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Cadernos PDE
II
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
1 FICHA DE APRESENTAÇÃO
Disciplina/Área Biologia
Caros educadores,
É com muito prazer que apresento este material didático que tem como tema
Sexualidade e Adolescência: Reflexões sobre temas para serem trabalhados em
sala de aula. Ao construí-lo imaginei o quanto é importante o educador poder
trabalhar este assunto de uma maneira dinâmica realizando a interação com seus
alunos.
É na adolescência que ocorre um turbilhão de mudanças em todos os
aspectos do indivíduo: físico, emocional, hormonal, social e intelectual, e devido a
estas transformações muitas vezes nossos alunos não sabem lidar com estas
transformações. E é aqui que nós educadores podemos entrar, para ajudá-los.
Ao construir esse caderno pedagógico me baseei no quanto seria bom se
tivéssemos atividades variadas para poder se trabalhar com nossos alunos a
sexualidade de uma forma simples, porém no sentido de promover a autonomia das
escolhas a serem efetuadas.
Para Kamel e Pimenta ( 2008, p. 16), a sexualidade em si se compõe de uma
séries de descobertas, experiências, crenças, fantasias, sensações construídas ao
longo da vida das pessoas, e é essa junção que ajudará o indivíduo a construir a sua
própria identidade.
A sexualidade não vem pronta no indivíduo ao nascer, mas ela é construída
com a vivência e as experiências, por isso esse é um tema que não deve nunca ser
indissociável ao ambiente escolar, pois nossos adolescentes estão carentes de um
auxílio para ajudá-los a entender e a passar de uma forma segura e natural a essas
mudanças juvenis. E nossos educadores, em sua maioria, também se encontram
“carentes” de orientações de como se trabalhar em sala de aula temas que estão
batendo às nossas portas todos os dias e que a maioria das famílias deixam de uma
forma essa parte de “sexualidade” para ser trabalhada pela escola.
Dessa forma os objetivos desse material é apresentar dinâmicas e estratégias
que podem ser implementadas junto aos alunos da Educação Básica, com o intuito
de promover a autonomia e reflexão sobre a temática da sexualidade humana.
SEXUALIDADE: RELACIONAMENTOS X FAMÍLIAS
Objetivo:
Auxiliar o aluno a fazer uma reflexão sobre a realidade familiar, papéis e
responsabilidades.
O que você irá precisar:
Sala ampla, sentar em círculo, aparelho de som, brinquedos infantis (cama,
mesa e boneca), música suave.
Tempo: 40 minutos.
O que você deverá fazer:
1 - Os participantes sentarão no chão, em círculo, junto com o facilitador.
Este tem consigo uma mesa e uma cama (brinquedo).
2 - O facilitador fará uma pergunta ao grupo: “ Lá em casa tem mesa “? “O que
lembra esta mesa “?
Pega a mesa e passa ao participante do grupo que está à sua direita.
Este responde a pergunta e passa para o outro e assim sucessivamente.
Faz-se o mesmo processo com a cama.
3 - O facilitador perguntará ao grupo:
“É esta a realidade das nossas famílias”?
4 - Abrir a discussão (10 minutos).
5 - A seguir, o facilitador pegará o boneco no colo e dirá:
Olhem quem está aqui! Sabem, ele está chorando, estão ouvindo, está difícil
de parar! Estão ouvindo?
Como fariam ou o que fariam para acalmá-lo? Passe o boneco aos
participantes do grupo, que vão expressando como acalmá-lo.
6 - O facilitador abrirá a discussão:
É esta a realidade das crianças e dos jovens?
7- O facilitador pergunta ao grupo:
E você? E a sua criança interior, ela quer carinho? Quem sabe um pouquinho
de sossego? Talvez uma canção de ninar?
8- Dito isso, pedir ao grupo que se deite no chão, colocando uma mão sobre a do
amigo que estiver ao lado.
9- Ouvir uma canção de ninar, como música de fundo. Terminada a música, os
participantes se espreguiçarão, relaxarão e voltarão a sentar.
Observação:
Pode ser questionada a realidade de outras famílias.
