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( 1 ) Movimentos da arte, 9
1.1 Arte e significado, 13
( 2 ) Arte e criatividade, 29
Glossário, 145
Apêndice, 155
Anexo, 161
movimentos da arte
Rozimeri Pereira Marques é gradu-
ada em Belas Artes com Licenciatu-
ra em Desenho e Plástica pelo Centro
Universitário Feevale, especialista em
Metodologia de Ensino e mestre em
Educação pela Pontifícia Universi-
dade Católica do Rio Grande do Sul
(PUCRS). É coordenadora do Labo-
ratório de Ensino-Aprendizagem e
Brinquedoteca do Curso de Pedagogia
da Universidade Luterana do Brasil
(Ulbra – Canoas). Na área da docên-
cia, atua como professora titular no
Curso de Pedagogia (Ulbra – Canoas
e Gravataí), ministrando, na gradua-
ção, as disciplinas de Arte-Educação e
Organização do Trabalho Pedagógico
e, na pós-graduação em Alfabetização
e Gestão de Pessoas para o Terceiro
Milênio as disciplinas Linguagens e
Interpretação e Criatividade, Inova-
ções e Mudanças Organizacionais.
Também é pesquisadora na linha de
Ludicidade, Psicopedagogia e Proces-
sos de Ensinar e Aprender (Nelpa)
com ênfase na dialética entre Arte e
Epistemologia e desenvolve projetos
de Arte como intervenção social.
Rozimeri Pereira Marques
( )
representação significado
formatividade expressão
intersubjetividade transubjetividade
eu/outro eu/outro/mundo
(1.1)
a rte e significado 13
Movimentos da arte
Carinho
18
Arte e Educação
Cuidado e cuidador
19
(1.2)
a rte e formatividade
(1.3)
a rte e expressão
(1.4)
a rte e representação
(.)
p onto final
Compreender os movimentos criadores e criativos do
ser humano oportuniza o encontro consigo, com o outro
e com o mundo Com isso, quando se tem consciência do
seu processo criador, ao mesmo tempo em que se conso-
lida enquanto presença, é possível desenvolver essa capa-
cidade criadora a todo instante e a todo o momento com
algo que lhe é natural, espontâneo, infinito. A criatividade
é uma capacidade inesgotável e atemporal.
atividades
27
Movimentos da arte
(2)
a rte e criatividade
Rozimeri Pereira Marques
( )
Potencial criativo
Arte Literatura Ciência Empresa Outras áreas
Produção criativa
34
(.)
36 p onto final
Arte e Educação
37
Arte e criatividade
(3)
l inguagens da arte:
música, cênicas e visuais
Rozimeri Pereira Marques
( )
Artes musicais
(3.1)
a rte musical
Os primeiros registros da história da música foram encon-
trados acerca de 40.000 a.C, no período pré-histórico, com
ilustrações de figuras humanas que pareciam dançar, can-
tar ou tocar instrumentos musicais. Estudos indicam que
as primeiras iniciações musicais estavam vinculadas às
imitações dos sons da natureza e de animais e à repetição
de cantos e rituais.
No período egípcio, foram utilizados instrumentos
musicais, tais como a flauta, o alaúde e a harpa, e as ativi-
dades musicais eram voltadas à magia, à saúde, à metafí-
sica, à política, aos rituais, às comemorações e às guerras.
Já no período da Grécia Antiga, a música esteve sem- 43
pre ligada às vivências do cotidiano, vinculadas a ativida-
Linguagens da arte:
des profanas e religiosas, coletivas e particulares. música, cênicas e visuais
O romantismo se manifestou:
1
Arte e Educação
3
2
Arte no tempo-espaço
História da arte
Arte Pensamento
Primitiva Místico
Egípcia Mítico
Clássica Humanista
Medieval Teocêntrico
Renascentista Humanista 51
Atual
Para iniciarmos uma compreensão da história da arte,
é necessário voltarmos no tempo, mais precisamente para
a arte pré-histórica, quando o homem vivia nas caver-
nas e inicialmente desenvolvia-se como nômade e, após,
como sedentário. Teve como períodos o Paleolítico infe-
rior – 500.000 a.C.; o Paleolítico Superior – 30.000 a.C., o
Neolítico 10.000 a.C., sendo foram encontrados registro em
Laucaux e Niaux, na França e em Altamira na Espanha,
na Austrália, na África, no Brasil. Suas representações
estavam vinculadas ao fetiche, como agradecimento ou
obtenção em cenas do cotidiano, as respostas dadas aos
fenômenos da natureza eram fundamentadas no místico,
no mistério, na magia.
