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Carlos Crisóstomo nº42578

UC: Investigação e Comunicação em Arqueologia


Licenciatura: História e Arqueologia

Relatório do Colóquio “Da Arqueologia ao Papel


II: Como comunicar o Património"

A segunda edição do Colóquio “Da Arqueologia ao Papel: Como comunicar o


Património” realizado no dia 13 de novembro. Contou com a presença de José Santos do
Turismo do Alentejo, José Carlos Castro da CMTV e Correio da Manhã, Maria Antónia
Zacarias do Diário do Sul e Carlos Dias do Jornal Público, contou ainda com a moderação
da Professora Leonor Rocha e o Professor André Carneiro. Numa primeira parte, cada
um dos convidados fez uma breve apresentação. Já na segunda parte o público foi
chamado a intervir com perguntas aos convidados.
A jornalista do Diário do Sul Maria Zacarias, numa breve apresentação, enquanto
jornalista de um jornal regional, defende que numa cidade como Évora (sede do jornal)
que é Património Mundial. Existe falta de informação para a existência de mais noticias.
Diz também que enquanto jornalista é complicado perceber o vocabulário utilizado pelos
arqueólogos por este ser demasiado técnico. Realça também a importância da relação
entre o arqueólogo e o jornalista. Carlos Dias, jornalista no Jornal Público defende que a
arqueologia no Alentejo foi potenciada graças ao Alqueva. Diz também que do ponto de
vista das autarquias existe uma aversão aos trabalhos arqueólogos. Diz também que do
ponto de vista popular, as pessoas de um modo geral, são interessados por perceber o seu
passado e defende por isso que a arqueologia e o património são áreas de muito interesse.
Tal como a sua colega de profissão, Carlos Dias defende que o arqueólogo deve ter uma
linguagem simples na comunicação com pessoas que não são especializadas na área. Já
José Carlos Castro, jornalista no Correio da Manhã e CMTV, defende que a arqueologia
tal como outras áreas não é alvo de mais atenção por parte das televisões pelo simples
facto do publico de um modo geral não se interessar pela temática, preferindo outras como
o futebol. Assim, segundo a sua ótica, vivemos numa sociedade onde a vontade das
maiorias é que conta e as cadeias de televisão são “reféns” das audiências. Diz também
que no ensino básico não se dá importância ao património visto que as aulas são sempre
muito teóricas e pouco práticas, os alunos não contactam com o património e por isso não
lhes é despertado o interesse por temáticas como o património ou a arqueologia. José
Santos do Turismo do Alentejo defende que o património e a cultura devem usar a
tecnologia que tem ao seu dispor para melhorar os serviços. Defende também que muitas
vezes alguns recursos tecnológicos devem ser usados com moderação para não destruir o
património.

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Carlos Crisóstomo nº42578
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Respondendo a uma pergunta colocada sobre um espectador, José Santos defende


que cada vez mais o arqueólogo deve ser multidisciplinar e adaptar-se e envolver-se em
outras atividades como o turismo. Numa outra pergunta a cerca do papel do arqueólogo
no que toca à divulgação dos seus trabalhos, o Professor André Carneiro defendeu tal
como José Santos, que o arqueólogo deve preocupar-se em divulgar as suas obras isto
porque, em Portugal criou-se nos últimos anos uma imagem de que o arqueólogo apenas
serve para supervisionar obras. Na ótica do Professor o próprio arqueólogo tem de
combater esta realidade divulgando os seus trabalhos. Ainda em resposta à pergunta, o
José Carlos Dias expos a sua opinião à cerca dos museus nacionais e europeus. Na opinião
do jornalista tanto os museus portugueses como europeus comunicam mal, pelo simples
facto de se limitarem a expor peças, o valor destas peças só é entendido e valorizado pelos
especialistas, para a maioria dos visitantes não há interesse.
Numa outra pergunta, feita pelo Professor Jorge Oliveira sobre a incapacidade dos
arqueólogos para comunicar, pois na sua ótica não é essa a sua função, o jornalista José
Carlos Dias defendeu que o arqueólogo é que deve ter a função de comunicar pois o
jornalista não pode ser especialista numa área tão especializada como a arqueologia e
propôs que se criasse uma disciplina em alguns cursos (entre eles a arqueologia), para que
os profissionais da área soubessem comunicar com os populares e profissionais de outras
áreas como jornalistas. Houve também questões sobre a preservação de alguns
monumentos, pois alguns deles estão em propriedades privadas e os proprietários recusam
que exista obras de manutenção. Em Portugal existe a expropriação de propriedades por
parte do Estado, caso este queria construir autoestradas e outras infraestruturas. No caso
da preservação do património arqueológico, o Estado pode expropriar os terrenos caso
assim o entenda, acontece que em Portugal isso muitas vezes não acontece, os motivos
são muitas vezes de ordem económica.

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