Resultado esperado:
Ter encorajado uma reflexão sobre a realidade familiar e seus valores.
Objetivo: Conduzir o grupo a pensar nas relações afetivas (namoro), sobre o que
esperam do futuro e como realmente a mulher de hoje em dia se posiciona em uma
relação.
O que você irá precisar:
Um notebook, um Datashow e o clipe da música “Minha juventude” de Mr. Gyn.
Tempo: dependerá de como o debate se desenrolará, você educador que será o
facilitador da conversa, é quem estipulará o tempo.
O que você deverá fazer?
Colocar o clipe da música para todos assistirem e prestarem atenção na letra.
Observação:
Após assistir o clipe, iniciar uma discussão com as seguintes questões:
Como vocês acham que eram os namoros entre adolescentes antigamente?
E hoje, como são os namoros?
Existe este papel bem definido do homem como principal mantenedor da casa
nos dias atuais?
O que falta e o que sobra nos namoros de hoje?
Resultado esperado:
Fazer com que o grupo discuta e reflita sobre valores que estão em questão em uma
relação afetiva e o que cada um espera do parceiro.
OBS: sugestão: música “Minha juventude” - Mr. Gyn
(https://www.youtube.com/watch?v=ngcDBn1ckwA)
Objetivo:
Auxiliar o adolescente a tomar consciência da imagem que ele tem do
seu próprio corpo.
O que você irá precisar:
Sala ampla e confortável, folhas de papel sulfite e lápis, toca-fitas, música
lenta.
Tempo: 50 minutos.
O que você deverá fazer:
Orientação geral (5 minutos):
1 - Pedir a todos os participantes que andem pela sala (descalços) ao
som da música seguindo as instruções do facilitador:
andar na ponta dos pés;
andar apoiando o corpo no calcanhar;
andar na chuva;
andar em uma superfície quente;
andar passando por urna porta estreita;
andarem câmera lenta;
andar em marcha ré.
Os adolescentes não deverão tocar o corpo do outro colega.
2 - Pedir a todos que parem onde estão, fechem os olhos, pensem na
parte do seu corpo que acham mais bonita e atrativa, e guardem
mentalmente essa imagem consigo.
Trabalho individual (10 minutos):
1 - Solicitar cada participante a sentar, a pegar sua folha de papel sulfite
e a procurar esquematizar no papel a imagem captada pelo seu
cérebro. Não colocar o nome.
2 - Lembrar que é somente um esquema e não um desenho artístico.
Trabalho em grupo (35 minutos):
1 - Pedir a cada participante que vire o esquema para baixo e aguarde.
2 - Quando todos terminarem, pedir que façam as folhas circularem, com
o esquema para baixo.
3 - Pedir-lhes que parem de passar quando as folhas atingirem a metade
do círculo, e que desvirem-nas.
4 - Cada participante, com uma folha nas mãos, comentará ou mostrará o
que a pessoa conseguiu passar de sua imagem mental.
5 - Quando todos terminarem a tarefa, pedir que façam circular todos os
esquemas, para serem vistos.
6 - Cada participante guardará sua folha.
Pontos para discussão:
a) Os homens e as mulheres estão satisfeitos com suas formas físicas?
b) A forma como nos sentimos em relação ao nosso corpo é influenciada
pelo que as pessoas do outro sexo acham interessante ou atraente?
c) Existem partes do nosso corpo que podemos modificar. Por que e para
que?
Resultado esperado:
Os adolescentes terão vivenciado a oportunidade de tomar consciência
das suas mudanças físicas e como nós mudamos nosso corpo para melhor nos
adequarmos ao meio ou para nosso próprio bem.
Objetivo:
Incentivar os alunos a se expressarem sobre qual é o verdadeiro papel dos
gêneros e argumentar sobre a violência sexual, principalmente a feminina.
O que você irá precisar?
Um notebook, um Datashow e o recorte do filme ”Acorda Raimundo,
acorda...” disponibilizado no endereço:
http://www.youtube.com/watch?v=HvQaqcYQyxU
Tempo do filme: 15 min e 22 seg.