Parte do acervo egípcio foi encontrada por Howard
Vênus de
Willendorf
Carter, em 1922, numa expedição ao vale dos Reis, quando Pirâmides de
Gizé – Egito
o pesquisador encontrou a tumba do faraó Tutancâmon.
As pirâmides do deserto de Gizé são as obras arquitetôni-
cas mais famosas. Elas foram construídas por importantes
reis do Antigo Império: Quéops, Quéfren e Miquerinos. A
maior, a de Quéops, possui 146 metros de altura e ocupa
uma superfície de 54.300 metros quadrados. Esse monu-
mento revela a autoridade que os egípcios detinham na
técnica de construção e articulação de materiais.
Já o período clássico grego, por volta de do século XII
a.C., tinha características figurativas naturalistas, buscan-
do-se ao máximo a lealdade ao realismo, porém seus fun-
damentos eram os de que o homem era bom, belo, pleno e,
assim, suas obras em mármore ou bronze deveriam retra-
tar essa imagem humana. Os gregos no início seguiram
as “leis” do povo egípcio, porém, conforme o tempo foi
Discóbulo de
Míron
54
Arte e Educação
Afresco
romano
Roma
antiga
Foi contemplada a questão da perspectiva, da profun-
didade e do detalhismo com cenas do cotidiano. Com rela-
ção aos adornos, os romanos elegeram os barrados. Quanto
às esculturas, os romanos eram admiradores da arte grega,
porém com estilo diferente, pois eram realistas, naturalis-
tas e práticos; não tinham o ideal grego. A arte dos roma-
nos revela-nos um povo possuidor de grande espírito
prático, evidenciado por toda parte que estiveram, onde
construíram colônias, casas, templos, termas, aquedutos,
mercados e edifícios governamentais.
A partir do século IX d.C., surgiu outro período, o
medieval, o qual apresentou dois grandes estilos: o româ-
nico e o gótico. Embora eles pertençam ao período medie-
val, numa abordagem teocêntrica, suas manifestações
tiveram dois códigos muito diferentes. A arte românica
pertence ao século XI e XII; suas fachadas eram pesadas,
grandiosas e buscavam um sentido horizontal, daí a serem
chamadas de fortaleza de Deus. Destaca-se também a utili-
zação de abóbadas de berço e aresta, cuja horizontalidade
era fator preponderante.
Abóbada de
berço e abóbada
de aresta
Afresco
medieval
A arte gótica tem seu início no século XII. Diferen-
temente do românico, o gótico na arquitetura buscou os
arcos ogivais e abóbadas de nervuras. Suas catedrais pos-
suíam três portais na fachada principal, além de uma rosá-
cea, e através dos belíssimos vitrais elas ficaram mais leves,
mais claras e muito altas. Destaca-se o fato de as pessoas
ao entrarem em contato com as pinturas e com os vitrais
estabelecidos nos templos automaticamente eram conduzi-
das à educação cristã, a partir dos temas e da força das ima-
gens bíblicas. No período gótico, a verticalidade era fator
preponderante e significava estar mais próximo a Deus.
Iluminura
gótica
58
Arte e Educação
A Lamentação.
Giotto di
Bondone, ca.
1305-1306.
A Última Ceia.
Leonardo da
Vinci, 1490.
Artistas impressionistas
Claude Monet – (França 1840-1926)
Artistas pós-impressionistas
Vincente Van Gogh (Holanda 1853-1890)
Artista Expressionista
Munch (1863-1944)
Artista Fauvistas
Matisse (1869-1954)
Artistas cubistas
Pablo Picasso (1881-1973)
66
▪▪ Reconhecido por suas fases artísticas: fase azul, rosa,
Arte e Educação
atividades
1. Eleja uma música que você goste. Depois, justifique a sua
escolha, levando em conta uma postura de ouvido pen-
sante, buscando referenciais teóricos para sua apreciação.
Da mesma maneira, escolha uma música de sua cultura
regional e uma música erudita e faça o mesmo exercício.
Após isso, faça um contraponto entre as três manifestações
musicais.
2. Criar uma esquete de 5 minutos sob tema “Educação”
na qual um grupo irá apresentar uma cena numa pos-
tura mediadora e outro grupo numa postura tradicional,
criando a cena através do diálogo entre professor/alunos/
gestor.
