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ESCOLA EDVALDO GOMES PASSOS – 2017

Deficiências de aprendizagem

Deficiência Intelectual

A Deficiência Intelectual, segundo a Associação Americana sobre Deficiência


Intelectual do Desenvolvimento AAIDD, caracteriza-se por um funcionamento
intelectual inferior à média (QI), associado a limitações adaptativas em pelo
menos duas áreas de habilidades (comunicação, autocuidado, vida no lar,
adaptação social, saúde e segurança, uso de recursos da comunidade,
determinação, funções acadêmicas, lazer e trabalho), que ocorrem antes dos
18 anos de idade.
No dia a dia, isso significa que a pessoa com Deficiência Intelectual tem
dificuldade para aprender, entender e realizar atividades comuns para as
outras pessoas. Muitas vezes, essa pessoa se comporta como se tivesse
menos idade do que realmente tem.
A Deficiência Intelectual é resultado, quase sempre, de uma alteração no
desempenho cerebral, provocada por fatores genéticos, distúrbios na gestação,
problemas no parto ou na vida após o nascimento. Um dos maiores desafios
enfrentados pelos pesquisadores da área é que em grande parte dos casos
estudados essa alteração não tem uma causa conhecida ou identificada.
Muitas vezes não se chega a estabelecer claramente a origem da deficiência.
Principais causas
Os fatores de risco e causas que podem levar à Deficiência Intelectual podem
ocorrer em três fases: pré-natais, perinatais e pós-natais.
Pré-natais
Fatores que incidem desde o momento da concepção do bebê até o início do
trabalho de parto:
Fatores genéticos
• Alterações cromossômicas (numéricas ou estruturais) - provocam Síndrome
de Down, entre outras.
• Alterações gênicas (erros inatos do metabolismo): que provocam
Fenilcetonúria, entre outras.
Fatores que afetam o complexo materno-fetal
• Tabagismo, alcoolismo, consumo de drogas, efeitos colaterais de
medicamentos teratogênicos (capazes de provocar danos nos embriões e
fetos).
• Doenças maternas crônicas ou gestacionais (como diabetes mellitus).
• Doenças infecciosas na mãe, que podem comprometer o feto: sífilis, rubéola,
toxoplasmose.
• Desnutrição materna.
Perinatais
Fatores que incidem do início do trabalho de parto até o 30.º dia de vida do
bebê:
• Hipóxia ou anoxia (oxigenação cerebral insuficiente).
• Prematuridade e baixo peso: Pequeno para Idade Gestacional (PIG).
• Icterícia grave do recém-nascido (kernicterus).
Pós-natais
Fatores que incidem do 30.º dia de vida do bebê até o final da adolescência:
• Desnutrição, desidratação grave, carência de estimulação global.
• Infecções: meningites, sarampo.
• Intoxicações exógenas: envenenamentos provocados por remédios,
inseticidas, produtos químicos como chumbo, mercúrio etc.
• Acidentes: trânsito, afogamento, choque elétrico, asfixia, quedas etc.
Principais tipos de Deficiência Intelectual
Entre os inúmeros fatores que podem causar a deficiência intelectual,
destacam-se alterações cromossômicas e gênicas, desordens do
desenvolvimento embrionário ou outros distúrbios estruturais e funcionais que
reduzem a capacidade do cérebro.