Tempo para aprofundamento da discussão: nesta etapa o educador deverá
estipular o tempo que julgar necessário para explanação dos temas abordados no
filme.
O que você deverá fazer?
Inicialmente assistir o filme “Acorda Raimundo, acorda...” ( 15’ 22’’).
Após assistirem o filme, fazer uma roda onde todos os participantes possam
ser vistos por cada um, e a partir daí o educador pode iniciar e conduzir o debate.
Sugestões de perguntas feitas pelo educador:
1. O que vocês acham da dominação masculina? Isso deve ser mudado?
Como?
2. A dominação masculina acontece somente dentro de casa? Onde mais ela
pode ocorrer?
3. Quais os prejuízos que essa dominação pode trazer aos jovens? E as
mulheres?
4. Nos dias de hoje existem situações que somente homens ou mulheres
devem desempenhar ?
5. Vocês sabem algo sobre violência doméstica feminina?
6. Pessoas que sofrem violência dentro de casa também praticam violência
com outras pessoas? ( bullying)
7. Diante dessas desigualdades de gênero, o que pode ser feito para que se
cumpra que todos, sem exceção, sejam respeitados indiferente ao seu
gênero ou sua orientação sexual?
Resultados esperados:
Espera-se que a partir dessa conversa com os participantes, eles saibam
reconhecer que a violência não se dá somente por agressões físicas. Elas também
podem ocorrer por exclusão, por xingamentos, por apelidos, difamações, ameaças,
zoações, ...
Em relação aos papeis do homem e da mulher entender que muitas coisas mudaram
em relação há décadas atrás, e que a legitimidade dos direitos humanos é de ambas
as partes.
OBS: é importante também que o educador indique a leitura da Lei Maria da Penha
e da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Ponha-se no lugar do outro e aprenda a conviver em sociedade!
O curta “Heterofobia: o mundo ao contrário”, faz com que possamos refletir sobre a
diversidade social. O mundo intolerante e preconceituoso é construído sobre a
perspectiva inversa. E se o dito “normal” fosse ser gay?
Trazer essa discussão para a sala de aula nada mais é do que contextualizar um
problema cotidiano. Quantos dos nossos alunos não passam por essa situação?
Através dessa dinâmica, trabalharemos o outro lado da situação, e assim
poderemos se colocar no lugar do outro.
Objetivo:
Fazer com que o aluno olhe, reflita e debata sobre os dois pontos principais desta
atividade: a união heteroafetiva e a união homoafetiva.
O que você irá precisar?
Os textos que apresentam os motivos a favor e o contra a união homoafetiva, Um
notebook, um Datashow e o curta “Heterofobia: o mundo ao contrário”,
disponibilizado no endereço: https://www.youtube.com/watch?v=YEv7P12D--U&x-yt-
ts=1422327029&x-yt-cl=84838260
Tempo do filme: 19 min e 12 seg.
Tempo para aprofundamento da discussão: nesta etapa o educador deverá estipular
o tempo que julgar necessário para explanação dos temas abordados no curta
metragem.
O que você deverá fazer?
Apresente dois textos que tragam visões diferentes sobre a sexualidade. Mostre um
texto que apoia a união homoafetiva e um que seja contra. Faça a leitura em sala de
aula e promova um debate sobre o tema.
Separe a sala em dois grupos: um deles argumentará e defenderá a favor e o outro
contra, os grupos utilizarão como base teórica os textos apresentados. Após a
discussão em grupos (15 minutos), escreva no quadro separando-os, os argumentos
contra e a favor. Em hipótese alguma recrimine a opinião do seu aluno,
independentemente do que ele disser, escreva. Terminado o quadro, passe o curta
“ Heterofobia”.
Após ter assistido ao curta, faça um debate sobre como anda a intolerância em
nossa sociedade, ressaltando sobre os diferentes pontos de vista. Mostre que o que
é diferente, muitas vezes acabamos por não aceitar de imediato, mas que se nos
colocarmos no papel do outro, com certeza poderemos refletir melhor e respeitar o
outro.
Os textos aqui apresentados são podem ser substituídos por outros de sua
preferência professor.
