
Aquecedor passagem 10 L/min 17,1 (14 700)
Aquecedor passagem 15 L/min 26,5 (22 800)
5.2) Potência adotada no dimensionamento: Também é permitida a interpolação. Aquecedor passagem 25 L/min 44,2 (38 000)
Aquecedor passagem 30 L/min 52,3 (45 000)
Secadora de roupa - 7,0 (6 000)

TABELA Nº 2 – POTÊNCIA ADOTADA EM kcal/min

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105
5.3) Instalações com Gás Natural: Regulamento de Instalações Prediais (RIP – CEG)
GN – Poder calorífico: 10.000 kcal/m3
Densidade relativa: 0,65
Pressão de cálculo de entrada: 2 kPa (200 mmca)
OBS.: a) O comprimento das prumadas ascendentes não será considerado na determinação do ponto de gás mais afastado do medidor.
b) O comprimento de prumadas descendentes será considerado na determinação do ponto de gás mais afastado do medidor.
c) A distância desde o medidor até o ponto mais afastado do mesmo é expressa em metros, sendo a aproximação feita para
mais.
d) Quando, numa ramificação, o dimensionamento de um trecho a montante tenha uma bitola menor que a de um trecho a
jusante, a bitola do trecho a montante deve ser igualada à do trecho a jusante.
e) As tabelas abaixo deverão ser utilizadas somente no dimensionamento de ramificações para gás com o número de Wobbe
superior a 10.000 kcal/m3.

TABELA Nº 3 – DIMENSIONAMENTO DAS PRUMADAS TABELA Nº 4 – DIMENSIONAMENTO DAS PRUMADAS

TUBOS DE AÇO SCHEDULLE 40 TUBOS DE COBRE

CONVERSÃO DE UNIDADES:

1 mmca= 9,8 x 10-3 kPa


1 kgf/cm2 = 98,07 kPa
1 kgf/cm2= 10 mca
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TABELA Nº 5 – RAMIFICAÇÕES PRIMÁRIAS E TABELA Nº 6 – RAMIFICAÇÕES PRIMÁRIAS E
SECUNDÁRIAS – TUBOS DE AÇO – H=10 mmca SECUNDÁRIAS – TUBOS DE COBRE – H= 10 mmca

UFF
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TABELA Nº 7 – RAMIFICAÇÕES SECUNDÁRIAS TABELA Nº 8 – RAMIFICAÇÕES SECUNDÁRIAS
TUBOS DE AÇO – H=15 mmca TUBOS DE COBRE – H=15 mmca

UFF
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EXEMPLO Nº 1 (GN) EXEMPLO Nº 2 (GN)

H17- H16 35 H16 – H15 510x2x3=3060 1678 42

H1 – H0 H15 – H12 ......................... .......... 42

H12 – H1 ......................... .......... 54

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109 6) Materiais:

Para a execução da rede de distribuição interna serão admitidos:


* Tubos de condução de aço, com ou sem costura, preto ou galvanizado, no mínimo classe normal (NBR 5590) ou classe média
(NBR 5580).
* Tubos de condução de cobre rígido, sem costura, com espessura mínima de 0,8mm para baixa pressão e classe A ou I para média
pressão (NBR 13206).

7) Ventilação:
* Os ambientes onde estão instalados os equipamentos a gás, deverão
ser permanentemente ventilados.
* Todo rebaixo, por onde estiver passando o percurso horizontal da
chaminé de alumínio, deverá possuir uma ventilação permanente para
o exterior.

Tipos de Ventilação
Permanente Mínima

Vale lembrar essas medidas de segurança:

* Não elimine nem reduza a ventilação permanente dos ambientes que possuam
aparelhos a gás.
* Todo aquecedor deve ter chaminé, inclusive o terminal”T”.
* A altura mínima da parte vertical da chaminé deverá ser de 35 cm.
* Os aparelhos suscetíveis de movimentação, deverão estar conectados à instalação
por meio de tubo flexível metálico próprio para gás.
* É indispensável a existência de registro na extremidade rígida da instalação de cada
aparelho.
* Os aparelhos a gás devem ser revisados periodicamente.

O que fazer em caso de cheiro de gás:

* Feche os registros de todos os aparelhos.


* Abra portas e janelas para que o ambiente fique bem ventilado.
* Não ligue nem desligue interruptores nem aparelhos elétricos.
* Não abra os registros até ter sido detectado e sanado o vazamento.

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