3. Escolha um período com o qual você se identificou. Depois,
um artista desse período e uma obra significativa dele, que
expresse o pensamento da época. Após esse estudo biblio-
gráfico, justifique suas escolhas a partir de referenciais
estudados até aqui.
(4)
a rte e contexto
Rozimeri Pereira Marques
( )
Arte e contexto
idéia passiva, alienada, elitista. Porém Maffesolli1 contesta
a arte como sendo funcionalidade instrumental. Para ele a
arte é apropriação livre de pensamento social crítico, cuja
consciência deve ser a forma do processo, e que está em
toda parte. Desse modo, a análise crítica pode ser a de um
desenho animado, capítulo da novela, filme, campanha
publicitária, obra de arte, música, poesia, jornal, enfim,
pode alcançar segmentos de comunicação que fazem parte
do cotidiano. Ressalta o autor que as mídias, em particular
a televisão, nada mais fazem do que desempenhar o papel
de eco, que devolve às “massas a imagem que elas têm de
si mesmas: nada mais são do que o espelho dos diversos
narcisismos coletivos”2. Nesse sentido, a arte possui inter-
venção importante nesse processo contemplativo, que é o
de “sensibilizar olhares”, a ponto que o contemplador saiba
circunscrever “cenários”, intencionalidades.
(.)
p onto final
A arte pode ser produto ou processo, liberdade ou opres-
são, realidade ou virtualidade, dependerá a desígnio da
intencionalidade posta. Portanto para estabelecer diálogo
na arte é necessário, num primeiro momento, compreender
o contexto do período vivido, analisar o vivido do artista
e, após essa análise, é possível estabelecer diálogo com a
obra e sua intencionalidade, seja na escultura, pintura, tela,
música, mídia, seja no teatro, texto, vídeo.
78
atividade
Arte e Educação
( )
atividade Retirantes.
Candido Portinari,
1950.
1. Quais os elementos utilizados por Portinari?
2. Quais os símbolos?
3. Quais as cores utilizadas e por quê? (ver original no site
http://www.portinari.org.br/ppsite/ppacervo/obrasCompl.
asp?notacao=2733&ind=13&NomeRS=rsObras&Modo=C)
4. Quais os entes geométricos?
5. Qual o contexto cultural?
6. Qual a intencionalidade do artista?
7. Qual o contexto de vida do artista?
8. Qual a relação entre o artista e a obra?
88
Arte e Educação
(6)
( )
Fases de desenvolvimento
da criança
Características
Necessidades de criança
Estabelece padrões
Espontâneos Mimético
perenes
Rabisco – Desenho
Lúdicos Exploração
– Palavra
Curiosidade,
Alegres Representação 95
forma e cor
Repetição/
Miméticos Personalidade e grafia
retomada
Resoluções de
Imaginativos Apego
problemas/Desafio
Lápis – prolongamento
Observadores Não controle
do corpo
Simbólico Desordenada/
Associações
Gestual Controlada/Nominada
Interferência
Livres Movimento sinestésico
do som
Registros gráficos
98
Garatuja controlada
▪▪ Rabisco
Arte e Educação
Necessidades de criança
quem convive;
Características 4 a 7 anos
Pesquisa/ Registros
100 Espontâneos
experimento identificáveis
Arte e Educação
Habilidades Vivências
Alegres
manuais interativas
Dimensão/ Pensamento
Expressivos
abstração fragmentado
Busca de conceitos
Definição Críticos
e símbolos
Construção do pré-
Exploração Analógicos
esquema
Seleção/ Repetição da
Intensos
ordenação imagem
Imagem como
Centrado Egocêntricos
reflexo de si
Considerações pedagógicas
Registros gráficos
103
cabeça-pé
(.)
p onto final
Compreender as fases evolutivas nas quais criança viven-
cia suas nuanças e registros permite ao educador explorar
104
os significados dados através do corpo, da linha, da man-
cha, da voz. É importante reforçar a idéia de que a a criança
Arte e Educação
atividades
1. Coletar desenhos de criança de 1 a 12 anos em folha A4
com pigmentos secos, caracterizando suas particularida-
des, tendo como olhar sensibilizatório o tempo gasto para
execução do desenho, o envolvimento material e o envol-
vimento emocional. Depois, fazer um estudo analítico-
comparativo.