3- Uma criança pode ser criada corretamente por uma mãe solteira ou por um pai
solteiro. Por que não por dois pais ou duas mães?
5- Na prática, apenas é uma extensão de um direito para uma parcela ainda maior
de pessoas. É muito mais moral para uma sociedade que seus cidadãos
homossexuais estejam casados do que dentro de relacionamentos pouco
duradouros. Leis de casamento discriminatórias privam casais de gays e lésbicas de
vários direitos e benefícios federais. A Privação desses benefícios tem impacto
psicológico e social negativo demonstrável em casais do mesmo sexo, seus filhos e
famílias.
7- O casamento gay não abre as portas para todo o tipo de aberração como a
zoofilia, pedofilia e poligamia. O que o casamento gay garante é a união de duas
pessoas do mesmo sexo.
8- Estudos apontam que casais gays são muito mais exigentes com seus filhos,
elevando o padrão educacional destes. Com o casamento entre pessoas do mesmo
sexo, é bem possível que casais gays se motivem a tirar milhares de crianças dos
orfanatos, os educando e lhes oferecendo um futuro.
1-Definição
Desde que o mundo é mundo o casamento foi constituído entre um homem e uma
mulher. Até mesmo nos países mulçumanos, onde existe poligamia, o marido tem
um casamento com cada esposa. Abrir o caminho para o casamento gay pode
ocasionar a destruição da definição do casamento. Um homem poderá se casar com
outro homem. Não vai demorar até que 3 ou mais homens queiram se casar e por aí
vai. O que impediria dois irmãos de se casarem? Ou o casamento de um filho com
sua mãe? Será que os pedófilos e os zoófilos não se motivariam a lutar igualmente
por seu direitos? Com o tempo, o casamento perderia seu sentido, pois quando tudo
é casamento, nada é casamento.
2- Procriação
O casamento tem uma finalidade de ser o alicerce por onde a sociedade constrói as
famílias. O casamento não se constituiria apenas na questão do patrimônio. Se o
casamento se consiste no patrimônio, então qualquer sociedade comercial pode ser
chamada de família. Imagine então cinco mulheres que resolvem se casar apenas
para adquirir os benefícios fiscais de um casamento. O mesmo vale para um casal
hetero e homossexual.
3- Funções definidas
Pois bem. O casamento gay seria apenas uma caricatura do casamento. Num
casamento gay não existem funções definidas ( de ativo e passivo ). Não existe
gene homossexual ativo e passivo. Logo, é difícil crer que um gay possa pedir o
divórcio alegando que seu parceiro lhe nega a conjunção carnal, uma vez que seu
parceiro não tem função definida. Um pode se negar a ter a função ativa e é
impossível haver vida sexual sadia com dois elementos passivos.
4- Perseguição
Na esfera privada, os pais opositores vão ver seus filhos expostos mais do que
nunca a esta nova “moralidade”, empresas que oferecem serviços de casamento
serão obrigadas a fornecê-los para uniões do mesmo sexo, e proprietários de
imóveis terão de concordar em aceitar casais homossexuais como inquilinos. O
Estado vai esperar que os muitos religiosos traiam suas consciências por apologia,
através do silêncio ou ato, a um ataque aos seus princípios.
Hoje mesmo, nos Estados Unidos, existe um cadastro na Califórnia de pessoas que
não apoiam o casamento gay, que é usado por empregadores para negar emprego
a essas pessoas. Empresas que são contra o casamento gay (Chicken-Fill-A) sofrem
ameaças e boicotes.
Com o passar do tempo, muitos filhos de casais gays vão acabar se sentindo
constrangidos quando chegar o dia dos pais e das mães, assim como quando forem
preencher um cadastro e lhes forem perguntados os nomes de seus pais e mães.
Logo, uma hora ou outra, os nomes pai e mãe serão substituídos por responsável 1
e responsável 2. Logo, a função de pai e mãe podem perder importância na
sociedade.