• Síndrome de Down – alteração genética que ocorre na formação do bebê, no


início da gravidez. O grau de deficiência intelectual provocado pela síndrome é
variável, e o coeficiente de inteligência (QI) pode variar e chegar a valores
inferiores a 40. A linguagem fica mais comprometida, mas a visão é
relativamente preservada. As interações sociais podem se desenvolver bem,
no entanto podem aparecer distúrbios como hiperatividade, depressão, entre
outros.
• Síndrome do X-Frágil – alteração genética que provoca atraso mental. A
criança apresenta face alongada, orelhas grandes ou salientes, além de
comprometimento ocular e comportamento social atípico, principalmente
timidez.
• Síndrome de Prader-Willi – o quadro clínico varia de paciente a paciente,
conforme a idade. No período neonatal, a criança apresenta severa hipotonia
muscular, baixo peso e pequena estatura. Em geral a pessoa apresenta
problemas de aprendizagem e dificuldade para pensamentos e conceitos
abstratos.
• Síndrome de Angelman – distúrbio neurológico que causa deficiência
intelectual, comprometimento ou ausência de fala, epilepsia, atraso psicomotor,
andar desequilibrado, com as pernas afastadas e esticadas, sono entrecortado
e difícil, alterações no comportamento, entre outras.
• Síndrome Williams – alteração genética que causa deficiência intelectual de
leve a moderada. A pessoa apresenta comprometimento maior da capacidade
visual e espacial em contraste com um bom desenvolvimento da linguagem
oral e na música.
• Erros Inatos de Metabolismo (Fenilcetonúria, Hipotireoidismo congênito
etc.) – alterações metabólicas, em geral enzimáticas, que normalmente não
apresentam sinais nem sintomas sugestivos de doenças. São detectados pelo
Teste do Pezinho, e quando tratados adequadamente, podem prevenir o
aparecimento de deficiência intelectual. Alguns achados clínicos ou
laboratoriais que sugerem esse tipo de distúrbio metabólico: falha de
crescimento adequado, doenças recorrentes e inexplicáveis, convulsões,
atoxia, perda de habilidade psicomotora, hipotonia, sonolência anormal ou
coma, anormalidade ocular, sexual, de pelos e cabelos, surdez inexplicada,
acidose láctea e/ou metabólica, distúrbios de colesterol, entre outros.
Deficiência Intelectual x Doença Mental
Muita gente confunde Deficiência Intelectual e doença mental, mas é
importante esclarecer que são duas coisas bem diferentes.
Na Deficiência Intelectual a pessoa apresenta um atraso no seu
desenvolvimento, dificuldades para aprender e realizar tarefas do dia a dia e
interagir com o meio em que vive. Ou seja, existe um comprometimento
cognitivo, que acontece antes dos 18 anos, e que prejudica suas habilidades
adaptativas.
Já a doença mental engloba uma série de condições que causam alteração de
humor e comportamento e podem afetar o desempenho da pessoa na
sociedade. Essas alterações acontecem na mente da pessoa e causam uma
alteração na sua percepção da realidade. Em resumo, é uma doença
psiquiátrica, que deve ser tratada por um psiquiatra, com uso de medicamentos
específicos para cada situação.
in http://www.apaesp.org.br/Paginas/default.aspx
 Tags:
 sindromes/problemáticas

O que é dificuldade de aprendizagem?

A dificuldade de aprendizagem está relacionada aos problemas que não


decorrem de causas educativas, ou seja, aquelas instâncias em que, mesmo
após uma mudança na abordagem educacional do professor, o aluno continua
apresentando os mesmos sintomas.

Isso aponta para a necessidade de uma investigação mais aprofundada, que


determinará quais são as causas da dificuldade em questão.

O que causa dificuldades de aprendizagem?

As principais dificuldades de aprendizagem são associadas a algum


comprometimento no funcionamento de certas áreas do cérebro. Porém, é
arriscado falar somente em uma causa biológica. Frequentemente, alunos
que apresentam sintomas relativos a problemas de atenção, ansiedade ou
agitação desenvolvem os problemas por causa de algum conflito pessoal,
familiar — e não por razões de mal funcionamento fisiológico.

Quais são as principais dificuldades de aprendizagem?

Alguns exemplos de dificuldades de aprendizagem mais conhecidos são:


Dislexia: Os alunos que enfrentam esse distúrbio apresentam, tipicamente,
uma dificuldade de leitura. É muito comum, apresentando mais de 2 milhões de
casos relatados por ano no Brasil.

Disgrafia: Os alunos que enfrentam esse distúrbio apresentam dificuldade na


escrita. Isso inclui, principalmente, erros de ortografia, como trocar, omitir,
acrescentar ou inverter letras.

Discalculia: Os alunos que enfrentam esse distúrbio são afetados,


principalmente, em sua relação com a matemática. Portanto, os sinais
envolvem dificuldade em organizar, classificar e realizar operações com
números.

Dislalia: Os alunos que enfrentam esse distúrbio demonstram dificuldades na


fala. Eles podem ter alterações da formação normal dos órgãos fonadores,
dificultando a produção de certos sons da língua.

Disortografia: Os alunos que enfrentam esse distúrbio geralmente também


são afetados pela dislexia. Embora também esteja relacionado à linguagem
escrita, é mais amplo do que a disgrafia. Pode envolver desde a falta de
vontade de escrever até a dificuldade em concatenar orações.

Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH): Os alunos que


enfrentam esse distúrbio apresentam baixa concentração, inquietude e
impulsividade. Foi constatado que uma das causas do TDAH é genética, e que
há implicações neurológicas. O TDAH já é reconhecido pela Organização
Mundial de Saúde (OMS) como um transtorno legítimo.

Como identificar e avaliar as dificuldades de aprendizagem?

Para a identificação de alguma possível dificuldade de aprendizagem, o


papel do professor é fundamental. Afinal, ele tem contato diário e próximo com
o aluno, além de ter fácil acesso aos grupos que o cercam — família, amigos e
outros professores. A rotina da escola também é muito propícia para identificar
queixas dos alunos que podem apontar (ou não) para casos de dificuldade de
aprendizagem.