2. Criar uma atividade em artes integradas, isto é, que envolva
visuais, cênicas e musicais, de acordo com as característi-
cas da fase evolutiva de 4 a 7 anos.
(7)
a rte e desenvolvimento da
criança: 7 a 12 anos
Rozimeri Pereira Marques
( )
Necessidades de criança
108
▪▪ Estabelecer as bases para a adolescência
Arte e Educação
Características 7 a 9 anos
Construção Definição do
Identidade
individual esquema
Conceito definido
Capaz de Ampliação do
de homem em seu
cooperar tempo
meio
Desenvolvimento Criação de
Representação ativa
reflexivo personagens
(continua)
(conclusão)
Relações
Perspectiva singular Tematização
coletivas
Liberta-se do Relações
Expressão pessoal
egocentrismo análogas
Habilidade de
Detalhismo Motivados
ouvir
Novas Zona de
Escolha cromática
coordenações significância
110
Amplia o vocá-
Pulsão intensa Coletivos
Arte e Educação
bulo musical
Identidade
Desenvolvimento Esquemas
entre
corpo/som individualizados
Som/corpo
Consciência da
Sensíveis
sua voz
Construção e
Autênticos
criação rítmica
Compreende
Improvisação
regras
Considerações pedagógicas
Registros gráficos
114
Arte e Educação
Rebatimento de imagens
Imagens antropomórficas
homem
palito
(7.2)
c rianças de 9 a 12 anos
As características das crianças da fase evolutiva de 9 a 12
anos são:
Necessidades de criança
115
▪▪ Amor e afeto
Características 7 a 9 anos
Pensamento Consciência do
Insegurança
complexo outro
Formas de
Função Cópia
descobrimento
(continua)
(conclusão)
Emocional x Senso de
Associação
passional caracterização
Consciência
Rapidez Rápidos
social
Espírito de
Precisos Eu genuíno
criação
Criatividade
Arte e Educação
Leituras e relei-
Identidade
turas subjetivas
sonora
do mundo
Registros gráficos
120
Arte e Educação
(.)
p onto final
Acompanhar o processo evolutivo da criança é uma obra
construída através da mediatização entre o educador sen-
sível e cuidador, mas principalmente pelo olhar atento e
curioso da criança. Para saber explorar a fase evolutiva da
criança, é necessário acompanhar o processo de construção,
seus avanços, processos inéditos, sua identidade cultural e
gráfica, mas principalmente sua plasticidade criativa.
atividade
Fazer duas entrevistas, uma com um professor da educa-
ção infantil e outra com um professor das séries iniciais a
partir do roteiro dirigido. Após, fazer seminário no grupo
de estudo tendo como sinalizador:
▪▪ Qual o espaço da arte nas escolas?
▪▪ Qual a importância dada a arte em sala de aula?
122 ▪▪ Quais os entraves e as otimizações da arte na escola?
▪▪ Como se reconhece o professor pedagogo ao ministrar
Arte e Educação
artes em aula?
▪▪ Qual a conclusão que o grupo chegou a respeito da
arte na educação?
Roteiro dirigido
( )
Fazer
Apreciar Refletir
(.)
p onto final
Este capítulo sinaliza considerações vinculadas ao fazer
e ao pensar pedagógico onde são questionados aspectos
relevantes a respeito da Arte-Educação. Contextualizar
estas áreas de conhecimentos numa abordagem interdisci-
plinar faz da Arte uma linguagem de comunicação e refle-
xão propondo colocar no cotidiano uma postura plural,
interacionista e crítica.
atividade
Criar um portfolio temático vinculado a uma fase evolutiva,
tendo com subsídio teórico um projeto de ensino desig-
nado para cinco encontros.
c onsiderações finais
Artes visuais
Flauta Afresco: Atualmente é sinônimo de pintura
Flauta de pan transversa de mural, originalmente, porém, era
Flauta doce Saxofone uma técnica de pintar sobre a parede
úmida, vem daí seu nome. Sobre a
Membranofones: São instrumentos de per- superfície da parede é aplicada uma
cussão, que produzem som através da camada de rebolo à base de cal, que, por
vibração de membranas distendidas. sua vez, é coberta com uma camada de
Ex.: tambor, Kazoo (BRITO, 2003). gesso bem fina e bem lisa. É sobre esta
última camada que o pintor executa sua
obra (PROENÇA, 2002).