7- Naturalidade e moralidade
Alguns ativistas gays afirmam que “casamento” é uma questão de direitos civis
semelhante à luta pela igualdade racial nos anos 1960. Primeiro, comportamento
sexual e raça são essencialmente diferentes realidades. Um homem e uma mulher
querendo casar-se podem ser diferentes em suas características: um pode ser preto,
o outro branco, um rico e outro pobre, ou um alto e outro curto. Nenhuma dessas
diferenças são obstáculos insuperáveis para o casamento. Os dois indivíduos são
ainda o homem e a mulher, e, portanto, as exigências da natureza são respeitadas
.O casamento gay se oporia à natureza. Duas pessoas do mesmo sexo,
independentemente da sua raça, riqueza, estatura, erudição ou fama, nunca serão
capazes de se casar por causa de uma insuperável impossibilidade biológica. Em
segundo lugar, características raciais herdadas e imutáveis não podem ser
comparadas com comportamentos não-genéticos e mutáveis. Simplesmente, não há
analogia entre o casamento interracial de um homem e uma mulher e o casamento
entre duas pessoas do mesmo sexo.
9- Atomificação da sociedade
Muitos acreditam que uma sociedade onde o papel de mãe e pai não esteja definido,
será muito mais fácil para o governo tomar o pátrio poder dos pais. Isso pode
acarretar a uma perda de liberdade que estamos acostumados a ver em alguns
países. Como é o caso do Estado que tira a guarda da criança de seus pais
biológicos ou adotivos porque esta não estaria sendo bem tratada por seus
responsáveis. Pode parecer lúdico, mas muitos países estão tirando a guarda de
pais que fazem homeschooling em seus filhos, assim como acontece com pais que
tem filhos obesos. A desconfiguração da família pode gerar uma sociedade mais
vulnerável as artimanhas estatais.
Resultados esperados:
Após ter feito a dinâmica, é esperado que os participantes consigam ter se colocado
no papel diferente do seu em relação a sexualidade e saiba que respeito é o
primeiro pilar para que a tolerância seja realmente efetivada na sociedade.
Dica: após ter sido feito todo o processo descrito, o orientador pode também reforçar
o assunto fazendo um mapa conceitual com os termos utilizados, com os
resultados obtidos.
Fonte: https://acidblacknerd.wordpress.com/2013/04/24/euvi-casamento-gay-10-
motivos-para-ser-contra-10-motivos-para-ser-a-favor/
Objetivo: Discutir como os participantes percebem os papéis sexuais entre
homens e mulheres na sociedade.
O que você irá precisar: Sala ampla, folhas de papel sulfite, canetas,
cartolinas ou papel manilha. Tempo: 40 minutos.
O que você deverá fazer:
1 - Dividir os participantes em 6 grupos: 03 grupos do sexo masculino; 03
grupos do sexo feminino.
2 - Solicitar os 03 grupos do sexo masculino a discutirem em subgrupos:
*as vantagens de ser mulher;
*as desvantagens de ser mulher.
3 - Solicitar os 03 grupos do sexo feminino discutirem em subgrupos:
*as vantagens de ser homem;
*as desvantagens de ser homem.
Após a discussão, deverão preparar uma lista com as referidas vantagens e
desvantagens de ser homem ou mulher.
4 - Após a montagem da listagem, cada grupo apresenta seus resultados.
Observação: Nesta dinâmica de grupo, é proposital que os garotos pensem
sobre as vantagens e, às desvantagens de ser mulher e vice-versa. Dessa forma,
um sexo se colocará no lugar do outro.
Pontos para discussão:
a) Qual a origem dessas diferenças?
b) Como essas diferenças são vistas em outras sociedades?
c) Como essas diferenças afetam a vida dos homens e das mulheres?
d) Quais das vantagens de ser homem ou mulher são reais e quais são
estereotipadas?
e) É possível ser homem e exercer alguns dos tópicos listados em “mulher” e
vice-versa?
f) O que significa “masculino” e “feminino”? É o mesmo que “macho” e
“fêmea”?
Resultado esperado: Membros do grupo terão começado a pensar sobre as
diferenças dos papéis sexuais.
Professor, neste espaço será sugerido alguns vídeos que também darão
apoio ao seu trabalho, envolvendo questões de gênero, diversidade e as
várias formas de amar.