Porém, antes de lançar qualquer possibilidade de diagnóstico, é preciso que o


aluno passe uma avaliação especializada com profissionais da área de
saúde.

Esta é uma medida indispensável, pois a realização de avaliações superficiais


tem causado um aumento no número de crianças e adolescentes que
são desnecessariamente submetidos a tratamentos medicamentosos.

A avaliação pode ser conduzida por uma equipe multidisciplinar, para garantir
uma visão mais holística do aluno. A equipe inclui médicos, especialmente
neurologistas, além de psiquiatras, psicólogos, psicopedagogos e, até mesmo,
fonoaudiólogos. Cada um dos profissionais terá uma perspectiva a agregar na
avaliação, evitando a miopia de atribuir o problema a uma causa única.

O QUE É TDAH?

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno


neurobiológico que aparece na infância e que na maioria dos casos acompanha
o indivíduo por toda a vida. O TDAH se caracteriza pela combinação de
sintomas de desatenção, hiperatividade (inquietude motora) e impulsividade
sendo a apresentação predominantemente desatenta conhecida por muitos
como DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção).

Tipos

O TDAH pode se apresentar com sintomas de desatenção e de hiperatividade


ou impulsividade. De acordo com a quantidade desses sintomas, podemos
classificar o TDAH em três subtipos:

 Apresentação combinada: Se tanto os critérios de desatenção e


hiperatividadeimpulsividade são preenchidos nos últimos 6 meses
 Predominantemente desatento: quando os critérios de desatenção é
preenchido nos últimos seis meses, mas os critérios de hiperatividade
não são
 Predominantemente hiperativo-impulsivo: quando os critérios de
hiperatividade é preenchido nos últimos seis meses, mas os critérios de
desatenção não são

Em geral, para cada critério ser preenchido, crianças precisam apresentar seis
ou mais sintomas, enquanto adultos e adolescentes com mais de 17 anos
podem apresentar até cinco para serem classificados dessa forma.

Além disso, a pessoa pode ter três diferentes graus de TDAH:

 Leve: Poucos sintomasestão presentes além daqueles necessários para


fazer o diagnóstico, e os sintomas resultam em não mais do que
pequenos prejuízos no funcionamento social, acadêmico ou professional
 Moderada: Sintomas ou prejuízo funcional entre “leve” e “grave” estão
presentes
 Grave: Muitos sintomas além daqueles necessários para fazer o
diagnóstico estão presentes, ou vários sintomas particularmente graves
estão presentes, ou os sintomas podem resultar em prejuízo acentuado
no funcionamento social ou profissional.

Causas

O TDAH é um dos transtornos psiquiátricos mais bem estudados no mundo,


entretanto existe um questionamento contínuo sobre a sua origem e até o
momento não há um consenso científico sobre as suas reais causas, ou seja,
quanto a ele ser inato (genético) ou adquirido (ambiental).

Considerando-se que o TDAH é um transtorno heterogêneo (manifesta-se de


inúmeras formas) e dimensional (os sintomas se combinam nos mais variados
graus de intensidade) é possível inferir a complexidade da questão, com
múltiplas causas e fatores de risco. Assim, ainda continua difícil precisar a
influência e a importância relativa de cada fator no aparecimento do transtorno,
havendo necessidade de mais pesquisas sobre o tema.

Em suma, a maioria dos estudiosos concorda com a origem multifatorial do


TDAH, com seus componentes genéticos e ambientais, em que provavelmente
vários genes anômalos de pequeno efeito em combinação com um ambiente
hostil, formatariam um cérebro alterado em sua estrutura química e anatômica.

Podemos dividir os fatores que causam o TDAH em fatores neurobiológicos


(que incluem genética e anormalidades cerebrais) e fatores ambientais.
Entenda melhor cada um deles:

Fatores Genéticos

Os fatores genéticos parecem ter um papel bastante relevante na origem do


TDAH. As pesquisas são concordantes e mostram que a prevalência de TDAH é
bem maior em filhos e familiares de pessoas com TDAH em relação a pessoas
sem o problema e que a herdabilidade média do TDAH é estimada em 76%.

Estudos usando famílias e casos de gêmeos e adoção estabeleceram as bases


genéticas do TDAH, apoiando a contribuição genética para o surgimento do
transtorno. Estudos verificaram que 60% das crianças com TDAH tinham um
dos pais com o transtorno, que a probabilidade da criança ter o TDAH aumenta
em até oito vezes se os pais também tiverem o problema; que entre familiares
de pessoas com TDAH o risco de se ter o transtorno era cinco vezes maior que
o de pessoas sem história familiar; que apesar de não haver diferenças
importantes na incidência de TDAH entre pais e irmãos de filhos adotivos
comparados a pais e irmãos da população controle, havia um padrão familiar de
TDAH entre os pais e irmãos biológicos de crianças com TDAH.

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