Criação: A palavra criação possui dois sen-
tidos: o ato de realizar qualquer ação
criativa, construtiva, no caso da expres-
Bongo são plástica, os atos de desenhar, pintar,
modelar, e o da obra em si, criada por
esta ação (SOUSA, 2003).
Tambor Cuica Figurativo: Representa uma realidade sen-
sível das formas acabadas na natureza.
Idiofones: Instrumento musical em que o
Formas geométricas: Refere-se a entes
som é provocado pela sua vibração. É o
geométricos (ponto, linha, plano).
próprio corpo do instrumento que vibra
Destacam-se as formas geométricas
para produzir o som, sem a necessidade
divididas em categorias; três lados – tri-
de nenhuma tensão. Ex.: axixi, carrilão,
ângulos (eqüilátero, isósceles, escaleno)
castanhola (BRITO, 2003).
e quatro lados (quadrado, retângulo,
trapézio, losango).
Iconografia: Arte de representar por meio
da imagem (PAVÃO, 1997).
Iconologia: Expressão alegórica ou emble-
Agogô mática de entidades morais.
Instalação: Obra tridimensional concebida
Castanhola Chocalho e montada para ocupar uma área num
determinado recinto, e cujos diversos
elementos ou dispositivos agem sobre o
Artes cênicas imaginário do apreciador.
Impressão: Estado físico ou psicológico
Gesto: Sinal. É a forma do ser humano se
resultante da atuação de elementos ou
expressar através das mãos e do corpo
situações exteriores sobre os órgãos dos
(BRITO, 2003).
sentidos, por intermédio deles ou sobre
Figurino: ������������������������������
o traje usado por um persona-
o corpo ou sobre a mente, sensações
gem de uma produção artística (cinema,
(FERREIRA, 2001).
teatro ou vídeo) e o figurinista é o pro-
Linguagem: Sistema de signos de natureza
fissional que idealiza ou cria o figurino
gráfica, objetal ou arquitetônica, para
(BRITO, 2003).
expressar e comunicar emoções, idéias
Iluminação: Conjunto de luzes que ambien-
e sentimentos.
tam a cena conforme sua necessidade,
Matiz: Combinação de cores a partir de
dando alma a ato dramático.
nuanças.
Palco: Espaço cênico que circunscreve,
Objeto: Coisa do mundo exterior que
delimita a cena.
aparece ao apreciador como estável e
Máscara: Personagem-tipo utilizado para
delimitado.
representação cênica, cujo objetivo é
Pigmentos: É tudo que faz o risco, podem
encobrir a face do ator.
ser aquosos (possuem diluidores a base
Cena: Ato de uma unidade de ação de uma
de água ou solvente, exemplo; tinta
peça onde são definidas saídas, entra-
acrílica, esmalte) e/ou secos (não pos-
das e marcas.
suem diluidores, por exemplo; lápis de
Roteiro: Descrição sob forma de texto que
cor, hidrocor) primárias (verde, violeta, laranja), Cores
Realismo: Expressa somente os caracteres Neutras (preto, branco, cinza); Cores
essenciais da natureza. Quentes (vermelho, laranja, amarelo);
Simbolismo: Expressão ou interpretação por Cores Frias (azul, violeta,verde); Cores
meio de símbolos. Complementares (as cores primárias
Superfície: É tudo o que sente o risco, como, que complementam cores secundárias,
por exemplo, papel, madeira, metal, como, por exemplo:
pedra etc. Violeta (azul + vermelho): complemen-
Técnicas: Conjunto de processo para execu- tar amarelo
tar uma obra. Verde (amarelo + azul) complementar
Teoria das cores: Destacam-se cores divi- vermelho
didas em categorias: Cores Primárias Laranja (amarelo + vermelho): comple-
– cores puras (azul, vermelho, amarelo), mentar azul
Cores Secundárias – combinação das
r eferências por capítulo
150
Arte e Educação
r eferências
Referências
PAVÃO, H. Milícia no céu e na terra. Maio UFFIZI GALLERY. Disponível em: <http://
1997. Disponível em: <http://www.jun- www.uffizi.com/>. Acesso em: 18 mar.
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Milicia.htm>. Acesso em: 16 maio 2008. VAN GOGH MUSEUM. Disponível em:
PERCUSSÃO BRASILEIRA. Disponível em: <ht t p://w w w3.va ngogh museum.n l/
<http://www.patubate.com/v3/>. Acesso vgm/index.jsp?lang=nl>. Acesso em: 19
em: 18 mar. 2008. mar. 2008.