Billy Elliot
Direção: Stephen Daldry
Sinopse: É a história de um garoto de 11 anos, Billy Elliot, que vive numa pequena
cidade inglesa, onde o principal meio de sustento são as minas da cidade. O pai de
Billy o envia para a academia para aprender boxe, mas Billy não gosta do esporte.
Certo dia, vê por acidente uma aula de balé que estava acontecendo no ginásio,
enquanto seu estúdio estava temporariamente sendo usado como uma cozinha de
sopa para os mineiros em greve . Sem o conhecimento de Jackie , Billy inicia a aula
de balé . Quando Jackie descobre isso, ele proíbe Billy de retornar para o ballet, mas
apaixonado pela dança, Billy continua secretamente a participar das aulas,
contando com a ajuda de sua professora de dança Sandra Wilkinson (Julie Walters).
Gênero: drama
Tempo de duração: 111 minutos
A mídia e a sexualidade
Com certeza você já deve ter ouvido em algum lugar a frase: “ Nossa, como está
magrinha, linda. Serve para ser modelo...” ou “ Desse jeito que está gorda, terá
que estudar muito, pois só assim para conseguir ser alguém na vida”.
Será a mídia que influencia a sociedade ou a sociedade que influencia a mídia?
Quem adere a quem?
“ O corpo pode ser considerado como uma massa de modelagem na qual a
sociedade vai imprimindo formas conforme seus próprios interesses”(
RODRIGUES, 1993).
Nesta unidade abordaremos assuntos sobre a sexualidade relacionada a mídia ,
como imagem corporal, a imposição da mídia, o masculino e o feminino e a
integridade corporal.
Objetivo:
Encorajar o adolescente a aceitar o seu próprio corpo e a entender que os
ideais de beleza também são estabelecidos pela cultura
O que você irá precisar:
Sala ampla e confortável que permita a formação de grupos, folhas de papel
sulfite, lápis ou caneta, revistas, jornais, tesouras, cola e papel pardo.
Tempo: 40 minutos.
O que você deverá fazer:
1 - Formar grupos pequenos só com meninos e outros grupos só com
meninas.
2 - Solicitar os grupos de meninos a conversarem entre si sobre o tipo de
mulher que consideram ideal.
3 - Solicitar os grupos de meninas a conversarem entre si sobre o tipo de
homem que consideram ideal.
4 - Cada grupo deverá fazer uma listagem com as características que
considera importantes.
5 - Cada grupo, utilizando-se de revistas, lápis, cola e tesoura, deverá fazer
uma colagem, identificando os critérios que utilizou para o homem ideal e para a
mulher ideal.
6 - Cada grupo apresentará sua colagem, referindo-se aos critérios
evidenciados.
Pontos para discussão:
a) Aceitação da aparência física por homens e mulheres.
b) Como é a ideia de beleza do grupo?
c) As mudanças que eu sinto, em mim mesmo, sobre minha aparência e meu
jeito de ser, por influência da opinião de outras pessoas.
d) Como são criados os critérios de beleza?
Resultado esperado: Ter promovido uma discussão sobre ideais de beleza e
aceitação do seu próprio corpo.
Objetivo:
Demonstrar como estereótipos e interpretações subjetivas interferem na
comunicação e percepções sobre outra pessoa.
O que você irá precisar:
Sala ampla e confortável, balões, pedaços de papel, canetas e música alegre
e movimentada.
Tempo: 30 minutos
O que você deverá fazer:
1 - Entregar um balão vazio e um pedaço pequeno de papel em branco para
cada um dos participantes.
2 - Cada pessoa deverá escrever no papel 3 (três) características pessoais,
de maneira que, a partir dessas características ela possa ser identificada pelos
outros participantes.
3 - A seguir, os participantes deverão dobrar o papel e colocá-lo dentro do
balão.
4 - Agora, cada pessoa deverá encher o seu balão. Quando todos os balões
estiverem cheios deverão ser jogados todos para cima, ao mesmo tempo, ao som de
uma música animada.
5 - Quando a música parar, cada um deve pegar o balão que estiver na sua
frente e estourá-lo.