PILLAR, A. D. Desenho e escrita como siste- VIGOTSKI, L. S. Pensamento e linguagem. São
mas de representação. Porto Alegre: Artes Paulo: Martins Fontes, 2003.
Médicas, 1996. WEIL, P.; TOMPAKOW, R. O corpo fala.
PROENÇA, G. História da Arte. São Paulo: Petrópolis: Vozes, 1996.
Ática, 2002. WISNIK, J. M. O som e o sentido: uma
QUEIROZ, T. D. Dicionário Prático de outra história das músicas. São Paulo:
Pedagogia. São Paulo: Rideel, 2003. Companhia das Letras, 1989.
REVERBEL, O. Um caminho do teatro na ZAGURY, T. Limites sem trauma. Rio de
escola. São Paulo: Scipione, 1997. Janeiro: Record, 2001.
apêndice
Testagem: Superfícies x Pigmentos
Superfícies
Alternativos Papel
- CD - Lã - Kraft - Jornal
- Palha - Algodão - Vegetal - Gessado
- Metal -Tecido - Celofane - Laminado
- Cortiça - Vidro - Crepom - Revista
- Plástico - Bombril - Vergê - Manteiga
- Couro - TNT - Cartolina - Opaline
- Madeira - Folhas - Ofício - Reciclado
- EVA - Isopor - Canson - Color Set
- Juta - Gesso - Reciclado - Seda
- Pedra - Vinil - Cartão - Marmorizado
- Alumínio
Pigmentos
156
O que faz o risco...
Arte e Educação
(continua)
(conclusão)
Fungicida
Aglutinante
Volume
Apêndice
Materiais
▪▪ 4 xícaras de farinha de trigo
▪▪ 1 xícara de sal
▪▪ 1 1/2 xícara de água
▪▪ 1 colher de (chá) de óleo
Modo de fazer
Numa tigela, misturar todos os ingredientes, amas-
sar bem até formar uma massa com consistência boa para
modelar.
Para armazenar por dois dias, guardar em saco plás-
tico ou vidro bem tampado na geladeira.
Atenção: Esta receita não precisa ir ao fogo. Não seca
ao sol, mas você pode colocar as peças modeladas numa
forma, colocar no forno brando para assar. Depois de assa-
das, é só pintá-las com tinta própria para artesanato.
Papier machie
Materiais
▪▪ 500 gr de polpa (papel picado), pode ser folha branca,
colorida, jornal, papel higiênico, kraft, previamente
colocada numa bacia com água e vinagre por 2 dias.
▪▪ 1/2 litro de cola branca ou goma caseira (farinha e
água).
▪▪ 500 gr de farinha de trigo.
▪▪ 1 copo de vinagre.
Modo de fazer
Bater a polpa no liquidificador até dissolver por com-
pleto. Retirar todo excesso de água, após ter sido triturada
(o ideal é espremer num saco de algodão). Acrescentar a
158
cola ou a goma aos poucos até dar a liga.
Guardar num recipiente plástico – bem lavado e com
Arte e Educação
Pedra reconstituída
Materiais
▪▪ 1 medida de gesso
▪▪ 2 medidas de areia
▪▪ 1 medida de água
▪▪ Pigmento
Modo de fazer
Misturar os ingredientes secos e acrescentar água.
Depois, despejar na forma. Deixar descansar por 24 horas.
Desenformar e esculpir com colher ou materiais sem ponta.
Fazendo tinta
▪▪ Lysoform.
Apêndice
▪▪ Vinagre.
▪▪ Álcool.
▪▪ Chá de arruda.
▪▪ Formol.
▪▪ Água sanitária.
E pigmentos extraídos de várias maneiras:
▪▪ Trituração: os pigmentos são moídos até ficarem redu-
zidos a pó muito fino
Ex.: carvão, giz, casca de ovo, tijolos, urucum, café.
▪▪ Calcinação: os pigmentos são queimados e reduzidos
a carvão, que , após sofrerem trituração, são reduzi-
dos a pó.
Ex.: ossos, sementes, madeiras.
▪▪ Peneiração: o pigmento triturado deve passar pelo
processo do peneiramento, através de telas e peneiras
e/ou malhas de náilon esticadas.
Ex.: pedras, tijolos.
▪▪ Infusão: são pigmentos submersos em recipiente de
álcool. Esse líquido colorido poderá ser usado puro ou
associado à cola plástica, compatível com álcool, dan-
do-lhe consistência de gel.
Ex.: pétalas de rosas, flores diversas, sementes de uru-
cum, açafrão, casca de jabuticabeira, cedro, canjerana,
folhas e raízes.
▪▪ Maceração: são pigmentos submersos em recipiente de
álcool. Esse líquido colorido poderá ser usado puro ou
associado à cola plástica, compatível com álcool, dan-
do-lhe consistência de gel.
Ex.: pétalas de rosas, flores diversas, sementes de uru-
cum, açafrão, casca de jabuticabeira, cedro, canjerana,
folhas e raízes.
160
▪▪ Cocção: são pigmentos misturados à água e submeti-
Arte e Educação
Material
▪▪ papel e água
▪▪ bacias – rasa e funda
▪▪ balde
▪▪ moldura de madeira com tela de náilon ou peneira
reta
▪▪ moldura de madeira vazada (sem tela)
▪▪ liquidificador
▪▪ jornal ou feltro
▪▪ pano
▪▪ esponjas ou trapos
▪▪ varal e pregadores
▪▪ prensa ou duas tábuas de madeira
▪▪ peneira côncava (com “barriga”)
▪▪ mesa
162
Modo de fazer
Arte e Educação
163
Anexo
r elação de obras
Página 13 Página 16
Homem Vitruviano (La Proporzioni O Nascimento de Vênus (La Nascita
del Corpo Umano Secondo Vitruvio). di Venere). Sandro Botticelli, ca. 1485.
Leonardo da Vinci, ca. 1487-1490. Têmpera sobre tela, 172,5 x 278,5 cm.
Pena e tinta sobre papel, 344 x 245 Gallerie degli Uffizi, Firenze. Crédito:
mm. Gallerie dell’Accademia, Veneza. Corbis/Latin Stock
Crédito: Clipart
Página 16
Página 15 Café. Candido Portinari, 1935. Óleo
Criança Geopolítica Observando o sobre tela, 130 x 195 cm. Museu Nacional
Nascimento do Homem Novo (Niño de Belas Artes, Rio de Janeiro. Crédito:
Geopolítico Observando el Nascimiento Associação Cultural Candido Portinari
del Hombre Nuevo). Salvador Dali, 1943.
Óleo sobre tela, 45,5 x 50 cm. Museum St. Página 42
Petersburg, Flórida. Crédito: Bettmann/ A Lamentação(Il Compianto sur Cristo
Corbis/Latin Stock Morto). Giotto di Bondone, ca. 1305-1306.
Afresco, 200 x 185cm. Capella degli
Scrovegni, Padua. Crédito: Clipart Coleção de Charles Motte, retirado de
“Voyage pittoresque et historique au
Página 61 Brésil”, Paris. Crédito: AKG/Latin Stock
A Última Ceia (L’Ultima Cena).
Leonardo da Vinci, 1490. Óleo, têmpera Página 71
e técnica mista sobre parede, 460 x 880 Abaporu. Tarsila do Amaral, 1928. Óleo
cm. Santa Maria della Grazie, Milão. sobre tela, 85 x 73 cm. Museu de Arte
Crédito: Clipart Latinoamericano de Buenos Aires.
Crédito: Romulo Fialdini
Página 62
Lição de Anatomia do Dr. Tulp (De Página 87
Anatomische Les van Dr. Nicolaes Retirantes. Candido Portinari, 1944.
Tulp). Rembrandt, 1632. Óleo sobre tela, Óleo sobre tela, 190 x 180 cm. Museu de
169,5 x 216,5 cm. Mauritshuis, Haia. Arte de São Paulo Assis Chateaubriand,
Crédito: Clipart São Paulo. Crédito: Associação Cultural
Candido Portinari
Página 63
A Morte de Marat (La Mort de Marat). Página 135
Jacques-Louis David, 1793. Óleo sobre Operários. Tarsila do Amaral, 1933.
tela, 162 x 128 cm. Musées Royaux des Óleo sobre tela, 150 x 205 cm. Acervo
Beaux-Arts, Bruxelas. Crédito: Clipart Artístico-Cultural dos Palácios do
Governo do Estado de São Paulo.
Página 69 Palácio Boa Vista, Campos do Jordão.
Um Jantar Brasileiro (Le Diner). Jean Crédito: Romulo Fialdini
Baptiste Debret, 1834. Litografia.
Esta obra foi impressa pela Reproset