6 - Finalmente, cada participante deverá ler o papel que encontrar dentro do
balão e tentar identificar a pessoa que apresenta as características descritas.
Pontos para discussão:
a) Como adquirimos os estereótipos?
b) Por que, muitas vezes, as aparências enganam?
c) Os estereótipos influenciam no comportamento e nos sentimentos das
pessoas? De que forma?
d) Tudo o que parece ser é? E o que é parece ser?
e) Você é feliz com sua aparência ou gostaria de mudar algo?
Resultado esperado:
Reflexão sobre o modo das pessoas se relacionarem consigo mesmas e com
os outros e sobre os estereótipos conhecidos pela comunidade.
Obs: esta atividade deve ser feita antes em dois momentos que será
detalhado a seguir. Por isso não faça somente o que se pede no momento da
dinâmica. Antes de propor esta atividade, peça anteriormente que o aluno assista
pelo menos a uma hora de algum programa, incluindo os comerciais. Caso for fazer
somente na hora, educador, levar já gravado alguns comerciais e trechos de
programas e assistir juntamente com o grupo.
Objetivo:
Reconhecer algumas mensagens transmitidas pela televisão e outros meios
de comunicação, sobre os papéis sexuais e as relações pessoais.
O que você irá precisar:
Fichas de Trabalho.
Tempo: 50 minutos
O que você deverá fazer:
Parte I
Resultado esperado:
Desenvolver um olhar crítico sobre o que é divulgado pela mídia, perceber
que nem sempre o que a mídia impõe é benéfico. Cada ser tem sua característica,
devendo ser respeitada.
Ficha de trabalho- meios de comunicação
Ficha de Trabalho - Mensagens dos meios de comunicação
PARTE I:
Com.1
___________________________________________________________________
Com.2
___________________________________________________________________
Com.3
___________________________________________________________________
PARTE II:
Nome do Programa:
___________________________________________________________________
1.
___________________________________________________________________
2.
___________________________________________________________________
3.
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PARTE III:
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
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São inúmeras vezes que nós educadores somos surpreendidos com perguntas
de nossos adolescentes sobre qual o método contraceptivo adequado para sua
idade, quando é a melhor hora de iniciar suas atividades sexuais, como se
engravida, ... Muitas vezes nem sabemos como responder, pois somos pegos
de surpresa, ou pior, nosso alunos não nos perguntam e acabam por tentar
descobrir as coisas à sua maneira e de uma forma errada.
É essencial que nós, enquanto orientadores, saibamos lidar com o assunto
sexualidade naturalmente e responder as questões de nossos alunos é uma
forma de ajuda-los a escolher o melhor caminho a seguir.
Por isso, nesta unidade coloquei algumas atividades que auxiliarão o professor a
trabalhar o tema mais desprendido, com mais leveza através da participação
dos alunos do mais atirado ao mais tímido.
Objetivo
Tempo: 1 hora
o Pergunte aos alunos se eles já sabem qual profissão querem seguir. Faça a
pergunta novamente individualmente.
o Separe a turma em 4 equipes e peça que escolham dentro do grupo uma
pessoa que irá relatar o acontecido.
o Entregue a cada equipe uma folha de sulfite e peça que eles escrevam o
nome de todas as profissões que conhecem em três minutos.
o Ao sinal do professor iniciem e parem de escrever.
o Após terminado de escrever, o relator da equipe inicia falando quais
escreveram, e para cada profissão aceita pelos outros três grupos, a equipe
ganha 1 ponto. Todas as equipes farão o mesmo.
o Depois de computado os pontos e registrado pelo professor no quadro, duas
equipes deverão escolher um aluno para representarem um menino ( duas
equipes escolherão menino) e as outras duas equipes escolherão um aluno
para representarem uma menina.
o As equipes devem construir uma personagem que não tenha o nome de
ninguém da turma, que tenha a mesma idade que a deles e conviva no
mesmo ambiente.
o Em seguida, o grupo colocará um S para as profissões escritas (na frente) em
seu grupo para aquelas que a personagem teria condições de exercer.
o Enquanto os grupos estiverem fazendo as escolhas de profissões para seu
personagem, o professor entrará com um fator surpresa: uma bexiga, no qual
ela representará uma gravidez para seus personagens. Serão pai ou mãe.
o A partir desse novo fato, os alunos deverão rever suas escolhas e fazer as
alterações necessárias por conta da novidade. Caso eles julguem que o
personagem grávido não conseguirá atingir seus objetivos tendo engravidado
na adolescência, eles devem escrever ao lado do “S” a sigla “NG” – ( que
significa não quando grávida(o))
o Para atividade listada que recebeu apenas S, o grupo ganha mais um ponto.
o Quando os grupos estiverem prontos, eles devem apresentar seu
personagem, contar quais as profissões que tinham escolhido para ele e
quais depois de aparecer a gravidez ele de fato poderia vir a cursar ou
exercer.
o O professor pontua os grupos, anuncia o vencedor e, em seguida, abre para
uma discussão sobre o impacto da gravidez nas escolhas profissionais.
Objetivo:
Facilitar a compreensão da transmissão sexual do HIV e das DST.
Objetivo:
Fazer uma crítica a atitudes inconsequentes, onde uma grande parte da
sociedade está mais preocupada em não ter filho, do que adquirir uma DST.
O que você irá precisar:
Um notebook, um Datashow e o vídeo “ Só um minuto: Sexo sem camisinha”.
Se preferir, pode baixar o vídeo em um pendrive e utilizar a TV multimídia.
Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=mRF0ZMaKCPM
Tempo: 3’ 20’’.
O que você deverá fazer:
Passar o vídeo aos adolescentes, e após de terem visto, fazer um círculo na
sala, onde todos fiquem bem a vontade e possam ver uns aos outros, e iniciar o
debate.
Pode iniciar com a pergunta disparadora: “ Qual a impressão que vocês
tiveram após terem assistidos o vídeo?
E a partir daí lançar perguntas a todos ou deixe- os a vontade para debaterem
livremente, mas cuidado para não se perderem, por isso professor, sempre que isso
acontecer, os norteie.
Pontos para discussão:
Vale a pena correr o risco de ter relação sem o preservativo?
Seja sincero, você pensa como os atores do vídeo?
Muitos se preocupam somente com uma gravidez não prevista e
acabam se esquecendo das DST’s, a gravidez é mais preocupante
do que uma DST?
DST tem cara?
“Não faço sexo por medo de engravidar”. E as DST’s, será que está
tudo bem se pegar?
Vasculhando páginas da internet, acabei me deparando com a
seguinte frase: “PRA ELA FAZER SEXO SEM ENGRAVIDAR DIZ
PRA ELA DIZER PRO NAMORADO DELA QUE QUANDO ELE
SENTIR QUE VAI GOZAR MANDA ELE TIRAR E GOZAR EM
OUTRO CANTO OU FAZ O SEXO ANAL QUE NÃO DÁ PRA
ENGRAVIDAR.” E aí? Como orientar nossos alunos?
Resultado esperado:
Nesta atividade você professor poderá abordar bem o assunto e discutir os
principais pontos sobre a gravidez e os perigos das DST’S, e não encará- las
simplesmente como simples doenças.
ATIVIDADE 4: As cores da Prevenção
Objetivo:
Identificar os métodos contraceptivos e saber quais são adequados aos
adolescentes.
O que você irá precisar:
Papel pardo, papel de caderno, pincéis atômicos de várias cores, fita adesiva,
etiquetas circulares coloridas (verde, amarela, vermelha).
Tempo: 50 minutos
O que você deverá fazer:
1 O facilitador separa a sala em dois grupos, cola uma folha de papel pardo
na parede para cada um.
2 Solicita que os participantes listem os métodos contraceptivos conhecidos
em uma folha de papel.
3 Após feito isso, pede para as equipes anotarem na coluna dos métodos
contraceptivos, localizando- os, conforme as seguintes categorias:
o métodos de barreira;
o métodos comportamentais;
o métodos hormonais;
o dispositivos intra-uterinos;
o métodos cirúrgicos.
4 O facilitador provoca discussão no grupo, para que os participantes
identifiquem cada método dentro das várias categorias.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA